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Índice
1.Introdução.............................................................................................................................2
1.1 Objectivos..........................................................................................................................2
1.1.1 Geral.........................................................................................................................2
1.1.2 Específicos.....................................................................................................................2
1.2 Metodologias.....................................................................................................................2
3.Conclusão.............................................................................................................................5
Referencias Bibliográfica........................................................................................................6
1.Introdução
O presente trabalho de pesquisa visa esmiuçar algumas reflexões em relação a “inclusão de
pessoas com deficiência no trabalho”, em particular sobre como a actuação do Psicólogo
Organizacional e do Trabalho, sendo que ao longo deste ensaio, dissertamos sobre a pessoa
com deficiência e suas formas de tratamento na história, com a finalidade de justificar os
motivos pelos quais esta parcela da população ainda tem sido alvo de preconceitos e de
tratamentos discriminatórios na sociedade.
Visto que Em Moçambique, a questão da deficiência é muito sensível tanto para as Pessoas
com Deficiência, assim como para a sociedade por ainda não estar preparada para lidar com
esta situação. Muitas das pessoas com Deficiência física ficaram nessa condição através da
paralisia infantil, que afetou muito o país nos anos 50 e 60. O país também conta com muitas
pessoas com Deficiência provenientes das guerras que o mesmo viveu. Assim, com o objetivo
de analisar a questão de emprego das Pessoas com Deficiência, e de modo a verificar se
realmente existem políticas que tornam o meio ambiente inclusivo para estes indivíduos,
procedeu-se a uma análise bibliográfica e legislativa, com o objetivo de enquadrar a
problemática. De acordo com a legislação citada e as entrevistas aplicadas, constatou-se que o
sistema de contratação ainda está muito longe de ser aplicado, pelo fato de não ser divulgado
e não ser aplicado.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
Compreender o papel do psicólogo e a inclusão de Pessoas com Deficiência no Sector
de Trabalho.
1.1.2 Específicos
Descrever a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Sector de Trabalho;
1.2 Metodologias
Revisão bibliográfica que se realiza a partir do registo disponível, decorrente de
pesquisas anteriores, em documentos como livros, artigos, teses e outros. Quanto à técnica,
privilegiou-se a observação documental, nesta técnica o documento é a fonte directa para a
colecta de dados, e o pesquisador é o instrumento chave para a colecta de dados.
2. Inclusão de Pessoas com Deficiência no Sector de Trabalho
Em Moçambique ainda contínua sendo um desafio o processo de inclusão no ambiente
organizacional das pessoas portadoras de deficiência, a forma com que a sociedade tem se
relacionado com as pessoas com deficiência vem sofrendo transformações ao longo da
história, principalmente no que se refere ao conjunto dos saberes e práticas que permeiam essa
relação.
O mercado de trabalho tem se modificado a cada ano que passa, também associado as
mudanças económicas em cada país. As pessoas com Deficiência fazem parte do grupo que
possui maiores dificuldades no que diz respeito ao acesso ao emprego, devido a serem
portadoras de diversos atributos que as impossibilitam de desenvolver atividades e enquadrar-
se devidamente no mercado laboral.
A sua condição de saúde, tem sido a maior razão para não conseguirem um trabalho digno,
quando comparado com o cidadão sem deficiência. Muita das vezes, estes indivíduos
apresentam capacidades incríveis de realização de tarefas e desempenho nas organizações,
mas os atos discriminatórios que os mesmos passam, dificultam a sua inclusão em diversos
meios.
A reivindicação dos direitos humanos ao longo dos tempos constituiu um grande passo para
que esta camada social pudesse participar na sociedade, de igual forma com os demais, mas
até hoje no século XXI, os desafios são cada vez maiores. Esta reivindicação pela afirmação
dos direitos humanos, bem como instrumentos internacionais tais como a Convenção
Internacional para a Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência da
ONU, defendem a igualdade, direito e dignidade, para qualquer que seja a pessoa, seja com ou
sem deficiência (Simonelli & Camarotto, 2011: 13).
A deficiência deve ser respeitada para qualquer indivíduo, sendo que qualquer um de nós
pode em algum momento da vida vir a ter alguma incapacidade ao longo da vida, e mesmo
sem isso há uma necessidade de respeitar o próximo, independentemente da sua condição.
De acordo com Assunção, Aranha (2001), Carvalho-Freitas e Oliveira (2015), Correr (2010) e
Rocha (2000), para se compreender o modo como a sociedade concebe as pessoas com
deficiência, é necessário revisitar a história e analisar as premissas culturais de épocas
distintas, de forma que seja possível compreender as concepções relacionadas às diferenças
humanas, as quais repercutem até os dias actuais nos modelos de atendimentos institucionais
dirigidos a elas e, principalmente, no que diz respeito à manutenção dos, ainda fortemente
presentes, preconceitos e mitos relacionados à condição de “anormalidade” – modo como
muitos se referem à constituição física, mental ou psicológica das pessoas com deficiência.
Com isso entende-se que o papel do psicólogo vai além de ajudar diretamente o indivíduo que
tem a deficiência. O psicólogo organizacional tem fundamental importância na busca das
melhores condições de trabalho para o colaborador e para promover um melhor ambiente na
empresa em relação ao trabalho desenvolvido, sendo um facilitador, um conscientizador do
papel dos trabalhadores no ambiente da empresa..
Segundo os mesmos autores, nos séculos XVI e XVII, em virtude das várias mudanças
ocorridas nas formas de produção e organização do trabalho, também se verificaram
importantes transformações no modo como a sociedade se relacionava com as pessoas com
deficiência – aspectos esses que fundamentaram a segregação das mesmas em instituições
asilares, cujo objetivo era tratá-las e educá-las, definindo-se, neste período da história, o
chamado “Paradigma da Institucionalização”.
As pessoas com deficiência, com freqüência, eram excluídas pela própria família do ensino
com qualidade e do convívio social (Glat, 1998; Sassaki, 2005). É importante destacar que
pessoas com diferentes tipos de deficiência podem exercer praticamente qualquer atividade
profissional. Embora, ainda exista um preconceito que pode ser visualizado na delimitação da
atividade profissional atribuída a cada tipo de deficiência, como por exemplo, as pessoas com
deficiência visual que são colocadas em áreas específicas já estabelecidas, tais como:
produção industrial e agrícola, área de informática e telefonia, operação de câmaras de raio X,
massagens e venda de loteria.
Elas são pessoas com interesse ou vocação próprios que muitas vezes não são considerados.
Elas podem ter interesse e/ou vocação para exercer uma dessas atividades, ou não, podendo
surpreender pela revelação de outras habilidades, talentos e versatilidade na superação de seus
limites (Schwarz; Haber, 2006; Tanaka; Manzin, 2005; Cavalcante; Neto, 2001).
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