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Victor Vizcarra
c
i
i a
C
D i â m e t r o Circunferência
π= = 3, 141592653589 . . .
R a i o Diâmetro
Como a medida do diâmetro corresponde a duas vezes a do raio, a circunferência é escrito como C =
2πR, onde R é o raio. E é essa expressão que temos usado até hoje.
Porém, Robert Palais, um professor de matemática da Universidade de Utah começou um alvoroço
ao escrever um artigo com o título π está errado! O artigo pode ser lido na íntegra neste endereço:
http://www.math.utah.edu/~palais/pi.pdf . O professor não afirma que o número π
realmente esteja errado, mas o uso desse número na definição acima. Ele propõe que usemos o τ (tau)
em vez do π, onde τ = 2π. A definição que ele propõe é
Circunferência
τ= = 6.283185307179586 . . .
Raio
pelo simples fato de que qualquer segmento circular é apenas uma parte do todo, e, em termos angulares,
corresponde a uma volta inteira do círculo. A maioria dos matemáticos estão a favor desta nova constante
porque o π “acaba obscurecendo algumas das simetrias subjacentes da matemática”, nas palavras deles.
Há muitas outras razões favoráveis para que a proposta Robert Palais seja adotado. Inclusive, já
foi escrito O manifesto tau: https://tauday.com/ , onde é descrito e defendido essas razões
para o uso da nova constante. Cada ano que passa, após as reuniões anuais ‘Pi vs Tau‘, novos adeptos
1
incorporam o volume dos defensores do τ . Vamos esperar se realmente essa tendência vai vingar nos
livros de exatas, até então, vamos comemorar o dia do Pi, em 14 de março, comendo UM bolo arredondado
às 13:59; e o dia de Tau, em 28 de junho, comendo DOIS bolos arredondados, às 18:28.
NADA ÷ NADA
0 1
A divisão faz parte das expressões indeterminadas; já a divisão é o que chamamos de indefinida.
0 0
Vamos explorar um pouco essas duas divisões usando trigonometria no contexto da definição de limite.
Faremos isso comparando áreas.
1. Área de um segmento circular. Seja uma figura circular de raio R. O cálculo de sua área é,
2π Área do círculo:
R
R2
πR2 = 2π
2
Área do semicírculo:
π
πR2 R2
=π
2 2
R
Área do quadrante:
π
πR2 R2
2 π
=
4 2 2
R
Perceba que há um padrão no cálculo da área: é o valor do ângulo vezes o fator (R2 /2). Então, de modo
geral, a área de um segmento circular é,
Área do segmento circular:
R2
θ A=θ
2
R
2
3. Aplicando os limites. Considere um círculo de raio unitário e um triângulo inscrito no primeiro
quadrante, como mostrado na figura abaixo.
C
Definições:
D
OD = OB = 1
1 AD
= sin θ
OD
θ
OA
= cos θ
O A B OD
AD BC
=
OA OB
C
D D
1 1
≤ ≤
θ θ θ
O A O B O B
OA · AD θ · R2 OB · BC
≤ ≤
2 2 2
Podemos eliminar o fator 2 do denominador, que é comum nas três expressões, e usar o fato que OB =
R = 1,
OA · AD ≤ θ ≤ BC
AD sin θ
Usaremos agora as relações AD = sin θ, OA = cos θ e BC = = ,
OA cos θ
sin θ
cos θ · sin θ ≤ θ ≤
cos θ
ou, dividindo tudo por sin θ,
θ 1
cos θ ≤ ≤
sin θ cos θ
É a esta relação que aplicaremos o conceito de limite.
3
O que acontece com as três figuras acima quando ‘θ → 0’? Observe bem as três figuras. Quando
‘θ → 0’, a área das figuras diminuem tanto, mas tanto, que se aproximam de zero, mas não é zero. Elas
se aproximam, na verdade, do segmento OB = 1. É por isso que escrevemos,
θ 1
lim (cos θ) ≤ lim ≤ lim
θ→0 θ→0 sin θ θ→0 cos θ
ou
0 1
cos 0 ≤ ≤
sin 0 cos 0
ou, usando o fato de que cos 0 = 1, temos
0 1
1≤ ≤
sin 0 1
ou
0
1≤ ≤1
sin 0
Este resultado deixa claro de que
θ 0
lim = =1
θ→0 sin θ sin 0
ou
sin θ sin 0
lim = =1
θ→0 θ 0