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Por acaso, eu me lembro de ver documentários nessa altura sobre este senhor.

Houve muitos
debates. Ele trouxe um tema muito difícil, muito complexo, doloroso , o direito á morte assistida.

Ramon Sampedro, era espanhol, nasceu numa de vila de pescadores. Tinha uma vida normal.

Namorava, trabalhava, viajava pelo mundo. Sofreu um acidente que o deixou tetraplégico, se sentiu
devastado, porque mudou tudo no seu quotidiano. Via o mundo somente pela sua janela do quarto.

Durante 27 anos nessa situação (acamado), inconformado, procurou libertar-se da dor que possuía.

Queria pôr fim ao sofrimento dele e da sua família. Ramon desejava realizar a eutanásia.

Nunca teve apoio ou ajuda da família, nesse sentido. Eles sempre desejaram o melhor para ele.

Durante a busca encontrou uma advogada, especialista em Eutanásia.

Levou a sua ideia em diante, disputou judicialmente. Mas o seu pedido foi rejeitado.

Não desistiu, pela liberdade, decidiu usar outra estratégia para pôr termo á vida.

Negava-se a usar a cadeira de rodas, achava que não teria uma vida digna, aceitar a cadeira de rodas
era dar-lhe migalhas da sua liberdade. Ramon sempre quis que colocassem cianureto de potássio,
para que bebesse e morresse. Porque toda a família vivia em função dele e das suas necessidades.

Um dia, uma radialista, assistiu a um programa de televisão. Por curiosidade foi visitá-lo e viu a real
situação de Ramón.

Tenta convencê-lo que todos nós temos problemas, e que a vida vale apena ser vivida. Com a
convivência ela fica maravilhada com ele. Ramon escrevia lindos poemas.

Julia a advogada, acaba por passar mal e também acaba numa cadeira de rodas. A partir daí, ela
também começou a apoiar á morte com dignidade, desejada pelo Ramón.

Várias pessoas tentaram fazer com que outras pessoas fossem ou se sentissem culpadas pelo desejo
dele. Tentaram convencê-lo a desistir da ideia.

Ele ainda foi ao tribunal de cadeira de rodas, mas não conseguiu a permissão da justiça para poder
cometer a eutanásia, aceitou a ajuda de rosa Ramon.

Despediu-se ,foi embora, com a ajuda da amiga, tomou cianureto de potássio. conseguiu um
suicídio assistido e ainda gravou a sua morte.

Frases ditas por ele:

 ´´sou uma cabeça sem corpo ´´


 ´´Viver é um direito e não uma obrigação´´.

Antes de morrer, conseguiu lançar um livro, uma mistura, de autobiografia e dos poemas dele.
´´Cartas desde o Inferno´´.

Lutou durante anos para ter reconhecimento legal de ter ajuda a morrer com dignidade.

Ramon despertou muitos debates, sobre a despenalização da morte assistida .E as suas


reivindicações, contribuíram para a reforma penal. Reduziu condenações em caso de eutanásia ou
de suicídio assistido.
O filme nos faz refletir, a vida e a morte são acontecimentos naturais, que passam a ser jurídicos,
pela incidência da norma deles, insurgem direitos, faculdades, deveres, obrigações e
responsabilidade com as pessoas. o respeito á vida humana observa os princípios fundamentais:

-o da indisponibilidade e da limitação do consentimento.

Por enquanto no nosso país, a eutanásia significa homicídio, pois é uma conduta elicita, culpável.

o parlamento já aprovou, uma lei que descriminaliza a eutanásia, mas ainda não está em vigor. E ela
é muito restrita.

Quanto á eutanásia, eu penso que temos o direito de escolher o modo que queremos viver ou não,
deve ser em casos extremos. Devemos ter consciência do pedido. Avaliar as situações, porque
ninguém merece viver sem dignidade ou em constante sofrimento. É uma situação muito
constrangedora para a pessoa e para quem o rodeia.

O não se sentir feliz, não ter sonhos, não projetar um futuro, viver não tem sentido nenhum.

O direito de escolha, em algumas situações traz mais alento, mais conforto. Uma morte com
assistência, evita erros grosseiros, garante uma morte mais humanizada, com menos sofrimento.

A morte chega a todos nós, a eutanásia e só antecipação dela.

Apoio a eutanásia ou o suicídio assistido, espero que ela entre em vigor, porque caso eu passe por
uma situação de dor que me limite, ou que esteja em uma fase terminal, quero ter o direito á
liberdade de escolha, a vida é minha, o corpo é meu, a dor é minha.

Eu quero ter o poder de decisão, se continuo a viver em sofrimento, se aceito passar por todos os
procedimentos ou se coloco fim a ela.

Quando uma pessoa já está com esse foco, pensamento, mesmo não tendo apoio legal, acredito que
não desista fácil, arranja meios e recursos para atingir o objetivo, a morte.

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