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Sociologia e Cultura
Infantil: Gênero e Raça
Tema 05 – Brincadeira é coisa séria:
culturas infantis e práticas educativas,
a escola como espaço de infâncias
Bloco 1

Profª Mª Cláudia R. Benedetti


Introdução

• Conceito de cultura é fundamental para


compreendermos os processos de
socialização das crianças.
• Crianças possuem e desenvolvem uma
cultura própria.
• O brincar é parte desse processo.
Introdução

• É pelas brincadeiras que a criança


aprende e apreende a cultura.
• Existe um conjunto de expectativas
sociais em relação às crianças.
• Escola, Família e Sociedade.
Culturas infantis: as brincadeiras
como produtoras de sujeitos sociais
• Florestan Fernandes.
• Fundador da sociologia da infância no
Brasil
• Elabora o conceito de culturas infantis.
• Reconhece que as crianças compõem
grupos sociais próprios.
Culturas infantis: as brincadeiras
como produtoras de sujeitos sociais
• Brincadeiras: aspectos do comportamento
social de maneira mais explícita.
• Os grupos infantis se formam em função
das brincadeiras.
• Dinâmica social dos grupos de crianças.
Culturas infantis: as brincadeiras
como produtoras de sujeitos sociais
A expressão "cultura infantil" é mais adequada,
na medida em que traduz melhor o caráter da
subcultura que nos preocupa no momento. (...)
traz consigo a conotação específica,
concernente ao segmento da cultura total
partilhado, de modo exclusivo, pelas crianças
que constituem os grupos infantis (...)
(FERNANDES, 2004, p. 245).
Sociologia e Cultura
Infantil: Gênero e Raça
Tema 05 – Brincadeira é coisa séria:
culturas infantis e práticas educativas,
a escola como espaço de infâncias
Bloco 2

Profª Mª Cláudia R. Benedetti


Culturas infantis: as brincadeiras
como produtoras de sujeitos sociais
• Cultura infantil: constituída de elementos
encontrados somente entre as crianças.
• Interação é dada pelo brincar.
• Garantir o desenvolvimento infantil é
garantir o direito da criança à brincadeira.
Culturas infantis: as brincadeiras
como produtoras de sujeitos sociais
• Cultura infantil: não é apartada da
totalidade.
• Elementos da cultura dos adultos.
• Brincar é internalizar as práticas e
sentidos de uma dada sociedade.
• Crianças sem acesso ao universo
simbólico das brincadeiras apresentam
maior dificuldade em compreender os
processos sociais.
Cultura infantil no espaço escolar

• Conflito entre família e escola.


• ‘Brincar não é “estudar”’.
• Concepção de educação infantil:
espaço escolarizado.
Cultura infantil no espaço escolar

• Criança ainda é como um ser incompleto


que deve ser “preenchido” de
conhecimento.
• Culturas infantis: compreender a infância
à partir dela mesma (relativismo
cultural).
• Adultos: acreditam que as crianças são
seres inferiores que devem receber seus
ensinamentos (etnocentrismo).
Cultura infantil no espaço escolar

• Papel da educação: considerar as crianças


como sujeitos sociais capazes de produzir
sua própria cultura.
• As práticas pedagógicas, na ânsia de
corresponder ás expectativas dos adultos e
das famílias, muitas vezes negam às
crianças das creches sua infância.
Cultura infantil no espaço escolar

• Escuta infantil: guiar as atividades da


educação infantil.
• Conteúdos estão ali.
• Capacidades das crianças constituírem-se
como sujeitos sociais e culturais.
Cultura infantil no espaço escolar

Compreender que as crianças produzem sua


própria cultura e se organizam em grupos
sociais estruturados permite ao educador
agir, não para interferir no processo, mas
para entender sua dinâmica e permitir a
plenitude do brincar.
Referências bibliográficas
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Culturas escolares, culturas de infância e culturas
familiares: as socializações e a escolarização no entretecer destas culturas. Educ.
Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 1059-1083, out. 2007. Disponível em:
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FLORESTAN, Fernandes. As “Trocinhas” do Bom Retiro: Contribuição ao Estudo
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(43) – jan./abr. 2004.
MARTINS FILHO, Altino José. Práticas de socialização entre adultos e crianças, e
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114, abr. 2008. Disponível em <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
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MULLER, Fernanda. Infâncias nas vozes das crianças: culturas infantis, trabalho e
resistência. Educ. Soc., Campinas , v. 27, n. 95, p. 553-573, ago. 2006. Disponível em:
<www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
73302006000200012&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 04 maio 2017.

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