Jamie Begley

JAMIE BEGLEY
Biker Bitches #7 Jewell

JAMIE BEGLEY
Eva
Disponibilização:
Tradução: Dani
Revisão: Faby
Leitura Final e Formatação: Eva
Abril/2022

JAMIE BEGLEY
Um por um, ela viu os Last Riders encontrarem seu felizes para sempre
com mulheres que não eram ela.
O que mais doeu foi Reaper.
Mas, mesmo com a adaga que estava alojada no fundo do seu coração, ela
ainda tinha esperança de que desta vez, finalmente, ela receberia a mão
vencedora.
E o que você acha que ela recebeu?
Não o motoqueiro gostoso e fodão que ela estava esperando. Ele não era
ruim, nem era um motociclista.
Ele era sexy, no entanto.
Enquanto um em cada três era péssimo, não valia a pena desistir dos Last
Riders. Claro que isso também não a impediu de levá-lo para um test drive.
Até que... ela descobriu que o caminho à frente não seria o mesmo sem
ele.
Até que... ela não queria andar com mais ninguém.
Até que... ela chegou à curva da estrada onde teve que fazer uma escolha.
Deixar os Last Riders para continuar o passeio com um homem que pode
finalmente dar a ela a mão vencedora, ou deixá-lo.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Um
"O que está fazendo aqui? Achei que você tinha saído uma hora
atrás."
Jewell usou o quadril para empurrar uma pilha de caixas

desfeitas na prateleira de metal ao lado dela. "Estou apenas
reabastecendo os suprimentos, então, quando o trabalho
recomeçar na terça, você não terá que ouvir todos reclamando que
não foi feito antes de partirem para as férias."
"Ninguém vai reclamar comigo."
Fazendo uma cara de zombaria para Shade, ela pegou um rolo

de plástico bolha, levando-o para a estação de correspondência
para deslizar no braço vazio. "Não na sua cara, mas eles vão pelas
suas costas."
"E isso me preocuparia, como?"
"Não iria, o que é outra coisa que vou ter que ouvir os irmãos
reclamarem quando eu voltar no dia 5."
"Os irmãos, não as mulheres?"
Jewell poupou outro minuto para lhe dar outro olhar

zombeteiro. "As mulheres cortariam seus dedões dos pés antes de
reclamarem de qualquer coisa que você fizesse. Infelizmente, os
irmãos não se importam com o quão bonita sua bunda fica no
jeans que você está vestindo."

JAMIE BEGLEY
Jewell não esperava que Shade mostrasse qualquer diversão

com o humor dela e não se preocupou quando seu rosto sombrio
não abriu um sorriso.
"Termine o que você está fazendo. Todos estão esperando por

nós para começarmos a abrir os presentes."
"Vá em frente. Estarei dez minutos atrás de você."
"Agora, Jewell."
Ao som da porta de metal do prédio se abrindo, tanto Shade

quanto ela se viraram para ver seu filho olhando para eles e se
desculpando.
"Desculpe, eu não queria que a porta batesse na lateral do

prédio."
A transformação de Shade na presença de seus filhos nunca

deixava de aliviar seu humor. Apesar de quão miserável estava
com sua vida pessoal, ela podia apreciar o quão feliz Shade estava
com a dele.
"Qual é a pressa, John?"
"Mamãe me mandou buscar você. Ela disse que você está

demorando muito."
"Ela te mandou porque Lily está cansada de você e Clint está

incomodando-a para abrir seus presentes?"
A expressão séria de John fez Jewell rir. John era um Shade

em miniatura.
"Não, ela quer sua ajuda com a Mae."
"Então não vamos deixar nossas senhoras esperando."

Estendendo a mão, ele levantou John com uma mão até os
ombros.
Voltando-se para ela, Shade deu-lhe um olhar severo que

mostrava que ele falava sério. "Apresse-se, Jewell."

JAMIE BEGLEY
Jewell lhe deu uma saudação alegre. "Estarei bem atrás de

você."
Sozinha, ela rapidamente terminou as tarefas que ajudariam

os trabalhadores a começar imediatamente. Sua mão estava no
interruptor de luz quando ela olhou para a máquina de flocos de
isopor. Ela podia dizer pela inatividade que estava vazia. Esqueça,
ela disse a si mesma, seu dedo tenso quando ela estava prestes a
puxar o interruptor para baixo.
"Droga." Jewell entrou no almoxarifado. Ela não podia não

fazer isso. Rider levaria uma hora para fazer um trabalho de cinco
minutos.
Arrastando a caixa grande para a máquina de flocos, ela voltou

para a sala de suprimentos para pegar a escada e o abridor de
caixas. Abrindo a caixa, ela tirou o saco plástico enorme de flocos
de isopor. Normalmente, tudo o que ela teria que fazer era despejar
o saco, mas Train não tinha conseguido consertar a alavanca que
a baixava. Então, subindo a escada, Jewell ergueu o saco cheio de
flocos, levantando-o sobre a cabeça para despejar o conteúdo
dentro da máquina.
Ao fazer isso, o anel de metal da máquina balançou para trás

e para frente. Irritada, Jewell o empurrou para trás, o empurrão
forte fez o metal balançar novamente. Estupidamente, ela tentou
mostrar seu domínio e o empurrou de volta. A máquina, decidindo
não ficar para trás, começou a balançar loucamente. Vendo a
coisa vindo em sua direção, ela tentou bloqueá-la com o braço,
mas havia calculado a direção errada e foi atingida no abdômen.
Tentando outra tática, ela estendeu a mão para pegar o círculo

de metal. Ao mesmo tempo, retrocedeu. Perdendo o equilíbrio,
Jewell se viu caindo no carrinho de correio vazio abaixo, seguida
por uma chuva de flocos cobrindo-a.
Soprando um floco da boca, ela começou a contemplar as

decisões que tomou em sua vida.

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"Eu serei amaldiçoada! Puta merda! Por que ainda estou aqui?"
Ela gritou alto.
Liberar a frustração e a insatisfação que ela vinha reprimindo

desde o ano passado foi tão bom que foi quase eufórico. A
liberação esmagadora das emoções que estava suprimindo a fez
vomitar ainda mais queixas de si mesma.
"Sua bunda deveria estar em Ohio, transando, que é onde você

estaria se alguma caipira ridícula não tivesse lhe dito que você se
arrependeria de ir embora!" Ela resmungou para o armazém vazio.
"Adivinha, Ginny? Porra, eu quero!" Ela zombou da promessa de
Ginny de que se arrependeria de deixar Treepoint quando decidiu
aceitar a oferta de trabalho de Arin em Ohio. Ginny também havia
prometido que seus sentimentos por Reaper mudariam,
insinuando que ela poderia desenvolver sentimentos por outra
pessoa.
"Nada mudou. Você está no clube, toda quente e confortável,

enquanto ninguém se importa o mínimo de eu não estar lá! Eu
vou morrer neste carrinho, e eles vão encontrar meus ossos
congelados depois do Ano Novo! A cadela me fez de boba para ser
babá grátis e então Reaper não teve que trabalhar mais aqui. Que
idiota cairia nessa porcaria? Eu! É claro! Quando eu sair daqui,
vou encontrar o Reaper, e vou beijar seus miolos. Então eu vou
para Ohio e transar! Filho da puta…"
"Precisa de alguma ajuda?"
Jewell congelou sob os flocos. Levantando os braços, ela então

limpou o isopor para que pudesse olhar para cima.
Olhando para ela estava um homem que nunca tinha visto

antes.
"Estamos fechados. Saia", ela retrucou.

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"Parece que você precisa de ajuda para sair daí." Levantando a

mão, o intruso impediu que o cilindro circular girasse como um
kamikaze sob efeito de crack. "Seu dispensador parece quebrado."
Jewell grunhiu para ele: "Não brinca, Sherlock."
"O nome não é Sherlock. É Rory. Qual o seu?"
"Suma." Puxando as pernas para cima de modo que os

calcanhares dos pés tocassem o fundo da caixa de correio, ela
agarrou os lados para se colocar em pé. Quando ela tentou se
levantar, o carrinho começou a rolar de lado. O estranho se
aproximou para mantê-lo quieto.
"As rodas não estão travadas."
O cara tinha um desejo de morte?
Encarando-o, Jewell passou uma perna por cima do carrinho,

negando sua mão estendida.
"Alguém está tendo um dia ruim." Abaixando a mão, ele lhe

deu um sorriso alegre, o que só aumentou sua frustração
equivocada.
Por que todo mundo estava de bom humor, menos ela? Porque
você está tão ocupada, facilitando a vida de todos, que esqueceu
como cuidar da número um!
Puxando para baixo sua camiseta vermelha apertada que tinha

levantado em sua barriga, ela sacudiu os flocos de isopor do seu
cabelo enquanto olhava para o homem sorrindo para ela como se
estivesse curtindo cada momento do seu constrangimento.
Estreitando os olhos no olhar cor de avelã observando o que

estava fazendo, ela bruscamente passou por ele até a porta de
metal. Pressionando a barra de metal, ela abriu a porta.
"Desculpe você ter desperdiçado uma viagem aqui. Não

estaremos abertos até depois do Ano Novo, se você estiver aqui

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para se inscrever ou comprar algo. Aceitamos inscrições e pedidos

em nosso site."
Enfiando as mãos no bolso de trás de sua calça jeans, ele

balançou para frente e para trás em seus calcanhares. O cara
parecia imperturbável por ela literalmente mostrar a porra da
porta.
Sério? Jewell não era uma garota ingênua de dezesseis anos.

Não havia um truque que ela não soubesse que os machos
jogavam para atrair o interesse sexual para eles.
Balançando para frente e para trás em suas botas de neve

pretas, atraiu seu olhar para as longas pernas em jeans pretos. O
casaco de lã preta que ele estava vestindo chegava até seus
quadris, onde os jeans se agarravam a ele em todos os lugares
certos. Um gorro preto permitiu que ela visse seu cabelo castanho
escuro na curva de seu pescoço. No geral, o cara poderia ser
atraente, talvez até gostoso, ela admitiu com relutância;
provavelmente teria lhe dado uma segunda olhada se não
pertencesse a um clube com um grande número de homens que
eram tão atraentes. Ele estava praticamente mostrando seu
pacote atrás do ajuste apertado de seu jeans preto.
Jewell não duvidou nem por um segundo que ele estava ciente
de sua boa aparência. A sombra de uma barba seguia de perto a
linha de seu maxilar forte, e suas sobrancelhas sobre os olhos cor
de avelã pareciam um pouco suaves demais, assim como a
tolerância que ele estava usando para combater o temperamento
dela.
Longe de se desencorajar com sua atitude antagônica, o sorriso

do cara se aprofundou, como se estivesse acostumado a lidar com
birras do sexo oposto. Era uma qualidade que Rider e Train
compartilhavam, sendo capazes de deixar as mulheres de bom
humor quando estavam de mau humor. Esse estranho estava
acostumado a lidar com mulheres e, por seu comportamento, já
havia lidado com muitas delas.

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"Estou aqui para ver Shade."
O fato dele estar aqui para ver Shade não diminuiu seu desejo
de se livrar dele. Os visitantes costumavam parar para ver Shade
por vários motivos – empregos, se tornar um Last Rider ou tentar
vender mercadorias que pudessem se encaixar nos itens de
sobrevivência que vendiam na fábrica. Ela estava acostumada a
receber regularmente muitos visitantes que tentavam evitar
marcar uma reunião.
"Como eu expliquei, Shade não estará de volta ao trabalho até

o Ano Novo. Você pode ligar então e marcar uma hora para falar
com ele."
"King não mencionou que eu precisaria de uma reunião

quando me enviou aqui."
Seus lábios se apertaram em frustração. Ele estava seriamente

atingindo seu último nervo.
"Você poderia ter mencionado que King te enviou", ela

retrucou.
"Não fiz? Desculpe, minha culpa."
Deixando a porta fechar, Jewell pegou seu celular para mandar

uma mensagem para Shade.
Um cara está aqui dizendo que King o enviou.
Jewell estava prestes a dizer ao estranho que ele poderia

esperar do lado de fora até que ela recebesse o aval sobre o que
fazer com ele quando Shade disparou de volta uma mensagem,
parando o esforço.
Mande-o para o clube. Vou encontrá-lo na frente.
Pressionando a barra novamente, Jewell usou seu quadril para

abrir e sustentar a porta aberta. "Shade estará esperando por
você." Apontando para a sede do clube, Jewell deixou o estranho
passar.

JAMIE BEGLEY
"Obrigado pela ajuda. Fique longe dessa escada."
"Foda-se."
Jewell não esperou para vê-lo dirigir-se ao longo lance de

escadas que levava ao clube antes de voltar para dentro do prédio
e deixar a porta fechar atrás dela.
"A propósito, eu repensaria seus planos de transar em Ohio. O

relatório da tempestade que está chegando diz que Central
Kentucky está passando por uma enorme nevasca. Os carros
estão presos na interestadual e o Governador está pedindo que
todos fiquem fora das estradas, a menos que seja uma
emergência. Eu não considero transar uma emergência, você
considera?"
Jewell abriu a porta apressadamente, deixando o aviso de neve

voar sobre sua cabeça quando percebeu que o filho da puta tinha
ouvido mais do que ela esperava. Se o estranho a ouviu desabafar
sobre transar, também ouviu sobre ela beijar Reaper.
Maldito inferno.
Isso a matou, mas ela tentou fazer um esforço para minimizar

o dano em sua boca.
"Obrigada pela informação. Vou ter que esperar até que a neve
desapareça, então." Jewell deu a ele um sorriso desarmante, que
ela normalmente reservava para os Last Riders, não para caras
que pareciam ter acabado de sair de um anúncio da GQ. Saindo
da porta, ela deixou a porta se fechar atrás dela. "Desculpe por
como eu agi lá."
Era contra sua natureza ser legal, mas ela havia escondido
seus sentimentos de Reaper por muitos anos para deixar o gato
sair do saco tão tarde. Embora ela não pudesse dizer que
desenvolveu uma amizade firme com as esposas dos membros dos
Last Riders, Jewell, assim como as outras mulheres, aprendeu

JAMIE BEGLEY
com o exemplo de Bliss que os irmãos não permitiriam nenhuma

ameaça à felicidade de suas esposas.
Bliss perdeu sua posição como membro quando desrespeitou

Willa. Foi só quando Drake, seu marido, tornou-se membro que
ela foi autorizada a voltar ao clube.
Jewell claramente deveria ter aprendido sua própria lição

quando deu a Jo a notícia sobre Rider. Evidentemente, ela não
tinha, ou não estaria tentando fazer o controle de danos,
desabafando quando viu Reaper e Ginny chegarem ao clube para
a festa de Natal.
De pé na janela, ela viu como Reaper entrou no SUV para tirar

seu filho recém-nascido, que entrou em suas vidas dois meses
antes do esperado, mas ele era uma criança saudável.
Antes do bebê nascer, Jewell temia que o ciúme a consumisse.

Uma criança seria um lembrete doloroso de que Reaper nunca
seria dela. No entanto, ninguém poderia olhar para aquele bebê e
sentir nada além de pura felicidade por ele existir. Freddy era uma
coisa doce, com uma cabeça cheia de cabelos que se eriçavam,
como se estivesse com medo. Tudo o que você queria fazer era
segurá-lo e alisar seu cabelo bobo. Seus olhos eram iguais aos de
Reaper, enquanto a maneira como ele olhava para você docemente
era puramente Ginny.
"Tem sido um daqueles dias."
O cabelo escuro do cara brilhava sob a luz do sol enquanto

Jewell tentava se arrastar para fora do buraco que ela havia
cavado para si mesma. Tentar se recuperar de um erro fatal ao
lidar com homens seria difícil, mas não insuperável. Ao voltar para
fora da porta, ela revelou que se importava com a descoberta de
Reaper.
Querendo pisar com a bota na neve derretida por causa de sua

estupidez, ela se forçou a agir com indiferença.

JAMIE BEGLEY
Quando ele voltou para ela, Jewell se preparou para o sorriso

que ela tinha certeza de que apareceria.
"Ei, não se preocupe. Eu mesmo tive alguns desses dias.

Estamos todos bem."
Droga. Ele tinha que ser tão compreensivo quando ela tinha
sido uma completa cadela? Merda... E por que ele tinha que ser
tão gostoso? Sua libido privada se deu a conhecer depois de dar
outra olhada no homem parado na frente dela.
Jewell, em seus anos mais jovens e cheios de tesão, o colocaria

na categoria 'para foder', enquanto a Jewell que ela era agora o
colocaria na categoria 'sede', porque a menos que o cara tivesse
aspirações de se tornar um Last Rider, qualquer curiosidade sobre
como seria foder ele não seria saciada.
"Que bom que nos entendemos." Dando-lhe um olhar

demorado, Jewell usou o queixo para apontar para o clube acima,
que dava para a fábrica. "Shade está esperando." Para ter certeza
de que estavam no mesmo nível, Jewell olhou para o cara. "Eu
gostaria que você não dissesse nada sobre o que ouviu lá dentro.
Eu estava apenas desabafando. Não quis dizer metade do que
disse."
"Eu estaria interessado em saber qual metade era verdade…

transar ou beijar Reaper?"
O cara estava se tornando menos atraente quanto mais ele

falava. Merda, aposto que ele não poderia trocar um pneu furado
se sua vida estivesse em jogo.
"A parte sobre beijar Reaper, é claro." Jewell tentou fingir, como
se alguém que realmente a conhecesse saberia que ela estava
apenas brincando, mesmo que esse cara não tivesse ideia de quem
era Reaper.
Ele acenou de volta, como se entendesse. "Então você está

segura comigo. Sou especialista em guardar segredos."

JAMIE BEGLEY
"Legal." Pensando que era uma maneira estranha de colocar

isso, Jewell realmente não deu a mínima para perguntar, pronta
para encerrar a conversa agora que ele havia prometido manter-
se calado sobre ela querer beijar Reaper.
Sua mão foi para a maçaneta de metal.
"Claro..." ele falou lentamente, "mas nada na vida é de graça."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Dois
"Que, porra, isso significa?"
Rory ergueu a sobrancelha em seu comportamento antagônico.

"Importa-se se eu responder a essa pergunta mais tarde? No
momento, Shade está me esperando, e manter um cliente
esperando é um mau negócio."
Virando-se, Rory foi para os degraus, grato por ter ouvido o

conselho de King sobre o que levar para a viagem a Treepoint. As
botas de inverno que ele comprara dias antes de deixar Queen City
foram úteis para percorrer os degraus gelados.
Alcançando o topo da escada, Rory viu o homem esperando por

ele.
"Rory?"
"Em pessoa. Shade?"
Shade deu um aceno curto em resposta, ignorando sua

tentativa de humor. "Eu não esperava você até mais tarde esta
noite."
Ele estava começando a se sentir uma persona non grata por

todos em Treepoint, exceto Evie. Felizmente, ele estava
acostumado a lidar com os ranzinzas.
"Nem eu. King foi quem decidiu avançar na linha do tempo. Eu

planejava passar o dia me reencontrando com King e Evie. Achei

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que ele colocaria o tapete de boas-vindas já que só estou em

Treepoint porque ele ligou. Ensinou-me a não tomar nada como
garantido." Ele encolheu os ombros.
"King mantém seus associados de Queen City discretos quando

eles o visitam."
"Fui informado desse fato por King antes de vir. Evie foi a única
que me viu. Eu não sabia que deveria ser mantido em segredo
dela."
"Você não estava."
Rory não se ofendeu com a forma como Shade encarou sua

aparência mais do que a mulher que ele ouviu subindo os degraus.
Shade mudou sua atenção para a mulher. "Por que demorou

tanto?"
"Eu estava apenas terminando alguns detalhes."
Dando um aceno curto, Shade se moveu para o lado e abriu a

porta para ela.
"Vá em frente. Estão esperando por você para abrir seus

presentes. Diga a eles que estarei lá em um minuto."
Rory não perdeu o olhar curioso que a mulher deu a Shade

antes de entrar.
Quando a porta foi fechada atrás dela, Shade se virou para ele.
"Você ter chegado no meio da nossa festa de Natal atrapalha meus
planos. Eu tinha uma reunião planejada para esta noite depois
que as esposas tivessem partido. Quando entrarmos, vou
apresentá-lo como amigo de Hennessy."
"Pode ter um problema com isso." Rory deu de ombros

levemente por baixo do casaco. "Eu posso ter acidentalmente
colocado outro desvio em seu plano. Eu disse à mulher que
acabou de entrar que King me enviou."

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Rory podia ver a linha da mandíbula de Shade flexionar.
"Talvez não. Vou dar-lhe um aviso. Jewell é amiga da esposa

de Hennessy. Ela saberia que não era verdade se mandasse uma
mensagem para Arin. Jewell pode ser mais útil para evitar que as
outras mulheres falem com você. Elas ficarão curiosas para saber
por que deixamos você entrar no clube durante as férias. Ela pode
interceder."
"Isso está bom para mim."
"Se alguém falar com você, além de dizer oi e tchau, deixe

Jewell falar por você."
"Posso fazer isso."
"Vamos torcer para que sim, ou você não será útil para os Last
Riders."
"Aceitar fazer um trabalho para os Last Riders não é uma

certeza. Estou aqui porque King me pediu para fazer um favor a
ele. Falei a ele que ouviria, e isso é tudo que prometi. Se farei isso
ou não, ainda não se sabe, então você pode evitar as ameaças de
não me dar o trabalho até que eu decida se quero ou não."
Um leve afrouxamento relaxou a expressão de Shade.
Rory começou a gostar do homem distante quando Shade não

pareceu irritado com seu retorno. Ele só disse isso para obter uma
reação dele.
Rory teve uma carreira lucrativa somando os desejos e

vontades das pessoas. Para fazer isso, ele aprendeu a ler as ações
das pessoas mais do que as palavras que saíam de suas bocas.
Ele imaginou Shade antes de pisar com uma bota na varanda.
Shade exalava dominância. Que Shade era um Dominante
experiente veio quando ele enviou Jewell pela porta sem uma
explicação, assim como Jewell não questionou Shade. Rory supôs
que os dois compartilhavam um relacionamento sexual, ou já
tiveram. Ele esperava que fosse no passado.

JAMIE BEGLEY
Ele sentiu atração imediata pela mulher quando se inclinou

sobre o carrinho e a viu estendida como um anjo de neve. Sua
linguagem grosseira, no entanto, mostrava que ela não era um
anjo, o que explicava seu apelo imediato a ele. Mulheres que
fingiam ser anjos nunca atraíram seu interesse, além de serem
uma fonte de renda, mas as caídas... essas eram buscadoras de
prazer, e eram mais difíceis de encontrar.
"Depois da festa, discutiremos o trabalho com você e os irmãos.

Poderia muito bem ter Jewell lá e obter sua opinião."
"Mais alguma coisa antes de entrarmos?" Ele questionou.
"Sim. Fique longe da mulher com cabelos longos e pretos

sentada no sofá. Ela é minha."
Ah... Lá estava o homem que Rory tinha sentido sob a fachada

inescrutável.
"Sem problemas. Vou manter distância."
Shade abriu a porta, gesticulando para ele entrar.
Rory sentiu os olhares direcionados em sua direção assim que

ele passou pela porta. Ele esperava que pelo menos dez ou quinze
adultos estivessem lá dentro, não uma grande sala cheia com mais
de trinta pessoas e muitas crianças incluídas nos números. Dois
meninos estavam jogando uma bola de futebol sob um longo lance
de escadas, que levava ao segundo andar.
Um pequeno degrau levava a uma sala enorme que tinha vários

sofás ao redor da sala, duas mesas de sinuca e um bar ao lado da
sala, que era o que ele esperava quando King lhe disse que ia
encontrar Shade em um clube de motociclistas. O que foi
inesperado foi a atmosfera familiar – uma árvore totalmente
decorada e uma enorme pilha de presentes enfiados embaixo.
Muitas das mulheres estavam sentadas nos sofás, observando os
presentes serem abertos pelas crianças. Jewell estava sentada no

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meio de um com uma mulher de cabelos escuros de um lado e

uma loira do outro.
Shade se moveu para se sentar no braço do sofá ao lado da

mulher de cabelos escuros, claramente marcando sua
reivindicação.
"Pessoal, este é Rory. Ele é amigo de Hennessy. Eles deveriam

se encontrar aqui antes que o tempo ficasse ruim. Ele vai ficar
aqui até que as estradas se abram para Ohio."
"Oi, Rory. Espero que você aproveite sua estadia conosco. Meu
nome é Lily. Eu sou a esposa de Shade." A voz suave da mulher
derreteria uma geleira.
"Obrigado, Lily. Muito prazer." Rory não estendeu a mão para

ela.
Rory manteve sua resposta neutra enquanto Lily apresentava

muitas das pessoas na sala.
"Jewell está sentada ao meu lado. Do outro lado está Willa, a

esposa de Lucky." Lily apontou para um homem que já estava
sentado no outro braço do sofá. "Beth e Razer são casados." Lily
apontou para outro sofá. "Ginny, que está segurando o bebê, é a
esposa de Reaper."
Essa introdução chamou sua atenção. Reaper era aquele a

quem Jewell havia prometido beijar seus miolos quando ela estava
dentro do carrinho.
Enquanto Shade não lhe deu uma pausa quando o encontrou

na varanda, apesar do ar de perigo que se agarrava a ele como
uma segunda pele, o homem de pé atrás da mulher dourada
sentada no sofá o fez. O homem provavelmente ganhou seu
apelido legitimamente. De alguma forma, em algum lugar, ele se
sentiu confortável em distribuir as cartas da morte. Uma aura de
perigo não se apegou a Reaper. Ele era a morte.

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Aproveitando o insight, Rory foi capaz de ver em primeira mão

que tipo de homem Jewell era atraída. Embora a escolha do corte
de cabelo de Reaper fosse incomum, para dizer o mínimo, fazia
uma declaração de não foder com ele. Seu tamanho por si só faria
qualquer um hesitar em começar qualquer coisa com ele; o corte
de cabelo era meramente exagerado. Rory determinou que essa
era a intenção de Reaper.
Baixando os olhos para o que Reaper estava vestindo, Rory

sentiu seu primeiro surto de ciúme.
Porra. O homem sabia se vestir. A camisa que Reaper estava

vestindo enfatizava o peito tonificado e musculoso por baixo.
Movendo-se para o lado, como se quisesse ter uma visão melhor
das pessoas que Lily estava apresentando, Rory conseguiu ver a
calça cinza escura e as botas que ele estava usando. Elas eram
Gucci.
Reaper era um homem segundo seu próprio coração.
"Viper e Winter… Train e Killyama… Rider e Jo…"
Rory memorizou os nomes e rostos enquanto Lily apontava

para os casais.
"Knox e Diamond. Jade, Stori, Nickel, Jesus, Puck, Moon. Se

eu deixar alguém de fora, tenho certeza de que eles vão se
apresentar."
"É bom conhecer todo mundo. Espero que não seja

inconveniente eu ficar aqui nos feriados."
"De jeito nenhum. Quanto mais melhor."
Rory deu um leve sorriso para a mulher que havia falado,

reconhecendo-a como a mulher que Lily havia apresentado como
Jade.
"Normalmente, há mais de nós, mas a maioria dos membros foi

para casa nos feriados", Jade continuou. "Há uma cafeteira atrás

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do bar, assim como refrigerantes e água, se você estiver com sede",

ela ofereceu.
"Obrigado. Café parece incrível agora. Por favor, continuem

abrindo seus presentes. Eu não queria interromper."
Indo para trás do balcão, Rory encontrou as xícaras de café

embaixo do balcão e preparou uma xícara. Permanecendo atrás
do bar, ele tomou um gole do café, observando enquanto o grupo
voltava a abrir seus presentes.
Alternando seu olhar entre Jewell e Ginny enquanto abriam

seus presentes, Rory teve que dar crédito a Jewell por manter seus
sentimentos por Reaper escondidos. Se não a tivesse ouvido
explodir na fábrica, não saberia das emoções que Jewell sentia
pelo homem casado.
Um menino pegou um grande presente debaixo da árvore para

carregar vacilante em direção a Ginny.
"Isso é do Reaper."
Ginny sorriu, entregando o bebê ao homem atrás dela antes de

pegar o presente do menino. Todos na sala pararam para ver
Ginny rasgar o papel.
Colocando a caixa no chão, Ginny se inclinou para abrir a

caixa. Depois de retirar uma enorme quantidade de papel de
presente marrom, ela desenterrou outro presente plano para
desembrulhar.
Rory manteve sua atenção focada em Jewell.
"Isso é lindo", Lily comentou.
A expressão de Jewell permaneceu impassível com o que havia

sido descoberto.
"Meu espelho!" Ginny engasgou. "Estava quebrado. Você até

teve seu mapa estelar impresso. Obrigada, Gavin. Eu amei isso."

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A expressão de Jewell rachou.
"Jewell, você não gostou do seu presente?"
O garoto que deu a Ginny seu presente captou a expressão.
Antes que todos pudessem olhar para Jewell, Rory

deliberadamente derrubou sua xícara do bar, enviando o olhar de
todos em sua direção.
"Desculpe. Peguei a xícara sem olhar."
"Vou pegar um pano", Jewell conseguiu falar, colocando o

presente que ela tinha aberto no sofá antes de sair correndo por
uma porta estilo vaivém.
Curvando-se, ele pegou a xícara e o pano quando Jewell voltou

um segundo depois.
"Eu vou limpar", Jewel disse, curvando-se na frente dele.
"Obrigado. Desculpa a bagunça."
"Eu te devo uma", ela murmurou baixinho.
"Eu mantenho o controle", ele avisou. Estendendo a mão, ele

colocou a palma da mão sob o queixo dela para levantar o rosto
para que ela fosse forçada a encontrar seus olhos.
"Acabei de receber um vale-presente de cem dólares para o

restaurante do King. É seu."
Rory deixou um sorriso pairar em seus lábios. "Eu não aceito

vales-presentes. Só aceito dinheiro."
Seus olhos se arregalaram diante de olhos verdes

tempestuosos olharem para ele.
"Você quer dinheiro?" Ela sussurrou para ele como um gato

cuja pele foi esfregada da maneira errada.
Seu sorriso se alargou, imperturbável por sua raiva. "A menos

que você esteja oferecendo outra coisa."

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"Foda-se." Batendo o pano no chão, ela começou a se levantar.
Usando o pano, ele terminou de enxugar o resto do café

derramado enquanto Jewell se afastava. Levantando-se, ele
colocou o pano de prato na pequena pia escondida debaixo do
balcão do bar. Então, olhando para o outro lado da sala, ele viu
que Jewell havia voltado a abrir seus presentes.
Preparando outra xícara de café, Rory observou o grupo dos

Last Riders e suas mulheres, observando suas ações e expressões.
Jewell nunca olhou em sua direção. A mulher definitivamente

tinha um temperamento forte, o que não era uma coisa ruim para
ele. Sendo ele mesmo bem-humorado, então poderia muito bem
aguentar qualquer coisa que uma mulher jogasse nele.
Rory sentiu seu interesse aumentar enquanto observava Jewell

interagindo com os membros. Seria a primeira vez em muito
tempo que se sentira curioso sobre uma mulher sem ter segundas
intenções para fazê-lo. Ele não conseguia se lembrar da última vez
que se interessou pessoalmente por uma mulher, razão pela qual
disse a Jewell que só aceitava dinheiro. Ele não queria dar um
passo em falso com ela. Ele acreditava em estar em cima e no
controle sobre sua ocupação. Rory não queria que isso chutasse
sua bunda quando ele dissesse a Jewell que ele era um gigolô e
adorava seu trabalho.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Três
"Jewell."
Erguendo a cabeça ao ouvir a voz de Shade, Jewell terminou

de enfiar o papel de presente rasgado em um saco de lixo que Lily
tinha recuperado da cozinha.
"Nós precisamos conversar."
Dando o saco de lixo para Willa, que também estava pegando

o papel, Jewell seguiu Shade até a sala de jantar.
"O que foi?" Ela perguntou curiosa.
"Eu preciso que você se certifique de que as mulheres não

façam perguntas pessoais a Rory ou sobre Hennessy."
"Peça a Jade." Ela era esperta o suficiente para não perguntar

por que, mas isso não significava que ela queria o trabalho de ser
um cão de guarda para o homem irritante que a salvou, não uma,
mas duas vezes.
"Se eu quisesse que Jade fizesse isso, teria pedido a ela. Mais
tarde esta noite, teremos uma reunião com os irmãos. Eu quero
você lá."
"Ele não é amigo de Hennessy, é?"
"Não, mas Hennessy sabe por que Rory está aqui." Shade deu
a ela um olhar perspicaz. "Por que você não quer manter o controle
sobre ele?"

JAMIE BEGLEY
Jewell tentou não estremecer com as palavras que Shade havia

usado.
"Nenhuma razão." Ela deu de ombros.
"Tem certeza? Se houver um problema com ele, preciso saber."
"Não o conheço há tempo suficiente para ter um problema com

ele. Só não esperava passar minha véspera de Natal aqui."
"Arin mandou uma mensagem para você informando que as

estradas estão fechadas?" Shade perguntou bruscamente.
"Não, Rory me disse. Não tive notícias de Arin. Enviei uma

mensagem para ela esta manhã e ela não respondeu."
A expressão de Shade se fechou. "Quando descobriram que as

estradas estavam fechadas, eles se esconderam em Lexington.
Eles estão bem. Hennessy e Arin estão mantendo sua
comunicação no mínimo até chegarem aqui em segurança."
Jewell estendeu a mão para agarrar o braço de Shade. "Arin

está em perigo?"
"Arin está em perigo desde que o laboratório foi descoberto e

ela fez a vacina para PharmFYOU. Falaremos sobre o que está
acontecendo hoje à noite durante a reunião."
Jewell engoliu o medo por sua amiga. Arin estava com

Hennessey, e onde Hennessy ia, Core também.
"Você quer manter Arin segura? Ajude-me com Rory."
"Ok."
O pavor a encheu quando saíram da sala de jantar. Avistando

Rory sentado em um dos bancos do bar, Jewell foi até lá. Jade já
havia fixado residência no banco ao lado dele.
Colocando a mão na parte de trás do banco em que Jade estava

sentada, Jewell se espremeu entre ela e Rory.

JAMIE BEGLEY
"Suma."
Jade imediatamente usou o assento giratório do banco para

girar e deslizar do outro lado dela.
Tomando o assento vago, Jewell encarou Rory, que parecia

surpreso com a facilidade com que Jade havia cedido seu assento.
"Vou deixar isso claro e simples para você. Eu sou a cadela

cabeça aqui. Apenas sente-se aqui, mantenha suas mãos para si
mesmo e sua boca fechada, e vamos nos dar bem até que Shade
nos chame para a reunião. Você pode fazer isso?"
O filho da puta permaneceu mudo.
"Bem, você pode fazer isso?"
"Posso falar quando você me faz uma pergunta?"
"Sim." Jewell não respondeu à sua tentativa de humor. "Moon!"

Ela chamou o homem parado no final do bar, conversando com
Nickel. "Você se importa de me dar um refrigerante?"
Moon foi até o refrigerador de bebidas para pegar um para ela,

em seguida, colocou-o na frente dela.
"Você quer um?" Moon perguntou a Rory. "Não podemos beber

álcool até que todas as crianças voltem para casa."
"Certo. Qualquer coisa que você tiver é legal."
Moon colocou um refrigerante para ele e voltou a falar com

Nickel.
"O que você quer que eu faça com seus presentes, Jewell?"
Jewell queria dizer a Ginny o que ela poderia fazer com os

presentes, mas sabia que seria o último segundo que ela poderia
passar no clube.
"Se você não se importa, coloque-os na mesa da entrada, eu os

levarei para cima quando eu for."

JAMIE BEGLEY
"Posso pedir a Rider para levá-los para cima…"
"A mesa de entrada está bom."
"Tudo bem."
Jewell sentiu Ginny se afastar.
"Posso fazer uma sugestão?"
"Não." Jewell abriu a lata de refrigerante.
"Ela sabe que você a odeia."
Com a revelação silenciosa, ela virou a cabeça na direção de

Rory.
"Eu não odeio Ginny", ela sussurrou, com medo de que Moon
ou Nickel ouvissem.
"Você pode fingir com eles, mas é claro como o dia que você
odeia. Ela também sabe. Só para você ficar sabendo."
"O que te faz pensar isso?"
"Ela não ofereceu o marido para levá-los para cima; ela

ofereceu para outra pessoa fazer isso. Se ela não estivesse ciente
de sua má vontade em relação a ela, faria com que seu marido os
carregasse para cima."
Ele estava certo. Ela deveria ter tomado algumas bebidas antes
de vir para o clube para suavizar suas emoções no que dizia
respeito a Reaper. Normalmente, ela não bebia enquanto estava
no trabalho, mas deveria ter aberto uma exceção hoje.
O ciúme a estava corroendo, e não importa o quanto ela

tentasse não mostrar, estava falhando.
Jewell ergueu o refrigerante para tomar um gole, precisando

engolir o ciúme de volta.
"Você sempre pode me usar."

JAMIE BEGLEY
A maneira sensual como Rory fez a sugestão quase a fez

engasgar.
Tossindo o refrigerante, ela olhou para o homem sentado ao

lado dela. "Estou devendo o suficiente para você." Jewell o encarou
com sarcasmo. "Especialmente até eu descobrir o que você cobra."
"Depende." Rory bateu o dedo anelar no balcão. "Há algum

homem especial em sua vida?"
A alegria a encheu com sua pergunta.
"Bem, posso citar vários. Tem Moon, Níquel, Puck, Jesus…" ela
revelou sem constrangimento.
"A monogamia não agrada a você?" Seu comportamento casual

não mudou com a revelação dela.
"Não."
Ele não parecia acreditar nela.
"Tem certeza de que não depende do homem?" Ele questionou.

"Você se vê sendo monogâmica com…" ele baixou a voz várias
oitavas. "Reaper?"
Uma picada a atingiu na região do coração. Ela pegou seu

refrigerante, recusando-se a responder.
"Ah… Talvez uma pergunta melhor a se fazer seja: se você fosse

capaz de atingir o inatingível, seria capaz de permanecer
monogâmica?"
Seus lábios se curvaram sensualmente.
"Nada a dizer?"
"Bastante. Estou apenas me controlando com crianças por

perto."
"Então vou ter que perguntar quando estivermos sozinhos."
"Não se preocupe. Não é da sua conta."

JAMIE BEGLEY
Qualquer outro dia, ela teria se interessado pelo cara sentado

ao lado dela. Jewell não imaginava muitas mulheres cujo fascínio
ele não pudesse agarrar. Suas características faciais eram
perfeitamente formadas para manter seus olhos viajando de volta
para eles repetidamente. Seus longos dedos acariciando a lateral
de seu refrigerante mostravam que ele era um sensualista. Cada
palavra que ele falou atingiu-a na região inferior, fazendo-a sentir
como se cada palavra estivesse sacudindo seu clitóris.
"Pronta para zerar sua conta?"
Sua libido rebelde ficou gelada. "Como?"
"Responda-me duas perguntas com sinceridade, e eu vou

limpar a lousa."
"Ok." Ela não ia sair tão facilmente, ia? "Vá em frente."
"Diga-me por que você tomou uma antipatia imediata por

mim."
"Olhe a sua volta."
Rory virou a cabeça para encarar o grupo na sala.
"Você vê quantos homens estão aqui?"
"Difícil não notar." Ele voltou seu olhar para ela.
"Conheço os Last Riders desde que eu tinha dezoito anos. Não

há nada sobre os homens que eu não conheça. Levei menos de
dois segundos para descobrir que você é um jogador, e eu não jogo
com ninguém que não pertença aos Last Riders."
"Como alguém se torna um Last Rider?"
"Você quer que essa seja sua segunda pergunta?"
"Sim."
"Você poderia ter perguntado a qualquer um dos irmãos, e eles

teriam lhe contado de graça." Jewell deu-lhe um sorriso

JAMIE BEGLEY
verdadeiro, sentindo-se aliviada por estar sem dívidas. "Você tem

que enfrentar quatro dos irmãos de sua escolha em uma luta. Pela
sua aparência, você não passaria do primeiro."
"Você realmente não acha que eu conseguiria passar do

primeiro."
Seu olhar confiante a fez parar, mas então Jewell se lembrou

dos homens na sala.
"Não", ela respondeu, mesmo sabendo que não tinha sido uma
pergunta.
"Você é hilária."
Jewell queria pregar suas bolas no banquinho em que estava

sentado com a diversão que ela podia ouvir Rory tentando segurar.
"Você acha que o que eu te disse foi engraçado?"
Ela pegou sua lata de refrigerante, prestes a arremessá-la na

cara dele. Shade não disse que ela tinha que ser legal com o filho
da puta.
"Você não?"
"Não."
Ele tirou a lata dela e a colocou de lado. "Você está basicamente

dizendo que todo homem aqui pode bater na minha bunda."
"Sim. O que há de tão hilário nisso?"
"Se eles são tão grandes e ruins, por que ligaram e pediram
minha ajuda?"

JAMIE BEGLEY
Capítulo Quatro
"Sente-se."
"Eu vou ficar de pé. Minha bunda está dormente de tanto

sentar", Rory disse ao Presidente dos Last Riders depois de entrar
na sala de jantar. Shade veio buscá-lo depois que as esposas e
filhos dos homens foram embora.
Viper deu-lhe um olhar penetrante antes de se mover para a

frente da sala onde todos podiam vê-lo. "Vou tentar encurtar esta
reunião. Rory, King disse que você é capaz de guardar o que é dito
para si mesmo. Vou ter que confiar na palavra dele porque
precisamos da sua ajuda."
Rory não olhou para Jewell enquanto Viper continuava

falando.
"Há uma mulher que está em perigo extremo e, a menos que

nos movamos rapidamente, ela estará fora de nosso alcance para
salvá-la. A mulher é funcionária de um laboratório que fez a
vacina. Arin, dona do laboratório, é amiga do clube. Não apenas
isso, mas Reaper colocou seu próprio dinheiro pessoal para ajudar
na fabricação da vacina. Com Reaper fornecendo o dinheiro que
Arin precisava, ela conseguiu eliminar as principais empresas
farmacêuticas e, sem esse dinheiro, eles teriam conseguido fugir
com a descoberta. Ela declarou publicamente que não vai
patentear sobre como fazer a vacina. Uma das funcionárias que
trabalhavam com Arin foi sequestrada, e estamos tentando

JAMIE BEGLEY
encontrá-la e libertá-la desde que ela foi levada. Com os testes

terminados e a vacina aprovada, Arin foi chantageada para não
cumprir o resto de sua promessa."
"Reaper foi capaz de usar seus contatos para descobrir onde

eles estão atualmente escondendo Elizabeth. Ela é transferida
para um local diferente a cada três ou quatro semanas. O contato
de Reaper acabou de descobrir onde ela está atualmente detida.
Ela está lá há duas semanas, então, a menos que façamos um
movimento agora, Elizabeth pode ser transferida a qualquer
momento. Então o contato terá que começar a procurar tudo de
novo."
"Usar a polícia não é uma opção?" Rory bravamente

interrompeu Viper.
"A informação não foi obtida legalmente. Também queremos

que não apenas os sequestradores, mas que a pessoa que
orquestrou isso para Elizabeth seja levada."
"Você tem mão de obra e experiência suficientes nesta sala; não

deveria precisar de mim", Rory declarou o óbvio.
"Qualquer indício de problema, os sequestradores matarão

Elizabeth, e a verdadeira pessoa responsável permanecerá livre e
verá outra pessoa para colocar Arin na linha."
"Estou surpreso que eles não sequestraram Arin."
"Eles tentaram. Arin está muito bem protegida. Não podemos

colocar proteção 24 horas por dia em cada um de seus
funcionários. Precisamos pegar os sequestradores de Elizabeth
vivos, sem interferência, para descobrir quem está pagando-os."
Os Last Riders planejavam fazer o que fosse necessário para

obter as informações que desejavam. Rory não tinha nenhum
problema com isso. Se eles sequestraram uma mulher, merecem
o que está vindo para eles.

JAMIE BEGLEY
Viper não o manteve adivinhando por muito tempo qual uso

que ele poderia ter.
"Um dos sequestradores entrou em contato com você."
"Ah... Agora eu entendo." Rory assentiu. "Ele ou ela é um dos

meus clientes online."
Rory viu Jewell tirar os olhos de Viper para encará-lo.
"Ele", Viper revelou. "Seu nome de tela é Incog."
"Não pode haver nenhum engano, é ele?" O estômago de Rory

afundou como chumbo com a informação.
"Nenhum."
"Então eu tenho um monte de más notícias para você." Ele fez

uma pausa. "Eu não me preocuparia com ela sendo transferida
para outro local. Será um milagre se ela ainda estiver viva."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Cinco
"O que te faz pensar isso?" O tom de Viper se aguçou.
"Incog tem me seguido no último ano na minha página. Ele

tentou me fazer aceitá-lo como cliente. Eu recusei."
"Por que?" Shade perguntou da cadeira em que estava sentado

no meio da sala.
"Quando ele começou a me seguir, ele me trollou. Fez vários

comentários desagradáveis na minha página, que ignorei."
"Por que você não o bloqueou?" Rider, que estava sentado na

mesma mesa que Shade, perguntou.
"Duas razões – preocupação com os outros em sua vida e com

o próximo terapeuta que ele teria como alvo se eu o removesse."
"Que tipo de terapeuta você é?"
Os olhos de Rory foram para a mulher que fez a pergunta. "Eu

sou um tutor sexual."
A boca de Jewell caiu aberta. "Você está brincando? Isso soa

como um termo glorificado para ser um gigolô."
"Depende do cliente", Rory respondeu casualmente, sem

vergonha. "Eu sou pago para cumprir uma variedade de papéis.
Ofereço suporte para tornar o sexo mais prazeroso, atuo como
substituto sexual para quem tem problemas com intimidade e

JAMIE BEGLEY
também ensino sacanagem e BDSM. Às vezes, é tão simples

quanto oferecer companhia quando não querem ficar sozinhos."
"Você fode com eles?"
"Às vezes."
"Se anda e fala como um pato, é um pato. Você é um gigolô."
"Chame como quiser. Não me envergonho do que faço para

viver", ele disse com franqueza. "Consegui ajudar muitas pessoas
a alcançar um nível de intimidade que acreditavam ser inatingível
por qualquer motivo, para ganhar a confiança de que precisam até
que não precisem mais de mim."
"Você parece mais um nerd do que um gigolô."
Rory deu a ela um sorriso torto com o olhar que ela direcionou
a ele.
"Como deve ser um gigolô?"
Jewell bateu com confiança em algo na manga de seu suéter.

"Não sei. Nunca precisei usar."
"Bom para você. Algumas mulheres e homens não podem dizer

o mesmo."
"Você é bom?"
Rory deu-lhe uma piscadela sugestiva. "Interessada?"
"Curiosa."
"Se não fosse, eu estaria aqui?" Rory perguntou, embora um

número suficiente deles já soubesse a resposta.
"Podemos seguir em frente? Tenho duas motos para montar",

Shade interrompeu a batalha de vontades que estava acontecendo
entre ele e Jewell.
Rory voltou-se para Viper. "Como você descobriu que Incog está
com a mulher?"

JAMIE BEGLEY
"Conseguimos invadir o computador que está enviando as

demandas para Arin. Até agora, sabemos que a pessoa é um
jogador de baixo nível, simplesmente bancando o mensageiro para
quem está no controle. A única razão pela qual conseguimos
encontrar o Incog é porque a pessoa que hackeamos
acidentalmente o contatou. Ele tentou deletar a mensagem assim
que foi lida, mas o hacker que usamos conseguiu recuperar a
mensagem."
"Exatamente o que você quer que eu faça?"
"Quero que você entre na casa em que achamos que Elizabeth

está sendo mantida, confirme para nós que ela está lá e em que
parte da casa ela está. Qualquer descrição que você possa dar
sobre o interior também seria útil."
"Para quando você está querendo que eu organize isso?"
"O mais rápido possível. A casa está localizada em Indiana,

então levará algumas horas para chegar lá."
"Eu disse aos meus seguidores que não estaria online até o dia
seguinte ao Natal. Ele sempre me envia mensagens durante
minhas discussões ao vivo. Posso responder a ele então e marcar
uma sessão."
"E se ele não usar o endereço que achamos que Elizabeth está?"
Train falou da porta.
"Eu estipulo que qualquer instrução pessoal que eu der

ocorrerá apenas na casa dele."
"Por que não um hotel?"
Rory virou a cabeça de volta para Jewell. "Para minha

segurança, eles precisam ter duas formas de identificação e três
provas de que moram no endereço."
"Ainda assim é perigoso", Viper disse.

JAMIE BEGLEY
"Sim, às vezes pode ser." Rory não tentou minimizar o perigo

inerente à sua profissão. "É por isso que recusei as ofertas de
Incog antes."
Víper assentiu. "Vamos inventar um sinal, então se houver

algum problema, vamos descartar qualquer plano e entrar. Só não
queremos perder nossa única conexão com o sequestrador
principal, a menos que seja necessário. Não quero queimar nossa
única ponte para encontrar Elizabeth se ela não estiver lá."
"Você não vai precisar. Posso cuidar de mim mesmo", Rory

assegurou a Viper.
"Você pode ficar no quarto no porão. Sinta-se confortável

durante a sua estadia. Apenas saiba que visitantes não são
permitidos no andar de cima. Também não quero que nenhuma
das mulheres, além de Jewell, saiba por que você está aqui. King
não quer que nenhuma conexão com você seja tornada pública, o
que significa que quanto menos for dito, melhor, para qualquer
um que não esteja nesta sala."
"Eu posso fazer isso", Rory concordou com a ordem de Viper.
"Bom. Então todos aproveitem o que sobrou da noite. Jewell,

você se importa de mostrar a Rory onde ele vai dormir?"
Sua mandíbula flexionou, como se ela fosse recusar o pedido

de Viper. Em vez disso, ela se levantou.
"Você quer pegar sua mala? Vou esperar aqui."
Sentindo que ela queria dizer algo em particular para Viper,

Rory saiu para pegar sua mala do SUV que ele havia alugado. Seu
hálito quente atingiu o frio, criando uma nuvem de vapor. A reação
o lembrou da mulher que ele havia deixado dentro do clube. Seu
comportamento frio como gelo não o incomodava. Rory sentiu a
mulher apaixonada por dentro.
Mulheres como ela o tirariam do negócio. Jewell estava

definitivamente em sintonia com suas necessidades e desejos

JAMIE BEGLEY
sexuais, razão pela qual era tão fácil para ela ignorar a faísca de
atração entre eles. Ele não se encaixava no amante ideal de suas
fantasias, então ela não queria desperdiçar nenhum esforço com
ele. Ela já havia decidido que ele não poderia lhe dar nada que os
homens lá dentro pudessem lhe dar sem a dor de cabeça dele por
não ser um Last Rider.
Abrindo o porta-malas, ele tirou sua mala e a mochila que

continha seu laptop. Fechando a porta, ele colocou a mochila no
ombro. Agilmente subindo os degraus gelados, ele sentiu a
adrenalina correndo em suas veias.
Deus, como ele adorava um desafio.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Seis
Jewell se plantou na frente de Viper antes que ele pudesse

escapar para sua casa. "Por que eu tenho que ser a babá? Deixe
Moon ou Nickel fazer isso."
A irritação de Viper por estar atrasado apareceu. "Eu não pedi

para você tomar conta dele; apenas para mostrar-lhe o quarto.
Moon está guardando a porta e o estacionamento. Puck está
esperando que Nickel o substitua para que ele possa ir para casa.
E antes que você pergunte, Jesus se ofereceu para limpar a
cozinha. Então, vá em frente se você tem algo que precisa cuidar.
Eu vou mostrar a ele."
"Posso fazer isso. Winter está esperando por você."
"Jewell, depois das férias, precisamos conversar."
Sua boca fica em uma linha dura, consciente de que a sala

estava se esvaziando.
"Nós precisamos", ela concordou.
"Você realmente quer voltar para Ohio?"
"Sim, eu sinto falta de estar lá."
"Você sente falta de estar em Ohio, ou é muito difícil ficar

aqui?"
Jewell congelou. "Eu não sei o que você quer dizer."

JAMIE BEGLEY
"Jewell, Reaper é meu irmão. Eu teria que ser cego para não
saber onde seus sentimentos sempre estiveram no que diz respeito
a ele."
Jewell se concentrou em uma das fotos dos irmãos que Winter

havia pendurado na sala. A que ela estava olhando fixamente
tinha Reaper nela.
"Ele sabe?" Ela perguntou com voz rouca.
"Reaper nunca discutiu seus sentimentos por você."
Ela piscou seus olhos para Viper, exigindo a verdade. "Mas você
discutiu meus sentimentos por ele."
"Quando você queria se juntar ao clube", Viper admitiu.
"Esse dia pode ficar ainda pior?"
"Jewell, não havia como não ter falado sobre seus sentimentos
por ele quando você quis se juntar ao clube. Eu tive que levá-los
em consideração como presidente dos Last Riders."
O orgulho de Jewell veio em seu socorro. "Reaper não era o

motivo pelo qual eu queria me juntar aos Last Riders."
"Besteira. Falei isso naquela época e ainda digo a mesma

coisa."
"É verdade." O orgulho fez sua voz subir. "Você me fez esperar
para me tornar uma Last Rider até os vinte e um anos, enquanto
você fez todo mundo esperar até que eles tivessem pouco mais de
dezoito anos. Mesmo Bliss. E nós dois sabemos que ela estava de
cabeça para baixo por Shade."
"Bliss veio até nós depois de viver um pesadelo. Seus

sentimentos por Shade cresceram depois que ela já estava no
clube. Você veio de um inferno, e seus sentimentos eram claros
antes de se tornar uma Last Rider. Reaper não queria que você se
juntasse porque foi ele quem te salvou."

JAMIE BEGLEY
Jewell fez uma careta para a maneira delicada como ele disse
o que havia acontecido em seu passado.
"Você quer dizer, quando ele me tirou das ruas?"
"Você não estava vivendo nas ruas", ele se esquivou.
"Eu estava morando em um carro quebrado, congelando até a

morte em um estacionamento quando Reaper quebrou a janela
para me checar."
Ela odiava revisitar o pior momento de sua vida, mas seria

condenada se Viper continuasse acreditando que Reaper era a
única razão pela qual ela queria se juntar ao clube.
"Fazer com que eu ficasse com Ton até me formar na faculdade

antes que eu pudesse entrar era besteira." Fazendo uma careta
para ele, Jewell ainda se lembrava das horas que ela caiu sobre
seus livros apenas para tirar notas decentes o suficiente para
passar. Estar perto de jovens adultos de sua idade não a fez
mudar de ideia sobre se juntar aos Last Riders do jeito que Viper
e Reaper queriam. Em vez disso, ela se destacava como um polegar
dolorido. Ela não tinha nada em comum com os muitos alunos
que nunca tinham saído de casa e tinham pelo menos um pai
amoroso.
O que ela tinha eram pais que haviam apagado sua existência
de suas vidas.
"Você precisava daquele tempo para se recompor novamente.

Você pode não querer admitir, mas reconstruiu sua autoestima e
confiança." Viper deu a ela um sorriso torto. "Você se tornou a
estrela que todos conhecemos e amamos."
"Exceto para Reaper."
"Ele a ama, só não do jeito que você quer."
"Sim, bem, é uma merda ver o quão feliz Ginny o deixa", ela
reclamou sem realmente querer dizer isso.

JAMIE BEGLEY
"Eu sei que você não pensa assim. Você está deprimida porque
ele não lhe deu um presente de Natal."
"Ele sempre me dá um. Este ano, não."
"Ele vai. Reaper não esqueceria de você."
"Neste momento, eu até me contentaria em ser sua amiga

novamente."
"Então o único conselho é o mesmo conselho que Ginny me

deu."
Jewell ficou com cara de pôquer. "A última coisa que quero
ouvir é mais conselhos de Ginny."
"Então finja que veio direto de mim, fale com ele."
"Uau. Que esclarecedor."
Em vez de ficar com raiva de sua resposta sarcástica, Viper riu.
Um som da porta fez com que ambos se virassem para ver Rory
parado ali com sua mala.
"Eu não quis interromper. Estou pronto, se puder me mostrar

meu quarto."
"Eu vou mostrar…"
"Eu vou mostrar a ele", Jewell interrompeu. "Vá ficar com

Winter. Eu vi a casa de bonecas que você tem que montar para
Aisha."
"Tem certeza?"
"Vá. Eu cuido disso."
Viper saiu, deixando Rory e ela sozinhos na sala de jantar.
"Por aqui." Jewell atravessou a porta oposta àquela em que

Rory estava, indo para a cozinha, em seguida, em direção a uma

JAMIE BEGLEY
porta fechada ao lado da mesa da cozinha. Ela abriu a porta, em

seguida, desceu as escadas íngremes e entrou no porão.
Ela não deu tempo para Rory olhar ao redor da grande sala,
que era uma mistura entre uma área de recreação para os irmãos,
com um sofá e televisão montada, e uma sala de ginástica com
equipamentos suficientes para todos ficarem em forma. No meio
havia um poste de stripper, que as mulheres usavam quando
queriam se divertir. Inferno, havia até um espaço onde você podia
lavar suas roupas, se você se cansasse de malhar, jogar videogame
ou foder.
Esperando que Rory dissesse algo sobre o poste de stripper,

Jewell o olhou enquanto abria uma porta ao lado do sofá
comprido. Quando ele não disse nada e apenas continuou pela
porta, ela o seguiu.
Andando pelo corredor ao lado dele, Jewell apontou para uma

porta fechada.
"Há uma banheira de hidromassagem lá. Também tem um

chuveiro que você pode usar se decidir se exercitar", ela explicou,
então apontou para outra porta fechada. "Mudando de área. Você
pode encontrar toalhas lá se estiver com pouca roupa no seu
quarto."
"Não vou fazer nada esta noite. Preciso recuperar o sono."
"Tanto faz. Você pode usar o equipamento ou a banheira de

hidromassagem, se quiser. Apenas passando a informação
adiante." Jewell disse, não se importando com o que ele passaria
o resto da noite fazendo.
Abrindo a última porta do corredor, ela entrou e acendeu as

luzes antes de se afastar para dar a Rory espaço suficiente para
entrar.
Ela apontou para uma parede. "Este quarto tem seu próprio
banheiro privativo." Atravessando o quarto, Jewell abriu o frigobar

JAMIE BEGLEY
para se certificar de que estava abastecido. "Se você ficar com

sede, sirva-se de qualquer coisa dentro." Fechando a porta, ela
abriu uma gaveta em uma cômoda. Foi reabastecida
recentemente. "Gaveta de lanches, se você ficar com fome."
Fechando a gaveta, ela começou a caminhar até a porta. "Você tem
o número de telefone de Shade?"
"King me deu", Rory respondeu, levantando sua mala na cama.
"Bom. Se você precisar de alguma coisa ou tiver dúvidas, pode

mandar uma mensagem para ele." Jewell alcançou a maçaneta,
prestes a sair do quarto.
"Em outras palavras, não posso incomodar você."
"Afiado como uma tachinha, não é?"
Já pensando no banho quente que tomaria, Jewell deu uma

última olhada em Rory para ver que ele havia colocado sua
mochila na cama e estava pegando seu laptop. "A senha do Wi-Fi
está na mesa de cabeceira."
"Obrigado. Eu não queria incomodar Shade. Você me salvou do

problema."
Jewell não respondeu, começando a passar pela porta.
"Pergunta rápida. Shade disse que você é amiga de Arin, a dona

do laboratório, é por isso que ele pediu para você estar na
reunião."
"Sim. E daí?"
"Você conhece a mulher que foi sequestrada?"
Intrigada porque ele queria saber, ela fez uma pausa e se virou.
"Encontrei Elizabeth algumas vezes. Por quê?"
Rory pegou seu celular para colocá-lo no carregador na mesa

de cabeceira. "Você pode me dizer o que sabe sobre ela?" Ele não
olhou para ela enquanto abria a mala.

JAMIE BEGLEY
Soltando a maçaneta, ela se virou para encará-lo

completamente. Por que ele tinha que pedir a ela para fazer a
única coisa que não podia recusar?
Reaper tinha sido um cativo por mais de nove anos, ela não foi
capaz de fazer nada por ele. Se alguma coisa pudesse poupar
Elizabeth mais um dia de ser refém, ela dançaria com um demônio
se fosse necessário. Rory pode ser um gigolô confesso, mas não
era um demônio. Comparado com os Last Riders, ele seria massa
de vidraceiro na mão dela.
Jewell fechou a porta e recostou-se nela. "Por onde você quer

que eu comece?"

JAMIE BEGLEY
Capítulo Sete
"Como você a conheceu?"
Rory sentou-se na ponta da cama para examinar Jewell. O

comportamento dela o fascinava, isso não acontecia com
frequência. Ele não conseguia se lembrar da última vez que se
interessou por uma mulher, a menos que isso o beneficiasse.
"Conheci Elizabeth quando ela foi trabalhar para Arin no

laboratório. Arin a apresentou enquanto ela trabalhava. Lembro
que ela era tão pequenininha. Sou pelo menos dez ou doze
centímetros mais alta que ela. Foi amigável e perguntou quanto
tempo eu ficaria em Ohio." Jewell saltou do batente da porta para
começar a se mover sem rumo pelo quarto. "Ela me contou sobre
um restaurante chinês que eu deveria experimentar antes de
voltar para cá. Ela parecia uma pessoa muito doce. Fiquei feliz por
Arin tê-la contratado."
"Por que?"
O rosto de Jewell ficou introspectivo quando ela parou de

andar. "Não consigo explicar por que me senti assim. Arin me
disse que Elizabeth tinha acabado de se formar na faculdade. Ela
ficava agradecendo a Arin por contratá-la e, na semana em que
estive lá, ela trabalhou até tarde todas as noites. Acho que estava
tentando provar a Arin que havia feito a escolha certa ao contratá-
la."

JAMIE BEGLEY
"Quando voltei para o Kentucky, perguntei sobre ela e Arin me

disse que havia feito de Elizabeth sua assistente. Arin se culpa
pelo sequestro de Elizabeth, porque a razão pela qual Elizabeth foi
levada foi porque elas trabalhavam tão próximas."
"Se não tivessem levado Elizabeth, teriam levado outra pessoa",

Rory supôs.
"Arin sabe disso, mas isso não diminui sua culpa."
"Arin e Elizabeth ficaram próximas trabalhando juntas?"
"Muito. Arin deu a ela um aumento antes da experiência de

seis meses, como ela fazia com seus outros funcionários."
"Arin disse por que ela fez isso?"
"Elizabeth estava morando com outras duas colegas de quarto,

e uma delas era ruim em não trancar as portas e estava sempre
atrasada em pagar sua parte do aluguel. Arin deu a ela o aumento
depois que ela chegou ao trabalho em uma manhã, chateada
porque a colega de quarto deixou seu namorado passar a noite, e
ele entrou no banheiro enquanto ela estava tomando banho.
Naquela tarde, Arin a ajudou a encontrar um apartamento perto
do trabalho e pagou o depósito e o primeiro mês de aluguel. Arin
disse que, quando a deixou em seu antigo apartamento, estava
animada para começar a empacotar suas coisas. Arin prometeu a
ela que ela e Hennessy estariam lá pela manhã para ajudá-la a se
mudar para o novo apartamento. Quando eles chegaram pela
manhã, suas colegas de quarto disseram que ela recebeu um
telefonema e saiu correndo e não voltou. Arin imediatamente ligou
para a polícia depois que ela tentou ligar para Arin e ela não
atendeu ou respondeu suas mensagens."
"Hennessy verificou seu quarto e disse que parecia que

Elizabeth havia começado a fazer as malas… havia uma caixa pela
metade e uma mala estava pronta."

JAMIE BEGLEY
"Quando os sequestradores fizeram contato com Arin pela

primeira vez?"
"Demoraram uma semana." Jewell mordeu o lábio com

preocupação.
"Eu me pergunto por que o atraso. Estou surpreso que os

sequestradores não a contataram imediatamente."
"Arin e Hennessy acreditam que é porque pensaram que

Elizabeth estava trabalhando na vacina e tentaram obter dela o
que sabia. Quando descobriram que ela não estava trabalhando
na vacina com Arin, os sequestradores bolaram outro plano."
"No que ela e Arin estavam trabalhando?"
"Um tratamento que pode restaurar a perda de cabelo."
"Droga. Ela tem sorte de ainda estar viva. Você pode imaginar
sequestrar alguém para roubar uma tecnologia de ponta, apenas
para descobrir que ela está trabalhando com perda de cabelo?"
"Hennessy não acha que ela contou a eles. Ele acredita que ela
os está alimentando com fórmulas erradas com informações
suficientes para se manter valiosa."
"Isso faz sentido. Quando eles descobrirem que ela é inútil para
eles, sua vida não valerá um centavo, o que torna ainda mais
urgente encontrá-la."
"Quanto mais cedo, melhor... para ela e Arin. Hennessy diz que
Arin mal dormiu desde que ela foi levada e está pulando nas
sombras. Se você conhecesse Arin, isso mostra como o sequestro
de Elizabeth foi devastador para ela. Arin nunca teve medo de
nada em toda a sua vida."
"Os Last Riders verificaram se as colegas de quarto dela não

tinham nada a ver com o sequestro?"
"Sim. Shade as verificou em dois dias. O namorado da colega

de quarto também."

JAMIE BEGLEY
"Shade parece ser um cara muito legal."
"Essas são todas as perguntas que você tem sobre Elizabeth?"
Rory observou Jewell franzir os lábios em uma linha apertada.
"É o suficiente."
Ela definitivamente não estava disposta a discutir os Last

Riders. Sua lealdade para com eles era profunda.
"Boa noite, Jewell."
Levantando-se da cama, Rory pegou uma calça de moletom e

uma camiseta da mala depois de tirar o que ia vestir amanhã.
Fechando a mala, ele então pegou a calça de moletom e foi para o
banheiro privativo anexo ao quarto.
Seu queixo caiu quando viu o chuveiro. Isso o fez querer

arrancar o dele e levar o que estava prestes a usar.
O banheiro era quase tão grande quanto o quarto, a maior

parte do espaço sendo ocupada pelo chuveiro. Esteticamente
projetado para seduzir alguém dentro para fazer mais do que
tomar banho, pelo menos quatro ou mais poderiam caber dentro
confortavelmente com dois anexos de chuveiro de ducha que Rory
poderia precificar com pouco esforço, já que ele tinha um em sua
casa.
Descendo o degrau rebaixado, ele abriu a água enquanto

olhava para a vasta gama de xampus, condicionadores e
sabonetes líquidos com aromas exóticos. Lavando-se com o cheiro
menos feminino que pode encontrar, ele se deleitou sob o spray
quente. Ele pode nunca ir embora.
O cansaço de repente o atingiu depois que enxaguou o cabelo.

Desligando a água, Rory saiu para pegar a toalha que havia tirado
de um pequeno armário ao lado da penteadeira e a enrolou na
cintura antes de pegar outra do armário para secar o cabelo.

JAMIE BEGLEY
Entrando no quarto, ainda secando o cabelo, Rory estudou o

quarto sem a distração da presença de Jewell.
A cama era enorme. Aproximou-se da cabeceira da cama e

estudou a madeira grossa, depois foi até a cômoda que ficava ao
longo de uma parede, vendo que, ao contrário da penteadeira, era
preciso ter uma chave para abri-la.
Colocando a toalha em volta dos ombros, ele foi até sua mala
para tirar uma bolsa fina de couro. Lixa de unha fina na mão, Rory
voltou para a cômoda. Ele deslizou o metal no buraco da
fechadura e conseguiu abrir as duas portas.
Dando um assobio apreciativo, ele usou o metal para trancar a

cômoda de volta antes de retornar ao banheiro, onde pendurou as
toalhas e vestiu a calça de moletom e a camiseta.
Bocejando, foi até a cama para tirar a mala e a mochila antes

de se deitar, nem um pouco perturbado por estar dormindo em
um quarto que era um playground disfarçado dos Last Riders.
Este lugar superava ficar com King observando-o com seus

olhos de águia toda vez que ele tentava falar com Evie. Ele não
ficou surpreso quando King lhe mostrou a porta depois que pegou
Evie e ele compartilhando seu uísque favorito que ele pensava
estar escondido dela. Como ele deveria saber que King ficou tão
possessivo com seu uísque? Rory riu de seu humor. Se alguém lhe
dissesse que King ficaria com ciúmes de uma mulher, ele o teria
chamado de mentiroso.
Seu humor se desvaneceu ao pensar no motivo pelo qual ele

havia sido chamado. Incog era uma bagunça fodida de um ser
humano. O homem tinha fantasias que gelavam seu sangue, razão
pela qual mantinha contato com ele. Ele exibia as piores
características, às quais qualquer pessoa na indústria do sexo
ficava atenta. Rory esperava que a pessoa que estava por trás do
sequestro de Elizabeth tivesse um controle firme sobre Incog. Se

JAMIE BEGLEY
não, não havia nada que ele pudesse fazer para salvá-la. Ela já
teria ido.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Oito
O cheiro de comida acordou Jewell de um sono profundo.

Grogue pegando seu celular, ela olhou para a hora antes de rolar
de bruços para tentar voltar a dormir.
"Você não vai se levantar", ela murmurou em seu travesseiro.

"Com que frequência você foi autorizada a dormir até tarde e ficar
na cama?"
Um ronco do seu estômago a fez soltar um suspiro agravado

quando ela se levantou em uma posição sentada.
Seu relógio interno não a deixaria tirar vantagem de não ter

que trabalhar. Então, ela vestiu seu jeans desgastado favorito e
uma camiseta velha do Nickel. Caminhando até a cozinha, ela
abriu a porta vaivém.
Foda-se. Ela deveria ter ficado na cama.
Rory estava atrás do balcão, conversando casualmente com

Jesus, Puck e Ember enquanto cozinhavam.
Jewell foi até a fruteira para pegar uma maçã. "Alguma comida
já está pronta?"
"Ainda não." Ember ergueu os olhos lacrimejantes se

desculpando da tábua de cortar enquanto cortava aipo e cebola.
"Puck esqueceu de colocar as caçarolas do café da manhã quando
ele veio para a cozinha. Levará pelo menos mais trinta minutos
antes que estejam prontos."

JAMIE BEGLEY
"Não me culpe", Puck grunhiu, levantando um saco de batatas

sobre o balcão. "Eu estava lutando com a porra do peru para
colocá-lo na porra do forno. Jesus deveria fazer isso."
Jewell riu quando Jesus jogou uma fatia de pão em Puck. Puck
o pegou e jogou de volta.
"Eu vejo por que o café da manhã não está pronto." Jewell deu
uma mordida em sua maçã. Então, aproximando-se de Jesus, ela
pegou a fatia de pão antes que ele pudesse colocá-la na torradeira
e a jogou na lata de lixo.
"Onde estão todos?" Jewell deu outra mordida na maçã.
"Fora. Os gêmeos queriam mostrar suas bicicletas."
"Precisa de ajuda?" Ela ofereceu.
"Não", Jesus disse, colocando pão na torradeira. "Acredite ou

não, nós temos tudo sob controle."
Saindo da cozinha, ela foi até o armário na sala principal para

tirar o casaco. Colocando-o, ela saiu para ficar na varanda e
assistir as crianças do clube passearem pelo estacionamento.
Jewell se perguntou qual dos irmãos daria ao filho sua primeira
motocicleta.
A abertura da porta da frente fez Jewell se virar. Vendo que era

Rory, ela voltou a assistir os Last Riders.
"Eles são muito próximos, não são?" Rory disse, movendo-se

ao lado dela para assistir.
"Todos nós somos."
"Então por que você não está lá embaixo com eles?"
"Porque estou esperando Puck ou Jesus colocar fogo na casa."
"Eu argumentaria com você que não é verdade, mas já tive que
ajudá-los a lançar dois." Ele riu. "Quem teve os gêmeos?"

JAMIE BEGLEY
"Razer e Beth."
"Eles parecem difíceis."
Os meninos estavam se revezando pulando de uma rampa que

um dos irmãos havia montado para eles. Noah estava tentando
subir a rampa antes que a bicicleta de Chance tocasse a calçada.
Rider estava segurando a parte de trás do assento até que Chance
partiu.
"Serem difíceis não começa a descrever os problemas em que

eles se metem. Sempre temos um churrasco para o Quatro de
Julho com fogos de artifício depois. Eles decidiram que não
queriam esperar até que os irmãos dissessem que era hora e
começaram o show eles mesmos. Razer trancou os fogos de
artifício na sala de segurança da fábrica. Nenhum dos irmãos
conseguiu descobrir como conseguiram pegá-los."
"Alguém se machucou?"
"A mão de Shade ficou queimada. Foi ele quem descobriu que
os fogos de artifício estavam faltando quando foi à fábrica para
pegá-los."
"Quem você acha que os pegou?
"Nem imagino. Qualquer uma das crianças poderia tê-los

pegado e dado a Noah e Chance. Sem dúvida, porém, eles eram os
líderes. Só não sabemos se eles foram os culpados que os
pegaram."
"Ah... Então, ainda é um mistério?"
"Para nós. Tenho certeza de que o pai deles sabe e não

denunciou o filho para os irmãos." Jewell acabou com sua maçã,
colocando o caroço no corrimão para jogar fora quando ela
entrasse.
"Quem são seus suspeitos?"

JAMIE BEGLEY
Jewell não pôde deixar de ser atraída para o jogo. "Noah,

Chance, John e Clint. Descartamos Clint porque ele é muito
jovem."
"Então, esta é uma investigação em andamento?" Ele brincou.
"O culpado ainda não foi responsabilizado. Viper ofereceu uma

recompensa para a pessoa que nos levar à sua captura."
"Qual é a recompensa?"
"Uma semana de folga se for um adulto; ou uma motocicleta de

criança, se for uma das crianças que fornecer a informação",
Jewell disse a ele.
Observar as crianças brincando com seus pais aliviava a

depressão que ela estava sentindo. Era difícil estar de mau humor
com o riso flutuando para eles.
"Por que a garotinha não é suspeita?"
Jewell olhou para onde Rory apontava. "Aquela é Aisha, filha

de Viper. Os meninos são corajosos, mas não são corajosos o
suficiente para enfrentar Viper se a arrastarem para seus planos."
"Os meninos são inteligentes e astutos. Estou surpreso que

eles não tenham recebido motos pequenas no Natal em vez de
bicicletas normais."
"Não seria uma grande recompensa se algum dos meninos já

tivesse motocicletas."
Rory inclinou a cabeça para o lado. Jewell riu.
"Razer não está pronto para deixar seus hooligans andarem na

estrada aberta, mesmo com todos os irmãos andando atrás deles.
Shade sabe que se ele der uma a John, seria apenas uma questão
de tempo até que um dos gêmeos o convencesse a deixá-los
montá-la."

JAMIE BEGLEY
"Eu vejo de onde as crianças tiraram seus cérebros. Pai

inteligente."
Jewell apontou para a estrada ao lado do estacionamento. "A

estrada não é muito movimentada. A maioria dos habitantes da
cidade obedece ao limite de velocidade. Esta é a única outra saída
de Treepoint. Leva à Virgínia Ocidental. Ocasionalmente,
recebemos motoristas que subestimam o quão perigosas são as
curvas e a velocidade. Vários motoristas não fizeram as curvas e
acabaram no hospital ou no necrotério. Cash, um dos irmãos que
você não conheceu, que estará aqui mais tarde hoje, saiu da
estrada e quase morreu." Jewell estremeceu só de pensar nisso.
"Nenhum dos meninos vai ganhar uma moto até que provem que
serão responsáveis. Acho que os fogos de artifício foram apenas
uma desculpa para deixar os pais fora do gancho."
"O que acontecerá se for uma das crianças a reivindicar a

recompensa?"
"Eles não vão." Jewell balançou a cabeça. "Nunca

descobriremos quem os pegou."
Rory deixou de observar o estacionamento. "Por que não?"
"Como você disse, as crianças puxam os pais. Não há um irmão

que denunciaria o outro, independentemente do que eles façam."
"Ao não lhes dar uma moto, eles estão ensinando-os a cuidar
um do outro?" Rory supôs.
"Basicamente isso."
"Como eles ganharam sua lealdade?"
O sorriso desapareceu de seu rosto, então ela se virou para a

porta.
"Está frio aqui; você deveria colocar uma jaqueta se for ficar do
lado de fora", ela disse friamente antes de entrar.

JAMIE BEGLEY
Jewel iria para o túmulo antes de contar a alguém o que os

Last Riders tinham feito para merecer sua lealdade. Eles a
protegeram quando ninguém mais o faria, antes mesmo que ela
fosse um deles. Nenhum deles pediu nada em troca de sua ajuda
quando estava muito quebrada para se importar se ela vivia ou
morria.
Quando a morte veio para ela, não só eles se colocaram na

frente dela, mas fizeram a vida valer a pena ser vivida novamente.
Era por causa deles que ela não precisava se preocupar com
quem a protegeria se seu mundo descontrolasse novamente, que
ela podia dormir à noite sem acordar com pesadelos e, mais
importante, ela nunca teria que ficar sozinha. Ela nunca deixaria
os Last Riders mais do que um vampiro se aventuraria durante o
dia. Eles a tornaram invencível, e nenhum homem se aproximaria
dela o suficiente para fazê-la querer quebrar seus laços. Tão
quebrada quanto ela esteve uma vez, eles a pegaram e a colaram
de volta. Rory pode ser gostoso, foder como um sonho, e ter uma
bunda rivalizando com a de Reaper, mas até que uma tatuagem
dos Last Riders seja feita em sua pele, era melhor ela encerrar
qualquer tentativa de conhecê-lo melhor. Algumas portas eram
melhores deixadas fechadas em vez de se aventurar do lado de
fora para ver o que estava esperando.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Nove
"Importa-se de eu me juntar a você?"
Jewell desviou os olhos da janela para ver Rory segurando um

prato de comida. "Sim."
Ignorando-a, ele se sentou à mesa.
Jewell largou o garfo no prato. "Eu disse sim. Significa que eu

me importo."
"Esta é a única cadeira disponível; você prefere que eu fique em

pé?"
Olhando ao redor, ela viu que Rory estava dizendo a verdade.

Ela estava tão perdida em pensamentos que não percebeu que não
havia mais assentos.
Continuando a comer em silêncio, ela decidiu terminar sua

refeição e desaparecer no andar de cima para assistir à Netflix até
adormecer. De manhã, ela iria de carro para Ohio e passaria o
resto de sua folga do trabalho lá até depois do Ano Novo.
Olhando para cima de seu prato, ela viu Rory olhando para Lily
enquanto ela se movia pela sala de jantar, oferecendo sobremesas
de uma bandeja. Rory não tirou os olhos de Lily enquanto ela se
aproximava da mesa deles.
"Você gostaria de uma sobremesa?"

JAMIE BEGLEY
Jewell pegou uma fatia de torta de maçã enquanto Rory

levantava um pedaço de bolo.
"Parece delicioso, obrigado." Seu olhar se fixou em Lily

enquanto ela estava ao lado de sua mesa.
"Onde está Shade?" Colocando a torta na mesa, Jewell também

pegou uma fatia do bolo.
"Ele recebeu um telefonema." Lily fez uma careta. "Os meninos

e eu deveríamos esperar que ele terminasse, mas então John e
Clint viram Noah e Chance saindo de casa e me imploraram para
trazê-los."
Uh-oh. Shade não ficaria feliz com isso.
Lily não parecia perturbada por ter deixado Shade para trás. A
mão de Jewell apertou o garfo. Na verdade, Lily estava
praticamente brilhando. Percebendo por que, Jewell quase se
contorceu em seu assento. A cadela sortuda passaria a noite
fazendo as pazes com Shade porque ela o desobedeceu. Ela não
precisava perguntar o que Lily daria a Shade no Natal.
Lily lançou um olhar furtivo para a porta para se certificar de

que Shade não havia entrado antes de se afastar para outra mesa
com o olhar de Rory ainda preso nela.
"Eu não deixaria Shade pegar você olhando para Lily", ela
avisou. "Você seria aquele que precisaria de um pouco de sorte se
um dos irmãos disser a ele que você está fodendo ela com os
olhos."
Rory lentamente voltou seu olhar para ela.
"Não estava fodendo ela com os olhos. Ela me lembrou alguém,

e eu não consegui descobrir quem até que ela se aproximou e eu
pude ver seus olhos."
"Eu manteria a observação para você."

JAMIE BEGLEY
"Eu planejei isso." Rory deslizou o garfo pelo bolo enquanto o

tom de sua voz mudava. "Para sua informação, quando eu fodo
uma mulher, elas estão a uma distância de fala."
A voz dele a atravessou com a mesma facilidade com que seu

garfo deslizou pelo bolo. O tom sensual fez com que seus dedos se
enrolassem em seus sapatos.
Recolhendo os pratos, Jewell se levantou, deixando a mesa

abruptamente. Colocando as sobremesas de lado no balcão, ela
colocou o restante na pia.
Percebendo com quem ela queria falar, Jewell caminhou até a

mesa no meio da cozinha e tirou Freddy dos braços de Ginny,
puxando o bebê para o colo de Reaper. Então, agarrando o braço
de Ginny, ela a puxou para fora da cadeira. "Nós precisamos
conversar."
Os olhos de Ginny se arregalaram. "Não pode esperar até que

eu termine de comer?"
Jewell começou a puxá-la para a porta lateral que levava para

fora quando Reaper entregou seu filho a Viper e começou a se
levantar.
"Jewell, que porra é essa?"
Ginny levantou a mão para detê-lo. "Está tudo bem, Gavin.

Acho que sei sobre o que ela quer falar. Não vamos demorar
muito."
Fechando a porta com o salto do sapato assim que saíram,

Jewell soltou Ginny de seu aperto. ""Você disse ao Reaper que
sabia sobre o que eu queria falar!" Jewell cuspiu. "Eu não quero
falar." Jewell puxou a manga do seu suéter até o cotovelo. "Aperte
o cinto, orelhas de coelho; Estou prestes a bater na sua bunda."
"Pare de gritar!" Ginny sibilou. "Eles ouvirão você lá dentro."

JAMIE BEGLEY
"Tudo bem, para mim." Jewell puxou o outro braço de seu

suéter e assumiu sua posição de luta. "Eles não serão capazes de
me tirar de você antes que eu dê alguns socos."
Ginny deu um passo para trás. "Eu não vou lutar com você.
Não entendo por que você está tão chateada. Já lhe disse que
alguém novo entraria em sua vida. Em vez de tentar lutar comigo,
você deveria estar lá conhecendo-o melhor."
"Você me enviou um gigolô para deixar o campo de jogo aberto

para você pegar o Reaper!"
"Eu já estava grávida de Freddy!" Ginny parou de recuar. "Você

ia se mudar para Ohio", ela a lembrou. "E eu não o enviei. Ele é o
único destinado a você. Não acho que chamá-lo de gigolô seja
educado só porque..."
"Eu o chamei de gigolô porque é isso que ele é. E eu nunca

acreditei em impostores-mágicos em minha vida!" Jewell
vociferou, acenando com a mão na frente de seu rosto. "Por que,
na terra verde de Deus, escutei você em primeiro lugar?"
Ginny agarrou a mão esfolada de Jewell. "Porque, no fundo,

você sentiu que ele estava vindo..."
"Acredite em mim; não estava sentindo nada além de ciúmes

da sua bunda."
Ginny a puxou para ela e começou a sacudi-la. Choque puro

era a única explicação que Jewell podia dar para ela não bater em
Ginny.
"Você está me sacudindo?"
"Estou tentando agitar algum sentido em você." Ginny a soltou

e deu um passo apressado para trás. "Se você tirasse a cabeça da
bunda, perceberia que recebeu um presente que a maioria das
mulheres não tem."

JAMIE BEGLEY
"Então você fica com Rory, e eu com Reaper. Parece justo para
mim."
Ginny levou as mãos aos quadris. "Dê uma chance a ele. O que
você esperava…"
"Eu esperava um maldito Last Rider!" Furiosa, Jewell começou

a voltar para dentro quando viu o mar de rostos observando-as
pelas janelas. "Ou alguém que poderia ser um. Olhe para as unhas
dele, estão bem cuidadas. Aposto que Aisha poderia vencê-lo em
uma luta."
"Jewell, por favor, dê uma chance", Ginny implorou. "Reaper

trouxe um presente de Natal para você. Deixe-me pegar…"
"Fique com ele. Você conseguiu tudo o que eu queria, de

qualquer maneira." Drasticamente, Jewell olhou para ela por cima
do ombro.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Dez
Odiando cada alma viva, Jewell passou pela cozinha,

silenciosamente desafiando qualquer um a dizer uma maldita
palavra. Ela caminhou pelo clube e, em seguida, bateu os pés em
cada um dos degraus.
Em seu quarto, ela pegou sua bolsa e a mala que já havia feito
para Ohio. Rolando-a para fora da sala, ela estava no meio do
corredor quando Viper virou a esquina.
"Antes que você diga qualquer coisa, eu sei que fiz papel de
idiota. Vou me desculpar com Ginny antes de sair."
"Eu não ia dizer nada. Ia apenas carregar sua mala para você."
Seus ombros caíram. "Você está me expulsando do clube?"
"Não. Eu só queria levar a mala para você. Às vezes você só

precisa de alguém para carregar uma carga para você."
Jewell podia sentir seu rosto enrugar. Apoiando a cabeça no

peito de Viper, ela começou a chorar. "Por que ele não podia me
amar? Eu tentei tanto. Eu o lamentei mais do que sua noiva
jamais fez."
"Eu sei." Viper descansou suas mãos em seus braços, mas ele
não a envolveu em seus braços. "Não doerá tanto assim para
sempre."

JAMIE BEGLEY
"Posso lidar com a dor; é o quão feliz ele a está fazendo que eu
não posso suportar. Sei como Bliss se descontrolou, e se eu não
sair, eu vou também."
"Você não considera o que acabou de fazer descontrole?"
"Não. Não destruí uma das coisas favoritas de Ginny, e não

farei nada contra Reaper, apesar de eu dizer a ela que faria."
"Pode ser melhor se você parar de me contar as coisas que você

disse a ela."
Jewell levantou a cabeça do peito de Viper. "Vou falar com ela."
"Pode esperar até você voltar de Ohio. Reaper pode não ser tão
compreensivo."
"Não vou voltar. Eu ficarei lá."
"Falaremos em alguns dias."
Ele levantou a mala e eles desceram.
"Vou falar com Ginny", ela disse a Viper quando ele foi abrir a
porta da frente.
"Você está patinando em gelo fino."
"Eu sei, Viper. E não vou sair com isso pairando sobre minha
cabeça."
Colocando sua bolsa na mesa de entrada, Viper deixou a mala

na porta enquanto eles voltavam para a cozinha. Ginny havia
retomado seu lugar na mesa.
"Eu sinto muito. Agi como um idiota. Peço desculpas."
"Não precisa se desculpar."
O sorriso amigável e o perdão de Ginny a fizeram querer se

matar. A mulher poderia transformar um leão da montanha em
mingau.

JAMIE BEGLEY
Reaper não era tão indulgente. "Precisa. Ela…"
"Jewell estava apenas desabafando." Ginny colocou a mão no

braço de Reaper, que estava segurando seu filho. Ele estava dando
a ela um olhar de advertência que ela não interpretou mal… um
passo errado, e ela poderia dar um beijo de despedida em seu
relacionamento com os Last Riders. "Eu posso ter feito isso
sozinha uma vez ou duas. Quantas vezes eu fui atrás de você?"
Ginny riu. "Estamos todos bem."
Jewell olhou para a mulher, odiando a si mesma. Então,

sacudindo sua auto aversão, pelo menos até que ela estivesse na
privacidade de seu carro, ela deu a todos na cozinha um sorriso
falso.
"Vou pegar a estrada antes que comece a nevar novamente.

Vejo vocês no ano que vem."
Antes que ela pudesse sair da cozinha com o orgulho que lhe
restava, Ginny se levantou da mesa para puxá-la para um abraço.
"Feliz Natal, Jewell, e tenha um feliz ano novo!"
Jewell a abraçou de volta. "Você também, Ginny."
Sem querer, Jewell viu Rory levando seus pratos para a pia.
Deixando Ginny ir, ela foi até a sala de jantar para se despedir
das pessoas antes de voltar para a porta da frente.
Viper tinha seguido atrás dela. Ele pegou a mala e foi até a
porta. Abrindo a bolsa, Jewell começou a tirar as chaves do carro,
mas não conseguiu encontrá-las, então abriu mais a bolsa para
procurar.
Viper, segurando a porta aberta, olhou para ela

interrogativamente. "Algo errado?"
"Não consigo encontrar minhas chaves." Jewell foi até o pino

de chaves montado ao lado da porta quando Viper fechou a porta.
Elas também não estavam lá. "Vou verificar meu quarto."

JAMIE BEGLEY
Ela correu escada acima para seu quarto e verificou a cômoda,

então sua mesa de cabeceira. Não conseguia entender por que as
chaves não estavam em sua bolsa. Ela nunca tinha perdido suas
chaves.
"Jewell, se importa se usarmos seu quarto?"
Virando-se ao som da voz de Shade, ela viu os irmãos e Rory

alinhados no corredor atrás dele.
"Vá em frente. Sairei do seu caminho assim que encontrar

minhas chaves."
Os rostos dos irmãos estavam sombrios enquanto eles

entravam no quarto.
Seu coração parou. Eles estavam aqui para dizer que ela estava
sendo expulsa do clube? Com Rory lá, ela não pensava assim.
"Você precisa que eu vá embora?"
"Não. Você também pode ouvir isso."
Esquecendo suas chaves por enquanto, Jewell encontrou um

lugar vazio no sofá ao lado de Nickel e Moon.
Shade estava na frente do quarto onde todos podiam vê-lo.

"Acabei de falar ao telefone com Jonas e Hammer. Incog recebeu
a ordem de transferir Elizabeth amanhã. Ele está recusando a
ordem, dizendo que quer movê-la em três dias. Pelas respostas
curtas do responsável pelo sequestro, ele quer que suas ordens
sejam seguidas. Até agora, Incog não está brincando."
Shade olhou para Rory. "Alguma ideia?"
"Algumas. Incog é um Dominante que está procurando por um

escravo. Ele me pediu conselhos várias vezes sobre como
encontrar um. De algumas das coisas que ele me enviou depois
das minhas sessões que assistiu, Incog quer infligir mais dor do
que prazer. Elizabeth é o sonho dele realizado, uma mulher sob
seu domínio direto sem poder escapar."

JAMIE BEGLEY
Jewell quis vomitar com a expressão no rosto de Reaper. Sua

mão foi para o ponto de pressão sob seu pulso para combater a
sensação.
"Acho que, neste momento, o bem-estar dela depende das

repercussões que ele está disposto a arriscar vindas da pessoa que
a colocou sob seus cuidados."
Shade foi o único no quarto que permaneceu impassível

enquanto Rory falava.
"Incog não deve dar a mínima porque ele está argumentando

de volta. Hammer me mandou uma mensagem dizendo que Incog
não respondeu sua última mensagem."
"Ele está mostrando seu domínio sobre eles", Rory raciocinou.

"Qualquer tentativa de tirar o controle dele pode ter um efeito
desastroso para Elizabeth."
Rory esfregou o crescimento de sua barba enquanto falava

suas interpretações das ações de Incog em voz alta.
"Eu não queria me desviar do cronograma que postei, mas se o

fizesse, poderíamos redirecionar seu foco para algo mais acessível,
o que não teria repercussões para ele."
Jewell captou o aceno de compreensão compartilhado entre

Shade e Rory.
"Você quer oferecer a ele uma nova escrava."
"Exatamente", Rory disse para Shade. "Posso dizer que ela

falhou comigo e precisa de um Mestre mais forte."
"Você está minimizando seu próprio domínio sobre ela, e vai

construir a autoestima dele, mostrando que está disposto a
confiar nele para fazer algo que você não pode."
"Sim. O problema é que ele não nos deixaria entrar a menos

que eu fosse com uma mulher. Você também terá que repensar
seu plano de jogo. Se eu levar uma mulher lá, não sairei sem ela,

JAMIE BEGLEY
então você tem que fazer seu plano de ataque enquanto ainda
estamos dentro. Na verdade, funciona melhor. O Incog estará mais
focado no que estamos fazendo do que no que estará acontecendo
lá fora."
"Killyama seria a melhor escolha por causa de seu passado",

Viper disse.
"Porra, não", Train falou. "Ela está grávida."
"Se você tivesse me deixado terminar. Eu estava me

preparando para dizer isso. Evie seria outra boa escolha, ela
esteve no exército e pode se virar sozinha. Mas isso seria
impossível já que King ouviria o que isso implicaria, e não
podemos perguntar de qualquer maneira; ela tem filhos."
Shade surgiu com outra opção.
"Posso perguntar ao Hammer se ele conhece alguém que

possamos usar como isca."
"Você não precisa. Eu vou fazer isso."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Onze
"Não", Reaper e Viper falaram simultaneamente.
"Vou perguntar a Hammer," Viper declarou irrevogavelmente.
Jewell se levantou, sem vontade de aceitar um não como

resposta. "Se Rory vai atraí-lo, ele precisa fazer isso o mais rápido
possível. Isso significa hoje. A menos que Hammer tenha alguém
disposto a intervir na próxima hora, que outra escolha vocês têm?"
Centrando seu argumento em Shade, Jewell procurou

convencê-lo. O pensamento de Elizabeth estar à mercê de um
Dominante que causava dor deixou-a determinada a fazer
qualquer coisa que pudesse para ajudar. Ela não tinha sido capaz
de fazer porra nenhuma para ajudar Reaper, mas Elizabeth, ela
podia.
"Eu posso fazer isso, Shade. Você sabe que eu posso."
"Shade?" Viper perguntou, buscando a opinião de seu

executor.
Em vez de responder, Shade a encarou. "Tem certeza de que

quer fazer isso?"
"Eu posso levar qualquer coisa que ele preparar." Jewell

ignorou o olhar de Rory quando ela fez a afirmação.
"Essa é a minha hesitação."
"Shade, por favor, deixe-me."

JAMIE BEGLEY
"Ela está certa; não temos muita escolha. E sinceramente,

confio em Jewell para usar seu julgamento para proteger Elizabeth
e ela mesma se as coisas derem errado. Ela pode sair de qualquer
estrangulamento ou cordas colocadas nela."
"Idealmente, eu preferiria usar uma sub que eu conheça. No

entanto, quero dar a Incog um incentivo para nos convidar para
sua casa. Nem Geena nem Nora fornecerão esse incentivo." Rory
estava conversando com os irmãos antes que seu olhar parasse
nela. "Se você tem certeza de que quer ir com Jewell, devemos
começar a nos preparar. Eu tenho meu equipamento no carro."
"Você pode usar o quarto em que ficou na noite passada",

Shade sugeriu.
"Funciona para mim." Rory começou a manobrar através dos

irmãos. "Quanto tempo mais os outros ficarão na casa?"
"Mais uma hora", Shade disse a ele. "Depois que todos comem,
nossas esposas e nós normalmente voltamos para nossas casas.
O resto do clube costuma passar a noite festejando. Eles não vão
incomodá-lo. Hammer e Jonas podem monitorar a transmissão ao
vivo e, se você conseguir que Incog o convide, podemos definir
nossos planos de qual a melhor maneira de tirar todos vocês."
Viper se moveu para ficar na frente dela. "Você tem certeza de

que quer fazer isso? Será real."
"Eu disse que tenho. Você me conhece, Viper; Não tenho um

osso tímido no meu corpo. Eu quero ajudar Elizabeth."
Viper não parecia feliz, e quando ele se afastou, Jewell viu que
Reaper também não estava. No entanto, ao contrário de seu irmão,
ele manteve distância.
"Se todos estiverem no mesmo campo de jogo, vou pegar

minhas coisas."

JAMIE BEGLEY
"Eu vou me trocar. Alguma sugestão?" Ela perguntou a Rory

antes que ele pudesse sair enquanto o resto dos irmãos saíam. Ela
foi até o armário e abriu a porta. "Faça sua escolha."
Ela então ficou de lado quando Rory entrou em seu closet e viu
a grande quantidade de roupas penduradas nas araras.
A mão de Rory pairou sobre as roupas sem tocá-las até que ele
chegou a um body de couro creme. Tirando o cabide da arara, ele
o entregou a ela.
"Isso vai servir." Seus olhos foram para o cinto e punhos BDSM
de couro rosa, arreios da mesma cor que se encaixavam na cintura
e nas coxas. Ela tinha o mesmo equipamento em vermelho, azul e
preto, cada um preso em um gancho na parede. "Isso é para vestir
ou usar?"
"Depende de quem eu estou fodendo." Jewell não escondia que

gostava de BDSM, mas era exigente quanto ao Dom com quem
estava. Suas preferências sexuais eram Shade, Lucky e Moon. Os
momentos divertidos que ela teve com Shade e Lucky acabaram
quando eles se apaixonaram por Lily e Willa, no entanto. Moon
era muito bom, mas nenhum deles queria estender seu jogo para
outra coisa além de satisfazer suas necessidades.
Com todos os três, ela nunca se uniu a eles o suficiente para

querer um verdadeiro relacionamento de escravo e mestre. O mais
perto que ela chegou foi com Shade, que ela ainda sentia falta pra
caralho, mas sempre ficou claro que ele não estava procurando
uma escrava permanente sob seu controle. Bliss tentou ao
máximo mudar sua mente, mas como um verdadeiro Dom, ele não
se moveu. Especialmente depois que conheceu Lily.
Jewell tomou um banho rápido. Para economizar tempo, ela

trançou o cabelo molhado. Vestindo o body, ela se afivelou no
arnês em sua cintura e coxas, deixando os punhos pendurados ao
seu lado. Ela foi até a cômoda e tirou um roupão azul e felpudo

JAMIE BEGLEY
que ia até os joelhos. Coberta, ela não mostrava nenhum indício

do que estava vestindo por baixo.
Pegando seu celular, ela desceu as escadas, não vendo

ninguém até chegar na cozinha, onde Shade e Lily ainda estavam
sentados à mesa, comendo.
Ember e Jesus a olharam enquanto ela descia os degraus em

direção ao porão. Ela teria que dar uma explicação para Ember.
Sua amiga ficaria preocupada que ela estivesse quebrando uma
regra por estar com Rory.
Inferno, ela não estava em êxtase por ser colocada nesta

posição. Assim que Elizabeth estivesse livre, ela explicaria às
outras mulheres o que estava acontecendo.
A porta de Rory estava escancarada. Olhando ao redor, ela viu

que ele havia colocado uma câmera em um tripé vários
centímetros na frente da parede lateral. Ele também havia
empurrado o sofá e a cadeira para o lado. Ao lado da câmera havia
um anel de luz. Ele usou a cômoda para colocar seu laptop
conectado a um monitor que ele deve ter conseguido de Shade.
Ouvindo um som no banheiro, ela virou a cabeça para ver Rory

abrindo a porta. Cada músculo do seu corpo ficou tenso.
Ele estava vestindo calça de couro preta que se agarrava a ele

como uma segunda pele. Sua boca ficou seca quando ela pode
discernir o contorno do seu pau atrás do material escuro.
Enquanto ele se movia em direção a ela, Jewell relutantemente

levantou os olhos para ver a camisa preta e branca sob o colete
preto que ele estava vestindo, deixando-a desabotoada até o peito.
Ela podia ver um medalhão pendurado em um cordão de couro.
Conseguindo não engolir a língua, Jewell queria ter um ataque

de cadela. Como ela deveria permanecer fria quando tudo o que
queria fazer era escalá-lo como um maldito tronco de árvore?

JAMIE BEGLEY
A realidade a atingiu quando ele colocou sua mala na cama e

começou a tirar bolsas de couro preto. Assim que Elizabeth fosse
libertada, ele iria embora.
Não importaria, de qualquer maneira. Ele não era um Last

Rider.
A vontade de ferro que a manteve sã durante os anos mais

sombrios de sua vida voltou com força total. Ela nunca conseguiu
nada que realmente quisesse, e Rory não seria a exceção. Mesmo
que por algum milagre ele se tornasse um Last Rider, Jewell
apostaria seu último dólar que outra mulher colheria o benefício.
Exceções eram feitas para as boas meninas, não para as que

nasceram para serem más.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Doze
Rory fingiu estar concentrado em colocar seu equipamento na

cama que arrumou antes de subir. Ele estava tão familiarizado
com seu equipamento que poderia organizá-lo com os olhos
vendados. Em vez disso, ele aproveitou o tempo para estudar
Jewell.
Tudo nela era uma contradição. Quando falava com ele, ela
parecia distante, confiante e uma destruidora de bolas. No
entanto, durante a festa de Natal de ontem, ele observou a
maneira como ela interagia com as crianças. Sua familiaridade
com eles mostrou um lado mais gentil dela. Chance e Noah
correram até ela para mostrar seus brinquedos. A filha de Shade
se aconchegou em Jewell enquanto Lily abria seus presentes.
Cada criança na sala inevitavelmente encontrou seu caminho até
ela para obter um sorriso genuíno e um toque amoroso.
Mais de uma vez, as crianças lhe mostravam o verdadeiro

caráter das pessoas. O caráter de Jewell exibido em relação às
crianças estava muito longe do que ele via quando ela falava com
ele, ou qualquer outro adulto na sala.
Com os Last Riders que eram casados, ela era amigável, mas
não excessivamente para que alguém pudesse interpretar mal seu
relacionamento com ela como mais do que platônico. Com os Last
Riders masculinos que não eram casados, era mais difícil
discernir.

JAMIE BEGLEY
Ele pegou vários olhares de lado entre ela e Nickel, Moon, Puck
e Jesus quando eles trocaram presentes. Não houve hesitação
entre eles quando se sentaram no sofá hoje. Ele até viu Nickel
colocar a mão na coxa de Jewell quando ela se ofereceu, como se
ele não quisesse que ela o fizesse. Moon estava de pé atrás dela e
colocou as mãos em seus ombros.
Raciocinar que Jewell teve um relacionamento íntimo com os

homens em algum momento ou atualmente não o incomodava. Ele
não ia atirar pedras em ninguém. Merda, ele não construiu seus
seguidores vivendo em uma casa de vidro.
Posicionando seu equipamento do jeito que queria, Rory deu a

volta na cama, ainda sem fazer contato visual com Jewell, para
remover o porta-retratos da parede. Movendo-o para fora da vista
da câmera, ele se moveu para ficar na frente de Jewell antes de
finalmente encontrar seu olhar.
"Normalmente, com uma submissa, discutimos os papéis que

cada um de nós desempenharia. Para isso, vou ter que fazer o que
acredito que tirará qualquer pressão de Elizabeth e dará a Incog
um novo foco. Para fazer isso, tudo o que você precisa fazer é me
ignorar e olhar para a câmera desafiadoramente. Praticamente a
mesma expressão que você está me dando agora."
"Moleza", ela retrucou. "Vamos continuar com isso. Está

congelando aqui. Você desligou o aquecimento?"
"Sim." Ele foi até a câmera para ajustar as configurações. "Eu

vou te dizer quando entrarmos ao vivo. Vá em frente e tire seu
robe."
Rory observou pelas lentes da câmera enquanto Jewell tirava o

robe. Puta merda, ele estava feliz por ter feito a sugestão com a
câmera escondendo sua expressão. Jewell no body creme e cinto
BDSM cor-de-rosa daria uma ereção a um homem morto.
"Você pode ligar o aquecimento novamente, então?"

JAMIE BEGLEY
Movendo-se de trás da câmera, ele pegou seu robe, dobrando-

o cuidadosamente antes de colocá-lo na cama.
"Eu não posso. Preciso do efeito."
Seus olhos se estreitaram nele, e então ela olhou para si

mesma. Através de seu body creme, a sombra de seus mamilos
pontudos podia ser vista.
Um sorriso puxou seus lábios com o olhar obsceno que ela deu
a ele ao perceber por que o aquecimento havia sido desligado.
"Os homens são tão idiotas."
Ele foi até o computador e digitou seu login. "Todos os homens

em geral? Ou alguns homens em particular?"
Jewell apontou para a câmera. "Homens que precisam dessa

forma de entretenimento para gozar."
"Meu público é masculino e feminino. Não há nada de errado

em usar estimulação visual para ficar excitado. Tudo em nossas
vidas usa estimulação visual para nos levar a agir. Seja comendo,
andando e sim, querendo fazer sexo. As ações criam uma causa e
efeito para aliviar a necessidade que estamos tentando satisfazer.
Portanto, você come primeiro com os olhos. Você vê uma mulher
ou um homem atraente. Cada um tem uma reação que pode ser
satisfeita de maneiras diferentes. Qualquer coisa que seja mal
utilizada e colocada em destaque, mancha a todos com o mesmo
pincel."
"Basicamente, você está dizendo que nada na vida é ruim se

for feito com moderação; é o excesso que vai acabar com você."
"Sim. Pelo menos é assim que me sinto." Ele encolheu os

ombros. "Ou eu poderia estar apenas inventando desculpas para
justificar meu modo de vida."
"Você costuma procurar motivações para fazer as coisas?"

JAMIE BEGLEY
"Gosto de ser real com todos. Dessa forma, eu não sou mordido
na bunda."
"Ou levará um tiro quando alguém não receber o valor do seu

dinheiro de você."
"Nunca tive um cliente insatisfeito", disse ele bem-humorado.

"Por favor, estenda seus braços."
Seus olhos verdes brilharam com rebelião, mas ela obedeceu

ao seu pedido.
Chegando ao seu lado, Rory levantou as algemas rosa para

seus pulsos e as fechou. Dobrando-se de joelhos, ele então
prendeu cada uma das algemas das coxas. Manter os dedos firmes
por estar tão perto da junção de suas coxas o fez imaginar uma
cena diferente, uma em que sua boca estava lambendo a pele
levemente bronzeada que ele podia ver através do material
transparente de seu body.
Impessoalmente, ele verificou os clipes de metal para ver o

quão resistentes eles eram. Alguns dos arreios vendidos como o
que Jewell estava usando eram mais decorativos do que úteis.
Estes não eram. Eles eram o negócio real e deveriam ser usados
para conter o usuário. Os clipes seguraram quando ele os puxou.
Estudando a pele sob o metal, Rory avaliou quando sua pele

mostraria o efeito do que ele estava fazendo. Soltando o metal, ele
se levantou para se afastar um passo.
"Fique em posição. Estou me preparando para começar", ele

disse quando conseguiu controlar sua voz. Rory não deu nenhuma
pista sobre a posição que ele queria que ela tomasse, curioso para
ver se ela conhecia a posição correta.
Caindo de joelhos, Jewell colocou as mãos ao lado dos joelhos,

palmas para cima. Seguindo a instrução que ele lhe dera, em vez
de abaixar a cabeça, ela estava olhando desafiadoramente para a
câmera.

JAMIE BEGLEY
Abruptamente, ele voltou para o teclado, agradecido por ter

colocado um lençol sobre o espelho, preocupado que qualquer
clarão atingisse o monitor.
Jewell era puro maldito fogo, e tudo o que ele queria fazer era
ser consumido por ela até que não houvesse mais nada dele. Ela
poderia manter o que restasse dela. Na verdade, ele não planejava
que nada restasse dela.
Sua antipatia por ele não o perturbava. O que aconteceu foi

que Jewell parecia gostar apenas dos Last Riders, ou seja, Reaper.
Seus sentimentos por Reaper não iriam detê-lo, nem os
relacionamentos íntimos que ela tinha com os outros homens.
Pouco a pouco, ela vai voltar, pensou confiante. Ele tinha um

conjunto de habilidades que os Last Riders não seriam capazes de
combater. Ao observá-los, ele foi capaz de reconhecer os
verdadeiros Dons entre eles. Dois eram casados, e os outros dois
não deviam ter aproveitado a oportunidade para fazer da bela
mulher sua escrava, ou ela teria pedido permissão antes de se
apresentar como voluntária. Do outro lado da moeda, nenhum dos
Last Riders a impediu de fazer isso. Se ela fosse dele, não haveria
como ele deixar outro Dom fazer uma cena com Jewell sem ele
estar presente, independentemente de qual vida estivesse em jogo.
Ela era uma joia rara com diferentes facetas de dimensões, que
passariam despercebidas por aqueles que não quisessem olhar
sob a superfície.
Felizmente para ele, os Last Riders não.
A experiência o ensinara a observar, e ela era um prêmio, se

conquistado, que encheria o portador de riquezas inesperadas.
Embora tudo o que ele fizesse fosse baseado no valor financeiro,
havia uma área em que ele não podia ser comprado.
Seu corpo podia ser comprado com dinheiro vivo e frio, mas no
que dizia respeito ao seu coração, era preciso paixão. Cada
movimento sensual do seu corpo mostrava que ela tinha isso de

JAMIE BEGLEY
sobra. O truque era fazer com que essa paixão se concentrasse

nele, e não nos Last Riders. Ele gostava dos Last Riders, mas não
estava acima de jogar sujo para conseguir o que queria, e ele
queria Jewell. Felizmente para ele, Rory não tinha princípios para
segurá-lo. Por bem ou por mal, Jewell pertenceria a ele.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Treze
"Perfeito. É exatamente isso que eu quero." Elogiando a posição

que ela havia tomado, Rory olhou para o monitor analiticamente.
"Faça o que fizer, mantenha essa expressão. Se você precisar de
uma pausa ou sentir que não pode mais fazer isso, qual é a sua
palavra segura?"
"Vermelho."
"Qual é a sua palavra de advertência?"
"Alasca."
Rory admirou sua escolha de palavra para descrever o que a

deixava fria.
"Não posso definir um limite de capacidade até que o Incog faça

logon. Assim que ele o fizer, vou esperar até que mais alguns
entrem e depois trancarei os outros do lado de fora.
"É isso que você costuma fazer?"
"Não."
"Então não faça isso hoje. Faça o que tem que fazer para
segurar esse filho da puta e mantê-lo assim."
O jeito sério que ela disse a ele para não bloquear ninguém fez
Rory duvidar de si mesmo. Ele nunca tinha ido ao vivo antes com
uma sub desconhecida com quem ele já não tivesse trabalhado.

JAMIE BEGLEY
Se Jewell estava bem com isso ou não, não poderia ser um fator
primordial. Como Dominante, era seu dever fazer escolhas que
não levassem a repercussões uma vez que a cena que estavam
representando terminasse.
Recusando-se a discutir com ela, ele deu uma última olhada

em Jewell. "Vire suas mãos", ele ordenou, colocando um dedo
sobre o monitor principal.
Imediatamente, ela virou as palmas das mãos para mostrar as

costas das mãos.
"Ok. Aqui vamos nós."
Ele pressionou o botão no teclado e, segundos depois, os nomes

de usuários começaram a rolar pela tela daqueles que se juntavam
à transmissão ao vivo.
Ele começou a contar um minuto inteiro antes de entrar no

quadro ele mesmo para deixar aqueles que assistiam tomar todo
o efeito da beleza de Jewell. Quarenta segundos se passaram
antes que Rory visse o nome de usuário Incog.
Mantendo o tempo previsto, Rory se moveu para ficar ao lado

de Jewell.
"Eu queria dar um presente de Natal para meus seguidores

leais. Ela é deslumbrante, não é?"
Lendo os comentários que surgiram na tela, Rory esperou por

aquele que ele realmente queria ver.
Ela é gostosa pra caralho.
Nunca tinha desejado estender a mão e arrancar o filho da puta

através da tela e rasgá-lo em pedacinhos e depois dá-lo de
alimento para um pato.
Controlando suas emoções, ele usou o chicote de couro que

pegou antes de se juntar a Jewell para traçar seu queixo.

JAMIE BEGLEY
"Jewell quer se juntar às minhas subs favoritas, que ela viu no

meu stream. Infelizmente, tive que desiludi-la. Esta bela Jewell
recusa meus comandos. Ela quer um Mestre de mão pesada, o
que eu não posso ser. Qual é o segundo propósito desta
transmissão… deixar alguém que está assistindo argumentar
porque ela deveria considerar você se tornar seu Mestre. Deixe-me
mostrar com o que você vai trabalhar."
Usando a ponta do chicote, Rory apontou para as mãos dela.

"Consistentemente, eu a puni por não tê-las na posição correta.
Ela se recusa a obedecer a menos que eu vá contra os limites que
eu me mantenho. Assim, começou a busca pelo Mestre que pode
satisfazer suas necessidades. Quando a transmissão acabar,
Jewell escolherá e eu enviarei uma DM para a pessoa que ela está
disposta a conhecer."
Os comentários começaram a aparecer quase rápido demais

para ler seus nomes de tela. Ele não lia aqueles que não eram do
Incog. Quando o dele apareceu, o coração de Rory acelerou mais
rápido em fúria.
Eu posso vencê-la até que seu suor fique vermelho.
Apenas o bem-estar de Elizabeth manteve seu controle intacto.

Em vez de chutar o filho da puta do stream, Rory se colocou atrás
das costas de Jewell. Jogando a trança por cima do ombro, Rory
colocou o microfone no chão, fora da vista da câmera. Então,
balançando o chicote em direção às costas dela, ele o colocou na
palma da mão, criando um som que seria mal interpretado pelos
espectadores que assistiam, pensando que ele estava batendo nas
costas de Jewell.
Sua expressão não vacilou com o som inesperado.
"Ela tem a beleza do melhor rubi. Ela só precisa do Dom certo

para fazê-la brilhar."
Sua bunda vai brilhar vermelho rubi quando eu terminar com

ela.

JAMIE BEGLEY
Vendo que Incog estava engajado, Rory encerrou o fluxo, com

medo de excitá-lo a ponto de Elizabeth pagar o preço.
"Vou encerrar esta sessão. Eu tenho uma sub muito mais

merecedora esperando a vez dela. Quando Jewell fizer sua seleção,
eu mandarei uma DM, então fiquem de olho. Pode levar cinco
minutos... ou cinco horas para ela decidir. Não saberei até falar
com ela. Se eu não obtiver uma resposta rápida mostrando sua
ânsia, passaremos para a segunda opção dela."
Fechando a transmissão ao vivo, Rory estendeu a mão para

Jewell.
"É isso?"
"É isso."
Jewell ignorou a mão dele enquanto ela se levantava.
"Como essa farsa vai funcionar? Você poderia ter feito mais.
Em vez disso, você fez um guia para iniciantes."
Tirando o computador do monitor, Rory começou a reembalar

o anel de luz em seu estojo. "Eu não queria que Elizabeth tivesse
que pagar o preço pelo pavio que estamos tentando detonar."
Seu rosto ficou pálido antes que ela se virasse e pegasse seu
robe, como se estivesse enojada consigo mesma. "Quanto tempo
temos que esperar até você mandar uma DM para ele?"
"Pelo menos quatro horas."
"São quatro horas que ele não estará prestando atenção em

Elizabeth."
"Só podemos esperar neste momento."
Sua pele pálida o fez se mover atrás dela para esfregar seus
ombros. Ela ficou tensa com o toque dele, mas não se afastou.
"Eu deveria ter pensado nele usando-a como substituta."

JAMIE BEGLEY
As autorrecriminações vindas de Jewell exibiam outra faceta

de seu caráter.
Nenhuma joia poderia defini-la; ela era fogo por fora, como um
rubi raro, enquanto sua personalidade tinha profundidades como
uma jade imperial com uma variedade de tons amplos de lavanda,
preto azulado a incolor. Ambas as joias eram altamente
valorizadas por um motivo.
Estando familiarizado com o funcionamento dos clubes de

motociclistas, ele não teve que adivinhar como ela recebeu seu
apelido. Os homens teriam sido atraídos pelo fogo chamativo que
podia ser visto e sentido externamente, sem perder tempo para
descobrir suas profundezas ocultas.
"Incog é um sadomasoquista; streamers como eu são uma

pequena comunidade. Formamos amizades e conversamos apenas
para eliminar caras como ele. É por isso que eu não o bloqueei –
para mostrar a ele a maneira correta de tratar e cuidar de uma
sub. Infelizmente, não há muito mais que possamos fazer até que
ele cruze a linha e as autoridades se envolvam."
Jewell apertou o cinto do seu robe com um puxão forte. "Até lá,
será tarde demais."
"Você pode passar por um risco de incêndio todos os dias e

dizer, porra, esse pedaço de merda vai queimar e derrubar tudo
dentro e ao redor, mas não ligamos para o 911 até podermos ver
as chamas."
"Por que a pessoa que sequestrou Elizabeth confiaria em

Incog?"
"Eles provavelmente não estavam cientes do que ele estava

dizendo online."
Rory virou a tela do seu computador para que Jewell pudesse

ler a mensagem que Incog acabou de enviar, querendo uma sessão
com ela.

JAMIE BEGLEY
"Fodido", Jewell grunhiu depois de escanear o que Incog havia

digitado, seus olhos se estreitando vingativa. "Ele precisa provar
seu próprio remédio. Certifique-se de pegar aquele vegetal... Não
importa. Eu vou pegá-lo eu mesma. O único sangue que aquele
fodido vai ver é o dele."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Quatorze
Correndo para fora do quarto, Jewell foi diretamente para o

dela.
"Que porra é essa?" Ela disse em voz alta para o quarto vazio,
respirando fundo para se livrar do cheiro masculino de Rory. Cada
respiração que ela tomava aumentava sua consciência dele.
Colocando uma calça jeans desbotada e um suéter cinza

grosso, ela escolheu uma faixa azul para prender o cabelo depois
de calçar botas grossas e pretas. Agarrando sua jaqueta de couro
do armário, ela desceu para sair.
A visão de sua mala ao lado da porta era um lembrete doloroso

de que ela não iria para Ohio hoje.
Moon se afastou da porta quando ela saiu correndo.
"Uau... Algo pegou fogo?" Ele perguntou, olhando para trás

dela.
"Não." Jewell passou rapidamente por ele para descer os

degraus. Caminhando para os fundos da fábrica, ela passou seu
cartão para abrir a entrada dos fundos, onde o clube gerenciava
sua segurança. Acendendo as luzes do teto, ela caminhou até uma
moto laranja que estava estacionada na parte de trás.
Colocando uma coxa sobre o assento, Jewell ligou o motor.

Ouvir o zumbido baixo da moto acalmou a ansiedade de ver Rory

JAMIE BEGLEY
saindo do banheiro vestido como se estivesse ali para realizar

todas as fantasias sexuais imagináveis. E ela tinha várias... Jesus.
Lentamente, ela dirigiu em direção à porta da garagem, e

quando se aproximou, a porta da garagem se levantou.
Levantando a mão, ela agradeceu a Nickel, que estava na sala de
segurança, vigiando a seleção de veículos e motos que os membros
mantinham guardados.
Felizmente, as estradas estavam livres, então Jewell acelerou

sua moto a todo vapor. Montar sempre lhe dava uma perspectiva
mais clara. Ela preferia andar nas costas de alguém apenas para
poder aproveitar o passeio sem ter que observar as estradas
sinuosas. Um dos irmãos teria se oferecido para levá-la para um
passeio se ela tivesse pedido. Hoje, porém, ela só queria ficar
sozinha, o que não fazia sentido para ela. Em Ohio, ela teria, se o
tempo tivesse cooperado com ela. Por que ela dava a mínima se
Rory a visse saindo com um dos membros?
Emoções conflitantes de atração por Rory e a lealdade que ela

sentia pelos Last Riders estavam guerreando dentro dela. Ela
nunca esteve na posição de se sentir atraída por um não-membro.
Montando pelas ruas desertas da cidade, Jewell abasteceu na

estação antes de voltar para o clube. Não querendo voltar ainda,
ela viu a estrada que levava ao mirante.
O mirante estava deserto. Ela estacionou sua moto e caminhou

em direção à borda. Sem se importar com o chão frio, Jewell
sentou-se para olhar a cidade sonolenta. Ela deveria ter saído há
muito tempo. Não havia nada aqui para ela. Inferno, até a pista de
boliche havia fechado. Não havia nada para fazer como
entretenimento além de um cinema.
Ao ouvir o som de uma moto se aproximando, Jewell cerrou os

dentes com irritação. A moto sendo desligada a enfureceu ainda
mais.

JAMIE BEGLEY
"Você é a última pessoa com quem eu quero falar", ela disse ao

ouvir o barulho de botas na grama coberta de gelo.
"Que pena."
Jewell queria sair, mas ficou sentada enquanto Reaper se

sentava. Apoiando as costas contra uma árvore, ele olhou para
ela.
"O que está acontecendo, Jewell?"
"Nada, exceto que eu queria um pouco de espaço", ela disse.
"Eu quis dizer com Ginny."
Jewell virou a cabeça para encarar a cidade novamente.

"Pergunte a ela."
"Estou lhe perguntando."
"O que você quer ouvir, Reaper? Você já sabe qual é o problema
comigo e com Ginny. Por que você precisa ouvir isso da minha
boca?"
"Então, o problema que você está tendo com Ginny é sobre

mim?"
Ela com raiva virou seu olhar de volta para ele. "Só porque você
ignora meus sentimentos por você não os faz desaparecer
milagrosamente."
"Eu fui direto e honesto. Seus sentimentos nunca serão

correspondidos."
"Quando Taylor não te deu a mínima quando você foi

encontrado, isso fez você parar de se importar?"
"Não, não fez." Ele suspirou exasperado. "Mas havia uma

diferença entre Taylor e eu e você e eu. Estávamos em um
relacionamento sério."

JAMIE BEGLEY
"O único comprometido nesse relacionamento era você."

Sarcasticamente, ela fez uma careta para ele.
"O que ainda não desculpa o que aconteceu com Ginny."
"O que você quer ouvir?" Ela disse rispidamente. "Que eu sou
uma cadela ciumenta? Que está me matando lentamente ver você
com ela? Não se preocupe; vou me importar com meus P e Q de
agora em diante. Depois de ajudar a Elizabeth, vou voltar para
Ohio. Estarei longe do seu cabelo."
"Fugir não vai fazer ninguém feliz. Certamente não Ginny ou

eu."
"Por que você se importaria?"
"Porque Ginny tem o hábito irritante de querer que todos sejam

felizes. Ela considera você da família."
"Ela não considera."
Ele riu. "Ela considera."
A felicidade brilhou em seu rosto como um farol. Qualquer

ciúme de Ginny evaporou como uma gota de chuva em um deserto
árido. Ela teria vendido sua alma ao diabo por apenas um pingo
de felicidade para Reaper, independentemente de estar em sua
vida ou não.
"A felicidade dela afeta a minha, então precisamos resolver

isso."
"Não há nada para resolver. Estou indo embora e vocês dois

podem viver felizes para sempre."
"Quero que você seja feliz também. Só porque eu não tenho

nenhum interesse romântico em você não significa que não me
importo." Reaper se inclinou para frente, enrolando as mãos em
volta dos joelhos. "Antes de ser sequestrado, éramos amigos
íntimos. O que não tenho sido muito de você desde então, sinto

JAMIE BEGLEY
muito. Estou tentando fazer melhor. Tenho vários

relacionamentos que precisam ser reparados."
"Você acha que, se tivéssemos nos conhecido como estranhos,

você teria me desejado?"
"Desde o momento em que vi Ginny, nossas almas se

conectaram. Independentemente de como nos conhecemos, você
não era Ginny."
Sua veracidade não doeu do jeito que ela esperava. Em vez

disso, havia apenas uma dor profunda preenchida com o que
poderia ter sido se ele não tivesse conhecido Ginny. De qualquer
forma, Reaper não estaria com ela; ele teria feito as pazes com
Taylor. A percepção aliviou as autorrecriminações em que ela
insistia que seus erros passados a impediram do futuro que ela
queria.
Reaper se levantou do local no chão. "Caminhe comigo até

minha moto. Eu tenho algo para você. Minha bunda está
dormente, a sua também deve estar."
Jewell queria discutir, mas não o fez. Não só sua bunda estava
dormente, mas também a parte inferior de suas coxas.
Eles alcançaram a moto de Reaper, e ele abriu seu alforje para

tirar um presente.
Pegando o presente, Jewell o abriu para ver um espelho com

estrelas cintilantes incrustadas.
"É lindo. Obrigada."
Reaper passou o dedo pelo meio do espelho. "Esta é a forma

como o céu parecia na noite em que você nasceu", Reaper moveu-
se para circular a curva externa do céu. "Esta é a aparência do
céu na noite em que sua alma gêmea nasceu."
Jewell franziu a testa para o espelho, a beleza dele diminuída

pelo que ele disse. "E como a pessoa que fez o espelho saberia

JAMIE BEGLEY
como estava o céu naquela noite?" Ela perguntou com ceticismo,

mais magoada pelo presente do que por ter dito que ele a
considerava amiga.
"É minha vez de dizer, 'Não pergunte'", Reaper respondeu

enigmaticamente enquanto subia em sua moto. "Eu conversei com
Viper, e nós concordamos que por causa de sua vontade de ajudar
Elizabeth e seu compromisso de longa data com os Last Riders,
nós vamos abrir mão da regra de você estar apenas com um dos
irmãos."
Jewell ficou boquiaberta com Reaper. "Você está me dando

permissão para foder outros homens?"
Reaper acenou para o espelho em sua mão. "Não queremos

ficar no seu caminho."
"Você não acredita seriamente nessa porcaria, acredita?"
Enquanto Reaper estava olhando diretamente para ela, Jewel

podia dizer que ele estava olhando sem ver.
"Eu não acreditava. Acredito agora", ele disse suavemente.

Então, como uma luz voltando, ele estava de volta com ela. "Era
uma vez, eu disse quase a mesma coisa. Demorei um pouco, mas
sim, eu acredito. Você é a única que não deveria precisar ser
convencida." Ele lhe deu um sorriso peculiar, que a lembrou do
velho Gavin por quem ela se apaixonou tantos anos atrás. Jewell
sentiu um nó doloroso subir em sua garganta.
"Você", ela teve que limpar a garganta entupida para continuar,

"pensa nele?"
Ele começou a estender a mão em direção a ela, em seguida,

deixou cair a mão ao seu lado. "Você sabe que eu sei. Eu nunca
vou esquecer Michael. O aniversário dele está chegando."
"Em uma semana", ela conseguiu resmungar. Então, enfiando

as mãos nos bolsos da calça jeans, Jewell mudou de assunto.
"Você falou com Rory?"

JAMIE BEGLEY
"Sim. Rory marcou uma reunião com ele amanhã. Você tem
certeza disso?"
"Todo mundo continua me fazendo essa pergunta. Posso não

ser conhecida por tomar as melhores decisões da minha vida, mas
tenho certeza sobre esta."
"A única que duvida de suas decisões é você. Todos nós

sabemos que você sempre faz o que é melhor para aqueles de
quem gosta. Você nos vê deixando Rider ou Nickel administrar a
fábrica?" Ele brincou.
Jewell deu um estremecimento simulado. "Ponto feito."
"Bom. Agora, volte para o clube e troque essas roupas

molhadas." Ligando seu motor, Reaper chutou o suporte.
"Você estará lá amanhã?" Ela perguntou antes que ele pudesse

sair.
"Você sabe a resposta."
Jewell assentiu. "Faça-me um favor e use a jaqueta que Razer

fez para você."
"Planejando limpar a casa?"
"Não. Uma cremação."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Quinze
"Você está bem?"

Mantendo o olhar na estrada enquanto eles saíam de
Treepoint, Jewell colocou o travesseiro que ela trouxe com ela
contra a janela.
"Nunca estive melhor." Para evitar que Rory passasse as

próximas cinco horas conversando com ela, Jewel planejou dormir
durante a longa viagem pela frente. "Acorde-me a oito quilômetros
de Fort Hill." Inclinando-se para o lado, ela fechou os olhos.
O silêncio palpável no carro não a incomodava. Ela se forçava
a imaginar que estava na cama no clube ao invés de no carro com
um homem que fazia seus hormônios zumbirem como uma abelha
no crack. Esticando as pernas, ela relaxou cada músculo. Então,
concentrando-se em cada pequeno som que Rory fazia, Jewell se
viu imaginando qual de suas partes do corpo ela lamberia
primeiro, se tivesse a chance.
Definitivamente seu lábio inferior, o pouco que restava da boa

menina dentro dela meditou.
Nah, sua buceta safada respondeu. Seu pau. A partir daí, sua
imaginação decolou para tamanho e forma.
Com base no contorno daquela calça preta, pelo menos uns

bons vinte centímetros. Ele tinha que ter pelo menos uns dezoito
centímetros, certo? Quem pagaria por um gigolô que não levasse
pelo menos uma boa ferramenta de dezoito centímetros? Ela sabia
que não pagaria.

JAMIE BEGLEY
Depende, sua buceta a contradisse novamente, sobre o quão

bom ele é em dar a uma mulher o retorno de seu dinheiro.
Um pensamento perdido se infiltrou no debate que ela estava

tendo consigo mesma.
Ele trabalha mulheres e homens, ou apenas mulheres? Ela não

tinha um problema com ele trabalhando com homens. Jewel
queria principalmente saber qual ele preferia. Já era difícil
competir com outras mulheres sem ter a competição adicional dos
homens.
O sexo acabou se tornando um trabalho para ele, ou ele sentia

a mesma excitação que os não-gigolôs sentiam?
Pergunta após pergunta lhe ocorreu, o que colocou a ideia de

dormir para retaguarda.
"Problemas para dormir?" Rory perguntou, como se pudesse

ouvir seus pensamentos.
"Não."
"Então como você me ouviu perguntar?
"Falo dormindo."
Uma risada sexy flutuou pelo carro.
"Você está bem acordada."
Desistindo da pretensão, Jewell mudou para uma posição

sentada. "Como está a estrada?"
Rory ergueu o queixo para poder olhar pelo espelho retrovisor.
"Preocupada com seus amigos seguindo atrás?"
"Não, eles são excelentes motoristas."
"Ahh... Então, são minhas capacidades que a preocupam. Não

fique. Estou acostumado a dirigir em condições muito piores."
"Eu não estava preocupada", ela respondeu.
"Minha direção não é o que está mantendo você acordada?"

JAMIE BEGLEY
"Não."
Ele lançou um olhar de lado para ela. "Preocupada com o

amanhã?"
"Não, estou ansiosa para que tudo acabe para Elizabeth."
"Não tenha muitas esperanças. Nem foi confirmado que ela está
escondida no endereço que Incog me deu."
"Estou tentando não pensar nesse cenário."
"Eu também", ele admitiu.
O silêncio voltou no SUV por vários quilômetros.
"Você gostou do seu passeio ontem?"
"Já tive melhor."
Jewell não precisou perguntar como ele sabia que ela tinha ido
dar uma volta. Ele estava sentado na sala do clube com Jade e
Nickel quando ela voltou. Jade perguntou onde ela tinha ido.
"Você parecia congelada quando voltou."
"Eu precisava de um pouco de ar fresco."
"Posso entender isso. Ter que lidar com pessoas como Incog
tende a ter esse efeito."
Incog não tinha sido o motivo pelo qual ela precisava sair do
quarto. Seu corpo naquela calça preta deveria ser ilegal.
"Você teve que lidar com muitos como ele?"
"Não. Sou bastante descontraído sobre qualquer coisa sobre

sexo. Vivo pelo lema 'cada um na sua', mas Incog me assusta com
o que ele faria com alguém inexperiente o suficiente para estar à
sua mercê."
"Em sua linha de trabalho, você esteve à mercê de alguém?"

Jewell esperava que ele lhe desse outro olhar. Ele não fez.

JAMIE BEGLEY
"Essa é uma pergunta pessoal de uma mulher que não

escondeu sua antipatia por mim."
Por que ela estava mesmo curiosa?
Sem saber, Jewell deu um suspiro. "Deixa pra lá."
"Eu não disse que não responderia. Já estive à mercê de

alguém?" Ele repetiu a pergunta. "Estive em alguns lugares
duvidosos, onde as coisas poderiam ter ido mal. Felizmente para
mim, nada que eu não conseguisse me livrar."
"Essas situações não fizeram você repensar sua escolha de

profissão?"
"Não. Ir a um supermercado coloca você em risco maiores."

Mordendo o lábio, ela teve que concordar. Elizabeth havia sido
sequestrada do lado de fora de seu prédio. Ela não tinha
comportamentos de risco que a colocariam em perigo. Pelo amor
de Deus, ela estava trabalhando em um produto para cabelo.
Porque alguém assumiu que ela estava trabalhando na vacina,
sua vida estava em perigo.
"Você não tem medo de DSTs?"
"Agora estamos realmente ficando pessoais."
Jewell enrijeceu em seu assento quando viu gotas geladas de

água bater no para-brisa. Rory diminuiu sua velocidade,
mantendo sua atenção na estrada enquanto falava.
"Não. A maior parte do trabalho que faço agora é através do

computador com clientes com quem trabalhei durante anos. Não
apenas sou testado regularmente, mas eles também, mesmo que
não tenhamos contato físico."
"Você tem transmissões diferentes?"
"Seria chato se eu fizesse a mesma coisa repetidamente. Cada

transmissão é baseada na ajuda que os espectadores querem. Dou
aulas diferentes com base em suas perguntas."

JAMIE BEGLEY
"Tais como?"
"Como cuidados posteriores, como evitar o orgasmo muito

rápido, como ser um amante mais confiante. Eu abordo uma
variedade de tópicos."
Surpresa com a variação de transmissões que Rory fazia, ela

teve que se forçar a não baixar a janela enquanto sua imaginação
tentava desviá-la. "Aqui eu estava pensando que todo mundo
apenas segue o fluxo."
"Discutir sexo é constrangedor para algumas pessoas,
especialmente se estão tendo problemas. Os homens odeiam
admitir problemas sexuais, além de para um médico. Mesmo
assim, muitos não vão."
"Isso não é principalmente um problema masculino. As

mulheres também têm esse problema. Boas garotas não podem
ser amigas de garotas que dormem por aí, então elas se contentam
em dar maus conselhos."
Um estrondo de risada veio de Rory. "A maior parte do meu

negócio vem de reparar os maus conselhos que meus clientes
receberam."
"Como você…?" Jewell lambeu os lábios repentinamente secos.
"Porque…?"
"Por que me tornei um gigolô?" Ele completou sua pergunta

com uma torção irônica de seus lábios. "Meu pai era
caminhoneiro. Ele foi morto em um acidente quando eu tinha
dezessete anos. Larguei o ensino médio para ajudar minha mãe.
Tenho dois irmãos mais novos e uma irmã. Trabalhei em qualquer
emprego que conseguisse sem um diploma. Por alguns anos,
conseguimos manter um teto sobre nossas cabeças até que
mamãe foi assaltada voltando do trabalho para casa. Aquilo a fez
ficar de cama por meses. Então as contas médicas estavam
chegando, e não tínhamos esperança de alguma vez conseguir
pagá-las."

JAMIE BEGLEY
"Uma noite, fui a um bar. Era muito jovem para estar lá, mas
o segurança conhecia meu pai e me deixou entrar. Eu estava no
bar, bebendo uma cerveja porque não tinha dinheiro para outra.
Eu não queria ir para casa, entrar pela porta com minha mãe me
observando como se eu fosse milagrosamente resolver todos os
nossos problemas. Uma mulher sentou-se ao meu lado e se
ofereceu para me pagar uma cerveja. Ficamos sentados lá,
bebendo um pouco, antes que ela me perguntasse quanto eu
cobrava. Eu não sabia o que diabos ela estava perguntando.
Quando perguntei, ela deixou claro o que queria e me ofereceu
algumas centenas de dólares. Desnecessário dizer que aceitei a
oferta."
"O bar também era um clube de strip. Por uma taxa, eles
alugavam salas onde os artistas podiam dar danças particulares,
entre outras coisas, por uma parte dos lucros. A mulher alugou
um quarto e, depois que o segurança garantiu que eu não era
policial, cheguei a um acordo com o proprietário. Ganhei o
suficiente para pagar as contas médicas da minha mãe em quatro
meses. Em seis, eu tinha meu diploma do ensino médio. Um ano
depois, mudei minha família para uma casa maior e disse à minha
mãe para não se preocupar em voltar ao trabalho."
Jewell não sabia se sentia pena dele ou admirava sua

tenacidade em sustentar sua família.
"Você já se arrependeu de sua decisão?"
"Nem uma vez. Não posso me arrepender de ter tirado a pressão

da minha mãe, tornando possível para meus irmãos e irmã viver
o tipo de vida que meu pai nos dava antes de morrer. Meus irmãos
foram para a faculdade; um é advogado, o outro está trabalhando
para se tornar dentista. Minha irmã está trabalhando em seu
diploma de educação."
"E sua mãe?"
"Aprendendo a fazer cerâmica. Isso a mantém ocupada."

JAMIE BEGLEY
"Ainda não poderia ter funcionado para você, se o segurança o

tivesse mandado embora. O segurança poderia ter…"
"Feito o que? Eu era um garoto de dezenove anos que

abandonou o ensino médio, trabalhava meio período como lavador
de pratos em uma casa de repouso e em período integral em uma
fábrica. Nada disso fazia diferença na enorme quantidade de
contas que minha mãe tinha. A única razão pela qual não
acabamos sem-teto foi por causa de Henry. Uma vez por mês, ele
parava para visitar depois que papai morreu, nos mandava para o
carro dele para fazer as compras que ele traria para nós e, antes
de ir embora, dava à mamãe dinheiro suficiente para pagar o
aluguel. Depois que mamãe foi assaltada, Henry vinha ao hospital
para verificar se precisávamos de alguma coisa. Quando comecei
a ganhar dinheiro, tentei pagá-lo de volta, mas ele não aceitou.
Nunca poderei retribuir o que ele fez pela minha família."
O balanço dos limpadores de para-brisa distraiu Jewell do que
Rory estava dizendo enquanto a chuva com neve caía mais rápido.
Inclinando-se para frente em seu assento, ela tentou avaliar o

quão ruim as estradas estavam se tornando. "Você não deveria
desacelerar?"
"As estradas foram salgadas e a temperatura não caiu o
suficiente para congelar. Eu já baixei minha velocidade, então não
estou indo tão rápido."
Olhando pela janela, Jewell podia ver neve caindo nos faróis.
"Incline-se para trás. Se eu tiver que usar meus freios, você

pode ter uma cabeça quebrada."
Ela não se inclinou para trás, concentrando-se na estrada à

frente. Uma mão quente se uniu à dela, puxando-a de volta.
"Pensei que você disse que não estava nervosa."
O aperto seguro de sua mão não desviou da ansiedade que ela

estava sentindo quando o gelo aquoso atingiu o pavimento da
estrada.
"Você deve manter as duas mãos no volante."

JAMIE BEGLEY
Afastando a mão, ela continuou a observar a água bater no

para-brisa. Jewel odiava dirigir à noite e nunca o fazia se houvesse
algum relato de chuva com neve.
Sua ansiedade não diminuiu, com as duas mãos de Rory no

volante.
"Você se sentiria mais confortável se dirigisse?"
"Não!" Jewell respirou fundo. "Desculpe, o boletim

meteorológico não disse que ia chover", ela explicou.
Rory deu a ela um olhar questionador. "Ninguém gosta de
dirigir com mau tempo. Se eu sentir que a estrada está ficando
escorregadia, vou encostar."
Jewell sentiu sua tensão aumentar quando o gelo começou a
cair mais rápido. Sua respiração aumentou até que seus pulmões
começaram a queimar com a tensão. Uma sensação reveladora em
seu estômago fez com que suas mãos plantassem no painel para
evitar que ela abrisse a porta do carro.
"Pare o carro!" Ela gritou. "Eu vou vomitar."
Rory ligou o pisca-alerta e começou a sair lentamente da

estrada. Jewell mal deixou o SUV parar antes de abrir a porta e
sair correndo para a escuridão.
"Jewell?"
Ela não parou a corrida precipitada do lado da estrada até que

sentiu a neve crocante sob suas botas. Caindo de joelhos, ela
começou a vomitar, perdendo seu jantar e seu orgulho, quando
ouviu os Last Riders parar atrás do veículo de Rory.
Apertando a barriga, Jewel terminou de cuspir o que restava

de seu conteúdo.
Jesus, como ela ainda estava vomitando? Ela não tinha comido
muito.
Respirando o ar frio, ela respirou fundo enquanto deitava de

lado, plantando sua bunda no chão nevado.

JAMIE BEGLEY
Não poderia ter parado antes que ela se fizesse de idiota?
Olhando para os veículos parados, Jewell viu os homens

conversando entre si.
Passando a mão pelo cabelo, ela ergueu os olhos em direção ao

céu escuro. Ela precisava se levantar e voltar para o carro, mas
não conseguia se mexer. Tudo o que queria fazer era deitar no
chão e dormir.
Você precisa se levantar, Jewell, ela disse a si mesma, mas não

fez nenhum movimento para fazê-lo, sua mente incapaz de fazer
seu corpo responder.
Fechando os olhos, ouviu passos se aproximando dela.
"Eu estarei lá em um minuto", ela murmurou através dos

lábios frios.
Uma sensação de tontura a atingiu quando ela foi levantada do

chão para ser envolvida em um calor celestial.
Ela havia morrido e ido para o céu?
Levantando os cílios, foi confrontada com o rosto sombrio de

Rory, percebendo que ele a estava carregando de volta para o SUV.
Querendo protestar, ela se viu abaixando a cabeça em seu

ombro.
"Estou tão cansada de sentir frio", ela murmurou

dolorosamente.
Ele apertou os braços ao redor dela. "Você nunca mais sentirá

frio. Prometo."
De alguma forma, ela acreditou nele nas profundezas de sua
alma quando o calor de seu corpo a atingiu como uma fornalha.
Entregando-se ao calor em vez de lutar contra ele, Jewell se

aconchegou mais perto. Vozes indistinguíveis tentaram distrai-la
do calor envolvente em que se afundou, em vez de encarar a

JAMIE BEGLEY
realidade do tempo e do lugar em que se encontrava. E Jewell

cedeu à luta para dormir.
A causa de porque ela enlouqueceu no carro estaria esperando

quando acordasse. Nunca estava longe durante os meses
sombrios de inverno. A chuva com neve poderia ter parado, mas
em sua mente havia fragmentos de gelo imaginários caindo sobre
ela como mil punhais de vidro, atingindo-a repetidamente... e não
havia escapatória. Nunca haveria…

JAMIE BEGLEY
Capítulo Dezesseis
Uma dor incômoda na base das costas finalmente fez Jewell

acordar de um sono profundo. Abrindo os olhos, ela se viu olhando
para Rory acima dela.
"O que…?" Empurrando-se para cima, ela quase bateu na

cabeça dele antes que ele pudesse puxar as costas.
"Você desmaiou quando eu te carreguei de volta para o carro."

Ele esticou os braços quando ela se afastou dele, e Jewell viu que
ela estava dormindo com a cabeça em seu colo coberto de
travesseiro no banco de trás. Olhando para frente, viu que Shade
estava agora dirigindo o SUV de Rory.
Shade pegou seu olhar no espelho retrovisor. "Eu disse que

você tem trabalhado demais."
Jewell aproveitou a desculpa que Shade deu a ela. "Onde

estamos?"
"Forte Mill. Temos tempo para abastecer e comer alguma coisa

antes do horário que Rory e você são esperados na casa de Incog.
Acabei de parar em um hotel. Viper entrou para pegar um quarto
para que vocês dois possam tomar um banho. Encontramo-nos
no restaurante quando terminar."
"Eu ouvi você xingando…"
"Um carro da polícia parou Razer quando ele fez a curva para
o restaurante. Knox está no carro com ele. A cidade tinha

JAMIE BEGLEY
armadilha de velocidade escrita por toda parte. Razer deveria ter

sido mais cuidadoso." Shade fez a crítica quando saiu do SUV.
Ela evitou contato visual com Rory, saiu e esperou com Shade
por Viper.
Shade deu uma olhada nela. "Você está bem?"
"Sim... Desculpe por ontem à noite."
"Merdas acontecem. Você tem trabalhado horas extras na

fábrica para permitir que os funcionários e os irmãos tenham folga
com suas famílias. Eu lhe disse que o último pedido poderia
esperar até depois do Natal. Eu deveria ter tirado suas chaves
quando vi que você encheu metade sozinha."
"Moon ajudou." Jewell odiava estar do lado ruim de Shade

quando ele estava irritado, o que ele estava com Razer ainda
falando com a polícia que o havia parado.
"Os nomes de Nickel, Puck e Jesus vão para o saco de punição.

Eles poderiam tê-la substituído quando viram o que você estava
fazendo."
"Eles não sabiam. Enchi o pedido durante a noite, depois que

eles já haviam saído." Ela só deu a confissão para manter os
irmãos fora do saco de punição.
"Como você fez comigo."
"Sim", ela admitiu.
"No próximo ano, vamos contratar funcionários sazonais."
"Você provavelmente terá que fazer isso. Estarei em Ohio até

lá."
"Você já disse isso antes."
Ela teimosamente projetou sua mandíbula. "Falo sério dessa

vez."

JAMIE BEGLEY
Consciente de que Rory estava ouvindo, Jewell ficou aliviada

por Shade mudar de assunto, seu olhar azul movendo-se sobre o
capô do SUV.
"Viper está chegando. Vejo você no restaurante. Mande uma

mensagem para mim com o que vocês dois querem quando saírem
do chuveiro."
Shade se afastou quando Viper se aproximou. Alcançando-os,

Viper lhe entregou o cartão-chave de plástico. "É o quarto 12.
Podemos ver o seu quarto do restaurante."
Jewell pegou o cartão dele. "Ok. Não vamos demorar mais de

trinta minutos. Você quer que eu faça o check-out antes de ir ao
restaurante?"
"Não. Guarde-o até terminarmos, caso precisemos. Farei o
check-out online e pagarei o custo da chave não ser devolvida."
"Vou pegar nossas malas", Rory disse, movendo-se para o
porta-malas.
Viper deu a ela o mesmo olhar que Shade tinha dado.

"Sentindo-se melhor?"
"Muito. Sinto muito por…"
Viper levantou a mão para parar sua desculpa. "Você está bem,
isso é tudo que me importa."
"Eu estou."
"Ok." O olhar de Viper viajou para onde Rory se moveu para

ficar ao lado da porta do quarto de hotel. "Escute, sei que esta
época do ano é difícil para você. Eu deveria ter mandado Rory
encostar quando vi que estava chovendo."
"Fiz uma montanha de um montículo. Apenas esqueça isso. Só
mais alguns meses e o inverno terminará."
"Vai rolar novamente no ano que vem. Você mentiu para mim
sobre sua fobia ficar mais fácil de lidar. Claramente, a julgar pela
noite passada, ficou pior."

JAMIE BEGLEY
"Não comece. Viper, por favor, não há nada para falar. Eu não
sou a única pessoa no mundo que não gosta de ficar na chuva de
gelo durante a noite."
"Podem não gostar, mas não têm exatamente a sua razão, não
é?"
Seus ombros recuaram como se ela tivesse sido atingida. "Eu

me sinto grogue pra caralho e preciso de um banho. Vejo você no
restaurante."
Jewell partiu para o quarto de hotel como se os cães do inferno
estivessem atrás dela. Ela sabia que Viper não a deixaria escapar
tão facilmente quando estivessem de volta ao clube.
Rory se moveu para o lado enquanto ela enfiava o cartão-chave

na tranca. Então, pegando a mala da mão dele, ela entrou,
deixando que ele a seguisse.
"Você se importa se eu for primeiro?" Acendendo as luzes do

quarto amplo, ela avistou o banheiro. Correndo para frente, Jewell
não parou até que a porta se fechou atrás dela.
"Que roupa você está planejando trocar?"
O cara estava seriamente se tornando um espinho no seu pé.

Chegando à conclusão de que ele saberia melhor o que vestir, ela
abriu a porta. "Mova-se."
Rory arqueou a sobrancelha para ela e se afastou da porta.

Jewel voltou para o quarto e colocou a pequena mala na cama
para abri-la. Tirando as duas roupas, ela esperou que ele
escolhesse.
"Vista o jeans preto e o suéter branco. Traga o body preto

conosco. Podemos dizer a ele que você precisa se trocar. Isso nos
dará a oportunidade de entrar em outro cômodo. Quanto mais
quartos vermos, melhor."
"Eu não pensei nisso." Ela concordou com a cabeça.

JAMIE BEGLEY
Ela pegou a troca de roupa e deixou o resto na cama e voltou

para o banheiro.
"Jewell, não há necessidade de se envergonhar sobre a noite

passada."
Arqueando os ombros para trás com a dignidade que lhe

restava enquanto vestia roupas surradas, ela disse: "Não estou
envergonhada; Estou irritada comigo mesma."
A confusão encheu seu rosto. "Por que você está com raiva de
si mesma?"
"Porque fui fraca. Vomitei em fodidas estradas molhadas."
"Você segurou tudo no carro. Mais do que eu seria capaz de

fazer se estivesse tão apavorado com alguma coisa."
Ela estreitou os olhos em fendas. "Eu não estava apavorada."

"Vi seu rosto quando as luzes se acenderam quando você abriu
a porta para sair do carro. Você estava apavorada. O que quer que
tenha causado essa reação é problema seu. Eu posso entender
não querer falar sobre isso comigo, porque não me conhece muito
bem. Mas não admitir que você estava para si mesma vai piorar
as coisas na próxima vez que acontecer."
Só porque ele estava certo, não significava que ela concordaria

com ele em voz alta. Ela tinha lidado com sua fobia por anos. Nada
seria capaz de mudar a causa raiz, então não havia razão para
discutir isso com ninguém. Certamente não um estranho.
Os únicos que sabiam sobre sua fobia, antes da noite passada,

eram Reaper e Viper. Porra, todos os irmãos que testemunharam
o desastre da noite passada fariam questão de compartilhar sua
preocupação por ela.
Embora todos os membros originais fossem casados, eles ainda

levavam a sério o bem-estar de todos os membros do clube, e era
por isso que ela não conseguia imaginar uma vida sem eles. Eles
eram uma família.

JAMIE BEGLEY
"Estou com fome. Não vou demorar; então você pode tomar
banho."
Fechando-se no banheiro, Jewell tomou banho rapidamente.
Felizmente, ela estava com o cabelo preso ontem à noite, então
não foi incumbida de ter que fazer um esforço para lavar o cabelo.
Secando-se, ela colocou o jeans preto apertado e o suéter que

descia logo abaixo de seu abdômen. O jeans de cintura baixa
mostrava seu umbigo com o piercing de caveira.
Ela escovou o cabelo e o empurrou para trás com um grampo

de cabelo preto para dar-lhe um efeito despenteado. Satisfeita,
saiu do banheiro para ver que Rory estava sentado na mesinha,
assistindo ao noticiário.
"Terminei. Você pode tomar banho."

Sua buceta pegou fogo quando seu olhar foi para seu umbigo.
Não querendo que ele visse como a estava afetando, ela foi até sua
mala para tirar a bolsa de maquiagem que também havia trazido.
Rory esperou para se levantar de sua cadeira até que ela tivesse
que passar por ele para se sentar à mesa. Ela começou a dar um
passo para trás para dar-lhe espaço suficiente para passar, mas
foi interrompida quando ele colocou uma mão firme em seu
quadril. Quando se moveu para o lado, o peito de Rory roçou
contra ela. Jewel respirou fundo e deu-lhe um olhar feio.
"Eu ia dar-lhe espaço suficiente para passar."
"Mas então eu não teria o prazer de tocar em você." Ele sorriu.
"Isso é um movimento tão colegial." Ela fungou com desdém.
"Não havia garotas que se parecessem com você na minha

escola. Eu teria ficado no ensino médio se houvesse." Sem
arrependimento, ele tirou suas roupas de uma mala que havia
aberto na cama.
"Estou surpresa. Com quanta experiência você tem com

mulheres, como você afirma ter, que não poderia ter pensado em
uma jogada melhor."

JAMIE BEGLEY
"Ah... me desculpe por ter decepcionado você." A boca de Rory

se curvou em um sorriso sensual que a fez desejar ter mantido a
boca fechada. Seus ovários se curvaram em êxtase?
Jewell sentou-se à mesa e começou se maquiar, tentando

desesperadamente não observar seus movimentos e falhando
miseravelmente enquanto seus olhos continuavam ricocheteando
de volta para ele.
Não havia timidez nele quando Rory a encarou enquanto

desafivelava o cinto e o deslizava pelas alças com um som
sibilante. Jewell quase arrancou o olho com o delineador. Ela teve
que forçar seus dedos a permanecerem firmes enquanto os
ombros dele se moviam quando ele levantava a camiseta marrom
sobre a cabeça. Ele estava seriamente fazendo um strip-tease na
frente dela?
Sim, ele estava.
Tirando as botas, ele começou a desabotoar a calça jeans para

tirá-la.
Com falso desinteresse, Jewell ficou orgulhosa quando

começou a colocar a sombra sem se jogar nele.
Santa mãe de Deus, se ela soubesse o que ele estava

carregando, teria ficado em cima dele como caramelo durante a
transmissão.
Jewel quase engoliu a língua quando ele se aproximou, sem

vergonha, para colocar a mão na mesa ao lado da maquiagem.
"Por que você está fodendo com a perfeição?" Pegando os três

batons que ela havia trazido, ele escolheu uma cor bordô. "Use
este aqui."
Ela tirou o batom dele e o colocou de volta na mesa, fingindo
irritação. "Vá embora. Já vi melhor."

JAMIE BEGLEY
Um sorriso confiante mostrou que ele não estava comprando

seu desinteresse. Ele se inclinou, sua boca perto de sua orelha.
"Talvez sim, mas posso garantir que você não teve melhor."
Sua respiração quente em sua orelha a fez tremer por dentro.

O apelo sexual do homem era letal, escorrendo de cada poro de
seu corpo.
Inclinando a cabeça para o lado e afastando-se dele, Jewell

deu-lhe um sorriso. "Quando se trata de experiência, você teria
que acordar cedo para me vencer. Os homens não chegam à
minha cama a menos que sejam bons em ter minhas necessidades
atendidas." Jewell baixou os olhos para a ereção semidura que ele
estava ostentando. "Nem eu tenho que pagar." Jewell deixou o
insulto cair sem remorso.
"Ah... Vagalume..." ele falou lentamente. "Esse foi o seu erro.
Você só conseguiu o que eles queriam te dar. Por outro lado, vou
te dar o que você realmente quer."
"Agora você é um especialista em mim?" Ela zombou. "Como
você tem alguma ideia do que eu quero?"
"Eu pergunto." Sua mão foi para a mecha de cabelo que tinha
caído para a frente ao lado de seu rosto para enrolá-lo em torno
de um dedo solitário, puxando-o tenso. A lenta queimadura em
seu couro cabeludo se manifestou em outras partes de seu corpo.
Colocando sua sombra para baixo, ela se virou para encará-lo

completamente. Jewell deixou seus olhos viajarem sobre seu
corpo, arqueando uma sobrancelha bem definida em seu pau.
"Quanto?"
O insulto pronto em seus lábios saiu de sua mente quando ele

se ergueu sobre ela.
"Pergunte-me novamente quando estiver falando sério."
Ela olhava para Rory enquanto ele caminhava para o banheiro,

era tudo o que podia fazer para não rasgar suas roupas e segui-lo
como uma cachorrinha no cio. Ela terminou sua maquiagem com

JAMIE BEGLEY
as mãos trêmulas, então empurrou o estojo de volta em sua mala

e fechou-a.
Dentro de dois segundos, ela estava correndo para fora do

quarto para ir ao restaurante onde os Last Riders estavam
esperando. Ela conhecia seus limites. Se ele tivesse saído do
banheiro nu com ela ainda lá, não havia nenhuma fodida maneira
dela não pegar sua carteira para pagar a ele pela oportunidade de
secá-lo. Inferno, ela nem mesmo usaria uma fodida toalha.
Quanto ele cobraria para ela lamber cada centímetro delicioso em
seu corpo esculpido?
A guerra furiosa dentro dela a fez praticamente correr na frente

de um carro que estava entrando no estacionamento. Quase levar
uma pancada na bunda lhe permitiu ter suas emoções
descontroladas de volta sob controle.
Independentemente disso, mesmo que Rory lhe desse um

brinde, o preço final seria muito alto.
Ela nunca tinha usado crack, o que não significava que nunca
tivesse sido tentada. No entanto, ela tinha força de vontade o
suficiente para considerar os vários caminhos se ela ficasse
viciada?
Rory conhecia seu próprio valor. Uma vez com ele nunca seria
suficiente. Ela voltaria para mais, e mais...
Rory era crack.
Você tem que ficar longe, ela lamentou para si mesma.
Jewel tinha cometido erros suficientes para durar uma vida

inteira. Ela não precisava de outro. Certamente nenhum que
poderia ver chegando a um quilômetro de distância; como um
tornado vindo em sua direção.
Você não fode por aí e se depara com um tornado de categoria

cinco; porra, você corre por sua vida.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Dezessete
Prestes a entrar no restaurante, Jewell reconheceu os dois

homens que desciam da caminhonete em que ela passara.
Silas e Moses olharam para ela.
"Desculpe."
O pedido de desculpas de Silas a fez se sentir mal. Ele não era

responsável por sua corrida desmiolada.
"Foi minha culpa."
O rosto desgastado e abatido do irmão mais velho de Ginny

permaneceu enigmático com sua aceitação da culpa. "Eu estava
pedindo desculpas por ter frustrado sua esperança de se matar."
A vergonha a encheu. Então, ao invés de continuar fazendo

papel de boba, ela foi para a porta do restaurante. Ao passar pela
caçamba da caminhonete de Silas, um cachorro preto, branco e
cinza levantou a cabeça e começou a latir ameaçadoramente.
Jewell congelou.
"Ochi." A voz de Moses imediatamente acalmou o cachorro.
Ela permaneceu congelada no lugar.
"O que você disse a ele?"
"Você pode se mover. Tin não vai incomodá-la."

JAMIE BEGLEY
Ela não tinha tanta certeza, apesar da garantia de Moses.
"Que raça ele é?"
Ouvir a pergunta atrás dela fez Jewell quase pular na

caminhonete com o cachorro.
Olhando para Rory por cima do ombro, Jewell moveu-se para

o lado, onde podia ver tanto o cachorro quanto Rory.
"Tin é um Native American Dog."
"Ele é uma beleza", Rory elogiou sem se aproximar do cachorro.
"Obrigado."
Jewell olhou curiosamente para os irmãos de Ginny. "Vocês

dois estão longe de casa."
O olhar de Silas penetrou no de Rory. "Posso dizer o mesmo
para vocês dois. Mas para responder à sua pergunta, Gavin nos
pediu para vir."
"Ah... Então acho que não devemos deixá-los esperando."
Por que Reaper pediu para eles virem? A estranheza teria que
esperar até que ela pudesse ficar sozinha com um dos irmãos.
"Tin, opoupa", Moses gritou para o cachorro quando eles

estavam prestes a entrar no restaurante.
Rory parou ao lado de Moses. "Você está dizendo a ele para

guardar?"
Moses assentiu. "Você sabe grego?"

"Já passei férias lá algumas vezes."
Aposto que sim, pensou Jewell com desdém. O pensamento de

alguma cadela rica pagando por sua companhia a fez se sentar
entre Razer e Shade em uma longa mesa.
Silas e Moses foram sentar-se com Viper, e Reaper estava

sentado sozinho. Pegando o menu de Shade, ela viu Rory
encontrar um lugar ao lado de Cash.

JAMIE BEGLEY
"Pensei que você fosse enviar seu pedido por mensagem de

texto", Shade disse, arrastando a jarra de café ao lado dela.
"Não consegui decidir."
Desgostosa por não ter verificado suas mensagens de texto

para o menu, que havia sido enviado, Jewell fingiu olhar para a
comida que todo mundo estava comendo na mesa.
Felizmente, a garçonete os viu se sentarem e se aproximou para

anotar o pedido.
"Vou pegar a tigela de mingau de aveia e parfait de frutas."

Ambos não deveriam demorar muito para se preparar e não
deixariam os outros esperando por ela.
Servindo-se de uma xícara de café, Jewell voltou-se para Shade

assim que a garçonete saiu depois de anotar o pedido de Rory.
Abaixando a voz, ela fez a Shade a pergunta que estava queimando
um buraco em seu cérebro.
"Por que Silas e Moses estão aqui?"
"Você terá que perguntar ao Viper."
"Dê-me um tempo. Por que você não pode me dizer? Não tem
como você não saber." Como executor de Viper, Shade estava a
par de todas as ações que Viper fazia.
"Não cabe a mim te dizer."
"Tudo bem. Então acho que vou ter que perguntar a ele", ela
disse com sarcasmo.
"Acho que sim." Imperturbável com seu tom de voz, Shade
continuou comendo.
Jewell olhou ao redor da mesa, perguntando-se se teria mais

sorte perguntando a um dos outros irmãos. Quando os olhos dela
encontraram os de Razer, ele apenas balançou a cabeça para ela.
Ou ele não estava disposto a contar a ela, como Shade, ou estava
tão no escuro quanto ela.

JAMIE BEGLEY
Bem, foda-se.
Ela perguntaria na volta para Kentucky, já planejando voltar

em outro veículo.
Quando a comida chegou, Jewell comeu enquanto ouvia os

irmãos falarem sobre uma nova moto que Rider estava pensando
em comprar.
"Você deveria comprá-la." Jewell o encorajou a comprar a moto

dos sonhos de alto preço.
Os olhos de Rider se iluminaram com entusiasmo. "Sim?"
"Isso aí. Vá em frente! Você vive só uma vez."
"Então eu vou."
Planejando roubar a motocicleta envenenada quando Nickel

estiver trabalhando na segurança, sua euforia durou pouco
quando Shade, impenitente, estourou sua bolha de felicidade.
"Não é essa a moto pela qual você ficou excitada, mas não
conseguiu comprar?"
Jewell deu a Shade um olhar mordaz. "Não tenho os recursos

financeiros de Rider."
Shade ergueu uma sobrancelha. "Lembre-se que sou eu quem
imprime os contracheques."
"É difícil para mim justificar outra moto quando tenho uma
perfeitamente boa."
"Aposto que será muito mais fácil justificar depois de fazer

alguns testes."
Ela estreitou os olhos para Shade. Havia alguma coisa

acontecendo no clube que Shade não sabia?
Quando o rosto de Nickel ficou com um tom de amarelo

doentio, Jewell soube que seus passeios noturnos haviam
acabado.

JAMIE BEGLEY
Rider colocou seu celular de volta para baixo com um olhar

desconfiado para ela.
Voltando sua atenção para a comida, Jewell viu Rory

escondendo sua diversão enquanto falava com Cash.
Ela tinha acabado de comer quando Viper e Reaper se

levantaram de sua mesa. Como um, os outros irmãos se
levantaram da mesa para segui-los porta afora enquanto Knox
cuidava da conta.
Pegando seu telefone, Viper puxou um mapa de ruas. "Reaper,

Silas, Moses e eu estaremos em sua caminhonete na rua
adjacente. O resto de vocês estacionará seus veículos nas outras
ruas laterais circundantes. Tente estacionar onde você possa ter
uma visão da casa de Incog. Se não puder, faça o melhor que
puder. Mantenha seu rádio ligado para que possamos monitorar
o que está acontecendo."
Viper mudou sua atenção do mapa para Rory e ela. "Jewell e
Rory, seu objetivo principal é entrar na casa. Quando estiver lá,
dê uma desculpa para sair, e nós vamos continuar a partir daí."
Jewell olhou para Viper em confusão. "Você não quer que
tentemos obter o layout da casa?"
"Isso é tudo que eu preciso que você faça. Não quero colocar
nenhum de vocês em perigo mais do que preciso."
"Mas ontem, o plano era…"
"Eu consigo cuidar de mim." Rory parecia igualmente confuso.

"Se a mudança for por causa de sua preocupação com Jewell, acho
que consigo entrar na casa sem ela."
A expressão de Viper endureceu. "Não quero correr o risco de
Incog não abrir a porta. Abrir a porta é o seu objetivo principal,
entendeu?"
Jewell assentiu sem entender.
Vendo que eles não estavam mais se opondo a sua ordem, Viper
deu um breve aceno de cabeça para o grupo. "Vamos nessa."

JAMIE BEGLEY
Jewell caminhou ao lado de Rory enquanto eles voltavam para

o carro dele, que ainda estava parado no estacionamento do hotel.
"O que diabos foi isso?" Ele perguntou.
"Eu não tenho ideia", Jewell murmurou, com medo que Viper
pudesse ouvir.
Uma vez em seu SUV, Jewell afivelou o cinto de segurança.
"Nervosa?" Ele olhou para ela enquanto tirava o SUV da vaga

de estacionamento.
Jewell balançou a cabeça. "Não."
"Entrar pode ser fácil, mas não se deixe enganar. Sair sem dar
a Incog o que ele quer será mais fácil falar do que fazer."
"Talvez", ela concordou sem se comprometer. Apesar do aviso

de Rory, ela ainda não conseguia se assustar. "De alguma forma,
acho que Viper tem um plano em andamento sem nosso
conhecimento."
"Como o quê?"
"Eu não tenho nenhuma fodida pista. Não é do feitio de Viper

mudar seus planos em um instante. Algo mais está acontecendo."
"Droga. Seria bom saber."

Nenhum dos Last Riders saiu do estacionamento até que Rory
o fez. Então, um por um, eles foram atrás deles.
"Sim, seria. Mas eu confio no Viper. Ele está fazendo o que acha
que precisa ser feito para manter a nós e a Elizabeth em
segurança."
"Quem eram os dois homens que apareceram no restaurante?"
Jewell fechou os olhos com vergonha. "Sinto muito. Esqueci de

te apresentar. Eles são irmãos de Ginny, cunhados de Reaper,
Silas e Moses."

JAMIE BEGLEY
"Eles são Last Riders?"
"Não."
"Então por que eles estão aqui?"
"Essa é a mesma pergunta que fiz a Shade", ela respondeu.
"O que ele disse?"
"Ele me disse para perguntar ao Viper."
"Você perguntou?"
"Não tive tempo."
"Você não consegue pensar em nenhum motivo para eles

estarem aqui?"
Jewell balançou a cabeça, ainda intrigada com o motivo. "Não,

não faço ideia."
A estranheza de Viper ficar com Silas e Moses enquanto eles
tomavam o ponto em vez de escolher outros Last Riders era
confuso por si só. O fato deles estarem sendo tão reservados sobre
o motivo tornava ainda mais incomum.
Dirigir até o endereço fornecido por Incog levou dez minutos.

Ao se aproximarem, ela viu as casas passarem de próximas umas
das outras para mais afastadas.
"Esta é a rua. Estamos procurando por 104 Winding Way",

Rory disse a ela.
Jewell começou a ler as caixas de correio, lendo os números

das casas. Ela apontou para a esquerda. "Deve ser essa."
Rory entrou na garagem e ambos olharam para a casa ao lado
do endereço que Incog havia dado a eles. O jardim da frente tinha
um balanço e um carro elétrico infantil.
"Foda-se", Jewell amaldiçoou, enojada que crianças viviam ao

lado do homem que queria chicoteá-la até sangrar.
"Meus sentimentos exatamente."

JAMIE BEGLEY
Ele desligou o SUV, e eles saíram do carro para caminhar

calmamente até a porta da frente.
"Eles têm uma campainha Ring, então ele pode nos ouvir", ele
a advertiu enquanto eles pisavam na pequena varanda.
Depois de apertar o botão da campainha, a mão de Rory foi

para o braço dela. Jewell não conseguia decidir se ele estava
fazendo isso para o benefício de Incog ou para ser capaz de
manuseá-la rapidamente para longe da porta, se necessário.
Ele apertou o botão novamente quando a porta permaneceu

sem resposta. Ela não tinha considerado Incog não responder, e
pelo olhar que Rory deu a ela, ele também não.
"O que deveríamos fazer?" Ela perguntou mal-humorada para

o benefício de alguém ouvindo de dentro.
"Vou mandar uma mensagem para ele."
Enquanto pegava o celular, Jewell saiu do campo de visão da

câmera para olhar as janelas da casa para ver se alguém estava
olhando para fora. Um segundo depois, Rory se juntou a ela.
"Incog me enviou uma mensagem que teremos que remarcar.

Ele teve uma emergência familiar."
Eles voltaram para o carro, e Jewell pegou seu celular para

mandar uma mensagem para Viper.
Sua resposta não demorou a chegar.
Vá em frente e volte para Treepoint. Nós vamos te alcançar.
"Viper nos disse para voltar para o clube."
Rory a encarou solenemente. "É isso?"
Jewell mostrou-lhe a mensagem de texto. "Sim."
"Droga, eu queria o filho da puta."

JAMIE BEGLEY
Ela queria desabafar todos os palavrões imagináveis pelo

fracasso em ajudar Elizabeth, mas seu tom calmo esfriou seu
temperamento.
"Eu também."
Quando Rory saiu da rua lateral, ambos olharam para onde

Silas havia estacionado sua caminhonete com Shade e Viper
dentro com seu irmão. Seus olhos então foram para o espelho
lateral. Silas estava fazendo uma curva na rua que tinham
acabado de sair.
Rory também notou a direção deles.
"Eles vão checar a casa."
Jewell mordeu o lábio com preocupação. "Provavelmente por

que Viper não nos queria por perto", ela concordou.
Mantendo seu telefone onde pudesse ser visto de relance, ela
esperou ansiosamente por outra mensagem de texto.
"Uma panela vigiada nunca ferve."
"Eu me pergunto o que aconteceu?" Ela meditou em voz alta.
"Por que Incog não estava lá?" Ele apurou.
"Sim."
"Nenhuma pista. Eu gostaria de saber."
"Ele poderia ter nos visto no hotel ou no restaurante com os

Last Riders?" Ela deu um palpite.
"Não. Cash me disse no almoço que Moon foi em frente e estava

vigiando a casa de Incog antes mesmo de chegarmos à cidade.
"Então ele não planejou no calor do momento não estar lá?"
Rory assentiu, sem tirar os olhos da estrada.
"Ele não tinha intenção de estar lá, o que significa que ele nos
queria aqui em Fort Mills. Quando descobrirmos esse motivo..."

JAMIE BEGLEY
Rory parou de repente o que estava dizendo para ligar

abruptamente o pisca-alerta.
Jewell olhou para ele com surpresa quando ele parou no

acostamento da estrada. "O que você está fazendo?"
Tirando o celular do bolso, ele abriu um aplicativo em seu

telefone.
Consternada, ela viu o aplicativo que ele havia aberto. "Você

acha que há um sinalizador aqui?"
Ambos olharam um para o outro, horrorizados com o que

estava mostrando. Levou dez minutos procurando em vão no
interior do SUV para eles admitirem que o sinalizador deveria
estar do lado de fora.
"Fique dentro."
Ela quase discutiu, então percebeu que fazia mais sentido para
ela manter um olhar atento em seus arredores.
Ele caminhou pelo lado de fora do SUV antes de cair de joelhos

no lado do passageiro.
Jewell baixou a janela. "Você vê alguma coisa?"
"Não." Balançando a cabeça em frustração, Rory foi para a

parte de trás do veículo, em seguida, para o lado do motorista.
Jewell o viu curvar-se ao lado da roda traseira. Ele não se

levantou tão rápido quanto das outras vezes que tinha olhado.
Tentando olhar por cima do encosto de cabeça, Jewell tentou

ver por que estava demorando tanto quando ele se levantou e
voltou para dentro.
"Você encontrou…"
Ele estendeu a mão. O sinalizador estava em sua palma.

JAMIE BEGLEY
"Puta merda!" Ela furiosamente começou a tirá-lo dele para

jogá-lo pela janela, mas Rory o fechou em suas mãos antes que
ela pudesse.
"Devemos perguntar ao Viper o que fazer?"
Por mais que ela odiasse admitir, Rory estava certo. Ela
mandou uma mensagem para Viper sobre o que eles encontraram
e se deveriam jogar fora. Eles tiveram que esperar vários minutos
por sua resposta. Mostrando a Rory o texto de resposta de Viper,
ele ligou o carro com uma risada.
"Sabe, estou começando a gostar mais e mais do Viper a cada

dia."
Inconscientemente, Rory acabou de dar a verdadeira razão pela

qual ela se tornou uma Last Rider. Sorrindo para o texto, ela se
recostou em seu assento para afivelar o cinto de segurança.
Tenho uma ideia melhor. Vamos foder com ele.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Dezoito
Rory olhou pela janela da frente da parada de caminhões,

observando os grandes caminhões reabastecendo. Um sorriso
satisfeito brincou em seus lábios quando ele viu um caminhoneiro
extremamente grande sair de seu caminhão para se aproximar da
loja.
O motorista de caminhão musculoso parecia um linebacker de

um time da NFL. Tomando um gole de seu café, Rory foi até as
prateleiras de lanches mais próximas da porta. Agarrando vários,
ele esperou até ver o caminhoneiro se mover para a cafeteira. Ele
fez seu movimento quando casualmente atravessou a loja até a
seção de comida quente ao lado das cafeteiras. Tirando dois pães
de cachorro-quente de uma gaveta aquecida, ele fez os cachorros-
quentes enquanto o caminhoneiro enchia uma enorme jarra de
plástico.
"Como está indo?"
Sua saudação amigável fez o caminhoneiro olhar para ele.
"Está indo", respondeu o caminhoneiro com sarcasmo.
Rory manteve sua atitude amigável apesar da resposta severa.

"Dia duro?" Ele simpatizou.
"O que você acha, porra? Se o tempo não está sendo uma puta,
minha senhora fica me mandando mensagem perguntando
quando eu volto para casa."

JAMIE BEGLEY
"Droga, isso é uma merda. Sempre pode dizer a ela que deixou
seu telefone na parada de caminhões", ele aconselhou em tom de
brincadeira.
O caminhoneiro pareceu considerar seriamente a desculpa.
"Para onde você está indo?"
"Tucson. Então eu tenho que pegar outra carga em Nevada

antes de ir para casa na Geórgia."
"Longa viagem." Rory terminou de encaixotar os cachorros-

quentes em sua bandeja de papel para pegá-los.
"Não o suficiente."
O caminhoneiro, que parecia estar na casa dos trinta, usava

uma longa barba que era da mesma cor de seu longo cabelo preto
aloirado. Dois tampões de ouvido cercaram uma expressão
seriamente agressiva que não impediu Rory de expressar sua
opinião.
"Então eu pensaria em conseguir outro emprego ou uma

senhora diferente. Boa viagem."
Pegando sua braçada de guloseimas, Rory foi direto para o

caixa. Pagando, ele acenou para Jewell, que estava fingindo olhar
para a seção de bebidas geladas antes de sair pela porta.
Fazendo malabarismos com suas compras, ele caminhou em

direção ao caminhão. Felizmente, não havia outros caminhoneiros
reabastecendo. Ele se moveu para trás da carroceria, e com um
movimento rápido de sua mão, Rory deixou cair o sinalizador atrás
da placa.
Continuando a caminhar até o final da área de estacionamento,

ele entrou em seu SUV para esperar por Jewell.
Saindo da loja ao mesmo tempo que o caminhoneiro, Jewell

ainda falava enquanto caminhava até onde ele estava sentado. Ela

JAMIE BEGLEY
entrou enquanto o caminhoneiro se movia para o seu lado da

porta.
Abaixando a janela, Rory pôde ver que o caminhoneiro estava

com um humor melhor do que na loja.
"Não ia seguir seu conselho", dentes brancos perolados

apareciam através da barba enorme, "mas qualquer cara que
conseguir pegá-la é alguém que eu vou ouvir."
Rory arqueou uma sobrancelha na direção de Jewell. "Ela disse

que ela é minha?"
"Não me deu o número dela por sua causa."
Rory não tinha o direito de se ofender com a maneira como o

caminhoneiro o encarava como se estivesse se perguntando o que
Jewell podia ver nele.
"Sim, ela é definitivamente uma protetora."
"Ela definitivamente não estaria sentada em casa para mim.

Estaria andando com uma espingarda em todos os lugares que eu
fosse."
Rory conseguiu manter uma cara séria no jeito que Jewell

estava olhando para eles.
"Há muito a dizer sobre as mulheres que mantêm o fogo em

casa aceso. Qualquer garota pode cavalgar ao seu lado; são
aquelas que têm uma refeição quente esperando e te deixa ansioso
para voltar para sua cama que são as protetoras", ele discordou,
sentindo pena da mulher que estava sentada em casa, esperando
o caminhoneiro.
"A única coisa para a qual Savannah é boa é manter meus cães
alimentados. Ela morreria de fome se não fosse por refeições
congeladas e comida para viagem."
A mulher do caminhoneiro não lhe dava muito para trabalhar,

concluiu Rory.

JAMIE BEGLEY
"Bem, boa sorte com isso."
Ligando o motor para encerrar a conversa, ele começou a

fechar a janela.
"Caso se canse de brincar de espingarda com ele, me ligue",

disse o caminhoneiro a Jewell, dando um passo para trás para
não ser atropelado. "Meu nome é Rogue. Eu posso ser encontrado
em…"
Rory terminou de fechar a janela antes que o caminhoneiro

pudesse terminar.
Jewell deu uma risadinha, acenando enquanto eles partiam.
"Quase sinto pena do incorrigível."
"É realmente traição se ele não conseguiu o seu número?"
"Sim. O pensamento é o que conta."

"Isso vindo da mulher que ia beijar os miolos do Reaper?" Ele
se sentiu mal assim que as palavras saíram de sua boca.
"Eu não." Seu olhar ardente se intensificou.
Rory sentiu o calor vindo em sua direção e começou a dissipar

a situação. Eles tinham uma longa viagem pela frente, que ele
esperava que acalmasse seu temperamento desgastado. Ele não
tinha muita esperança. Tudo o que ele dizia e fazia parecia
enfurecê-la.
"Desculpe, não quis dizer isso do jeito que saiu."

Jewell cruzou os braços sobre o peito. "Então como você quis
dizer isso?"
"Olha, eu estava sendo um idiota. Fiquei com ciúmes por ele

estar tão interessado em você, e descontei em você."
Seu queixo caiu com a confissão dele antes que ela virasse a
cabeça para frente para olhar para a estrada. O carro ficou quieto.
"Sem comentários?" Ele não iria deixá-la tão facilmente.

JAMIE BEGLEY
"Não tenho nada a dizer, exceto que eu só fodo Last Riders; o

que você não é."
"Isso não limita suas opções?"
"O que mostra o quão sem noção você é. A maioria dos Last
Riders está visitando suas famílias, e o clube principal em Ohio
tem centenas."
"Então, você tem sido uma garota ocupada", ele falou

lentamente.
Se ele fosse uma batata, estaria cozido com o olhar que ela lhe
lançou.
"Eu não fodi com todos eles. Faça-me a porra de um favor e

cale a boca", ela grunhiu.
Rory recusou seu pedido. "Não por falta de tentativa, suponho."

O que não havia resposta a dizer. Ele começou a tocar bateria
imaginária com os dedos no volante.
"Se eu fosse um Last Rider, você me foderia?"
"Não."
"Por que não?"
"Porque eu não estou atraída por você."
"Foi algo que eu fiz?"
"Você está respirando; isso é tudo o que é preciso."
"Ai! Eu tive mulheres que não se sentiram atraídas por mim,

mas você não acha estranho ter tomado uma antipatia tão
imediata por mim?"
"Na verdade, não gosto da maioria das pessoas."

Rory riu de sua irracionalidade. "Eu sou o oposto. Geralmente
gosto da maioria das pessoas até que elas me provem que não
valem a pena."
"Posso ser uma dessas pessoas?" Ela disse sarcasticamente.

JAMIE BEGLEY
"Não, tarde demais. Eu gosto mais de você a cada dia."
"Como o Viper? Você quer transar com ele também?"
"Não, ele pode ser mais do que eu posso lidar", ele brincou. "Ele
parece viver de acordo com suas próprias regras, que eu respeito.
Com você, eu só fico cada vez mais intrigado. Você é obstinada,
confiante, um maldita trabalhadora, mas tem medo do seu lado
feminino. Você é uma mulher sexy, e sexo não é uma palavra suja
para você. Você é o desejo de um homem realizado."
"Depende do homem."
Rory ouviu a dor em sua voz.
"Você nunca poderia encontrar seu lugar na vida de Reaper.

Reaper é frio e sem emoções. Você é tudo menos isso. Você é mais
como um vaga-lume… você ilumina o céu."
Jewell o encarou sarcasticamente enquanto abaixava a janela.

"Eu tenho que arejar o carro da porcaria que você está
derramando. Seus clientes realmente pagam por esses elogios
bregas?"
"Estou falando sério. Eu também não estou comprando o que
você está tentando vender. Você parece uma cadela de nariz
empinado, mas nada poderia estar mais longe da verdade, não é?"
"Continue fodendo por aí, e você vai descobrir", ela o advertiu
causticamente, veneno escorrendo de sua língua.
"Eu não tenho medo de você, ou que você se esconda atrás dos
Last Riders para se tornar invencível. Eu acredito em ir atrás do
que eu quero."
"O que diabos isso significa?"
"Isso significa que eu quero você, e eu sei que você me quer."
"Sonhe, amigo", ela bufou.
Rory desviou os olhos da estrada por tempo suficiente para dar

a ela um olhar determinado. "Desculpe, não posso fazer isso."
"Por que não?"

JAMIE BEGLEY
"Porque meus sonhos são feitos de você."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Dezenove
"Se eu sou a garota dos seus sonhos, você precisa de um

psiquiatra."
Surpreso com a resposta dela, Rory desejou que eles não

estivessem dirigindo na interestadual, ou ele teria parado.
"O que diabos foi isso?" Ouvir a pena em sua voz o deixou
nervoso.
"Apenas dizendo." Ela deu de ombros. "Você me conhece há

dois, três dias? A partir disso você determinou que eu sou a garota
dos seus sonhos? Cara, precisa elevar suas ambições."
Rory estava começando a entender como Jewell reagia cada vez

que ele lhe fazia uma proposta. Ela o dispensava com sarcasmo
ou cortava e fugia.
"Você está dizendo que não vale a pena te conhecer?"
"Estou dizendo que você teria mais sucesso tentando cultivar

laranjas no Alasca do que um relacionamento entre nós dando
certo."
"Por minha causa ou por você?" Ele tentou esclarecer.
"Isso importa?"
"Sim."

JAMIE BEGLEY
Se um relacionamento entre eles não funcionasse por causa

dele, seria por causa de sua escolha de profissão ou por não ser
um Last Rider. Se a causa fosse por causa dela, então que parte
de sua vida ela estava assumindo que colocaria um fim em
qualquer coisa que se desenvolvesse entre eles?
"Eu não sou a típica garota da porta ao lado", ela começou

cinicamente. "Tentei ser esse tipo de garota e falhei. Os homens,
apesar das merdas que fizeram em suas vidas, adoram varrer as
mulheres sobre as brasas pelas coisas que fizeram."
"Como algumas coisas que você me disse sobre dinheiro?"
"Ai está. Meu ponto, exatamente."
"Não tenho vergonha de nada do meu passado e não escondo

meu passado. Consegui fazer minha mãe viver o tipo de vida que
ela merece, colocar meus irmãos e irmã na faculdade. Nem tenho
que trabalhar em um emprego de horário comercial, depois do
qual tenho que voltar para casa, reclamar, só para morrer depois
de alguns anos após a aposentadoria."
"Sim, empregos como esse também não oferecem férias na

Grécia, não é?"
"Eu mesmo paguei por essas férias. Minha mãe é grega. Eu a

levei para lá antes que meus avós morressem para que ela pudesse
vê-los novamente, e depois quando a filha da minha tia se casou."
"Tudo bem, eu estava errada aí, mas você está me dizendo que
as mulheres não pagaram para você acompanhá-las em outras
viagens?"
"Não. Você falou sobre a Grécia, eu expliquei. Apenas me

responda uma pergunta: realmente te incomoda que as mulheres
paguem para estar comigo, ou você ficaria com ciúmes se elas não
tivessem?"
Rory podia dizer que acertou seu ponto quando ela se sentou
ereta.

JAMIE BEGLEY
"Eu não tenho ciúmes de homens!"
"Besteira. Você é uma mulher apaixonada." Rory deu a ela um

olhar conhecedor. "Você pode ter que manter essa parte de você
discreta para os Last Riders, mas não precisa se você estiver sobre
mim."
"Okaay…" ela falou sarcasticamente. "Continue dizendo isso a

si mesmo para se sentir melhor. Eu tenho uma novidade para
você: você não tem nada que eu não possa obter de vários, e quero
dizer vários, dos Last Riders, isso sou eu sendo generosa, o que
posso e tenho com um estalar de dedos."
"Talvez sim", imperturbável com Jewell jogando outros homens

em seu rosto, ele deu a ela um sorriso sarcástico, "mas eles não
são eu." Alcançando o console, Rory colocou a mão na coxa mais
próxima dele. "Há uma diferença entre ser fodida por um amador
e um profissional. Qualquer mecânico pode trocar o óleo, mas se
você realmente quer que seja bem feito, leva seu carro à
concessionária para que ele saia ronronando."
Rory riu quando Jewell jogou a mão de volta ao seu lado.
"Eu não chamaria nenhum dos Last Riders de amadores até

que você os tenha visto em ação."
"Você diz que eles são melhores do que eu na foda? Isso não
parece justo. Como você sabe quem é melhor até me foder?"
"Não preciso provar chucrute para saber que não vou gostar."
Ela fungou com desdém.
"Aposto que posso fazer você mudar de ideia."
"Você realmente acha que sou estúpida o suficiente para cair

nessa armadilha?"
"Não custa tentar."
Calor encheu seu coração quando ela não conseguiu esconder

seu sorriso. Ele havia testemunhado apenas alguns desde que a

JAMIE BEGLEY
conhecera. Não demorou muito para ele perceber que ela

mantinha seus sentimentos perto de seu peito, apenas liberando
suas emoções reprimidas quando ela acreditava estar sozinha,
fora da vista de qualquer um.
Jewell poderia acreditar que estava isolada por pertencer aos

Last Riders, mas no que dizia respeito às suas emoções, ela ficava
sozinha com todos que passavam por ela.
"Você é linda quando sorri."
"Você pode tomar uma pílula de silêncio?"
"Apenas coloquei para fora."
Jewell lançou-lhe um olhar emburrado. "Então coloque para

dentro novamente."
"Não posso. Mesmo se pudesse, não faria."
"Vou me odiar por perguntar, mas... por que não?"
"A melhor parte da minha infância foi observar os vaga-lumes.

Vou lhe contar um segredo sobre mim, nunca tentei pegá-los e
também não deixava meus irmãos ou irmã irem atrás deles. Eles
tinham uma beleza que eu apreciava enquanto eles deslizavam,
mas quando paravam e descansavam, você podia ver as criaturas
delicadas que eles eram. No entanto, podiam iluminar tudo ao seu
redor. Eu gosto de assistir você da mesma forma como fazia com
eles. Eu acho que, com os Last Riders, você está jogando pelo
seguro, contente em permanecer na jarra de vidro. Não se
preocupe, vaga-lume; os Last Riders não são os únicos que podem
mantê-la segura."
Jewell optou por não responder, olhando obstinadamente pela

janela como se estivesse sozinha. Rory a deixou em paz. Ele não
seria capaz de ultrapassar os limites atrás dos quais ela escondia
a verdadeira Jewell.

JAMIE BEGLEY
Ele conheceu várias mulheres duras enquanto trabalhava

como gigolô; a única coisa que tinham em comum era uma dor tão
forte como se tivessem sido atingidas correndo de cabeça em uma
cerca elétrica. Elas ficavam com medo de ultrapassar os limites
seguros onde aquela dor horrível nunca poderia ser sentida
novamente.
Jewell estava contente com o estilo de vida que tinha com o

clube, onde podia se esconder do mundo exterior, respirando
apenas o ar que havia sido enfiado no topo de uma tampa. No
entanto, quando a tampa foi retirada, ela se recusou a voar para
longe, satisfeita em permanecer na jarra de vidro que se tornou
sua casa.
Esta manhã, quando eles estavam no quarto do hotel, ele tinha

evitado fazer um movimento firme na direção dela por esse motivo.
Aguardar seu tempo era importante, pois permitia que ele
respirasse fundo para cavar fundo em si mesmo antes de fazer
qualquer movimento em sua direção.
Quando saiu do banheiro e viu que Jewell havia saído do

quarto, ficou desapontado e aliviado. Os sinais de atração que
viajavam entre eles eram tão inflamáveis que levaria pouco para
ativá-los. Daí porque ela tinha corrido. Os Last Riders eram seu
lugar seguro quando qualquer emoção colocava em risco o limite
que ela estava determinada a permanecer.
Um ping do telefone de Jewell quebrou o silêncio tenso.
"Viper disse para você segurar firme depois que voltarmos para
Treepoint," ela o informou infeliz. "Eles estão verificando algumas
coisas. Querem ter certeza de que você não vai embora até que
voltem."
Ele deixou os dedos tamborilarem no volante, pensando que

pelo menos um de seus problemas havia sido resolvido:
permanecer perto de Jewell.
Um pensamento repentino lhe ocorreu.

JAMIE BEGLEY
"Você vai para Ohio amanhã?"
Dando um olhar irritado para as pontas dos dedos dançantes

dele antes de desligar o telefone, ela disse: "Não. Ele quer que eu
espere também. Eu não poderia ter uma pausa se fosse entregue
a mim em uma bandeja de ouro."
Mal ouvindo a última parte de sua resposta murmurada, ele

decidiu deixar passar sem questionar. Basicamente, neste ponto,
ele teria que concordar com ela. Quaisquer que fossem, os poderes
pareciam estar frustrando qualquer plano que ela fizesse. Por
outro lado, ele não estava acima de usar a oportunidade para seu
próprio benefício.
"Você quer ver um filme ou jantar quando voltarmos para

Treepoint?"
"Você está me convidando para um encontro?"
"Sim."
"Não. Pretendo dormir até que Viper volte."
"E se demorar alguns dias?"
"Então eu dormirei por alguns dias. Eu poderia aproveitar o

descanso."
"Você poderia me mostrar a cidade amanhã?"
"Você já a viu duas vezes… quando você veio para a cidade e

quando saímos ontem à noite. Não há mais nada para ver."
"Você poderia me levar para passear na sua moto?" Ele sugeriu.
"Não monto com passageiros."
"Você está inventando uma desculpa diferente toda vez que eu

tenho uma ideia?"
Ela assentiu sabiamente. "Agora você está entendendo."
"Você não quer nem dar uma volta e ver para onde vai?"

JAMIE BEGLEY
"Você…" ela apontou um dedo para ele e depois para si mesma,

"e eu?"
"Sim."
"Inferno, eu não preciso ver onde isso iria. Já estive lá muitas

vezes para contar. A vila de lugar nenhum."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte
Pegando sua bolsa de viagem do SUV de Rory, ela rapidamente

subiu os degraus para o clube.
"Ei", Jesus a cumprimentou quando ela chegou à varanda.

"Como foi a viagem?"
"Longa pra caralho." Sem se importar que Rory estivesse bem

atrás dela, Jewell agarrou a maçaneta para entrar. Rapidamente
subindo as escadas, ela subiu para o seu quarto. Um som no
quarto de Nickel fez Jewell parar. Nickel estava fodendo Ember
por trás em sua cama enquanto ela dava um boquete a Puck.
Com as mãos enterradas no cabelo de Ember enquanto ela

subia e descia sobre ele, Puck deu a ela um sorriso de venha cá.
"Você quer se juntar? Estou pronto para alguma ação de língua."
Se não estivesse tão cansada, ela poderia ter aceitado a oferta

dele. A língua de Puck era mágica.
"Não. Estou cansada pra caralho. Talvez mais tarde."
Dando um pequeno aceno de sua mão, ela se moveu para seu

quarto. Jewell fechou a porta atrás de si e deixou cair a mala de
viagem ao lado da porta. Escolheu um short curto de pijama e um
top e se trocou. Então, deixando suas roupas no chão, ela abriu a
gaveta de baixo da cômoda para tirar um ursinho de pelúcia gasto.
Segurando-o, ela se jogou na cama, desligando a luz e puxando a
coberta sobre a cabeça, selando-se em um casulo apertado de

JAMIE BEGLEY
calor. Ela adormeceu com o ursinho de pelúcia pressionado em

sua bochecha, apesar de ouvir o barulho vindo dos outros
quartos.
Quando acordou de manhã, ela ficou chocada com a hora.

Jewell não conseguia se lembrar de quando tinha dormido depois
das 19h, muito menos até as 10h.
Depois de se arrastar para fora da cama para tomar banho, ela

vestiu uma calça de moletom cor de lavanda grossa e um moletom
com capuz quando viu que estava nevando do lado de fora da
janela.
Checou seu telefone em busca de mensagens de Viper e quase

mandou uma mensagem para ele, mas decidiu esperar. Ele não
diria nada a ela até que estivesse pronto, então seria inútil
desperdiçar o esforço.
Ser mantida no escuro era irritante pra caralho.
Colocando o ursinho de volta na gaveta, Jewell desceu para

encontrar todos vestindo seus casacos.
"Aonde vocês vão?"
Ember estava puxando seu chapéu multicolorido sobre a

cabeça. "Nós vamos andar de trenó. Venha conosco. Vamos todos
para a casa de Cash."
Jewell fez um estremecimento simulado. "Inferno, não. Vou

manter minha bunda aqui toda bonita e quentinha."
"Vamos." Beth ouviu o final de sua recusa quando ela, Noah e

Chance chegaram da cozinha. "Todo mundo vai. Lily está trazendo
seus filhos, Winter vem com Aisha e Rachel vai fazer uma jarra de
chocolate quente."

JAMIE BEGLEY
"Tentador como isso soa, eu vou passar. Tenho um bom livro

que preciso terminar."
Beth balançou a cabeça, não acreditando na mentira. "Se você

mudar de ideia, sabe onde estamos."
"Congelando suas…" Jewell pegou os dois garotos esperando

que ela xingasse novamente, "partes baixas." Provocante, ela tirou
o chapéu de Noah e o golpeou na cabeça com ele. "Pensou que
você tinha me pegado, não é?"
O filho de Razer mostrou o espaço entre os dentes quando

sorriu.
Devolvendo o chapéu a Noah, ela foi até a cozinha. Seu bom

humor desapareceu quando viu Rory sentado à mesa, tomando
café.
"Você não vai andar de trenó com eles?"
"Não. A última vez que andei de trenó, quebrei meu braço."

Rory balançou os dedos para ela. "No meu negócio, meus dedos
são meu sustento", ele disse com ironia.
Jewell quase tropeçou em seus dois pés enquanto tinha que

ficar de costas para ele para conseguir esconder sua risada.
Droga, ele estava ficando fofo.
Não, Jewell. Definitivamente não, ela se repreendeu. Você não

vai lá.
Mas temos a permissão do Reaper, se quisermos...
Suspirando interiormente para desligar as duas partes de sua

mente indo e voltando sobre foder Rory para fora de seu sistema
ou não, ela fez um café e uma torrada. Ela estava prestes a levá-
los para cima quando seu telefone tocou. Esperando que fosse
Viper, Jewell ficou surpresa que fosse Rachel ligando.
"Olá", Jewell respondeu.

JAMIE BEGLEY
"Ei, Jewell. Aqui é Rachel."
Jewell foi até a geladeira pegar creme enquanto falava. "E aí?"
"Eu tenho um favor para pedir…"
"Não."
"Por favor... deve levar apenas trinta minutos. Uma hora, no

máximo."
"Então deixe-me reformular... Inferno, não."
Jewell pôde ouvir um suspiro alto de Rachel. "Ok, eu entendo

totalmente. Vou apenas dizer às crianças que não poderei
acompanhá-las."
"Se você está tentando puxar as cordas do meu coração, eu não

tenho nenhuma."
"Tudo bem então. Falo com você mais tarde."
Jewell cedeu ao tom triste na voz de Rachel.
"Não estou dizendo que farei isso... mas o que você ia pedir?"
Jewell soube que estava fodida quando a voz de Rachel se

iluminou.
"Ema quer que eu vá andar de trenó com ela, mas preciso de

alguém para cuidar de Gabe, e acabei de aferir a pressão de Mag,
está baixa. Liguei para o Dr. Price, ele vai passar por aqui em uma
hora. Normalmente, Jo ou Evie ficam com ela quando saio, mas
elas querem ir…"
"Andar de trenó."
"Só vou com eles o tempo suficiente para que desçam a colina
algumas vezes, e então eu volto logo. Prometi chocolate quente a
todos, então não ia demorar muito, de qualquer maneira."
"Mag está dormindo ou acordada?"

JAMIE BEGLEY
"Ela está dormindo. Por quê?"
Jewell não se deu ao trabalho de dizer a verdade. Se a velha

bruxa estivesse acordada, a resposta teria sido diferente.
"Então estarei aí em alguns minutos."
"Obrigada. Eu te amo muito! Você é a melhor!"
"Sim, sim. Tchau." Jewell desligou com os agradecimentos

efusivos de Rachel.
Movendo-se para o armário, Jewell tirou um copo de viagem de

plástico onde poderia servir seu café. Comendo sua torrada seca,
ela transferiu o café, ciente de que Rory estava observando cada
movimento que ela fazia.
"Indo para algum lugar?"
"Para o inferno."
"Eu posso ir?"
Ela começou a dizer não quando um diabinho malvado dentro

dela perguntou: E se Mag acordar?
"Certo. Por que não?"
Sentindo a armadilha, Rory parecia estar repensando em ir.

"Algum trenó estará envolvido?"
"Não."
"Alguma das outras partes do meu corpo estará em perigo?"

Ele brincou.
"Nenhuma que afete seu desempenho no trabalho."
De bom humor, Rory se levantou. "Então vá em frente,

Senhora."
Um formigamento de eletricidade subiu pela sua espinha.

Agarrando o copo de café com força para não deixá-lo cair, ela

JAMIE BEGLEY
disse, "Encontro você no carro. Preciso pegar minha jaqueta e

trocar meus sapatos."
"Parece bom. Preciso pegar o meu também."
Não querendo deixar Rachel esperando, Jewell correu escada

acima para pegar o que precisava.
Rory chegou antes ao SUV e já tinha o motor ligado.
"Como você me derrotou?" Ela perguntou, desejando ter

agarrado suas luvas quando entrou, tremendo.
"Estou acostumado a entrar e sair rapidamente."
"Isso não é nada para se gabar."
"Depende de quem estou querendo impressionar. Com você, eu

levaria meu tempo."
Jewell lançou-lhe um olhar que dizia que ela não acreditava em

nada do que ele dizia.
A brincadeira sexual entre eles a fez tentar se lembrar da

última vez que fizera sexo. Pelo menos duas semanas; com todas
as noites que ela tinha trabalhado na fábrica e todas as compras
de Natal consumindo a maior parte de seu tempo livre, ela supôs
enquanto lhe dava as direções para a casa de Cash e Rachel.
O desvio para a casa estava cheio de motos e carros. Vários dos

membros acenaram para eles quando Rory passou e eles subiam
a colina com seus trenós.
Ela instruiu Rory a estacionar ao lado de uma caminhonete

que estava ao lado da cabana de madeira, e eles saíram do SUV.
Enquanto subiam o pequeno lance de escadas até a varanda, um
homem de pernas compridas saiu com seu filho.
"Oi, Dustin, Logan."
"Oi", Logan, agora um adolescente de treze anos, respondeu

timidamente.

JAMIE BEGLEY
"Oi, Jewell. Rachel disse que você viria para ver Mag. Eu
aprecio você nos ajudar."
"Rory, este é Dustin Porter e seu filho, Logan", Jewell fez a

rápida introdução. "Dustin, este é Rory, um amigo que veio para
os feriados."
Dustin estendeu a mão. "Prazer em conhecê-lo. Espero que

você aproveite a sua estadia."
Rory apertou sua mão. "Já temo ir embora."
Dustin deu a Rory um sorriso masculino de compreensão.

"Treepoint ou Jewell crescendo em você?"
"Ambos." Rory sorriu de volta.
Jewell revirou os olhos para os homens. "É melhor eu entrar."

Movendo-se ao redor deles, Jewell bateu na porta. Rachel
respondeu imediatamente, seu casaco já vestido.
"Graças a Deus você está aqui. Cash ia voltar com as crianças.

Posso ligar de volta e dizer que vou com Dustin."
Jewell entrou na casa enquanto Rachel chamava seu marido.

Quando terminou, vestiu o casaco.
"Você sabe onde está tudo. Se tiver algum problema, é só

chamar. Acabei de verificar Mag; ela ainda está dormindo. O Dr.
Price vai me mandar uma mensagem quando chegar aqui. Eu não
iria, mas Ema está deixando Cash louco. Ela está determinada a
patinar no gelo, embora Cash e eu tenhamos dito a ela que o lago
ainda não está congelado o suficiente. Esperamos que ela fique
exausta o suficiente para nos dar um tempo de suas exigências.
Ela fica mais parecida com Greer a cada dia." Rachel empurrou
para trás uma mecha de cabelo em frustração. "Os meninos são
muito mais fáceis de lidar. Gabe é meu bebezinho." Rachel acabou
de ter um bebê há alguns meses, depois de perder um em um
aborto espontâneo. "Ele está dormindo em seu berço, então fique
atenta com ele."

JAMIE BEGLEY
Jewell tirou o casaco para pendurá-lo em um gancho ao lado

da porta quando Rory entrou.
"Oi, Rory. Você está aqui para fazer companhia a Jewell?"

Rachel perguntou, colocando suas luvas.
"Sim, parece uma aposta mais segura do que a colina."
O rosto de Rachel se encheu de consternação quando seu olhar

se desviou do de Jewell.
"Sim, bem... isso depende se Mag continuar dormindo. Boa

sorte", ela murmurou, correndo para fora da porta e fechando-a
firmemente atrás dela.
Rory deu a ela um olhar desconfiado pela forma como Rachel

agiu. "O que ela quis dizer com isso?"
Jewell tentou parecer inocente, mas falhou miseravelmente.
Rory foi para a porta. Alcançando-o até a saída, antes que ele
pudesse sair, Jewell se grudou na porta e implorou para que ele
ficasse.
"Não vá. Se ela acordar, você pode entrar lá", ela sussurrou,
não querendo acordar o velho morcego que estava no quarto a
poucos passos de distância.
Rory cruzou os braços sobre o peito. "Você me enganou para

vir junto."
Jewell levantou os dedos. "Apenas um pouquinho. Mag

provavelmente não vai acordar. Ela não acordou na última vez que
eu vim."
Rory não estava apaziguado. "O que há? Ela tem Alzheimer ou
algo assim?"
"Alzheimer seria uma benção onde aquela ve..."
"Quem diabos está fazendo toda essa bagunça aí fora?"

JAMIE BEGLEY
Jewell estremeceu com a voz crepitante gritando do quarto.

Agarrando Rory pelos ombros, ela o virou na direção do quarto e
o empurrou para frente. "Vá se apresentar."
Rory olhou para ela por cima do ombro. "Não vou entrar no
quarto de uma mulher que não conheço."
Jewell fez uma careta para ele. "Desde quando?" Ela lhe deu
outro empurrão. "Não é isso que você faz o tempo todo?"
"Não, não é. Elas vêm até mim."
"Bem, você está subindo no mundo. Considere isso uma visita

domiciliar."
"Rachel, você está tentando infiltrar outro homem na casa do

meu neto? Ema, traga-me a minha cadeira de rodas. Eu vou ver
por mim mesma quem diabos…"
Jewell fechou os olhos com tristeza. "Deixa pra lá. É tarde

demais. Eu tenho que entrar lá, ou ela acusará Rachel de trair por
aí."
Rory deu a ela um olhar espantado. "Cash é o cara grande e

loiro musculoso pra caralho e com todos os anéis em seus dedos?"
"Sim."
"Quem diabos o trairia? Eu só trabalho com mulheres, mas

caramba, eu consideraria seriamente se ele pedisse."
Excitação pura atingiu-a como um balde de lava na imagem

que entrou em sua cabeça. Então a realidade bateu.
Mal-humorada, ela foi até o quarto de Mag.
"Ele não vai. Cash não fica com homens, também. Ele não fica
com outras mulheres desde que ele e Rachel ficaram juntos."
Todos os bons momentos que ela e Cash tiveram juntos na

cama voltaram rapidamente. Ela teria que transar em breve, ou
quebraria e aceitaria a sugestão de Reaper.

JAMIE BEGLEY
"Cash é tão bom quanto eu acho que ele é?" Rory perguntou,
seguindo-a.
Tristemente, ela lhe deu a verdade. "Melhor."
"Droga", Rory ofegou.
"Sim."
Adiar o inevitável não tornaria as coisas mais fáceis. Apoiando

os ombros para trás, ela entrou no quarto de Mag.
Os olhos da velha se estreitaram nela no segundo em que

passou pela porta. "O que você está fazendo aqui?"
"Rachel me pediu para ficar aqui para que ela pudesse andar
de trenó com Ema."
"Ela vai causar uma pneumonia a essa garota levando-a lá com

esse tempo."
"Tenho certeza de que eles estão empacotados, então não vão."
"Você tem filhos?"
Jewell endureceu. "Você sabe que não tenho."
"Então o que você sabe sobre criar filhos?" A velha cadela

rosnou para ela.
"Nada."
"Achei que não. Ouvi a voz de um homem na sala. Você traz

um homem para minha casa para fornicar enquanto Rachel e meu
neto estão fora?"
"Não, eu não trouxe."
A velha cadela bateu com a mão na colcha que a cobria. "Eu

sei quando ouço a voz de um homem!"
Rory falou da porta. "Nós não estávamos fornicando;

estávamos conversando."

JAMIE BEGLEY
Os olhos redondos se moveram em sua direção. "Quem é você?"

A voz da velha cadela se suavizou.
"Um amigo de Jewell. Estou visitando nas férias."
"Aproxime-se onde eu possa vê-lo."
Rory se moveu para o lado da cama de Mag.
"A jovem cadela tem um gosto melhor do que eu pensei que ela
teria." Mag deu um tapinha na lateral de sua cama. "Sente-se.
Sente-se um pouco."
Jewell quase engasgou com o convite da velha. A cadela estava

realmente flertando com Rory.
"Seja útil e me traga uma cerveja", Mag retrucou para Jewell.
Jewell foi para a outra sala. Em vez de pegar uma cerveja, ela
pegou outra coisa e trouxe de volta. Sentada na cadeira ao lado
da cama, ela fez sinal para Rory se sentar.
"Sinta-se à vontade. Sente-se um pouco." Imitando o tom de

Mag, Jewell manteve o rosto impassível enquanto Rory lhe lançava
um olhar ameaçador.
"Eu não pedi a porra de uma cadeira. Pedi uma cerveja."
"Ah... Obrigada por me lembrar. Vou verificar com Rachel se

você pode ter uma." Jewell pegou o telefone.
"Não importa, vadia."
Jewell fez uma careta para ela. "O mesmo para você, vadia."
Os olhos de Rory se arregalaram, indo e voltando entre elas.
"Você é a avó de Cash? Eu juraria que você é jovem o suficiente

para ser mãe dele."
Mag se envaideceu com ele. "Eu mantenho minha idade bem,

não é?"

JAMIE BEGLEY
"Com certeza. Se não se importa que eu pergunte, quantos

anos você tem?"
"Inferno, não tenho ideia. Parei de contar depois que fiz

noventa."
"Ela tem mais de duzentos anos, e mais um ou dois dias."

Jewell felizmente forneceu a resposta.
Os olhos redondos de Mag se tornaram ameaçadores. "Eu deixo

de gostar de você um pouco mais, cada vez que sua bunda vem
aqui."
"Idem."
"Seja útil e nos traga alguns copos de limonada caseira que

Rachel fez só para mim", Mag exigiu. "Dê-me a chance de conhecer
melhor esse doce menino."
"Trarei a jarra inteira para você, se isso te mantiver fora da

minha vista."
Saindo, Jewell sentiu-se tentada a cuspir no copo da velha

morcega, mas temia que Deus a punisse.
Ela estava colocando a jarra de limonada de volta na geladeira

quando ouviu uma batida frenética, com gritos frenéticos, na
porta. Ela correu para a porta, destrancou-a às pressas e abriu-a.
"Ema caiu no lago!" Logan gritou com ela e saiu correndo.
"Rory, ligue para o 911!" Jewell saiu da casa correndo atrás de

Logan. Quando chegou ao lago, ela viu Logan prestes a pisar no
gelo fino.
"Logan, não!" Jewell gritou. "Eu vou pegá-la. Vá buscar Rachel

e Cash!"
Ema estava esparramada no meio do lago, chorando enquanto

o gelo se quebrava ao seu redor.

JAMIE BEGLEY
"Deus, por favor..." Jewell começou a orar quando

cautelosamente pisava no gelo enquanto Logan saía correndo.
"Deus…"
"Eu quero minha mãe!" Ema gritou enquanto Jewell se movia

cautelosamente em sua direção. Ouvindo os estalidos sob seus
pés, ela caiu de joelhos e começou a engatinhar.
"Ela está vindo, Ema." Jewell se obrigou a falar calmamente

com a criança. "Não se mova."
Os gritos da garotinha a despedaçaram até o âmago.
Ela se abaixou em sua barriga quando o gelo ao qual Ema

estava agarrada se partiu, fazendo-a quebrar outro pedaço.
Deitada, Jewell se aproximou, estendendo a mão para Ema.
"Ema!"
Da margem, o grito de cortar o coração de Rachel fez Jewell

determinada a alcançar a criança.
"Mamãe!"
Ouvir a voz de Rachel fez Ema reagir usando o gelo para se

erguer para que pudesse ver sua mãe.
"Não, Ema! Fique parada!"
A criança frenética não ouviu, seus movimentos se tornando

mais apavorados. Os sons do gelo estalando ficaram mais altos,
deixando Jewell com pouca escolha sobre o que fazer a seguir.
Quando o gelo se desprendeu da mão de Ema, Jewell se lançou

atrás dela quando a criança desapareceu de vista.
Os gritos de Rachel a seguiram nas profundezas escuras e

geladas. Ferozmente, Jewell conseguiu agarrar a gola do casaco
de Ema apesar de seus movimentos frenéticos. Usando cada
grama de força que possuía, Jewell levantou Ema, empurrando-a
no ar.

JAMIE BEGLEY
Batendo o pé na água enquanto segurava Ema, Jewell viu os

Last Riders deitados, fazendo uma corrente em direção a elas.
"Papai!" Ema soluçou.
O primeiro da fila, o rosto de Cash era uma máscara de

intensidade, determinado a alcançar sua filha.
"Fique quieta, Ema!" Ele gritou para ela, o medo de perder

outro filho fazendo-o gritar.
Os movimentos frenéticos de Ema pararam, tornando mais

fácil segurá-la.
Os dentes de Jewell começaram a bater enquanto ela tentava

segurar Ema mais alto fora da água.
"Deixe-me pegá-la, Jewell."
Percebendo que Cash estava tentando tirar Ema dela, ela

soltou seus dedos congelados do casaco de Ema, então continuou
batendo o pé na água enquanto Ema era tirada dela.
Cash segurou Ema perto do seu peito por um segundo antes

de deslizá-la para o lado, para Rory, que estava atrás dele. Então
Cash estendeu a mão para ela.
Jewell conseguiu encontrar um pedaço de gelo para se agarrar.

Não sentindo mais suas pernas, que estavam dormentes, ela
parou de balançar na água. Agora ela balançou a cabeça para ele.
"Não até que... Ema esteja segura", ela tagarelou.
"Dê-me a porra da mão!" Cash gritou, esticando-se e tentando

alcançar sua mão.
Jewell balançou a cabeça novamente. Então, esticando o

pescoço, ela viu que Ema estava apenas a meio caminho da
margem e o gelo estalava em torno de Cash e Rory. Ela também
foi capaz de ver Dustin lutando para impedir que ele e Ema
entrassem na água enquanto o gelo rachava ao redor deles.

JAMIE BEGLEY
"Cash, vá..." Cuspindo água da boca, Jewell começou a chorar.

"Tire todos... do gelo."
"Não vou deixar você aqui, porra!" Ele tentou alcançá-la

novamente, apenas para que o gelo se quebrasse.
"Está tudo bem, Cash. Ema é quem importa... Salve sua filha."
Ela perdeu as forças e sua cabeça foi para baixo da água.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Um
Uma mão firme a arrastou para fora da água.
Ofegante, ela segurou Cash enquanto Rory e ele a puxavam

para o gelo ao lado deles.
"Ema?"
"Ela está segura. O Dr. Price está com ela."
Jewell ergueu a cabeça e viu que a fila de homens até a margem

havia dobrado.
"Quando vocês voltaram?" Ela conseguiu resmungar, olhando

para o céu azul acima dela.
"Você se importa se falarmos sobre isso quando sairmos do

gelo?" Rory começou a rastejar ao lado de seu corpo, deslocando-
os na direção oposta. Cada movimento fazia com que o gelo se
partisse ainda mais.
"Quando eu voltar para a margem, vou arrebentar a bunda de

Ema", Cash afirmou, usando as unhas para agarrar o gelo
escorregadio e deslizar seu corpo para frente.
"Não, você não vai", Jewell disse através dos lábios azuis.
"Rachel não vai deixar."

JAMIE BEGLEY
"Eu não apostaria nisso." Cash a empurrou para frente com

uma mão em sua bunda. "Rachel avisou Ema que ela levaria uma
surra se chegasse perto da água sem um de nós perto dela."
"Ah... Então a velha cadela não vai deixar nenhum de vocês."
"Mag vai nos dizer para dar uma cintada nela, que é o que ela
está dizendo que devemos fazer quando ela fica pedindo. Agora
terei que ouvi-la dizer eu te disse daqui até a porra da eternidade."
Um por um, os Last Riders conseguiram rastejar para fora do

gelo, deixando apenas Cash, Rory e ela para retornar.
"Então eu vou levá-la para casa comigo até que todos se

acalmem." Jewell sentiu outro empurrão firme em seu traseiro,
empurrando-a para frente.
"Boa sorte em tirá-la de Rachel", Cash zombou.
Quando ela chegou à margem, Razer a ergueu do gelo e a

colocou em seus braços. Congelada, Jewell se viu envolta em um
cobertor grosso com Beth segurando-a por trás.
"Vamos levá-la para dentro", Beth disse ao marido.
Jewell começou a dar um passo, apenas para tombar para

frente. Razer a pegou e a levantou em seus braços.
"Eu posso andar." Olhando para Beth, ela só podia ver

preocupação no rosto da mulher.
"Cala a boca, Jewell", Razer murmurou, mostrando a mesma

preocupação que Beth.
"Graças a Deus os homens apareceram bem a tempo."

Correndo à frente, Beth abriu a porta para eles.
Olhando rapidamente para trás, ela procurou por Rory para

ver que ele estava andando atrás dela, com um cobertor enrolado
em volta dele. Os passos largos de Cash os alcançaram na porta
enquanto ele saía em busca de sua filha.

JAMIE BEGLEY
"Cash, não se atreva a colocar a mão nessa criança!"
Razer e Beth olharam para ela com curiosidade enquanto

passavam pela porta.
Alívio a percorreu quando viu Cash segurando Ema como se

sua vida dependesse disso enquanto Rachel enxugava as lágrimas
do rosto.
"Razer, leve-a para o meu quarto. Vou dar-lhe algumas roupas

secas para vestir."
Enquanto Razer a carregava pelo quarto da Old lady, Jewell a

viu observando-a da cama.
Rachel ajudou-a a tomar um banho quente e vestir uma legging

grossa e um suéter grosso. Quando Jewell levou o secador para o
cabelo molhado, Rachel balançou a cabeça. Removendo a toalha
que tinha enrolado na cabeça, Rachel começou a secá-la ela
mesma.
"Rachel, posso fazer isso sozinha."
"Eu quero fazer isso." Lágrimas ameaçaram transbordar dos

olhos de Rachel enquanto ela secava o cabelo dela.
Jewell não discutiu novamente, sabendo que a mãe estava

aproveitando a oportunidade para se controlar depois de quase
testemunhar a morte de sua filha.
Quando Rachel terminou, ela escovou o cabelo e começou a

trançar para ela.
"Dizem que o cabelo de uma mulher é sua coroa, e tão bonito

quanto seu cabelo é", a voz cheia de lágrimas de Rachel parou e
recomeçou, "não pode se comparar com seu coração."
Ela colocou uma presilha na ponta da trança e virou Jewell

para encará-la, puxando-a para um abraço de urso. "Meus
agradecimentos nunca serão suficientes pelo que você fez hoje,
mas algum dia, de alguma forma, eu retribuirei o que você fez."

JAMIE BEGLEY
Explodindo em lágrimas, Rachel a segurou com força enquanto

soluçava.
Jewell estava em seus braços, levantando a mão para acariciá-

la desconfortavelmente nas costas. "Você quer me pagar de volta?
Não deixe ninguém bater em Ema", ela disse meio brincando, meio
séria, tentando aliviar as emoções que Rachel estava passando.
Rachel se afastou com um soluço risonho. "Por mais que

queiramos deixar seu traseiro vermelho, nenhum de nós o faria.
Graças a Deus, Greer não está aqui. Teremos que mantê-lo longe
dela por um tempo. Ele vai ficar apavorado que ela faça isso
novamente. Ele acha que as melhores lições são aprendidas na
palma da mão."
Jewell não sabia dizer se Rachel estava brincando ou não,

assim como não sabia mais se estava chorando ou rindo.
Preocupada, Jewell foi até a porta e viu a sala principal cheia de
todos em volta. Vendo Cash segurando Ema, ela fez sinal para que
ele fosse até ela.
Ainda segurando Ema, Cash caminhou em direção a ela.
"Rachel precisa de vocês dois agora."
Seu olhar perturbado procurou Rachel enquanto ela se movia

para o lado para deixá-lo entrar no quarto. Em vez de se apressar
para confortar Rachel, Cash ficou para trás.
"Jewell... eu..." Cash não parecia estar em muito melhor forma

do que Rachel.
Desconfortável com todos os sentimentos que o casal estava

tentando compartilhar com ela, tudo o que Jewell queria era ir
embora.
"Podemos conversar mais tarde, Cash. Vá ver Rachel."
Ele abriu a boca como se fosse dizer algo, mas depois a fechou.
Inclinando-se para frente, ele deu um beijo na testa dela.

JAMIE BEGLEY
"Obrigado..." Ele então inclinou a cabeça para trás para lhe dar
uma carranca feroz. "E é melhor eu nunca, nunca ouvir você dizer
que não importa novamente. Você é importante para cada um de
nós, entendeu?"
"Entendi."
Cash a encarou como se quisesse continuar, mas então

desviou o olhar para Rachel. Depois de lhe dar outra carranca
feroz, ele foi para o quarto e fechou a porta.
Sabendo que ela era o centro das atenções, Jewell procurou

algo para distrair a todos, falando antes que alguém pudesse dizer
qualquer coisa. "Beth, Lily, todas essas crianças estão esperando
pelo chocolate quente que foi prometido a elas."
"Oh..." Beth ficou boquiaberta para ela, então se recompôs e

deu a ela um olhar como se estivesse determinada a fazer o melhor
chocolate quente já feito. "Lily, vamos dar a essas crianças o que
elas querem. Eu mesma poderia usar uma xícara quente. Winter,
Jo, vocês se importam de vigiar as crianças?"
Winter, que estava segurando o filho de Cash, acenou para ela.

"Nós ficaríamos felizes em fazer isso."
Aproveitando a oportunidade, Jewell manobrou para longe do

grupo de Last Riders, tentando contorná-los para a porta da
frente. A presença de Rory na porta era o menor de seus
problemas. Lidar com a gratidão que vinha em sua direção era
doloroso em sua intensidade.
"Jewell, podemos falar com você por um segundo?"
A alguns passos da porta, precisou de todo o seu controle para

não dizer não a Dustin. Seus pés atrasados a levaram até a porta
de Mag. Seguindo Dustin no quarto de Mag, ela viu Logan sentado
na cama de Mag, chorando enquanto a velha acariciava suas
costas, tentando acalmar o menino. Seu coração se partiu com a

JAMIE BEGLEY
visão, sem saber que os Last Riders se agruparam ao redor da

porta para ver o que estava acontecendo.
Instintivamente, Jewell foi até Logan.
"Logan, Ema está segura. Ela está com sua mãe e seu pai,
recebendo nada além de abraços e beijos." Pensando que Logan
estava tão perturbado porque estava preocupado com sua
priminha, Jewell procurou acalmá-lo.
Enxugando o rosto na colcha de Mag, Logan começou a chorar

novamente.
Ele estava com medo dela?
O pouco que restava de seu coração frio quebrou em um milhão

de cacos.
"Eu queria sair antes de você chegar. Minha cabeça estava

doendo, mas ele não me deixou sair", Logan explicou entre
soluços.
Jewell franziu a testa para ele, então se inclinou para usar a

manga de seu moletom para enxugar suas lágrimas. "Quem não
deixou você sair? Seu pai?"
Planejando dar uma bronca em Dustin, ela quase não ouviu o

que Logan estava soluçando.
"Não. Michael."
Jewell ergueu-se bruscamente, como se tivesse sido atingida.

Dando um passo para trás, ela quase tropeçou no tanque de
oxigênio de Mag.
Dustin estendeu a mão, conseguindo pegá-la a tempo.
Afastando-se de seu braço, ela começou a empurrá-lo para sair

do quarto.
"Não tenha medo de mim." Logan chorou ainda mais. "Ele falou
comigo quando eu estava entrando na caminhonete do meu pai."

JAMIE BEGLEY
Jewell levou a mão à testa, pressionando as pontas dos dedos,

usando toda a sua força para manter as lembranças afastadas.
Com o choro crescente de Logan, ela baixou a mão para voltar
para ele.
"Eu nunca poderia ter medo de você, Logan... É só que..."

Jewell limpou a garganta.
"Eu disse a ele que você não acreditaria em mim se eu dissesse

alguma coisa. Ele me disse que era por isso que eu não podia sair;
que tinha que ajudar a mamãe dele."
O ar foi sugado para fora do quarto. Sentindo como se ela fosse

desmaiar, conseguiu passar por Dustin. Ela não podia ficar...
Quando ela correu para a porta, viu que os Last Riders estavam
assistindo. Viper e Shade foram os primeiros a se afastar, e então
o resto criou um espaço para ela passar.
"Jewell..." Reaper era o único que estava imóvel.
Jewell levantou a mão. "Não! Eu não posso fazer isso... nem

mesmo por aquele garoto."
Reaper se moveu para o lado, permitindo sua liberdade.
Focada em dar o fora de lá, correu para fora. Ela tinha que sair.
Se ficasse, o passado a alcançaria, e ela estava correndo há muito
tempo para parar agora.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Dois
Parado na porta, Rory foi atrás de Jewell enquanto ela passava

por ele sem ver.
Vindo do quarto, Dustin perguntou: "Quem é Michael?"
"O filho de Jewel. Michael morreu quando tinha quatro anos",

Viper explicou.
A tristeza encheu a sala, tão densa que poderia ter sido cortada
com uma faca.
Rory não esperou para ouvir mais nada, correndo para fora
para procurar Jewell. Ele não a viu. Ele correu para seu SUV,
entrou e começou a dar ré. Ao fazer isso, ele pode ver que ela
estava andando pela calçada coberta de neve.
Dirigindo em direção a ela, ele a viu olhar para trás quando

ouviu o motor vindo atrás dela. Ele parou ao lado dela e baixou a
janela, os pneus rangendo.
"Precisa de uma carona?"
"Vá embora."
"Estou cerca de dois minutos à frente antes que um dos Last

Riders venha procurar por você. Acha que algum deles deixará
você andar para casa?" Ela parou abruptamente, e Rory deixou o
SUV fazer o mesmo.
"Não estou pronta para voltar ao clube."

JAMIE BEGLEY
Rory deu de ombros. "Sem problema algum pra mim. Onde

você quer ir?"
"Mick's."
"Mick’s?"
"É um bar abaixo do clube."
"Funciona para mim. Eu não sei você, mas gostaria de uma

bebida ou duas."
Ela não precisava de mais convencimento.
Abrindo a janela uma vez que ela estava dentro, Rory lhe
entregou seu celular.
"Você deveria mandar uma mensagem para Viper e dizer que

eu peguei você", ele explicou em seu olhar interrogativo.
"Se a mensagem vier de mim, você não terá que falar com ele."
"Obrigada", ela murmurou.
"Sem problemas. É o mínimo que posso fazer."
Fazendo a curva para a estrada principal, Rory poupou-lhe um

olhar. Ela percebeu que ele estava olhando para ela e olhou para
ele.
"Não você também. Eu fiz a mesma coisa que qualquer outra

pessoa teria feito se estivessem perto. Se eu não tivesse ido lá,
você teria..."
"Eu não estaria lá se você não tivesse ido", ele afirmou

calmamente.
"Cale-se. Não quero falar sobre isso."
"Então não vamos", ele concordou casualmente. "Sabe, por

Treepoint ser tão pequena, nunca há um momento de tédio aqui,
não é?"

JAMIE BEGLEY
Sua risada irônica encheu o carro. "Tenho dito isso desde que
me mudei para cá. Preciso voltar para Ohio, onde é chato."
"É mesmo?" Rory perguntou, acionando seu pisca-pisca.
"Sim, este é o lugar do Mick."
O estacionamento continha dois carros solitários e uma moto.
Saindo do SUV, Rory reconheceu a moto do estacionamento de

um Last Riders.
"Quem está aqui?"
"Essa é a moto de Moon. Ele sempre se embebeda antes do Ano

Novo."
"Alguma razão em particular?" Rory segurou a porta aberta

para ela.
"Porque mais um ano que passou sem que ele encontrasse uma
old lady."
Ambas as sobrancelhas dele se ergueram com a informação.

"Droga, se ele não consegue uma mulher, então não há esperança
para o resto de nós."
"Ah... Ele pode consegui-las", Jewell refutou essa afirmação.

"Só não a old lady que faz todos os buracos que ele quer."
"Ele é esquisito?"
"Com E maiúsculo."
Jewell passou direto por onde Moon estava sentado para

encontrar um banco do lado oposto, onde as diferentes garrafas
de licor exibidas os bloqueavam de vista.
Vozes femininas barulhentas chamaram sua atenção quando

ele enganchou uma coxa sobre o banco ao lado de Jewell.
Um grupo de mulheres estava sentado em uma mesa grande

com várias garrafas espalhadas entre elas.

JAMIE BEGLEY
"O que eu posso pegar para vocês dois?"
"Vou tomar uma cerveja," Jewell ordenou.
"O mesmo," Rory apoiou.
O barman enfiou a mão dentro de um refrigerador para tirar as

duas cervejas e colocá-las na frente deles.
Rory lhe entregou seu cartão de crédito. "Abra uma conta para
nós."
O barman tatuado bateu no balcão com o cartão em vez de

passá-lo pela máquina. "Tem certeza de que vocês dois não
querem pegar as cervejas e ir embora?" Ele sugeriu. "Você viu
quem está aqui, Jewell?"
Jewell deu-lhe um encolher de ombros despreocupado. "Eu

vejo, Mick. Simplesmente não dou a mínima."
Mick deu a ela um olhar de volta. "Se uma luta acontecer e algo
quebrar, vou cobrar neste cartão", alertou.
Pelo comportamento do barman, Rory começou a duvidar de

sua decisão de entregar o cartão.
"Algo acontecendo que eu deveria estar ciente?"
Mick deu um sarcástico: "Você acha?" antes de colocar o cartão

de crédito ao lado do scanner e retornar ao lado do bar onde Moon
estava sentado.
"Você e aquelas mulheres não se dão bem?" Ele deu um palpite.
"Não realmente."
"Então por que não fomos para outro lugar?"
"Porque eu queria vir aqui. Além disso" —Jewell tomou um

longo gole de sua cerveja—"nós fizemos uma trégua desde que
Train e Killyama se casaram."
"Train é casado com uma mulher chamada Killyama?"

JAMIE BEGLEY
"Sim."
"Eu não vi nenhuma dessas mulheres durante o Natal."
"Isso porque Killyama comemorou com suas amigas."
"As amigas na mesa?"
"Sim."
Suas respostas curtas estavam se tornando irritantes. Ele

estava tendo que arrancar a informação dela, quase como
arrancar dentes.
"Qual delas é a esposa de Train?"
"Adivinhe." Jewell acenou dois dedos para Mick trazer outra

cerveja. "Prepare este com whiskey e cerveja."
"Pode deixar."
Mick deu a ele um olhar eu te disse que Rory realmente não

gostou. Ele não dava a mínima para quantas tatuagens o sargento
disfarçado de barman tinha. Esperando como o inferno que Jewell
e Mick o estivessem usando para se divertir, ele casualmente
olhou para a mesa. Havia doze mulheres ali. Tentando não parecer
muito óbvio, ele procurou por alguém que pudesse ser chamada
de Killyama.
"Aquela com o cabelo louco," ele adivinhou.
"Não, essa é Crazy Bitch."
Mick ficou cativado com o jogo, encostado no bar para assistir

depois que ele deu a Jewell sua bebida.
"Aquela com o top com estampa de tigre?" Rory deu a ela sua
segunda escolha.
"Nããão... Aquela é Sex Piston."
Rory ficou boquiaberto para ela. "Com quem ela é casada?"

JAMIE BEGLEY
"Stud. Ele é o presidente dos Destructors."
"A curvilínea?"
"Essa seria TA, irmã de Ginny."
"Aquela na ponta da mesa?"
Jewell se inclinou para trás para que ela pudesse ter uma visão
melhor da mesa e então se endireitou. "Qual ponta?"
"A esquerda."
"Ela, eu não tenho ideia. Você terá que perguntar a Mick se

estiver interessado."
"Ela não é Killyama."
"Não."
"Então eu não estou interessado."
"Dê outro palpite," Mick encorajou.
"Desisto. Qual delas?"
"Todo o couro preto não lhe deu uma pista?" Jewell revirou os
olhos.
Rory teve que olhar mais de perto através dos olhos

semicerrados para ver a mulher sentada no canto mais escuro.
Claro, ele não estava disposto a admitir isso na frente de Mick,
que lhe deu uma bufada de nojo enquanto se afastava.
"Sim, certo," Jewell zombou. "Aumente o aquecimento, Mick.

Está congelando aqui," ela gritou para as costas de Mick.
"Está quente o suficiente aqui!" Gritou uma das mulheres da

mesa.
Rory identificou a mulher com estampa de tigre como aquela

que gritou quando ela continuou.

JAMIE BEGLEY
"Você não pode aguentar o frio a menos que tenha um Last

Rider mantendo você aquecida?"
Rory começou a responder à mulher que Jewell lhe dissera ser

Sex Piston.
"Não as enfrente." Imperturbável, Jewell continuou a beber sua

bebida.
Risos encheram a mesa.
Tomando um gole de sua cerveja, Rory tentou não deixar que

isso o incomodasse.
"Você deveria vir e se sentar conosco, docinho."
Rory tentou não olhar para quem estava cantando para ele,
mas não resistiu. Era aquela com cabelo grande – Crazy Bitch.
"Há doze de nós, e há apenas uma dela. Jewell pode dizer a

você por si mesma, mais é sempre melhor."
Risos bêbados vieram da mesa, exceto de Killyama e da mulher

que Jewell não conhecia.
"Não..." Rory começou a dizer até que viu Moon e Mick fazendo
sinal para ele ir até lá.
"O que eles querem?" Ele perguntou a Jewell.
"Vou dar um chute e dizer que eles querem falar com você."
"Devo ir?" Não querendo deixar Jewell sozinha, ele permaneceu

sentado.
"Vá. Eu vou ficar bem. Não deixo elas chegarem até mim."
"Tem certeza?"
"Positivo. Enquanto estiver lá, diga ao Mick que quero um

Black Velvet e um hambúrguer. Estou morrendo de fome."

JAMIE BEGLEY
"Vou pedir o hambúrguer. Você deve desacelerar com o álcool",

aconselhou.
Jewell lançou-lhe um olhar mortal. "Se você vai ser um estraga

prazeres, pode ficar lá ou voltar para o clube. Por que você acha
que não há um homem à vista por lá?" Ela acenou para as
mulheres que a assediavam. "Os homens arruínam a diversão."
"Qual é o número mágico que você prefere, Jewell?" Crazy Bitch

riu.
Aquela que Jewell lhe dissera ser TA tentou calá-la.
Moon continuou gesticulando para que ele se aproximasse.
"Por que ele simplesmente não vem?" Rory olhou para o

motoqueiro.
"Porque ele é inteligente. Você vai ver o que ele quer? O que
você não entendeu sobre eu morrer de fome?"
Mande-me para o fodido inferno em uma cesta de mão! Rory

lançou às mulheres na mesa um olhar de advertência antes de se
levantar para ir até Moon e Mick. A única razão pela qual ele cedeu
ao aceno demente deles foi para pedir o hambúrguer de Jewell.
Risos o seguiram.
"Ooh... estou com tanto medo."
Rory estava começando a reconhecer o tom áspero da voz de

Crazy Bitch. Ele quase se virou para confrontar as mulheres,
então decidiu esperar até que ele voltasse depois de fazer o pedido
de Jewell.
"O que diabos você quer?" Rory começou quando se aproximou

de Moon. Antes que ele pudesse se mover, Moon o arrastou para
o banco ao lado dele.

JAMIE BEGLEY
"Estou tentando salvar sua porra de bunda. Irmão, você não

quer nenhuma parte do que está prestes a acontecer com essas
cadelas assassinas."
Olhando boquiaberto para ele, Rory ficou preocupado com

Jewell e começou a se levantar. Moon o empurrou de volta para
baixo.
Rory empurrou as mãos de Moon para longe. "Eu não vou ficar
parado e vê-las machucar Jewell. Por que você não vai até lá e as
impede?
"Porque eu não quero moooorrer." Moon fingiu cortar sua

própria garganta. "Essas cadelas são cruéis."
"Então peça que mais Last Riders venham."
Moon fez uma careta para ele. "Eles não vão dar dois passos
perto delas quando estão tão bêbadas. Da última vez que o
fizeram, acabaram na prisão."
"Você está brincando."
"Eu já mandei uma mensagem para Evie. Ela estará aqui em

breve com reforços. Apenas aguente firme e fique aqui; é o mais
próximo da porta. Mick, coloque uma música. Se ficar pior, vou
ligar para o Reaper."
"Por que não ligar para ele agora?"
"Ele é o último recurso. Deixa-as excitadas. Seus homens estão

jogando cartas na casa de Dalton Andrews. Eles vão…"
Rory não achava que ele tinha ouvido essa última parte direito.
"Dalton Andrews?" Ele buscou esclarecimentos, apesar de

saber que iria parecer estúpido. Não havia como um ator e diretor
famoso conhecer essas pessoas. "O ator de cinema?"
Moon assentiu. "Sim. Ele é casado com TA. Ele também é

cunhado de Reaper."

JAMIE BEGLEY
"Jesus Cristo." Sua bajulação para seu ator favorito tinha

acabado de ser apagada. "Mick, Jewell quer um Black Velvet e um
hambúrguer. Dê-me uma dose de uísque."
Mick deu-lhe um olhar solidário antes de se afastar.
A música começou a tocar no alto-falante do teto, então Rory

ouviu o barulho de um hambúrguer sendo colocado na grelha.
De onde estava sentado, podia ver Jewell através da fileira de

garrafas. Ela estava olhando para sua bebida taciturnamente. Ele
sentiu a mesma sensação de isolamento vindo dela, mesmo
quando ela estava no clube.
Enquanto ele olhava para ela agora, cada hesitação veio à tona.
Como ele deveria competir com os Last Riders? Droga.
Jewell estava acostumada a ter uma miscelânea de homens

atendendo suas necessidades. Felizmente, ele não tinha medo de
um desafio. Ele ganhou muito dinheiro como gigolô porque sabia
como fazer uma mulher querê-lo. E uma lição que aprendera
desde cedo com as mulheres era que a quantidade não era o mais
importante para elas; era qualidade.
Removendo seu suéter volumoso, Rory o colocou no banco ao

lado dele ao mesmo tempo em que a porta do bar se abriu e Evie
entrou com uma fila de mulheres dos Last Riders atrás dela.
"Foda-se," Moon gemeu.
Moon estava certo; não havia um Last Rider masculino entre

elas.
"Mick, chame a polícia." Rory reconheceu o olhar no rosto de

Evie. Ela falava sério e também estava vestindo uma jaqueta Last
Rider.
"Knox não virá. Sua esposa está logo atrás de Evie."
"Tem que haver alguém que..." Rory começou a se levantar,

sacudindo a mão restritiva de Moon.

JAMIE BEGLEY
"O único que gostaria de vir é Greer Porter, e ele não aceita
cartões de crédito."
Arregaçando as mangas até os bíceps, ele pediu a Mick que

tocasse algo mais lento.
"Por quê? Então você pode vê-las batendo umas nas outras em
câmera lenta?" Apesar de sua expressão de cachorro, Mick mudou
a música.
"Não se esqueça que você é quem está pagando pelos danos."
Rory sacudiu um dedo para Mick e então afrouxou o cinto de

sua calça jeans, deixando a calça parar na curva dos quadris.
Moon ergueu as sobrancelhas para ele. "Você não pode foder

com todas elas."
"Eu não tenho que foder com todas. Eu só tenho que fazer com
que todas queiram me foder." Ele desabotoou a camisa de
colarinho que ele usava por baixo do suéter.
Enquanto a música de Paloma Faith "Only Love Could Hurt

Like This" tocava, Rory atravessou o bar em direção a Jewell,
passando pela mesa onde as mulheres dos Last Riders estavam
agrupadas ao redor daquelas que estavam assediando Jewell.
Uma a uma, as mulheres ficaram em silêncio quando ele

passou. Seus olhos lamberam cada mulher na mesa antes de
seguir em frente.
Virando-se, ele foi até Jewell, que se virou no banco para ver o
que ele estava fazendo. Ao se aproximar, viu o vermelho subir ao
rosto de Jewell.
Colocando a mão no bar atrás dela, ele abaixou a cabeça o

suficiente para sussurrar em seu ouvido: "É contra as regras dos
Last Riders você dançar comigo?" Ele esfregou a barba por fazer
no queixo dela, como um grande gato querendo ser acariciado.
"Não..." Jewell resmungou.

JAMIE BEGLEY
Endireitando-se, ele pegou a mão dela para unir seus dedos

com os dele. Então ele começou a andar.
Ao passarem pelas mulheres, ele ouviu a louca gritar: "Ele pode

me machucar..."
Um alto humph veio da mesa, e Rory olhou para trás para ver
Diamond segurando sua mão como se estivesse doendo e Crazy
Bitch parecendo atordoada em imobilidade.
Chegando à pista de dança, Rory enrolou a mão e o braço de

Jewell ao redor dele antes de permitir que sua mão soltasse a dela.
Ele pressionou-se mais perto dela até que seus quadris se
encaixassem confortavelmente nela, então começou a dançar
lentamente. Tomando sua mão livre, ele entrelaçou os dedos e
torceu o braço dela atrás das costas enquanto dançava
sensualmente com ela. Usando a outra mão, ele a deslizou sob
seu moletom para passar a mão por sua espinha.
Sentindo Jewell pressionar contra ele, ele deu a ela um sorriso

erótico. "Você não está usando sutiã."
"O meu ficou molhado e o de Rachel ficou grande demais para

mim."
Ligeiramente torcendo seu braço mais alto, ele grudou seus

seios em seu peito, em seguida, enterrou o rosto no lado de sua
garganta e respirou seu perfume. "Estou te machucando?"
"Não", ela sussurrou.
"Eu vou dançar com você até que tudo que possa pensar é ter
meu pau em sua boceta," ele grunhiu a promessa em seu pescoço.
"Já estou lá."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Três
Rory levantou a cabeça para ver que ela tinha fechado os olhos
com força. "Você vai mudar de ideia quando voltarmos para o
clube?"
"Não."
"Então vamos deixar você comer seu hambúrguer antes de

decolarmos." Rory se afastou de Jewell para levá-la para fora da
pista de dança.
"Eu não estou mais com fome", ela protestou.
Rory deu a ela um sorriso lento. "Você vai precisar de suas

forças. Não discuta."
Ele soltou o braço dela, mas manteve seus dedos unidos.

Mantendo um aperto firme, ele passou pelo grande grupo de
mulheres que agora estavam sentadas juntas com ainda mais
garrafas de licor espalhadas sobre as mesas.
"Jesus... eu me pergunto se ele fode tão bem quanto dança?"
Rory viu que a pergunta tinha vindo de Sex Piston. Ele parou
ao lado da mesa tempo suficiente para dizer: "Melhor", antes de
mover Jewell para os bancos em que estavam sentados.
Sentando-a, Rory envolveu um braço possessivo ao redor de

sua cintura enquanto estava atrás dela.
"Aquele hambúrguer está pronto?" Ele perguntou.

JAMIE BEGLEY
Mick deu a ele um olhar fixo sobre a grelha coberta de

hambúrgueres. Então, colocando a espátula para baixo, ele
levantou uma tampa de metal para descobrir um prato.
"Não me culpe se estiver frio." Ele pousou o prato com um saco

de batatas fritas. Jewell estava dando sua primeira mordida
quando Mick colocou o Black Velvet no balcão.
Antes que Jewell pudesse beber, Rory estendeu a mão para

tomar um gole.
"Isso é meu", Jewell protestou.
"Você bebeu o suficiente esta noite, mas deixarei você tomar

um pequeno gole." Movendo-se para o lado, ele inclinou o copo
para os lábios dela, posicionando-o sob seus lábios onde os dele
estavam.
Depois que ela tomou um gole, Rory retirou o copo para beber
no mesmo local em que ele tomou. Observar a maneira delicada
como Jewell comia seu hambúrguer o deixou duro como pedra.
"Quer uma mordida?" Ela ofereceu.
"Não, obrigado. Estou bem."
"É difícil comer com você me observando."
"Eu quero ter certeza de que todos os seus apetites estão

satisfeitos esta noite."
"Só porque todo mundo me considera uma foda certa, não

significa que eu sou", ela o advertiu.
"A única coisa certa sobre você é o quão duro você me deixa
toda vez que a olho." Rory lhe ofereceu outro gole de sua bebida.
Seus olhos mergulharam em sua pélvis. Jewell lambeu o copo

onde sua boca esteve antes de tomar um gole. "Você está duro
agora?"

JAMIE BEGLEY
Rory esfregou sua pelve contra a parte externa de sua coxa. Do

jeito que ele estava de costas para o grupo de mulheres, elas não
seriam capazes de ver o que ele estava fazendo. "Procura e
encontrarás."
Sua brincadeira sexual estava deixando óbvio que ela não teria
que procurar muito. As pequenas mordidas no hambúrguer que
ela dava estavam prolongando o inevitável. Experiente o suficiente
para ver a indecisão com a qual ela estava lutando, ele começou a
arrastar os dedos por sua espinha, lembrando-a do calor que os
consumiu quando dançavam.
"Você não precisa ficar comigo." Seu olhar pegou o dela. "Eu
posso ser quem você quiser que eu seja..." Sua mão foi para a
parte de trás de seu pescoço para massagear levemente a tensão
atada. "Existe alguém que você só poderia sonhar em transar?
Tudo o que você precisa fazer é fechar os olhos e fingir que sou
ele."
Rory viu Jewell colocar o hambúrguer no prato com dedos

trêmulos.
"Não só posso ser ele, como posso fazer qualquer coisa que você
sempre quis que ele fizesse com você... tudo o que precisa fazer é
pedir."
Ele podia sentir Jewell começar a tremer sob sua mão

massageadora.
"Qualquer coisa?"
"Qualquer coisa", ele repetiu a oferta. "Tudo o que você tem a

fazer é pedir."
Ele havia feito a mesma oferta muitas vezes em seu passado

para acalmar seus clientes mais ariscos. Nunca uma vez o
incomodou. Esta noite... com Jewell, aconteceu. Doeu pra
caralho.

JAMIE BEGLEY
Jewell empurrou o hambúrguer meio comido para longe.

"Mick", ela disse ao barman, "você pode fechar nossa conta.
Estamos prontos para ir."
Mick saiu do grill para passar seu cartão pelo leitor, então foi
até o balcão para colocá-lo e a conta para ser assinada.
"Você não vai pagar pelo nosso também?" Uma das vozes
irritantes das mulheres gritou.
"Passe de novo." Deslizando seu cartão de volta para Mick, ele

inclinou a cabeça para o lado, indicando que pagaria a conta das
mulheres.
Depois de assinar os dois papéis, Rory ajudou Jewell a sair do

banco, mantendo o braço possessivo em volta da cintura dela
enquanto se colocava do lado de fora, onde ela não teria nenhum
contato com as mulheres bêbadas. Seus olhares faziam buracos
neles enquanto passavam.
"Tenham uma boa noite, senhoras."
Chamá-las de senhoras era uma piada, considerando a

quantidade de decote que elas mostravam descaradamente.
"Não teremos uma tão boa quanto ela terá", Crazy Bitch bufou.
"Você acredita que nossos homens preferem jogar cartas do que
festejar conosco?" Ela perguntou, bêbada.
Rory podia, e ele fez. Desde que sua mãe o ensinou a não dizer
nada se você não pode dizer algo bom, ele se absteve de dizer
qualquer outra coisa.
Eles estavam quase saindo pela porta, ele se parabenizando

por tirar Jewell ilesa, quando uma voz sarcástica pôde ser ouvida
atrás deles.
"Estou surpreso que ela esteja dando a ele a hora do dia. Pensei
que ela só deveria foder Last Riders. Qual é o problema, Jewell?

JAMIE BEGLEY
Eles se cansaram de você, ou as esposas se cansaram de você

tentar roubar seus homens?"
Felizmente, seu braço ainda estava em volta da cintura de

Jewell, então ele facilmente a levantou do chão quando Jewell
tentou se afastar e voltar.
"Seu fodido pedaço…"
Rory fez uma careta quando uma pancada forte, a cadeira

rangendo e caindo, bem como gritos femininos, se ergueram acima
da música tocando.
"Deixe-me ir", Jewell murmurou, chutando suas pernas contra

ele.
"Não." Rory não se desviou de caminhar até a porta, mas não

antes de lançar um olhar irritado para Moon. O solitário Last Rider
não ajudaria a lidar com a briga que tinha começado. Ele tinha
passado de três folhas ao vento e estava atualmente bêbado na
Terra do nunca. Mick também não ajudaria; ele estava tirando
suas garrafas das prateleiras para escondê-las embaixo do balcão.
Finalmente alcançando a porta, Rory arrancou os dedos de

Jewell do batente, quando quatro carros entraram guinchando no
estacionamento vindos da direção do clube, enquanto um carro
da polícia lentamente virava a esquina da cidade apenas para
passar sem parar.
Rory acenou para o carro da polícia.
"Você pode parar", Jewell disse a ele, quase conseguindo

escapar de seu aperto afrouxado.
"Aquele é Greer. Ele está a caminho de jantar com sua família."
"Inacreditável", ele grunhiu, erguendo Jewell mais alto ao seu

lado. "Se você não deixar pra lá, eu vou…"

JAMIE BEGLEY
Rory esqueceu com o que ele ia ameaçar Jewell quando as

esposas dos Last Riders começaram a sair dos carros, vindo em
massa em direção a eles.
"Mova-se, Jewell. Nós resolvemos isso!"
Jewell não largou o batente, mas virou a cabeça para olhar

Ginny e as mulheres com ela. "De que lado você vai lutar? Sex
Piston e suas cadelas ou com as mulheres dos Last Riders?"
Ginny arregaçou as mangas de seu suéter. "Sou uma Last

Rider." Ginny deu a ela um sorriso vingativo. "Minha irmã não
deixará nenhuma das vadias me bater."
Jewell soltou o batente da porta. "Winter, Lily, Beth, seus

maridos sabem que você vieram?"
Rory aproveitou a oportunidade para afastar Jewell da porta.

Ginny correu para dentro, Lily foi a única que ficou tempo
suficiente para responder a Jewell.
"Eles sabem." Lily deu um olhar assustado para a estrada. "São

eles que estão segurando Rachel e Cash para trás. Eles os
bloquearam na entrada da garagem para que não pudessem sair.
Rachel estava trazendo um taco de beisebol... eu tentei tirar dela,
mas Shade não me deixou." Ela suspirou, em seguida, olhou para
dentro do bar. "Você acha que elas ainda estão lutando?"
Um grito estridente rasgou o ar.
"Eu penso que sim." Com humor, Rory viu a alegria encher o
rosto de Lily.
"Finalmente, posso me divertir."
Segurando Jewell com uma mão, ele agarrou a parte de trás do

vestido de Lily, puxando-a para parar. "Você deveria ficar aqui
fora."
Aquelas vadias fariam picadinho da esposa de Shade, Rory

supôs.

JAMIE BEGLEY
"Eu posso me cuidar", Lily se irritou.
"Ele está certo, Lily", Jewell concordou. "Alguém tem que ser
capaz de levá-las ao hospital se alguém se machucar."
"Tudo bem, eu ficarei aqui fora. Para dizer a verdade, eu não

acho que poderia machucar ninguém, de qualquer maneira", ela
sussurrou conspiratoriamente.
"Eu não acho que você poderia, também. Mas obrigada por
tentar", Jewell sussurrou de volta.
"Você não vai contar ao Shade? Não quero que ele se

decepcione comigo."
"Claro que não. Todo mundo sabe que você não pode machucar
uma mosca."
Jewell poderia ter soado compassiva, mas Rory podia ouvir a

pena por baixo.
Um grito de gelar o sangue veio da porta onde Lily ainda estava

segurando aberta, e eles podiam ver Crazy Bitch correndo em
direção à saída com Ginny em seu encalço. Lily fechou a porta no
exato momento em que Crazy Bitch estava tentando cruzar a
soleira.
O estômago de Rory se revirou com o uivo de dor vindo do outro

lado da porta.
Implacável, Lily cruzou as mãos atrás das costas, tentando

parecer inocente.
"Enquanto estamos mantendo segredos, você pode não contar

a ninguém que eu fiz isso?"
Incrédulos, tanto Jewell quanto ele ficaram boquiabertos com

Lily.
Jewell foi a primeira capaz de destravar sua mandíbula. "Nós

não ousaremos."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Quatro
Ela deveria ou não? A indecisão montou com força sobre ela

enquanto faziam o trajeto de volta para o clube. Jesus, não é
grande coisa. Eu quero fodê-lo, então por que não?
Uma coisinha preocupante no fundo de sua mente a avisou que

foder Rory seria diferente dos outros homens com quem ela esteve.
Ela quase decidiu que desistiria quando eles chegaram ao

clube. Abrindo a porta do carro, ela saiu, tentando inventar uma
desculpa que a afastasse dele com o mínimo de confusão.
"Até mais tarde."
Atordoada, Jewell o olhou quando ele partiu para o lado do

clube. Irritada, ela caminhou ao redor do SUV para correr depois
do passo de pernas longas dele.
"Espere! Eu pensei…"
Ele não parou. "Você pensou que nós foderíamos? Eu não sou
cego. Você se decidiu antes mesmo de sairmos do bar."
"Não, eu não fiz", ela protestou, correndo para acompanhá-lo.
"Pareceu-me que você fez. Eu estava errado?" Alcançando a

porta externa do porão, Rory digitou o número na fechadura para
abrir a porta.
"Como você conseguiu o código para destrancar a porta?"

JAMIE BEGLEY
"Viper me deu quando você estava no quarto com Rachel", ele

disse, entrando.
Quando ele estava fechando a porta na cara dela, Jewell a

empurrou para trás e passou por ele. "Por que ele lhe daria o
código?"
"Viper disse que seria mais fácil para mim ir e vir do clube
sempre que eu quisesse, já que ele me pediu para ficar mais
alguns dias."
Jewell franziu a testa. "Por que ele quer que você fique? Ele
disse o que aconteceu depois que saímos de Fort Mills?"
"Sim." Rory fechou e trancou a porta atrás deles. Atravessando

o porão, dirigiu-se ao seu quarto.
Determinada a descobrir o que Viper lhe disse, Jewell o seguiu.
"Então?" Ela instigou ao chegar à porta do quarto que ele havia

deixado aberta para ela, ficando irritada. Por que ela mesma não
perguntou a Viper antes de sair da casa de Rachel? Jewell não
queria responder à pergunta que ela havia feito a si mesma, ainda
incapaz de aceitar o que Logan havia dito a ela.
Rory começou a esvaziar os bolsos traseiros para colocar o

conteúdo sobre a cômoda.
"Oh, desculpe. Foi um longo dia. E os jeans que peguei

emprestado de Cash estão matando minhas bolas."
Imediatamente, seus olhos caíram para sua virilha quando ele

começou a se despir, tirando os sapatos.
"Viper me disse que eles esperaram até o anoitecer para Silas,

Moses, Shade e ele encontrarem um caminho para dentro da casa.
Parecia uma casa normal, mas eles podiam dizer que quem estava
morando lá tinha saído com pressa." Seus dedos foram até o peito
para terminar de desabotoar a camisa, expondo um peito bem
definido. "Eles descobriram que ambos os quartos tinham sido

JAMIE BEGLEY
usados para dormir, mas nenhuma restrição foi encontrada em

nenhum dos quartos. Moses disse a Viper que seu cachorro não
farejou nenhum medo em toda a casa."
Quando as mãos dele foram para a fivela do cinto para remover

o jeans, ela foi se sentar na ponta da cama, com medo de que ele
ouvisse seus joelhos batendo juntos. Cada movimento que ele
fazia estava acendendo eroticamente um fogo em cada zona
erógena de seu corpo.
"Eu não sabia que cães podiam fazer isso?" Ela conseguiu
manter seus pensamentos firmes o suficiente para perguntar sem
se fazer de boba quando o jeans estava abaixado.
"Eu também não." Ele deu de ombros, pegando o jeans para

dobrar e colocando-o em cima de um cesto de roupa suja. "De
qualquer forma, Viper quer que eu fique por perto por mais alguns
dias para ver se Incog me contatará quando descobrir que eu
abandonei o rastreador."
Jewell mordeu o lábio. Ela teria que falar com Viper pela
manhã.
"Estou me arrependendo de não ter contado a Viper algo que

eu deveria ter dito", ela confessou.
"O que?"
"Quando falei sobre Elizabeth, deveria ter mencionado seu

gato."
Ele inclinou a cabeça para ela com curiosidade. "O gato dela?"
Jewell deu um pequeno aceno de cabeça. "Quando Arin me

disse que estava encontrando um novo lugar para Elizabeth
morar, perguntei se ela havia verificado se eles permitiam gatos.
No dia em que conheci Elizabeth, ela tinha marcas de arranhões
nas mãos e explicou que seu gato havia deixado as marcas. Arin
me disse que Elizabeth não havia mencionado um gato quando
estava procurando um apartamento para ela e, na verdade, o

JAMIE BEGLEY
apartamento que ela encontrou não permitia nenhum animal.

Depois que perguntei a Arin, ela questionou Elizabeth sobre o gato
e ela disse que não tinha um."
"Então, Elizabeth mentiu?"
"Na verdade, eu pensei que Elizabeth simplesmente não queria

admitir ter dado o gato. Mas quanto mais penso nisso, depois do
que você disse que Viper encontrou na casa, fico pensando se..."
Jewell balançou a cabeça. "Deixa pra lá. Provavelmente estou
analisando demais a situação."
"Você está se perguntando se Elizabeth está enganando Arin

de outras maneiras?"
"É... tenho certeza de que estou errada..."
"Talvez não. Se ela mentiu com algo tão inconsequente como

um gato, então Viper deveria estar ciente disso."
Jewell concordou. "Devo ligar para ele agora?" Ela usou a

desculpa para se levantar da cama, pronta para sair correndo do
quarto antes de implorar para chupar o pau que estava ficando
mais duro quanto mais eles conversavam. "Ou devo ir para a casa
dele? Eu deveria ir para a casa dele."
Jewell deu um passo e ficou de frente com o corpo de Rory.
"Acho que pode esperar até de manhã." Suas mãos foram ao

redor de sua cintura para levantá-la ao nível de seus olhos. "Você
mudou de ideia?"
Jewell sabia o que ele estava perguntando.
"Por que você tem que ser tão sexy?" Seu sussurro saiu
suavemente.
"Você está pensando demais. Por que não deixar fluir?"
"Eu não quero cometer um erro." Ela levou a mão ao pulso dele,
prestes a se afastar. "Já estive lá antes." Seus olhos mergulharam

JAMIE BEGLEY
nos dele, tentando explicar sua hesitação. "Caras querendo que

eu deixe fluir", ela o imitou. "A questão é que já vivi tempestades
suficientes para ver um tornado de categoria cinco vindo para
mim. Também aprendi da maneira mais difícil que homens como
você não dão a mínima para os destroços que deixam para trás."
Seu olhar sério não se esquivou do dela. "Não me classifique

com outros homens com quem você esteve."
"Por quê? Por que você é diferente?" Ela zombou. "Cara, deixe-
me dizer a verdade fria e dura – você é todo igual no que me diz
respeito. Você quer me usar, então seguir seu caminho alegre
quando essa merda acabar. Eu posso lidar com isso. São os caras
como você que querem fingir que poderíamos ter alguma coisa, e
depois desaparecer quando a tempestade passar, que eu fico
longe."
"Baby, eu nunca deixei ninguém sem dizer que estou indo

embora."
"E em sua mente, dizer que você está indo deixa tudo bem?"
"Jewell, se você quer que eu diga que vou ficar em Treepoint e

me tornar um Last Rider só para poder te foder, isso não vai
acontecer. Nós vamos ter que jogar isso dia a dia e ver como será.
Eu quero muito você, mas não o suficiente para mentir."
"Eu não quero você o suficiente para aceitar menos."
Ela estava mentindo com os dentes cerrados, e pelo sorriso

sensual de Rory, ele sabia.
"Que tal deixarmos rolar?"
Jewell franziu a testa para ele. "Como isso é diferente do que

você está dizendo?"
"Você poderia me beijar antes de decidir não aceitar o que eu

posso te dar."

JAMIE BEGLEY
Jewell fechou os olhos, incapaz de olhar para ele por mais

tempo. Ela foderia tudo de novo. Ela podia sentir isso em cada
centímetro excitado de seu corpo. Mesmo enquanto estava
dizendo a si mesma que poderia pegar uma pequena amostra dele,
então subir as escadas e escolher Nickel, Puck, Jesus, ou mesmo
Moon, se ele estivesse de volta, sem negar a si mesma de descobrir
qual era o gosto dele.
Inclinando-se para frente, ela o beijou e, no próximo batimento

cardíaco, se viu puxada para mais perto de seu peito enquanto
sua boca se torcia e se separava para assumir o controle do beijo.
Mantendo o beijo, Rory se virou e se sentou na cama. Jewell se

viu escarranchada em seu colo com cada joelho no colchão ao lado
de seus quadris enquanto sua língua brincava com a dela.
Suas bocas se encaixavam como se fossem duas peças de um

quebra-cabeça, dando a ele seu peso enquanto ela se aproximava
dele até que seu pênis cavalgava entre suas coxas vestidas de
jeans. Apertando as coxas ao redor de sua cintura, ela se apertou
contra ele.
Sua mão foi para sua trança para inclinar a cabeça para trás.
Ela soltou um suspiro com a picada de dor. Inconscientemente,
suas coxas o apertaram com mais força.
"Eu não quero te querer", ela gemeu.
Interrompendo o beijo, Rory deixou um rastro de beijos em sua

garganta. "Então finja que sou outra pessoa. Eu posso ser
qualquer um..." Habilmente, as mãos dele foram até a cintura dela
para enrolar o suéter. Inclinando-se ligeiramente para trás, ele
puxou-o sobre a cabeça dela para deixar a parte superior do corpo
nua. Jogando-o de lado, ele abriu as mãos sobre seus seios.
"Feche os olhos", ele murmurou com a boca rouca contra a

ponta de um seio. "Você quer Razer? Eu posso ser Razer."

JAMIE BEGLEY
Suas mãos ficaram mais fortes, mais firmes em sua pele

sensível quando ele começou a balançar contra ela.
Redirecionando uma mão, Rory abriu o zíper de seu jeans para
mergulhar em seu calor escorregadio.
Arqueando as costas para lhe permitir um melhor acesso, ela

deu um gemido de prazer. Deus, como ele poderia copiar o toque
de Razer tão facilmente? Fazia tanto tempo desde que ela teve
Razer que quase tinha esquecido a áspera certeza dos golpes que
nunca falhavam em deixá-la molhada.
"Ou você prefere que eu seja Viper?" Ele murmurou. Torcendo-

a de lado até que ela estava deitada na cama com as pernas
penduradas, Rory tirou o jeans dela, seus joelhos agora entre suas
coxas esparramadas. Prendendo seus pulsos no colchão, ele
enterrou a boca em sua boceta.
Sua mente ficou em branco, assim como quando ela esteve com
Viper todos aqueles anos atrás. Os músculos de suas coxas
tremeram com cada lambida da língua de Rory. De todos os
homens com quem ela esteve, Viper podia levar uma mulher ao
êxtase hora após hora, quando a maioria dos homens desistiria.
Um clímax a atravessou e a fez colidir com a cabeça dele entre

suas coxas. Quando Rory não recuou e continuou, ela começou a
gemer quando outro orgasmo começou a crescer dentro dela
novamente.
Cada aperto e sucção de sua boca arrancava gemidos dela. O

desejo que ela estava negando que sentia por ele agora era inegável
pelos apelos que ela estava fazendo a ele. "Mais devagar... Hmm...
Mais rápido... Mais forte... Oh Deus, assim..."
Ele manipulou sua boceta como o maestro de uma orquestra,

levando-a a altos que ela nunca acreditou ser possível e a baixos
que ela não achava que poderia alcançar, chegando cada vez mais.
Ele a tocava como um maestro, brincando com suas delicadas
cordas como nunca haviam tocado antes.

JAMIE BEGLEY
Mechas do seu cabelo começaram a grudar em sua testa.

Levantando uma mão trêmula para alisá-la de volta, ela ergueu os
olhos vidrados para observar Rory. Ela já estava lutando contra a
exaustão, e ele ainda estava ansioso para gozar.
Quando olhos determinados a prenderam no colchão, seu

sangue gelou. Ela já sabia quem ele seria em seguida.
Movendo-se para o lado da cama onde sua mala estava aberta,

ele abriu uma bolsa que ela lembrava ter correntes finas.
Movendo-se para a parede, ele removeu a foto para colocá-la mais
longe. Então, levantando-a, ele a carregou até a parede.
Jewell não resistiu enquanto ele a acorrentava à parede, virada

para frente, jogando sua trança por cima do ombro para desnudá-
la completamente. Ela sentiu o peito dele contra suas costas
enquanto ele a pressionava com força contra a parede. Seu pau
montou a fenda da sua bunda, a cabeça deslizando através da
maciez para entrar em sua buceta. Esticando os braços ao lado
dela, ele uniu os dedos quando começou a fodê-la.
Ela foi incapaz de conter os pequenos gemidos que vinham de

sua garganta.
"Shade nunca segurou minhas ma…"
"Eu não sou Shade."
Rory finalmente estava se revelando.
Sua cabeça caiu para trás em seu ombro enquanto impulsos

de condução o encaixavam completamente dentro de sua boceta
apertada.
Ela tinha pensado que ele era um maestro? Porra, ele era um
prodígio do caralho, capaz de ser e interpretar qualquer um que
ele escolhesse enquanto capaz de habilidades que ninguém
poderia esperar dominar.

JAMIE BEGLEY
Impulso após impulso teve seus quadris saltando para fora da

parede e de volta para ele até que suas pernas trêmulas
começaram a ceder.
Pegando-a, ele a segurou no lugar, seus braços fortes tomando

seu peso. Seus dedos se agarraram às correntes quando ela o
sentiu começar a gozar na camisinha que ele havia colocado.
Jewell deitou a testa suada no braço que a segurava de pé,

incapaz de fazer outra coisa senão deixar Rory segurá-la enquanto
removia as correntes para carregá-la até o banheiro.
O chuveiro de azulejos pretos era uma visão acolhedora para

ela, assim como a água fria que vinha dos chuveiros de ducha
caindo sobre eles. Ela estava muito exausta para fazer qualquer
coisa além de descansar contra Rory enquanto ele lavava os dois
e a secava, antes de se secar.
Jewell foi levada para a cama dele com ele subindo ao lado dela.
Desligando a luz, ele se aconchegou perto dela, um braço
passando por baixo dela, o outro ao redor de sua cintura.
"Vá dormir. Posso sentir suas rodas se movendo a cem

quilômetros por minuto."
Jewell bocejou. "Não pense que você pode me dar ordens

porque eu o deixei me foder."
"Não sou eu que estou acostumado a mandar nas pessoas."
Um pensamento repentino ocorreu a Jewell, que a fez sentar-

se na cama. "Isso foi de graça, ou devo pagar a você?"
Seus mamilos enrijeceram de medo com o olhar ameaçador que

ele deu a ela.
"Deite-se novamente."
Jewell sentiu que ela o havia empurrado longe demais. "Eu

sinto muito."

JAMIE BEGLEY
Rory rolou para olhá-la no escuro. Os pelos de seus braços se

arrepiaram.
Um beijo carinhoso colocado em sua boca não aliviou sua

inquietação, nem quando ele deslizou a mão sobre seu seio para
colocá-lo sobre seu coração.
"Considere esta noite um brinde. Da próxima vez que eu a

trouxer para minha cama, esteja preparada para pagar um preço
muito alto para você pagar com qualquer quantia de dinheiro."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Cinco
Jewell ficou até sentir o corpo de Rory relaxar ao seu redor.

Saindo silenciosamente das cobertas, ela pegou suas roupas
espalhadas para sair na ponta dos pés do quarto dele. Vestindo-
se no corredor, ela subiu as escadas pela casa silenciosa.
Fechando a porta do quarto atrás de si, ela vestiu um short

felpudo e uma camiseta fina antes de se mover para a cômoda
para tirar o ursinho de pelúcia da gaveta de baixo.
Segurando o urso com força contra o peito, ela foi abrir a

janela. Então, caindo de joelhos, Jewell se apoiou na parede para
olhar para o céu escuro.
"Feliz aniversário bebê." Pressionando o urso ao lado de seu

rosto, ela apertou o botão na pata para ouvir o batimento cardíaco.
"Eu sinto tanto a sua falta", ela sussurrou entrecortada. O vento
frio que batia no quarto da janela não era tão frio quanto o frio
congelante com o qual ela vivia desde a morte de seu filho.
Lágrimas correram por suas bochechas quando ela se lembrou

de segurar seu filho pela primeira vez. Ela estava com tanto medo
de deixá-lo cair, que seria uma mãe terrível. Seus temores tinham
sido proféticos.
Abaixando o urso em seu colo, ela circulou os joelhos e

balançou para frente e para trás enquanto chorava.

JAMIE BEGLEY
Um feixe de luz do corredor a fez levantar a cabeça para ver

uma sombra entrando em seu quarto antes de fechar a porta.
"Vá embora! Você não pode subir aqui sem permissão."

Enxugando as lágrimas, ela observou a sombra caminhar em sua
direção.
"Jesus, está congelando aqui", Rory retrucou, ignorando o que

ela disse e fechando a janela. Então ele a levantou do chão.
"Vá embora..." ela soluçou.
"Eu não vou a lugar nenhum."
Conseguindo puxar o edredom para baixo enquanto a

segurava, Rory a deitou na cama, em seguida, deitou ao seu lado,
cobrindo os dois com o edredom. Ele começou a esfregar suas
pernas e, em seguida, seus braços.
"Por que fez isso com você mesma?" Ele questionou duramente.
Ela deu a ele a única desculpa que podia. "É o aniversário do

meu filho."
Quando ela disse a ele, a mão de Rory entrou em contato com

o ursinho de pelúcia que ela estava segurando.
"Sinto muito, baby", ele cantarolou, puxando-a para mais perto

de seu peito.
"Eu não quero falar sobre isso." Ela começou a estremecer

quando o calor começou a atingir a frieza dentro de seu corpo.
"Você não precisa", ele acalmou. "Vou deitar aqui e te abraçar."

Apertando o edredom mais apertado ao redor deles, ele manobrou
a cabeça dela até que estava descansando em seu ombro.
"Eu não quero você aqui."
"Então você deveria ter me acordado e me dito que estava

saindo da minha cama."

JAMIE BEGLEY
Jewell se eriçou, erguendo a cabeça, a raiva interrompendo o

fluxo de lágrimas. "O que isso tem a ver com eu querer ficar
sozinha?"
Ele deslizou seu braço firmemente ao redor de sua cintura.

"Você saiu da minha cama como um fodido caso de uma noite.
Talvez seja assim que você está acostumada com os Last Riders,
mas comigo, eu preciso de muito mais."
Aturdida, ela olhou para ele na escuridão. "Como o quê?"
"Como um beijo, ou um 'Ei, vejo você amanhã', ou a porra de

um 'tchau'. Mas você não espera até que eu durma para sair de
fininho. Da próxima vez que você fizer isso, eu vou arrastar sua
bunda de volta até que eu esteja pronto para deixar você ir
embora."
"Você está fazendo uma tempestade em um copo d'água." Ela

fungou com altivez.
Rory projetou sua pelve até que seu pau se aninhou contra ela.
"Isto não é um copo d'água; é uma tempestade", ele se gabou.
Jewell não pode evitar; ela começou a rir. "Ser um gigolô te deu
ilusões de grandeza."
"Ilusões não pagam minhas contas", ele se gabou.
"Você está realmente se gabando de ser um gigolô?"
"Ex-gigolô", ele a corrigiu. "Eu ganho meu dinheiro… dando

aulas particulares agora."
"Okaaay."
Ele deslizou a mão sob sua camiseta para encontrar o seu

mamilo. "Claro, minhas aulas são gratuitas para você…"
Seu sussurro enviou calafrios pela sua espinha quando ele

gentilmente removeu o ursinho de pelúcia dela para colocá-lo na
mesa de cabeceira com o ursinho de costas. Seu coração se

JAMIE BEGLEY
aqueceu com a consideração que ele mostrou pelo bicho de

pelúcia.
Rolando em cima dela, ele apoiou os antebraços no travesseiro

ao lado de sua cabeça. "Você quer ver algo em que estou
trabalhando?"
"Estou meio cansada..." ela brincou, envolvendo os braços em

volta do pescoço dele.
"Quando eu terminar, você não ficará meio... você ficará

apagada como uma luz."
Sua boca foi para a dela para lhe dar um beijo erótico que fez
seus nervos arderem como uma linha elétrica derrubada em uma
tempestade.
A mágoa era uma conclusão inevitável, apesar de seus esforços

para evitar se aproximar de Rory. Ele a estava atraindo para uma
tempestade cujas consequências eram inevitáveis.
Quando ele tirou seu short para deslizar seu pau dentro de seu
calor acolhedor, ela levantou as mãos para a cabeceira da cama
para segurar.
Implacavelmente, Rory começou a fodê-la, sua boceta trêmula

o aceitando avidamente, como se ela não tivesse fodido com ele
menos de duas horas antes.
A sensação dele dentro dela era viciante, seus quadris subindo

para tomar mais de seu pau. A força de seus impulsos fez com que
as mãos dela fossem para sua bunda para empurrá-lo mais para
dentro dela. Ondas de prazer a fizeram implorar por mais.
"Mais forte..." ela implorou.
"Quem sou eu?" Ele demandou.
"Huh?"
"Quem... sou... eu", ele ofegou entre os golpes.

JAMIE BEGLEY
Ela levou um segundo para descobrir o que ele queria dela.
"Você é Rory", ela gemeu.
Em recompensa, ele lhe deu um impulso entorpecente que fez

seus seios balançarem. Jewell se contorceu sob o corpo dele
enquanto os músculos de suas costas inchavam sob as mãos dela.
Sendo engolida pela música que Rory estava tocando em seu

corpo, ela ficou sobrecarregada quando o êxtase pairou fora de
alcance. Seu corpo cansado tornou mais difícil alcançar um
clímax que tinha chegado tão facilmente antes.
"Tsk-tsk." Rory estalou a língua no mamilo que estava

chupando. "Você está trabalhando muito duro para isso."
Ela começou a bater nas costas dele em frustração. "Você não

está trabalhando duro o suficiente", ela sussurrou de volta.
Rory ficou de joelhos para colocar uma de suas pernas sobre

seu ombro enquanto ele a fodia incessantemente. "Como é?"
Jewell não foi capaz de fazer nada além de soltar um som de

aprovação.
Com cada empurrão de seu pênis, Rory começou a morder seu

mamilo. O prazer, a dor, a fez se contorcer e choramingar pela
tensão extenuante que ele estava construindo dentro dela.
"Você está me queimando viva..."
Perversamente, Rory diminuiu seus golpes. Ele baixou a boca

para a orelha dela enquanto rolava seu clitóris entre os dedos.
"Você pode terminar quando quiser, baby", ele murmurou sua voz
rouca em seu ouvido. "Diga-me o que eu quero ouvir."
"Eu quero gozar... Rory!" Ela gritou alto o suficiente para ter
certeza de que poderia ser ouvida nos outros quartos. "Por favor!"
"Isso é tudo que você tinha que fazer." Suas estocadas

aumentaram, entrando nela com a força de um martelo. O

JAMIE BEGLEY
impacto de seu pau atingindo seu ponto mágico, enquanto seus

dedos a tocavam, a atingiu com a força de uma granada,
quebrando-a em um milhão de pedaços, apenas para cair de volta
à terra, desossada.
Jewell ergueu os olhos atordoados para encontrá-lo inclinado

sobre ela com um sorriso satisfeito. "Você gozou?"
"Eu gozei." Ele deu um beijo suave em seu mamilo arfante.
Ela lambeu o lábio inferior seco. "Droga."
Ele deu a ela um olhar divertido. "O que?"
"Só as vadias ricas podiam pagar por você, não é?"
"Eu não era barato."
Jewell rolou de bruços para colocar um travesseiro sob a

cabeça. Ela ouviu uma pequena risada dele quando ele arrastou
uma mão por sua espinha antes de puxar o edredom para cobrir
sua bunda.
"Do jeito que você fode, eu teria uma conta corrente vazia
depois de cinco dias."
Lábios percorreram a mesma rota que seus dedos haviam feito,

então ele disse: "Então é uma coisa boa que eu tenho um código
especial só para você."
Jewell sentiu o edredom começar a escorregar.
"Qual é o…" Jewell enterrou a cabeça no travesseiro quando

sua língua tocou as covinhas acima de sua bunda. "código?"
"De graça."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Seis
O cheiro de café a acordou.
"Vá embora... eu quero dormir", ela murmurou.
"Eu trouxe o café da manhã para você", ele persuadiu.
Nunca ter recebido café da manhã na cama antes em sua vida

a fez olhar de soslaio para a oferta.
Foda-se.
Panquecas a fez sentar-se cuidadosamente para não derramar

a bandeja bonita que Rory havia preparado para ela.
"Onde você conseguiu as panquecas de morango?" Pegando um

garfo, ela espetou um morango com chantilly em cima do monte
de panquecas.
"Não só posso foder, mas posso cozinhar."
Jewell colocou a bandeja em seu colo, cortando as panquecas

enquanto ela levantava uma sobrancelha sarcástica para ele.
"Posso imaginar que é uma habilidade que foi útil várias vezes
para você."
Ele lhe deu um sorriso impenitente, roubando uma das porções

que ela havia cortado para si mesma. "Exatamente. O que será
necessário para deixá-la de bom humor?" Ele brincou, roubando
outra porção.

JAMIE BEGLEY
Com o garfo sobre o prato, ela disse: "Você pode se tornar um

Last Rider."
Rory pousou o garfo, olhando-a seriamente. "Tornar-me um

Last Rider não é uma opção."
Ferida por sua recusa inflexível, Jewell baixou o garfo para

continuar comendo. "Foi só uma sugestão." Ela deu de ombros.
Desconfortável, ela gesticulou para o telefone na mesa de

cabeceira ao lado dele. "Importa-se em me entregar meu telefone?
Eu deveria ligar para Viper e falar com ele."
Rory pegou o telefone e deu a ela. "Você não precisa ligar para
ele. Viper entrou na cozinha quando eu estava fazendo as
panquecas. Eu disse a ele o que você disse ontem à noite."
"O que ele disse?"
"Ele saiu da cozinha."
Jewell franziu a testa. Ela deveria ligar para ele? Olhando para
o telefone, ela viu uma chamada perdida e uma mensagem de
Rachel.
"Droga." Jewell pegou outra porção de sua panqueca e colocou

a bandeja no colo de Rory.
"Algo errado?"
"Rachel ligou e me pediu para ir até a casa dela. Ela diz que é
importante."
Preocupada que Ema pudesse ter ficado doente depois de cair

na água gelada, e Rachel precisasse que ela cuidasse de Mag e do
bebê, fez ela correr para o chuveiro.
Rory tinha desaparecido quando ela saiu do chuveiro.

Castigando-se enquanto vestia um suéter cinza enorme e calças
cinza, ela colocou as botas. Agarrando sua bolsa, ela procurou
suas chaves antes de sair de seu quarto.

JAMIE BEGLEY
Passou voando por Puck, ela desceu o longo lance de escadas

para ver Rory sentado atrás do volante de seu SUV com o motor
ligado.
Droga. Ela queria um tempo longe dele.
Não querendo ferir seus sentimentos, ela entrou.
"Eu poderia dirigir sozinha", disse ela, fechando a porta.
"Não é como se eu tivesse algo para me manter ocupado

enquanto você estiver fora. Rachel disse por que ela queria que
você fosse à casa dela?"
"Não. Estou preocupada que Ema esteja doente e precise ir ao

médico, e ela precisa que eu cuide de Mag e Gabe para ela."
"Espero que não", Rory lamentou com ela.
"Eu também."
A curta viagem não demorou muito. No entanto, seu medo

aumentou quando Rachel saiu com o casaco. Ao sair do carro,
Rachel saiu da varanda para encontrá-la.
"Obrigado por vir, Jewell."
Jewell olhou para o rosto pálido de Rachel. "É Ema…"
"Ema está bem. É com Mag que estou preocupada. Ontem,

quando o Dr. Price veio, ele me disse que a insuficiência cardíaca
de Mag está piorando. Ela não tem muito tempo de sobra, e sua
pressão arterial está no teto porque ela queria falar com você antes
de você sair ontem. Eu prometi que, se ela se acalmasse, você viria
vê-la."
Jewell piscou para conter as lágrimas diante do prognóstico

sombrio de Mag. Ela não conseguia entender por que ela queria
chorar além de ver quanta dor Rachel estava sentindo; ela não
suportava a velha.

JAMIE BEGLEY
Jewell estendeu a mão para agarrar a mão de Rachel. "Vou

falar com ela agora."
Rachel deu um soluço de partir o coração. "Vou ficar aqui fora,

se você não se importa. Eu poderia usar uma lufada de ar fresco.
Cash levou as crianças para a casa de Tate para Sawyer e ele
tomarem conta. Mag não os quer aqui."
Jewell não podia culpar Mag; se estivesse morrendo, ela não

gostaria que essa fosse sua última lembrança dela.
Ela entrou na casa e foi para o quarto de Mag. Ela estava

sentada com a ajuda da cama elétrica em que estava.
"Demorou bastante", Mag retrucou. "Não é como se não

houvesse nenhuma porra de pressa além de eu morrer."
"Você é muito má para morrer."
"O bom Deus está me chamando para casa. Não vai demorar
muito agora." Mag deu um tapinha na lateral de seu colchão.
"Venha aqui, jovem. Você partiu ontem antes que eu pudesse
agradecer por salvar aquela minha bisneta selvagem."
Jewell sentou-se na beirada do colchão. "Estou feliz por estar

aqui."
Mag estreitou os olhos para ela, como se não acreditasse nela.

"Eu também quero me desculpar pelo que eu disse a você ontem
sobre você não ter um filho. Eu estava sendo uma vadia velha."
"Você estava sim", Jewell facilmente concordou com ela.
"Você me odeia, não é?"
Jewell começou a negar, mas um aceno da mão de Mag a

deteve.
"Não minta. Não suporto um maldito mentiroso. E, para falar

a verdade, também não gosto muito de você."

JAMIE BEGLEY
A atitude dela estava fazendo Jewell ansiar pela morte da velha

morcego.
Mag deu uma gargalhada ao ver o olhar que não conseguiu

esconder. "Suponho que somos muito parecidas para qualquer
uma de nós gostar de estar perto uma da outra."
"Não somos nada parecidas", Jewell discordou.
"Não? Acho que somos mais parecidas do que você quer

admitir. Você é uma mulher forte que não aceita insolência de
ninguém. Você prefere chutar as bolas de um homem do que
deixar que ele te supere... E eu sei como é perder um filho. Perdi
dois."
Jewell ficou quieta, embora quisesse sair do quarto na virada

da conversa.
"Eu sabia que o pai de Cash estava morto e ele foi enterrado na
colina ao lado de sua casa." Mag recostou a cabeça no travesseiro.
"Não estou falando sobre o pai de Cash, no entanto. Eu criei Joe
até ele se tornar um homem. Estou falando dos dois pequeninos
que perdi. Perdi um para a cólera quando tinha apenas seis meses
de idade. Meu homem e eu estávamos vivendo com um parque
itinerante naquela época. Ele não queria desistir. Quando
engravidei de Joe, ele me trouxe de volta para Treepoint. Ele
estava determinado a não enterrar outro filho dele. Eu tive Joe e
engravidei oito meses depois dele. Perdemos Melanie para a
coqueluche quando ela tinha cinco anos. Eu nunca falo sobre os
jovens que perdi, então posso entender que você não queira falar
sobre o seu."
Jewell se concentrou no monitor de bipe conectado a Mag.

"Sinto muito pela sua perda."
"Sinto muito pela sua." A mão nodosa e calejada de Mag

acariciou a dela. "Quantos anos tinha o seu jovem?"

JAMIE BEGLEY
"Michael tinha quatro anos", Jewell conseguiu dizer com

dificuldade.
"Posso dizer pelo seu rosto que você ainda está levando isso
mal." Ela deu um tapinha na mão novamente. "Eu não tive tempo
para chafurdar em autopiedade. Eu tinha Joe me deixando
maltrapilha."
Jewell olhou para ela. "Não estou chafurdando em

autopiedade."
"Você não está?" O rosto da velha se suavizou. "Não disse que

eu culpava você; apenas disse o que me fez continuar. Eu não
conseguia imaginar como seria se não fosse por Joe e depois ter
que criar Cash depois que seu pai morreu. Meu homem pegou a
garrafa e nunca mais voltou depois de Melanie. Eu sei que você
está querendo sair daqui, mas eu queria te dizer algo que me
manteve forte quando houve dias em que eu não queria me
arrastar para fora da cama. Minha mãe me disse, quando as
coisas ficam difíceis…"
Jewell desviou os olhos do monitor, esperando que a mulher

terminasse para que ela pudesse escapar.
"...mas pela graça de Deus, eu continuo."
A mulher citando o provérbio fez Jewell olhar para ela

interrogativamente.
"Minha mãe me contou esse provérbio quando me lembrou que

um dos meus vizinhos havia perdido todos os cinco filhos em um
incêndio. Alguém está sempre lidando com algo mais difícil do que
você."
Jewell sentiu como se estivesse sendo estripada. "Perdi meu

filho por causa da minha estupidez e porque não era forte o
suficiente para lutar por ele."
"Eu sei que isso não é verdade."

JAMIE BEGLEY
"É sim. Eu fui estúpida por engravidar no ensino médio quando

o pai não queria nada comigo ou com o bebê. Decidi criá-lo
sozinha, apesar de meus pais me dizerem que eu não estava
pronta para ser mãe e queriam que eu entregasse Michael para
adoção. Eu não quis ouvir nenhum dos seus apelos, e eles me
expulsaram."
"Reaper me encontrou, ele e Viper me convenceram a ir morar

com Ton. Eu terminei o ensino médio, trabalhei e fui para a
faculdade em meio período. Outra mãe solteira concordou em
dividir as tarefas de babá."
"No dia em que eu estava terminando minha clínica, meus dois

irmãos mais novos estavam me visitando e se ofereceram para
ficar com Michael para mim. Eu os deixei. Uma hora antes de eu
sair, liguei e disse que estava chovendo neve e que não viessem
me buscar, que eu pegaria o ônibus para casa. Eles não ouviram.
Fiquei com tanta raiva deles quando saí pela porta e os vi, mas
fiquei ainda mais irritada comigo mesma. Eu sabia que o granizo
havia sido previsto, mas queria me despedir das crianças no meu
andar."
Mag levantou a cabeça. "Você ia ser enfermeira?"
"Uma enfermeira pediátrica." Jewell assentiu. "Quando eu saí,

Brandon e Trevor mal podiam esperar para se gabar de como eles
tinham feito isso são e salvo. Eu queria ser a única a dirigir para
casa, mas Michael estava me implorando para sentar no banco de
trás com ele. Eu cedi a ele. Brandon era dois anos mais novo que
eu. Eu tinha mais experiência em estradas com neve, mas o deixei
dirigir…"
Lágrimas lentas escorriam pelo canto de seus olhos enquanto

ela continuava descrevendo o último dia de verdadeira felicidade
para ela e como terminou em uma tragédia tão devastadora.
"Estávamos a apenas um quarteirão do meu apartamento quando
um caminhão, indo rápido demais para as condições da estrada,
atropelou meu carro. O carro foi partido em dois. A parte da frente,

JAMIE BEGLEY
onde estavam Brandon e Trevor, pegou fogo. Mais tarde, soube

que eles foram mortos instantaneamente... antes do incêndio
começar. Onde eu estava, pude ver que Michael estava
gravemente ferido. As pessoas estavam tentando me tirar. Eu
estava coberta de sangue. Eu não os deixei me tocar até que eles
tirassem Michael. Quando o fizeram, eles tiveram que usar o
cortador hidráulico para me tirar. A essa altura, Michael já havia
sido resgatado e eu fui levada para o hospital em uma
ambulância."
"Quando cheguei lá, eles não me contaram nada até me

checarem. Tudo o que tive foi uma pancada, uma concussão e
precisei de seis pontos." Os dedos de Jewell foram
inconscientemente para o ponto em seu couro cabeludo onde não
crescia nenhum cabelo. "Foi quando um médico veio me falar
sobre Michael. Eles ainda estavam fazendo testes. Os testes que
eles fizeram até ali mostraram que ele havia sofrido uma lesão
cerebral traumática. Fiz com que me liberassem para que eu
pudesse ficar com Michael."
"No dia seguinte, o médico dele me disse que meu bebê teve
morte cerebral. Eu não quis ouvir mais nada do que eles disseram
e me recusei a deixá-los tirar Michael da máquina que o mantinha
vivo. Eu nunca saí do lado dele, a não ser para ir ao necrotério
quando meus pais vieram ao hospital para reclamar os corpos dos
meus irmãos. Eles se recusaram a falar comigo. Eles me
culparam. Me disseram que se eu tivesse ficado em casa, como
deveria fazer, nada teria acontecido, e seus filhos ainda estariam
vivos. Meus pais nem pediram para ver Michael antes de
partirem."
"Por um mês, eu me recusei a deixá-los desligar a máquina de

Michael. Foi quando uma das mães de meus pacientes veio me ver
que concordei. Ela veio me pedir para doar o coração de Michael
para seu filho."
"A puta do caralho. Ela não deveria ter permissão para ver
você", Mag bufou.

JAMIE BEGLEY
"Ela estava lutando pela vida de seu filho." O rosto de Jewell se

contorceu de dor enquanto tentava conter as lágrimas que
ameaçavam dominá-la. "Assim que Michael foi levado para a sala
de cirurgia, me arrependi da minha decisão. E se Michael fosse
um daqueles pacientes que saíam do coma depois de anos... Eu
deveria ter esperado... não lutei por ele como a mãe de Tristan fez.
Eu nunca deveria ter... Salvei Tristan e Ema, mas não consegui
salvar meu próprio filho. Que tipo de mãe eu sou?" Ela perguntou
entrecortada, curvando-se para agarrar sua barriga enquanto o
vazio interior se tornava agonizante.
Mag estendeu a mão para puxá-la para o peito. Jewell não se

afastou dos braços reconfortantes.
"Mas pela graça de Deus, continuo", Mag citou. "Você foi a graça
salvadora deles. Você não apenas salvou o garotinho a quem deu
o coração de Michael, mas provavelmente ajudou outros também."
"Quatro crianças e quatro adultos."
"Além disso, Aisha e Ema…"
"Como você sabe sobre Aisha?"
"Cash me disse ontem. Winter estava no clube quando teve

uma reação alérgica a amendoim. Era apenas Winter, Aisha e
você. Winter disse a Viper quando ele voltou que ela entrou em
pânico e ligou para o 911. Você correu para o quarto de Train e
pegou sua bolsa de remédios para o EpiPen. Criança…" Mag
passou a mão pelo cabelo de Jewell, como se estivesse confortando
uma criança. "Acalme essas lágrimas e ouça essa velha. Sua
coragem impediu que outras mulheres experimentassem sua
dor... Eu sabia que você era forte... disse que você era como eu,
não disse? Você foi uma boa mãe. Sabe como eu sei?"
"Como?" Jewell murmurou contra a frente de seu vestido de

flanela.

JAMIE BEGLEY
"Porque você apertar aquele botão exigiu coragem. Você fez o

que tinha que fazer para evitar que seu bebê sofresse mais. Deve
ter sido difícil ver seu bebê ligado a aqueles tubos, e com você
sendo enfermeira, sabia que não havia esperança para ele. Você
fez o trabalho mais difícil que qualquer mãe poderia fazer… você
o deixou ir."
Uma torrente de lágrimas encharcou o vestido da mulher

quando Jewell liberou toda a dor de perder seu filho e a culpa que
ela havia abrigado por tanto tempo.
Mag cantarolou para ela enquanto ela chorava, continuando a

esfregar o cabelo como sua própria mãe fazia quando ela estava
doente quando criança.
Lentamente, as lágrimas diminuíram e então pararam

completamente. Jewell se endireitou, tremendo.
"Você parece uma bagunça. Melhor limpar seu rosto com esses
lenços na minha mesa antes de sair, ou Rachel vai pensar que eu
estava batendo na sua bunda."
Jewell deu uma risada trêmula enquanto pegava os lenços.
"Você está bem agora?"
"Sim, obrigada."
"Shh... Você não me deve nada, obrigada. Sou eu e minha

família que estamos em dívida com você." Mag apontou um dedo
para ela quando ela teria protestado. "Lembre-se disso quando
Greer te parar por excesso de velocidade novamente."
Agora, isso pode ser um benefício com o qual ela poderia lidar.
"Eu irei."
"Bom. Agora, traga-me um vestido seco; você encharcou este

aqui."

JAMIE BEGLEY
De pé, Jewell foi até a gaveta apontada por Mag.

Cuidadosamente, Jewell trocou o vestido, contornando os fios de
suas máquinas para deixá-la mais confortável.
"Agora, não se preocupe mais com esse seu jovem. Ele está no
abraço terno de Deus, e quando eu chegar ao céu, ele pode ser
meu neto até você chegar lá... Isto é, se você reparar seus
caminhos."
"Reparar meus caminhos?" Jewell arqueou as sobrancelhas

para ela.
"É... sua mãe não te ensinou a não dar leite para um homem
antes que ele compre a vaca?"
"Mag, acho que Michael vai ficar bem até eu chegar."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Sete
Saindo do quarto, Jewell encontrou Rachel e Rory na cozinha,

fazendo chocolate quente. Ela deu uma olhada nos dois desviando
seu olhar e sabia que eles tinham ouvido sua conversa com Mag.
Sabendo que foram pegos, Rachel se aproximou para se

desculpar. "Desculpe, ficamos com frio e entramos para beber algo
quente."
"Está bem."
"Quer uma xícara?" Rachel ofereceu contrita.
"Não, obrigada. Estou bem. Se você terminou, podemos ir,

Rory."
Rory colocou sua xícara na pia. "Obrigado pelo chocolate."
Rachel pousou a xícara e abriu a porta da frente para eles.
Quando Jewell saiu pela porta, Rachel agarrou seu braço,

impedindo-a de sair. "Obrigada por vir, Jewell. Minha família
pagará nossa dívida com você."
"Sua família não me deve nada." Jewell mordeu o lábio. "Como

está Logan…? Receio não ter lidado bem quando ele tentou falar
comigo."
A expressão de Rachel ficou perturbada. "Logan... está melhor.

Ele realmente acredita que um garotinho chamado Michael falou

JAMIE BEGLEY
com ele. Ele tem medo de vê-lo novamente e se recusa a sair de

casa."
Jewell sentiu como se seu rosto fosse rachar como porcelana

da máscara impassível que ela colocou para se exibir. "Diga a ele
para não ficar com me..." Jewell suspirou, não terminando. "Logan
está em casa?"
"Sim." Rachel assentiu.
"Eu vou vê-lo, se puder?"
"Acho que pode ajudar. Vou ligar para Dustin e dizer a ele que
você está a caminho."
Rachel ainda estava parada na porta quando eles se afastaram

da casa.
Descendo a estrada lateral, Rory levantou uma sobrancelha

questionadora para ela. "Qual caminho?"
Jewell silenciosamente apontou um dedo. "Não é longe", ela o

avisou quando eles saíram para a estrada principal.
"Você está bem?"
"Bem como a chuva", brincou Jewell.
"Acho que não há necessidade de eu fingir que não ouvimos."
"Eu acho que não." Jewell puxou um fio da manga do casaco.
"Então, você é enfermeira?"
"Não, eu nunca finalizei meus testes."
"Você e seus pais...?"
"Meu pai ainda se recusa a falar comigo. Eu falo com minha

mãe talvez a cada seis meses para falar sobre o clima." Jewell
puxou outro fio.
"Isso é tão fodido."

JAMIE BEGLEY
"Bem-vindo a minha vida." Jewell apontou para a entrada para

a casa de Dustin e Greer. "Apenas siga a estrada."
"Por que você não finalizou seus testes?"
"Depois que Michael morreu, meu sonho de ser enfermeira

pediátrica se foi. Como eu poderia ajudar os pais a lidar com as
doenças de seus filhos quando eu estava com ciúmes porque meu
filho se foi? Tudo o que eu queria fazer era dormir…"
A casa de Dustin e Greer apareceu.
"Você pode estacionar aqui. Estacionamos perto demais e

Greer sairá para garantir que não arranhemos sua caminhonete
ou o jipe de sua esposa."
Rory estacionou, mas deixou o motor ligado. "O que você fez
em seguida?"
"O que é isso? Um contar tudo?"
"Apenas me diga... por favor?"
"Por que isso importa?" Ela acenou com a mão para si mesma.
"Estou aqui, sem desgaste."
"Pare. Conte-me." Desafivelando o cinto de segurança, ele se

virou em seu assento.
"Praticamente nada. Basicamente, Arin e sua família me

acolheram. Meu pai descobriu e demitiu o pai dela por me deixar
morar lá, então fiz as malas e saí em um velho Civic que o pai de
Arin me deu. Comecei a viver em meu carro, fazendo biscates por
tempo suficiente para ganhar dinheiro com gasolina, depois saí.
Eu estava estacionada e morando em um shopping center quando
Reaper me encontrou. Quando saiu do serviço, ele ouviu sobre a
morte de Michael através de seu pai. Ele foi procurar e me
encontrou. Reaper me arrastou para Ohio, alugou um
apartamento para mim e me forçou a sair da cama todas as

JAMIE BEGLEY
manhãs, me dando um emprego no clube onde ele poderia ficar

de olho em mim."
"Foi assim que você se tornou uma Last Rider?"
Jewell lançou-lhe um olhar irritado em seu tom de condenação.

"Não se atreva a pensar que eles se aproveitaram da minha dor
para me fazer uma prostituta do clube. Viper e Reaper se
recusaram a me deixar ser um membro. Eles até me demitiram
quando eu não parava de incomodá-los, então estacionei meu
carro no estacionamento e me recusei a sair. Finalmente, eles me
disseram que se eu voltasse para a universidade e encontrasse
alguma maneira de beneficiar o clube, ele deixaria eu me tornar
um membro."
"Consegui meu diploma em Administração e, no dia em que

recebi meu diploma pelo correio, fui ao clube e enfiei na cara do
Viper. Os Last Riders não me transformaram em uma prostituta
do clube; eles salvaram a porra da minha vida. Na noite em que
Reaper me encontrou, eu mal pesava quarenta quilos e sofria de
hipotermia. Viper, Reaper e Evie monitoravam cada mordida que
eu dava até que ganhei trinta quilos. Eles se importaram comigo
e ainda se importam mais comigo do que meus pais jamais se
importaram."
Latidos os fizeram olhar para a casa quando um cachorro saiu

correndo quando Dustin saiu para olhar na direção deles.
"Ele deve estar se perguntando o que está demorando tanto."

Jewell tirou o cinto de segurança. Então ela saltou do SUV.
Dustin olhou para eles interrogativamente enquanto se

aproximavam dele na varanda.
"Vi você estacionar. Só queria ter certeza de que não mudou de

ideia sobre falar com Logan." Seu olhar penetrante pegou o dela.
"Está tudo bem se você tiver."

JAMIE BEGLEY
"Não, eu quero falar com ele. Rory e eu acabamos de ser pegos

em uma conversa. Desculpe por ter feito você esperar. Eu deveria
ter ligado em vez de pedir a Rachel para ver se está tudo bem se
eu falar com ele. Não irei se você não quiser."
"Eu ia te pedir antes que Rachel ligasse. Logan..." Dustin

passou a mão pelo cabelo, como se estivesse confuso sobre o que
dizer. "Ele está..."
"Assustado por ter visto um fantasma." Jewell colocou o

impensável para fora.
"Bastante." Dustin deu um aceno de cabeça aliviado. "Isso

nunca aconteceu com ele antes, e ele está assustado que
acontecerá novamente se ele sair de casa."
"Onde ele está?"
"Você se importa se eu trazê-lo para fora para conversar,

então..."
"Ver se algum fantasma está rondando?"
"Não, então Greer não se intrometerá. Jessie está mantendo-o

encurralado para que ele não saia e incomode você sobre retribuir
o que você fez por Ema."
Jewell queria arrancar o cabelo. "Sua família não me deve. Você

pode, por favor, dizer isso a eles?"
"Eu não posso."
"Por que não?" Frustrada, Jewell bateu o pé.
"Porque nós devemos. Não se preocupe; é uma correção

simples. Basta pegar algumas multas por excesso de velocidade e
Greer vai sumir com elas. Melhor ainda", Dustin lançou um olhar
vingativo para sua casa, "vá ao King's e peça o jantar mais caro do
cardápio e se recuse a pagar a conta. King vai chamar a polícia e
Greer vai pagar a conta para não prender você. É uma situação
ganha-ganha."

JAMIE BEGLEY
Jewell revirou os olhos, e Dustin apenas deu um sorriso

malicioso antes de abrir a porta para gritar por seu filho.
Logan colocou a cabeça para fora. "Sim, pai?"
"Venha aqui fora. Jewell quer falar com você."
Logan olhou ao redor antes de finalmente sair.
"Ei, Logan", Jewell cumprimentou o menino. Esguio e magro,

ele se parecia mais com o pai a cada dia.
"Ei." Ele continuou espiando ao redor da varanda e do quintal.
"Eu queria vir e pedir desculpas por ter fugido ontem. Apenas
me assustei quando você disse o nome do meu filho."
Logan assentiu e então olhou para seu pai. "Posso voltar para
dentro agora?"
Jewell suspirou. Isso ia ser mais difícil do que ela pensava.
"Logan, mesmo que você visse Michael, ele não o machucaria."
Logan estufou o peito. "Eu não estou com medo. Só nunca vi

um antes."
"Viu o quê?"
"Um fantasma."
"O que você viu não era um fantasma."
"Então o que ele era?"
Jewell mordeu o lábio superior, tentando encontrar uma

explicação razoável, e não encontrou nada.
"Não sei o que você viu e ouviu. Eu gostaria de ter feito isso.
Gostaria de pensar que meu filho está cuidando de mim. Ele tinha
quatro anos quando morreu." Jewell não conseguiu esconder sua
angústia do menino.

JAMIE BEGLEY
Logan deu um passo à frente e pegou a mão dela. "Não fique

triste. Se alguma coisa acontecesse comigo, eu não gostaria que
meu pai ficasse triste."
"Não é tão fácil…"
"Você quer que ele fique triste onde está?"
Jewell apertou os lábios. Ela tinha chorado o suficiente hoje.

"Não... eu quero que ele seja feliz." Ela respirou fundo. "Quero que
ele esteja jogando, usando as estrelas como bolas de futebol.
Comprei-lhe uma bola de futebol no Natal. Quando eu saía das
aulas, já era tarde, e eu ficava do lado de fora com ele para que
pudesse brincar com sua bola nova antes de entrarmos. A essa
altura, as estrelas já haviam aparecido e Michael gritava: 'Olha,
Mamãe, eu estou..." A voz de Jewell falhou. "'Estou chutando
estrelas'."
A mão de Logan apertou a dela. "Agora, ele tem um playground

inteiro."
"Sim, Michael tem, mas eu ainda gostaria que ele estivesse

aqui."
"Ele está." Logan soltou a mão dela. "Você pode ficar aqui por
um minuto? Eu preciso pegar algo para você."
"Vou esperar bem aqui", prometeu Jewell.
Logan se virou e correu de volta para dentro de sua casa,

deixando-os sozinhos na varanda.
"Sinto muito pela sua perda." Dustin desconfortavelmente

arrastou a bota em uma tábua do chão da varanda.
"Quando descobri que Sam tinha um bebê e não conseguimos

encontrá-lo, foram os dias mais longos da minha vida. Não consigo
imaginar se alguma coisa acontecesse com ele."

JAMIE BEGLEY
"Espero que você nunca precise descobrir." Apenas pura força

de vontade a manteve na varanda, esperando Logan retornar.
Felizmente, ele não demorou muito.
Ele estendeu a mão para ela pegar, e Jewell levantou a palma.

Logan colocou uma estrela de madeira na mão dela.
"Eu esculpi isso ontem à noite. Não sabia por que... Agora eu
sei. Michael quer que você saiba que ele está feliz, e você também
deveria estar."
Fechando os dedos ao redor da estrela, com as pernas

trêmulas, Jewell conseguiu dar um passo em direção à cadeira de
balanço ao lado da porta. Cegamente, ela levou o punho ao
coração e começou a chorar.
"Por favor, não chore... Isso pode fazê-lo voltar", Logan

implorou.
Jewell ergueu os cílios úmidos para encarar o menino

assustado. "Vou fazer um acordo com você."
Logan olhou para ela com desconfiança.
"Eu vou parar de chorar por Michael se você parar de ter medo
dele."
O menino acenou com a cabeça vigorosamente. "Tudo bem."
"Está bem então." Jewell voltou a ficar de pé. Então ela se

inclinou levemente para dar um beijo na testa de Logan. "Não se
esqueça, sem desistir."
"Os Porters nunca desistem", ele disse com raiva.
"Se Dustin me ligar para me dizer que você está se recusando

a sair de casa novamente, isso vai me fazer chorar."
Logan puxou seu jeans para cima em seu corpo magro. "Sou
um homem de palavra."

JAMIE BEGLEY
Ela então olhou para Dustin brincando. "É melhor irmos.

Tenho certeza de que Jessie está pronta para fugir de Greer. Diga
a ela para esperar até sairmos antes de liberar o Kraken."
"Tudo bem." Ele riu, colocando um braço em volta do ombro de

Logan.
Enquanto caminhavam de volta para o SUV, Jewell sentiu um

desejo irresistível de olhar para as árvores na borda da
propriedade. A neve que cobria o chão brilhava sob os raios do sol
que desciam, dando uma ilusão de movimento. Jewell piscou,
tentando descobrir o que havia atraído sua atenção.
Curiosa, ela se afastou do SUV, aproximando-se. Então ela viu

que a neve estava derretendo em uma decoração de anjo que havia
sido colocada para o Natal. À medida que a neve caía, as feições
do anjo ficaram mais claras. O anjo criança estava segurando uma
lanterna.
"Por que eles colocariam essa decoração aqui?" Rory

perguntou, vindo atrás dela.
Jewell segurou sua estrela com mais força até que os pequenos
pontos pressionaram seus dedos. "A casa dos irmãos de Jessie
está sobre a colina. Dustin provavelmente colocou isso aqui, então
se ela for visitá-los e voltar no escuro, ela verá a luz", ela
respondeu com voz rouca. "O anjo está aqui para que ela não
perca o caminho de casa."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Oito
O estacionamento estava cheio quando eles voltaram para o

clube. Rory teve que manobrar em torno de três motos e três
carros antes de conseguir encontrar um lugar na parte de trás.
"Alguma coisa está acontecendo?"
Rory viu Jewell colocar a estrela no bolso do casaco antes de

agarrar o trinco da porta.
"Parece que eles estão indo para um passeio."
Saindo, Rory alcançou Jewell enquanto ela se aproximava de

Rider e Train.
"Jewell, você quer dar uma volta?"
Rory olhou com inveja para a moto em que Rider estava

sentado, disposto a dar seus dentes para um passeio na máquina
foda.
"Você sabe." Jewell olhou para os motociclistas. "Onde está

Nickel?"
Rider balançou a cabeça para ela. "Você dorme, você perde. As

mulheres já reclamaram a atenção de todos. Você terá que pilotar
sua moto, ficar em casa ou deixar Rory dirigir sua moto e você
pegar as costas dele."

JAMIE BEGLEY
"Você sabe que eu não deixo ninguém andar na minha moto."

Jewell virou-se para ele. "Você pode esperar aqui. Vou pegar
minha moto."
Rory observou Jewell caminhar para os fundos da fábrica.

Sentindo os olhares de Rider e Train, ele se virou para eles.
"Como está indo?" Train perguntou, subindo em sua moto.
"Aceitável. Onde vocês vão quando pilotam?"
"Vamos para Jamestown hoje. Vamos encontrar Stud na pista.

Ele constrói motos e quer mostrar uma nova que ele e seu irmão
acabaram de terminar."
Eles ainda estavam discutindo sobre a moto de Stud quando

Jewell parou ao lado dele.
"Você vem?"
Rory franziu a testa. "Onde está seu capacete?"
"Rider, você tem um capacete extra?"
Rider desceu de sua moto com a pergunta de Jewell, caminhou

até a fábrica e voltou com um capacete verde para dar a ele antes
de voltar para sua moto.
Rory entregou o capacete a Jewell. "Coloque-o."
"Eu não uso capacete." Ela empurrou o capacete de volta para

ele.
Rory se aproximou da moto, apertando o botão de desligar.
"Que porra é essa?" Irritada, Jewell teve que colocar as botas

no chão.
"Use a porra do capacete, ou você não vai."
Jewell pegou o capacete com os olhos semicerrados, colocando-

o. "Satisfeito?"

JAMIE BEGLEY
"Sim." Ele se sentou atrás dela.
"Você realmente está se dando bem com ela, tão irritante

quanto ela é?" Rider gritou sobre o som de Jewell ligando sua moto
novamente.
"O que posso dizer? Eu vivo para o perigo", brincou ele.
Jewell avançou lentamente com sua moto quando os Last

Riders começaram a sair. Deslizando as mãos em volta da cintura
dela, ele segurou enquanto a velocidade aumentava para
acompanhar as outras motos.
Lamentando não ter perguntado a Rider a que distância

Jamestown estava, ele facilmente a segurou enquanto desciam a
passagem sinuosa da montanha e depois atravessavam a cidade.
Sem parar, eles seguiram para o longo trecho de estrada fora de
Treepoint.
Apreciando a rajada do vento enquanto dirigiam, ele admirou

a habilidade de Jewell com sua moto. Rory olhou por cima do
ombro para ver Rider andando com sua esposa, e Train andando
ao lado dele com Killyama. Ambas as mulheres usavam capacetes,
enquanto os homens não. Rory se virou quando viu Rider fazer
um gesto de polegar para cima.
Trinta minutos depois, eles estavam dirigindo por outra cidade.

Rory ficou aliviado ao ver que estavam perto de seu destino
quando viu a placa de 'Bem-vindo' de Jamestown.
Pensando que eles estavam indo para uma pista de corrida de

carros normal, Rory ficou surpreso ao descobrir que era uma pista
de terra ao ar livre, a quilômetros de distância de Jamestown. Sua
bexiga estava lhe dando ataques, então ele ficou feliz em ver um
prédio de concreto.
"Por favor, me diga que é um banheiro", ele pediu a Jewell

quando ela desligou o motor e tirou o capacete.

JAMIE BEGLEY
"Sim. Stud construiu porque Sex Piston e suas amigas vêm

assistir às vezes e trazem seus filhos", Jewell explicou.
"Essa é minha primeira parada. Eu vou te alcançar."
Ele desceu da moto e foi para o anexo. Estando mais perto,

Knox e Rider o venceram por dentro.
Dentro do banheiro, Rider e Knox já estavam de pé nos

mictórios, deixando um no meio desocupado. Rory manteve os
olhos para si mesmo enquanto mijava, mas quando ele estava
fechando o zíper de volta, ele 'pegou' vista de seus paus. Ele foi até
a pia quando Rider e Knox ficaram atrás dele na fila.
Ele se moveu para o lado para pegar uma toalha de papel do

dispensador. Rider pegou uma toalha também.
"Quem fez suas tatuagens?"
Ele não foi o único que pegou um olhar rápido.
Rory jogou sua toalha de papel fora, respondendo à pergunta

de Rider. "Um lugar em Queen City."
"Colton fez isso, não foi?" Knox perguntou, pegando uma

toalha.
Rory olhou para eles com surpresa. "Você conhece Colton?"
Knox assentiu. "Nós conseguimos algumas tatuagens com ele."
"Como vocês conheceram Colton?"
Os dois homens apenas lhe deram olhares vazios enquanto

saíam do banheiro.
Rory era sábio o suficiente para não querer saber a razão pela
qual os Last Riders não falavam sobre King. Ele podia acreditar
que eles estavam protegendo Evie do passado de King, mas Rory
acreditava que havia outra conexão que eles estavam guardando,
a esposa de Shade, Lily, que compartilhava a mesma cor dos olhos
de King. Rory não queria colocar Lily em perigo ao buscar mais

JAMIE BEGLEY
informações. Sua vida não valeria um centavo se ele cometesse

um passo em falso no que dizia respeito a Lily. Seu pai havia lhe
ensinado uma lição antes de morrer, o inferno não tem fúria como
um motoqueiro irritado protegendo sua propriedade.
Avistando Jewell ao lado de Shade e Viper, ele caminhou na

direção deles. Então, mantendo-se discreto, Rory escutou a
conversa.
"Você realmente acha que Elizabeth está fingindo ter sido

sequestrada?" O desânimo encheu a voz de Jewell.
O rosto de Viper tornou-se sombrio. "Isso explica como

Hennessy não conseguiu encontrar ninguém ligado ao sequestro
dela no laboratório. Ninguém mais conhecia sua agenda, exceto
Arin. Todos nós sabemos que não era ela, então tinha que ser
Elizabeth, o que também explica por que a pessoa que está
ameaçando Arin conhece todos os seus movimentos. Ela poderia
ser paga para manter a patente de Arin para a vacina, e fingir ser
sequestrada foi a maneira mais fácil de fazer isso quando Arin a
designou para trabalhar em outro emprego. Os métodos de
segurança de Hennessy e Reaper, que eles instalaram na empresa
de Arin, teriam impedido Elizabeth de sabotar quaisquer patentes
ou produtos lá."
"Não podemos ter certeza de que Elizabeth é responsável até

que tenhamos provas." Jewell agarrou o braço de Viper
ansiosamente. "Não quero que nada do que eu possa ter dito seja
o fator decisivo."
"Não é", Shade falou. "Todas as casas às quais conseguimos

ligá-la, onde acreditávamos que ela estava detida, estão à venda."
Jewell lentamente soltou a mão do braço de Viper com a

revelação de Shade.
"A tia de Elizabeth é corretora de imóveis. Elas poderiam ter

bolado esse plano juntos. Não saberemos até pegarmos Incog,
encontrarmos Elizabeth ou falarmos com a irmã dela."

JAMIE BEGLEY
"Onde está a tia dela?" Rory se intrometeu quando Shade parou

de falar.
"Ela parou de atender as ligações de Arin há dois dias", Shade

respondeu, seus olhos se movendo para a moto acelerando na
pista. "Alanna era o contato de emergência de Elizabeth. Arin
manteve contato diário com Alanna desde o desaparecimento de
Elizabeth."
A preocupação de Rory mudou de Elizabeth para sua tia.

"Droga. Se ela não estiver envolvida nessa bagunça, então Alanna
pode estar com problemas de verdade."
"Isso é o que estamos pensando", Viper confirmou.
Os olhos de Rory se arregalaram em apreciação pela moto que

passou por eles do outro lado da grade de aço.
"Droga. Essa é uma bela moto." Apoiando os antebraços no

parapeito, Rory observou o motociclista manobrar a moto em uma
curva. "Quem está montando?" Rory perguntou, seu interesse
capturado.
"Stud. Ele é o Presidente dos Destructors. E também é quem

construiu a moto." Viper olhou para Shade com tristeza. "Qual
você acha que é a chance de eu falar com Winter sobre outra
moto?"
"Certamente nenhuma. É o mesmo que eu conseguir outra.

Stud disse que não venderá esta. Ele vai correr com ela."
"Deixe-me adivinhar, ele só recebe pedidos de compra de uma."
Rory levantou uma sobrancelha em suas expressões abatidas.

"O que há de errado com isso?"
"Ninguém além de Stud tem uma lista de espera de dois anos",

Viper respondeu. "Normalmente, podemos usar nossa conexão
com Killyama e Lily para subir na lista, mas depois de ontem à
noite, eu teria mais sorte em encontrar o tesouro do Rei Tut."

JAMIE BEGLEY
"O que houve na noite passada...?" Quando as palavras saíram

de sua boca, Rory se lembrou de Jewell lhe dizendo que a mulher
chamada Sex Piston era casada com Stud. "Porra."
"Porra mesmo", Viper gemeu quando a moto passou na frente

deles novamente.
A guarda de Rory baixou para encarar Viper como se ele tivesse

enlouquecido. "E você achou que seria um bom dia para vir
assistir a corrida de Stud? A esposa de Stud e suas amigas estão
aqui?"
"Lá na parte de trás da pista." Viper indicou atrás de suas

costas. "Não se preocupe; Stud e eu chegamos à conclusão de
deixar as mulheres resolverem suas próprias diferenças."
Rory não comprava essa merda por um segundo. "Eu não vejo
Lily ou Winter fazendo isso", ele comentou com ceticismo.
"Lily e Winter estão presas limpando o clube como punição por

terem escapado ontem à noite. Não se preocupe; nós as deixamos
em casa porque, se isso se transformar em outra briga, Lily e
Winter seriam mais obstáculos do que ajuda."
Rory não conseguia deixar de observar o olhar iludido dos Last

Rider. Ele tinha visto Winter se segurando... antes que Lily batesse
a porta na cara de Crazy Bitch.
Ele desviou quando o piloto fez outra curva e começou a

desacelerar para parar a moto na frente deles.
Rory apertou a mão de Stud depois que Viper os apresentou.
"Bela montaria", Rory o elogiou.
Stud deu-lhe um largo sorriso. "Quer dar uma volta?"
"Rory não anda de moto; ele não tem uma licença", Jewell
interrompeu antes que Rory pudesse responder a oferta
tentadora.

JAMIE BEGLEY
"Sim, eu tenho", ele a informou antes de voltar para Stud. "Eu

adoraria montá-la."
Stud parecia arrependido da oferta.
Franzindo os lábios por ser impedido de andar de moto, Rory

tirou sua carteira para mostrar a Stud sua licença. "Eu posso
montar. Não vou danificá-la."
"O portão é ali." Stud acenou com a cabeça para a abertura.
Rory viu a surpresa irritada no rosto de Jewell enquanto a

rodeava. Ele teria que consertar esse problema em particular mais
tarde. Agora, tudo o que ele estava focado era sentir o doce calor
do assento sob sua bunda.
Segurando um gemido no couro de luxo debaixo dele, ele

pensou em como Stud não poupou nenhuma despesa ao construir
esta moto.
Indo devagar para sentir a moto, Rory deu uma volta pela pista
pavimentada. Ao passar, Stud fez sinal para ele ir mais rápido.
Prestes a aproveitar a oportunidade que Stud estava lhe dando,
Rory segurou o monstro que ronronava, uma ideia veio em sua
mente.
Ele terminou a segunda volta e trouxe a moto de volta para

Stud.
"Cara, esta máquina chuta a porra da bunda", Rory deu a Stud

a adulação que ele merecia.
"Obrigado." Stud pegou o capacete de volta dele. "Você poderia

ter ido mais rápido."
"Queria ter certeza de que eu não danificaria nada nessa garota

má." Ele deu a Stud um olhar envergonhado. "Não queria correr o
risco de ser responsabilizado por consertá-la. Esta moto está fora
da minha faixa de preço."

JAMIE BEGLEY
"Minha também." Viper sorriu, tirando o capacete de Stud.

"Mas com certeza não vai me impedir de levá-la para um teste."
"Leve-a." Stud pulou para sentar no corrimão enquanto Viper

decolou na moto.
Vendo que Jewell estava enviando vibrações de raiva, ele

decidiu seguir a ideia que teve enquanto andava na moto de Stud.
"Shade disse que você não está vendendo a moto, que você
recebe pedidos antes de construí-las."
Rory saltou para o corrimão quando Viper passou zunindo.
"Sim", Stud respondeu de improviso, sua atenção na moto.
"Acabei de comprar uma casa, então está fora da minha faixa

de preço." Ele levantou a voz para ser ouvido acima do motor.
"Também não estou acostumado a esperar pelo que quero. Você
estaria interessado em um acordo que deixaria nós dois
extremamente felizes?"
A recusa de Stud foi rápida e direta. "Foda-se, não."
"Você não quer ouvir o que eu posso oferecer em troca?" Rory

rebateu.
"Vá em frente, mas é um desperdício. A resposta ainda será

não."
"Ok, isso é justo." Rory assentiu, não dissuadido. "Ainda vou

tentar. Eu dou aulas de sexo…"
Os olhos de Stud desviaram o foco de Viper.
"Estou disposto a dar… digamos, apenas dez aulas de sexo,

que você ou sua esposa podem usar individualmente, ou podemos
dividir as aulas, então digamos que quatro podem ser usadas
como um casal."

JAMIE BEGLEY
Stud ficou ofendido com a oferta. "Você é um comediante ou

algo assim? Eu deixei você andar na minha moto e você está
tentando fazer uma piada com o preço?"
"Não estou brincando. Estou falando sério. Eu dou aulas de

sexo."
Stud quase caiu do parapeito, rindo, quando percebeu que

Rory estava falando sério.
"Tenho cinco filhos. Eu não preciso de aulas!"
Rory não deixou a risada de Stud, ou os Last Riders esperando

sua vez de montar, incomodá-lo em sua missão de pegar a moto.
Ele notou uma coisa, no entanto, Jewell não estava rindo, e ela se
aproximou para poder ouvir melhor.
Rory riu dele, o que fez Stud parar.
"Só porque você tem filhos não faz de você um bom amante."
"Não, não faz, mas nunca tive nenhuma reclamação, e todas as

mulheres com quem estive sempre voltaram para mais."
"Mesmo? Você é casado com a Sex Piston, certo?
O humor de Stud começou a diminuir. "Sim. E daí?"
Rory deu um tiro no escuro. "Ela é seu primeiro casamento?"
Todos os vestígios de risada desapareceram de Stud. "Não."
"Eu conheci sua mulher ontem à noite. Ela parece muito

agressiva para uma mulher que está recebendo o que precisa em
casa."
"Cuidado. Eu tenho ouvido você falar merda. Mas está prestes

a ir por um caminho que não tem volta", Stud advertiu.
"Sem intenção de desrespeito. Estou apenas dando a você uma

chance de melhorar seu jogo."
"Meu jogo é bom pra caralho", Stud resmungou.

JAMIE BEGLEY
"Se, e estou dizendo se, eu fosse até onde sua esposa está e
perguntasse a ela se seu jogo está bom, quão confiante você está
de que ela diria a mesma coisa?"
Viper trouxe a moto de volta, descendo e esperando que outro

Last Rider tivesse sua vez. Nenhum dos espectadores que
escutavam aproveitou a oportunidade, muito fascinados com a
conversa que Stud e ele estavam tendo.
"O que está acontecendo?" Viper perguntou.
"Rory acabou de oferecer a Stud dez aulas de sexo pela moto",

Rider o informou.
"Oh... eu darei a ele vinte pela moto", Viper brincou.
Stud olhou para ele quando os motoqueiros começaram a

oferecer seus preços.
"Vou dar vinte e cinco, além de algumas massagens nos pés",

Knox brincou.
"Você deveria perguntar a Sex Piston... antes de recusar",

Killyama pediu a Stud, sua voz cáustica se elevando acima das
outras. Colocando dois dedos entre os lábios, ela soltou um
assobio alto, o que fez Rory invejar a habilidade.
Stud saltou do corrimão quando ouviu outro apito flutuando

de volta. "Porra."
"Antes de considerarmos a oferta", o penetrante olhar verde de

Killyama pousou em Jewell, "você já transou com ele?"

JAMIE BEGLEY
Capítulo Vinte e Nove
Rory pulou apressadamente do parapeito para empurrar Jewell

até parar antes que ela pudesse pousar a mão na mulher
detestável. Tirando a mão do braço dela, Jewell plantou o rosto na
frente da instigadora Killyama.
"Stud? Ou Rory?" Jewell rangeu os dentes.
"Rory. Eu sei que você não fodeu Stud", Killyama retrucou.

"Acalme-se. Esse cara está pedindo para trocar a moto de Stud
por…" Killyama empurrou o queixo na direção de Rory, "por seus
serviços. Você sai para comer em um restaurante novo, então
confere as avaliações primeiro, não é?"
A mulher tem razão, Rory pensou.
"Eu tenho um site com comentários." Rory pegou seu celular

para acessar seu site. "Também listo o tipo de aulas que dou."
Killyama não se distraiu com o celular que Rory estava

tentando mostrar a ela. "Estou perguntando a Jewell. Qualquer
um pode fazer a porra de uma crítica."
Graças a Deus ele não ficou facilmente constrangido quando

as mulheres da noite anterior abriram caminho pela multidão
para ficar ao lado de Killyama, que falou em voz alta sobre a única
referência que ela consideraria.
"Usando meu homem como base", Killyama continuou, "esse

cara tem novos truques que ele pode ensinar a Train para me fazer

JAMIE BEGLEY
mais feliz, mantendo em mente que estou muito feliz com o jeito
que meu homem faz o trabalho agora?"
Jewell ficou sob a censura da multidão crescente.
Rory estava seriamente arrependido da oferta quando o olhar

frio de Jewell mudou para ele. "Sim."
A boca barulhenta de Sex Piston quebrou o silêncio. "O que

diabos está acontecendo?"
Killyama não deu a Stud a oportunidade de contar a ela.
"O que ele disse?" Sex Piston perguntou quando Killyama

terminou.
Rory sentiu uma gota de suor escorrer pelas costas quando Sex
Piston se concentrou nele como um pirulito em uma loja de doces.
As narinas de Stud se dilataram. "Eu disse não."
Sex Piston se moveu ao redor de Killyama para deslizar seu

braço pelo de Stud. "Não sejamos tão apressados. Eu quero ouvir
alguns detalhes. O que faz você pensar que pode ensinar ao meu
marido o que ele ainda não está fazendo por mim?"
Rory não era estúpido. Ele manteve os olhos no mesmo nível

dos de Sex Piston, ciente de que, se eles abaixassem um pouco
mais, Stud usaria isso como uma desculpa para dar uma surra
nele.
"Ele pode fazer você gozar sem colocar um dedo em você?"
"Não, ele não pode."
"Eu posso ensiná-lo como."
"Algo mais?"
"Você não será a única a se beneficiar de minhas aulas. Stud

também. Eu posso te ensinar como excitá-lo de maneiras que você
nunca fez antes."

JAMIE BEGLEY
Sex Piston deu-lhe um sorriso astuto. "Duvido que... posso ser

muito criativa."
"Você já amarrou os braços dele e brincou com a parte de

dentro do braço dele?"
Seu sorriso escorregou enquanto, pela primeira vez, Stud

começou a parecer interessado.
"Eu poderia tentar isso..."
Os olhos de Sex Piston brilharam de excitação. "Você me

deixaria algemá-lo?"
"Porra, não, mas eu deixaria você me amarrar... frouxamente."
Rory avaliou o casal. "Vocês dois realmente se beneficiariam de

minhas instruções. Stud aprenderia a confiar mais em você, e eu
posso ensiná-la a ser mais sensível às inseguranças dele."
"Eu não sou inseguro, porra!"
"Sou sensível pra caralho!"
Rory apenas arqueou as sobrancelhas quando o casal começou

a negar sua fraqueza. Cruzando os braços sobre o peito, confiante
em sua avaliação, ele esperou. Ele esperava que Sex Piston fosse
a primeira a ceder, mas foi Stud.
"Dez aulas virtuais não cobririam o custo dos pneus e do

silenciador."
"Foda-se virtual", Sex Piston entrou na conversa, assumindo

as negociações. "Você vai andar de moto virtualmente? Ou
fazemos as aulas pessoalmente, ou não há acordo."
"Posso ficar por aqui até você completarem as lições", Rory

concordou facilmente.
Sex Piston não estava negociando. "Você terá que jogar pelo
menos seis lições para minhas cadelas."

JAMIE BEGLEY
Rory franziu a testa. "Quantas são?"
"Quatro."
"Isso é factível."
"Não se esqueça de mim." Ginny enfiou a cabeça entre Sex

Piston e Stud. "Isso faz ci…"
Sua cabeça desapareceu com um guincho. Então Rory ouviu

um resmungo: "Não importa."
Rory inclinou a cabeça para o lado para ver Reaper marchando

com Ginny em direção a sua moto.
Enxugando a testa, ele sintonizou de volta para ouvir Rider

discutindo com Stud.
"Minha oferta é melhor! E eu até pagarei o preço que você

quiser pela moto em dinheiro vivo."
"Eu também", Knox ecoou, apesar de sua esposa bater em seu

ombro.
"Cala a boca todo mundo!" Sex Piston gritou. "A única Last
Rider que eu quero ouvir agora é Jewell. A oferta de quem Stud
deveria aceitar?"
Todos na multidão viraram a cabeça para Jewell.
Rory manteve o rosto impassível, não tentando influenciá-la

para seu lado.
"Shade, você vai fazer uma oferta?" Jewell perguntou.
"Não."
"Então aceite a oferta de Rory." A frieza em sua voz mostrou o

quão zangada Jewell estava com ele.
"Se você estiver disposto a não tomar posse da moto até que as
aulas terminem, então temos um acordo", Stud estipulou.

JAMIE BEGLEY
"Estou bem com isso", Rory concordou.
"Isso significa que não podemos fazer o teste com ela?" Rider
perguntou a Stud.
"Não, você ainda pode andar na moto. Preciso verificar e ter

certeza de que não há falhas."
Rory concordou com a cabeça quando Stud arqueou uma

sobrancelha questionadora.
Vendo Jewell ir embora quando os homens começaram a

discutir quem andaria de moto em seguida, Rory foi atrás dela.
"Vamos embora?"
Jewell girou nos calcanhares para enfrentá-lo. "Eu vou. Você

pode pegar outra carona de volta."
"Com quem eu devo voltar? Você realmente vai me deixar preso

aqui?"
"Stud mantém motos extras; peça-lhe uma. Acrescente mais

algumas aulas", ela resmungou.
"Eu ia te dizer que eu tinha uma licença…"
"Quando?"
"Quando perguntasse. Você nunca perguntou, Jewell. Você

está me julgando desde o momento em que nos conhecemos."
"Eu não julguei."
"Você me colocou em um nível de base imaginário enquanto

pensa que os Last Riders estão acima de mim."
"Se isso é verdade, por que eu disse a Sex Piston para fazer o
acordo com você?"
"Porque você é honesta mesmo quando está ferida."
"Não estou ferida."

JAMIE BEGLEY
"Você está ferida porque não te contei. Sinto muito."
"Eu não estou ferida. Estou puta que você é o primeiro homem
em quem confiei fora do clube, e você mentiu para mim."
"Eu não menti", ele argumentou. "Se você tivesse perguntado,

ou alguém no clube tivesse perguntado, teria dito que tenho uma
licença."
"Omissão é mentira."
"Besteira. Você não tem problema em ser honesta sobre qual

homem é melhor na cama, mas tem um problema em guardar
seus sentimentos sobre mim."
"Você está superestimando o quão bom você é. Só porque deixei

você me foder não significa que eu tenha sentimentos por você.
Foder alguém não tem nenhum significado para mim além de sair.
Ontem à noite, foi com você. Esta noite, será outra pessoa."
Rory estreitou os olhos para ela. "Você não vai foder outra
pessoa enquanto tivermos essa coisa acontecendo entre nós."
"Não há merda nenhuma acontecendo entre nós." Jewell deu

de ombros antes de se virar e sair andando novamente.
Rory ficou onde estava, recusando-se a ir atrás dela. "Estou

falando sério, Jewell. Não tente isso", ele disse atrás dela.
Sua única resposta foi levantar o dedo médio no ar para

dispensá-lo.
Observando-a ir embora com raiva, Rory sabia que ela estava

planejando transar esta noite só para provar o ponto de que ela
poderia fazer o que diabos quisesse. A mulher não sabia
exatamente para quem ela havia dado as costas. Os Last Riders
podiam compartilhar, mas os Predators não compartilhavam o
que pertencia a eles.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta
Amaldiçoando-se por sua estupidez, Jewell voltou ao clube

para encontrar Nickel de guarda na porta da frente. Ela estava
esperando que fosse Puck. Tão bom quanto Puck fodia, Nickel era
melhor. Ela precisava de um dos irmãos para tirar sua mente de
Rory.
Flutuando para dentro depois que Nickel abriu a porta, ela foi
para seu quarto se trocar. Ela trancou a porta no caso de Rory ser
estúpido o suficiente para quebrar as regras novamente e foi para
o banheiro tomar um longo banho. Depois de lavar e condicionar
sua longa massa de cabelo ruivo, ela escolheu seu sabonete
líquido favorito para limpar todos os pontos do seu corpo.
Ainda com raiva quando saiu do chuveiro, Jewell ligou seu

secador e começou a trabalhar. Uns bons trinta minutos depois,
ela finalmente ficou satisfeita quando seu cabelo caiu em seus
ombros em ondas suaves. Normalmente, ela mantinha o cabelo
curto durante os meses de verão; neste último verão, ela não tinha
feito. À medida que os dias esquentavam, ela o cortava pela
metade.
Ela foi até o armário para pegar a roupa que já havia decidido
usar esta noite. Depois de passar a loção, que tinha o mesmo
cheiro de seu sabonete líquido, em sua pele, Jewell então vestiu a
calça de couro preta apertada.

JAMIE BEGLEY
De pé na frente do espelho, ela se virou para cada lado para

certificar-se de que as cordas de couro entrecruzadas estavam
planas contra sua pele, expondo a pele por baixo. Contente, ela
colocou o top azul justo e esticou os dois cordões, que apertaram
o top até que seus seios sem sutiã quase derramaram sobre o
material recortado. Puxando as cordas para suas costas, ela as
cruzou antes de enrolar as cordas para a frente para amarrá-las
em um arco.
Ela colocou seu par de saltos mais alto e então foi para a mesa
de cabeceira para colocar o ursinho de volta na gaveta onde o
guardava. Verificando se não tinha borrado a maquiagem, ela
desceu.
O clube silencioso a deixou nervosa. Frustrada por todos terem

ido embora, ela foi atrás do bar para preparar uma bebida. Tinha
acabado de preparar para si um demônio verde quando Nickel veio
da cozinha.
Jewell deu-lhe um sorriso de boas-vindas. "Eu estava

pensando em onde você estava."
"Estava fazendo segurança. Rider veio me substituir." Nickel

deu-lhe um olhar desconfiado. "Por que?"
"Estava procurando por você para lavar minhas costas."
Nickel observou sua roupa com um sorriso lascivo. "Droga, eu

gostaria que você tivesse esperado."
"Você pode fazer as pazes comigo mais tarde. Quer uma

bebida?"
"O que você está tomando?"
"Um demônio verde."
"Vou tomar uma cerveja."

JAMIE BEGLEY
Alcançando o refrigerador, Jewell tirou uma cerveja enquanto

Nickel tomava um dos bancos do outro lado do bar. "Rider é o
único que voltou?"
"Por enquanto. Os outros devem estar de volta a qualquer

minuto. Rider disse que todos os outros pararam no posto de
gasolina para reabastecer seus tanques. Como você venceu todos
os outros de volta?"
"Estava entediada. Eu não sabia que você estava de serviço."
Nickel não comprou sua desculpa. "Não foi porque você estava
exausta depois da noite passada?"
"Você me conhece melhor que isso." Jewell franziu os lábios em

uma careta descontente. "Rory foi apenas um aperitivo." Andando
pelo bar, ela se esgueirou para o lado de Nickel. "Preciso de um
menu completo para me cansar."
Nickel virou em seu banco para puxá-la entre suas pernas

separadas. "Quem está no menu esta noite... além de mim?" Ele
perguntou, acariciando seu pescoço.
"Vamos ver... eu pensei em começar com você, então quando

Moon acordar…"
Jewell endureceu sob os lábios de Nickel quando ouviu a porta

se abrir. Os Last Riders se aproximaram, tirando as jaquetas e
indo para o bar. Ember foi para trás do bar para começar a
distribuir bebidas.
"Você perdeu, Nickel." Ember contou o que aconteceu

enquanto distribuía bebidas para os Last Riders que começaram
a se reunir ao redor do bar.
"Então, Rory convencer Stud a vender sua moto é o motivo de

Rider estar tão irritado?" Nickel perguntou.
Ember balançou a cabeça, rindo. "Não, ele está ofendido

porque Jewell não o apoiou, então Stud não aceitou sua oferta,

JAMIE BEGLEY
porque ela basicamente disse que Rory era melhor na cama do

que ele."
"Isso não é exatamente verdade", Train acrescentou mais sal

ao orgulho ferido de Rider. "Jewell só disse isso quando perguntou
se Shade faria uma oferta." Train pegou a garrafa de cerveja de
Ember.
"O que há com isso, Shade?" Train brincou. "Você não queria
compartilhar seu conhecimento com Stud e Sex Piston?"
"Minhas habilidades seriam perigosas nas mãos erradas."
Os lábios de Jewell se contraíram com Shade provocando

Rider.
Para não ficar atrás, Nickel não resistiu em se gabar. "Rory deu
sorte de eu não estar lá."
Jewell estalou os dedos "Ahh... esqueci Lucky, mas…" ela

provocantemente passou a mão pela coxa de Nickel enquanto
olhava sedutoramente em seus olhos, "você teria sido minha
escolha se estivesse lá." Sem se preocupar em ver se Rory estava
lá, Jewell arqueou o pescoço para trás quando Nickel começou a
explorá-lo.
"Não."
Jewell ergueu os olhos chocados para encontrar Rory atrás de

Nickel.
Surpreso, Nickel ergueu a cabeça diante da fria diretriz de

Rory.
"O que você disse?" Nickel disse antes que ela pudesse.
"Eu não estava falando com você. Estava conversando com

Jewell." Rory deslizou a mão atrás do pescoço de Jewell.
Esperando que seu toque fosse irritado ou áspero, ela ficou
atordoada ao ficar parada com seu toque massageador.

JAMIE BEGLEY
Um músculo se contraiu na mandíbula de Nickel. "Você não

tem o direito de dizer não a nenhum de nós."
Rory não recuou. "Jewell, será necessário que Nickel e eu

briguemos para provar seu ponto de vista?"
Nickel faria de Rory um trampolim. Por mais zangada que

estivesse, porém, ela também não o queria incapacitado.
Lentamente, Jewell tirou a mão da coxa de Nickel, levantando

as mãos no ar. "Feliz agora?" Ela perguntou a Rory
sarcasticamente.
"Sim. Ember, posso tomar uma cerveja?"
Jewell não perdeu o olhar especulativo que Ember deu a Rory

enquanto ela lhe entregava a cerveja.
Viper responderia a perguntas o resto da noite se as outras

mulheres tivessem o mesmo benefício de foder Rory que ela tinha
recebido.
Descontente, Jewell tomou um gole de sua bebida para

esconder sua expressão. Então, quando ele tirou a mão do pescoço
dela, Jewell deslizou para fora do banco. "Vou encontrar algo para
comer."
"Eu trouxe um hambúrguer e batatas fritas para você." Rory

ergueu uma sacola marrom do restaurante que ela reconheceu.
Seu orgulho se perdeu no aroma.
Levando a sacola para a cozinha, ela se sentou à mesa

enquanto Winter e Lily vinham do porão, trazendo material de
limpeza. Jewell começou a retirar sua recompensa enquanto
guardavam os suprimentos.
Quando terminaram, sentaram-se à mesa. Jewell levantou-se

para ir até o armário pegar três pratos. Dividindo a comida em
porções iguais, ela deslizou os pratos para as outras mulheres.

JAMIE BEGLEY
"Eu deveria fazer o jantar", Winter revelou enquanto abria um

pacote de ketchup. "Mas desde que Viper decidiu me colocar em
punição hoje, ele deve ter descoberto que sua chance de nós
cozinharmos o jantar era nula."
"Eles comeram na cidade", Jewell confirmou, feliz que Winter e

Viper tivessem sua própria casa. Viper era um amigo, mas tinha
se aproximado de Winter ao longo dos anos e não gostava quando
discutiam.
"Quem trouxe a comida?"
Jewell quase não respondeu, sabendo que estava colocando

outro prego no caixão de Viper. "Rory trouxe."
"Obrigada por compartilhar." Winter mastigou seu

hambúrguer apreciativamente.
"Você e Lily merecem toda a refeição depois da noite passada."
Os olhos de Winter brilharam com diversão. "Não foi muito

difícil depois que Lily quebrou o nariz de Crazy Bitch. Depois
disso, passamos o resto da noite bebendo."
Jewell empurrou para baixo o lado vingativo dela que queria

ver como Crazy Bitch estava hoje. O nariz dela estava inchado?
Ela tinha um olho roxo?
"Eu não vi Crazy Bitch na pista hoje."
Winter colocou seu hambúrguer de volta no prato. "Eu não

estou dando uma desculpa pela maneira como elas agiram, não
me entenda mal, mas enquanto conversamos ontem à noite, TA
nos disse que Crazy Bitch estava querendo brigar. Ela e Calder
estão tentando engravidar. Ela achou que estava, mas tinha feito
um teste ontem e descobriu que não. Eu sei o quão ruim é querer
um filho."
Toda a sua raiva por Crazy Bitch morreu.

JAMIE BEGLEY
O resto da refeição foi feito em silêncio. Depois de levar seus

pratos para a pia quando terminaram, elas voltaram para a sala
principal.
A maioria dos homens estava reunida ao redor do bar ou das

mesas de sinuca. Procurando na sala por Nickel, seu olhar foi
interrompido ao ver Rory sentado em uma das cadeiras, e Ember
sentada no braço com o braço em volta do pescoço dele.
Jewell reconheceu a expressão em seu rosto e sentiu uma raiva

incandescente envolvê-la. Ela não podia ver a expressão de Rory,
nem dava a mínima se ele estava interessado em Ember ou não.
Avançando, ela foi atrás de Rory, passando as unhas pelo

cabelo grosso. Então Jewell apertou a massa grossa para jogar a
cabeça para trás. Furiosa, ela olhou para Rory quando fez seu
ponto.
"Não", ela sussurrou antes de virar um olhar irritado para

Ember.
Ember pulou levemente do braço da cadeira. "Não pode culpar

uma garota por tentar."
"Eu sei." Jewell bateu sua bunda no local que Ember havia
desocupado. "Eu o culpo."
"Então, estamos bem?" Ember perguntou.
"Por enquanto." Jewell assentiu enquanto Ember se movia em

direção às mesas de sinuca no fundo da sala.
"Posso ter meu cabelo de volta?" A voz divertida de Rory trouxe

seu olhar de volta para ele.
"Você vai se comportar?"
Jewell sabia que estava seriamente fodida quando ele sorriu

para ela.

JAMIE BEGLEY
Com um movimento do braço dele, ela se viu sentada em seu

colo.
"Depende do que você quer dizer sobre se comportar."
"Se eu não posso foder Nickel, você certamente não pode foder
Ember."
"Eu não quero foder Ember. Sentei-me aqui para esperar e

poder vigiar as escadas caso você tentasse escorregar até lá.
Ember foi quem veio aqui. Eu estava apenas dizendo a ela o que
estava fazendo quando você agarrou meu cabelo."
Sua revelação fez seu coração gaguejar.
"Não quero você fodendo Ember."
"Eu não ia."
O corpo dela derreteu no dele. Então, dando como certo que ela
não estava mais zangada com ele, ele deslizou a mão para sua
coxa vestida de couro.
"Você vai foder Nickel?"
"Não agora."
"Você não cede um centímetro, não é?"
Ela sensualmente deslizou a mão sob a camisa dele para sentir

a dureza firme de seu abdômen. "Depende do quanto você está me
pedindo para tomar", ela disse provocativamente.
"Sou um cara bem tranquilo, Jewell." A expressão de Rory se

tornou formidável. "Vou tentar fazer você feliz até certo ponto, mas
não deixarei isso ser usado contra mim apenas para deixar você
seguir seu caminho."
"Eu não…"
Seu estômago revirou. Rory nunca tinha olhado para ela

daquele jeito. A maneira fria e objetiva que ele a avisou a fez

JAMIE BEGLEY
duvidar da impressão suave e equilibrada que teve de Rory. Ela

ainda estava tentando decidir se ele estava blefando quando Rory
se levantou com ela em seus braços.
Jewell queria enterrar a cabeça em seu ombro quando ele saiu

da sala principal para carregá-la para baixo. Ela esperou até ouvir
o estalo de uma porta se fechando antes de levantar a cabeça para
ver que eles estavam no quarto de Rory.
"Eu não deveria estar aqui com você."
Colocando-a de pé, Rory apertou com firmeza sua nuca para

olhá-la com olhos penetrantes. "Por que não?"
"Isso não vai acabar bem para nós."
"Por que não?"
Jewell afastou-se de seu toque. "Por que você não me disse que
tinha uma licença de moto? E não diga a mesma besteira sobre eu
não perguntar."
"Eu sabia que isso iria aborrecê-la." Ele inclinou a cabeça para
o lado. "Por que você assumiu que eu não sabia? Tenho
pesquisado suas percepções sobre mim desde que cheguei aqui.
Quando eu quero descobrir algo sobre você, pergunto. Você não
se esforçou para descobrir qualquer coisa sobre mim, a menos que
envolva o que eu faço para viver."
Envergonhada, Jewell se afastou dele para se virar. Rory estava

certo; se um homem a tivesse tratado assim, ela ficaria furiosa e
não teria mais nada a ver com ele.
"Você imagina os Last Riders como mocinhos e homens que

não são vilões. Eu não sou um vilão e não tenho desejo de me
tornar um Last Rider para provar isso a você."
Jewell sentiu braços quentes envolverem sua cintura enquanto

Rory se pressionava contra suas costas.

JAMIE BEGLEY
"Eu posso entender por que você está tão cautelosa. O pai do
seu filho correu em vez de se levantar e ser homem, e seu pai lhe
deu as costas quando você mais precisava dele. Isso deve ter tido
um efeito profundo em você, além de perder seu filho. Inferno, eu
teria me apaixonado por Reaper se eu fosse você. Ele te ajudou a
ficar de pé novamente, mas isso não significa que eu não possa
suportar o mesmo peso que ele. Eu apenas o carrego de forma
diferente. Conheça-me antes de continuar fazendo mais
julgamentos sobre se sou digno de ter sua confiança."
Jewell se virou em seus braços. "Vou tentar."
"Tudo bem. É tudo o que estou pedindo." Lentamente, ele

começou a desenrolar as cordas ao redor de sua cintura.
"O que você está fazendo?"
"Estou prestes a recompensá-la por escolher o cara certo."

Tirando a blusa dela, ele a deixou cair no chão.
Jewell provocativamente esfregou as pontas de seus seios em

seu peito. "Você vai tentar foder Shade porque eu disse a Stud que
ele daria aulas melhores?"
Seu peito tremeu de tanto rir. "Não, eu quis dizer que vou te
dar mais do que Nickel daria."
"Você estava com ciúmes?"
"Sim. E ainda estou."
Enrolando um braço ao redor de seu pescoço, ela descansou

seu corpo contra ele com flexibilidade em sua fácil admissão.
"Como diabos vou tirar essa calça?"
Jewell sorriu quando Rory deu um suspiro frustrado. Soltando-

o, ela começou a enrolar o cós para baixo enquanto habilmente
tirava a calça justa.

JAMIE BEGLEY
"Jesus… você poderia fazer uma fortuna se deixasse as pessoas

assistirem." Ele deu um tapinha na bunda dela antes de se sentar
na ponta da cama para assistir.
Continuando a abaixar a calça, Jewell se inclinou

descaradamente, deixando seus seios balançarem a poucos
centímetros de seu rosto. Ele apertou os dedos em torno de um
mamilo tenso.
Liberando um pé, Jewell conseguiu chutá-la para longe.

Sedutoramente, ela então empurrou seu seio com mais força em
seu aperto. "Felizmente para você, estou de graça."
O rosto de Rory ficou sério. "Nada sobre você é de graça. Você

toma um pedágio na porra do meu coração toda vez que me toca."
Soltando seu seio, Rory se levantou para tirar suas roupas.

Quando seu pau estava livre, Jewell começou a cair de joelhos,
apenas para encontrar-se levantada no ar, as mãos em suas
coxas, para colocá-la na cômoda. De joelhos, ele deu um beijo em
cada uma de suas coxas antes de colocá-las sobre seus ombros.
Seus dedos se curvaram sobre a madeira da cômoda quando o

plano de sua língua mergulhou entre os lábios de sua boceta.
Ofegando de prazer, ela cedeu à excitante manipulação de sua
língua em sua pele sensível.
"Sua boceta tem gosto de mel." Virando a cabeça para o lado,

Rory deu um pequeno beliscão na parte interna de sua coxa.
Jewell teria jurado que sentiu a mordida em seu clitóris.
"Stud se sentirá assim quando Sex Piston fizer isso no braço

dele?" Mordendo o lábio inferior para não gozar, Jewell sentiu
como se tivesse acabado de tirar a tampa de uma granada de mão.
"Sim."
"Seu conselho deve vir com um aviso." Inclinando-se para

frente, ela começou a beijar um ombro musculoso.

JAMIE BEGLEY
Quando ele se levantou para ficar entre suas coxas, Jewell deu
um gemido estremecido quando ele começou a empurrar seu pau
dentro de seu calor escorregadio.
"Você é quem deveria vir com um aviso."
Jewell sorriu contra seu ombro. "O que deveria dizer?"
"Entre por seu próprio risco."
Jewell deslizou sua bunda mais perto de seus quadris, sua

bunda batendo na cômoda enquanto ela tentava puxá-lo mais
para dentro dela.
Seus olhos se encontraram enquanto eles fodiam. Ela tinha

perdido a conta do número de homens que fodeu depois de perder
Michael. Capaz de manter seu coração à distância, ela havia tirado
uma folga a cada encontro, a dor lancinante de não apenas perder
seu filho, mas seus dois irmãos; que morreram muito jovens sem
conhecer o amor de uma mulher, ter filhos, uma vida plena e rica,
composta por um pai e uma mãe que poderiam ter rompido a
divisão, mas não o fizeram. Desde a chegada de Rory, a dor
lancinante ainda estava lá, mas se tornou mais suportável.
Sua mente voltou para quando Ginny havia falado com ela
sobre uma dor de dente, e Jewell agora percebeu o que ela estava
tentando dizer. Uma vez experimentando o sofrimento de uma dor
de dente, você nunca esquece a agonia, mas só se lembra dela
quando é trazida à tona. Era uma dor que podia ser suportada.
A dor ia embora de vez? Ou quando Rory partisse, a dor

voltaria? Jewell não sabia se era forte o suficiente para aguentar
mais aquela dor cortante. Ela estava tão cansada de se machucar,
de ser solitária, sem ninguém para chamar de seu.
Jewell tinha que convencê-lo a ficar; de alguma forma, de

algum jeito.

JAMIE BEGLEY
Ela envolveu as coxas ao redor de seus quadris, determinada a

segurá-lo com tudo o que tinha. Ela tornaria impossível para ele
partir, usando todos os recursos que tinha à sua disposição.
"Vaga-lume, desacelere. Você vai se machucar." Ele levou as

mãos aos quadris dela para retardar o empurrão frenético
enquanto seus lábios iam para os seios arfantes.
Dedos trêmulos foram para seu cabelo. "Não quero ir devagar."
Gentilmente, ele empurrou o cabelo dela para longe de seu

rosto. "Por que não?"
Não havia nenhuma maneira que ela ia lhe dizer a verdade.
"Eu quero gozar", ela mentiu.
"Mesmo?" Seus olhos perfuraram os dela.
"Sim, você me deixa tão quente. Eu não aguento." Atendendo

ao seu ego masculino, ela começou a bajulá-lo passando as mãos
pelos braços dele.
"Você é uma péssima atriz, só para você saber. Você gozou

alguns minutos atrás."
Suas mãos pararam nele quando seu olhar se tornou

zombeteiro.
"Não faça jogos mentais comigo. Você vai perder."
"Não estou fazendo", ela negou.
"Você está. Por quê?"
Estava claro que Rory não acreditou nela, mesmo quando ele
começou a se mover dentro dela novamente.
"Todos os homens não gostam…"
"Seu primeiro erro foi assumir que sou como todos os homens
no que diz respeito ao sexo. Seu segundo foi assumir que você

JAMIE BEGLEY
poderia agir da mesma maneira comigo como faz com outros

homens."
Jewell segurou quando ele a carregou para a cama, deitando-

se enquanto ele a posicionava sobre si. Quando ela começaria a
se mover, ele a impediu.
"Você vê mais alguém neste quarto?"
Confusa, Jewell olhou ao redor do quarto. "Não."
"Então que tal, quando estivermos transando, você só pensa

em mim, e eu só penso em você?"
Jewell assentiu. "Eu posso fazer isso."
Soltando seus quadris, ele se esparramou sob ela, dobrando os

braços sob a cabeça. "Bom. Então, de acordo, você pode ir em
frente e foder sozinha."
Franzindo o cenho, ela permaneceu imóvel. "Eu estava

tentando torná-lo melhor para você."
"Nesse caso…" Rory deu a ela um sorriso lascivo, baixando a

voz enquanto levantava as pernas até que seus joelhos estivessem
dobrados, abrindo bem as pernas dela, "toque-se."
Suas entranhas derreteram em sua ordem.
"Lentamente, eu quero que você esfregue seu clitóris até que

eu diga para parar sem…" Rory moveu seu pau duro para dentro
de sua boceta, "mover o meu pau. Ele está feliz exatamente onde
está."
"E se ele se mexer?" Jewell perguntou com voz rouca.
"Faça isso e descubra."
Trazendo os dedos para sua boceta, ela mordeu o lábio quando

sua excitação começou a se reconstruir. Ela se concentrou em
mover seu pau do sulco de sua pelve. Enquanto se aproximava de

JAMIE BEGLEY
seu clímax, ela acidentalmente contorceu sua pelve na direção

oposta, desalojando seu pau.
Um tapa afiado dado em sua bunda esquerda a deixou

atordoadamente imóvel.
Ele estalou a língua para ela quando começou a massagear a

parte machucada de sua anatomia. "Tsk, tsk… Tente mais. Da
próxima vez, não será um pequeno toque de amor", ele cantarolou
enquanto reposicionava seu pau.
Com os dedos de volta em sua boceta lisa, Jewell sentiu uma

gota de suor correr entre seus seios, enquanto ela dedilhava seu
clitóris inchado. Mantendo os movimentos de seus dedos lentos,
ela foi capaz de evitar que seu pau se movesse.
"Mais rápido."
Quando ela acelerou seus dedos, seu pau escorregou do lugar

que ele havia encontrado. Instantaneamente, um tapa forte
aterrissou em sua bunda direita.
Repetidamente, eles jogaram o jogo até que ela estivesse pronta

para admitir a derrota.
Exausta, frustrada e com a bunda pegando fogo, ela deitou a

cabeça fracamente no peito dele. "Você ganhou."
Com uma risada, ele a tirou de cima dele para se colar em cima
de seu corpo flácido. "Tem certeza de que não quer jogar mais um
pouco?"
"Tenho certeza", ela disse petulantemente.
"Você está pronta para outro jogo?"
Jewell ergueu uma pálpebra cansada. "Como é chamado? Se

envolver mais palmadas, estou fora."
"Nããão..." ele falou lentamente. "Encontre o ponto ideal de

Jewell."

JAMIE BEGLEY
Jewell estendeu os braços sobre o colchão. "Vá em frente.

Estou tentando encontrá-lo há uma hora sem nenhuma sorte."
Exausta, ela deu um murmúrio apreciativo com a pressão quente
de Rory deslizando seu pau dentro de sua buceta.
"Isso é porque você não tinha a bússola certa."
Seu corpo deu um grito de guerra com a forma feroz como ele
a estava fodendo. Ela podia durar horas quando fodia com os Last
Riders; ele deveria ser aquele que disse: "Você venceu."
Com o pensamento, ela se viu empurrada para fora do

penhasco em que estava pendurada, arrastada para um abismo
onde não havia nada além das duras exigências do corpo de Rory
sobre o dela.
Ela queria nunca mais sair do lugar que ele estava mostrando
a ela, deixando para ele quanto tempo eles ficavam e como
desceriam. Ela não se arrependeu de perder o jogo... algumas
batalhas você poderia perder uma e outra vez... e ainda ser a
vencedora.

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Um
"Vá embora. Tenho trabalho a fazer."
Esquivando-se da caneta de tinta que Jewell jogou nele, Rory

a pegou no ar. Ao mesmo tempo, colocando a caneta para baixo,
ele saiu da mesa e lançou-lhe um sorriso malicioso.
"Felizmente para você, eu também. Stud e Sex Piston estarão

aqui a qualquer minuto."
"Quantas lições eles ainda têm?"
Ele não estava comprando sua naturalidade. Quanto mais

Jewell tentava esconder seus verdadeiros sentimentos, mais
impassível ela se tornava.
"Seis, que é o mesmo número que eu lhe disse ontem à noite

quando você perguntou." Esquivando-se de outro míssil lançado
pelo ar, ele caminhou até a porta. "Do jeito que Stud continua
inventando desculpas para remarcar, estarei aqui pelo menos
mais um mês, se é isso que você está tentando descobrir."
"Eu não estava."
Rory balançou um dedo para ela. "Tome cuidado; seu nariz vai
crescer."
"Não estou mentindo."

JAMIE BEGLEY
"Não?" Rory voltou para sua mesa. Alcançando a mão dela, ele
a colocou diretamente na frente de seu jeans. "Você não vai sentir
falta disso?"
Rory soltou um silvo de ar quando Jewell desabotoou sua calça

jeans, em seguida, deslizou o zíper para baixo. Seu longo pau
saltou livre. As palmas de suas mãos se achataram na mesa
quando ela passou a ponta de sua língua sobre a ponta do seu
pau.
"Isso pode ficar. O resto de você pode ir quando quiser", ela

murmurou, deslizando a língua para baixo.
"Somos um pacote fechado."
Lambendo seu caminho para cima, ela respirou sobre a ponta

molhada, "Ahh… Nesse caso…" Jewell pegou a loção desinfetante
que ela mantinha em sua mesa. "É melhor eu voltar ao trabalho."
Desconfortavelmente empurrando o pau de volta em seu jeans,

ele deu a ela um olhar promissor. "Vou fazer você pagar por isso."
Ele estava tentado a fazer Jewell pagar na mesma moeda agora,
mas rejeitou a ideia. Stud viria procurá-lo se ele não estivesse no
clube, esperando por ele. "Você é uma mulher de coração frio."
"Talvez sim, mas minha boca é agradável e quente."
Para não ficar atrás, Rory se abaixou para dar-lhe um beijo de

língua. Afastando-se, ele teve que se contentar com a visão de seus
lábios rosados e carnudos.
"Te pego mais tarde." Dando-lhe uma piscadela sensual, ele

conseguiu sair pela porta antes que o grampeador dela o atingisse.
Rory fechou a porta atrás dele e deu um aceno rápido para

Train, que estava montando caixas, antes de sair.
Enquanto ele se dirigia para os degraus, o som alto de uma

moto o fez mudar de direção. Rory começou a caminhar em
direção ao final do estacionamento, onde Reaper estava

JAMIE BEGLEY
trabalhando em uma moto. Dessa posição, ele seria capaz de ver

a chegada de Stud e Sex Piston. Eles poderiam então passar pela
porta lateral que levava ao quarto dele.
"Precisa de ajuda?" Ele ofereceu a Reaper enquanto se

aproximava.
Reaper levantou a cabeça com a oferta. "Você é bom em

trabalhar em motos?"
"Reconstruí alguns motores para mim mesmo quando não

podia comprar um novo. Ajudei alguns amigos meus quando suas
motos precisavam de trabalho."
"Pau pra toda obra, hein?"
"Eu não diria isso, mas posso fazer alguns reparos em uma
moto", ele afirmou.
"Pegue um soquete, então. Eu não esperava que isso

demorasse tanto, ou teria deixado para Train fazer."
Rory examinou o motor de forma avaliadora. "Você precisa

disso com pressa?"
"Prometi a Ginny um encontro noturno. Preciso economizar

tempo suficiente para me trocar antes das 17h. Temos uma
reserva no King´s."
"Vou ajudar o máximo que puder antes que Stud e Sex Piston
cheguem aqui."
Reaper alcançou outro bocado de soquete. "Como vai isso?"
"Eu me subestimei."
Rory assumiu que a torção dos lábios de Reaper deveria ser um

sorriso.
Não querendo dizer mais nada sobre Stud, ciente de que

Reaper era amigo íntimo do irmão de Stud, também nunca revelou
detalhes sobre as aulas que dava, ele mudou de assunto.

JAMIE BEGLEY
"Alguma atualização sobre Elizabeth?"
"Não. Jonas e Hammer ainda estão trabalhando em seu

desaparecimento. Também não ouvi nada do agente do FBI que
está trabalhando no caso dela."
"Isso é foda." Rory se inclinou para procurar outro soquete na

caixa de ferramentas. "Continuo esperando que Incog apareça
durante minhas transmissões. Um maldito silêncio. O sinalizador
ainda está se movendo?"
Reaper assentiu. "Sim."
"Onde está nosso amigo agora?" Rory brincou.
"A última vez que ouvi, ele estava indo para o Canadá."
A informação deu-lhe uma pausa. Rory ergueu os olhos da

caixa de ferramentas. "Você acha que os guardas da fronteira vão
detectar o sinalizador?"
"Não importa se eles fizerem. Foi uma boa sugestão que você
fez, colocar o sinalizador em um caminhoneiro em vez de um
caminhão de entrega."
"Os caminhoneiros são uma raça própria. Aprendi isso com

meu pai. Se Incog tentar pular em um caminhoneiro, ele vai ter
sua bunda chutada. Especialmente aquele em que escondi a
etiqueta aérea", ele se gabou.
"Rough?" Reaper parou de trabalhar na moto para levantar a

cabeça.
"Seu nome é Rogue. Deveria ter sido Golias."
Ele encontrou o que estava procurando, e eles conseguiram

terminar a moto no momento em que Sex Piston e Stud estavam
prestes a entrar no estacionamento. Rory estava sentado na moto
de Reaper, ouvindo o ronronar do motor, enquanto Reaper atendia
seu telefone celular. De onde ele estava sentado, Rory viu Jewell
sair da fábrica e, vendo o carro de Stud entrando, ela parou,

JAMIE BEGLEY
esperando Stud passar por ela para que pudesse continuar

subindo as escadas.
O carro de Stud acabou de passar por Jewell, e ela recomeçou

a andar, quando um semirreboque fez a curva e entrou em
disparada no estacionamento.
Reaper saiu correndo, gritando: "Saia do caminho, Jewell!"
Rory não perdeu tempo com palavras. Usando o pé, ele chutou
o suporte e acelerou o motor em direção ao semi. Rory chegou ao
alcance de Jewell, acelerou ainda mais o motor, apontando a
direção para o semi. Soltando a moto, ele se lançou para Jewell,
que estava olhando paralisada para o monstro que se dirigia para
ela. Ele os enviou correndo para o chão. Antes que ela batesse na
calçada, Rory se virou, deixando a moto levar o golpe. Quando eles
atingiram o chão, ele imediatamente começou a rolar para o lado
quando um estrondo abalou o estacionamento.
Os sons do caminhão fazendo uma parada brusca fizeram Rory

verificar novamente para ter certeza de que Jewell estava fora de
perigo.
"Seu idiota do caralho!" Jewell começou a bater em seus

ombros para fazê-lo sair de cima dela.
Rory se levantou e estendeu a mão para ajudá-la. Ela deu um

tapa na mão dele.
Rory não conseguia entender sua raiva. "Por que diabos você
está com raiva? Acabei de salvar sua vida!"
Jewell ficou de pé e o empurrou para trás. "Quando andou na

moto de Stud, você andava como um fodido vovô", Furiosa, Jewell
o empurrou novamente. "Eu nunca vi ninguém andar de moto do
jeito que você acabou de fazer, e Train pode fazer rodopios na
dele!" Ela grunhiu.
Felizmente, a comoção atrás deles deu-lhe tempo para

encontrar uma explicação plausível.

JAMIE BEGLEY
Reaper, batendo os punhos na porta do caminhão, fez o

caminhoneiro desligar o motor e sair.
Tanto a boca de Jewell quanto a dele se abriram.
"Uh-oh…" Jewell rapidamente ficou atrás de Reaper,

empurrando-o para frente. "Você vai lidar com isso. Vou voltar
para a fábrica."
Rory não podia acreditar que ela ia virar as costas e correr. Sua
surpresa terminou quando a porta se fechou atrás dela.
"O que você estava pensando, fazendo a curva naquela

velocidade?"
Rory não se sentiu mais corajoso confrontando o caminhoneiro

com Reaper já em seu rosto. Mesmo quando Stud veio correndo
para ficar ao lado de Reaper. Uma boa cabeça mais alto do que
Reaper, o caminhoneiro musculoso os fazia parecer como se
fossem mijões para serem esmagados sob sua bota de bico de aço.
"Eu não pretendia. A cadela dentro sacudiu a porra do volante."

O caminhoneiro acenou para a cabine.
Rory se aproximou de Reaper sob o escrutínio do

caminhoneiro.
"Reaper", Rory sussurrou para chamar sua atenção,

"precisamos conversar."
"Mais tarde", Reaper resmungou.
Rory estendeu a mão para agarrar o braço de Reaper para ter

certeza de que ele não socaria o caminhoneiro.
"Eu disse de…" Reaper puxou seu braço solto. "Você vai pagar
pela minha moto, filho da puta."
"Reaper." Rory tentou interrompê-lo novamente, gritando.
O caminhoneiro se divertiu. Então todas as suas cabeças se

viraram quando Jewell saiu da fábrica, seguida por Train, Rider e

JAMIE BEGLEY
Puck, que estava carregando um macaco. Assim que eles tomaram

posições atrás de Reaper, Stud e ele, Viper, Shade e Nickel vieram
da traseira do caminhão para tomar posições atrás do
caminhoneiro.
O caminhoneiro virou a cabeça para olhar por cima do ombro

antes de encará-lo novamente. "Você não acha que isso é
exagero?"
"Depende de por que você está aqui", Rory respondeu

friamente.
"Queria passar por aqui e dizer que segui seu conselho."
"O caminhão está aqui, então você deve ter abandonado sua
mulher."
"Eu não aguentava mais a putaria dela." Rogue deu de ombros.

"Imaginei que, se você conseguiu um doce pedaço de bunda, não
há como dizer o que eu poderia conseguir."
"Você não poderia conseguir uma égua se falar sobre mulheres

assim", Jewell afirmou irritada.
"Isso não era verdade da última vez que te vi." Rogue

enganchou seus polegares através do cinto de sua calça jeans. "Na
parada de caminhões, você estava na minha", ele a lembrou.
"Isso foi antes; isso é agora, especialmente porque você quase

fez de mim a porra de uma panqueca!"
"Como eu disse, isso foi um acidente... Você fingiu querer meu

joystick não foi. Qual é o problema? Eu não pareço tão bonito
depois que você plantou o sinalizador no meu equipamento?"
Jewell olhou para as unhas distraidamente. "Eu não sei do que

você está falando."
"Oh, eu acho que sim", Rogue respondeu sarcasticamente.

"Mas está tudo bem. Seu velho e eu podemos conversar sobre
isso."

JAMIE BEGLEY
Rory teve a sensação de que seria inútil mentir, então ele não
se incomodou. Em vez disso, começou a se desviar para ver o quão
certo Rogue estava de que ele tinha sido o único a plantar o
sinalizador. "O que te dá tanta certeza de que fui eu?"
"Da próxima vez que você tentar enganar alguém que esteja
seguindo você, não coloque o sinalizador em alguém carregando
uma carga cara", ele disse com desdém. "Verifico os sinalizadores
toda vez que deixo meu caminhão. Encontrei-o logo depois que
você partiu. Se eu não tivesse que cumprir meus prazos, estaria
aqui muito mais cedo."
Rory estava feliz por ele não ter mentido.
"Como você nos encontrou?"
"Usei meu rádio para falar com outros caminhoneiros. Eu

soube de cada estrada que você tomou depois que saiu da parada
de caminhões. Francamente, eu esperava ser assaltado por você
ou outros filhos da puta planejando roubar minha carga, mas
depois que larguei minha carga sem incidentes, tive que repensar
por que você fez isso. Então pensei que talvez estivesse fugindo,
então pedi a um amigo meu para procurar sua placa. Você com
certeza não se parece com uma Gertrude Sylvia, e envelheceu bem
para uma pessoa de sessenta anos."
"Eu não estou fugindo", Rory disse a ele.
"Descobri isso há cinco dias."
O toque repentino da buzina do semi fez todos no

estacionamento pularem.
Rogue usou o lado de seu punho para bater na porta de sua

cabine. "Pare com isso!" Ele gritou. "Eu estou falando. Estou quase
pronto."
Rory tinha assumido que Rogue havia abandonado sua

mulher. Em vez disso, ele a trouxe para o passeio?

JAMIE BEGLEY
"O que aconteceu há cinco dias?" Viper perguntou, vindo por

trás de Rogue.
Rogue manteve seu olhar em Rory. "Vi um carro me seguindo,

o mesmo que eu tinha visto no dia anterior. Fez um pit stop em
uma parada de descanso. Eu e alguns dos meus amigos o
bloqueamos e eu me apresentei."
Rory se emocionou com a revelação. "Por favor, me diga que

você pegou o nome e a placa dele?"
"Peguei sim."
"Nós precisamos dela. O que…"
"Por que diabos eu deveria dar a você? Você quer responder

minhas perguntas?"
Rory assentiu, sem escolha.
"Foi o motorista que me seguiu quem tentou rastrear você?"

Rogue perguntou.
"Sim."
"Por que?"
"Porque o homem que está seguindo você é um filho da puta

doente, e pensamos que ele tinha uma mulher com ele que havia
sido sequestrada."
O olhar penetrante de Rogue caiu sobre ele. "Ela não tinha?"
"Nós não sabemos. Eu transmito ao vivo, e ele entrou em

contato comigo várias vezes. Eu tinha concordado em encontrá-lo
quando descobrimos que ele estava com a mulher. O bastardo não
apareceu. Depois que saímos do nosso local de encontro,
percebemos que ele deve ter colocado um sinalizador em nosso
carro."
"Então, você passou para mim? Alguma razão em particular

para me escolher?"

JAMIE BEGLEY
"Meu pai foi caminhoneiro até morrer", Rory explicou. "Eu

sabia que você seria capaz de cuidar de si mesmo se ele fosse
corajoso o suficiente para falar com você, o que não achamos que
ele faria. Quando te visse, saberia que o sinalizador que ele estava
rastreando não era eu. Estávamos esperando que ele me
contatasse novamente quando o sinalizador não funcionou."
"Você coloca muita fé na minha capacidade de lidar comigo

mesmo, para um homem que não sabe nada sobre mim."
Rory sabia que ele estava prestes a se envergonhar, mas não

se importou. Ele queria a placa do Incog. "Cara, você me assustou
pra caralho, e eu lutei com vários fodidos malvados. Eu te daria
as chaves do meu carro se você pedisse."
Os lábios de Rogue se contraíram. "Que tal a gostosa?"
Rory abandonou sua atitude afável. "Por ela, eu chutaria sua

bunda."
Dando-lhe um sorriso torto, Rogue enfiou a mão no bolso para

tirar um par de chaves. Virando-se, ele caminhou pelos Last
Riders atrás dele até a traseira de seu semirreboque.
Ao fazê-lo, Rory viu Cash entrando no estacionamento em sua

moto, assim que Knox chegou em sua viatura. Knox saiu do carro,
vestido com seu uniforme, enquanto outro homem uniformizado
saia do lado do passageiro para puxar sua calça larga para cima.
Rogue apenas olhou para os homens que chegavam.
"Obrigado pelo elogio." Desta vez, ele olhou incisivamente para

Viper.
A expressão de Viper ficou dura. "Eu não corro riscos com a

segurança de um irmão."
"Eu não o considerei um irmão."
"Ainda não decidimos."

JAMIE BEGLEY
Rory não achava que este era o momento de informar a Viper

que ele nunca seria um Last Rider.
"Qual é o nome do seu clube?"
"Last Riders."
"Eu carreguei cargas para Ohio; ouvi falar deles. Que porra
vocês estão fazendo aqui?"
"Temos uma fábrica aqui."
A curiosidade encheu o rosto de Rogue. "Você não é um deles?"
Rory balançou a cabeça. "Não."
"Aposto que a gostosa está dificultando as coisas." Rogue deu

um suspiro arrependido, olhando para Jewell, então voltou-se
para Viper. "Vocês todos podem relaxar. Assim que ele me disse
que era filho de caminhoneiro, alimentá-lo com suas nozes ficou
fora da minha lista de tarefas."
Rogue agarrou a corrente pendurada em seu bolso, e todos os

Last Riders ficaram tensos, mas Rory avançou, esperando para
ver o que ele tirou. Rogue tirou um molho de chaves. Separando-
as, ele posicionou uma em uma fechadura de metal pesado, em
seguida, removeu o cadeado e empurrou a porta deslizante aberta.
Consternados, eles ficaram ao redor, tentando entender o que

estavam olhando.
"Você quer o filho da puta que estava tentando te seguir? Então

está convidado a se apresentar. Não resta muito, mas você pode
ficar com o bastardo chorão. Você pode tê-la também. Estou feliz
em tirar os dois do meu pé. Ela afirma ter sido sequestrada. Não
consegui decidir em quem acreditar…"
O homem e a mulher na parte de trás do caminhão estavam

amarrados e tinham mordaças colocadas sobre suas bocas.

JAMIE BEGLEY
"Ela estava sentada no banco da frente com ele, com um celular

na mão, conversando com alguém quando me aproximei do carro.
Porra, também não parecia assustada, até que me viu. Mas o que
me faz pensar que ela está mentindo descaradamente é que,
quando os coloquei no caminhão, nenhum deles me disse que
havia outra pessoa com eles. Só encontrei a outra mulher quando
verifiquei o carro e a encontrei no porta-malas. Não há como dizer
quanto tempo a mulher ficaria lá se eu não a tivesse encontrado.
Eles a prenderam com fita adesiva como a porra de uma múmia,
exceto por uma pequena parte do nariz e da boca que ela
conseguiu rasgar usando algo no porta-malas. Estava me
sentindo mal por tê-los amarrado até ver a merda que eles fizeram
na mulher."
"Onde está a mulher que estava no porta-malas?" Viper

perguntou, gesticulando para Rider e Train tirarem as duas
pessoas na parte de trás.
Rogue apontou o dedo em direção à cabine de seu caminhão.

"Sentada na frente. Eu vou tirá-la."
Caminhando para o lado oposto do semi, ele abriu a porta e

subiu na cabine. Do lado de fora, eles o ouviram desafivelar o cinto
de segurança. Então ele levantou uma mulher e pulou para o
chão, como se a mulher não pesasse dois quilos. Colocando a
mulher de pé, ele se afastou.
Viper fez a pergunta na mente de todos. "Por que você amarrou

e amordaçou ela?"
"Queria que eu a deixasse e as pessoas que a envolveram como

uma múmia irem embora. Quando eu disse que não, ela ficou
louca. Eu disse a ela que não ia machucá-la e que a deixaria ir."
Jewell abriu caminho entre a massa de homens para começar

a desamarrar a mulher.
"Eu não faria isso. Foi ela que tentou atropelar você."

JAMIE BEGLEY
Jewell ignorou o aviso.
"Elizabeth?" Ela perguntou enquanto terminava de desamarrá-

la.
Seus olhos assustados estavam grudados nos movimentos de

Jewell, em seguida, mudaram para abranger o grande grupo de
homens ao seu redor.
Quando a mordaça foi removida, Elizabeth deu um grito de

gelar o sangue antes de seus olhos rolarem para a parte de trás
de sua cabeça e ela começar a cair no chão.
Nickel, que estava mais perto dela, pegou-a nos braços.
"Eu deveria ter avisado você", Rogue se desculpou. "É por isso
que a amordacei. Ela quase estourou meus tímpanos toda vez que
eu tentava fazer alguma pergunta."
Jewell virou para o caminhoneiro furiosamente. "Ela está

apavorada. Você deveria ter chamado a polícia quando viu como
ela estava apavorada."
"Eu me ofereci para... apenas a deixei mais louca. Esperava

que você pudesse me dizer por que ela não queria que a polícia
fosse chamada."
Rory observou enquanto Nickel carregava Elizabeth escada

acima até o clube, seguido por Train e Jewell.
"Nenhuma pista", Viper respondeu severamente.
"Eu descobrirei." Knox agarrou o homem que havia sido

retirado do caminhão. "Greer, coloque-a no banco de trás. Vou
questioná-los no escritório." Knox, o único capaz de rivalizar com
o tamanho de Rogue, avaliou o outro homem. "Você precisa vir ao
escritório do xerife e fazer uma declaração."
"Você acha que sou estúpido o suficiente para admitir o

sequestro? Eu vou embora. Você pode resolver essa merda sem
mim. No que me diz respeito, nunca vi essas pessoas, nem

JAMIE BEGLEY
nenhum de vocês. Se eu falar com meus amigos pelo rádio e fizer

um certo pedido, você terá cerca de vinte semis rolando aqui para
fazer este lugar parecer uma arena de demolição."
Rogue fechou a porta de sua cabine. "Você é um policial; Eu

sugiro que você escreva isso da maneira que quiser." Os olhos de
Rogue foram entre Knox e os Last Riders. "Então, você pode deixar
minha parte de fora. Estou fora. Sou caminhoneiro há tempo
suficiente para saber quando pisar no acelerador. Paz para todos."
Rogue fez Rory desejar que fosse gay. Rory teve que lembrar a
si mesmo que ele amava boceta demais para mudar para pau
nesta fase de sua vida quando Rogue manobrou a grande
plataforma de volta para a estrada que parecia duas vezes menor
que o semi. Quando as luzes traseiras desapareceram de vista,
Rory olhou ao redor para ver que os Last Riders também estavam
assistindo, todos com a mesma expressão que ele tinha certeza de
que estava em seu rosto.
"Bom Deus. Esse filho da puta me faz querer tirar minha

licença de caminhão", Cash brincou.
"Eu também", Viper seguiu.
Greer bufou, segurando a mulher que ainda estava amarrada

pelos pulsos e amordaçada. "Eu não."
"Eu tenho uma", Rory disse a eles. "Ser caminhoneiro não é

tudo o que se espera."
Os Last Riders olharam para ele.
"Existe alguma porra de licença que você não tem?" Shade

perguntou.
"Eu não tenho licença de piloto."
"Você tem feito um bom trabalho ensinando Stud e eu a voar",

Sex Piston disse. Então ela levantou o pulso para mostrar a ele
seu relógio. "Tick-tock, Stud e eu estamos prontos para nossa

JAMIE BEGLEY
próxima aula. Você deveria jogar outra lição por nos fazer
esperar", ela exigiu, apesar do elogio indireto que ela tinha dado a
ele.
"Vou dar meia aula", Rory negociou.
Maliciosamente, Sex Piston fez uma careta para ele. "O que
diabos podemos fazer com meia aula? Embarcar na porra do avião
e ser derrubado antes de decolar?"
Ele estava pensando mais em enviar Sex Piston e Stud em um

avião com dois paraquedas, um dos quais não funcionava.
Como se estivesse lendo sua mente, Stud enganchou um braço

ao redor dos ombros de Sex Piston para puxá-la para seu lado.
"Ela é um pé no saco, mas é minha."
Rory cedeu, sentindo pena do homem. "Você pode ter outra

lição."
"Que tipo de lições ele está dando a você?" Greer se intrometeu,

arrastando os pés para desviar da mulher que o chutava.
"Sou um instrutor de sexo", Rory esclareceu ao oficial. Então

ele desejou não ter feito quando Greer deu a Stud e Sex Piston um
olhar lamentável.
"Ele está cobrando dinheiro de você?"
As bochechas de Stud coraram. "Fizemos uma troca por uma

das minhas motos."
A expressão de Greer ficou astuta. "Pare no escritório do xerife

no caminho para fora da cidade. Tenho um imóvel que estou
pensando em vender. Melhor localização da cidade, mesmo entre
o lixão da cidade e a estação de tratamento de águas residuais.
Você nunca percebe os cheiros até depois de chover."
Stud tirou o braço dos ombros de Sex Piston. "Você está tirando
sarro de mim?"

JAMIE BEGLEY
Inexplicavelmente para ele, Rory ficou chocado quando os Last

Riders se aproximaram de forma protetora de Greer. Os Last
Riders eram amigos de Stud; por que eles protegeriam Greer sobre
seu amigo?
"Não, não estou zombando de você", Greer negou, o que Rory

não acreditou por um segundo. "Só estou brincando."
"Está me vendo rir?" Stud não foi apaziguado.
Rory entrou para aliviar a tensão crescente, vendo o anel no

dedo de Greer. "Que tal eu oferecer a você e sua esposa uma aula
grátis? Então você pode ver por si mesmo que não é nada para
rir?"
Os Last Riders e Destructors tinham suas esposas brigando,

mas eles estavam prontos para lutar com Stud por Greer. Não
fazia sentido para ele.
Greer fez um ruído desdenhoso. "Psst. Já sei como cumprir

meus deveres de marido."
Rory se preparou para segurar Stud quando viu os irmãos

cerrarem os punhos com a mudança de expressão no rosto de
Greer.
"Você ensina mais alguma coisa?" Greer perguntou

ansiosamente.
A mudança de interesse o deixou perplexo. "Na verdade, sim",

Rory começou. "Eu ensino intimidade, diferentes tipos de fazer
amor…"
Greer acenou com a mão em silêncio. "Eu não estou

interessado em nenhuma dessas besteiras. Sabe cozinhar?"
Perplexo, Rory só podia supor que o homem tinha capacidades

intelectuais diminuídas. Finalmente, surgiu a compreensão de
porque os Last Riders o estavam protegendo. Pobre cara.

JAMIE BEGLEY
"Sim, eu sei cozinhar. Nada no nível gourmet, mas com certeza

eu poderia te ensinar alguns pratos."
"Não preciso de nada gourmet." Então Greer deu a ele um olhar

como se ele fosse o único com capacidades diminuídas. "As aulas
não são para mim; são para minha esposa. A mulher não
consegue cozinhar nem para sair de um saco de papel."
"Uh... Tudo bem.
"Quanto você cobra?" Greer entregou seu prisioneiro a Knox.

"Coloque-o no carro. Estarei lá daqui a pouco", ele ordenou como
se fosse o xerife. "Eu tenho algumas negociações para fazer."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Dois
Rory foi em busca de Jewell depois de terminar a aula de Stud

e Sex Piston. A aula tinha sido uma total perda de tempo. Stud
ainda estava zangado com Greer, e Rory podia dizer que Greer o
importunando na frente dos Last Riders o fez pensar que ele havia
sido levado. Ele estendeu sua lição, e o casal partiu às pressas,
mais do que satisfeito por terem recebido o valor de seu dinheiro.
Encontrando Jewell na sala principal, sentada em um dos

sofás, Rory sentou-se ao lado dela.
"A aula de Stud e Sex Piston atrasou. Eu estava me preparando

para te mandar uma mensagem quando eles passaram por aqui."
Rory deu um gemido de irritação. "Demorou um pouco para

que Stud se acalmasse. Eu pensei que ele ia rasgar Greer em
pedaços."
Jewell riu. "Greer tem esse efeito sobre as pessoas."
"É uma coisa boa que os Last Riders cuidem dele. Eu estava
prestes a ajudar Stud a bater nele quando ele finalmente foi
embora."
"Ele pode ser irritante, com certeza. Greer está me deixando

louca desde que ajudei Ema. Quando fui à loja outro dia, ele
tentou pagar minhas compras. Então me seguiu até o posto de
gasolina e tentou pagar minha gasolina. Ele até vem à fábrica em
seus dias de folga para ver se eu preciso de ajuda."

JAMIE BEGLEY
"Droga. Quando ele trouxer sua esposa, terei uma conversa

com ele."
Jewell balançou a cabeça, aconchegando-se ao seu lado. "Não

se preocupe. Conhecendo Greer, ele vai dar a volta por cima e dizer
que sou eu quem o está incomodando."
"O cara definitivamente tem um parafuso solto em algum

lugar."
"Mais como dois ou três", ela concordou.
Conversar com Jewell permitiu que ele desabafasse sua

frustração o suficiente para perguntar sobre Incog e Elizabeth.
"Como está Elizabeth?"
"Dormindo. Viper ligou para o Dr. Price. Ele veio e deu-lhe um

sedativo. Viper e Shade vão falar com ela quando acordar. Ember
está sentada com ela agora."
"Knox conseguiu descobrir alguma coisa?"
"Até agora, descobrimos quem Incog realmente é, Owen

Hudson. Ele tem ficha policial. Parece que Owen gosta de espiar
pelas janelas e tentou sequestrar uma agente de segurança
quando foi pego vigiando uma das casas em um bairro que ela
havia sido contratada para vigiar."
"Como ele não estava na cadeia por isso?"
"O juiz rebaixou para uma contravenção e serviço comunitário

quando foi ao tribunal."
"Aposto que a agente de segurança não ficou feliz com isso."
"Eu não aceitarei essa aposta."
"E a outra mulher? Ela é tia de Elizabeth?"
"Sim. Alanna disse praticamente a mesma coisa que disse a

Rogue, que ela era a única que havia sido sequestrada. Hennessy

JAMIE BEGLEY
e Arin estão vindo de carro para que possam ajudar a decidir quem
está dizendo a verdade."
"Knox conseguiu arrancar a verdade de Owen?"
"Não, ele continua pedindo um advogado. Assim como Alana.

Não poderemos ouvir o lado de Elizabeth do que aconteceu até que
ela acorde."
"Rogue está certo; isso é uma porcaria."
"Infelizmente, tenho que concordar com você."
Rory entrelaçou seus dedos com os dela. "O que você quer fazer
enquanto esperamos por Arin?"
"Que tal você me dar a mesma lição que deu a Stud... exceto,
com uma abordagem prática?"
A sensação da mão dela descendo por sua coxa o fez ficar de

pé para usar suas mãos unidas para puxá-la de pé.
"Você acharia chato. Eles estão no nível intermediário."

Erguendo-a em seus braços para que suas pernas pudessem se
fechar ao redor de sua cintura, ele segurou as bochechas de sua
bunda. "Você está no nível especialista. Eu não gostaria de
aborrecê-la."
"Você não poderia me entediar se tentasse." Jewell deslizou os

braços em volta do pescoço dele quando ele se dirigiu para a
cozinha, em seguida, as escadas para o porão.
Enquanto descia os degraus, ele ouviu a música flutuando

para cima. Saindo do último degrau, ele viu Killyama no poste de
stripper, com Lily, Winter, Willa e Beth torcendo por ela. Pelas
roupas que usavam, ele deduziu que tinham ficado entediadas
com o treino e estavam brincando com o poste de stripper.
Killyama estava no meio antes de começar a deslizar para

baixo. Atraído para observar a mulher, ele fez uma pausa.

JAMIE BEGLEY
"Use seus braços para puxá-la para cima. Então puxe seus pés
para cima como uma minhoca", Rory aconselhou quando ela
continuou escorregando.
Killyama soprou um bufo de sua boca.
"Eu tentei dizer isso a ela. Ela ainda está tendo problemas",
Lily disse.
"Basta praticar. Você vai chegar lá."
Killyama parecia que ia estrangular a esposa de Shade.

Satisfeita por tê-la intimidado, Killyama deu-lhe o mesmo olhar
fulminante. "Como diabos você sabe escalar um poste de
stripper?"
"Eu trabalhei em um clube de strip por mais anos do que posso

contar. Havia também uma noite das senhoras onde eu me
apresentava uma vez por semana."
"Nesse caso..." Killyama apontou para o poste. "Fique à

vontade."
"Talvez outra hora. Estamos ocupados."
"Você pode transar com ela a qualquer momento, ou você só

fala e não faz nada?" Killyama não estava aceitando não como
resposta.
Jewell tirou as pernas da cintura dele. "Ela está certa. Vá

mostrar a ela. Eu não me importaria de assistir."
Procurando seu olhar para ter certeza de que ela estava

dizendo a verdade, e vendo o interesse, ele cedeu.
Tirando os sapatos, ele caminhou até o poste, colocando a mão

sobre a cabeça. Esticando seus músculos, ele estava prestes a
saltar para cima quando a voz de Killyama cortou sua
concentração.
"Vamos; nos dê o show completo. Tire sua camisa."

JAMIE BEGLEY
Rory olhou para Jewell novamente pedindo sua permissão.
"Vá em frente." Sorrindo, ela foi para o sofá. As outras mulheres

encontraram assentos para que também pudessem assistir.
Tirando a camisa, Rory retomou sua posição e saltou para

cima. Fazia alguns anos desde que ele esteve em um poste, mas
os movimentos coreografados voltaram enquanto ele subia.
Chegando ao topo, pendurou-se de cabeça para baixo, usando
apenas uma perna antes de se levantar. Usando a força de seus
braços, ele balançou as pernas para fora. Então segurou o longo
trecho enquanto contava as batidas da música tocando. Puxando
as pernas de volta para o poste, ele começou a torcer e girar até
chegar ao fundo, onde soltou o poste e se curvou para as mulheres
que aplaudiam.
"O que mais você fazia quando se apresentava?" Jewell

levantou-se para ir até a pequena geladeira para trazer garrafas
de refrigerante para as mulheres.
"Você se despia?" Killyama perguntou, pegando seu

refrigerante de Jewell.
"Sim. E não, não vou fazer. Prefiro meu corpo como ele é. Seus
maridos me bateriam até eu virar polpa."
Ele já havia estado nessa posição antes. As mulheres só

queriam se divertir.
"Eles não se importarão. Willa, vá trancar a porta", Winter

ordenou à esposa de Lucky. "Eu sempre quis aprender a fazer uma
lap dance sexy. Você sabe como?"
Ele deveria? Rory levou o tempo que Willa levou para trancar a
porta para decidir.
Foi Jewell quem foi o fator decisivo.
"Eu poderia usar uma boa lap dance." Dando a Lily seu
refrigerante, ela saiu para trazer uma cadeira do quarto para

JAMIE BEGLEY
colocá-la de lado no meio do chão. Dando-lhe um sorriso

encorajador, ela se sentou.
Rory arqueou uma sobrancelha para ela, começando a ficar

irritado. "Você tem certeza de que quer que eu faça isso na frente
de todos?"
"Vá em frente."
Não havia ciúme aparente enquanto ela o estimulava.
"Ok."
Rory esperou até que uma nova música começasse antes de

começar a se mover sensualmente em direção a ela. Quando seus
olhos se arregalaram de consternação, Killyama gritou: "Agora, é
disso que estou falando! Mostre-nos como se faz!"
Colocando uma mão nas costas da cadeira, ele se inclinou para

acariciar seu pescoço enquanto torcia sua pelve e girava ao ritmo
da música. Olhando para ela através de seus cílios, ele mal
manteve a compostura quando as bochechas dela ficaram
vermelhas.
Endireitando-se, ele empurrou seus quadris para frente e para

trás, a apenas alguns centímetros do rosto dela. Abaixando-se, ele
pegou as mãos dela para colocá-las no cós de sua calça jeans,
onde estava o botão. "Desabotoe meu jeans."
Jewell se levantou, jogando a cadeira para trás. "Acabou o

show."
Agarrando a mão dele, ela deixou as outras mulheres

explodindo em gargalhadas e chamando-o de volta.
Ela bateu a porta atrás deles e deu-lhe um olhar irritado. "Você

ia se despir na frente delas?" Ela gritou.
"Não, eu só ia fingir."

JAMIE BEGLEY
Jewell claramente não acreditou nele. "Fingir? Se eu tivesse

desabotoado seu jeans, seu pau teria saído! Você tem um maldito
desejo de morte?"
"A porta estava trancada; nenhuma delas teria contado."
"Eu sou aquela de quem você deveria ter medo." Enfiando um

dedo em seu peito, ela o encarou furiosamente. "Você pode
mostrar seu peito. Qualquer outra coisa requer minha aprovação."
Ele agarrou seus antebraços para girá-la até que ela estivesse
de costas para a porta. "É mesmo?"
"Sim", ela sussurrou. "Você tenta essa merda de novo, eu... eu

vou…"
"Você vai fazer o que, vaga-lume?" Lentamente, ele começou a

enrolar sua blusa para cima.
"Eu não sei", ela gemeu quando ele começou a acariciar o vale
entre seus seios. "Mas vai doer", ela ameaçou, apenas para gritar
quando ele a pegou até que ela estava olhando para ele.
"Você me faz feliz pra caralho."
Sua expressão ficou séria. "Eu faço?"
Ele a abaixou até que ela estava de volta ao nível dos olhos,
seus pés ainda fora do chão. "Você faz."
Sua expressão ficou tão séria. Segurando-a, ele se virou para

deixá-la cair na cama e começou a tirar suas roupas. "Acho que
você está pronta para começar minha master classe."
"Acho que você será o único a aprender uma coisa ou duas",

ela respondeu. "Vamos dar uma foda e ver quem é melhor."
Rory colocou o joelho no colchão entre as coxas dela. "Estou no

jogo."
Ele deixou seu corpo pairar sobre o dela para empurrá-la de

volta para o colchão.

JAMIE BEGLEY
"Qual é o prêmio?" Ela enrolou os braços em volta do pescoço

dele para puxá-lo para baixo com ela.
"Nós somos. O perdedor tem que fazer qualquer coisa que o

vencedor queira por um dia inteiro."
Rory deu um gemido baixo quando Jewell o chamou para mais

perto esfregando seus seios em seu peito.
"Este pode ser um jogo que eu não posso dar tudo de mim."
Rory não foi enganado por seu comportamento de gatinha.
"Não vai funcionar", ele a avisou.
"O que não vai?"
"Fingir que você não vai se esforçar."
"O que faz você pensar que estou fingindo?"
"Você acha que Reaper e os Last Riders te salvaram depois que

você perdeu seu filho. Eles não fizeram. Você se salvou. Você não
sabe perder."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Três
Rolando, Jewell deu um leve beijo nos lábios de Rory.
"Arin está aqui. Vou tomar um banho e irei vê-la."
"Estou bem atrás de você", disse ele, grogue.
"Fique na cama. Vamos apenas conversar. Vou acordá-lo

quando voltar."
"Eu quero tomar banho com você", ele murmurou.
"Não. Você vai me fazer deixar Arin esperando."
"Então não vou se você insiste."
Jewell apenas balançou a cabeça ao som dele roncando. Ela

estava quase tentada a acordá-lo para tomar banho com ela só
para fazê-lo admitir que não era capaz de se mexer.
Perdendo a noção do tempo, ela apenas ficou sentada lá,

observando-o dormir, memorizando a maneira como ele parecia.
O pensamento de Rory partindo logo a estimulou a entrar no
chuveiro.
Ela ligou a água quente e se deleitou com o calor que aliviou as

dores e os músculos doloridos. Todos os dias, seu medo estava
ficando pior do quanto doeria quando ele partisse. Ela poderia
diminuir o dano se não passasse tanto tempo com ele. Cada vez
que ela dizia isso a si mesma, seu outro lado dizia que não doeria
tanto quanto perder Michael, e se ela sobreviveu a isso, então

JAMIE BEGLEY
poderia sobreviver a qualquer coisa. No entanto, com o passar dos

dias, surgiram dúvidas de que ela não o faria.
Desligando a água, Jewell se secou, vestiu uma calça jeans

folgada e um moletom que ela havia tirado do armário de Rory.
Calçando os sapatos, ela saiu do quarto de Rory para procurar
Arin.
Enviando mensagens de texto para economizar tempo, Jewell

subiu as escadas para encontrar Arin sentada à mesa da cozinha
com um sorriso nos lábios.
"Então eu venho de tão longe para vê-la, e você colocou o

indecente acima de mim."
Jewell estendeu a mão para abraçar sua amiga quando Arin se

levantou. "Eu sabia que você gostaria de falar com Elizabeth
primeiro."
A expressão provocadora de Arin ficou conflitante. "Eu fiz. Você

já falou com ela?"
"Por alguns minutos. Ela estava histérica demais para fazer

muito sentido."
"Quando a vi, ela começou a chorar tanto que eu também não

consegui entender muito." Arin mordeu o lábio. "Ela não parece a
mesma. Viper disse que o Dr. Price lhe deu um sedativo. Eu a
deixei dormir mais. Não queria continuar a chateá-la." Uma
carranca perturbada marcou sua testa. "Eu me sinto terrível por
ela ter passado por tanta coisa. Falei a ela que pagaria seu salário
e qualquer aconselhamento que precisasse. Estou pagando pelo
apartamento para o qual ela estava se preparando para se
mudar..."
Jewell conhecia Arin há muito tempo para não reconhecer a

mesma dúvida que ela mesma vinha experimentando.
"Viper te contou o que eu disse sobre o gato de Elizabeth?"

JAMIE BEGLEY
"Sim, mas pode haver uma dúzia de explicações."
"Eu sei", concordou Jewell. "É por isso que quase não
mencionei isso."
"Falarei com ela amanhã antes de fazer qualquer julgamento."
"Eu também. Espero estar errada, mas se eu descobrir que ela

está brincando com você, Elizabeth precisará de mais do que um
sedativo quando eu terminar com ela."
"Depois de falar com ela amanhã, vou ao escritório do xerife

para tentar falar com sua tia. Knox diz que ela se recusa a falar
com qualquer pessoa que não seja um advogado. Espero que
mude de ideia quando me vir. Falei com ela várias vezes depois
que Elizabeth desapareceu."
Jewell olhou preocupada para a amiga. "Você tem trabalhado

demais."
O rosto de Arin quase cedeu. "Estou exausta. Hennessey está

sendo superprotetor até que ele e Viper possam descobrir quem
estava tentando me chantagear para não liberar minhas patentes.
Parece que sempre que tento dar um passo à frente para
realmente ajudar as pessoas, acabo dando dois passos para trás."
Jewell colocou a mão sobre a de Arin. "Você vai chegar lá."
A dose de confiança deve ter sido o que Arin precisava quando

ela virou a mão para apertar a sua de volta. "Eu tenho saudade de
você."
"Idem."
O rosto de Arin ficou perturbado novamente. "Tem uma coisa

que eu deveria ter te contado, mas minha mãe me disse para ficar
de fora."
Jewell enrijeceu em seu assento. "É algo sobre minha família?"
"Você falou com sua mãe ultimamente?"

JAMIE BEGLEY
"Alguns dias antes do Natal." Jewell usava a mesma máscara

quando jogava pôquer. "Nossa conversa não durou muito. Mamãe
não gosta de ser pega falando comigo."
Os lábios de Arin se apertaram. "Gostaria que você me deixasse

apresentar seu pai a Hennessy; ele pode ser capaz de colocar
algum sentido nele."
"Não adiantaria nada. Papai e eu passamos pela estrada onde

podemos esquecer o passado. Eu nunca vou perdoá-lo por não
aceitar Michael."
"Eu sei." Arin suspirou. "É por isso que não mandei Hennessy.
Você está realmente melhor sem ele em sua vida. Eu costumava
invejar seu relacionamento com seu pai."
"Fui uma decepção atrás da outra para ele. Quando eu disse a

ele que estava grávida, foi ladeira abaixo. Ele queria que eu fizesse
do seu negócio de construção a minha vida, como se fosse dele.
Eu podia sentir sua atitude em relação a mim mudar. Eu queria
ficar com o bebê, mas foi discussão atrás de discussão até que ele
me expulsou. Após a morte de meus irmãos, ele transformou a dor
que sentia em ódio por mim. Não posso culpá-lo. Não há um dia
em que eu não me odeie pelo mesmo motivo."
Jewell apertou a mão de Arin quando ela abriu a boca para

protestar. "Se eu tivesse ficado em casa e trabalhado para o meu
pai, eles ainda estariam vivos."
"Você nunca teria o Michael", Arin sussurrou tristemente.
"Se eu tivesse tomado a decisão certa de me mudar para casa,

papai teria eventualmente aceitado Michael", Jewell raciocinou.
"Você não sabe disso. Ainda poderia ter perdido Michael e seus
irmãos em um acidente diferente."
"Talvez sim, mas talvez eu não me sentisse tão responsável."

JAMIE BEGLEY
"Jewell, fui abençoada por vê-la com Michael antes de você

perdê-lo. Você teria se culpado de qualquer maneira. Você não é o
tipo de pessoa que aceitaria perder alguém próximo ao seu
coração. Como o Rocky, você tem o coração de um lutador."
"Rocky não é real. Ele é um personagem de um filme."
"A arte imita a realidade. Jewell, você dá cento e dez por cento
em tudo que faz. Às vezes, o nosso melhor não é bom o suficiente.
Eu tenho que conviver com essa realidade todos os dias... sabe o
quanto eu gostaria de poder encontrar uma cura para o câncer ou
mais de mil doenças diferentes que as pessoas sofrem todos os
dias? Não posso, mas isso não significa que o esforço que coloquei
não valha a pena lutar."
Jewell sentia como se carregasse em seu coração a

responsabilidade pela morte de seu filho e irmãos, enquanto Arin
se sentia responsável por mortes incontáveis todos os dias porque
não conseguia encontrar uma cura. Se ela olhava para Arin como
uma guerreira, então, da mesma forma, ela tinha que se ver da
mesma maneira.
"Garota, eu precisava dessa conversa estimulante."
Arin sorriu. "Se você mudasse sua bunda para Ohio,

poderíamos torcer uma pela outra como nos velhos bons tempos."
"E eu não caberia no meu uniforme."
Arin se exibia. "Eu posso."
"Cadela", Jewell a chamou com naturalidade.
"Culpe você mesma. Você me ensinou a ser uma."
"Você não tem permissão para me superar."
"Tenho superado você desde que me ensinou a dar uma

cambalhota. Aposto que ainda faço mais do que você."

JAMIE BEGLEY
"Não, a menos que você esteja usando um sutiã esportivo. Eu

odiaria que você se nocauteasse com esses seus peitos e tivesse
que explicar para Hennessy o que estamos fazendo."
"Hennessy sabe que eu costumava ser uma líder de torcida."
"Então, é assim que você sabe que seu uniforme ainda serve."
"Você não fez sexo até excitar seu homem vestindo um

uniforme de líder de torcida."
Jewell arregalou os olhos fingindo espanto. "Você quer dizer

que eu ainda sou virgem?"
"Amiga, parece que me lembro de você no banco de trás com

Ty no ensino médio. Você estava vestindo sua roupa naquela
noite."
"Boquetes não contam."
"Você não transou com ele?"
"Não."
Arin olhou para ela com ceticismo, tentando fazê-la admitir a

verdade. "Você realmente não transou?"
"Eu disse que não."
"Então eu fiquei brava com você por um mês inteiro sem

motivo? Sinto muito."
"Bem, dei um boquete no seu ex-namorado", Jewell a lembrou.
"Tudo bem." Arin deu de ombros com naturalidade. "Fui eu

quem denunciou você por ter colado em nosso teste de química no
meio do semestre, mas em minha defesa, eu realmente pensei que
você tinha fodido o Ty."
Isso era novidade para ela.
"Eu tive que refazer aquela porra de teste." Jewell fez uma
careta de irritação. "O Sr. Rogers mudou minha atribuição de

JAMIE BEGLEY
assentos para sentar na frente de sua mesa e me fez fazer um teste

diferente de todos os outros da classe pelo resto do ano."
"Eu disse que sentia muito", Arin a lembrou.
Jewell lançou-lhe um olhar de aço. "Você tem sorte que eu te

amo."
"Quando formos à nossa reunião do ensino médio, direi ao Sr.

Rogers que menti."
"Ele se aposentou no ano em que nos formamos. Ele

provavelmente nem estará vivo quando o nosso reencontro
acontecer."
"Oh bem, eu confessei a você; essa é a parte mais importante."
Jewell pegou seu telefone.
"Procurando para saber se o desgraçado miserável está vivo. Se

ele estiver, você vai falar com ele."
Arin caiu na gargalhada. "Você está falando sério?"
"Como um ataque cardíaco." Pesquisando no Google o nome do

professor e onde elas haviam morado, Jewell esperou pelos
resultados. Lendo o resultado principal, Jewell colocou o telefone
sobre a mesa.
Arin olhou para ela com expectativa. "Nós vamos?"
"Ele morreu há um mês."
"Pobre homem." Arin fez uma careta de simpatia.
"Você me deve uma." Jewell começou a bater as pontas das

unhas na mesa, pensando em maneiras de cobrar isso da amiga.
"Que tal sairmos para tomar cervejas e comer hambúrgueres

sem contar ao Hennessy?"

JAMIE BEGLEY
Seus dedos pararam de bater. "O gostosão vai ficar bravo

quando não te encontrar?" Jewell se animou.
"Furioso", Arin divulgou.
"Nós podemos sair pela porta lateral do porão." Jewell se

levantou da mesa. "Espere aqui. Vou pegar algumas jaquetas."
Espiando pela porta da cozinha, Jewell viu que a sala principal

estava vazia. Correndo para o quarto, Jewell foi até o armário para
pegar alguns dos casacos pendurados antes de voltar correndo
para a cozinha.
Ela deu a Arin o mais quente dos dois casacos, e elas desceram
os degraus. Antes de abrir a porta, Jewell foi até onde a câmera
captaria sua imagem. Colocando um dedo sobre os lábios, ela
então fez um movimento fingido de cortar sua garganta
efetivamente, avisando Moon, que estava trabalhando na
segurança, para manter a boca fechada sobre sua partida.
Elas escaparam pela porta lateral, onde Jewell pegou a mão de

Arin para que ela não se movesse para a frente do estacionamento.
"Precisamos passar pela lateral do quintal de Viper até chegarmos
à estrada. Se pegarmos um dos veículos, eles verão em que direção
fomos. Não é uma longa caminhada." Jewell sussurrou
conspiratoriamente. "Chamaremos uma carona para casa quando
estivermos prontas para sermos encontradas." Soltando a mão de
Arin, Jewell entrelaçou seus braços enquanto começavam a
descer a ladeira até a estrada.
Arin deu uma risadinha animada. "Vou ter muitos problemas."
"Isso deveria ser um castigo…"
"Ah... tudo bem... Hennessy vai bater na minha bunda." Outra

risada quebrou o silêncio da noite.
"Cadela, por isso farei você me comprar dois hambúrgueres."

JAMIE BEGLEY
Quando chegaram à estrada, Arin parou na mencionada

compra. "Eu não trouxe minha carteira."
Jewell revirou os olhos e começou a fazer Arin andar em ritmo

acelerado novamente. "Você pode apenas me dizer por que queria
saber quando foi a última vez que falei com minha mãe."
"Pode esperar até depois de tomarmos algumas bebidas?" Arin

negociou.
"Sim."
"Então, amiga, temos um acordo."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Quatro
Rory acordou assustado com a súbita luz que se acendeu sobre

sua cabeça. Esparramado nu, ele saltou para se sentar e ver Viper,
Shade e um homem que ele nunca tinha visto antes de pé ao pé
de sua cama.
"Que porra é essa?" Rory piscou rapidamente para se ajustar à

luz.
"Estamos procurando por Jewell e Arin," Viper disse a ele

enquanto Shade e o homem que ele não conhecia olhavam ao
redor do quarto vazio e então corriam para o banheiro.
"Jewell foi conversar com Arin", Rory olhou para o relógio de

cabeceira, "três horas atrás."
"Porra!" Viper grunhiu. "Ele não vê Jewell há três horas", ele os

informou quando saíram do banheiro.
"Vamos lá." O homem que Rory não tinha ideia de quem ele era
tinha Viper e Shade indo atrás dele quando saiu do quarto.
"O que diabos está acontecendo?"
Arrastando sua bunda exausta para fora da cama, Rory se

vestiu o mais rápido que pode, então correu para fora do quarto
assim que suas botas estavam no lugar. Com o telefone na mão,
ele foi em busca de Viper, subindo os degraus do porão de dois em
dois.

JAMIE BEGLEY
Encontrando a cozinha cheia de Last Riders, Rory teve que

passar por Rider, Razer e Nickel para alcançar Viper.
"O que está acontecendo?"
Viper virou-se para ele. "Não conseguimos encontrar Arin e

Jewell. Hennessy e Shade acabaram de ir à sala de segurança para
ajudar Moon a revisar as imagens de segurança."
Rory imediatamente verificou seu telefone para ver se ele tinha

alguma mensagem perdida de Jewell antes de olhar para o
aplicativo que ele instalou quando voltaram de Fort Mills. Rory
virou o telefone para que Viper pudesse ver. "Você quer que eu
ligue para ela?"
"Não", Viper resmungou, pegando seu próprio telefone.

"Hennessy, elas estão no Mick’s." Ele desligou o telefone e disse
aos irmãos que eles poderiam voltar para a cama antes de sair
furiosamente da cozinha.
Rory o seguiu para ver Viper pegando uma garrafa de uísque.
"Eu posso ir buscá-las", Rory ofereceu.
"Não se preocupe. Hennessy e Shade irão depois que

terminarem de dar uma surra em Moon por não nos dizer que elas
escaparam."
"Hennessy, aquele que veio ao meu quarto com você e Shade?"
"Sim." Abrindo a garrafa de uísque, Viper se serviu de uma

quantidade generosa.
"Ligue para eles e diga que eu vou."
"Não se preocupe. Por mais louco que seja, Hennessy não

colocará as mãos nelas. Ele tem medo delas quando estão
bêbadas. Todos nós temos. Você acha que Sex Piston e sua turma
são ruins quando estão bêbadas, elas não podem se comparar a
Arin e Jewell. A melhor coisa a fazer é deixar Shade e Hennessy

JAMIE BEGLEY
cuidarem delas. Dessa forma, você pode se esconder até que elas
fiquem sóbrias", Viper aconselhou.
Era contra sua vontade não pegar Jewell, mas ele decidiu
seguir o conselho de Viper. Ele entraria quando eles voltassem e
a levaria de volta para seu quarto.
"Importa-se de compartilhar?" Rory perguntou, pegando um

banquinho.
Viper estendeu a mão sob o bar, trazendo uma cerveja para dar
a ele quando a sala começou a se encher com os Last Riders. Em
vez de encontrar suas camas, eles se agruparam em torno deles.
Rory tirou a tampa da cerveja, astuto o suficiente para

reconhecer a atitude fria dos irmãos.
"Eu não sabia que Jewell e Arin estavam planejando fugir.

Presumi que elas ficariam aqui."
A abertura da porta da frente fez Rory olhar por cima do ombro,

incapaz de ver quem havia entrado com todos os Last Riders atrás
dele. Chumbo se acomodou em seu estômago quando Shade veio
ao redor deles para ir atrás do bar com Viper. Se ele tinha alguma
dúvida de que sua bunda estava andando em uma linha fina, o
olhar inexpressivo de Shade revelou o quão perto do limite ele
estava.
Viper deu a Shade um copo e despejou um pouco de uísque

nele. "Eu pensei que você iria com Hennessy?"
"Mick as deixou quando estávamos entrando no carro.

Hennessy e Moon estão trazendo-as."
Rory ouviu risos femininos quando a porta da frente se abriu

novamente.
"Eu disse que elas ficariam loucas."
O tom jocoso de Jewell fez Rory estremecer.

JAMIE BEGLEY
"Ela está bêbada", Rory tentou desculpar o riso bêbado de

Jewell.
"Não brinca."
Rory não fez menção de ir buscá-la, ficando sentado em seu

banquinho.
"Viper..." uma voz masculina chamou da porta. "Vou levar Arin

para a cama."
Olhando para cima, Rory viu Hennessy carregando uma

mulher por cima do ombro enquanto subia as escadas.
"Isso é seguro?" Rory questionou, vendo as longas pernas

penduradas da mulher sobre o ombro de Hennessy.
"Mais seguro do que ela andar com os próprios pés." Jewell

deslizou entre os irmãos para ficar ao lado dele. "O que vocês estão
fazendo?"
"Esperando por você", Rory respondeu quando o resto dos

homens permaneceram mudos.
"Bem, estou aqui." Ela estendeu os braços, como se fosse dar

um abraço em cada um deles, então deu um bocejo. "Você está
pronto para ir para a cama, Rory? Estou cansada."
Rory sentiu os olhares perfurando-o. "Vá em frente. Eu acabei

de acordar."
"Tem certeza?"
"Tenho certeza. Vá em frente."
Jewell assentiu. "Acorde-me quando vier para a cama."
"Eu vou", ele prometeu. Ele ia acordá-la acendendo sua nádega

em um vermelho brilhante.
"Ai credo. Eu não gosto do jeito que isso soou." Jewell soluçou.
"Não se preocupe em me acordar. Vejo você pela manhã." Piscando

JAMIE BEGLEY
como uma coruja para Shade, ela disse, "Vou precisar de uma
semana de folga. Você pode conseguir para mim?"
Shade não hesitou. "Claro."
A testa de Viper franziu. "Exatamente quanto você bebeu esta

noite?"
"Não é por isso que preciso de folga." Jewell fez uma cara
exasperada para Viper. "Eu já precisei de um dia de folga depois
de ficar bêbada?"
"Não."
"Então qual é o problema de eu pedir uma semana de folga?"
"Para que você precisa de folga? Eu tenho merda para Shade

fazer."
"Eu enfio meu nariz na sua vida pessoal? Preciso de uma folga.
Talvez mais. Não saberei por alguns dias. Se você não pode poupar
Shade, então Train ou Rider são capazes de administrar a fábrica."
"O que você precisa fazer é importante?"
"Se não fosse, eu não teria pedido."
"Tome todo o tempo que você precisar", Viper concedeu.
"Obrigada. Eu agradeço." Depois de enrolar suas palavras,

Jewell passou um braço em volta do pescoço de Rory. Rory pensou
que era para se manter de pé.
"Te vejo mais tarde, jacaré", ela brincou antes de se endireitar.
Preocupado que ela cairia da escada do porão, Rory começou a

se levantar, apenas para ser empurrado para baixo por uma mão
pesada em seu ombro.
"Nickel, ajude Jewell a ir para a cama."
"Eu posso me colocar na cama... faço isso há anos."

JAMIE BEGLEY
Preocupado com o gaguejar em sua voz, Rory quis segui-la. Foi

o álcool que ela consumiu responsável pela maneira cheia de
tristeza que ela estava falando, ou aconteceu algo que ele não
sabia?
Tomando a decisão de deixar Jewell dormir com os efeitos de

sua noite fora, Rory a deixou sair, aliviado ao ver que Nickel estava
indo atrás dela. Por mais que ficasse estressado por não ser quem
garantiria que ela chegasse em segurança para a cama, ele sentiu
a correnteza rodando ao redor da sala.
Ele não estava pronto para deixar Jewell e voltar para Queen
City. Ele não tinha aturado a Sex Piston e seu grupo de amigas
por uma moto, independentemente de ser uma máquina foda. Ele
não estava pronto para dizer adeus a Jewell. Até que conseguisse
convencê-la a se arriscar e se mudar para Queen City com ele,
estava preso aqui no clube, à mercê dos Last Riders.
Esperando até que a porta da cozinha se fechasse atrás de

Jewell, ele confrontou a hostilidade de Viper em relação a ele. "Algo
que você quer falar?"
Viper pousou o copo com um baque forte.
"Hoje cedo, você deu uma lap dance para nossas esposas?"
"Eu fiz lap dance para Jewell. Suas esposas assistiram", Rory
corrigiu.
"Não brinque de semântica comigo", Viper grunhiu.
"Não estou. A maneira como você disse foi como se eu tivesse

dado a cada uma de suas esposas uma dança pessoal, que não foi
o que aconteceu."
"Nada deveria ter acontecido na frente de nossas esposas."
"Você está falando sério? Vocês estão preocupados que eu

balancei meus quadris na frente de suas esposas por cinco
minutos quando cada vez que qualquer uma de suas esposas vem

JAMIE BEGLEY
ao clube, elas veem pelo menos doze a quinze mulheres solteiras

rondando o clube para muito mais do que lap dance."
"Essas mulheres de quem você está falando são Last Riders, e

aqueles de nós que têm um problema com você dando a lap dance
não aceitam lap dance ou qualquer coisa que elas estejam dando."
"Então não deveríamos ter um problema, deveríamos? Tudo o

que fizeram foi observar... não sei por que você está me dando
tanto trabalho..." Uma luz se acendeu nele. "Quem foi que me
denunciou? Elas juraram que não o fariam."
A expressão de Viper ficou em branco.
"Você fez nossas esposas jurarem que guardariam segredos de

nós?"
Rory não foi enganado por um segundo sequer.
"Winter pediu uma lap dance?" Ele adivinhou.
Shade puxou Viper para trás no meio da estocada.
"Vocês todos vão para a cama e me deixem cuidar disso", Shade

sugeriu.
Rory começou a perguntar se Viper queria algumas aulas,

então concluiu que deveria esperar até que estivesse de melhor
humor.
Os irmãos se separaram, murmurando entre si enquanto

saíam.
"Não é sábio cutucar o Viper no que diz respeito a Winter."

Shade nivelou um olhar para ele quando a sala estava vazia.
"Não estava tentando provocá-lo", Rory negou. "Eu estava

tentando salvar a minha bunda."
"Então você fez isso do jeito errado."
"Talvez sim", Rory admitiu.

JAMIE BEGLEY
"King jogou sua bunda no meio-fio por fazer menos do que dar
uma lap dance; por que você achou que deixaríamos você se safar
com lap dances?"
"Suas mulheres estavam se divertindo, isso era tudo. Se Winter

queria que Viper soubesse sobre a lap dance, não era porque ela
gostaria de me ver dar uma; ela queria a conexão que eu estava
compartilhando com Jewell. É compreensível com Viper tendo que
gastar tanto tempo nos negócios do clube, e ajudando Arin a
resolver sua bagunça, que Winter esteja se sentindo deixada de
fora da equação."
Shade pegou a garrafa de uísque para se servir mais, em

seguida, colocou outro copo na frente dele, servindo-lhe um
pouco. "E se não tiver sido Winter?"
"Eu não faria nenhuma suposição sobre Lily e seu

relacionamento."
"Suponha. Eu aguento."
Rory tomou sua vida em suas próprias mãos. "Com três filhos,
Lily pode estar se sentindo mais como mãe do que como esposa,
especialmente quando você é o alvo de todos quando eles precisam
que algo seja feito."
"Eu me certifico de que Lily não se sinta negligenciada." Shade

girou o licor em seu copo.
"Tenho certeza que sim, e é por isso que eu não acho que foi
Lily."
"E se tiver sido Killyama?"
Rory revirou os olhos. "Essa é fácil. Killyama vive para apertar

os botões de Train quando está brava com ele. Se tiver sido ela,
ele deve ter feito algo para irritá-la, e ele estava dispensando-a em
vez de falar sobre isso com ela. E antes que você pergunte, se foi
Willa, essa também é fácil. Ela é muito parecida com Lily, exceto
pela pressão adicional de administrar um negócio e atender às

JAMIE BEGLEY
necessidades da congregação de Lucky. O que Willa precisa é de

uma semana na praia, apenas com Lucky, de preferência em um
resort onde crianças não são permitidas."
Shade terminou o último gole de sua bebida. "Vou passar isso

adiante. Você deveria ir e checar Jewell. E para dar meu próprio
conselho sobre ela, Jewell nunca pede folga a menos que seja
perto do Natal."
"Deduzi isso pela reação de Viper. Eu estava planejando falar

com ela quando estiver sóbria."
"Deixe-me saber se é algo que eu possa ajudar. Quanto mais

pessoal o motivo, menor a probabilidade dela pedir ajuda. Jewell
vai quebrar o pescoço tentando fazer merda para o clube, mas se
coloca em segundo plano quando se trata dela."
"Tenho descoberto isso da maneira mais difícil. De certa forma,

ela me lembra Killyama", Rory brincou.
"Se você pensa assim, estou surpreso que você não tenha
partido, com moto ou não."
Rory sorriu. "Não há uma mulher viva que eu não possa

transformar em massa em minhas mãos."
Shade quebrou seu comportamento impassível para lhe dar

um olhar de pena. "Não superestime suas habilidades de lap
dance. Eu vi Killyama tentar decapitar Train com um taco de
sinuca. Eu não gostaria de estar do outro lado de um taco de
sinuca se Jewell realmente ficar chateada."
"É aí que Jewell seria diferente. Ela nunca usaria violência

física em mim."
"Não diga que eu não avisei. Você pode estar acostumado a ter
mulheres comendo na sua mão, mas quando algumas mulheres
aparecem, elas pegam apenas o que você quer dar a elas. Depois,
há outras mulheres, como Jewell, e se você não tomar cuidado...
elas vão tirar a porra da sua mão inteira."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Cinco
Jewell acordou com uma dor de cabeça ofuscante. Saindo da

cama, ela foi ao banheiro dele para tomar banho e se trocar.
Surpresa que Rory não tenha acordado até quando terminou de
se vestir, ela então subiu as escadas.
Ela decidiu não tomar o café da manhã e subiu para seu

próprio quarto. Moon estava de guarda lá fora. Quando se
aproximou, ele deu-lhe um olhar hostil.
"Estou preso trabalhando há quase vinte e quatro horas graças

a você."
"Sinto muito. Eu realmente não esperava que ficássemos fora

por tanto tempo. Estávamos apenas pegando uma cerveja e um
hambúrguer e voltando. Quando eu voltar ao trabalho, te darei
uma folga extra", ela prometeu, mostrando arrependimento.
Moon não foi apaziguado. "Não me ajuda agora. Meus pés estão
me matando."
"Vá em frente e saia. Eu tenho alguma merda para fazer no

meu quarto. Ficarei aqui até que seu substituto chegue."
"Deixe-me verificar com Shade."
Jewell esperou para entrar em seu quarto até que Shade

respondesse a mensagem de Moon.

JAMIE BEGLEY
"Shade diz que funciona e que Ember pode sair também,

contanto que você fique até Arin aparecer", Moon disse a ela.
"Tudo bem. Obrigada, Moon."
Entrando em seu quarto, ela fez sinal para que Ember pudesse
sair, mas não quis incomodar a outra mulher que dormia na
cama. Trancando a porta atrás de Ember, Jewell moveu-se
lentamente pelo quarto, juntando o que precisava. Ela tirou a
mala do armário e fez um rápido trabalho de empacotar os itens
que havia separado.
Assim que terminou de fechar a mala, Jewell sentou-se no sofá

para fazer vários telefonemas, começando com sua mãe. Ela ouviu
o toque até cair na caixa postal.
"Ligue para mim, mãe." Jewell não esperava que sua mãe
retornasse a ligação. Agora, com o pai aposentado, a mãe só ligava
quando seu pai estava fora de casa.
Olhando para a hora em seu celular, viu que já passava das

08h. Ela discou outro número e ouviu o telefone tocar novamente.
Desta vez, o toque foi atendido e ela conseguiu falar com a
recepcionista. Ao saber que receberia uma ligação de volta, Jewell
desligou.
Sendo deixada em espera até que sua ligação fosse retornada,

ela vagou até a cama e olhou para a mulher adormecida. Para uma
mulher que estava desaparecida há vários meses, ela parecia estar
em excelente forma. Seu cabelo escuro brilhava com vitalidade, e
suas unhas pareciam ter sido feitas profissionalmente. Curiosa,
Jewell levantou o cobertor sobre os pés de Elizabeth. Ela podia
não ser a Last Rider mais brilhante do clube, mas podia
reconhecer os pés de uma mulher que se beneficiava regularmente
de uma pedicure.
Deixando o cobertor cair sobre os pés de Elizabeth, Jewell

pensou ter captado um movimento de seus cílios.

JAMIE BEGLEY
Por que ela estaria fingindo estar dormindo? Se estava tão

aterrorizada quanto agiu ontem, qualquer toque,
independentemente de quão leve, deveria tê-la feito gritar.
Quando ouviu uma batida baixa na porta, Jewell rolou sua

mala pelo chão acarpetado para destrancar e abrir a porta, vendo
Arin e Hennessy do lado de fora.
Saindo, ela fechou a porta e fez suas suspeitas conhecidas em

voz baixa. Descrevendo o que tinha visto no quarto, Jewell disse a
Hennessy para não deixar Arin sozinha no quarto com Elizabeth.
"Você acha que ela tentaria me machucar?"
"Não quero arriscar." Jewell não queria assustar Arin

desnecessariamente, mas seu instinto lhe dizia que eles deveriam
ser cautelosos.
"Onde estava essa preocupação ontem à noite quando você

tirou Arin do clube?"
As duras críticas de Hennessy doeram, mas foram bem

merecidas, então Jewell deixou isso escapar de suas costas.
"Sinto muito, Hennessy", Jewell se desculpou, sabendo que o

marido de Arin merecia desabafar sua raiva. "Nós nos empolgamos
falando sobre os velhos tempos, e eu queria dar um tempo a Arin
da pressão que ela está sofrendo. Mandei uma mensagem para
Mick dizendo que estávamos saindo, e ele estava esperando na
curva. Nunca estivemos em perigo real. Estávamos dentro da visão
de Moon, depois de Mick. Eu nunca teria arriscado com a
segurança de Arin sem ter alguém ao alcance de interceder se
precisássemos deles."
A expressão áspera de Hennessy não mostrou nenhum indício

de ceder. "Não dou segundas chances no que diz respeito à
segurança da minha esposa."
"Não culpo você." Jewell se sentiu terrível. "Eu também não.

Deveríamos ter ligado para você e pedido que você fosse conosco."

JAMIE BEGLEY
Arin usou o quadril para bater Hennessy de lado. "Fui eu quem

sugeriu fugir. Às vezes, uma mulher precisa de algum tempo
sozinha. Jewell e eu nos divertimos muito, o que você está
estragando ao nos fazer sentir culpadas. Se você não quiser dirigir
de volta para Ohio por conta própria, então relaxe. Eu sei que é
difícil para você fazer isso, mas tente", ela o encorajou, batendo
nele novamente.
Jewell riu quando a mão de Hennessy pousou na bunda de

Arin antes que ele se movesse rapidamente para a porta para
assumir uma posição de guarda quando Arin fez um movimento
ameaçador em direção a ele.
"Vou fazer você pagar por isso mais tarde."
Jewell apenas balançou a cabeça para o casal brigando.
Arin captou o movimento, abrindo um sorriso próprio.

"Homens. Não posso viver com eles, não posso foder sem eles."
"Eles têm seus usos", Jewell concordou de todo o coração antes

de ficar sério. "Vou sair em uma hora."
Arin também ficou sério. "Você vai checar sua mãe?"
"Sim."
"Quer que eu vá com você?"
"Não. Você está com as mãos cheias aqui. Vou mantê-la

atualizada."
"É melhor você fazer. Independentemente dessa merda

acontecendo aqui, eu vou atrás de você. Tive que sentar e assistir
seu pai te arrastar para baixo muitas vezes para ficar no banco de
trás desta vez."
"Não somos mais crianças." Seria difícil ter que falar com seu
pai novamente, e Arin sabia que não seria fácil. "Se precisar de
você, eu ligo", ela prometeu.

JAMIE BEGLEY
Arin estendeu a mão para puxá-la para um abraço apertado.

Jewell lutou contra as lágrimas com a empatia de sua amiga.
"Eu te amo, irmã. Apenas finja que estou lá com você e não
aceite nenhuma merda que eu não faria."
"Não vou. Eu te amo também." Sua voz quebrou. "Não dê muito

trabalho ao Hennessy. Chega de querer fugir."
A voz de Arin era igualmente emocional. "Não tenho ninguém

com quem fugir. Você está indo embora, e eu provavelmente já
terei ido antes de você voltar."
Separando-se, elas deram uma à outra sorrisos trêmulos.
"Vocês dois, se cuidem."
Jewell se afastou apressadamente antes de cair em lágrimas.

Deixar Arin nunca foi fácil. Elas podem não compartilhar a mesma
família, mas em todos os outros aspectos que contavam, Arin era
uma irmã para ela tanto quanto seus irmãos tinham sido.
Deixando a mala na porta da frente, depois de tirar um

pequeno pacote, Jewell foi até a cozinha. Levantando uma
sobrancelha para a mulher atrás do balcão falando com Puck, ela
continuou até o porão. Entrou no quarto de Rory e viu que estava
vazio. Prestes a recuar, ela então ouviu o chuveiro funcionando.
Ela não queria nada mais do que tomar banho com ele, mas se
conteve para se sentar no sofá e esperar que ele terminasse.
Quando Rory saiu do banheiro, vestido, ele imediatamente se

dirigiu para a porta.
"Indo para algum lugar?"
Ouvindo a voz dela do sofá, ele parou.
"Eu ia encontrar você", ele explicou, mudando de direção para

ir até onde ela estava sentada.
"Salvei você do problema."

JAMIE BEGLEY
"Como você está se sentindo?"
"Tenho um pouco de dor de cabeça. Fora isso, estou bem."
"Eu não esperava que você tivesse ido embora quando acordei.
Achei que ficaria na cama, se recuperando de sua noite fora."
"Preciso de mais do que um par de bebidas para me fazer ficar

na cama."
"Então por que você pediu folga?"
Jewell pegou sua mão para puxá-lo para o sofá. "Estou indo
embora, Rory."
"Por quanto tempo?"
"Eu não sei... vou ver minha mãe."
"Dê-me alguns minutos, e eu vou com você."
Jewell balançou a cabeça para ele. "Tenho que enfrentar meus

pais sozinha. Ter você lá só pioraria as coisas."
"Posso ficar no carro."
"Eu irei sozinha. A mulher de Greer Porter está lá em cima,

esperando a aula, e você ainda tem as aulas que deve ao Stud.
Não sei se estarei de volta antes de terminarem."
Rory endureceu. "Você está me dizendo que terminamos?"
"O que estou lhe dizendo é que você precisa fazer uma escolha
enquanto eu estiver fora." Jewell entregou-lhe o pacote que havia
tirado da mala. "Não voltarei no Dia dos Namorados."
Rory pegou o presente e o abriu.
Ela cuidadosamente observou sua reação, seu estômago

enjoado.
"Pressione a mão." Jewell passou a língua pelos lábios secos.

JAMIE BEGLEY
Rory apertou a mão do ursinho de pelúcia que usava uma

camiseta branca com beijos de batom. ‘Deadly Kiss’ de Paloma
Faith podia ser ouvida saindo do urso. Jewell apertou a mão do
urso para fazer a música parar.
"Você me teve em nosso primeiro beijo", ela disse a ele.

"Enquanto eu estiver fora, preciso que você faça algo por mim."
Rory ergueu os olhos do urso.
"O que?" Ele perguntou com voz rouca.
"Vá embora." Jewell se levantou. "Se você não ficará comigo

para sempre, então estou implorando para você ir embora. Se você
for embora antes de eu voltar, vou aguentar, e vou sobreviver. Do
jeito que estamos indo, tenho esperanças de que você não vá
embora. Então, quando fizer isso, vai me quebrar novamente. Eu
não posso viver com o tipo de dor de perder alguém que eu amo
novamente. Simplesmente não tenho mais isso em mim."
Rory se levantou, tentando tomá-la em seus braços.
"Não, por favor, não. Estou te implorando, Rory. Além da vida

do meu filho e dos meus irmãos, nunca implorei por nada. Estou
te implorando agora… vá embora." Jewell apertou a mandíbula
com força, determinada a não implorar para ele ficar.
"Você não pode simplesmente me dar esse ultimato e depois ir

embora... Precisamos conversar sobre isso."
"Não há nada para conversar. Ou você fica e faz uma vida aqui
em Treepoint comigo ou volta para Queen City. É simples assim."
"Eu te disse que não serei um Last Rider. Não quero viver em
um clube de motos permanentemente. Merda como essa é sobre o
que precisamos conversar."
"Não vale a pena conversar se você não se importa o suficiente

comigo para ficar."
"Há outra opção. Você poderia vir comigo para Queen City."

JAMIE BEGLEY
"Eu faço parte dos Last Riders, quer você queira ou não. A
minha partida cortaria essa parte de mim. Eu sentiria falta de ver
todas as crianças crescendo, andando na sua primeira moto, se
apaixonando. Vou perder todas essas primeiras vezes."
"Eu também tenho família." O olhar de Rory ficou gentil.

"Minha mãe mora em Queen City. Ela está ficando mais velha e
precisa mais de mim."
Ela estendeu a mão para passar a mão pelo rosto dele quando
ele continuaria. "Eu entendo. Você tem sua própria vida em Queen
City. É por isso que estou pedindo para você ir embora. Nós nos
divertimos muito juntos, e eu não quero que isso acabe ou que
nenhum de nós se arrependa do que aconteceu."
Um brilho de raiva entrou em seus olhos. "Se você realmente

se sente assim, então por que me sinto como se estivesse sendo
acuado em um canto?"
"Você olha para isso como se eu estivesse te encurralando; Eu

olho para isso enquanto te dou uma saída." Jewell deu um beijo
demorado em sua mandíbula teimosa. "Adeus, Rory."
Esquivando-se das mãos que tentavam envolvê-la, Jewell

dirigiu-se à porta.
"Espere."
Jewell parou para ver Rory ir até a gaveta de cima da cômoda

para retirar um pequeno presente.
Pegando o presente que ele estendeu, Jewell prendeu a

respiração enquanto abria a pequena caixa que era do mesmo
tamanho de uma caixa de anel. Dentro havia uma chave de metal.
"É uma chave da minha casa. Vou enviar-lhe o endereço por

mensagem de texto caso mude de ideia. Podemos ter uma ótima
vida lá se você der uma chance."

JAMIE BEGLEY
Jewell fechou a caixa e a deixou sobre a cômoda. "Eu não estou

disposta a arriscar meu coração em chances... Elas nunca deram
certo para mim. Eu arrisquei que o pai de Michael se aproximaria
e seria um pai para ele. Arrisquei que meus pais aceitassem o
neto. Arrisquei que minha família chegaria em casa quando estava
nevando... Em vez disso, perdi tudo. Não estou disposta a arriscar
em algo que significa tanto para mim quanto você. Se o mundo
acabasse amanhã, eu gostaria de saber quem estará ao meu lado,
pronto para enfrentar qualquer coisa que vier. Não quero estender
a mão e descobrir que você se foi. Arin tem um homem assim,
Winter tem Viper, Lily tem Shade, Reaper tem Ginny... isso é o que
eu sentia falta na minha vida, e finalmente estou no ponto da
minha vida em que não posso aceitar menos. E sinceramente, você
também não deveria."
Sentindo como se estivesse arrancando seu coração a cada

passo que dava, Jewell saiu do quarto, sabendo muito bem que
estava deixando para trás qualquer chance de verdadeira
felicidade.
Agarrando a mala, ela desceu os degraus e foi para o carro.

Jewell ligou e olhou para cima para ver Rory de pé na varanda,
observando-a sair. Colocando o carro em marcha à ré e dirigindo,
ela se afastou do clube, segurando as lágrimas.
As chances eram para otários, ela se consolou, recusando-se a

olhar no espelho retrovisor. Ela tinha que ter o negócio real ou
nada. Quando foi para o porão, ela não planejava jogar a mão mais
importante de sua vida. Somente quando ela se sentou lá,
esperando Rory sair do chuveiro, que percebeu o quão importante
ele se tornou para ela. Juntamente com a raiva implacável de
Hennessy sobre Arin, ela chegou à conclusão de que, a menos que
pudesse ter o mesmo tipo de amor em sua vida, ela iria para o
sofrimento.
"Michael..." Falou como se seu filho estivesse sentado no banco

do carona ao lado dela quando chegou ao sinal vermelho na
cidade. "Devo voltar?"

JAMIE BEGLEY
Indecisa, ela estava se arrependendo de terminar tão

abruptamente com Rory. E quanto mais esperava o sinal vermelho
acender, mais insegura ficava. Quando o sinal ficasse verde, ela
poderia simplesmente voltar e dizer a ele para pensar sobre isso...
Enquanto esperava, Jewell viu Bliss e Drake saindo da

lanchonete, segurando a mão de sua filha entre eles. A família feliz
acenou para ela enquanto atravessavam a rua. Assim que pisaram
na calçada, o sinal ficou verde.
Pisando no acelerador, Jewell dirigiu para fora da cidade, não

questionando mais sua decisão.
"A melhor parte da minha vida foram os anos em que tive

você... Não houve um segundo em que não senti sua falta..." Seus
dedos apertaram o volante enquanto ela se recusava a chorar na
frente de seu filho. "Se houver alguma coisa que você possa fazer
para que ele fique por perto", Jewell conseguiu segurar o soluço
preso em sua garganta, "como talvez trocar uma boa palavra para
o Grande Homem lá em cima, eu agradeceria." Reunindo a
compostura com força de vontade, ela continuou, "E quando
aquela velha má chamada Mag chegar até você... corra."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Seis
Jewell dirigiu pelo estacionamento, procurando o veículo que o

pai de Arin descreveu que seu pai dirigia. Avistando-o na terceira
fila da entrada do hospital, Jewell estacionou o carro na esquina
ao lado de onde ela poderia observar o veículo sem ser vista.
Ela teve que esperar mais de uma hora antes de vê-lo subir em
sua caminhonete. Então Jewell saiu do carro quando seu pai saiu
do estacionamento. Caminhando para a entrada, ela parou no
balcão de informações para pedir informações. Então seguiu as
instruções do funcionário, encontrou os elevadores e apertou o
botão do quarto andar.
Saindo do elevador, ela parou no posto das enfermeiras. "Você

pode me dizer em qual quarto a Sra. Bell está?" Jewell perguntou.
"O horário de visita acabou. Você terá que voltar pela manhã."
"Ela é minha mãe. Eu moro fora do Estado. Acabei de descobrir

que ela está aqui. Só quero aparecer e ver como ela está."
A enfermeira levantou o rosto do computador. "Você é Tory?"
Fazia tanto tempo desde que ouvira seu nome verdadeiro que
levou um segundo para responder. "Sim."
"Sua mãe fala de você quando dou banho nela." A auxiliar lhe
deu uma piscadela. "Ela está no quarto 412. Mantenha a porta
fechada para que a enfermeira-chefe não veja você", ela
aconselhou conspiratoriamente.

JAMIE BEGLEY
"Obrigada." Jewell foi na direção para onde a auxiliar apontava.

Encontrando o número do quarto, ela enfiou a cabeça para ver
sua mãe deitada na cama, olhando para o céu escuro. Ela reuniu
coragem e entrou lentamente.
"Oi, mãe." Preparando-se para a rejeição, Jewell não se

aproximou da cabeceira de sua mãe.
A cabeça de sua mãe virou em sua direção. A alegria iluminou

sua expressão.
"Tory!" A alegria continuou a se espalhar pela expressão de sua

mãe, então foi nublada como se o sol tivesse desaparecido atrás
de uma nuvem enquanto seus olhos se moviam atrás dela em
direção à porta. "Seu pai saiu para tomar banho e trocar de roupa,
mas ele está voltando."
Jewell entrou com dificuldade no quarto. "Nathan vai me

mandar uma mensagem quando o papai sair de casa. Eu vou
embora antes."
"Arin me disse quando ela veio para as férias que ainda falava
com você."
Chegando à cadeira ao lado da cama, Jewell sentou-se. "Nunca

perdemos contato uma com a outra." Ela olhou para as máquinas
ligadas a sua mãe. "Arin disse que você não estava indo bem.
Quando ninguém atendeu a porta da casa, liguei para o pai de
Arin. Nathan me disse que você está aqui há alguns dias."
"O médico vai me liberar amanhã. Não havia necessidade de vir

de tão longe para me ver."
"Só porque seu médico a tirou da lista de transplantes. Por que,

mãe?"
Sua mãe virou a cabeça para olhar para o teto. "Não me chame
de mãe."
Ferida, Jewell se levantou da cadeira para sair.

JAMIE BEGLEY
"Eu não mereço que você me chame de mãe. Nunca mereci."
Atordoada e sem palavras, Jewell aproximou-se da cama de

sua mãe.
"Eu nunca fui a mãe que você merecia. Você tentou agradar
seu pai e a mim, e a única vez que você foi contra o que seu pai
queria, ele tentou de todas as maneiras sujas te colocar de volta
na linha. Dylan nunca teria tratado um dos garotos do jeito que a
tratou, mas não precisava… eles não eram fortes como você e
cediam a ele." A voz de sua mãe ficou rouca enquanto ela falava.
Jewell sentou-se ao lado de sua cama.
"Eu era fraca e não resisti a ele. Traí você quando me disse que
estava grávida e contei ao seu pai. Achei que poderia convencê-lo
a deixar você ficar em casa. Em vez disso, ele a deserdou quando
você se recusou a fazer um aborto. Então, quando você não deu
Michael para adoção, ele queria que você voltasse rastejando, mas
você não o fez. Você o enfrentou e seu pai não conseguiu lidar com
isso. Eu deveria tê-lo deixado então, e não o fiz, nem quando
queria ver Michael no hospital, e ele não me deixou. Então, por
favor, não me chame de mãe. Perdi o direito de ouvir essa palavra
da sua boca há muito tempo."
"Não julguei as ações dele contra você. Eu sei como ele é."
"Eu era fraca. Não queria ficar sozinha." Um sorriso amargo

brincou em seus lábios. "Sabe o que ele disse quando meu médico
perguntou se alguém da família estaria disposto a me dar um rim?
Dylan disse a ele que todos os seus filhos estavam mortos. Ele
prefere me ver morta do que correr o risco de você me dar um rim."
Jewell pegou a abertura que estava esperando. "Falei com meu

médico no caminho para cá. Ele procurou o seu médico. Ele vai
enviar meu arquivo e marcar uma consulta para amanhã para ver
se somos compatíveis."

JAMIE BEGLEY
"Não", sua mãe afirmou com firmeza, olhando para baixo do

teto para encontrar seus olhos. "Não vou aceitar."
"Mãe…"
"Não, Tory, eu não vou tirar um dos seus rins. Você deu o
suficiente. Você doou os órgãos do seu filho quando eu sei o quão
difícil deve ter sido. Arin se esgueirava e me mostrava fotos suas
e de Michael quando eu a via sair e ela vinha visitar seus pais.
Você adorava aquela criança. Ela também me disse o quanto você
trabalhava duro para obter seu diploma. Você nos enviou todo o
dinheiro que o seguro pagou a você pelo acidente de carro, mesmo
que seu seguro já estivesse liquidado conosco. Quando Dylan
estava falindo, você tentou pagar os empréstimos dele, e ele
permitiu. A única coisa que ele não te deixava fazer era pagar a
hipoteca. Ele não foi grande e poderoso o suficiente para receber
o dinheiro que você enviou para salvar o negócio dele, mas estava
disposto a me deixar perder a casa em que criei meus filhos. Se
Arin não a tivesse comprado no leilão e a tivesse devolvido para
mim, não sei onde estaríamos morando. Tenho certeza de que você
deu o dinheiro a ela, apesar dela dizer que não."
"Dinheiro não importa para mim." Jewell não estendeu a mão

para pegar a de sua mãe, apesar de ver como ela estava chateada,
com muito medo de ser rejeitada. "Não deve demorar muito para
descobrir se eu sou compatível. Se não, eu vou em uma lista onde
outras pessoas estão procurando um compatível para trocar com
um que combine com você. Papai nem precisa saber que o rim virá
de mim."
"Tory... você não está entendendo o que estou tentando lhe

dizer." Sua mãe agarrou o lençol. "Eu não quero viver. A ideia de
viver mais vinte anos neste purgatório com seu pai, sem meus
filhos para tornar minha vida suportável, não vale a pena."
Jewell fechou os olhos com força. "Você quer morrer."

JAMIE BEGLEY
"Sim, é por isso que eu me retirei da lista. Não por causa de

toda a diálise, mas porque não quero prolongar mais esse inferno."
Jewell ergueu os cílios úmidos para o rosto cheio de dor de sua

mãe. Quando ela fez isso, as palavras de Mag assombradamente
entraram em sua mente... Pela graça de Deus, eu vou.
Os anos sem Michael foram dolorosos. Jewell não levou em

conta o que sua mãe havia perdido. Dois filhos, uma filha e um
neto. Além disso, a vida e os netos que deveriam estar reservados
para ela se não tivesse perdido tudo naquela noite.
Cautelosamente, Jewell estendeu a mão para pegar a de sua

mãe. No início, sua mãe permaneceu rígida sob seu toque. Então
ela gradualmente virou a dela para segurá-la frouxamente. Não
era muito, mas era um começo.
"Mãe, deixe-me falar sobre uma mulher que conheço, e eu

odeio admitir, mas que me ajudou", Jewell admitiu ironicamente.
"O nome dela é Mag…"
Jewell sentou-se no saguão, vendo seu pai entrar pela porta.

Ela se levantou, certificando-se de que ele a visse. Levantando o
queixo, encarou seu pai enquanto ele caminhava rapidamente em
direção a ela.
"Vá embora. Nem sua mãe nem eu queremos você aqui. Se

tentar ver sua mãe, vou chamar a segurança e removê-la."
"Cale-se."
O queixo de seu pai caiu. Ela nunca tinha falado com ele de
forma desrespeitosa, apesar das muitas discussões que eles
compartilharam.

JAMIE BEGLEY
"Pelo menos uma vez, você vai me ouvir. E se não fizer isso, não
se engane, não serei eu quem o segurança irá remover."
Seu pai fechou a boca, dando-lhe um olhar mortal.
Jewell não dava a mínima. Ela havia parado de se importar

com o pai muito antes.
"Eu conversei com mamãe, e embora você não se importe, ela

está disposta a morrer para ficar longe do casamento com você
por um momento. Eu, por outro lado, me importo." Jewell enfiou
a mão no bolso e tirou um cheque, entregando-o a ele. "Há
dinheiro suficiente para que você possa viver onde quiser, fazer o
que quiser... sem a mamãe. Você quase sugou toda a vida dela. O
que sobrou, eu cuido. E posso garantir que farei um trabalho
melhor do que você fez."
Seu pai arrancou o cheque de sua mão, começando a fazer o

movimento de rasgá-lo.
"Eu não faria isso", Jewell o advertiu. "Não farei outro."
"Bom. Eu não quero…"
"De manhã, mamãe ligará para a companhia de seguros para

trocar de beneficiário, então, se estiver esperando por esse
pagamento, estará esperando em vão. Não só você não será o
beneficiário, mas mamãe não morrerá tão cedo. Vou doar meu
rim. Independentemente do que você quer, a cirurgia vai
acontecer. Assim como ela se mudará para Treepoint, onde moro.
Vou comprar uma casa para ela morar para que eu possa vê-la
sempre que quiser."
"Veremos isso." O rosto do seu pai ficou com um tom feio de

vermelho. Jewell não podia acreditar que este era o homem que
ela uma vez tinha adorado como herói.
"Sim, nós veremos. Veja, Dylan... você me subestimou

constantemente. Você acha que sou fraca como a mamãe. Você
não poderia estar mais errado. Eu puxei você. Apesar de ter que

JAMIE BEGLEY
admitir que isso me enoja, é verdade." Jewell assentiu para o

cheque que ele ainda segurava. "Ligue para Shenia. Você não
precisa mais se esgueirar. Leve-a em uma férias."
"Como você sabe sobre…"
"Você nunca me deu crédito suficiente", Jewell disse a ele

sarcasticamente. "Por que você acha que eu me recusei a
trabalhar para você? Não aguentava mais ver você traindo a
mamãe. Mas tenho que dar crédito a Shenia, no entanto; ela
durou mais do que suas outras prostitutas", Jewell disse com
desgosto.
Seu pai fechou a mão em punho. "Isso é uma piada vindo de

você. Para quantos homens você brincou de prostituta? Vinte?
Trinta? Você acha que eu não sei sobre os Last Riders? Quantas
vezes você abriu as pernas para eles?"
"Mais vezes do que posso contar", Jewell admitiu. "E não me

arrependo de uma única vez que estive com eles. Eles não tinham
um centavo em seu nome, e ainda assim se certificaram de que
nunca me faltasse nada, independentemente de eu deixá-los me
tocar ou não. Mesmo se eu deixasse o clube, sabia que poderia
ligar para eles e eles me protegeriam em um segundo, sem querer
nada em troca. A diferença entre eles e você é que eu tenho livre
arbítrio para fazer qualquer coisa que eu queira, enquanto você
espera que eu me submeta a todos os seus comandos, e quando
eu não o fiz, você fingiu que eu nunca existi."
"Você vai sair por conta própria ou…"
"Eu não vou embora." Jewell teimosamente se recusou a

recuar. "Antes que você faça papel de idiota, sugiro que você suba
e fale com a mamãe."
"Eu não me importo com o que ela quer…"
"Não é essa a verdade?" Jewell riu zombeteiramente. "Não me

faça…"

JAMIE BEGLEY
"Ou o que?" Seu pai não a deixou terminar a frase. "Você trouxe
aqueles bandidos com você para me ameaçar?"
"Não, não preciso que um homem venha salvar o dia. Eu posso

fazer isso sozinha." Jewell colocou a mão no bolso, revirando os
olhos quando o viu empalidecer. Pegando seu celular, ela mostrou
a ele o número que havia na tela. "Não se preocupe; não é uma
arma. Você não vale a pena eu passar um tempo na cadeia. Por
outro lado, não acho que o marido de Shenia terá a mesma
hesitação. Da próxima vez que você tiver um caso, deve realmente
ter mais cuidado ao descobrir mais sobre seus maridos. Seu
marido teve várias prisões criminais por agressões. Um deles está
permanentemente paralisado do lado esquerdo." Jewell fez um tss
para ele como se estivesse repreendendo uma criança. "Na minha
vasta experiência com homens, você é mais amante do que
lutador. Estou certa?"
"Você não faria. Sua mãe ficaria humilhada se isso fosse

divulgado."
"Me teste." Jewell não piscou. "E mamãe não será humilhada;
ela estará em Treepoint."
Em vez de se mover para o espaço de elevadores, seu pai virou-

se para a porta. "Ela não vale a pena brigar. Ela é um peso morto
há anos."
Jewell se conteve para não derrubá-lo no chão. Ela não estava

mentindo; ele não valia a pena passar um segundo na cadeia.
Assegurada de que sua mãe não seria confrontada por seu pai,
ela foi até os elevadores. Quando saiu do elevador, a auxiliar deu-
lhe uma carranca preocupada.
"Você terá que esperar até que seu irmão saia. A enfermeira
dela vai expulsar vocês dois se pegar vocês.
Atordoada, Jewell parou. "Meu irmão?"
"Sim, ele acabou de entrar."

JAMIE BEGLEY
"Obrigada. Vou fazê-lo sair."
Confusa sobre quem estava com sua mãe, ela acelerou pelo
corredor. Entrando no quarto, Jewell viu Greer Porter prestes a
apertar a mão de sua mãe.
"Sinto muito por não ter te visto Jewell. Prazer em conhecê-la."
Jewell conseguiu pegar o pulso de Greer. "Não, Greer." Jewell

afastou a mão de Greer da mãe.
"Mãe, estou indo lá fora para falar com meu amigo. Ligue se
precisar de alguma coisa."
Sua mãe grogue olhou para eles antes de fechar os olhos.
Puxando a mão de Greer, ela o puxou para o corredor, apesar

dele tentar se afastar de seu toque.
"O que você está fazendo aqui?" Ela sibilou, liberando-o.
Greer enfiou as mãos nos bolsos da calça jeans larga. "Não há

necessidade de ficar tão sensível. Eu só parei para dizer oi." Greer
estufou o peito com arrogância, como se estivesse ofendido.
"Você só passou para dar um oi quando Treepoint está a sete

horas de distância?" Aturdida por sua mentira descarada, Jewell
estreitou os olhos para ele.
"Às vezes fico entediado e saio para uma longa viagem."
Ela colocou as mãos nos quadris. "Como você sabia que eu

estava aqui?
Greer apertou os lábios, recusando-se a responder.
"Você quer que eu ligue para sua esposa e pergunte a ela?"
"Não faça isso. Ela acha que estou trabalhando."
"Então fale."

JAMIE BEGLEY
Greer ficou mudo novamente. Jewell estava com medo de que

ela soubesse o que ele estava fazendo aqui.
"Greer..." Jewell suavizou seu tom. "Sua família não me deve

nada por salvar Ema."
"Nós temos que te pagar de volta. Você salvou a vida de um

membro da minha família. As balanças estão desiguais até que
outro Porter as equilibre."
"Que balança?"
"Não se preocupe com isso. Afaste-se, vou equilibrá-la. Você

pode manter sua mãe sem abrir mão de um de seus rins."
"Você vai doar um de seus rins para minha mãe?"
Greer empalideceu. "Não! Sou meio que ligado a todas as partes

do meu corpo, especialmente meu rim. O meu não vai ajudá-la
muito, de qualquer maneira. Eu tenho que correr para o banheiro
para mijar sempre que tomo uma xícara de café... Agora, Tate, ele
tem rins bons e fortes..."
O homem estava piorando a dor de cabeça que ela vinha

sofrendo o dia todo.
"Não entendo. Você quer oferecer Tate para dar seu rim sem a
permissão dele?"
"Nós perguntaríamos. Na verdade, por que você não desce e liga

para ele? Farei companhia à sua mãe até você voltar."
Jewell o empurrou para trás quando Greer tentou voltar para

o quarto de sua mãe, percebendo como ele curvava o peito para
evitar seu toque.
"Greer, minha mãe não precisa de Tate ou seu rim. Vou doar o
meu."
"Uau... Isso é um alívio. Você poderia ter tido dificuldade em

convencer Tate a desistir de um dos dele."

JAMIE BEGLEY
Sua dor de cabeça aumentou.
"Por que você não vai para aquele quarto de hotel que você
alugou e dorme um pouco? Ficarei feliz em ficar com sua mãe um
pouco."
Jewell estava farta. "Greer, acho que sei o que você está
tentando fazer." Jewell começou a estender a mão para tocar o
homem, então se afastou quando Greer se afastou. Suas suspeitas
confirmadas, ela lentamente estendeu a mão para tocar uma
mecha de seu cabelo branco. "Sua família já me pagou de volta."
Colocando a mão no bolso, ela tirou a estrela que Logan havia
esculpido para ela. "Eu posso ter salvado Ema, mas Logan me
devolveu meu filho. Eu pensei que o tinha perdido para sempre
quando ele morreu, mas Logan o trouxe de volta para mim." Jewell
agarrou a madeira polida em sua mão. "Essa é uma dívida que
nunca poderei pagar. Sou a única que deve a sua família."
Greer procurou seus olhos. "Você ganhou." Ele encolheu os

ombros.
"Você vai sair?" Ela perguntou em dúvida. Greer parecia estar

desistindo muito facilmente.
"Sim. Não acredita em mim; você pode me acompanhar até a

minha caminhonete."
"Eu irei." Enfiando a cabeça no canto do quarto de sua mãe,

ela disse que voltaria logo.
Ela caminhou ao lado de Greer enquanto ele reclamava da

quantidade de gasolina que sua caminhonete consumia, e Jewell
desejou ter ficado com a mãe.
Enquanto saíam pela porta do hospital, Jewell virou-se para

Greer para perguntar onde ele havia estacionado quando o viu
indo para o bebedouro em vez do estacionamento.
"Estou me sentindo enjoado. Não tive tempo para comer hoje."

Greer sentou-se em um banco de ferro ao lado da fonte.

JAMIE BEGLEY
Jewell sentou-se ao lado dele, preocupada. "Você precisa que

eu pegue algo para você comer?"
"Não, vou passar por um drive-thru quando recuperar o

suficiente da minha força. Apenas fique comigo um pouco no caso
de eu desmaiar." Greer olhou para o céu escuro. "É uma bela
noite. Todas as estrelas estão fora."
Jewell olhou para o céu. "Sim, elas estão."
Jewell sentiu Greer pegar sua mão. Chocada que ele a estava
tocando voluntariamente, ela começou a olhar para ele.
"Continue olhando para cima. Deveria ter uma chuva de

meteoros esta noite." A voz de Greer se aprofundou, atraindo-a.
Jewell sugou o ar em seus pulmões, sentindo como se não

estivesse mais sentada no banco e, em vez disso, estivesse voando
em direção às estrelas. Piscando rapidamente para clarear a
cabeça, ela sabia que estava imaginando voar acima do hospital,
mas parecia tão real.
"Estamos aqui. Abra seus olhos."
Sem perceber que ela havia fechado os olhos, ela os abriu por
insistência de Greer. Então Jewell pulou do banco para puxar o
filho em seus braços.
"Michael... Michael..." ela soluçou, segurando seu filho perto.
"Mãe... não chore... Por favor, não chore." Michael a acariciou

desajeitadamente.
"Vou tentar." Jewell rapidamente enxugou os olhos, vendo que

Michael estava prestes a chorar. "Eu senti tanto a sua falta."
"Por quê? Eu estive aqui com você."
"Não é o mesmo. Eu não posso te tocar, te abraçar ou falar com

você."

JAMIE BEGLEY
"Você fez hoje", disse ele simplesmente. "Eu te ouvi. Mãe, eles
não vão deixar você ficar muito tempo... Você não deveria estar
aqui."
"Quem não vai…"
Jewell tentou tirar os olhos de Michael, para ver se alguém

estava perto dele. Quando o fez, sua visão ficou embaçada e seus
olhos foram forçados a voltar para Michael para manter o foco.
Michael colocou as mãos em cada uma de suas bochechas.

"Mãe, não chore..." Ele pressionou sua testa na dela, como se
estivesse dando a ela sua força. "Não mais. Por isso pedi ao Logan
para te dar a estrela, para não sentir minha falta. Não tenha medo
por mim. Tio Brandon e tio Trevor estão aqui comigo. Jogamos
juntos o tempo todo. Tio Brandon nunca me deixa vencer quando
jogamos bola, mas tio Trevor me deixa vencer às vezes."
"Eles estão aqui com você?" Cada palavra que ela pronunciava
queimava sua garganta entupida enquanto ela tentava falar.
"O tempo todo... a menos que eu saia de fininho para ver você."
Seu filho era muito parecido com ela.
Uma risada engasgada a deixou.
"Você fica em apuros quando foge?" Ela perguntou.
"Não, eles só me perguntam como você está. Eles também não

querem você chorando."
"Você pode dizer a eles o quanto eu os amo e sinto falta deles?"
"Eles sabem, mãe. Eu já disse a eles."
Jewell agarrou suas mãos de criança para puxá-las de seu

rosto. Colocando beijos nelas, ela as agarrou nas dela.
"Temos que ir, Jewell", a voz baixa de Greer os interrompeu.
"Não me peça para deixá-lo", Jewell soluçou.

JAMIE BEGLEY
"Mãe", a voz de Michael tornou-se mais juvenil, diferente da

infantil que ela se agarrava em suas memórias, "você não pode
ficar. Você mora em outro lugar, e eu moro aqui. Isso não significa
que não podemos ser felizes. Eu não estou perdido, procurando
por você. Sei onde você está, e você sabe onde estou."
"Você se lembra quando fomos ao parque de diversões e

andamos na roda gigante? A primeira vez que eu montei, odiei e
chorei para sair. O homem parou a roda e me deixou sair para
ficar com o tio Brandon. Você continuou andando enquanto nós
assistíamos. Você ainda está montando, mãe, e nós ainda estamos
assistindo... E estaremos esperando até que seu passeio termine.
Eu sempre quero que você aproveite seu passeio tanto quanto você
queria que eu aproveitasse."
"Sua viagem foi muito curta", Jewell protestou.
"Saí onde deveria, assim como você fará um dia. Mas não será
hoje."
Michael começou a ficar embaçado, como uma imagem fora de

foco.
"Não vá..." Jewell implorou.
"Quando eu era pequeno e me machucava, você costumava", a

imagem de Michael tornou-se clara novamente, "beijar-me e
tornar tudo melhor."
Jewell sentiu um beijo suave pressionado em sua testa.
Envolvendo seus braços ao redor dele, ela se agarrou a ele

desesperadamente, mesmo quando a dor lancinante com a qual
ela vivia desde sua morte começou a desaparecer, assim como
Michael.
"Estamos de volta, Jewell."

JAMIE BEGLEY
A voz de Greer a fez abrir os olhos para encontrá-la ajoelhada

ao lado da fonte e seus braços, que estavam segurando Michael,
agora vazios.
Usando o banco, ela conseguiu se levantar e se sentar ao lado

de Greer.
"Como você fez isso? Você me hipnotizou?" Ela perguntou a ele

tremendo.
Greer estava em pior forma do que ela. Sua pele ficou cinza e,
a menos que ela estivesse enganada, seu cabelo ficou ainda mais
branco.
"Sim... vamos com isso." Segurando-se na parte de trás do

banco, Greer se levantou. "Acho que vou voltar para Treepoint
agora."
Jewell segurou seu braço quando ele parecia prestes a cair.

"Você não pode dirigir de volta assim. Não vou usar meu quarto
de hotel esta noite. Você pode tê-lo. Eu vou ficar com minha mãe,
de qualquer maneira. Não quero perder a chance de falar com o
médico dela pela manhã. Eu te levo até lá. Depois que eu falar
com ele, vou acordá-lo e levá-lo para pegar sua caminhonete."
"Talvez precise aceitar isso." Greer afundou de volta no banco.
"Espere aqui. Vou pegar meu carro."
"Eu posso andar. Só preciso de um segundo."
"Ele está nos fundos do estacionamento."
Greer levantou a cabeça para olhar para o lote do tamanho de

uma bola de futebol. "Eu esperarei aqui."
Ela se apressou antes que ele pudesse ter seu segundo fôlego.
Fazendo o carro parar ao lado do banco, Jewell saiu para descobrir
que ele havia adormecido.

JAMIE BEGLEY
"Greer..." Ela estendeu a mão para acordá-lo, mas ele ergueu

os cílios antes que ela pudesse.
"Você vai pegar seu carro em algum momento?"
Sem se ofender com seu tom rabugento, Jewell tentou ajudá-

lo a se levantar. "Está bem atrás de você."
"Não preciso de ajuda. Eu posso fazer isso por meus próprio

meios." Levantando-se, Greer caminhou lentamente até o lado do
passageiro do carro. Jewell rapidamente abriu a porta para ele.
De volta ao carro, depois que ele se acomodou, ela aumentou o

aquecimento quando ele pediu.
"Você quer que eu passe por um drive-thru para pegar algo

para comer?"
"O lugar de frango ali parece bom."
Ligando o pisca-pisca, Jewell dirigiu.
"O que você quer?" Ela perguntou.
"Você vai pagar?"
"Eu posso." Ela assentiu, recostando-se para que Greer

pudesse dar uma olhada melhor no cardápio.
"Vou levar um balde de frango – nada de coxas ou asas. Não há

carne suficiente nesses ossos para se preocupar. Duas porções
grandes de batatas com molho. Dez biscoitos normais – certifique-
se de que eles coloquem mel no saco – e quatro dessas tortas de
mirtilo. Duas grandes limonadas."
"Eu não estou com fome", Jewell declarou, pensando que ele
tinha pedido a refeição enorme para compartilhar.
"Bom. Eu não pedi nenhum extra para você."
Mordendo a língua enquanto dirigia para o hotel, ela encontrou

uma vaga de estacionamento não muito longe de seu quarto.

JAMIE BEGLEY
Para um homem que parecia estar à beira da morte antes de

entrar no carro, ele não teve nenhum problema em sair do carro
enquanto segurava as duas bebidas na mão. Reunindo os três
sacos de comida que ele havia pedido, Jewell os levou para o
quarto. Greer relutantemente pegou uma das sacolas menores
para que ela pudesse abrir a porta para ele.
Lá dentro, ela colocou a comida na mesa.
"Eu preciso voltar para o hospital", ela disse a ele enquanto se

sentava na pequena mesa ao lado da cama. "Não quero deixar
minha mãe sozinha."
Abrindo o balde, Greer tirou uma coxa. "A balança Porter está
equilibrada novamente." Greer olhou para a coxa sem dar uma
mordida. "No entanto, sua balança ainda está desequilibrada."
Jewell só conseguiu encará-lo confusa. "O que isso significa?"
"Apenas o que eu disse. Não se esqueça de vir me acordar de

manhã."
Decidindo que ela nunca iria entender Greer, ela o deixou com
seu balde de frango para voltar ao hospital.
Aproximando a cadeira da cama de sua mãe, ela pegou a mão

mais próxima dela, tomando cuidado para não a acordar.
Esporadicamente, sua mãe acordava e elas relembravam sua
infância e seus irmãos. Gradualmente, Jewell começou a falar
sobre Michael também, e como ele era. Quando sua mãe cochilou,
Jewell continuou sentada, segurando a mão de sua mãe.
"Você me odeia?" Uma voz fina como um sussurro saiu de sua

mãe quando Jewell acreditou que ela estava dormindo.

JAMIE BEGLEY
"Nunca te odiei, mãe. Eu entendi. Eu também amava papai."
"Eu inventei muitas desculpas para ele enquanto ele se

recusava a ouvir as de outras pessoas."
"Todos nós fizemos, mãe."
"Nunca se perca quando você ama um homem, Tory."
Jewell estava feliz por sua mãe não poder ver o brilho das
lágrimas escorrendo por suas bochechas. Ela se perdeu quando
se apaixonou por Reaper, agarrando-se à ilusão de amá-lo para
sobreviver à dor de perder Michael e seus irmãos. Rory tinha
mostrado a ela a diferença entre ilusão e realidade.
"Eu não vou", ela prometeu.
Satisfeita, sua mãe voltou a dormir.
Jewell ficou sentada ao lado dela durante toda a longa noite,

ouvindo os bipes das máquinas junto com sua respiração. Ela não
soltou a mão mesmo quando sua respiração ficou ofegante e ela
teve que chamar a enfermeira. Jewell segurou a mão de sua mãe,
de pé ao seu lado enquanto ela dava seu último suspiro.
Quando amanheceu do lado de fora da janela, Jewell veio a

entender o significado completo da balança sobre as quais Greer
estava falando. Quando ela salvou Ema, roubou uma alma
destinada a ser levada. A morte de sua mãe igualou a balança.
Esse era o equilíbrio delicado que Greer tanto temia, para o

qual ele tentou prepará-la sem desequilibrá-la novamente.
A morte não podia ser vencida, atacando furtivamente,

independentemente da dor e da turbulência deixadas para trás.
Baladas e poemas nunca fariam jus aos sentimentos daqueles que
foram deixados para trás para continuar o passeio sem eles
quando chegasse a sua vez de partir.
O passeio de sua mãe tinha chegado ao fim, e embora não fosse

onde Jewell queria que ela descesse, ela estava agora onde

JAMIE BEGLEY
Michael, Brandon e Trevor estavam esperando por ela. A roda

gigante continuaria se movendo com outra pessoa tomando seu
lugar no ciclo sem fim.
Tristemente, Jewell começou a se perguntar se o passeio valia

a pena. Com o pensamento, a imagem de Rory surgiu em sua
cabeça, tão clara quanto a de Michael.
Houve períodos de tempo que valeram a pena quando Michael

esteve ao lado dela, os muitos momentos felizes que ela teve com
Arin, com os Last Riders, e o pouco tempo que ela esteve com Rory.
A duração do passeio não importava, desde que você tivesse
alguém sentado ao seu lado. Ela não precisava deixar o assento
vazio ao lado dela; havia escolhido deixá-lo vazio, nunca deixando
ninguém ter um assento permanente.
Se Rory escolhesse voltar para Queen City, estaria vazio

novamente... se ela deixasse... se ela não fosse com ele. Ela havia
dado a Rory o ultimato para escolhê-la ou ir embora enquanto, em
última análise, a única escolha com a qual ela deveria se
preocupar era com ela.
Com quem ela queria continuar andando? Os Last Riders ou

Rory?
Enquanto segurava a mão quente de sua mãe, ela tomou a

decisão mais difícil de sua vida. Tinha que ser aquela que faria a
roda acender mais brilhante, tocar a música que você amava e
diminuir a velocidade... aquela que você gosta de cada fodido
momento de estar nela.
Esforçando-se para manter o controle quando as máquinas

pararam de apitar e a vida de sua mãe se esvaiu, ela foi forçada a
abandonar a mão que a trouxe a este mundo, que a alimentou e
nutriu por tantos anos... deixando-a sozinha.
Enfiando a mão no bolso, ela agarrou a estrela.

JAMIE BEGLEY
Acenda a luz, Jewell disse mentalmente a Michael. A vovó está

voltando para casa

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Sete
"Srta. Bell, não há mais nada que possamos fazer, já que sua
mãe assinou um DNR. Ela se foi."
Jewell assentiu entorpecida enquanto o médico explicava o

estado de saúde de sua mãe. O médico estava planejando liberá-
la hoje, para cuidados paliativos.
“Mamãe não foi retirada da lista de transplantes porque ela

pediu, foi?"
"Não. Sua saúde já havia se deteriorado a ponto de um

transplante ser impossível."
"Por que você não me contou isso ontem quando falei com você
no telefone?"
“Eu só tive permissão para lhe dar as informações que seu pai
me permitiu dar, como o procurador dela e marido."
Seu pai a odiava tanto que não queria que ela visse a mãe antes
de morrer. Ele não achava que ela daria o rim que sua mãe
precisava tão desesperadamente.
“Obrigada por me dizer a verdade."
“Liguei para informar seu pai sobre a morte de sua mãe. Ele
me disse que você faria os preparativos para o funeral."
"Eu farei."

JAMIE BEGLEY
Quando Jewell assinou a papelada necessária e encontrou

uma casa funerária, com a ajuda do pai de Arin, eram 11h quando
Jewell foi para o quarto do hotel. Entrando, cansada, ela viu Greer
sentado na cama, calçando um de seus sapatos.
"Eu estava prestes a ligar para você..." Ele olhou para ela, em
seguida, deixou cair o pé no chão e começou a calçar o outro
sapato. “Sua mãe se foi, não é?
“Ela morreu esta manhã."
“Ela não morreu. Ela seguiu em frente." Greer levantou-se para

passar o cinto pelas presilhas da calça. “Você vai voltar para
Treepoint ou ficará para o funeral?"
"Vou ficar. Preciso planejar o funeral."
"Seu pai está bem?"
“Eu não sei."
Greer deu um grunhido de desgosto. "Ele é um daqueles?"
“Infelizmente, sim." Jewell ouviu seu telefone tocar. “Com

licença, Greer."
“Não se importe comigo. Eu vou escovar meus dentes."
Jewell sentou-se à pequena mesa. "Olá?"
"Srta. Bell, aqui é Robert, da Funerária Norton. Odeio

incomodá-la, mas preciso que cuide de algo antes que eu possa
preceder o enterro de sua mãe. Eu passei o cartão de débito, e
voltou fundos insuficientes. Até que tenhamos o pagamento
garantido, não podemos prosseguir com…"
“O pagamento estará lá dentro de dez minutos", Jewell o

cortou. “Vou transferir o dinheiro de outra conta. Desculpe-me
pelo atraso."

JAMIE BEGLEY
Desligando a ligação, ela foi até sua conta bancária e viu que
seu pai já havia descontado o cheque que ela havia lhe dado. Indo
para sua lista de contatos, ela ligou para Shade.
"Olá." A voz calma de Shade acalmou a onda crescente de raiva

que ela estava sentindo em relação ao pai.
“Shade, você pode me fazer um favor?"
"Sim. O que você precisa?"
“Posso receber minha parte dos lucros que iria ser paga no final
do mês mais cedo?"
“Sem problemas", Shade concordou. "Você quer que eu envie

para sua conta poupança como de costume?"
“Não, envie para minha conta corrente."
"Você está em apuros? Precisa de mais dinheiro?"
Shade estava ciente de que ela era econômica com seu

dinheiro. Ela nunca pediu dinheiro antes, e deixava Shade ter
acesso às suas contas em caso de emergência. Eles aprenderam
essa lição quando Reaper desapareceu.
“Não, meu pagamento será suficiente. E antes que você

pergunte sobre o cheque descontado esta manhã, eu o dei ao meu
pai."
“Jewell, eu costumo manter meu nariz fora dos seus assuntos,

mas que porra é essa? Ambas as suas contas estão vazias?"
Jewell supôs que Shade já havia puxado as informações de sua

conta corrente.
“É só dinheiro, Shade. Acredite em mim; vale a pena."
"Se você diz. Imagino que você esteja em sua cidade natal?"
“Sim, precisarei de mais tempo livre."
“Leve o tempo que você precisar. Estou cuidando de tudo."

JAMIE BEGLEY
“Obrigada, Shade. Sou grata a você."
"O mesmo. Se precisar de mais alguma coisa, ligue."
"Eu irei. Tchau."
"Tchau."
Jewell rediscou o último número que havia ligado para ela.
"Sr. Norton, os fundos estão disponíveis."
"Obrigado. Então prosseguirei com seus desejos. Você virá esta

tarde para escolher o caixão de sua mãe ou quer que eu marque
um horário para que seu pai e você possam vir?"
“Não, serei apenas eu. Estarei aí em cerca de duas horas. Isso

vai funcionar?"
“Sim, isso funcionará perfeitamente. Vejo você em breve."
Desligando a ligação, Jewell esfregou as têmporas, cansada.
"Estou pronto quando você estiver", Greer disse, saindo do

banheiro.
Jewell tinha esquecido que ele estava ali.
"Estou pronta." Ela se levantou para ir até a porta, apenas

parando brevemente para sair do quarto.
Eles começaram a dirigir em direção ao hospital quando Greer

a fez parar em outro drive-thru. Tornando-se uma profissional em
lidar com ele, ela baixou a janela e deixou que ele fizesse o pedido.
Puxando para frente, Jewell pegou seu cartão de crédito.
"Eu pago."
Arqueando uma sobrancelha para Greer se oferecendo para

pagar sua própria comida, Jewell pegou o cartão.
“Encontre um lugar. Vou ficar doente do estômago se comer

enquanto você dirige."

JAMIE BEGLEY
Parando em uma vaga de estacionamento, Jewell ficou

surpresa quando Greer pegou um hambúrguer e batatas fritas e
deu a ela, em seguida, entregou-lhe um canudo para a outra
bebida.
"Coma. Parece que um vento forte vai te levar para longe."
Ela tirou a embalagem do hambúrguer para dar uma mordida.
“Quer que eu fique com você? Não tenho que voltar hoje", ele
perguntou.
“Não, estou bem."
Greer olhou ao redor. "A funerária que você escolheu é aqui

perto?"
"Não. É mais longe, mais perto de onde meus pais moram."
“Hmm..." ele disse, comendo sua comida. “Você morava em

Ohio antes de se mudar para Treepoint?"
"Sim", Jewell disse a ele.
“Como foi crescer aqui? Eu nunca morei em nenhum lugar, a

não ser em Treepoint."
Eles comeram enquanto Jewell descrevia a área de Ohio em

que ela cresceu em diferentes partes do estado.
“Treepoint foi uma grande mudança para você, então", ele

disse, jogando suas embalagens vazias na sacola.
"Sim, foi. Já estou acostumada. Eu não sei mais se eu poderia

ser feliz morando em uma cidade grande", ela confessou, jogando
suas próprias embalagens fora antes de ligar o carro.
Quando chegaram ao estacionamento do hospital, ela

encontrou facilmente a enorme caminhonete de Greer e
estacionou ao lado dela.

JAMIE BEGLEY
Greer alcançou a maçaneta da porta. “Acho que você se sairia

bem onde quer que more." Ele pegou o refrigerante do porta-copos
com a outra mão. “Os humanos se adaptam. São os bichos que
têm dificuldade."
Jewell deu-lhe um sorriso irônico. “Vou manter isso em mente."
"Faça isso." Saindo, Greer se abaixou. “Sinto muito, você

perdeu sua mãe."
“Greer… a balança está equilibrada agora?" Jewell perguntou

antes que ele pudesse fechar a porta.
Por uma fração de segundo, Jewell viu o enorme peso que ele
carregava nas costas todos os dias.
“Sim, está. Você está bem."
Ela esperou até que Greer entrasse em sua caminhonete antes

de ir embora. Ela sentiu falta de sua companhia no caminho para
a funerária. Com ele no carro, ela não se sentia tão fria e solitária.
Seu dia foi decaindo. Ter que escolher o caixão de sua mãe,
qual serviço fúnebre fazer e escolher quais flores, consumiu a
maior parte de sua tarde.
Quando finalmente saiu da funerária, ela não queria nada mais

do que encontrar um hotel e dormir, mas tinha mais um detalhe
para cuidar.
Mandou mensagem de texto para o pai, que ela precisava

escolher uma roupa para a mãe usar, então recebeu um texto
informando que a chave estaria debaixo do capacho. Aliviada por
não ter que vê-lo tão cedo, ela dirigiu para sua casa de infância.
Jewell entrou na casa e foi para o quarto dos pais. A mobília

era a mesma de quando ela era criança. A principal diferença que
descobriu foi que os pertences de seu pai foram transferidos para
outro quarto.

JAMIE BEGLEY
Com os ombros caídos por não ter se esforçado mais para

manter contato com a mãe, Jewell encontrou o que precisava para
dar à funerária e foi embora. Trancando a porta, ela colocou a
chave de volta sob o tapete.
Nos dias seguintes, Jewell recuperou o sono perdido e, depois

de uma mensagem do pai, voltou para a casa dele para escolher
qualquer coisa que quisesse manter, porque ele venderia a casa e
o que restasse. Ela mandou uma mensagem para ele quando
terminou.
Jewell havia decidido contra visitas, tendo apenas o funeral.

Quando chegou à casa funerária, viu seu pai sentado na primeira
fila.
Encontrando um assento três fileiras atrás, ela se sentou,

esperando o início do culto. Incapaz de suportar a visão do caixão
aberto, Jewell olhou para suas mãos quando o serviço começou.
Quando sentiu alguém deslizar para o assento ao lado dela, ela
nem se incomodou em olhar para cima até sentir uma mão
feminina pegar a sua em um aperto quente.
"Eu sinto muito. Vim o mais rápido que pude", Arin sussurrou.
Jewell sentiu coxas duras roçando seus joelhos quando um

homem se sentou do outro lado. Hennessy pegou sua outra mão.
“Obrigada por terem vindo."
A única resposta de Hennessy foi apertar a mão dela.
Eles ficaram ao lado dela durante todo o culto.

JAMIE BEGLEY
Permanecendo em seu assento até que todos os enlutados

tivessem saído, Jewell finalmente se levantou, esperando que seu
pai já tivesse saído do cemitério.
Arin e Hennessy flanquearam-na enquanto ela saía pelas

portas duplas.
"Espere aqui. Eu vou pegar o carro", Hennessy disse a elas.
Jewell fez questão de não procurar o pai no meio da multidão.
Um assobio baixo fez Jewell se virar para Arin.
“O que aconteceu com seu pai?"
Ela olhou na direção que Arin estava olhando, apenas para

ficar chocada com sua aparência.
"Ele esteve em um acidente de carro?" Arin perguntou.
Seu pai tinha um braço engessado e estava apoiado

pesadamente em uma muleta. Seu nariz estava tapado, e ele
ostentava dois olhos negros.
“Não faço ideia", Jewell disse, observando-o seguir em direção

à limusine, que havia sido fornecida para o serviço. Ela quase se
arrependeu de recusar a carona que o diretor da funerária havia
oferecido. Talvez valesse a pena aturar sua companhia para
descobrir o que havia acontecido.
Ela não desejava mal ao pai, mas não podia deixar de desejar
que houvesse um corpo diferente sendo carregado na parte de trás
do carro funerário.
“A vida não é justa."
Arin olhou para ela em compreensão silenciosa. "Não, não é",

ela concordou, enrolando o braço no dela. “Meus pais querem que
você volte para casa depois."
"Ok."

JAMIE BEGLEY
“Você deveria ter aceitado o convite para ficar com eles."
“Eu não queria atrapalhá-los."
“Boa sorte explicando isso para eles. Papai está aposentado.

Você acha que seu pai está mal agora? Se seu pai ousar dizer
alguma coisa, ele lidará com dois braços quebrados."
“É mais fácil ficar fora da vista."
Arin deu a ela um olhar pensativo. "Para você ou Dylan?"
"Para mim. Mamãe perguntou se eu a odiava antes de morrer.

A resposta não teria sido a mesma se papai tivesse perguntado."
“Ele não perguntaria. Por que você está tão triste por ele?"
Jewell encontrou o olhar de seu pai quando ele entrou na

limusine vazia. Ela podia sentir o ódio dele no núcleo de seu ser,
e a única emoção que podia despertar nela era pena.
“Ele não tem com quem caminhar."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Oito
Um longo assobio chamou sua atenção quando ela puxou a

mala para fora do porta-malas. Cansada, ela bateu o porta-malas
fechado para ver Nickel encostado no corrimão.
“Graças a Deus, você está de volta!" Ele gritou. “Posso ter a

manhã de folga?"
Rolando a mala em direção aos degraus, ela a pegou. "Você não

pode esperar até que eu esteja na varanda para perguntar?" Ela
gritou de volta.
Nickel a encontrou no meio da escada para pegar a mala dela.

"Senti sua falta. A fábrica é uma merda quando você se vai." Ele
enganchou um braço em volta do pescoço dela, e eles subiram o
resto dos degraus.
"Isso é só porque você me chupa para lhe dar os trabalhos

fáceis."
“Shade me fez reorganizar as sementes. Prefiro atirar na minha

bola esquerda do que fazer esse trabalho."
"Você não deveria tê-lo colocado no saco de punição."
“Não vou cometer esse erro novamente. Eu tenho esse dever

pelos próximos dois meses agora." Nickel examinou seu rosto.
“Você teve boas férias?"

JAMIE BEGLEY
"Foi tudo bem." Jewell não contou a nenhum dos Last Riders
que sua mãe havia falecido, preferindo lidar com isso sozinha.
“Vou colocar sua mala na porta. Quando eu sair de serviço, vou

levá-la para onde você quiser, quando decidir onde quer. Viper
ainda tem Elizabeth em seu quarto."
“Obrigada, Nickel. Eu aviso você."
"Sem problemas. Que bom que você voltou." Nickel voltou para
fora, fechando a porta atrás dele.
Jewell olhou para o relógio. Passaria mais algumas horas antes

da hora de saírem da fábrica. Sendo que era uma sexta-feira, não
havia cheiro de comida enchendo o ar. Com a maioria das luzes
apagadas, a casa parecia sombria.
Sentindo frio, ela manteve sua jaqueta enquanto ia para a

cozinha. Ela não tinha visto o veículo de Rory no estacionamento
e teve medo de perguntar a Nickel se ele ainda estava aqui.
Andando atrás do balcão, ela fez uma caneca de chocolate

quente, acrescentando um grande punhado de marshmallows.
Jewell estava no balcão, observando os marshmallows derreterem
até ter certeza de que estava frio o suficiente para beber.
Incapaz de suportar não saber mais, ela carregou sua caneca

escada abaixo para o quarto em que ele tinha ficado. Acendendo
a luz, ela não teve que olhar nas gavetas para ver que ele tinha ido
embora.
Jewell colocou a caneca na cômoda e foi se sentar na ponta da

cama para olhar melancolicamente ao redor do quarto vazio.
Você não tem ninguém para culpar além de você mesma.
Enterrando o rosto nas mãos, ela começou a chorar por todas

as oportunidades que havia desperdiçado em sua vida, por não
estar lá antes para sua mãe, por dar um ultimato a Rory, que o
deixou sem escolha a não ser ir embora.

JAMIE BEGLEY
Um som da porta a fez levantar a cabeça.
"Você ainda esta aqui?" Ela sussurrou dolorosamente.
"Ainda estou aqui." Rory atravessou o quarto para cair de

joelhos no tapete entre as pernas dela. "Porque você está
chorando?" Ele levantou a mão para enxugar as lágrimas dela.
Ela poderia fazer isso? Poderia ser uma daquelas mulheres que
colocam seus sentimentos para fora para serem pisoteadas?
Mesmo antes de toda aquela merda ter acontecido em sua vida,
ela nunca tinha sido o tipo de mulher que poderia expor suas
emoções.
“Por que você está chorando, Jewell?" Ele repetiu sua pergunta.
"Eu não queria que você tivesse ido embora antes que eu
pudesse dizer adeus." Mesmo enquanto dizia isso, ela se odiava
por não lhe dar toda a verdade.
A reação de Rory a fez morder o lábio quando ele se levantou

para lhe dar as costas.
“Então acho que é uma coisa boa eu ter ficado. Tenho algumas
aulas para dar amanhã, e depois vou embora no domingo."
"Você vai?" Jewell mordiscou o lábio. “Você não precisa sair só

porque acabou."
"Pensei que você queria que eu fosse embora?"
Rory começou a se afastar, e Jewell estendeu a mão, agarrando

a barra de sua camiseta e segurando-o no lugar. "Eu quero que
você fique."
Rory se virou, soltando a mão. “Onde vamos morar?"
Ela curvou os dedos sobre a borda do colchão. “Se você ficar,

pode escolher onde moramos."
Rory inclinou a cabeça para o lado enquanto cruzava os braços

sobre o peito. "Você está negociando comigo para me fazer ficar?"

JAMIE BEGLEY
Se ela pudesse fazê-lo ficar sem admitir completamente seus

sentimentos mais íntimos, seria uma situação ganha-ganha.
"Sim."
"Então, você quer que eu fique?"
"Sim, eu quero."
"Apenas checando." Rory mudou de posição até que seus pés

estivessem separados, como se estivesse prestes a ir para a
batalha.
Jewell o achava tão fofo. Ela poderia derrubá-lo com um bom

chute em suas bolas. Os Last Riders iriam cortá-lo em pedaços e
jogá-lo em uma salada se eles ficassem frente a frente.
"Por que você está olhando assim para mim?"
Ela rapidamente suavizou sua expressão. “Só esperando você

escolher onde viveríamos se você ficasse", ela mentiu, não
querendo ferir seus sentimentos.
Ele não pareceu acreditar nela, mas deixou pra lá.
"Poderíamos encontrar um lugar para alugar na cidade", ele

sugeriu.
“Ou eu poderia perguntar ao Viper se ele estaria disposto a

vender uma pequena parte do terreno ao lado da casa de Train e
Killyama. Na verdade, eu estava querendo construir minha
própria casa. Você poderia morar comigo quando terminar."
“Eu não vou morar ao lado de Killyama", Rory recusou a

sugestão.
A terra que ela estava querendo construir era a última parte de

propriedade disponível para ser construída, a menos que Viper
pudesse convencer os Porters a vender. Ela sabia que isso não era
provável.

JAMIE BEGLEY
“Há outra opção. Posso perguntar ao Cash se posso comprar a

casa da avó dele. Está vazia desde que ele a mudou para sua
casa."
“Onde é?"
“A cerca de quatro minutos daqui. A casa fica na encosta da

montanha, como o clube. Você passou e provavelmente não
percebeu por causa de todas as árvores bloqueando-a de vista. O
problema é que é uma casa antiga. Imagino que precisaria de
muito trabalho."
“Isso não seria ruim. Eu poderia fazer vídeos de nós

reformando a casa."
"Você ajudaria?"
"Eu gosto de trabalhar com minhas mãos", ele brincou,

deixando cair as mãos para os lados.
Jewell podia atestar isso.
“Então vou perguntar ao Cash esta noite. Se não, eu ligo para

ele amanhã."
Emocionada por ela o ter convencido a ficar, Jewell pulou da

cama para enrolar os braços em volta do pescoço dele. “Estou feliz
que você não foi embora. Você fez as malas? Eu não vejo suas
coisas."
“Porque Viper me fez tomar um dos quartos no andar de cima.

Ele queria que você tivesse seu quarto de volta. Arin me contou
sobre a morte de sua mãe antes dela partir, sinto muito."
"Obrigada." Jewell relaxou contra ele, descansando a cabeça

em seu ombro.
“Como foi com seu pai?" Rory perguntou, fechando os braços

ao redor dela.
"Nada bom", ela confessou.

JAMIE BEGLEY
"Eu queria estar lá para você, mas não sabia se você iria me
querer lá."
“Você ainda está aqui, essa é a única coisa que conta."
“O que você teria feito se eu tivesse ido?"
"Nós nunca saberemos, porque você não foi." Ela evitou a

verdade de que sua bunda estaria indo para Queen City. Ela não
queria colocar na cabeça dele a ideia de que ela estava preparada
para deixar os Last Riders por ele. “Vou mandar uma mensagem
para Viper avisando que estou de volta, para que eu possa ter meu
quarto de volta." Afastando-se dele, ela girou. "Estou com vontade
de festejar já que você vai ficar." Jewell agarrou a frente de sua
camiseta para puxá-lo para ela. "Vou me vestir especialmente esta
noite, só para você."
Beijando-o, ela ignorou a inquietação em seus olhos. Ele

adoraria Treepoint quando eles tivessem seu próprio lugar, ela
disse a si mesma.
“É melhor ser muito especial." Rory agarrou seus quadris. "Eu

tenho saudades de você. Essa é a última vez que você se afasta
sem mim."
"Oh... eu adoro quando você fica todo viril em mim." Ela riu,
pegando seu celular para mandar uma mensagem para Viper.
"Guarde isso para hoje à noite, coisa gostosa."
Depois que ela terminou de enviar mensagens de texto para

Viper, eles subiram para a sala principal do clube. Train, Rider e
Puck estavam sentados em uma das mesas, jogando cartas.
Eles se moveram para a mesa e ficaram em pé, assistindo ao

jogo. Quando Train ganhou a mão, ele perguntou se eles queriam
participar.
"Por que não?" Rory disse, sentando-se em uma das cadeiras

vazias.

JAMIE BEGLEY
“Posso dizer por que não. Eles levarão cada centavo que você
tiver", Jewell o advertiu.
“Eu posso poupar alguns." Rory deu de ombros, pegando sua

carteira.
Jewell se distraiu quando viu Viper conduzindo Elizabeth pelas

escadas com Moon, Diamond e Shade.
"Diamond aceitou Elizabeth como cliente?" Jewell perguntou.
Train ergueu os olhos de suas cartas para observar a

progressão pela sala principal. “Diamond está aqui para falar com
ela, mas acho que ela decidiu representar sua tia."
"A tia dela?"
Diamond foi quem conseguiu provar que Knox era inocente de

uma acusação de assassinato antes de se casarem, quando a
cidade o considerou culpado. Se Diamond tivesse escolhido
representar Alanna, isso mostrava que a história de Elizabeth
também não combinava com ela.
Quando eles saíram, Jewell colocou a mão no ombro de Rory.

“Vou tomar banho e me trocar. Tente não deixá-los levar todo o
seu dinheiro", ela brincou. “Quero pedir uma pizza mais tarde."
"Vou me certificar de guardar o suficiente", ele disse, mantendo

sua atenção em Train e Rider enquanto pegavam suas cartas e
faziam suas apostas.
Jewell prometeu a si mesma que se apressaria. Rider e Train

tirariam vantagem de Rory ser o jogador menos habilidoso. Mamãe
precisa de sua pizza, ela brincou para si mesma.
Quando ela deixou a mão escorregar de seu ombro, Rory

estendeu a mão para o lado para pegá-la, dando-lhe um toque
demorado antes de deixá-la sair, mostrando que ele estava ciente
de que ela estava saindo e não a estava ignorando.
Sua mão formigava no andar de cima com seu breve toque.

JAMIE BEGLEY
Fechando a porta do quarto atrás dela, ela fechou a mão e

agarrou-a com a outra.
Ele ainda está aqui, Jewell repetiu para si mesma várias vezes
enquanto colocava lençóis e cobertores limpos em sua cama.
Depois de arrumar o quarto, ela finalmente ficou satisfeita o
suficiente para tomar um banho. Escolhendo seu xampu e
sabonete líquido com muito cuidado, ela tomou banho e lavou o
cabelo. Depois de secar o cabelo, ela passou uma loção sedosa por
todo o corpo antes de ir ao armário escolher o que queria vestir.
Ela queria algo que o agarrasse pelas bolas e o fizesse pegá-la

e levá-la para cima para passar o resto da noite transando com
ela.
Jewell estava de mau humor desde a morte de sua mãe. Então,

depois, acreditando que ela pensou que Rory tinha ido embora.
Ela queria provar a ele que tinha tomado a decisão certa ao ficar.
Escolhendo um top justo vermelho e preto, Jewell ajustou o

lado vermelho sobre um seio, depois o preto sobre o outro. Feliz
com a quantidade de pele exposta entre os dois lados, ela passou
uma gota de perfume no v profundo. Depois de colocar a calça
vermelha e justa, ela afivelou o sapato vermelho foda-me
combinando.
Ela voltou ao banheiro, onde encontrou a cor do batom que

queria. Dando um passo para trás do espelho, ela praticou uma
piscadela sensual. Se isso não o fizesse querer jogar suas cartas e
carregá-la para cima, nada o faria.
Ela nunca se sentiu mais confiante em sua vida, sentindo como

se tudo estivesse finalmente se encaixando para ela.
Segurando-se no corrimão para não quebrar o pescoço

enquanto usava os sapatos incrivelmente altos, Jewell olhou para
onde havia deixado Rory e viu que outra mesa de cartas havia sido
colocada ao lado para que Puck e Nickel pudessem jogar.

JAMIE BEGLEY
Rory não olhou para ela, muito absorto nas cartas que estava
jogando. Ela sensualmente caminhou em direção à mesa e parou
atrás dele.
"Estou de volta", ela disse em sua voz mais sexy.
“Mmhmm..." ele respondeu distraidamente para ela.
Espantada por ele a estar ignorando, Jewell se retirou para o

bar antes que fizesse papel de idiota ao lhe dar um golpe frio na
mandíbula.
Ember deu um assobio baixo e apreciativo enquanto ia atrás

do bar para preparar uma bebida.
“Você está fantástica", ela a elogiou.
"Cale-se."
Os olhos de Ember brilharam em diversão. "Acho que não foi

para mim que você se vestiu tão bem."
"Eu odeio os homens."
“Praticamente todas as mulheres concordariam com você esta

noite. Os homens jogaram pôquer a semana toda. Várias de nós
estão ficando fartas disso. Rory tem depenado os irmãos, e eles
continuam voltando para mais."
Jewell engasgou com a dose de vodca que acabou de tomar.

"Huh? Rory está ganhando?"
“Eu não chamaria o que ele está fazendo de ganhando. É mais

como massacrando-os", Ember disse a ela. “O que torna ainda pior
é que, no momento em que ele está pegando o dinheiro, eles estão
loucos demais para foder e ir para seus quartos sozinhos.
Malditos."
"Você está brincando, certo?"
"Eu gostaria." Franzindo o rosto, ela acenou para os irmãos que

tinham acabado de entrar pela porta da frente. “Reconhece-os?"

JAMIE BEGLEY
Ela os reconhece. Eles eram da filial de Ohio dos Last Riders.
"O que eles estão fazendo aqui?"
“Vieram nos últimos três dias, tentando derrubar Rory."
Jewell serviu-se de outra dose. “Ninguém o derrotou?"
"Ainda não."
“Ele já jogou com Winter?"
"Ela perdeu."
“Eu me pergunto quanto ele ganhou", Jewell disse mais para si

mesma do que para Ember.
“Não sei. Os homens têm vergonha de contar. Winter disse que

perdeu dois mil antes de Viper ter um ataque. Ela estava
determinada a vencer, então começou a usar as notas
promissórias que você deu a ela. Ela odiou perder mais do que o
dinheiro."
Acidentalmente derrubando seu copo vazio, ela olhou para

Ember em consideração. "Minhas notas promissórias?"
"Uh-hum."
Jewell franziu os lábios. “Alguém mais usou minhas notas

promissórias para apostar contra ele?"
Ember deu-lhe um olhar solidário. "Todos eles. Ele tem todas

as suas notas. Mesmo aquelas que você me deu para limpeza e
dias de folga."
Furiosa, Jewell olhou para ela. “Como ele conseguiu as suas?

Você não joga pôquer."
"Eu as troquei com Puck."
Exasperada, Jewell lançou-lhe um olhar de reprovação. "O que

você conseguiu por elas?"

JAMIE BEGLEY
"Um bom tempo. Acredite em mim; Eu tive o valor do meu

dinheiro com eles", Ember brincou. No entanto, sua diversão
desapareceu ao ver que Jewell não estava compartilhando sua
diversão.
Jewell olhou para os dois homens que se sentaram à mesa.

Eagle e Tiny tinham notas promissórias de quando ela visitou
Ohio antes do Dia de Ação de Graças. Ela não se lembrava
exatamente para que serviam as notas promissórias, mas
definitivamente não era limpeza ou serviço de babá.
Tomando outra dose de vodca, ela bateu o copo antes de ir até

a mesa, determinada a fazer Rory sair do jogo.
Quando chegou atrás dele, seu coração afundou ao ver as

quatro notas sobre a mesa.
“Rory, vamos; Estou entediada."
"Estou quase acabando."
“Por que você não joga, Jewell? Você pode ficar no meu lugar."
Nickel se levantou irritado, jogando seu cabelo comprido para trás
em frustração. “Estou sem dinheiro e sem suas notas
promissórias."
Jewell se sentou, encarando Rory do outro lado da mesa.

Quando ela viu o brilho determinado em seu olhar para a pilha de
apostas na frente dele, seu coração se encheu de borboletas. Ele
não queria que ninguém ficasse com as notas promissórias dela.
Era meio romântico, cavalheiresco e totalmente adorável.
Quando o jogo terminou com Rory vencendo, Jewell puxou sua

cadeira para mais perto da mesa.
"Estou dentro."
A atenção de Rory não estava mais no jogo, ele tentou dissuadi-

la. “Não vou demorar muito."

JAMIE BEGLEY
"Isso é legal. Eu vou jogar até que você esteja pronto para sair.
Você tem medo de jogar comigo?"
"Não."
“Então qual é o problema?"
“Nenhum, eu acho. Você tem algum dinheiro? Posso te

emprestar se você quiser."
“Empreste-me cem para fazer a bola rolar. Eu pagarei você de

volta."
Rory jogou uma nota de cem dólares sobre a mesa. Jewell deu-
lhe um beijo no ar, pegando o dinheiro.
“Não vai longe", Rory avisou.
Ela deu de ombros sem se importar. "Não se preocupe; Não vou

pedir mais dinheiro emprestado a você. Eu sempre posso dar
minhas notas promissórias. Certo, rapazes? Eles sabem que eu
sou boa para eles."
Rory não pareceu apreciar a menção dela voluntariamente

dando mais notas promissórias que ele estava roubando de todo
o clube.
Resolvida a recuperar as notas promissórias dele, Jewell não

fez prisioneiros no jogo. Jogando os cem de volta para Rory
quando ela ganhou seu primeiro jogo, ela riu dele enquanto
manuseava as duas notas promissórias que ela ganhou de Tiny e
Eagle.
Minutos se passaram, depois horas, enquanto Rory lutava para

ganhar os jogos de pôquer. Os irmãos tentaram a sorte e se
afastaram gradualmente à medida que a festa decolava, apenas
para serem substituídos por mais querendo tentar vencer Rory.
O jogo mais difícil de vencer foi quando Moon jogou. Ele havia
apostado uma quantia substancial de dinheiro, mais três
promissórias que ela lhe dera. Jewell torceu o nariz quando Rory

JAMIE BEGLEY
ganhou aquela mão, mas ela se acalmou quando Lucky apareceu,

e ela ganhou a mão com ele, e ele tinha quatro de suas notas
promissórias para ser babá. Willa não vai ficar feliz com isso, ela
pensou alegremente.
Depois que Lucky perdeu e se moveu, Jewell foi deixada

sozinha com Rory, todos decidindo fugir com o orgulho que lhes
restava.
Jewell arrecadou seus ganhos sobre a mesa para si mesma.

"Venha para a mamãe", ela balbuciou.
Rory a observou separar seu dinheiro e colocar as notas

promissórias em uma pilha diferente.
“Você quer parar ou continuar jogando?" Ela perguntou

alegremente.
"Continuar jogando." Rory começou a embaralhar as cartas.

“Não será nada divertido apostar com você por dinheiro. Que tal
ficarmos apenas com as notas promissórias?"
Jewell cruzou as mãos sobre a mesa. “Depende. As notas

promissórias que escrevi não têm valor para mim."
“Eu poderia apostar com minhas próprias notas promissórias."
O interesse de Jewell despertou. “O que você está disposto a

apostar?" Isso definitivamente pode ser interessante.
Rory continuou embaralhando as cartas. “Eu realmente não

preciso de babá, faxina ou favores sexuais; você vai dá-los para
mim de qualquer maneira, certo?"
Jewell olhou para suas mãos. Ela tinha acabado de vê-las

tremer um pouco?
“Que tal apostarmos em algo importante?"
"Como o quê?" ela perguntou.

JAMIE BEGLEY
“Se eu ganhar, você se muda para Queen City. Se você ganhar,

eu fico em Treepoint."
“Já que você concordou em ficar em Treepoint, por que eu

arriscaria perder?"
“Essa não é a melhor parte de um jogo de pôquer de alto risco?

Que você está disposta a arriscar tudo?"
"Verdade. Nickel!" Jewell gritou, sem tirar os olhos de Rory.

“Você poderia me entregar o bloco de papel e a caneta atrás do
bar?"
"Claro", respondeu Nickel.
Quando Nickel trouxe o que ela pediu, Jewell escreveu: “Eu me

mudo para Queen City", antes de rabiscar seu nome na parte
inferior. Se ela ganhasse, pelo menos não se sentiria mais culpada
por convencê-lo a ficar.
Jewell deslizou o bloco de papel e a caneta sobre a mesa,

observando Rory escrever sua aposta.
"Pronta?" Ele perguntou.
"Sempre."
À medida que o jogo terminava, ela tinha que admirar a

maneira como ele jogava. Além do único sinal que ela tinha visto
quando ele estava embaralhando as cartas, ele não mostrou
nenhum outro sinal de estar ganhando ou perdendo.
Olhando para sua última carta sacada, Jewell olhou para ela
cegamente.
"Bem?"
Ela ergueu o olhar para ele antes de colocar as cartas viradas

para baixo. Estendendo a mão, ela deslizou a aposta em direção a
ele. "Você ganha."

JAMIE BEGLEY
A sala ficou em silêncio, mostrando que eles estavam cientes

da importância da mão perdida.
"Você vai dar a Jewell a chance de recuperar sua dívida, não

é?" Nickel perguntou com raiva.
“Está tudo bem, Nickel. Você sabe que eu sempre pago minhas
apostas. Quando você pretende partir?"
Rory estreitou os olhos para ela. “Que tal domingo?"
Jewell não ficou surpresa com sua resposta. Era o dia original
em que ele mencionou que iria sair mais cedo.
"Funciona para mim." Alcançando as outras cartas, ela

embaralhou todas as cartas de volta antes de colocar o baralho
inteiro na mesa. “Você está pronto para ir para a cama? Tenho
que fazer muitas malas amanhã. A mesa está liberada, pessoal."
“Eu pensei que você queria pedir uma pizza? Posso ir buscá-
la", Rory ofereceu.
Jewell se levantou. “Não, eu estou bem. Podemos pedir uma

para o almoço amanhã."
Ela estava ciente da quietude dentro da sala enquanto

caminhava para as escadas.
Ember estava ao pé da escada com Moon. Vendo o brilho das

lágrimas em seus olhos, e raiva nos de Moon, Jewell estendeu a
mão para lhe dar um pequeno e reconfortante aperto e um olhar
de advertência para Moon enquanto eles passavam para subir as
escadas.
Em seu quarto, Jewell sentou-se na cama para tirar os sapatos.
"Você está chateada?" Rory a observou com cautela, ainda

segurando as notas promissórias na mão.
“Eu pareço chateada?"
"Não."

JAMIE BEGLEY
Jewell deixou o sapato cair no chão. “Você me enganou nesse

jogo."
Rory empurrou as notas promissórias no bolso de sua calça

jeans. “Eu não diria enganei", ele se esquivou.
"Eu diria." Removendo o outro sapato, ela o deixou cair ao lado

do primeiro. “Quem te disse que eu não resisto a apostar no
pôquer?"
“Pode ter surgido em algumas conversas diferentes", admitiu.
"Você estava apenas me suavizando esta tarde?"
“Não, eu teria ficado se você não tivesse jogado esta noite."
“Mas mais cedo ou mais tarde, você sabia que eu ficaria

tentada a jogar. Se não esta noite, outra noite."
"Sim."
Ela tinha que dar a ele os reconhecimento que ele merecia. “Eu
não estava ciente desse seu lado sorrateiro."
“Eu não diria sorrateiro, por assim dizer."
“Eu faria, já que você está segurando minhas notas

promissórias. Acho que a prova é irrefutável. Era sua intenção o
tempo todo."
“Eu não tinha intenção de deixar você para trás."
Jewell pegou seus sapatos, levando-os para o armário e

cuidadosamente colocando-os de volta na caixa. Tirando o
espartilho de couro vermelho, ela viu Rory ainda de pé no meio do
quarto.
"Você nunca disse o quão bem eu estava esta noite."
A confusão cruzou suas feições. "Você vai cortar minha

garganta quando eu estiver dormindo?"

JAMIE BEGLEY
Jewell largou o espartilho na cama para caminhar

preguiçosamente até ele. “O pensamento passou pela minha
cabeça, mas eu mudei."
A satisfação a encheu quando viu o pomo de Adão dele.
"Por que?"
Jewell caiu de joelhos para começar a desabotoar sua calça

jeans. Separando os dois lados do material, ela puxou seu pênis
livre.
“Eu decidi que Queen City pode não ser tão ruim para se viver
se você estiver lá. E, além disso, não coloquei um limite de tempo
na minha nota promissória. Se você não me fizer feliz, eu sempre
posso voltar."
Quando colocou a ponta de seu pau em sua boca, ela olhou

através de seus cílios para ver um olhar de consternação cruzar
seu rosto. Ele estava irritado consigo mesmo por não ter
adicionado o limite de tempo. Ela poderia ficar um dia, semanas
ou indefinidamente, dependendo de seu capricho.
“Quer jogar outro jogo?" Ele perguntou com a voz rouca quando
ela deslizou sua boca mais para baixo em seu pau.
“Nah..." Mordiscando levemente a coroa, ela conseguiu uma

pequena amostra do gosto dele. “Aprendi minha lição… nunca
aposte mais do que você está disposta a perder."
Ele enfiou a mão no cabelo dela. “Você nunca vai me perder,

independentemente de qualquer aposta." Puxando a cabeça para
trás até que ela foi forçada a olhar para ele, ele disse, “Você estava
tão linda esta noite que me tirou o fôlego. Eu moraria em
Timbuktu se fosse preciso, só para estar com você. Se você não
estiver feliz em Queen City, não voltará sozinha."
Jewell soltou o cabelo dela, em seguida, deslizou a calça mais

para baixo de suas coxas. Estendendo a mão, ela o ajudou a tirar
os sapatos antes de ajudá-lo a tirar a calça.

JAMIE BEGLEY
Quando ele estava completamente nu, ela o empurrou para a

cama. Empurrando-o para baixo, ela então lhe deu um sorriso
malicioso. “Eu não vou voltar sozinha", ela concordou. “E sobre
essas promissórias… você pode ter algumas, e já que estou
saindo, tenho que pagar minhas dívidas."
Rory franziu a testa. “Quem mais as tem?"
“Oh..." provocantemente Jewell passou a ponta do dedo pelo

peito dele. "Uns poucos."
Afastando-se da cama, ela começou a caminhar em direção à

porta para abri-la.
“Mostrando a você a melhor parte de ser um Last Rider."

JAMIE BEGLEY
Capítulo Trinta e Nove
Antes que ele pudesse desgrudar a língua para formar uma

palavra, o quarto começou a se encher. Nickel
despreocupadamente entrou no quarto com Ember para se sentar
no sofá.
Levantando-se sobre o cotovelo, Rory sacudiu o lado do

cobertor sobre seu pau duro. "Que diabos, Jewell?"
“Não se importe com eles. Eles só querem assistir." Jewell foi

até a cama, onde havia deixado o espartilho, e o pegou. “Eu
preciso me trocar. Volto já."
Esperando que Jewell fosse ao banheiro, Rory assistiu

boquiaberto enquanto ela ia para o sofá onde Nickel e Ember
estavam sentados. Ela estendeu a mão, e Ember enfiou a mão em
seu top para tirar um pedaço de papel de seu sutiã, entregando-o
a Jewell enquanto Nickel levantava os quadris para tirar um
pedaço de papel do bolso para dar a ela.
Fechando a boca, Rory quase trincou os dentes quando Jewell

deixou cair as notas promissórias em seu colo.
“Você perdeu alguns." Descaradamente contraindo sua bunda

para ele, ela entrou no banheiro, em seguida, fechou a porta.
Pegando as notas promissórias, Rory leu o que Jewell havia

apostado.
Você pode me ver foder Rory.

JAMIE BEGLEY
A outra foi:
Você pode assistir Rory me foder.
"Quando estava jogando cartas mais cedo, nenhum de vocês

ofereceu isso como garantia."
“Por mais que eu goste de jogar cartas com você", Ember

gorjeou excitadamente, “não seria tão divertido quanto ver você
foder Jewell."
“Nem assistir Jewell foder você." Nickel puxou Ember para seu
colo, começando a tirar sua blusa de cetim prateado. Ver o sutiã
prateado combinando por baixo o fez juntar mais do cobertor para
cobrir seu pau. Jewell cortaria seu pau se ela saísse e visse que
ele estava ficando visualmente excitado vendo Nickel despir
Ember.
Ele começou a suar frio quando Nickel a levantou o suficiente

para tirá-la da saia de cetim prata. A tanga metálica em miniatura
que ela usava era menor que um tapa-olho e deixava certa parte
exposta a olho nu.
Rory foi incapaz de desviar o olhar enquanto Nickel se virava

de lado para colocar Ember no sofá para colocar uma perna em
cima do sofá e depois colocar a outra no chão, deixando-a nua
para o olhar faminto de Nickel. Ele tinha experimentado ver um
homem e uma mulher fodendo antes... inúmeras vezes. Na
verdade, ele havia recebido altas taxas para ser um terceiro
quando os casais queriam diversificar e participar de sexo grupal.
A única diferença desta vez era que a mulher com quem ele estava
intimamente envolvido estava a poucos passos de distância.
Sentindo-se como se estivesse traindo apenas assistindo Nickel

descer na buceta de Ember, ele começou a dar o fora dali antes
que Jewell voltasse e ele fosse pego com uma ereção que estava
ficando maior em vez de encolher de negligência.

JAMIE BEGLEY
Prestes a se levantar, o cobertor enrolado em seus quadris,

para se juntar a Jewell no banheiro, sua bunda abruptamente se
acomodou na cama quando Train e Killyama entraram pela porta,
Train dando-lhe um sorriso maligno.
Killyama passou os olhos sobre seu corpo enquanto Train

movia a cadeira em uma posição onde a cama pudesse ser vista.
“Ainda não perdemos nada, perdemos?" A maneira faminta que

Killyama o observava fez Train arrastá-la para seu colo.
Rory flexionou a mandíbula. "Não. Jewell está no banheiro,

trocando de roupa."
“Para que diabos? Você só vai tirá-la, de qualquer maneira." O

olhar de Killyama ficou mais aquecido. “Eu não guardei minha
nota promissória para uma classificação de menores. Se eu
achasse que estava recebendo alguma merda de XXX, eu teria
vendido para Winter."
"Com licença. Eu volto já." Mais uma vez, Rory estava prestes
a sair da cama, só que desta vez para ser impedido por Jewell
saindo do banheiro, vestida com o espartilho vermelho.
Puta merda, ele jurou silenciosamente. Ele estava em apuros.
O sorriso sensual de Jewell tinha seu traseiro colado ao

colchão enquanto ela passeava no quarto.
"Eu estava me perguntando quando vocês dois apareceriam."

Jewell foi até Train enquanto tirava duas tiras de papel do bolso
de sua camiseta.
"Desculpe. Winter e Razer entraram em uma guerra de lances.

Winter queria que eu vendesse minha nota promissória para ela,
mas eu sabia que Killyama não venderia a dela para Viper. Teria
deixado Viper deixar Winter assistir sem ele. O mesmo para Razer.
Cara, é melhor você valer a pena não ser capaz de recuperar
minhas perdas."

JAMIE BEGLEY
Killyama não tinha simpatia pelo marido. “Da próxima vez,

permaneça na porra do orçamento." Killyama alegremente
acomodou sua bunda mais confortavelmente no colo de Train.
Rory estava começando a pensar que alguém tinha colocado

algo no sistema de água em Treepoint. Ele tinha que dar o fora
daqui antes que começasse a afetá-lo... Isso poderia facilmente
explicar por que ele estava tão atraído por Jewell.
Rory foi trazido de volta à terra pelos gemidos de Ember quando

Nickel levantou sua buceta mais alto para sua boca.
Pressionando o cobertor sobre seu pau quando Jewell começou

a rastejar ao longo do colchão para alcançá-lo, ele foi presenteado
com a visão de seus seios firmemente amarrados pelo espartilho,
então eles se projetavam para cima em montes abundantes. Rory
agora percebia que era tarde demais para escapar. Deixou apenas
um caminho livre para ele.
Ele tinha que ser o único a assumir o controle, ou Jewell nunca

o deixaria viver consigo mesmo. De jeito nenhum ele deixaria
Jewell controlá-lo do jeito que Killyama fazia com Train. Pelo
menos, não se ele pudesse evitar. Ele tinha que controlar a
situação antes que a situação o controlasse.
Rory esperou até Jewell estar ao seu alcance. Então, antes que
ela pudesse se recompor, ele a jogou de bruços com ele em cima
dela.
“Ah... eu gosto desse movimento…"
Um ganido veio de Killyama, mas Rory não desviou sua atenção

do vaga-lume preso embaixo dele. Se o fizesse, ela escaparia, e ele
poderia não ser capaz de pegá-la tão facilmente.
Ajustando seu pau quando Jewell empurrou seus quadris para

cima, Rory arrancou o cobertor para que seu pau pudesse sentir
todo o efeito de cavalgar na fenda de sua bunda. Rory deslocou

JAMIE BEGLEY
seu peso para frente para dar-lhe mais peso até que ela estava
esparramada debaixo dele.
Tendo que lutar contra o desejo que o fazia querer arrancar o

espartilho dela, ele teve que começar a pensar com seu cérebro em
vez de seu pau. Com os dedos, ele procurou e encontrou os botões,
em seguida, começou a desabotoá-los para permitir acesso livre à
pele molhada por baixo.
Triunfante por ter conseguido, ele passou a capturar as

algemas, que ficaram presas debaixo dela quando ele a puxou
para baixo.
Puxando uma das algemas presas, ele conseguiu agarrar um

pulso agitado. Usando os pés no colchão, ele começou a puxá-la
mais para cima na cama para prendê-la à cabeceira de metal.
"Você se lembra da sua palavra segura?" Ele resmungou,

tentando segurar as algemas.
"Foda-se!" Ela grunhiu, tentando afastá-lo dela.
Rory estalou a língua para ela. "Qual é a sua palavra segura?"

Ele perguntou novamente, finalmente conseguindo localizar a
algema.
"Foda-se!"
Segurando a algema, ele começou a mexer a mão sob o corpo

dela para o outro pulso. Ele a encontrou e habilmente prendeu a
algema em volta dela, em seguida, puxou-a debaixo de seus seios.
Fechando-a na cabeceira de metal, Rory sentou-se de joelhos para
examinar a bunda deliciosa de Jewell.
“Você tem que contar até três para me dizer sua palavra de
segurança", ele avisou. "Um…"
“Killyama... você ouviu isso? Ele pode contar!"
Killyama não respondeu.

JAMIE BEGLEY
Rory virou a cabeça para ver que Killyama não era mais capaz
de responder com a mão de Train na frente de sua calça e sua
boca sobre a dela. Ember não estava em melhor forma com Nickel
transando com ela no sofá.
“Temo que seu público esteja muito ocupado para apreciar o

show." Rory riu. "Dois…"
“Droga. São inúteis", Jewell lamentou.
"Três." Rory deu-lhe um tapa forte com a palma da mão em sua

bunda.
"Ai... Vermelho", ela murmurou. “Você poderia ter começado

mais leve, como fez da última vez."
“Leve não funciona com você."
Jewell balançou a bunda para ele. "Sou muito leve", ela

cantarolou. “Agora me solte."
"Eu vou, mais tarde." Inclinando-se, ele começou a mordiscar

seu ombro, sentindo os arrepios ultrapassarem seu corpo quando
ele pegou um travesseiro para colocá-lo sob seu abdômen. “Amo
você nesta posição. Sua buceta escancarada, implorando pelo
meu pau..."
“Eu não estou implorando."
"Ainda não. Mas você vai, vaga-lume." Rory deslizou seu pau
em sua buceta acenando em um impulso que o fez deslizar
profundamente dentro dela. “Vou foder você por tanto tempo e
com tanta força que você vai esquecer que dia da semana é."
Mentalmente entrando em uma zona onde ele poderia controlar

seu clímax, ele deslizou para frente e para trás em um ritmo
constante, desenvolvendo um ritmo que aumentaria o desejo de
Jewell sem levá-la ao limite. Ele sentiu seus movimentos
crescentes enquanto ela tentava se mover para chegar lá. Quando

JAMIE BEGLEY
ele diminuiu a velocidade, ela descobriu que ele só iria mais rápido
quando ela parasse.
"Seu bastardo", ela sussurrou.
“Tudo o que você precisa fazer é se comportar." Sem remorso,

ele continuou se movendo em ritmo lento. “O mau comportamento
não vai te dar o ouro."
"Foda-se!" Ela gritou.
Rory diminuiu sua velocidade ainda mais.
Jewell parou de se contorcer.
Reconstruindo sua velocidade, Rory começou a construir seu

impulso até que ouviu os gemidos baixos vindos dela. Levando-a
de volta ao precipício pendente novamente, ele baixou a boca para
seu ouvido. “Quem te apelidou de Jewell não sabia nada, vaga-
lume. Você fornece calor suficiente para queimar a porra do clube
inteiro. Mas você não deu isso a eles, deu? Você só está dando
para mim, não está?"
"Sim", ela choramingou.
“Você só vai dar isso para mim", ele exigiu.
“Deus, sim!"
Com a resposta dela, suas estocadas foram mais profundas,

mais satisfatórias, levando-a ao precipício novamente, e em vez de
acalmá-la, ele a jogou alto no céu para deixá-la girar para baixo.
Segurando-a perto, ele sentiu os estremecimentos de sua
liberação.
Esfregando sua mandíbula contra a dela, ele estendeu a mão

para soltar suas algemas, apenas para descobrir que ela havia se
soltado e estava segurando as correntes finas porque queria, não
porque precisava.

JAMIE BEGLEY
Rindo, ele rolou para o lado para puxá-la sobre ele. "Bruxa. Da
próxima vez, usarei minhas próprias algemas."
Manobrando suas coxas até que ela estava sentada em cima

dele, ele teve que separar seu cabelo para que pudesse ver seu
rosto.
“Você está parecendo um pouco cansada, vaga-lume", ele a

estimulou. “Eu pensei que você havia pago todas as suas dívidas.
Seu público me viu foder você. Agora é a sua vez."
Jewell afastou uma mecha de cabelo dos olhos. "Você não acha
que eu posso fazer isso."
“Ah... vaga-lume, eu nunca subestimaria você. Sei que você

pode." Rory colocou as mãos atrás da cabeça enquanto ela se
posicionava sobre seu pau.
Suas mãos acariciaram seu peito liso.
"Isso dói?" Ela perguntou quando ela começou a se mover sobre

ele. "Depilar o peito?"
“Sim, mas estou acostumado com isso."
Rory sabia que ela estava usando a conversa para conter sua
crescente onda de desejo.
“Eu gosto de um peito peludo."
“Então vou parar."
"Deixa pra lá." Ela se inclinou para circundar um de seus

mamilos com a boca. "Posso viver com isso."
Um sorriso curvou seus lábios. Deus, como ele amava esta

mulher.
Seu calor cercou seu pau como uma maldita luva. Afastando a
culpa que sentia pela maneira enganosa que usou para levá-la a
se mudar para Queen City, Rory a deixou ter o controle que ele
sentia que ela precisava de volta. Estendendo a mão, ele

JAMIE BEGLEY
desamarrou seus seios presos para deixá-los balançar. A visão

erótica fez seus quadris balançarem debaixo dela.
Jewell soltou uma respiração sibilante enquanto o montava.

Levantando os joelhos, ele os deixou cair para o lado para que ele
pudesse subir mais alto. Quando seus seios tremeram, ele sabia
que ela estava encontrando outro clímax. Desta vez, ele pulou com
ela, enviando os dois para um esquecimento onde só eles existiam.
Esfregando suas costas quando ela caiu em cima dele, ele

empurrou outro travesseiro sob sua cabeça, tentando voltar à
terra.
Ao ver Train, Killyama, Nickel e Ember, ele viu que eles estavam
basicamente na mesma forma que ele. Um som da porta o fez virar
a cabeça no travesseiro para ver Razer, Viper, Cash, Shade, Lucky,
Rider e Knox parados no quarto.
"Jewell... quantas malditas notas promissórias você

distribuiu?"

JAMIE BEGLEY
Capítulo Quarenta
"Isso é tudo?" Rory perguntou, batendo o porta-malas.
"É sim." Colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, ela

olhou para a sede do clube, lutando contra a sensação de que ela
nunca mais veria o lugar onde ela passou tantos anos vivendo.
"Você quer que eu fique aqui enquanto vai se despedir de

todos?"
“Não, eu me despedi ontem enquanto você dava suas aulas."
Puxando o capuz do casaco para cima da cabeça quando uma

rajada de ar frio a atingiu, Jewell se certificou de que a porta para
transporte estava destrancada para a empresa de mudanças que
ela havia contratado para transportar seu carro, moto e o resto de
seus pertences. Ela tirou a chave do bolso, preparando-se para
deixá-la dentro da fábrica para que Shade a tivesse amanhã.
Enquanto caminhavam para o SUV de Rory, Noah, Chance e

Beth desceram pelo caminho lateral. Jewell parou quando Rory
continuou os poucos passos até a porta do passageiro.
Noah e Chance saíram correndo para agarrá-la pela cintura.

“Nós vamos sentir sua falta. Ember não vai fazer pipoca como você
faz quando fica de babá."
“Ela vai", Jewell prometeu. Colocando os braços ao redor dos

meninos, Jewell lutou muito para não desmoronar. Ela sabia que
dizer adeus às crianças ia ser difícil. “Lembre-se, eu lhe disse

JAMIE BEGLEY
ontem que, se ela não o fizer, tudo o que precisa fazer é conversar
por vídeo comigo e eu a obrigarei."
Piscando para conter as lágrimas, ela viu que Lily estava

descendo o caminho lateral com seus três filhos. Lily se aproximou
o suficiente para que Jewell pudesse segurar a garotinha
enquanto Clint e John conseguiam se mover entre Noah e Chance
para abraçá-la.
“Mamãe disse que a veremos quando visitarmos a tia Penni,

mas não a visitamos no Halloween, e você sempre nos leva para
Doces ou Travessuras." Clint corajosamente engoliu suas
lágrimas, não querendo que os outros garotos zombassem dele.
“Arin gostou tanto no ano passado que prometeu vir levar todos
vocês", Jewell disse a ele.
“Mamãe e papai escondem nossos doces", John reclamou.
Lily não fez nenhum esforço para esconder suas lágrimas.
"Deus me livre de você realmente deixar seus pais te levarem

para sair." Ela sorriu para Lily, mostrando que não estava
chateada com as reclamações de seus filhos.
Alcançando acima das crianças, Lily deu-lhe um abraço. “Seja

feliz, Jewell."
Jewell teve que cerrar os dentes para evitar chorar pelo desejo
sincero de Lily.
Ouvindo um palavrão baixo de Rory, Jewell devolveu a menina

enquanto Aisha descia da casa de Viper com Winter. Mãe e filha
já estavam chorando.
O grupo de meninos se afastou para deixar Aisha abraçá-la. As

feições da jovem mostravam a beleza florescente que ela um dia
se tornaria.
“Eu gostaria que você não fosse. Você prometeu que me

mostraria como me maquiar quando eu tivesse idade suficiente."

JAMIE BEGLEY
"Eu odeio dizer a você, querida, mas seu pai nunca me

deixaria", ela brincou. Ajoelhando-se, Jewell usou a manga de sua
jaqueta para enxugar as lágrimas de Aisha. “Além disso, você não
vai precisar disso. Você é bonita o suficiente como é. Seu pobre
pai não será capaz de lidar se você ficar mais bonita."
Os olhos de Aisha se arregalaram. "Você acha?"
“Acredite em mim." Jewell puxou-a para um abraço. “Você vai

ser tão linda que tudo que você vai precisar é de um pouco de
perfume." Enfiando a mão no bolso, Jewell tirou um pequeno
frasco de perfume, colocando-o na mão de Aisha.
“É esse que você usa?" Aisha sussurrou.
"Sim. Eu sei o quanto você gosta. Vou enviar-lhe mais alguns

no Natal. Apenas lembre-se que um pouco vai longe", Jewell
murmurou.
“Toda vez que eu usar, vou pensar em você."
“É melhor. Esse perfume custa uma fortuna."
A garotinha se afastou, rindo.
Tanto Winter quanto Jewell se entreolharam, então

estenderam a mão para se abraçar.
“Eu disse que não choraria hoje, mas não posso evitar. Você é
a única que me apoia quando Viper está sendo um idiota."
“Como se isso te fizesse bem." Jewell revirou os olhos para ela.
“Eu sei, mas me faz sentir melhor", Winter admitiu. "Pretendo

ligar para você todos os dias para reclamar dele."
"Vou me certificar de manter meu telefone ao alcance."
Winter pegou a mão de Aisha para ficar no caminho com Lily,

Beth e as outras crianças. Jewell pegou seu celular para tirar uma
foto. Então, colocando o telefone de volta no bolso, ela continuou
até onde Rory estava ao lado da porta do passageiro que ele havia

JAMIE BEGLEY
aberto. Dando uma última olhada no clube, ela olhou para cima
para ver os Last Riders reunidos na varanda e nos degraus,
silenciosamente dizendo adeus a ela.
As lágrimas que ela estava segurando começaram a rolar por

suas bochechas.
Rory bateu a porta antes que ela pudesse entrar. “Maldição

para o inferno e de volta! Você ganhou!" Tirando as notas
promissórias do bolso do paletó, ele tentou entregá-las a ela. "Nós
vamos ficar. Eu não quero viver em uma montanha, mas se isso
te faz feliz, eu vou", ele resmungou.
Jewell sorriu para ele, estendendo a mão para fechar os dedos

em torno das notas promissórias. “Estou pronta para me mudar
para Queen City. Sua família é tão importante quanto a minha é
para mim. Eu vou conseguir amar Queen City porque é onde você
quer estar. Treepoint nunca foi onde eu queria estar. Só fiquei
porque a maioria da minha família está aqui. Eu planejo que nós
façamos nossa própria família, uma onde nós dois sejamos felizes.
Eu realmente não me importo onde vamos acabar, desde que
estejamos juntos."
Jewell abriu seu coração para o homem que estava disposto a

sacrificar sua própria felicidade pela dela. "Eu amo você. Não
estou escolhendo Queen City em vez de Treepoint. Estou
escolhendo o homem com quem quero passar o resto da minha
vida, o homem com quem quero estar quando o mundo acabar, o
único homem com quem quero passar o resto da minha vida
montando."
Rory enganchou o braço em volta do pescoço dela. “Eu te amo,

vaga-lume. É por isso que eu não poderia sair sem você."
“Você não precisa. Estarei bem aqui ao seu lado."
Rory abriu a porta para ela novamente antes de dar a volta no

capô para entrar no seu lado do SUV. Jewell colocou a mão em
cima da porta, olhando para o grupo de homens, seu coração

JAMIE BEGLEY
cheio de amor por todos eles. Levantando a mão, ela acenou para
eles, dizendo seu próprio adeus silencioso a cada um deles antes
de entrar e fechar a porta.
Quando Rory saiu do estacionamento, ele ligou o pisca-pisca.
“Há uma parada que preciso fazer antes de partir." Jewell

apontou na outra direção.
Rory lançou-lhe um olhar preocupado, mas fez a curva na

direção que ela queria. Sua carranca ficou mais sombria, e Jewell
teve que esconder o sorriso.
"É aqui." Jewell apontou para a estrada lateral, notando que a

expressão de Rory clareou.
"Eu pensei que você queria ver Reaper."
“Não, eu disse adeus a ele ontem."
Jewell soltou o cinto de segurança quando chegaram à casa de

Greer e Dustin. Quando ela saiu do carro, Rory também saiu.
“Eu não vou demorar", ela prometeu.
"Sem pressa."
Jewell aproximou-se do alpendre. Ao fazer isso, a esposa de

Greer saiu do celeiro ao lado da casa, carregando um gatinho.
“Ei, Jewell", Holly disse, subindo pela varanda. "O que posso
fazer para você?"
“Greer está aqui? Eu gostaria de falar com ele, se for possível?"
"Claro, vou buscá-lo para você."
Jewell enfiou as mãos nos bolsos enquanto esperava, dando

um sorriso suave para Rory enquanto ele se recostava na frente
de seu SUV.
“Ei, Jewell." Greer saiu, segurando a porta para Holly, que saiu
novamente e voltou para o celeiro. “Holly disse que você queria me

JAMIE BEGLEY
ver." Greer avistou Rory onde ele estava. “Se você está vindo aqui
para me implorar para enviar Holly para mais aulas, a resposta é
não. Ela não aprendeu merda nenhuma com ele. Ela já sabia como
queimar meus ovos."
Jewell balançou a cabeça para ele. “Não é por isso que estamos
aqui. Estou me mudando para Queen City com Rory. Eu queria
vir e dizer adeus a você."
“Você veio se despedir de mim?" Greer fez uma careta para ela.
"Ok. Dirija com cuidado." Ele então se virou para voltar para
dentro de sua casa, sem se importar com a saída dela. Jewell não
seria dissuadida.
“Você é um bom homem, Greer Porter. Lamento não ter

percebido antes, mas você é." Ela tentou não se emocionar,
sabendo como Greer reagiria quando ele se virasse para encará-la
novamente. "Eu sei o que você fez. Você forçou meu pai a me
devolver meu dinheiro. Eu não sabia até ontem quando tive que
pagar adiantado por uma empresa de mudanças. Você até pegou
o dinheiro que pagou pela nossa refeição para garantir que a
balança ficasse equilibrada." Jewell respirou fundo. "Posso te fazer
uma pergunta?"
"Vá em frente", ele disse a contragosto.
“Eu vi como o que você fez o afetou; é por isso que seu cabelo
ficou tão branco? Por causa do que você é capaz de fazer?"
“Não sei do que você está falando…"
“Eu não vou contar a ninguém. Prometo. Eu só quero saber

para não me preocupar com você. Seu corpo está envelhecendo
como seu cabelo?"
Greer suspirou. “Meu cabelo está branco não pelo que posso
fazer, mas pelo que vejo. Os filhos da puta não gostam que eu os
veja. Estão me punindo", Greer deu uma fungada sarcástica. “Os

JAMIE BEGLEY
fodidos sabem que eu amava meu cabelo ruivo, então eles o

tornaram branco."
Jewell sorriu. "Poderia ser pior. Eles poderiam ter feito você
ficar careca."
“Eles não fariam isso. Eles sabem que eu explodiria meus

miolos se eu perdesse meu cabelo. Mas não me querem lá mais
cedo do que eu tenho que estar. Eles odeiam minhas entranhas."
Jewell apertou os lábios para não rir e ficou séria. "Eu duvido
disso. Você é um homem especial, Greer. Muitos homens
perderiam isso de vista e se aproveitariam. Em vez disso, você
afasta as pessoas. Por sua causa, não tenho mais medo de que
Michael esteja perdido. Sei que ele está esperando por mim. Como
está Mag?"
"Melhor."
“Achei que ela poderia estar depois que você equilibrou a

balança para mim. Se você vier a Queen City, me avise, e eu te
levarei para jantar."
“Não pretendo sair vagando por aí. Estou contente em ficar

aqui", Greer disse quando sua esposa voltou para a varanda,
carregando outro gatinho.
“Droga, mulher, quantos gatos ela teve?" Greer reclamou.
“Cinco", Holly respondeu, alisando o pelo do gatinho

ronronante.
Greer a prendeu com um sorriso astuto. “A balança não está

muito equilibrada. Machuquei meu pé quando dei um chute na
bunda do seu pai."
Jewell já sabia o que estava por vir. “Como posso compensar

isso com você?"
Greer estendeu a mão e arrancou o gatinho da mão de Holly

para colocá-lo na dela. "Aí está. Tudo equilibrado."

JAMIE BEGLEY
Jewell aconchegou o gato em seu peito. Ela sempre quis um

gato. "Obrigada. Eu vou cuidar bem dele", ela prometeu.
“É uma menina", Holly disse, lançando ao marido um olhar

fulminante.
“Bem, nós vamos indo agora." Jewell decidiu fugir antes que
Holly levasse a gatinha de volta.
“Espere aí um segundo." Greer olhou para sua esposa

preocupado. "Você poderia contar a Holly sobre o que você me
disse sobre eu ser um bom homem?"
Jewell sorriu para Holly e viu o que Greer, como homem, nunca
veria. “Eu não preciso. Ela já sabe."
Segurando o gatinho perto, ela saiu da varanda enquanto Rory

segurava a porta do carro aberta.
“Precisamos parar e pegar um pouco de comida de gato no

caminho para fora da cidade", ela disse a ele uma vez que ele
estava no banco do motorista enquanto ela acomodava a gatinha
em seu colo.
Dando partida no veículo, Rory saiu da garagem, em seguida,

para a estrada principal para dirigir ao redor da cidade. Jewell
olhou pela janela para ver que os Last Riders haviam entrado,
exceto Nickel, que estava guardando a porta.
"Jewell, há algo que eu deveria lhe dizer."
"Hmm…?" Ela acariciou o gatinho com satisfação. "O que é?"
"Eu deveria ter lhe contado antes... mas..." ele começou se

desculpando, então sua voz se firmou. “E não importa o quão
brava você fique comigo, eu não vou deixar você ir", ele avisou.
Jewell virou a gatinha para fazer cócegas em sua barriga. "O

que é?" Ela perguntou distraidamente.

JAMIE BEGLEY
“Sou um Predator. Eu nunca desistiria do meu clube pelos Last

Riders."
"Eu sei. Viper me disse ontem à noite. Ele nunca me deixaria

sair sem me contar toda a verdade sobre você." Jewell provocou a
gatinha com a ponta de uma unha.
"Eu tenho me preocupado muito, e você sabia?"
"Sim. Quando você ia me contar?"
“Quando estivéssemos quase em Queen City. Eu não correria

o risco de você sair."
“Por que você mudou de ideia?"
“Quando você chamou Greer Porter de bom homem, isso me

fez sentir um lixo."
“Isso é o que os segredos fazem com você. Há mais alguma

coisa que queira confessar?"
“Não, é isso." Ele deu um suspiro de alívio.
"Tem certeza?" Ela deu-lhe um olhar de olhos estreitos.
"Tenho certeza", ele disse, imperturbável.
"Bom. Como devemos chamar nossa gatinha?"
Ele encolheu os ombros. "Não sei. Você escolhe."
“Como soa Torch?"
O carro deu um solavanco, o que Rory imediatamente

endireitou para lhe dar um olhar de reprovação. “Acho que uma
tocha na casa é suficiente."
Jewell virou de lado em seu assento. "Eu concordo." Ela

começou a correr os dedos de brincadeira pela coxa dele. "Eu amo
seu apelido", ela ronronou, rindo silenciosamente quando ele lhe
lançou um olhar severo. “Eu sempre quis um motociclista que
pudesse incendiar minha bunda."

JAMIE BEGLEY
Epílogo
"Como estou?" Jewell perguntou, virando-se do pequeno

espelho na sala de espera para o lado da capela.
“Radiante", a irmã de Shade a elogiou.
Jewell pegou o buquê de rosas amarelas de Penni e deu um

suspiro trêmulo. “Eu não esperava ficar tão nervosa", ela
confidenciou.
Penni deu-lhe um sorriso tranquilizador. “Não é todo dia que

você se casa."
“Ainda não consigo acreditar que estamos realmente fazendo

isso."
Ouvindo a música começar, Penni e ela caminharam até uma

enorme porta de carvalho. Reunindo toda a sua coragem, Jewell
acenou para o paroquiano de terno escuro da capela para entrar
na área do casamento com Penni seguindo pelo corredor curto.
Jewell tentou não franzir a testa para as pessoas lá dentro. Eles

pagaram por uma cerimônia privada apenas com Rory, Jackal,
Penni e ela. Quem eram todas aquelas pessoas sentadas nos
assentos? Jewell contou pelo menos doze enquanto se dirigia para
onde Rory estava ao lado de Jackal. Eram pessoas esperando que
sua própria cerimônia começasse?
De repente, clicou em sua mente quem eles eram quando o

ministro começou a cerimônia.

JAMIE BEGLEY
A cerimônia foi curta, e não demorou muito para que Rory

estivesse deslizando uma aliança de casamento em seu dedo.
Virando-se para os aplausos da plateia, Jewell se inclinou para
Rory enquanto ele a segurava pelo braço.
“Você leu as cartas deles", ela disse dolorosamente.
“Não fique com raiva. Eu…"
"Não estou brava." Engolindo em seco, ela se preparou para as

reuniões que viriam. “Você fez o que eu não tive coragem de fazer.
Isso é o que os maridos fazem."
Ela deixou que ele a conduzisse até o grupo de pessoas

esperando.
“Jewell, eu gostaria de apresentá-la a Devon Aldridge e sua

esposa, Capri", Rory apresentou um casal esperando.
Depois que ela apertou suas mãos, os Aldridge se afastaram

para mostrar um jovem que parecia ter vinte e poucos anos.
"Meu nome é Tristan... eu tenho…"
“Você recebeu… o coração do meu filho." Jewell mal conseguiu

pronunciar as palavras.
O jovem parado na frente dela olhou para Rory pedindo

permissão. “Posso beijar a noiva?"
"Sim."
Seus joelhos quase cederam quando Tristan se inclinou para

dar um beijo em sua testa, assim como Michael costumava fazer.
"Obrigado por salvar minha vida." Quando ele se afastou, uma

mulher de quarenta e poucos anos tomou seu lugar, que Jewell
reconheceu instantaneamente.
“No dia mais doloroso que qualquer mãe poderia suportar, você
não me afastou ao falar com você. Apesar de sua dor, você me
ouviu implorar pela vida do meu filho. Se o jogo estivesse

JAMIE BEGLEY
invertido, não acredito que teria sido capaz de ser tão compassiva.
Eu só posso imaginar o amor que Michael recebeu em seu curto
período na terra. Então você passou a compartilhar o dom de sua
vida com os outros para evitar que eles experimentassem a mesma
angústia. Por sua causa, nunca tive que aprender como é doloroso
perder meu filho. Você carregou esse fardo para mim. Você
carregou esse fardo por todos nós. Queríamos estar aqui para que
seu filho pudesse compartilhar o dia com você. Rory nos disse que
você tem dificuldade em ler nossas cartas, e nenhum de nós
jamais será capaz de expressar nossa verdadeira gratidão a você,
quer as cartas tenham sido lidas ou não. Nada que possamos dizer
diminuirá sua dor por perder Michael, mas queríamos dizer que
você faz parte de cada uma de nossas famílias. Você tem quatro
avós, seis avôs, três mães, dois pais, quatro irmãos, dez irmãs... e
sempre que precisar de nós, estaremos lá. Todos nós não
queríamos sobrecarregar você, então o resto deles está esperando
do lado de fora para parabenizá-la." A mulher deu um passo à
frente para dar um beijo em sua bochecha. “Deus te abençoe,
Antonia. Que sua vida seja preenchida com a felicidade que você
nos devolveu."
Jewell olhou para a multidão reunida ao seu redor e depois

para o marido. Desesperadamente segurando as lágrimas, Jewell
segurou o braço de Rory enquanto caminhavam para fora.
Enquanto desciam os degraus, o grande grupo lentamente se

reuniu ao redor de Rory e ela para parabenizá-los.
A alegria que demonstraram por eles foi genuína e sincera. Eles

precisavam da oportunidade para agradecê-la. De certa forma,
trouxe o encerramento, que começou quando eles ficaram
doentes. Isso trouxe um encerramento para ela também. Ela foi
capaz de deixar de lado os arrependimentos que tinha por
desconectar Michael das máquinas.
Jewell limpou a garganta. “Obrigada a todos por terem vindo

hoje. Vamos para um restaurante quando terminar aqui. Eu
adoraria que todos vocês se juntassem a nós."

JAMIE BEGLEY
A resposta esmagadora que deram a ela aliviou a atmosfera

chorosa.
"Deixe-me ligar para o restaurante e conseguir algumas mesas

extras."
Sorrindo, Jewell se afastou da multidão para tirar o celular da

bolsa. Apertando o número que queria, Jewell colocou o telefone
no ouvido enquanto observava os rostos felizes a vários
centímetros de distância.
“Olá, Jewell!"
“Oi, Rider", Jewell falou ao telefone.
"Parabéns. Shade nos disse que você iria se casar hoje. Você
nem nos deu tempo suficiente para chegar aí."
“Foi um impulso do momento." Ela ainda não confiava em si

mesma para tentar convencer Rory a voltar para Treepoint com
eles. A distância deles a ensinou que eles se tornaram sua muleta,
e ela ainda estava aprendendo a andar sozinha.
“Você sabe que Jo e eu te desejamos tudo de bom."
"Eu sei." Jewell continuou observando os rostos à sua frente.

“Jo me ligou esta manhã. Rider, há algo que eu deveria ter dito a
você antes de partir."
"O que? Se é sobre eu ser mais pontual, já recebi essa

mensagem de Shade."
“Não, não é isso", Jewell disse lentamente, temendo o que ela

estava prestes a dizer, mas precisava ser dito. Ela deveria tê-lo
confrontado antes de sair, mas demorou tanto para reconstruir a
confiança de Rider nela depois que ela a quebrou, mostrando a Jo
o verdadeiro Rider. Ela temia que se continuasse pressionando
sobre Delara, prejudicaria sua amizade para sempre. Rory havia
ensinado a ela que quando você ama alguém, não pode viver sua
vida com medo, como se o chão à sua frente fosse areia movediça.

JAMIE BEGLEY
"Rider... deixe-a ir."
O tom de Rider mudou, passando de alegre para frio. “Eu

nunca vou deixar Jo…"
“Não estou falando de Jo." Sua mão tremia enquanto segurava

o telefone com a raiva evidente vindo do outro lado da linha. Foi
por isso que ela não foi corajosa o suficiente para ter essa conversa
antes de deixar Treepoint seis meses atrás. “Deixe Delara ir."
“Ouça, Jewell, parabéns por se casar. Jo precisa de ajuda com

um carro, então eu preciso..."
“Eu sei que meu arrependimento por desligar as máquinas de

Michael influenciou você no que diz respeito a Delara. Eu estava
errada, Rider. Estava sendo egoísta. Eu me arrependi de ter
desligado aquelas máquinas, independentemente da forma que
Michael estaria se eu não tivesse feito isso. Não havia como trazê-
lo de volta à vida que compartilhávamos, assim como não há como
trazer Delara de volta. Jo não vai esperar por você para sempre,
apesar dela lhe dizer isso. Crux está envelhecendo e, mais cedo ou
mais tarde, ele vai saber que você está escolhendo Delara em vez
da mãe dele. Isso criará uma barreira entre vocês."
“Jewell, Jo e eu estamos bem."
“Por enquanto... mas não vai durar, Rider, não com você
segurando Delara pelas razões erradas. Pelo menos meus
arrependimentos vieram de puro amor... o seu vem de vingança.
Você quer fazer a família dela pagar por lhe dar a bomba que ela
detonou, matando seu bebê. Você tem negado a eles o fechamento
de que precisam, assim como tem negado a si mesmo dizendo que
vai continuar casado com ela porque não acha certo quando ela
não consegue entender o que está acontecendo. Delara não vai
voltar, e se por algum milagre ela voltar, você deixaria Jo e Crux
por ela?"
"Não."

JAMIE BEGLEY
“Escolha alguém em quem você confia para tomar a decisão

por você. Alguém completamente imparcial que possa tomar a
melhor decisão médica para ela. Eu não estou dizendo para parar
seus cuidados financeiros; Só estou dizendo para colocar a
decisão nas mãos de outra pessoa. Saia do seu casamento com
Delara e case-se com Jo."
“Quem você quer que eu peça?"
“Dr. Price, Viper, Greer Porter. Qualquer um desses três faria

o que é certo."
"Você está bêbada? Dr. Price e Viper talvez... mas Greer? Você
ficou louca."
“Greer pode sacudir sua corrente, ele faz a de todo mundo, mas
ele vai te dizer o que pensa. Não o subestime. Ele usa isso a seu
favor. Quem ele te lembra?" Jewell deixou uma pitada de sarcasmo
entrar em sua voz. “Se houver um vislumbre de esperança para
Delara, Greer lhe dirá sem rodeios. Se não, ele vai te dizer isso
também." Ela deixou cair o sarcasmo para perguntar gentilmente:
"Não é isso que gostaria se o que você realmente quer é o melhor
para Delara?"
"Vou pensar sobre isso."
“Não pense muito nisso, Rider. O tempo está se afastando de

todos nós. Os quatro anos em que fui presenteada com Michael se
foram em um piscar de olhos. Quando Jo se cansar de esperar,
ela terá terminado, e você não a terá de volta na próxima vez."
“Vou conversar com os três e depois decidir."
"Faça isso. E, Rider?
"Sim?"
"Ainda amigos?"
“Sim, nós somos."

JAMIE BEGLEY
“Quero você tão feliz quanto eu. Dê um abraço no Crux por

mim."
Desligando a ligação, Jewell ligou para o restaurante para

garantir as mesas de que precisavam.
Ela sempre presumiu que haveria uma tensão se ela

conhecesse as pessoas que receberam os órgãos de Michael. Em
vez disso, enquanto ela caminhava de volta entre eles, havia uma
sensação inacreditável de paz que se instalou em seu coração.
Concordando em encontrar todos no restaurante, Rory e ela

permaneceram na calçada enquanto se separavam para ir para
seus carros.
"Você ainda não está com raiva?"
"Não. Os Aldridges..." Jewell não conseguiu pronunciar as

palavras.
“Devon recebeu as córneas de Michael."
“Você fez o nosso dia de casamento perfeito."
“Eu queria..." A tristeza encheu seus olhos. Ele estava tendo

tantos problemas com as palavras quanto ela.
Jewell esboçou um sorriso trêmulo, sabendo instintivamente o

que Rory queria. Ele queria que uma parte de seu filho pudesse
testemunhar a felicidade de sua mãe.
“Você sempre tem que me superar em presentes. Eu te dei um

ursinho de pelúcia no Dia dos Namorados e você me deu a chave
da sua casa."
Rory balançou a cabeça. “Não era apenas um urso de pelúcia.

Eu ouvi a música depois que você saiu para ver sua mãe."
Jewell sentiu uma onda de vermelho subindo pelo pescoço.

“Você ouviu tudo?"

JAMIE BEGLEY
“Eu ouvi o batimento cardíaco no final da música. Seu

batimento cardíaco. Você estava me dizendo que me amava sem
dizer as palavras."
Jewell tentou fazer pouco caso do que ela havia feito. “Não
espere que eu seja tão piegas no próximo Dia dos Namorados", ela
o avisou. “Você terá sorte se conseguir uma caixa de doces. Só
porque eu casei com você, não significa que sou uma coisa certa.
Eu tenho que mantê-lo alerta."
"Falando nisso..." Ele observou enquanto ela colocava o

telefone de volta na bolsa, “foi um telefonema só para pegar as
mesas?"
“Eu liguei para Rider. Queria dizer a ele o quão feliz eu estava."
Jewell viu a reação aliviada de Rory com sua explicação. "Você
pensou que eu havia ligado para Reaper, não é?"
“Não realmente... Talvez", ele confessou.
“Eu te disse que você não tem que ter ciúmes de Reaper. Ele
estava certo; o que sentia por ele era gratidão. O que eu sinto por
você é completamente diferente."
"O que? Você não sente nenhuma gratidão por mim? Droga,
vou ter que trabalhar mais esta noite", brincou.
Jewell sabia que a piada era para minimizar o ciúme que estava
sentindo. Ela não queria que Rory sentisse que estava em segundo
lugar, nunca.
“Reaper nunca foi o que eu poderia ter. Desde o momento em

que nasci, havia apenas um homem que Deus decidiu que estaria
no final da minha jornada, e é você, Rory. Não me casei com você
com o coração partido. Casei com você porque me faz sentir
inteira, como se não fôssemos duas partes diferentes do céu, mas
a mesma coisa."

JAMIE BEGLEY
“Tenha cuidado", ele a repreendeu, puxando-a para mais perto

até que ela mal conseguia respirar. “Você está ficando mole. Não
sei se aguento com tanta gente esperando por nós."
“Ah... eu acho que você pode. Se pôde me convencer a deixar

os Last Riders, conseguir um cachorro feio e me casar com você
no espaço de sete meses, você pode lidar com o Armageddon."
“Você resumiu muito bem como é amar você todos os dias," ele
brincou.
"Não. Era assim que eu era antes de você se casar comigo", ela
o provocou de volta. “Agora que tenho seu anel no dedo, cuidado."
“Devo ter medo?"
“Os Predators nunca têm medo", ela zombou.
“Você é uma Predator agora que estamos casados?"
"Pobre bebê..." ela falou lentamente, dando um tapinha no

peito dele, possessivamente. “Sempre fui uma."
As luzes da feira iluminavam o céu noturno. Ela caminhou ao

lado de Rory com o braço dele sobre seus ombros enquanto
caminhavam ao redor da feira com os Predators.
“Você está aquecida o suficiente? O ar esfriou."
“Como eu poderia estar com frio?" Atirando-lhe um olhar feio,

ela tentou tirar a jaqueta pesada que ele insistiu que ela usasse
antes de sair do clube.
“Da próxima vez, não use esse top quando sairmos, e você não
terá que usar uma jaqueta dizendo que você é minha
propriedade."

JAMIE BEGLEY
“Você se tornou um idiota." Reclamando, ela tentou se livrar do

braço dele para poder tirar a jaqueta.
“Vamos andar na roda gigante", Max gritou da frente da fila.
Jewell tentou se alinhar com o resto dos Predators, mas Rory

usou seu corpo para girá-la em outra direção. “Você sabe que eu
odeio alturas."
Jewell abaixou-se sob seu braço. "Eu quero passear. Vamos."

Pegando sua mão, ela o puxou na fila.
“Eu te disse que fiquei traumatizado quando estava andando

em uma dessas coisas e um filho da puta vomitou em mim de um
assento acima."
“Torch acabou de dizer que ficou traumatizado por uma porra

de roda gigante?" Chacal riu alto atrás deles na fila.
Jewell ouviu Penni silenciando o marido enquanto a fila

avançava.
“Se vai me fazer montar isso, então terá que montar na

Scrambler quando terminarmos."
"Veremos." Aproximando-se dele, ela deu um beijo em sua

bochecha. "Você vai me agradecer mais tarde por enfrentar seus
medos."
"A menos que eu receba vômito de novo", ele resmungou

enquanto o trabalhador os fazia avançar, abrindo a trava de metal
de um assento.
Jewell fez Rory ir primeiro, caso ele desistisse no último

segundo. Colocando-se contra ele, ela não pôde deixar de rir
quando a roda começou a se mover e ela já podia ouvir Max
dizendo a todos para balançarem seus assentos porque Torch
estava com medo.

JAMIE BEGLEY
Recebendo um olhar de reprovação de Rory, Jewell deu a ele

um sorriso fingido de simpatia, mas então ela não pôde deixar de
rir novamente.
“Se aquele grande idiota vomitar em mim depois que ele comeu
todo o carrinho de cachorro-quente, você não poderá se sentar por
um mês", ele ameaçou enquanto o assento se movia mais alto,
parando e indo intermitentemente enquanto o operador enchia os
assentos até que eles estavam no topo e ela podia olhar para baixo
e ver toda a feira espalhada. Então ela olhou para cima e viu as
estrelas brilhando sobre eles.
"Fique quieta. Não nos balance", Rory implorou através dos

lábios pálidos.
“Rory..." Jewell pegou a mão que ela segurava para levá-la ao

rosto corado.
“Se você vai vomitar, eu te dou cem dólares se você mirar no

Chacal."
“Eu não vou vomitar." Ela sorriu, esfregando os nós dos dedos
sobre os lábios franzidos. “E não vou andar de Scrambler."
"Por que não? Então você tem que andar na montanha-russa."
"Eu não posso andar nisso, também." Movendo a mão dele para
baixo, ela a pressionou contra a barriga.
Os olhos de Rory se arregalaram quando ela pressionou a mão

dele com mais força contra ela. “Vamos ter um bebê?"
"Nós vamos ter um bebê", ela confirmou suavemente.
Rory começou a pular e gritar, fazendo o assento balançar

descontroladamente.
"Pare com isso!" Max gritou com uma voz aterrorizada que fez
todos na roda gigante rirem.

JAMIE BEGLEY
Ignorando-os, Rory começou a beijá-la. Sem perceber que a

roda estava se movendo novamente, eles se perderam em seu
próprio mundo até serem trazidos de volta à terra pelo operador
estendendo a mão para destravar o portão.
“Continue, cara. Acabei de descobrir que vou ser pai."
O operador não se importou, abrindo-o, de qualquer maneira.
Jewell se viu arrancada do assento para ser girada para frente

e para trás. Enrolando os braços em volta do pescoço dele, ela se
agarrou com toda a sua força.
Eles saíram do passeio juntos, e ela achava que nunca daria

por garantida a felicidade deles.
Depois de alguns minutos, Rory finalmente conseguiu se

acalmar o suficiente para sair do brinquedo. Os Predators lhe
deram um tapa nas costas com a notícia.
O operador, vendo que ela não havia se afastado, olhou para

ela com cautela, como se esperasse que ela tivesse um ataque por
não poder ficar.
Jewell apenas acenou com a cabeça, mostrando que não queria

um confronto.
“Eu não me importo de entrar na fila novamente. O passeio vale

a pena esperar."

JAMIE BEGLEY

Jamie Begley - 07 - Jewell (Rev)

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Biker Bitches #7 Jewell

Leitura Final e Formatação: Eva

Biker Bitches #7 Jewell

O que mais doeu foi Reaper.

E o que você acha que ela recebeu?

Ele era sexy, no entanto.

Até que... ela não queria andar com mais ninguém.

Biker Bitches #7 Jewell

Jewell usou o quadril para empurrar uma pilha de caixas

"Ninguém vai reclamar comigo."

Fazendo uma cara de zombaria para Shade, ela pegou um rolo

"E isso me preocuparia, como?"

"Os irmãos, não as mulheres?"

Jewell poupou outro minuto para lhe dar outro olhar

Biker Bitches #7 Jewell

Jewell não esperava que Shade mostrasse qualquer diversão

"Termine o que você está fazendo. Todos estão esperando por

"Vá em frente. Estarei dez minutos atrás de você."

Ao som da porta de metal do prédio se abrindo, tanto Shade

"Desculpe, eu não queria que a porta batesse na lateral do

A transformação de Shade na presença de seus filhos nunca

"Qual é a pressa, John?"

"Mamãe me mandou buscar você. Ela disse que você está

"Ela te mandou porque Lily está cansada de você e Clint está

A expressão séria de John fez Jewell rir. John era um Shade

"Não, ela quer sua ajuda com a Mae."

"Então não vamos deixar nossas senhoras esperando."

Voltando-se para ela, Shade deu-lhe um olhar severo que

Biker Bitches #7 Jewell

Jewell lhe deu uma saudação alegre. "Estarei bem atrás de

Sozinha, ela rapidamente terminou as tarefas que ajudariam

"Droga." Jewell entrou no almoxarifado. Ela não podia não

Arrastando a caixa grande para a máquina de flocos, ela voltou

Ao fazer isso, o anel de metal da máquina balançou para trás

Tentando outra tática, ela estendeu a mão para pegar o círculo

Soprando um floco da boca, ela começou a contemplar as

Biker Bitches #7 Jewell

Liberar a frustração e a insatisfação que ela vinha reprimindo

"Sua bunda deveria estar em Ohio, transando, que é onde você

"Nada mudou. Você está no clube, toda quente e confortável,

"Precisa de alguma ajuda?"

Jewell congelou sob os flocos. Levantando os braços, ela então

Olhando para ela estava um homem que nunca tinha visto

"Estamos fechados. Saia", ela retrucou.

Biker Bitches #7 Jewell

"Parece que você precisa de ajuda para sair daí." Levantando a

Jewell grunhiu para ele: "Não brinca, Sherlock."

"O nome não é Sherlock. É Rory. Qual o seu?"

"Suma." Puxando as pernas para cima de modo que os

"As rodas não estão travadas."

O cara tinha um desejo de morte?

Encarando-o, Jewell passou uma perna por cima do carrinho,

"Alguém está tendo um dia ruim." Abaixando a mão, ele lhe

Puxando para baixo sua camiseta vermelha apertada que tinha

Estreitando os olhos no olhar cor de avelã observando o que

"Desculpe você ter desperdiçado uma viagem aqui. Não

Biker Bitches #7 Jewell

para se inscrever ou comprar algo. Aceitamos inscrições e pedidos

Enfiando as mãos no bolso de trás de sua calça jeans, ele

Sério? Jewell não era uma garota ingênua de dezesseis anos.

Balançando para frente e para trás em suas botas de neve

Longe de se desencorajar com sua atitude antagônica, o sorriso

Biker Bitches #7 Jewell