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Sociologia e Cultura
Infantil: Gênero e Raça
Tema 03 – Sociologia da infância:
a criança e o processo de
socialização institucional
Bloco 1

Profª Mª Cláudia R. Benedetti


Introdução

• Nossas concepções sobre o que é ser


criança foram forjadas durante séculos.
• A criança hoje protagoniza o tecido social.
• Rede de proteção e suporte: educadores,
psicólogos, assistentes sociais, sociólogos,
médicos, advogados, juristas, etc.
Introdução

• A qualidade da infância é vista como


um determinante para o que ela será
quando adulto.
• O processo de socialização é uma
prioridade.
Socialização: conceitos fundamentais

Habitus:
Conceito que permite compreender como
interiorizamos a exterioridade social e como
exteriorizamos nossas interioridades, como a
sociedade se deposita nos indivíduos e se
transforma em disposições duráveis que
exprimem as necessidades objetivas destes.
Socialização: conceitos fundamentais

Habitus:
São como estruturas formadas para
pensarmos, sentirmos e agirmos. Seriam,
comparativamente, as práticas sociais
duradouras, que chamamos de tradição,
costumes.
É o social incorporado.
Socialização: conceitos fundamentais

Estilo de Vida - gosto de classe e capital


cultural:
• O gosto é a propensão e a aptidão à
apropriação (material ou simbólica) de
uma determinada categoria de objetos ou
práticas classificadas e classificadoras.
Socialização: conceitos fundamentais

• Por meio do gosto é possível classificar e


distinguir a que fração ou classe social o
sujeito pertence.
• O conjunto dos gostos compõe um Estilo
de Vida.
Socialização: conceitos fundamentais

• A desigualdade social não se limita a ter


ou não acesso a dispositivos
institucionais.
• A escola é um mecanismo de distinção
social que reforça a violência simbólica e
reproduz a hierarquia social.
Socialização: conceitos fundamentais

• A instituição escolar bombardeia crianças


muito jovens com ideais de estilo de vida
que perceberão ser inalcançáveis e que,
mesmo assim, se submeterão a coerção
simbólica em busca de uma identidade
social.
• A escola pode ser violenta para a infância,
imprime sobre os pequenos um vir a ser
decisivo para seu processo de socialização.
Sociologia e Cultura
Infantil: Gênero e Raça
Tema 03 – Sociologia da infância:
a criança e o processo de
socialização institucional
Bloco 2

Profª Mª Cláudia R. Benedetti


O processo de socialização da
criança na instituição familiar
• A família é a primeira instância de
socialização da criança, a internalização
das formas de agir e pensar historicamente
constituídos, a exterioridade.
• A hierarquia social, as relações com o
Estado e a propriedade passam pela
Família.
O processo de socialização da
criança na instituição familiar
• A experiência da criança passa
necessariamente pela família (ou pela
ausência dela).
• As relações subjetivas que se constroem
no espaço familiar.
• A criança tem suas relações sociais
mediadas pela instituição familiar.
• A família reproduz as relações sociais que
internalizamos como naturais (habitus).
O processo de socialização da
criança na instituição familiar
• A família é fundamental ao cumprir o
papel social de manutenção da estrutura
econômica.
• O status social dos indivíduos é dado
inicialmente (e na maioria dos casos para
sempre) pela família a qual pertence.
O processo de socialização da
criança na instituição familiar
• A família é uma instituição social que produz
coesão social, pois garante a regularidade
das ações e dos papeis sociais.
• Instrumento de coerção social dos mais
eficientes e responsável por internalizar os
padrões de beleza, o sexismo, a
heteronormatividade de forma autoritária e
pouco democrática, seu papel é de
homogeneização e não de diversidade.
O processo de socialização da
criança na instituição familiar
Família:
• Espaço institucional de socialização.
• Compreensão da infância e do papel social
da criança.
• Aspectos que constituem a cultura infantil e
suas formas de atribuir sentido às coisas.
Referências bibliográficas
BOURDIEU. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1999.
__________. A Distinção. São Paulo: EDUSP, 2007.
___________ . O poder simbólico. Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 2001.
DURKHEIM. E. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Martins Fontes,
2007.
PERROT, Michele. “Os Atores”. In: História da vida Privada: da Revolução
Francesa à Primeira Guerra. Volume 4; Cia das Letras: São Paulo, 1991.

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