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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE – SEMA

SUPERINTENDENCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – SEMACE

FUNDAÇÃO CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO – FUNCAP

PROGRAMA CIENSTISTA-CHEFE

GOVERNADORA DO ESTADO DO CEARÁ

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE

Artur José Vieira Bruno

SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INTERNA

Maria Dias Cavalcante

SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDENCIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

Carlos Alberto Mendes

PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E


TECNOLÓGTICO

Tarcísio Haroldo Cavalcante Pequeno

CIENTISTA-CHEFE MEIO AMBIENTE

Luís Ernesto Arruda Bezerra


Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

PROGRAMA CIENTISTA-CHEFE EM MEIO AMBIENTE

Secretaria (Proponente)
Secretaria do Meio Ambiente (SEMA)
Sec. Artur José Vieira Bruno
Endereço: Av. Ponte Vieira, 2666
Bairro: Dionísio Torres
CEP: 60.135-238
Fone: (85) 3108-2768
E-mail: sexec@sema.ce.gov.br

Coordenador / Equipe Cientista Chefe Meio Ambiente


Prof. Dr. Luis Ernesto Arruda Bezerra (Cientista Chefe Meio Ambiente)
Professor Adjunto II – Universidade Federal do Ceará (UFC)
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR/UFC)
E-mail: luis.ernesto@ufc.br
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6609717329301035
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1544-7297

Dr. Eduardo Lacerda Barros


Secretaria do Meio Ambiente (SEMA)
Coordenador do Planejamento Costeiro e Marinho do Ceará
E-mail: eduardolacerdab@gmail.com
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8219916023156070
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5975-5817

Dr. Renan Gonçalves Pinheiro Guerra


Secretaria do Meio Ambiente (SEMA)
Coordenador do Sistema de Informações Geográficas (SIG) Ambiental
E-mail: renan.lgco@gmail.com
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6560426743476855
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-5961-3117

Prof. Dr. Hugo Fernandes Ferreira


Universidade Estadual do Ceará (UECE)
Professor Assistente
Coordenador da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora
E-mail: hugofernandesbio@gmail.com
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9647959713613299
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9064-3736

Prof. Dr. Jader de Oliveira Santos


Universidade Federal do Ceará (UFC)
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Coordenador do Planejamento, criação e implementação de Unidades de Conservação no Ceará
E-mail: renan.lgco@gmail.com
Lattes: http://lattes.cnpq.br/0356125933191024
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9064-3736

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Supervisão:
Luis Ernesto Arruda Bezerra (Professor Labomar/UFC – Cientista-chefe Meio Ambiente SEMA/SE-
MACE/FUNCAP)
Marcelo Oliveira Soares (Professor Labomar/UFC – Cientista-chefe Meio Ambiente emérito SEMA/
SEMACE/FUNCAP)
Coordenação de Projeto:
Renan Gonçalves Pinheiro Guerra (Coordenador SIG Ambiental)
Autores:
Renan Gonçalves Pinheiro Guerra (Coordenador)
Lucas Peixoto Teixeira
Pedro Silveira Calixto
Vanessa Barbosa de Alencar
Equipe Técnica – Profissionais SIG e Desenvolvedores:
Dr. Renan Gonçalves Pinheiro Guerra (Geógrafo/Coordenador SIG Ambiental)
Me. Lucas Peixoto Teixeira (Cientista Ambiental/Pesquisador bolsista SIG Ambiental)
Me. Pedro Silveira Calixto (Oceanógrafo/Pesquisador bolsista SIG Ambiental)
Ma. Vanessa Barbosa de Alencar (Geógrafa/Pesquisadora bolsista SIG Ambiental)
Dr. Bruno Honorato
Ba. Adeilson
Equipe Técnica – Grupo de Trabalho SIG Ambiental

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Sumário
1. INTRODUÇÃO 9
1.1 Conceitos norteadores: 10
1.1.1 Dados ou informações geoespaciais 10
1.1.2 Metadados 11
1.1.3 Referências normativas 11
1.1.4 Qualidade de dados 12
1.1.5 Elementos de qualidade de dados espaciais 12
1.1.6 Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) 13
2. TIPOS DE INSPEÇÃO 15
2.1. Inspeção de consistência lógica 15
2.1.1 Inspeção de consistência de formato 16
2.1.2 Inspeção de consistência conceitual 17
2.1.3 Inspeção da consistência de domínio 20
2.1.4 Inspeção de consistência topológica 22
2.2 Inspeção e Elaboração dos Metadados 23
3. PREPARO DA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE DADOS 27
3.1 Sistema de Informações Geográfica (SIG) e padrão de dados 27
3.2 Conjunto de dados 30
3.3 Classes de informação 30
3.3.1 Nomenclatura de Classes 32
3.3.2 Nomenclatura dos dados Espaciais 32
3.3.2.1 Regras para nomenclatura de arquivos vetoriais 32
3.3.2.2 Regras para nomenclatura de arquivos matriciais 33
3.3.2.3 Regras para nomenclatura de tabelas 34
3.4 Roteiros de Inspeção 35
4. EXECUÇÃO DA INSPEÇÃO 38
4.1. Inspeção de consistência lógica 38
4.1.1 Inspeção de consistência de formato 38
4.1.2 Inspeção de consistência conceitual 43
4.1.3 Inspeção de consistência de domínio 64
4.1.4 Inspeção de consistência topológica 72
4.2 Inspeção e elaboração de metadados 84

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

1. INTRODUÇÃO

Vivenciamos a era digital, onde o acesso à informação e às tecnologias assumem espaço


no convívio e formação social, interferindo na aquisição e construção do conhecimento pela socie-
dade. Em particular, as informações geoespaciais trouxeram mais do que dados que medem dis-
tâncias, consentindo com o desenvolvimento de políticas eficientes em diversos setores da gestão
pública e privada.

Com a multiplicidade de geotecnologias existentes no mercado, a produção desses dados


e sua distribuição tornam-se mais ágeis a cada dia. No entanto, os dados necessitam ser gerados
segundo padrões e especificações técnicas que garantam seu compartilhamento, interoperabilida-
de e disseminação, sendo estes aspectos fundamentais na concepção de uma Infraestrutura de
Dados Espaciais (IDE). Tais aspectos são relevantes, mas muitas vezes ignorados, colaborando
para a ocorrência de inconsistências diante dos padrões de qualidade de dados e metadados que
devem ser seguidos.

Diversas esferas da administração pública têm voltado sua atenção para a importância da
padronização e para a necessidade do desenvolvimento de Infraestruturas de Dados Espaciais
(IDE). Iniciativas de IDE estaduais foram conduzidas e implementadas no Rio Grande do Sul (2014),
Bahia (2015), São Paulo (2015), Minas Gerais (2017) e Distrito Federal (2020).

Em caminho análogo se conduz a proposta do Governo do Estado do Ceará, através do


Programa Cientista-Chefe em Meio Ambiente, em implementar o Sistema de Informações Geográ-
ficas (SIG) Ambiental, que coaduna com a perspectiva da Plataforma Estadual de Dados Espaciais
Ambientais– PEDEA, instituída pelo Sistema Estadual do Meio Ambiente (SIEMA) por meio da Lei
Complementar nº 231, de 13 de janeiro de 2021. Esse tipo de plataforma é também assegurada
pela Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981) em seus Objetivos e
Instrumentos.

CURIOSIDADE!

O Art. 19 da Lei Complementar nº 231, de 13 de janeiro de 2021, que implementa o Sistema


Estadual do Meio Ambiente (SIEMA), diz:
Art. 19. Fica instituída, no âmbito do Sistema Estadual do Meio Ambiente - SIEMA, a Platafor-
ma Estadual de Dados Espaciais - PEDE, a ser regulamentada por decreto específico, com os
seguintes objetivos:

I - promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no compar-


tilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais de origem estadual e municipal,
em proveito do desenvolvimento do Estado do Ceará;

II - evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de dados geoespa-


ciais pelos órgãos da administração pública, por meio da divulgação dos metadados relativos a
esses dados disponíveis nas entidades e nos órgãos públicos das esferas estadual e municipal.

Além disso, dentro de um contexto da IDE, os metadados também podem ser considerados
como “dados”. O aumento considerável na produção e distribuição das informações geoespaciais

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

acarreta maior preocupação quanto a documentação dos metadados na atualidade. Contudo, a


integração desses dados advindos de diversas fontes demanda conhecimento de conceitos e de
normas específicas para as diferentes aplicações.

Assume, assim, relevância a proposta do Manual de Padronização de Dados Geoespaciais


e Metadados, em busca de fomentar a padronização dos dados geoespaciais e metadados dos ór-
gãos ambientais do Estado, bem como sua democratização de acesso para usuários e fornecedo-
res de todos os níveis de governo, do setor produtivo, do setor não lucrativo, do mundo acadêmico
e do público em geral. Em resposta, espera-se contribuir de modo a evitar a duplicidade de informa-
ções e o desperdício de recursos na obtenção de dados geoespaciais pela gestão pública estadual.

O Manual tem como objetivo disseminar normas e padrões previstos em normativas de


produção cartográfica de órgãos técnicos nacionais e internacionais. Assim contribuindo para boas
práticas no processo de geração, armazenamento, compartilhamento e uso dos dados geoespa-
ciais nas diferentes setoriais dos órgãos ambientais do Estado.

Este Manual foi estruturado em capítulos, de maneira a garantir aos usuários aproximação
conceitual e experiencial com as normativas de padronização e inspeções de qualidade de dados,
bem como de produção dos metadados. Neste capítulo são abordados alguns conceitos norteado-
res para o entendimento do funcionamento de uma IDE. No segundo capítulo são aprofundados
os conceitos de cada Inspeção conduzida neste Manual. O terceiro capítulo trata da preparação do
ambiente de trabalho e da informação geográfica para a Execução da Inspeção de Qualidade que
é esquematizada no último capítulo, em formato de tutorial.

DEFINIÇÕES:

 Geotecnologias → As geotecnologias são um conjunto de tecnologias para coleta, pro-


cessamento, análise e disponibilização de informações georreferenciada (FERRAZ, et
al. 2015).
 Interoperabilidade → Habilidade de transferir e utilizar informações de maneira unifor-
me e eficiente entre várias organizações e sistemas de informação (SANTOS, 2008)
 ISO → abreviação para International Organization for Standardization (Organização In-
ternacional de Normalização)

1.1 Conceitos norteadores:

1.1.1 Dados ou informações geoespaciais

O Dado ou informação geoespacial é aquele que se distingue por sua componente espa-
cial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema
geodésico de referência, podendo ser derivada das tecnologias de levantamento associadas a
sistemas globais de posicionamento apoiados por satélites, bem como de mapeamento ou de sen-
soriamento remoto. (BRASIL, 2008).

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

CURIOSIDADE!

De acordo com IBGE (2019), os dados geoespaciais estão representados em três estruturas, a
saber:

● Estrutura vetorial: representação de geometrias na forma de pontos (ex. sedes munici-


pais), linhas (ex. drenagem) e polígonos (ex. estados do Brasil);

● Estrutura matricial (raster): representação na forma de imagem, na qual uma camada


de informação (ex. modelo de terreno) é representada por uma grade composta por cé-
lulas (pixel), as quais possuem um valor (atributo) de acordo com o que se deseja repre-
sentar (ex. elevação).

● Estrutura tabular: representação na forma de tabelas que associam os atributos a in-


formações espaciais, como pares de coordenadas geográficas, unidades da federação,
município, distrito, setor censitário ou outros recortes geográficos.

1.1.2 Metadados

A utilização e interpretação das informações por usuários diversos demandam a disponibi-


lização de um conjunto de informações sobre os dados consumidos, de forma a propiciar a com-
preensão sobre sua aplicabilidade e forma de utilização.

Assim, os metadados constituem-se como “Dados que descrevem os dados”, ou seja, são
informações estruturadas para identificar, localizar, compreender e gerenciar os dados. Quando
documentamos os metadados e os disponibilizamos, estamos enriquecendo a semântica do dado
produzido, agregando seu significado real (IBGE, 2010).

CURIOSIDADE!

De acordo com o Art. 2º, inciso II, do Decreto nº 6666 de 2008, os metadados de dados geoes-
paciais, correspondem ao:

“Conjunto de informações descritivas sobre os dados, incluindo as características do seu levan-


tamento, produção, qualidade e estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua
documentação, integração e disponibilização, bem como possibilitar a sua busca e exploração.”
(BRASIL, 2008) .

1.1.3 Referências normativas

O compartilhamento e disseminação dos dados geoespaciais e seus metadados são obri-


gatórios para todos os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, o que facilita o intercâmbio
tanto dos dados como dos metadados, além de possibilitar padronizar procedimentos para avalia-
ção da qualidade de dados geoespaciais e de elaboração dos metadados.

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Entre as referências normativas e técnicas que constituem os subsídios orientadores deste


Manual, estão:

● Manual de Avaliação da Qualidade de Dados Geoespaciais (IBGE, 2017)


● Especificação Técnica para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais - ET-EDGV
(CONCAR, 2017)
● Manual de Serviço de Procedimentos de Inspeção de Qualidade de Bases Cartográficas
Contínuas (BRASIL, 2020)
● Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil versão 2.0 (IBGE, 2021)

CURIOSIDADE!

Entre as normas internacionais destaca-se a Série 19100/ISO TC 211, uma série de normas
para definir, descrever, e gerir informação geográfica, ou seja, informações sobre objetos ou
fenômenos que estão direta ou indiretamente associadas a uma localização em relação à Terra.
Essas normas também são utilizadas no desenvolvimento das normas nacionais, a exemplo
das diversas especificações técnicas desenvolvidas pelo CONCAR e pela Diretoria de Serviço
Geográfico do Exército (DSG).

1.1.4 Qualidade de dados

A qualidade pode ser considerada uma comparação e adequação de um modelo existen-


te ou referencial ao longo de um processo de verificação de um conjunto de dados. A CONCAR,
por meio do Plano de Ação para Implantação da INDE, define a qualidade como “a totalidade de
características de um produto ou serviço que lhe conferem aptidão para satisfazer necessidades
explícitas e implícitas”.

O processo de produção cartográfica deve ser associado aos conceitos de qualidade de


dados espaciais, buscando o aperfeiçoamento do conjunto de produtos gerados. Esse aperfei-
çoamento, somado à identificação das inconsistências entre o mundo real e a representação carto-
gráfica, são processos essenciais na avaliação qualitativa de um conjunto de dados geoespaciais.

CURIOSIDADE!

As inconsistências podem estar relacionadas com modelo de dados, aquisição, formas de re-
presentação, e referenciais e tratamentos geodésicos.

Neste Manual, serão traçadas diretrizes para um preparo da avaliação de qualidade do


dado, bem como a execução da inspeção de qualidade, que pode ser realizada na avaliação da
informação. Para isso, serão seguidas normatizações elaboradas por organizações internacionais
e entidades nacionais.

1.1.5 Elementos de qualidade de dados espaciais

Os elementos de qualidade de dados espaciais são alguns dos componentes principais


para descrever os aspectos de qualidade do dado geoespacial. Esses elementos são abordados na

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Norma ISO 19157 e nos manuais desenvolvidos pelo CONCAR e DSG. As categorias de inspeções
estão segmentadas em elementos de qualidade de dados espaciais (Quadro 01).

Quadro 01 – Elementos de qualidade de dados espaciais citados pela ISO 19157 e pelo manual da
CONCAR

Categoria Elemento
Comissão
Completude
Omissão
Consistência conceitual
Consistência de domínio
Consistência Lógica
Consistência e formato
Consistência topológica
Acurácia posicional absoluta
Acurácia Posicional Acurácia posicional relativa
Acurácia posicional dos dados em grade
Correção da classificação
Acurácia Temática Correção dos atributos não quantitativos
Acurácia dos atributos quantitativos
Acurácia de uma medida temporal
Acurácia Temporal Consistência temporal
Validade temporal

Figura 01 – Fluxograma com as etapas: preparo, execução da inspeção e elaboração de metadados.

1.1.6 Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE)

Uma IDE constitui um conjunto de relacionamentos e parcerias que permitem o comparti-


lhamento, atualização e integração de dados, sendo entendida como uma componente central no
apoio à tomada de decisões no âmbito do desenvolvimento econômico e social.
A IDE pode ser descrita como um guarda-chuva de políticas, padrões e procedimentos sob
os quais as organizações e tecnologias interagem para promover o uso, gerenciamento e produção
mais eficientes de dados espaciais. Assim, uma Infraestrutura de Dados Espaciais é definida
como conjunto de serviços, mecanismos e ferramentas que disponibilizam dados espaciais para
diferentes usuários.

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

CURIOSIDADE!

Em sua concepção, uma IDE integra diferentes elementos que interagem entre si, sendo eles:

● Normas e Padrões - possibilitam a descoberta, o intercâmbio, a integração e a usa-


bilidade da informação espacial, por meio da normatização de sistemas de referência,
modelos de dados, dicionários de dados, qualidade de dados, transferência de dados e
metadados.
● Dados Geoespaciais - componente central de uma IDE e podem ser classificados em
três grupos: de referência, temáticos e de valor agregado.
● Pessoas - atores envolvidos ou interessados, sejam eles produtores ou usuários, do
setor público, privado ou acadêmico.
● Institucional - são as esferas de gestão pública e de coordenação responsáveis pelo
arranjo institucional da elaboração e implementação da IDE.
● Tecnologia - conjunto de elementos físicos e de infraestrutura essenciais para o estabe-
lecimento da rede e dos hardwares que possibilitam o acesso, aquisição, distribuição e
armazenamento de dados geoespaciais.

Figura 02 - Componentes principais de uma IDE. Fonte: WARNEST, 2005 (Adaptado)

A interação entre o usuário e os dados é guiada pelos componentes tecnológicos da IDE –


rede de acesso, política e padrões normativos. Esses componentes estão fortemente relacionados,
podendo muitas vezes se sobreporem, permitindo relações dinâmicas entre eles, onde as pessoas
se conectam aos dados por meio das tecnologias, políticas e padrões,

Assim, um elemento essencial de uma IDE é que esse tipo de infraestrutura pressupõe a uti-
lização de normas e padrões. Assegura-se, assim, a integridade dos dados e informações geoes-
paciais, fator indispensável para implementação da Infraestrutura de Dados Espaciais.

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

VOCÊ VIU ATÉ AQUI - CAPÍTULO 01

 Os componentes básicos de uma Infraestrutura de Dados Espaciais – pág. 03;


 A Lei que implementa o Sistema Estadual do Meio Ambiente (SIEMA) – pág. 03;
 O que é uma Informação Espacial – pág. 06;
 O que é um Metadado – pág. 06;
 Referências normativas nacionais e internacionais para inspeção de qualidade de dados
– pág. 07;
 O conceito de qualidade de dado – pág. 08 ;
 Os principais elementos de inspeção da qualidade de dados – pág. 10.

2. TIPOS DE INSPEÇÃO

Neste capítulo, o usuário conhecerá de modo mais detalhado o arcabouço conceitual das
inspeções de Consistência Lógica, incluindo a Inspeção de Consistência de Formato, Concei-
tual, Domínio e Topológica. Ao final do capítulo, também são apresentadas orientações acerca
da realização da Inspeção e Elaboração dos Metadados, seguindo o Perfil MGB. O conjunto de
inspeções citadas constitui o objeto de interesse deste Manual, no sentido de orientar procedimen-
tos para padronização das bases de dados espaciais dos órgãos ambientais envolvidos no projeto.

2.1. Inspeção de consistência lógica

O Manual de Avaliação da Qualidade de Dados Geoespaciais, elaborado pelo IBGE, estabe-


lece que a Consistência Lógica tem como objetivo analisar a integridade estrutural de um conjunto
de dados, perfazendo a verificação do seu nível de concordância às regras lógicas do modelo de
dados espaciais utilizado. A Norma divide esta inspeção em quatro elementos:

● Formato: Avalia se o modelo de armazenamento da estrutura dos dados não está com-
prometido, ou seja, se a leitura da informação e a codificação de caracteres e referencial
geodésico estão de acordo com a Norma.

● Conceitual: Analisa se o conjunto de dados geoespaciais está em conformidade com


as regras do modelo conceitual.

● Domínio: Verifica se há conformidade em relação aos valores preestabelecidos de do-


mínio, ou seja, se os valores dos registros na base de dados seguem um esquema
definido.

● Topológica: avalia se os aspectos geométricos e topológicos dos dados espaciais es-


tão em conformidade com a Norma, sendo dividido em três grupos: na mesma classe,
entre classes e específica.

A sequência recomendada para a execução das etapas de inspeção de consistência lógica

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

para um produto geoespacial, é apresentada no fluxograma da Figura 03.

Figura 03 - Fluxograma para Inspeção de consistência lógica Fonte: BRASIL, 2010 (adaptado)

As avaliações de consistência lógica, em sua maioria, são executadas segundo o método de


inspeção completa e demandam apenas o uso do próprio conjunto de dados.

CURIOSIDADE!

De acordo com o IBGE (2020), em Procedimentos de Inspeção de Qualidade de Bases Carto-


gráficas Contínuas, os métodos de inspeção podem ser classificados em dois:

● Método de inspeção completo: avalia toda a extensão da informação geográfica;

● Método de inspeção amostral: desenvolve planos de amostragem para a informação


espacial e avalia o dado por feição ou por área.

2.1.1 Inspeção de consistência de formato

Ao obter um dado espacial, o primeiro item a ser observado é se ele é legível. A partir daí,
pode-se afirmar se é possível, ou não, decodificá-lo, executando a leitura do dado. O objetivo desta
15
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

medida de qualidade é indicar os erros na estrutura física de armazenamento do conjunto de dados


geoespaciais, em termos de formato do arquivo e, caso não existam, identificar as incompatibili-
dades na codificação de caracteres e/ou nos referenciais geodésico e cartográfico presentes nas
especificações técnicas do produto geoespacial.

Os dados não interpretáveis devem ser relatados ao setor de produção do dado, para que
possa executar possíveis correções ou ajustes. Para a continuidade das etapas de inspeções,
podem ser ignorados os dados não interpretáveis. O resultado da avaliação da consistência de
formato deve descrever quais partes dos dados não são legíveis.

2.1.2 Inspeção de consistência conceitual

A Inspeção de Consistência Conceitual auxilia na descrição da estrutura dos diretórios do


banco de dados. A partir da análise conceitual é possível organizar e padronizar os objetos e fenô-
menos que serão representados. Esse ambiente é composto por alguns pontos importantes como
a apresentação de atributos das informações, as chaves de ligação, os relacionamentos espaciais,
as informações geométricas dos objetos e fenômenos, e os dados cartográficos.

O objetivo da consistência conceitual é dar qualidade e indicar se o conjunto de dados geoes-


paciais está respeitando o modelo de dados padrão. Esta medida de qualidade toma como referên-
cia normatizações da ISO 19157:2013 e ET-CQDG 2016, obedecendo às normas do ET–EDGV.

FIQUE LIGADO!

 ET-CQDG 2016 → Especificações Técnicas para Controle de Qualidade Dados Geoes-


paciais: o objetivo desta especificação técnica é avaliar a qualidade dos produtos de
conjuntos de dados geoespaciais integrantes do Sistema Cartográfico Nacional do Bra-
sil, permitindo comparar os conjuntos de dados avaliados usando uma estrutura comum.

A modelagem conceitual é uma técnica usada para modelar um banco de dados, incluindo
suas notações. Sua estrutura de dados é descrita utilizando-se Diagramas de Classe (DC), os
quais contém as regras e descrições que definem conceitualmente como os dados serão estrutu-
rados, incluindo informações sobre o tipo de representação que será adotada para cada classe.

Os DC são compostos por pacotes, classes de objetos e seus atributos e relacionamentos


espaciais e não espaciais, onde as Relações de Classes de Objetos (RCO), correspondem à or-
ganização dos atributos por classes de informação.

A ET-EDGV subdivide os diagramas de classe em dois grupos, orientados a partir da escala


de visualização dos dados: Mapeamento Topográfico em Pequenas Escalas (MapTopoPE) e Ma-
peamento Topográfico em Grandes Escalas (MapTopoGE). Por sua vez, os grupos MapTopoPE e
MapTopoGE são compartimentados em 14 e 05 classes de informações, respectivamente.

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Figura 04: Tabela de divisão de Diagrama de Classes segundo a escala de visualização (MApTopoPE, MApTo-
poGE ), adaptada ET-EDGV, 2017.

Em termos de procedimentos do Manual, a estrutura da ET-EDGV é adotada para as clas-


ses de informações preconizadas pela normativa. As classes de informações utilizadas no banco
de dados do SIG Ambiental estão organizadas conforme classes estabelecidas pelo projeto (Figura
05).

Figura 05: Estrutura de diretórios do projeto.

17
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

FIQUE LIGADO!

Eventualmente, conjunto de dados espaciais podem não ser previstos em nenhuma das classes
da ET-EDGV, em especial, dados temáticos de serviços e projetos desenvolvidos pelos órgãos
ambientais.

Nestes casos, o dado não deve ser rejeitado, em primeiro momento. O diagrama de classes,
relacionamentos e atributos dos dados serão construídos junto ao setor de produção do dado e
disponibilizados em versão atualizada do Manual.

As Relações de Classes de Objetos são dispostas através de um diagrama UML que deve
conter informações ligadas a finalidade de cada classe de objeto dentro do diagrama de classes.
Nesse sentido, o manual ET-EDGV lista as cores de cada classe a ser representada no diagrama
e sua respectiva funcionalidade, como ilustra a Figura 06.

Figura 06: Classificação por cores das classes representadas em um diagrama de classes, pautada nas nor-
mas do ET-EDGV de 2017.

Com a adoção do diagrama de Classes é possível identificar os seus componentes, os atri-


butos de informação de cada classe, bem como suas inter-relações. É dessa forma que as Rela-
ções de Classes de Objetos (RCO) são representadas como subsídio a inspeção conceitual e de
domínio detalhadas no Capítulo 4 do Manual. A seguir, está posto exemplo de diagrama e relacio-
namento de classe de informações prevista na ET-EDGV (2017).

Toda a estrutura de diagrama e relacionamento das classes provenientes dos órgãos am-
bientais, constantes no banco de dados do projeto SIG Ambiental, serão construídas gradualmente
e disponibilizadas em anexo de versão atualizada deste Manual.

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Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Figura 07: Diagrama de classes de Áreas Verdes, do ET-EDGV de 2017.

A execução da inspeção de consistência conceitual perpassa pela identificação da confor-


midade do dado produzido, em relação aos critérios das normativas técnicas consideradas. Nessa
etapa, deve-se conferir se todas as classes previstas, segundo a escala de representação, existem
e estão de acordo com as normativas preconizadas no Manual. Nessa perspectiva são elencados
três pontos a serem avaliados nesta inspeção:

I) Ponto Avaliativo C1: Identificar se o dado está indicado na classe e subclasse corres-
pondente ao modelo de dados;

II) Ponto Avaliativo C2: Identificar os atributos de cada classe presente no conjunto de
dados e se estes estão acordo ao modelo proposto;

III) Ponto Avaliativo C3: Identificar o tipo de dado em cada atributo e se este é compa-
tível com o modelo de dados.

Após execução da inspeção, cada Ponto Avaliativo retorna com uma resposta (Verdadeiro
ou Falso). Ao final da avaliação, caso algum dos pontos avaliativos retorne com resposta “falso”, o
resultado da inspeção conceitual deve indicar que o modelo de dados proposto é inválido e neces-
sita de correções. Apontando a necessidade de retorno à setorial produtora do dado.

2.1.3 Inspeção da consistência de domínio

Na consistência de domínio, deve-se avaliar se o conjunto de dados que está de acordo com
os valores de domínio definidos no modelo de dados vigente. O Domínio define os valores quanti-
tativos ou qualitativos para o atributo da classe. Essa resposta tem que estar adequada ao manual
ET–EDGV, segundo determina o manual ET-CQDG de 2016. No caso de dados não previstos na
ET-EDGV, o Manual considera as orientações da setorial produtora quanto às classes de atributos
e tipo de dados.

Essa inspeção avalia a conformidade e adequação do preenchimento dos campos de domí-

19
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

nio da base de dados com o modelo proposto. Ou seja, é ela quem determina se os atributos da
camada estão preenchidos corretamente, tomando como foco o dado.

CURIOSIDADE!

A inspeção de consistência de domínio trabalha com a tabela de atributos e os valores nela


preenchidos. Em resumo, as “linhas” que compõem a tabela de atributos do arquivo vetorial
devem ser preenchidas de modo padronizado e é isso que a inspeção de domínio verifica.

Para a execução da consistência de domínio nos dados trabalhados por este Manual, deve-
rá ser observado o formato do preenchimento dos campos de domínio da tabela de atributos com
base nos valores propostos pela norma da ET-EDGV.

FIQUE LIGADO:

O arquivo responsável pela padronização dos domínios do arquivo vetorial é a Especificações


Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais 3.0 ANEXO (ET-EDGV 3.0) que
pode ser acessada através do link a seguir:

< https://bdgex.eb.mil.br/portal/media/edgv/ANEXOS_ET_EDGV_3.0_210518.pdf >

Pautada no padrão normativo de inspeções de domínio listadas no documento ET-CQDG


de 2016, devemos considerar dois formatos de inspeções (Pontos Avaliativos):

I) Ponto Avaliativo D1 - porcentagem de preenchimento da tabela de atributos: nesse ponto


são verificados todos os atributos com valores não nulos e não vazios. Ao final, realiza-se
uma proporção dos valores preenchidos na tabela, considerando os valores não nulos sobre
o valor total de atributos;

II) Ponto Avaliativo D2 - porcentagem de não conformidade com o domínio: nesse ponto
são verificados todos os atributos com valores que não estão em conformidade com os do-
mínios estabelecidos. Ao final, realiza-se uma proporção dos valores de erros encontrados
sobre o valor total de atributos.

A partir das características mencionadas as respostas da inspeção ocorrem em percentual,


conforme indicado abaixo. No Ponto Avaliativo D1, são considerados os valores não nulos e valores
totais. Enquanto para o Ponto Avaliativo D2, são considerados os valores erros e valores totais.

Quadro 02: Pontos avaliativos da inspeção de domínio, elaborado segundo


as orientações da ET–EDGV e da ET- CQDG
Pontos
Valor de Referência Valores Cálculo - resposta
Avaliativos
Valores não nulos 45 45/90 *100 = 50%
Ponto D1
Valores totais 90 Resposta: 50% de preenchimento dos atributos

Valores erros 5 5/100*100 = 5%


Ponto D2
Valores totais 100 Resposta: 5% de não conformidade com o domínio.

20
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

No Ponto Avaliativo D1 tem-se como valores não nulos, os valores das linhas que compõem
a tabela de atributos que estão preenchidos com qualquer valor, esteja ele de acordo com os domí-
nios ou não. Nesse momento é avaliado o preenchimento da tabela.

Para o exemplo acima, tem-se uma tabela com 90 linhas (valor total), onde apenas 45 linhas
(valor não nulo) estão preenchidas com qualquer informação. Isso corresponde a 50% da tabela
preenchida, logo para o domínio do Ponto Avaliativo D1 temos 50% de preenchimento dos atribu-
tos. Em resposta, o dado tem retorno Falso, evidenciando que o dado requer verificação da setorial
produtora, pois tem uma grande quantidade de falta de informação.

No Ponto Avaliativo D2 tem-se como valores erros, os valores das linhas que compõem a
tabela de atributos e estão preenchidos com valores não correspondentes com a padronização da
normativa de domínio. Nesse momento são avaliados os valores que compõem a tabela.

Para o exemplo acima, a tabela com 100 linhas (valor total), onde apenas 5 linhas (valores
erros) estão preenchidas com informação errada, considerando a padronização da ET-EDGV 3.0.
Isso corresponde a 5% da tabela preenchida incorretamente, logo para o domínio do Ponto Avalia-
tivo D2 temos como resposta retorno falsa, mostrando que o dado deve ser verificado pela setorial
produtora. Note que apesar do percentual baixo de erros, estes valores podem influenciar em ava-
liações posteriores.

FIQUE LIGADO:

Para a inspeção de domínio recomenda-se que os valores resposta sejam sempre verdadeiros,
ou seja: 100% de preenchimento da tabela (Ponto Avaliativo D1) e 0% de não conformidade
com os valores de domínio (Ponto Avaliativo D2). Qualquer valor divergente desses percen-
tuais, recomenda-se o retorno do arquivo ao setor de produção do dado.

2.1.4 Inspeção de consistência topológica

As inspeções topológicas são aquelas que avaliam os aspectos geométricos e de


conectividade da informação espacial. Elas são agrupadas para inspeções na mesma classe
(geometria e conectividade), entre classes (conectividade) e específica (não explícitas na norma).
Para a execução desse tipo de inspeção, será validada a geometria e a conectividade de forma
automática.

O complemento (plugin) QGIS para a inspeção topológica é o “Checar geometrias”, o qual


é um complemento núcleo e já está inserido nas versões mais recentes do programa, identificado
como Verificar Geometria, no menu Vetor (o complemento precisa ser ativado no menu Comple-
mentos). Essa ferramenta verifica o tipo e o quantitativo de anomalias topológicas, tais como sobre-
posições, duplicatas, espaços vazios, interseções, interrupções, entre outras (Figura 08).

21
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

FIQUE LIGADO:

O complemento Verificar Geometria analisa tanto aspectos da geometria do dado (ex.: buracos
em polígonos, auto intersecções etc.), quanto aspectos da topologia (ex.: duplicatas, sobrepo-
sições etc.). Os parâmetros de avaliação podem ser selecionados pelo usuário de acordo com
tipo de feição e complexidade do dado, como exemplificados no Capítulo 04. O manual técnico
do IBGE Avaliação da Qualidade de Dados Geoespaciais pode auxiliar a decisão do usuário
por meio dos Quadros 11 e 12 do apêndice (disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visuali-
zacao/livros/liv101152.pdf).

Figura 08 - Algumas inspeções geométricas suportadas pelo plugin (Fonte: User Guide QGIS 3.16, 2021)

Essa checagem permite, após a identificação e quantificação das anomalias, a visualiza-


ção e a execução de ajustes ou correções de forma automática e manual, sendo uma ferramenta
essencial no processo de inspeção topológica. As orientações quanto à execução e as regras que
devem ser aplicadas nesta inspeção serão apresentadas no próximo capítulo.

2.2 Inspeção e Elaboração dos Metadados

O Perfil MGB 2.0, lançado em março de 2021, repercute no estabelecimento de uma estru-
tura comum para descrever a geoinformação produzida no Brasil. Essa estrutura comum é com-
posta de um vocabulário padronizado cujo a finalidade é de adequação das normas internacionais
à realidade nacional.

O perfil MGB descreve um modelo para metadados geoespaciais a partir de diagramas


UML. Dentre os diagramas definidos no documento, tem-se os Diagramas de Classe que repre-
sentam as seções, atributos e relacionamentos a partir de notações padronizadas. Os diagramas
de classe são um tipo de diagrama da estrutura que descreve o que deve estar presente no sistema
a ser modelado.

22
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

FIQUE LIGADO:

Uma classe representa um grupo de objetos que podem ser definidos pelos mesmos
atributos, as mesmas operações e relacionamentos. Os atributos descrevem os objetos da
seção. Para a definição de atributos considera-se um nome, o tipo do dado, domínio, visibilida-
de e cardinalidade.

Os atributos podem ser do tipo texto, número inteiro, booleano, lista de valores ou outros.
Quanto à visibilidade, pode ser público, privado ou protegido. No esquema do Perfil MGB, todos
os atributos são públicos (símbolo +).

O perfil MGB 2.0 buscou inovar com modificações no perfil de metadados, a fim de se en-
quadrar nas diretrizes da ISO 19115-1:2014 que deixou de abordar o conceito de núcleo de meta-
dado. Por esta razão, o perfil MGB, não apresenta mais a distinção de um perfil sumarizado e um
perfil completo. Não obrigatoriamente, o produtor deverá apresentar um volume maior de informa-
ções sobre o recurso, dado que, a maioria dos elementos propostos na norma é opcional. Cabe
ao produtor, selecionar o conjunto de elementos de metadados que melhor descreve seu recurso.

Apesar do lançamento de novas diretrizes para o preenchimento das informações de meta-


dado trazidas pelo Perfil MGB 2.0, ainda pode se utilizar o Perfil MGB 1.0 para a construção do me-
tadado. Para fins de inspeção e elaboração de metadados, a orientação deste Manual permanece
considerando o Perfil MGB 1.0 na forma do Perfil Sumarizado, que traz os elementos essenciais
para o preenchimento dos metadados (Quadro 03), dentre os quais, temos elementos Obrigatórios,
Condicionais e Opcionais. Isto, considerando procedimentos de padronização dos metadados já
existentes em instituições do Estado que preconizam os elementos deste último.

Quadro 03 - Entidades e elementos do Núcleo de Metadados do Perfil MGB Sumarizado


Elemento Obrigatoriedade Elemento Obrigatoriedade
1. Título Obrigatório 13. Sistema de Referência Opcional
2. Data Obrigatório 14. Linhagem Obrigatório
3. Responsável Obrigatório 15. Acesso Online Opcional
4. Extensão Geográfica Condicional 16. Identificador Metadados Opcional
5. Idioma Obrigatório 17. Nome Padrão Metadados Opcional
6. Código de Caracteres do
Condicional 18. Versão Norma de Metadados Opcional
CDG
7. Categoria Temática Obrigatório 19. Idioma Metadados Condicional
8. Resolução Espacial Opcional 20. Código de Caracteres dos Metadados Condicional
9. Resumo Obrigatório 21. Responsável pelos Metadados Obrigatório
10. Formato de Distribuição Obrigatório 22. Data dos Metadados Obrigatório
11. Extensão Temporal Opcional 23. Status Obrigatório
12. Tipo de Representação
Condicional
Espacial

O principal pawdrão adotado para descrever os metadados espaciais é o ISO 19115:2003,


que propõe a implementação dos metadados em formato XML (Extensible Markup Language),
publicada no padrão ISO 19139:2007. Para a criação de metadados, geralmente são utilizados
editores de metadados, que são ferramentas que permitem preencher o conteúdo de cada registro
de metadados associado a um produto de geoinformação.

23
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Exemplos de editores de metadados válidos na INDE são o GeoNetwork e o CarMEdit. O


GeoNetwork é usado na INDE como servidor de catálogo de metadados e, posteriormente, será
adotado para fins de implementação dos metadados no projeto SIG Ambiental. Em momento, este
Manual, irá pautar-se em uma tabela com os elementos essenciais que o metadado deve conter,
tomando como base o padrão de metadados com base no núcleo central de metadados do Perfil
MGB. A partir da tabela de elementos de metadados, será possível posteriormente, produzir o me-
tadado padronizado em formato XML utilizando um editor de metadados.

A partir do Quadro 04 apresentado a seguir, é possível realizar a inspeção dos elementos


mínimos de metadados, bem como orientar quanto ao seu preenchimento, quando na produção da
informação espacial. No próximo capítulo é disponibilizado o passo a passo com a execução das
inspeções que foram citadas neste capítulo.

24
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Quadro 04 - Modelo sumarizado do Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (MGB).

IDENTIFICAÇÃO
1. Título:
2. Resumo:
3. Palavras-chave (três):
4. Data de elaboração:
5. Data de publicação:
6. Fonte dos Dados:
IDENTIFICAÇÃO DO CDG
7. Tipo de Representação Espacial (vetorial ou ras-
ter):
8. Geometria do arquivo (Linha, Ponto, Polígono,
Imagem):
9. Formato do arquivo:
10. Status do layer (Finalizado, Em execução, Em
atualização):
11. Escala:
12. Idioma:
13. Codificação de Caracteres:
14. Categoria Temática (conforme SIG Web):
15. Extensão Geográfica:
Latitude Limítrofe Norte:
16. Retângulo Envolvente (O, S, L, N – Grau Decimal Longitude Limítrofe Oeste: Longitude Limítrofe Leste:
com todos os dígitos e sinal OU sistema métrico):
Latitude Limítrofe Sul:
INFORMAÇÃO DE MANUTENÇÃO
17. Frequência de Manutenção e Atualização:
SISTEMA DE REFERÊNCIA
18. Identificador do Sistema de Referência(EPSG):
19. Datum:
20. Projeção:
DISTRIBUIÇÃO
21. Formato de Distribuição:
METAMETADADOS
22. Data dos Metadados:
23. Versão da Norma de Metadados:
24. Designação da Norma e Perfil de Metadados:

25
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

VOCÊ VIU ATÉ AQUI - CAPÍTULO 02

 Introdução as inspeções de Consistência Lógica e suas quatro etapas – pág. 14;


 A Inspeção de Consistência Conceitual – pág. 17;
 O que é um Diagrama de Classes e a estrutura proposta pela ET-EDGV – pág. 17;
 A estrutura de diretórios do projeto SIG Ambiental – pág. 19;
 A Inspeção de Consistência de Domínio – pág. 21;
 A Inspeção de Consistência Topológica – pág.24;
 A avaliar os aspectos geométricos e de conectividade – pág.25;
 Metadados e seus atributos mínimos para o seu preenchimento – pág.26.

3. PREPARO DA AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE DADOS

Neste capítulo, será apresentado o programa e o conjunto de dados (aplicados como exem-
plos) a serem utilizados durante as inspeções propostas neste Manual, bem como, uma orientação
para a preparação do ambiente de trabalho que antecede as inspeções de qualidade. Ao final do
capítulo é apresentado um roteiro para auxiliar a preparação dos dados e a execução das inspe-
ções.

Quanto ao conjunto de dados, a estrutura de diretórios e o ambiente de trabalho como um


todo, serão citados alguns conceitos, abordados no capítulo anterior, como também no Glossário
de Termos (Anexo I).

3.1 Sistema de Informações Geográfica (SIG) e padrão de dados

Os SIG são sistemas de gerenciamento e manipulação de informações espaciais, podendo


estar associados à banco de dados que armazenam essas informações e seus atributos, e permi-
tem executar tratamento computacional desses dados geográficos. Entre os diversos programas
disponíveis no mercado temos o QGIS, que será adotado neste Manual como a aplicação de SIG
onde serão conduzidos os procedimentos de inspeção dos dados.

O QGIS (conhecido anteriormente como Quantum GIS) é um SIG de Código Aberto incor-
porado ao projeto oficial da Open Source Geospatial Foundation (OSGeo). Está disponível para
sistemas operacionais diversos, como Linux, Unix, Mac OSX, Windows e Android, e suporta dife-
rentes formatos de vetores, rasters e bases de dados, exemplificados no Quadro 05. Além disso,
o QGIS apresenta ferramentas completas para o processamento de dados espaciais. O programa
mostra-se em constante desenvolvimento, com listas de discussão ativas, atendendo às diversas
necessidades de seus usuários (NANNI et al. 2012).

26
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

CURIOSIDADE!

Dentre os aspectos que motivaram a escolha do QGIS, destaca-se:

• Aplicação usual no serviço público;


• Código aberto;
• Integração com diferentes bases de dados;
• Diversidade de complementos gratuitos.

Assim, o QGIS é considerado um programa leve, com interface descomplicada e vários


recursos para manipulação de informação geográfica, tendo conquistado usuários diversos na
ciência, na gestão pública e no setor privado.

Alguns complementos do ambiente QGIS serão utilizados para viabilizar a exemplificação


da inspeção de qualidade. Os dois complementos listados a seguir serão descritos e aplicados no
exemplos dos próximos capítulos:

● Format consistency: utilizado na verificação da codificação e do sistema de coordena-


das ao longo da inspeção da consistência de formato;
● Checar geometria: complemento núcleo (já instalado) utilizado para verificar erros de
geometria e/ou topologia ao longo da inspeção da consistência topológica.

Para boa parte dos programas SIG, os produtos têm como formato padrão o shapefile (.shp).
Os arquivos shapefile podem ser fornecidos compactados (ex.: .zip e .rar), contendo dentro de um
mesmo diretório, no mínimo, três arquivos com as extensões .shp, .shx e .dbf. Assim que adquiri-
dos, indica-se realizar uma inspeção preliminar no diretório do dado, confirmando a existência des-
tes três arquivos que compõem um shapefile. Esses componentes são essenciais para se trabalhar
com arquivos shapefile e podem, também, estar acompanhados de outros componentes dentro do
diretório, como arquivos com extensão .prj, .sbn, .shx e, por vezes, um arquivo .txt ou .xml de
Metadados.

Apesar de variedade de programas SIG disponíveis atualmente, incluindo o QGIS, outras


geotecnologias e softwares podem gerar produtos úteis para usuários de dados espaciais, embora
produzam produtos em formatos de arquivos diferentes do padrão SIG, como observado no Quadro
05:

27
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Quadro 05 - Formatos de arquivos que podem ser aplicados em um software SIG

Formato Programa/Ferramenta Uso em SIG


.xls e .xlsx - arquivos de planilha;
Gerenciadores de planilha (Excel,
.csv - conjunto de dados Aquisição de bancos de dados de
LibreOffice, Google Planilha etc.) ou
separados por vírgula ou ponto e coordenadas ou arquivos raster.
bloco de notas.
vírgula.

.kmz e .kml - vetores salvos no Formatos de arquivo salvo no Google


Aquisição de vetorização realizada
Google Earth, sendo o kmz a Earth com vetores (pontos, linhas ou
no Google Earth.
versão compactada do .kml. polígonos).

Ao conectar um GPS a um
.gpx - armazenamento de dados Utilização de coordenadas obtidas
computador, o armazenamento de
salvos oriundo de receptores em campo por meio de um receptor
coordenadas coletadas pelo receptor
GPS. GPS.
são identificados como .gpx.

Sistemas computacionais (como


.dwg e .dxf - arquivos criados em Aquisição de projetos/camadas em
AutoCAD, LibreCAD ou FreeCAD)
programas CAD (projeto assistido espaços geográficos elaboradas em
utilizados para criação, modificação e
por computador). sistemas computacionais CAD.
análise de projetos.

FIQUE LIGADO:

Durante o processo de produção de um dado espacial, a geotecnologia adotada por ge-


rar dados em mais de duas dimensões. Ou seja, além das dimensões para latitude e longitude
(plano), há ferramentas que podem incluir nos dados espaciais as dimensões de altitude e de
profundidade (dimensão Z e/ou M). A padronização de dados adotada por este manual é para
dados planos, em duas dimensões.

Para os procedimentos aplicados neste Manual, adota-se o formato de arquivo padrão: sha-
pefile (.shp). Para a transformação dos demais formatos citados no Quadro 05 para shapefile, fica
a critério do usuário o meio (software ou ferramenta) e a forma de transformação dos arquivos (im-
portação, exportação ou salvar como).

FIQUE LIGADO:

Ao manipular informações espaciais no QGIS, cria-se um “Projeto”, o qual apresenta


tais informações espaciais (shapefile) dispostas em camadas e podem ser controladas na aba
“Gerenciador de Camadas” do QGIS.

Desse modo, os procedimentos iniciais de preparo são:

● Possuir versão atualizada do programa QGIS;

● Instalar e ativar os complementos (plug-ins) Format Consistency e Checar Geometria;

● Verificar o formato dos dados, observando o padrão adotado (formato shapefile) e a


existência dos componentes mínimos necessários (.shp, .shx e .dbf), como também a existência
de arquivos .txt e/ou .xml de metadados (recomendado).

Caso sejam satisfeitos os critérios acima, o operador pode seguir para os próximos passos
28
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

do preparo para a avaliação de qualidade.

3.2 Conjunto de dados

O conjunto de dados reunido para exemplificar a inspeção proposta neste Manual contém
camadas que representam as diferentes geometrias que podem ser encontradas no contexto de
uma IDE. As camadas escolhidas, bem como suas especificações, são fornecidas no Quadro 06.

Quadro 06 - Representação do conjunto de dados a serem utilizados na inspeção de qualidade

Camada Geometria
Limites municipais costeiros Polígono
Unidades de Conservação Polígono
Rodovias Pavimentadas Linha
Autos de Infração Ponto

É importante ressaltar que essas camadas vetoriais compõe o conjunto de dados utilizados
como exemplo para a inspeção de qualidade. Como se trata de um exemplo de aplicação, não
obrigatoriamente as inconsistências apresentadas durante as inspeções serão reais, de forma que
os dados foram manipulados para fins didáticos. Todas as camadas adotadas estão em formato
shapefile.

3.3 Classes de informação

As classes de informação são objetos de mesma natureza e funcionalidade que agrupam


informações da temática a ser desenvolvida. Nessa perspectiva, a normativa ET- EDGV propõe
a divisão de dados referentes ao espaço geográfico brasileiro em 19 classes, agrupando-as por
escala. Em termos de procedimentos deste Manual, a estrutura da ET-EDGV foi adotada de modo
orientativo. As classes de informações utilizadas foram definidas conforme estrutura proposta no
âmbito do projeto SIG Ambiental do Programa Cientista-Chefe Meio Ambiente - Funcap/Sema/
Semace. Além disso, foram considerados outros modelos de estrutura de dados já consolidados, a
exemplo dos sistemas de gestão de dados espaciais do IPECE e COGERH (Figura 09).

29
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Figura 09: Estrutura de diretórios do projeto.

A organização das classes ocorre através do agrupamento das camadas em pastas, no-
meadas de acordo com o número da respectiva classe. Os diretórios através da nomenclatura das
pastas devem obedecer aos seguintes critérios:

 não conter espaços;


 não conter caracteres especiais (como vírgulas, acentuações de qualquer natureza); e
 obedecer a lógica da numeração dos diretórios (conforme, indicado na figura anterior).

Dentro de cada uma das classes e diretórios apresentados, é definida uma estrutura de sub-
classes de modo a categorizar as camadas que integram o banco de dados do SIG Ambiental. Os
diretórios que representam as subclasses serão nomeados de forma semelhante às classes, com
a numeração iniciando em 00 (Figura 10).

Figura 10: Estrutura de divisão do diretório Território do projeto.

30
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

3.3.1 Nomenclatura de Classes

O estabelecimento da nomenclatura utiliza como referência a estrutura de classes e subclas-


ses apresentadas, sendo definida conforme a regra:

xxyy_CE_NomedaSubclasses
Onde:

• xx corresponde ao número das classes; e


• yy é o número da subclasses, sendo iniciado com 00.

Em exemplo, para subclasses “Limites”, “Localidades” e “Regionalizações” inseridas na


classe 01_CE_Territorios, teremos como nomenclatura padrão:

• 0100_CE_Ter_Limites;
• 0101_CE_Ter_Localidades;
• 0102_CE_Ter_Regionalizacoes.

3.3.2 Nomenclatura dos dados Espaciais

A criação dos diretórios do banco de dados SIGWeb deve observar regras básicas de no-
menclatura para dados vetoriais, matriciais e tabulares. Por isso, são consideradas para fins de
nomenclatura dos dados inseridos no SIG Ambiental, as regras dispostas a seguir:

CURIOSIDADE!

As regras adotadas na nomenclatura dos arquivos espaciais demonstradas neste Manual


tem por base a Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Re-
cursos Hídricos (IDE-Sisema) de Minas Gerais e pode ser acessado no link:

https://idesisema.meioambiente.mg.gov.br/versao1/docs/MANUAL_IDE-SISEMA_01.pdf

3.3.2.1 Regras para nomenclatura de arquivos vetoriais

O padrão para os nomes de arquivos vetoriais é definido conforme a regra:

xxyy_AA_Nnnn_aaaa_fff
Onde:

• xxyy = 4 caracteres com o código da Classe de Informação geográfica e respectiva Clas-


se de Objeto;
• AA = 2 caracteres com a sigla da abrangência territorial (exemplo: CE);
• nnnn = sequência livre com até 25 caracteres (sem espaços, sem maiusculos caracteres
acentuados e/ou especiais);
• aaaa = 4 caracteres com o ano, quando aplicável;
• fff: 3 caracteres com o tipo da feição, podendo ser pto (ponto), lin (linha) ou pol (polígono);

31
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Os Quadros 07, 08 e 09 apresentam a aplicação da regra de nomenclatura recomendada


para os diferentes tipos de informações geográficas (Vetorial, Raster e Tabela), utilizando como re-
ferência o conjunto de dados utilizado neste Manual. As regras são as informações necessárias que
devem estar contidas na nomenclatura do arquivo, os valores adotados correspondem aos valores
reais do atributo e a coluna “descrição” descreve o que corresponde a cada informação.

FIQUE LIGADO:

É possível seguir um padrão para a construção correta da nomenclatura do arquivo


vetorial. Conforme demonstra o quadro a seguir:

Quadro 07 - Informativo de nomenclatura vetorial.


Como criar a nomenclatura do arquivo vetorial
Regras Valores adotados Descrição
xx 01 Classe: Território
yy 00 Subclasse: Limites
AA CE Estado ao qual refere-se o dado
Nnnn Municipioscosteiros Nome do arquivo vetorial
aaaa 2019 Ano do mapeamento do arquivo
fff Pol Tipo do arquivo
Nome do shape 0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol

3.3.2.2 Regras para nomenclatura de arquivos matriciais

O padrão para os nomes de arquivos matriciais é definido conforme a regra:

xxyy _AA_Nnnn_aaaa

Onde:

• xxyy = 4 caracteres com o código da Classe de Informação geográfica e respectiva Clas-


se de Objeto;
• AA = 2 caracteres com a sigla da abrangência territorial (exemplo: CE);
• Nnnn = sequência livre de caracteres, com até 25 caracteres (sem espaços e sem carac-
teres acentuados e/ou especiais);
• aaaa = 4 caracteres com o ano, quando aplicável.

32
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

FIQUE LIGADO:

É possível seguir um padrão para a construção correta da nomenclatura do arquivo raster.


Conforme demonstra o quadro a seguir:

Quadro 08 - informativo de nomenclatura do arquivo raster

Como criar a nomenclatura do arquivo Raster

Regras Valores adotados Descrição

xx 01 Classe: Território

yy 00 SubClasse: Limites

AA CE Estado ao qual refere-se o dado

Nnnn LT05_216063_RGB543 Nome do arquivo raster

aaaa 2011 Ano da imagem

Nome do raster 0100_CE_ LT05_216063_RGB543_2011

3.3.2.3 Regras para nomenclatura de tabelas

O padrão para os nomes de arquivos tabulares é definido conforme a regra:

xxyy _AA_Nnnn_aaaa
Onde:

• xxyy = 4 caracteres com o código da Classe de Informação geográfica e respectiva


Classe de Objeto;
• AA = 2 caracteres com a sigla da abrangência territorial (exemplo : CE);
• Nnnn = sequência livre de caracteres, com até 25 caracteres (sem espaços e sem
caracteres acentuados e/ou especiais);
• aaaa = 4 caracteres com o ano, quando aplicável.

33
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

FIQUE LIGADO:

É possível seguir um padrão para a construção correta da nomenclatura do arquivo tabular.


Conforme demonstra o quadro a seguir:

Quadro 09 - Informativo de nomenclatura do arquivo tabular

Como criar a nomenclatura do arquivo Tabular

Regras Valores adotados Descrição

xx 01 Classe: Território

yy 00 SubClasse: Limites

AA CE Estado ao qual refere-se o dado

Nnnn Limitemunicipal Nome da tabela

aaaa 2019 Ano da criação da tabela

Nome da tabela 0100_CE_municipioscosteiros_2019

Sintetizando todas as informações aqui demonstradas, tem-se a construção da estrutura da


classe Território. Esse banco contém informações vetoriais, raster e tabulares. Cada informação foi
nomeada de acordo com as recomendações e serão visualizadas na Quadro 10.

Quadro 10 - Nomenclatura dos arquivos que compõe a classe Território e a subclasse Limites
Nomenclatura Nomenclatura da
Arquivos Descrição
da classe subclasse
0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol Arquivo vetorial.

01_CE_Territorio 0100_CE_Ter_Limites 0100_CE_ LT05_216063_RGB543_2011 Arquivo Raster

0100_CE_municipioscosteiros_2019 Arquivo tabular

3.4 Roteiros de Inspeção

O procedimento de preparo é fundamental para a execução e conclusão das inspeções de


qualidade, ao ponto que os itens a serem definidos, levantados e criados são essenciais para a
inspeção de qualidade da informação geográfica.

Para um maior controle dos itens a serem observados nos produtos que serão inspecio-
nados, convém organizar uma lista de checagem ou um roteiro que deve ser observado antes e
durante a inspeção de qualidade, como ilustrado nos Quadro 11 e 12. O Quadro 11 apresenta um
roteiro para o preparo da inspeção de qualidade, onde deve ser checado alguns itens essenciais.

34
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Quadro 11 – Roteiro
Projeto:

Responsável pela produção:


Etapa / Item Checado Descrição
1. Documentação técnica
Identificar o produto cartográfico a ser inspecionado. ⃞
Verificar a existência da especificação técnica do produto. ⃞
Verificar a existência de níveis de conformidade. ⃞
2. Lista de classes de feições geográficas
Identificar as classes previstas para representação na escala ⃞
Verificar se é necessário priorizar determinada(s) classe(s) ou categoria(s). ⃞
3. Lista de insumos
Verificar a lista de insumos utilizados na produção cartográfica. ⃞
Verificar os softwares e complementos utilizados na produção cartográfica. ⃞
4. Medidas de qualidade
Identificar a(s) medida(s) de qualidade a ser(em) utilizada(s). ⃞
Verificar se é necessário avaliar um novo aspecto de qualidade. ⃞
5. Método de inspeção
Identificar e delimitar a área de trabalho do projeto e/ou da inspeção a ser realizada. ⃞
Identificar a etapa de produção: produto finalizado ou em produção. ⃞
Identificar o tipo de inspeção: completa ou amostral. ⃞

Este roteiro objetiva sintetizar e inspecionar aquilo que consta da informação geográfica an-
tes da execução da inspeção de qualidade, não sendo necessário contemplar todos os itens antes
dela. Como citado no primeiro capítulo, este Manual objetiva nortear uma inspeção simplificada
com alguns dos elementos sugeridos no Manual de Procedimentos de Inspeções de Dados Veto-
riais do IBGE, direcionadas apenas às inspeções de Consistência Lógica e Elaboração de Metada-
dos. O Quadro 12 ilustra o roteiro a ser seguido na execução da inspeção de qualidade.

Os dois roteiros apresentados nos Quadros 11 e 12 desta seção poderão auxiliar na organi-
zação do processo de preparo e inspeção de qualidade dos dados. O próximo capítulo será dedi-
cado inteiramente às execuções das inspeções e elaboração dos metadados.

35
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Quadro 12 – Roteiro da execução da inspeção de qualidade

Projeto:
Inspecionado Situação (Aprova-
(Sim ou Nulo) do ou Reprovado’
Responsável pela produção:
Consistência Lógica
Consistência de formato
1. Verificar se o conjunto de dados pode ser lido ⃞
2. Verificar a codificação de caracteres: UTF-8 ⃞
3. Verificar o referencial geodésico e cartográfico ⃞
Consistência conceitual

4. Verificar as categorias e classes de feições conforme modelo de classes



e subclasses do SIG Ambiental

5. Consistência de domínio ⃞

6. Verificar os domínios das classes de feições em acordo ET-EDGV e



diagramas/relacionamos do SIG Ambiental

Consistência Topológica
7. Validação topológica na mesma classe (geometria e conectividade) ⃞
Preenchimento dos Metadados
8. Preencher tabela de metadados ⃞
Início e Fim da atividade Responsável
Inspeção de Consistência Lógica __/__/__ a __/__/__

Inspeção de Consistência Conceitual e de Domínio __/__/__ a __/__/__

Inspeção de Consistência Topológica __/__/__ a __/__/__

Preenchimento dos metadados __/__/__ a __/__/__

VOCÊ VIU ATÉ AQUI - CAPÍTULO 03

 O que é SIG e o QGIS – pág. 29.


 O padrão de dados adotado para as inspeções neste manual – pág. 29;
 O formato Shapefile – pág.30;
 Aplicações de diferentes formatos de arquivos em ambiente SIG – pág. 31;
 O preparo ideal do ambiente de trabalho – pág.32;
 A nomenclatura ideal das informações geográficas – pág.35-39;
 Os roteiros de preparo e execução da inspeção de qualidade – pág. 41-42

36
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

4. EXECUÇÃO DA INSPEÇÃO

4.1. Inspeção de consistência lógica

4.1.1 Inspeção de consistência de formato

Objetivo: Verificar se o conjunto de dados geoespaciais pode ser lido e avaliar os referen-
ciais geodésico e cartográfico e codificação de caracteres.

Conjunto de dados:

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol;

0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;

0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;

0400_CE_estradaslitoral_2018_lin.

Tipo de inspeção: completa

Nível de conformidade: 0 (zero) inconsistências de formato.

Complemento (plugin): “Format consistency”

Método: no ambiente QGIS executar:

1. Camada > Adicionar camada > Camada Vetorial.


2. Vetor > Format Consistency

o Verificar o referencial cartográfico e geodésico do conjunto de dados;

o Verificar a codificação de caracteres do conjunto de dados; e

o Verificar o formato do arquivo.

Avaliação:

• Verificar se o conjunto de dados pode ser lido.


• Verificar se existem divergências no conjunto de dados em relação aos referenciais
geodésico e cartográfico e à codificação de caracteres.

37
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Quadro 13 - Resultado da Inspeção


Resultado
O dado
Referencial Pode ser após
Camadas pode ser Codificação
geodésico corrigido? correções
lido
da setorial
0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol S S S NA A
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto S I I S (BCR) A
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol S I I S (BCR) A
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin S I S S (BCR) A
Legenda: BCR - Box como resolver (Consultar); S – Sim; I – Inconsistência; NA – Não se Aplica; A- Aprovado

EXECUÇÃO DA INSPEÇÃO DE CONSISTÊNCIA DE FORMATO:

Conjunto de Dados:

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol;

0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;

0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;

0400_CE_estradaslitoral_2018_lin.

Procedimentos da inspeção:

1. “Camada” > “Adicionar camada” > “Camada Vetorial”.


2. “Vetor” > “Format consistency”

Inconsistências identificadas:

1. Camada 3 e 4 apresentam referencial geodésico diferente do padrão adotado;

2. Camada 2 e 3 apresentam codificação divergente ao padrão utilizado.

As inconsistências identificadas não são suficientes para reprovar as camadas nesta inspeção,
porém, podem ser “revolvidas” para potencializar os bons resultados.

38
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

BOX COMO RESOLVER


Conjunto de Dados:

0200_CE_autoinfracao_2020_pto;
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin.

Tipo de inspeção: Formato

Inconsistências:

Camada 3 e 4 apresentam referencial geodésico diferente do estabelecido;


Camada 2 e 3 apresentam codificação diferente da estabelecida.

Procedimentos de correção:

Etapa 01 - Ajuste do referencial geodésico:

 Passo 1: no menu principal, acessar: Processar > Caixa de Ferramentas. Na Caixa de


Ferramentas de processamento, busque pela função “reprojetar camada” e clique nela.
 Passo 2: na janela Reprojetar Camada selecione a “Camada de entrada” a ser reprojetada

Visualize na prática:

 Passo 3: na mesma janela, selecione o “SRC de destino” buscando em pelo Sistema


de Referência de Coordenadas SIRGAS 2000 identificado pela EPSG 4674 e clique em OK

39
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 Passo 4: continuando na janela Reprojetar Camada, selecione em Reprojetado(a) a opção


“Salvar no Arquivo”, para salvar a reprojeção como uma nova camada Shapefile.

 Passo 5: Execute a reprojeção clicando em Executar. Repita o processo para as demais


camadas caso necessário.
Dica: no caso de duas ou mais camadas a serem reprojetadas, a execução poderá ser reali-

zada por meio do Processamento em Lote de forma mais acelerada


e prática.

Etapa 02 – Ajuste da codificação

 Passo 1: no gerenciador de camadas, clique com botão direito do mouse em cima da ca-
mada a ser trabalhada, clique em exportar > Salvar Feições Como. Logo, a janela Salvar
Camada Vetorial Como abrirá;

 Passo 2: Em Nome do Arquivo, clique em e selecione um diretório (pasta no compu-


tador) diferente do arquivo original, digite o nome do shapefile e clique em Salvar, e em
seguida seleciona o SRC: EPSG 4674 – SIRGAS 2000;

 Passo 3: Em Codificação, selecione a opção “UTF-8”, e marque o campo “Adicionar arqui-


vo salvo ao mapa”, depois clique em OK;

 Passo 4: Execute uma nova verificação por meio do “Format Consistency” e certifique-se
que as camadas foram corrigidas.

40
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Retorno da inspeção após correções: VERDADEIRO

FIQUE LIGADO:

No caso de dados com dimensão Z e/ou M, a informação sobre essa dimensão pode ser
identificada na aba Informações das propriedades da camada, tópico “Geometria”, onde
apresenta-se o tipo geometria da camada e, em caso da dimensão Z e/ou M, a letra Z ou
M estarão acompanhadas do tipo descrito (ex.: PointZ).

Para corrigir, a camada deve ser exportada. Para isso, clique com o botão direito na
camada e em seguida em Exportar. Na janela “Salvar Camada Vetorial Como...” o Tipo
da sua Geometria deve ser definida de acordo como é apresentada no projeto (ponto,
linha ou polígono), desmarcando a opção de incluir a dimensão Z. Não se recomenda
utilizar a opção do Tipo de Geometria “automática”.

CURIOSIDADE!

Por meio de um algoritmo em Python, consegue-se gerar um relatório para vá-


rias camadas, checando seu Nome dos arquivos, SRC, Codificação e existência de Di-
mensão-Z. Por meio do repositório https://github.com/calixtops/SIGambiental , pode-se
acessar executável desta rotina.

41
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

4.1.2 Inspeção de consistência conceitual

Objetivo: harmonizar as categorias e classes indicadas no conjunto de dados em conformi-


dade com os critérios das normativas técnicas estabelecidas no Manual.

FIQUE LIGADO:

É importante salientar que quando se tratar de dados existente da ET-EDGV, segundo a escala
de representação, adota-se os critérios já preconizados no documento, conforme demonstrado
no capítulo 2. No caso dos dados temático que não constam na ET-EDGV, mas constam de
grande parte do universo de dados do projeto, será realizada a construção das especificações
junto as setoriais produtoras.

Conjunto de dados:

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol;

0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;

0400_CE_estradaslitoral_2018_lin;

0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol.

Tipo de inspeção: completa

Nível de conformidade: 0 (zero) inconsistências de formato.

Complemento(plugin): Nenhum

Ponto Avaliativo C1: Identificar se o dado está indicado na classe e subclasse corres-
pondente ao modelo de dados;

Ponto Avaliativo C2: Identificar os atributos de cada classe presente no conjunto de


dados e se estes estão acordo ao modelo proposto;

Ponto Avaliativo C3: Identificar o tipo de dado em cada atributo e se este é compatível
com o modelo de dados.

Método: no ambiente QGIS executar:

Ponto Avaliativo C1:

1. Indicar qual a classe pertence o dado a ser trabalhado;


2. Indicar qual a subclasse pertence o dado a ser trabalhado, se houver;
3. Estabelecer a nomenclatura da camada vetorial

42
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Ponto Avaliativo C2:

4. “Camada” > “Abrir tabela de atributos”


o identificar os atributos de cada classe presente no conjunto de dados e se es-
tes estão acordo ao modelo proposto pela normativa;

Ponto Avaliativo C3:

5. “Camada” > “Abrir tabela de atributos”


6. “Camada” > “Propriedades” > “Gerenciar campos”
o identificar o tipo de dado em cada atributo e se este é compatível com o modelo
de dados.

Avaliação:

• Verificar se as classes correspondem ao modelo proposto pela normativa.


• Verificar se as subclasses correspondem ao modelo proposto pela normativa.
• Verificar a tabela de atributos existentes em cada camada e se estes correspondem
ao modelo proposto pela normativa. 

Quadro 14 - Resultado da Inspeção

Ponto Ponto Ponto Resultado após


Pode ser
Camadas Avaliativo Avaliativo Avaliativo correções da
corrigido?
C1 C2 C3 setorial

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol S S S NA A
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto S I I S (BCR) A
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol I S S S (BCR) A
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin S I I S (BCR) A
Legenda: BCR - Box como resolver (Consultar); S – Sim; I – Inconsistência; NA – Não se Aplica; A- Aprovado

FIQUE LIGADO:

Todas as categorias de informação, bem como suas respectivas classes e atributos foram avalia-
dos. O método de inspeção é interno, e o método de avaliação é a inspeção completa. Quando
ocorre um erro, o resultado da medida é falso, indicando a não conformidade com o modelo de
dados

43
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

EXECUÇÃO DA INSPEÇÃO DE CONSISTENCIA CONCEITUAL:


Conjunto de dados:
0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol;
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin.

Procedimentos de inspeção:
Etapa 1 – Inspeção Ponto Avaliativo C1
1. Relacionamento da classe > nº da classe > nomenclatura de saída da classe.

Classe Número da classe Nomenclatura da classe, segundo a normativa


Território 01 01_CE_Territorio
Fiscalização Ambiental 02 02_CE_FiscAmbiental
Restrição Ambiental 03 03_CE_RestAmbiental
Sistema de Transporte 04 04_CE_SisTransp

2. Relacionamento da classe renomeada > subclasse > atribuição do nº da subclasse > nomen-
clatura de saída da subclasse.

Nomenclatura da Número da Nomenclatura da subclasse, segundo


Subclasse
classe Subclasse normativa
Limites 00 0100_CE_Ter_Limites
01_CE_Territorio Localidades 01 0101_CE_Ter_Localidades
Regionalizações 02 0102_CE_Ter_Regionalizacoes
Fiscalização 00 0200_CE_FiscAmb_Fiscalizacao
02_CE_FiscAmbiental Monitoramento 01 0201_CE_FiscAmb_Monitoramento
Proteção Animal 02 0202_CE_FiscAmb_ProtecaoAnimal
Unidades de
03_CE_RestAmbiental 00 0300_CE_RestAmbiental_UCs
Conservação
04_CE_SisTransp Rodoviário 00 0400_CE_Trans_Rodoviario

3. Relacionamento estabelecido através do nº da classe > nº da subclasse > nome da camada


> ano > tipo de geometria > nomenclatura de saída da camada.
Número da Número da
Classe Nomenclatura da classe, segundo a normativa
classe subclasse
Território 01 00 01_CE_Territorio
Fiscalização Ambiental 02 00 02_CE_FiscAmbiental
Território 01 00 03_CE_RestAmbiental
Sistema de Transporte 04 00 04_CE_SisTransp

44
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

A execução da Etapa 1 retornou FALSO apenas para nomenclatura da camada “CE_Uc-


sEstaduais”, tendo em vista enquadramento em classe não correspondente com a normativa,
dessa forma será executado a correção do arquivo.

Inconsistências identificadas:
 Nome do arquivo com inconsistência quanto ao relacionamento com a classe de agrupamento;
 Arquivo com inconsistência quanto a nomenclatura.

BOX COMO RESOLVER: ETAPA 1 - PONTO AVALIATIVO C1


Conjunto de dados:
CE_UcsEstaduais.
Tipo de inspeção:
Conceitual – Ponto Avaliativo C1
Inconsistências:
¾¾Nome do arquivo com inconsistência quanto ao relacionamento com a classe de agrupa-
mento;
¾¾ Arquivo com inconsistência quanto a nomenclatura.
Procedimentos de correção:
Passo 1: Pressione o botão direito do mouse sobre a camada que se pretende renomear
e vá até a aba “exportar”

45
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Passo 2: Direcione o cursor do mouse até a aba “Exportar” e em seguida clique em

Passo 3: Surgirá a aba “Salvar Camada Vetorial como...”, na caixa “Nome do arquivo” pro-
cure a pasta em que o arquivo será salvo.

FIQUE LIGADO:

É importante salientar que para o exemplo adotado no Manual, o arquivo fará parte da clas-
se Restrição Ambiental e subclasse Unidades de Conservação, recebendo a numeração.

46
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Passo 4: Após informar a pasta onde o arquivo será salvo e seu respectivo nome na cai-
xa “Nome do arquivo”, selecione o Tipo de Geometria (ponto, linha ou polígono), evitando-se a
seleção Automática. Deixe a caixa Inclui Dimensão-Z sem seleção, e marque a caixa “Adicionar
arquivo ao mapa”, e então clique em “OK”.

47
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Retorno da inspeção após correções: VERDADEIRO

FIQUE LIGADO:

Em retorno da inspeção a camada “CE_UcsEstaduais” foi corrigida para “0300_CE_


UcsEstaduais_2021_pol”, conforme preconizado pelas especificações.

48
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

ETAPA 2 - INSPEÇÃO PONTO AVALIATIVO C2


1. Verificação de atributos conforme ET-EDGV > consulta ao ANEXO A > avaliação dos atribu-
tos da camada.
Camada Vetorial Atributos ET-EDGV Atributos da camada vetorial
geocodigo Geocodigo
anoDeReferencia AnoReferen
0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol nome Nome
geometriaAproximada GeomAprox
AreaKm2
Regiao
ogc_fid
auto
cnpj_cpf
autuado
infracao
tipo
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto N/A data_lavra
valor
munic
n
e
fundament
Tipologia

49
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada Vetorial Atributos ET-EDGV Atributos da camada vetorial


Nome Nome
geometriaAproximada GeomAprox
codIdentificadorUnico CodIdUnico
areaLegal areaLegal
anoCriacao AnoCriacao
historicoModificacoes HistorModif
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol Sigla Sigla
atoLegal AtoLegal
areaOficial AreaOficia
administracao Admin
classificacao Classific
jurisdicao Jurisdic
tipoUnidProtegida TipoUC
Sigla
codTrechoRod
limiteVelocidade
trechoEmPerimetroUrbano
acostamento
nome Nome
geometriaAproximada GeomAprox
jurisdicao Jurisdic
administracao
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin concessionaria
revestimento
operacional
situacaoFisica
canteiroDivisorio
nrPistas
nrFaixas
trafego
tipoPavimentacao TipoPaviment
tipoVia

FIQUE LIGADO:

Observar que para a camada “Infrações ambientais” não ocorre especificação prevista na
ET-EDGV. A concepção dos atributos da camada dar-se-á então conforme orientação da
setorial produtora do dado

2. Verificação de atributos conforme ET-EDGV > clicar com botão direito sobre a camada

consulta ANEXOS A e B da ET-EDGV.> avaliação dos atributos da camada e relacionamentos.

50
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada “0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol”

Camada “0200_CE_infracoesambientais_2021_pto”

51
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol”

Camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin”

Inconsistências identificadas:
A camada vetorial “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” não apresentou os atributos indicados
na ET-EDGV para classe correspondente “1.13.2 Trecho_Rodoviario”.

52
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

* Verificar queBOX
os atributos
COMO para além do solicitado
RESOLVER: ETAPA 2estão nomeados
- PONTO e tem valores
AVALIATIVO C2 validos, por
isso podemdecompor
Conjunto dados:a tabela de atributos.
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin
Tipo de inspeção:
FIQUE LIGADO:
Observar
Conceitual – Ponto
que para Avaliativo
a camada C2
“Infrações ambientais” não ocorre especificação prevista na
Inconsistências:
ET-EDGV. A concepção dos atributos da camada dar-se-á então conforme orientação da
¾A camada
¾setorial vetorial
produtora do“0400_CE_estradaslitoral_2018_lin”
dado. não apresentou os atributos indica-
dos na ET-EDGV para classe correspondente “1.13.2 Trecho_Rodoviario”.

2. Identificação dos tipos (tamanho) dos dados nos atributos da camada > Clicar com botão
Procedimentos de correção:
direito em “Camada” > “Propriedades” > “Gerenciar campos”.

 Passo 1: Pressione o botão direito do mouse sobre a camada que se pretende renomear
Camada “0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol”
e vá até a aba .

 Passo 2: Na aba da tabela de atributos > clicar em “Alternar modo de edição” , de


modo a permitir que a tabela possa ser alterada. Após esse procedimento, a tabela da ca-
mada vetorial assume formato de edição.

53
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 Passo 3: Ainda Camada


no painel“0200_CE_infracoesambientais_2020_pto”
de edição da tabela de atributos > clique na ferramenta “Novo

campo” .

 Passo 4: Uma nova janela “Adicionar Campo” deve abrir > preencha os valores solicitados.
{{Nome: corresponde ao nome da coluna (evita-se caracteres especiais, espaços e
letras maiúsculas);
Camada
{{Tipo: corresponde ao“0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol”
tipo de dado do atributo (Data; texto; número decimal; nú-
mero inteiro; booleano etc.);
{{Comprimento: corresponde número de caracteres do atributo.

 Passo 5: Após adicionar todos os campos necessários, clique novamente em “Alternar

modo de edição” , para parar a edição da tabela de atributos > clique em “Save” para
salvar as alterações feitas.

54
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin”

Retorno da inspeção após correções: VERDADEIRO

FIQUE LIGADO:

Em retorno da inspeção o arquivo editado, 0400_CE_rodovias_2018_lin, passará a ter


todos os elementos necessários para uma resposta retorno verdadeira, podendo iniciar o
ponto avaliativo 3 da inspeção conceitual.

Inconsistências identificadas:
FIQUE
A camada
LIGADO: vetorial “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” não apresentou o tipo de dado dos
atributos indicados na ET-EDGV para classe correspondente “1.13.2 Trecho_Rodoviario, em
Por meio
especial doos
para Complemento Núcleo“Trafego”
atributos “TipoVia”, Processing (podendo
e “Sigla” ser ativado
que deveriam ser acessando
atributos dootipo
menu
texto
Complemento)
ou “string”. do QGIS, se tem acesso à ferramenta Editar Campo, a qual permite o usuário
editar os títulos das colunas da tabela de atributos, como também o tipo, comprimento e
precisão, além de excluir e incluir campos (colunas). A ferramenta Editar Campo pode ser
acessada após o complemento Processing for ativado e clicando no menu Processar >
Caixa de Ferramentas > Tabela de Vetores > Editar Campo. Após as alterações necessárias,
sugere-se que o arquivo de saída seja uma camada temporária, para posteriormente
exportar essa camada temporária como uma nova camada, ajustando Nome, Codificação,
SRC e Geometria de acordo com o indicado na etapa Consistência de Formato.

ETAPA 3 - INSPEÇÃO PONTO AVALIATIVO C3


ETAPAS:
1. Verificação do tipo de dado nos atributos conforme ET-EDGV > consulta ao ANEXO A > ava-
liação dos tipos de dados dos atributos da camada.

55
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Atributos da camada Tipo (tamanho) do


Camada Vetorial Atributos ET-EDGV
vetorial dado
geocodigo Geocodigo Alfanumérico
anoDeReferencia AnoReferen Inteiro
0100_CE_municipioscostei- nome Nome Alfanumérico
ros_2019_pol
geometriaAproximada GeomAprox Booleano
AreaKm2 Real (15)
Regiao Alfanumérico (100)
ogc_fid Inteiro
auto Alfanumérico
cnpj_cpf Alfanumérico
autuado Alfanumérico
infracao Alfanumérico
tipo Alfanumérico
0200_CE_infracoesambien- data_lavra Alfanumérico
N/A
tais_2020_pto
valor Alfanumérico
munic Alfanumérico
 Passo 2: Na aba da tabela de atributos > clicar em “Alternar nmodo de edição” Real , de modo
e
a permitir que a tabela possa ser alterada. Após esse procedimento, a tabelaReal
da camada
fundament Alfanumérico
vetorial assume formato de edição.
Tipologia Alfanumérico
Nome Nome Alfanumérico
geometriaAproximada GeomAprox Booleano
codIdentificadorUnico CodIdUnico Alfanumérico
areaLegal areaLegal Real
anoCriacao AnoCriacao Alfanumérico
historicoModificacoes HistorModif Alfanumérico
Sigla Sigla Alfanumérico
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol atoLegal AtoLegal Alfanumérico
areaOficial AreaOficia Alfanumérico
administracao Admin Administracao
classificacao Classific Alfanumérico
jurisdicao Jurisdic Jurisdicao
tipoUnidProtegida TipoUC Alfanumérico
Sigla Alfanumérico
codTrechoRod Alfanumérico
limiteVelocidade Real
 Passo 3: Ainda no painel de edição da tabela de atributos > clique na ferramenta
trechoEmPerimetroUr-
Booleano “Excluir
bano
acostamento Booleano
campo” .
nome Nome Alfanumérico
geometriaAproximada GeomAprox Booleano
jurisdicao Jurisdic Jurisdicao
administracao Administracao
concessionaria Alfanumérico
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin
revestimento Revestimento
operacional Auxiliar
situacaoFisica Situacao_Fisica
canteiroDivisorio Auxiliar
nrPistas Inteiro
nrFaixas Inteiro
trafego Trafego
tipoPavimentacao TipoPaviment Tipo_Pavimentacao
tipoVia Tipo_Via

56
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

* Verificar que os atributos para além do solicitado estão nomeados e tem valores validos, por
isso podem compor a tabela de atributos.

FIQUE LIGADO:

Observar que para a camada “Infrações ambientais” não ocorre especificação prevista na
ET-EDGV. A concepção dos atributos da camada dar-se-á então conforme orientação da
setorial produtora do dado.

2. Identificação dos tipos (tamanho) dos dados nos atributos da camada > Clicar com botão
direito em “Camada” > “Propriedades” > “Gerenciar campos”.
Camada “0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol”

Camada “0200_CE_infracoesambientais_2020_pto”

57
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol”

Camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin”

Inconsistências identificadas:
A camada vetorial “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” não apresentou o tipo de dado dos atri-
butos indicados na ET-EDGV para classe correspondente “1.13.2 Trecho_Rodoviario, em es-
pecial para os atributos “TipoVia”, “Trafego” e “Sigla” que deveriam ser atributos do tipo texto
ou “string”.

58
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

BOX COMO RESOLVER: ETAPA 3 - PONTO AVALIATIVO C3


Conjunto de dados:
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin
Tipo de inspeção:
Conceitual – Ponto Avaliativo 3
Inconsistências:
¾¾A camada vetorial “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” não apresentou o tipo correto dos
atributos indicados na ET-EDGV para classe correspondente “1.13.2 Trecho_Rodoviario”.
Procedimentos para correção:
 Passo 1: Pressione o botão direito do mouse sobre a camada que se pretende renomear

e vá até a aba

 Passo 2: Na aba da tabela de atributos > clicar em “Alternar modo de edição” , de


modo a permitir que a tabela possa ser alterada. Após esse procedimento, a tabela da ca-
mada vetorial assume formato de edição.

59
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 Passo 3: Ainda no painel de edição da tabela de atributos > clique na ferramenta “Excluir

campo” .

 Passo 4: Uma nova janela “Excluir campo” deve abrir > exclua os campos com tipos de

atributos incorretos > pressione .

60
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 Passo 5: Após excluir todos os campos necessários, clique novamente em “Alternar modo

de edição” , para parar a edição da tabela de atributos > clique em “Save” para salvar
as alterações feitas.

 Passo 6: Para incluir os campos excluídos anteriormente com os tipos de atributos de acor-

do com a ET-EDGV, clique novamente em “Alternar modo de edição” , para iniciar uma
nova edição da tabela de atributos > inclua os atributos com os respectivos tipos:

Atributo Tipo do Atributo


Sigla Texto/string
Trafego Texto/string
TipoVia Texto/string

FIQUE LIGADO:
Para realizar a inserção dos atributos acima mencionados, realize o procedimento ilustrado
no Box COMO RESOLVER: ETAPA 2

Retorno da inspeção após correções: VERDADEIRO

61
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

4.1.3 Inspeção de consistência de domínio

Objetivo: Avaliar a conformidade dos domínios das classes em relação a valores de domí-
nios pré-estabelecidos.

Conjunto de dados

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol;

0200_CE_autoinfracao_2020_pto;

0400_CE_rodovias_ANO_lin;

0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol.

Tipo de inspeção: N/A

Nível de conformidade: relatado em percentual

Complemento(plugin): Nenhum

Seguindo um padrão normativo de inspeções de domínio listadas no documento ET- CQDG


(2016), consideramos os dois formatos de inspeções a seguir:

I. Porcentagem de preenchimento da tabela de atributos; e


II. Porcentagem de não conformidade com o domínio

Ponto Avaliativo D1:

Valor de preenchimento da tabela de atributos com valores não nulos e não vazios. Ex: todos
valores preenchidos na tabela de atributos – valores não preenchidos.

Ponto Avaliativo D2:

Valor de preenchimento da tabela de atributos com valores errados, nulos. Ex: Coluna Reais
preenchida com os seguintes valores > 0,00 reais; 0 reais; 0. Nesse caso observa-se que o
mesmo valor relativo a zero reais tem três representações diferentes.

Método: no QGIS executar:

Ponto Avaliativo D1:

1. “Tabela de atributos” > identificar valores não nulos e não vazios.


2. Proporção de valores = , onde:
o vnn: valores não nulos e não vazios
o vt: valores totais

62
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Ponto Avaliativo D2:

1. “Tabela de atributos” > identificar valores que não estão em conformidade com os
domínios estabelecidos.

2. Proporção de valores = , onde:

o ve: valores erros


o vt: valores totais

Avaliação:

• Porcentagem de preenchimento da tabela de atributos


• Porcentagem de não conformidade com o domínio

Quadro 15 – Resultado da Inspeção


Resultado
Ponto Avaliativo Ponto Avaliativo Pode ser após
Camadas
D1 D2 corrigido? correções da
setorial
S S
0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol NA A
Verdadeiro (100%) Verdadeiro (100%)
S I
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto S (BCR) A
Verdadeiro (100%) Falso (0,75%)
I I
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol S (BCR) A
Falso (91,28%) Falso (8,71%)
I I
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin S (BCR) A
Falso (20,23%) Falso (79,47%)
Legenda: BCR - Box como resolver (Consultar); S – Sim; I – Inconsistência; NA – Não se Aplica; A- Aprovado

Baseado no documento da ET-CQDG a inspeção de domínio relata os percentuais de preen-


chimento da tabela de atributos com valores válidos, bem como o percentual de erros que contêm
na tabela (valores vazios, nulos).

Conferir a coerência dos valores de domínio registrados no conjunto de dados com os pre-
vistos no modelo de dados vigente é fundamental. Identificar se obedecem às listas de domínio
pré-determinadas, ou se possuem valores nulos ou em branco para atributos de preenchimento
obrigatório são fatores determinantes nas inspeções de domínio e devem ser consideradas na ava-
liação dos arquivos. Caso sejam identificadas inconsistências como as mencionadas nos exemplos
acima, recomenda-se que o arquivo seja readequado às proposições da ET- EDGV pelo órgão
produtor do dado.

63
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

EXECUÇÃO DA INSPEÇÃO DA CONSISTÊNCIAS DE DOMÍNIO

Conjunto de dados:

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol;
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin.

Procedimentos de inspeção:

Etapa 1 – Inspeção Ponto Avaliativo D1


1.“Tabela de atributos” > identificar valores não nulos e não vazios.

CURIOSIDADE!

Como identificar os valores não nulos e não vazios? São todos os valores efeti-
vamente preenchidos na tabela, independente se estão preenchidos de acordo com a
normativa ou não.

Camada “0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol”

64
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada “0200_CE_infracoesambientais_2020_pto”

Camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol”

Camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin”

65
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

2. Estabelecer proporção entre valores não nulos e não vazios > Aplicar fórmula vnn/vt * 100

Atributos do
Cálculo
Camada Vetorial arquivo vetorial

Colunas Linhas vnn vt const %

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol 6 23 138 138 100 100%

0200_CE_infracoesambientais_2020_pto 11 1.211 13.321 13.321 100 100%

0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol 13 30 356 390 100 91,28%

0400_CE_estradaslitoral_2018_lin 19 488 1.876 9.272 100 20,23%

FIQUE LIGADO:
Para a camada “0200_CE_infracoesambientais_2020_pto” salienta-se que não
há determinações da ET-EDGV quanto a formulação da sua tabela de atributos e
respectivamente dos seus dados.

Inconsistências identificadas:
1. A camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol” retornou com 356 valores não nulos e
não vazios, repercutindo 91,28% de dados totais de domínio preenchidos.
2. A camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” retornou com 1876 valores não nulos e
não vazios, repercutindo 20,23 % de dados totais de domínio preenchidos.

FIQUE LIGADO:
Em casos com valores tão baixos de preenchimento da tabela de atributos recomenda-se
que o arquivo retorne ao setor de produção do dado para verificação.

BOX COMO RESOLVER: ETAPA 1 – PONTO AVALIATIVO D1


Conjunto de dados:
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin
Tipo de inspeção:
Domínio – Ponto Avaliativo D1
Inconsistências:
 A camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol” retornou com 356 valores não nulos e não
vazios, repercutindo 91,28% de dados totais de domínio preenchidos.

66
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 A camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” retornou com 1876 valores não nulos e não


vazios, repercutindo 20,23 % de dados totais de domínio preenchidos.
Procedimentos para correção:
 Passo 1: Retorno dos arquivos para as setoriais.
 Passo 2: Após correção dos arquivos pelo setor produtivo, a inspeção de domínio retorna
como verdadeiro.

Retorno da inspeção após correções: VERDADEIRO

ETAPA 2 - INSPEÇÃO PONTO AVALIATIVO D2

1. “Tabela de atributos” > identificar valores que não estão em conformidade com os domínios
estabelecidos.

Camada “0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol”

67
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada “0200_CE_infracoesambientais_2020_pto”

Camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol”

68
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin”

2. Estabelecer proporção de valores que não estão em conformidade com os domínios


estabelecidos > Aplicar fórmula vnn/vt * 100

Atributos do
Cálculo
Camada Vetorial arquivo vetorial

Colunas Linhas vnn vt const %

0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol 6 23 0 138 100 0%

0200_CE_infracoesambientais_2020_pto 11 1.211 10 13.321 100 0,75%

0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol 13 30 34 390 100 8,71%

0400_CE_estradaslitoral_2018_lin 19 488 7.369 9.272 100 79,47%

Inconsistências identificadas:
1. Na camada “0200_CE_infracoesambientais_2020_pto”, que não obtêm especificidade
quanto aos atributos e seus respectivos valores, foram identificadas duas representações
para um mesmo valor de domínio, resultando em 0,75 % de valores com erros no
preenchimento.
2. A camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol” apresentou 34 valores com erros na
tabela, representando 8,71% dos dados totais de domínio.
3. A camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” apresentou 7.369 valores com erros
preenchidos na tabela, representando 79,47% dos dados totais de domínio.

FIQUE LIGADO:
Em casos com valores tão baixos de preenchimento da tabela de atributos recomenda-se
que o arquivo retorne ao setor de produção do dado para verificação.

69
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

BOX COMO RESOLVER: ETAPA 2 – PONTO AVALIATIVO D2


Conjunto de dados:
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin
Tipo de inspeção:
Domínio – Ponto Avaliativo D2
Inconsistências:
¾¾Na camada “0200_CE_infracoesambientais_2020_pto”, que não obtêm especificidade quan-
to aos atributos e seus respectivos valores, foram identificadas duas representações para
um mesmo valor de domínio, resultando em 0,75 % de valores com erros no preenchimento.
¾¾A camada “0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol” apresentou 34 valores com erros na tabela,
representando 8,71% dos dados totais de domínio.
¾¾A camada “0400_CE_estradaslitoral_2018_lin” apresentou 7.369 valores com erros preen-
chidos na tabela, representando 79,47% dos dados totais de domínio.
Inconsistências:
 Passo 1: Retorno dos arquivos para as setoriais.
 Passo 2: Após correção dos arquivos pelo setor produtivo, a inspeção de domínio retorna
como verdadeiro.

Retorno da inspeção após correções: VERDADEIRO

4.1.4 Inspeção de consistência topológica

Objetivo: Realizar a inspeção topológica na mesma classe (geometria e conectividade).

Conjunto de dados:

0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;

0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;

0400_CE_estradaslitoral_2018_lin.

Tipo de inspeção: completa

Nível de conformidade: 0 (zero) inconsistências topológicas.

Complemento (plugin): Checar Geometrias (ativar plugin no menu Complementos)

Método: No ambiente QGIS, acessar:  Vetor > Verificar Geometrias

1. Na janela Verificar Geometrias, selecionar as camadas a serem inspecionadas; 

70
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

2. Selecionar os parâmetros que se enquadram para a(s) camada(s) a serem


inspecionadas, dentro de cada campo:
o Tipos de geometria permitidos;
o Validade da geometria;
o Propriedades da geometria;
o Condições da geometria;
o Verificar topologia

3. Escolher o prefixo do nome e o local para salvar camada(s) de saída (camada


teste) em formato shapefile;

4. Executar a checagem, 

5. Executar a avaliação dos resultados do teste;

6. Aplicar correções (automáticas ou manuais) à camada teste ou, quando couber,


ignorar o erro identificado no teste.

Avaliação: 

• Verificar o tipo e o quantitativo de anomalias geométricas e topológicas detectadas; 


• Avaliar os resultados da camada teste;
• Verificar a necessidade de correções.

Tabela 16 – Resultado da Inspeção

Resultado após
Erros Necessidade Tipo de
Camadas correções da
identificados de correção? correção?
setorial

0200_CE_infracoesambientais_2020_pto S Não¹ NA A
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol S Parcial² Automática A
Automática e
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin S Sim³ A
manual

Legenda: 1 - todas as inconsistências encontradas não precisam de correção; 2 - Parte das inconsistências iden-
tificadas precisam de correção, enquanto outra parte pode ser ignorada; 3 Todas as inconsistências encontradas
precisam de correção; S – Sim; NA – Não se Aplica; A - Aprovado

EXECUÇÃO DA INSPEÇÃO DE CONSISTÊNCIA TOPOLÓGICA


Conjunto de dados:
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin.
Tipo de inspeção:
1. Acessar: menu Vetor > Verificar Geometrias.
2. Selecionar as camadas a serem inspecionadas.

71
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

3. Selecionar as camadas a serem inspecionadas.


a) Tipos de geometria permitidos: todos os parâmetros selecionados.

b) Validade da geometria: Auto interseções, Contatos automáticos e Polígono com menos


de 3 nós.

c) Propriedades da geometria: Polígonos e multipolígonos não podem conter buracos.

d) Condições da geometria: nenhum parâmetro selecionado.

72
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

e) Verificar topologia: Verificar duplicatas e se há feições dentro de outras feições.

4. Adicionar prefixo > escolher local para salvar as camadas de saída (camadas teste) >
executar o teste.

5. Na aba Resultados > avaliar o resultado do teste e verificar quais inconsistências serão
corrigidas (de forma automática ou manual) ou ignoradas.
Inconsistências:
1. A camada “1. 0100_CE_municipioscosteiros_2019_pol;” não retornou com erros.
2. Geometrias inválidas identificadas, as quais não são incluídas no teste.

73
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

3. Para as camadas inspecionadas foram identificados 248 erros após procedimentos de


inspeção, dentre duplicatas, feições dentro de outras, polígono com lacuna e auto interseções.
As duplicatas estiveram identificadas eminentemente na camada “0200_CE_infracoesambien-
tais_2020_pto”, constando de um total de 154 duplicadas. A auto interseção foi identificada ape-
nas na cama de estradas (linha),

FIQUE LIGADO:
Recomenda-se ao usuário fazer avaliação do resultado do teste, seja por meio de modos

de visualização dos erros na tela, ou por auxílio da função Identificar Camadas .

CURIOSIDADE!

Alguns aspectos devem ser observados na avaliação do resultado do teste: a origem da


informação, o software utilizado na produção do dado, se houve exportação/importação
de dados, a quantidade de erros e se o erro compromete a qualidade da informação a ser
representada dentro da sua escala. A avaliação desses aspectos irão guiar o usuário a
aceitar ou ignorar o erro identificado pelo teste.
Ao aceitar o erro, duas ações podem ser seguidas:
1. corrigir o erro automaticamente, definindo a configuração de resolução de erros para
cada tipo de inconsistência aceita;
2. corrigir o erro manualmente, sendo recomendado o retorno para o setor produtor da
camada.
Para uma melhor avaliação do resultado do teste e das ações a serem tomadas, o usuário
pode acessar o manual técnico do IBGE Avaliação da Qualidade de Dados Geoespaciais
(disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101152.pdf) e consultar
os Quadros 11 e 12 do apêndice.

74
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

BOX COMO RESOLVER


Conjunto de dados:
0200_CE_infracoesambientais_2020_pto;
0300_CE_UcsEstaduais_2021_pol;
0400_CE_estradaslitoral_2018_lin
Tipo de inspeção:
Topológica
Inconsistências:
Retorno de 248 inconsistências no conjunto de dados, dentre duplicatas, feições dentro de
outras, polígono com lacuna e auto interseções.
Procedimentos de correção:
Etapa 01: Geometrias Inválidas:
 Passo 1: Identificação das geometrias inválidas antes do resultado do teste > Listagem e
envio para setorial produtora, de modo a proceder com correção manual.
Etapa 02: Duplicata:
 Passo 1: Identificação de duplicadas eminentemente na camada “0200_CE_infracoesam-
bientais_2020_pto” > Avaliação de erros > Retorno da avaliação: as duplicatas constam de
diferentes autos de infrações ambientais que ocorreram no mesmo local > Conclusão: as
duplicatas observadas para essa camada podem ser ignoradas, pois não são um erro de
produção, e sim recorrência de registros.

Etapa 03: Feições dentro de feições:

FIQUE LIGADO:
A feição dentro de outra feição (sobrepostas) consiste em uma relação entre camadas
ou dentro de uma mesma camada, não sendo necessariamente uma inconsistência a ser
corrigida.

 Passo 1: Identificar as relações de inconsistências identificadas. Para o conjunto de dados


inspecionados foram encontradas quatro relações de inconsistências:

75
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

a) Infrações Ambientais dentro de UCs;

b) Estradas dentro de UCs.

c) Poligonais de UC dentro de outros limites de UC.

76
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

d) Estradas dentro de Estradas.

 Passo 2: Após observar as relações de inconsistência > Avaliar pertinência das relações de
inconsistências:
• As relações apontadas nos itens a e b são entre camadas diferentes, sendo inconsistên-
cias a serem ignoradas, pois as relações não interferem nas representações das camadas.
• A relação estabelecida no item c também pode ser ignorada, pois ocorre entre feições da
mesma camada, as quais a ocorrência são aceitas por meio da avaliação do resultado do teste.
• A relação estabelecida no item d ocorre entre feições de uma mesma camada de linhas,
onde recomenda-se o retorno dessa camada ao setor produtor do dado, para condução dos
ajustes manuais.
Etapa 04: Auto interseção
A auto interseção, identificada apenas na cama de estradas (linha), pode ser corrigida de forma
automática.

77
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 Passo 01: Na aba Resultados > selecionar todos os erros de Auto interseção para a mesma
camada > então, clique em Configurações de resolução de erro.

 Passo 02: Na janela Definir resolução de erro > procurar pelo campo Auto interseção > es-
colher uma das opções disponíveis.
Para a inconsistência exemplificada, seleciona-se Dividir feição em feição de objeto simples >
clicar em OK.

 Passo 03: com todas as inconsistências de Auto interseção selecionadas > executar a cor-
reção automática clicando em Corrigir erros selecionados usando a resolução padrão.

78
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 Passo 04: observar na janela Sumário os erros corrigidos e/ou erros obsoletos.

 Passo 05: após observar, feche a janela de sumário > na aba Resultados os erros corrigidos
estarão destacados de verde > Selecionar cada camada para verificar a correção da incon-
sistência e se as inconsistências foram corrigidas com êxito.

79
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Apesar do Sumário apresentar que três erros foram corrigidos e cinco considerados obsoletos,
ao selecionar cada camada corrigida em Resultado do teste de geometria (destacadas de verde),
observa-se que os erros persistem. A coluna Resolução também aponta “Ajustado: Sem ação”
Para esse tipo caso, desconsidera-se a correção automática e recomenda-se o envio da cama-
da para correção manual do setor produtor.

Etapa 05 - Lacunas
 As lacunas foram identificadas apenas na camada de UC (polígonos) e podem ser corrigidas
automaticamente.

 Passo 01: selecionar os erros de Polígono com lacuna > clicar em Corrigir os erros selecio-
nados, perguntar o método de resolução.

 Passo 02: nessa opção, a definição da configuração de correção é perguntada antes da exe-
cução da correção > então, selecione a opção Remover lacunas > Corrigir. Para cada erro, a
pergunta será repetida.

80
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

 Passo 03: após executar a correção para cada camada > observar na janela Sumário as in-
formações de erros corrigidos e/ou obsoletos.

 Passo 04: após observar a lista de erros corrigidos > fechar a janela Sumário > selecionar
cada inconsistência corrigida (destacada de verde) em Resultado do teste de geometria para
verificar se o erro foi corrigido.

81
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Apesar da coluna Resolução apresentar “Ajustado: sem ação”, as feições com lacunas foram
corrigidas, confirmando a informação apresentada no Sumário.

 Passo 05: após verificar as correções, a camada de saída salva (com prefixo adicionado) es-
tará corrigida, enquanto a camada inicial continuará mantendo suas características originais.

Retorno da inspeção após correções: VERDADEIRO

4.2 Inspeção e elaboração de metadados

O preenchimento dos metadados deverá ser feito utilizando o quadro de elementos mínimos
apresentada no capítulo anterior. Em termos práticos, será orientado como utilizar as informações
da tabela para o preenchimento dos metadados via editores de metadados. Para exemplificar o
preenchimento dos metadados foi utilizado a camada de “Localidades do Estado do Ceará” que
integra o conjunto de dados utilizados neste Manual.

Quadro 16 - Representação dos metadados para a camada de Unidades de Conservação.


IDENTIFICAÇÃO
1. Título: Unidades de Conservação Públicas Estaduais
Poligonais das Unidades de Conservação Pública da esfera de gestão
Estadual, regulamentadas e inseridas no Cadastro Estadual de
Unidades de Conservação - CEUC, da Secretaria do Meio Ambiente
2. Resumo:
- Sema. Maiores informações sobre o quantitativo de UC, áreas
territoriais e instrumentos legais da criação, podem ser consultados
através do CEUC - https://bit.ly/37VkbZq
3. Palavras-chave(três): Unidades de conservação; Estadual; Ceará
4. Data de elaboração: 2021
5. Data de publicação: 2021
6. Fonte dos Dados: Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará (SEMA)
IDENTIFICAÇÃO DO CDG
7. Tipo de Representação Espacial
Vetorial
(vetorial ou raster):
8. Geometria do arquivo (Linha, Ponto,
Polígono
Polígono, Imagem):
9. Formato do arquivo: Shapefile (.shp)
10. Status do layer (Finalizado, Em
Em atualização
execução, Em atualização):
11. Escala: 1:100.000
12. Idioma: Português
13. Codificação de Caracteres: UTF-8
14. Categoria Temática (conforme SIG
Restrição Ambiental
Web):
15. Extensão Geográfica: Ceará

82
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

Latitude Limítrofe Norte:


9686375.870190 m
16. Retângulo Envolvente(O, S, L, N –
Longitude Limítrofe Oeste: Longitude Limítrofe Leste:
Grau Decimal com todos os dígitos e 252176.020000 m 605981.902900 m
sinal OU sistema métrico):
Latitude Limítrofe Sul:
9185446.425276 m

INFORMAÇÃO DE MANUTENÇÃO
17. Frequência de Manutenção e
Semestral
Atualização:
SISTEMA DE REFERÊNCIA
18. Identificador do Sistema de
4674
Referência (EPSG):
19. Datum: SIRGAS 2000
20. Projeção: Sistema de Coordenadas Geográfica
DISTRIBUIÇÃO
21. Formato de Distribuição: Disponibilização via conexão WMS
METAMETADADOS
22. Data dos Metadados: 16/07/2021
23. Versão da Norma de Metadados: 2ª Edição
24. Designação da Norma e Perfil de
Perfil MGB Sumarizado
Metadados:

VOCÊ VIU ATÉ AQUI - CAPÍTULO 04

 O passo a passo para a execução de cada inspeção proposta pelo manual:


Consistência de Formato – pág.44;
Consistência Conceitual – pág.49;
Consistência de Domínio – pág.14;
Consistência Topológica – pág.84;
 Box como resolver:
Consistência de Formato – pág.45;
Consistência Conceitual – pág.51;
Consistência de Domínio – pág.78;
Consistência Topológica – pág.89;
 Um exemplo do preenchimento dos Metadados – pág.100

83
Manual de Padronização de Dados e Metadados Ambientais

REFERÊNCIAS
BAHIA. (2015) Decreto n 16.219 de 24 de julho de 2015. Dispõe sobre a produção, a manutenção,
o compartilhamento de dados geoespaciais, seus metadados e sua disseminação, bem como, ins-
titui a Infraestrutura de Dados Espaciais da Bahia - IDE-Bahia e dá outras providências.

BRASIL. Decreto nº 6.666, de 27 de novembro de 2008. Institui, no âmbito do Poder Executivo


federal, a Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE, e dá outras providências. Brasília,
DF. BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). Brasília, DF.

BRASIL. Especificação técnica para a estruturação de dados geoespaciais vetoriais (ET-EDGV).


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