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Sociologia e Cultura
Infantil: Gênero e Raça
Tema 02 – Sociologia da infância:
a criança como sujeito social
Bloco 1

Profª Mª Cláudia R. Benedetti


Introdução

• Infância: período bem marcado e cheio


de momentos para recordar.
• Há menos de dois séculos não
poderíamos pensar na infância como a
conhecemos hoje.
• A infância é uma invenção.
• A infância é uma construção social e
histórica.
A infância negada: a criança-adulto

• Idade Média até o século XV.


• A criança não era reconhecida como ser
em desenvolvimento.
• Condições sociais no período medieval
eram adversas.
• A mortalidade infantil na idade média era
algo “natural”.
A infância negada: a criança-adulto

• Não havia “preparo” para o mundo adulto.


• Sem acesso à educação ou a qualquer tipo
de instrução.
• Escola era restrita à formação de clérigos.
• A criança era vista como um adulto em
miniatura.
• Não existia infância.
A infância industrializada: o processo
de construção da infância
• Entre os séculos XVI e XVIII.
• A sociedade ocidental experimentava
grandes revoluções.
• Surgem novas necessidades e novas
formas de ver o mundo.
A infância industrializada: o processo
de construção da infância
• Novas condições materiais de existência
que fizeram surgir novas formas de
pensar a criança.
• Nova postura a respeito da criança e a
percepção de que sua natureza é distinta
do adulto.
A infância industrializada: o processo
de construção da infância
• Criança como ser em completa formação,
uma folha em branco capaz de absorver
passivamente o conhecimento (Locke).
• A criança possui diversas fases de
desenvolvimento e deve ser educada a
partir de seu nascimento para tornar-se
cidadão (Rosseau).
A infância industrializada: o processo
de construção da infância
Final do século XVIII para a criança:
• Autonomia – filho.
• Capacidade de aprender – aluno.
Sociologia e Cultura
Infantil: Gênero e Raça
Tema 02 – Sociologia da infância:
a criança como sujeito social
Bloco 2

Profª Mª Cláudia R. Benedetti


A construção da infância: a criança
como sujeito social
• Século XIX até os nossos dias.
• Intensificação da urbanização e da
industrialização, fortalecimento do Estado
democrático.
• Ampliação dos princípios de cidadania.
A construção da infância: a criança
como sujeito social
• Surgimento de novas ciências e áreas de
conhecimento, como a Psicologia, a
Psicanálise, a Pedagogia e a Sociologia.
• Escola como “socialização metódica das
novas gerações”, a projeção da sociedade
desejada coletivamente (Durkheim).
A construção da infância: a criança
como sujeito social
• A criança tem o direito e o Estado tem o
dever da formação cidadã.
• Reconhecimento da criança como sujeito
social em fase de desenvolvimento.
A construção da infância: a criança
como sujeito social
• A qualidade de desenvolvimento na
infância relaciona-se diretamente com a
qualidade do desenvolvimento humano.
• Criança como sujeito histórico e infância
como processo necessário de socialização
para a preparação à vida adulta.
A construção da infância: a criança
como sujeito social
• As teorias pedagógicas e os métodos
posteriores.
• A infância passa a um caráter de extrema
importância em nossa sociedade.
A construção da infância: a criança
como sujeito social
A infância é um conceito construído, portanto,
afetado por interesses sociais e econômicos
de uma época, sendo assim, apesar dos
grandes avanços, ainda há muitas crianças
expropriadas do direito à infância.
Referências bibliográficas
ABRAMOWICZ, A. A criança, a infância e a sociologia da infância.
In: Programa Curumim. Memórias, cotidiano e representações. 1ed.São
Paulo: SESC edições, 2015, v. 1, p. 73-94.
ARIÈS, P. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1981.
DUARTE, C. E., O poder explicativo da infância no pensamento
político de John Locke. In: Cadernos de Ética e Filosofia Política. nº18,
1/2011, pp.89-111.
DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. Rio de Janeiro: Editora Vozes,
2013.
FRABBONI, Franco. A escola infantil entre a cultura da infância e a
ciência pedagógica e didática. In: Qualidade em educação infantil.
Porto Alegre: Artmed, 1998. cap. 4, p. 63-92.
ROSSEAU. J.J. Emílio ou da educação. Tradução por Sérgio Milliet. 3. ed.
Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 1995.

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