Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Sangue
da Expiação
Introdução
Primeira Parte
O QUE O SANGUE FAZ?
1. O sangue clama por vingança
2. O sangue protege da vingança
3. O sangue dá acesso a Deus
4. Por que o sangue salva?
5. O sangue de quem salva?
6. A quem e a que o sangue salva?
7. Benefícios assegurados pelo sangue
Segunda Parte
O QUE O SANGUE NÃO FAZ
8. O sangue não dispensa a fé e a obediência
9. O sangue não prescinde do pão
10. O sangue não faz o trabalho da água
11. O sangue não realiza a tarefa do óleo
12. O sangue não substitui a disciplina
13. O sangue não cumpre a função da espada
Notas
INTRODUÇÃO
este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo;
não somente com água, mas também com a água e com o
sangue [isto é, não somente pelo poder ou virtude da água,
mas também pelo poder ou virtude da água e do sangue].
(1João 5:6)
Claro que o Deus onisciente não precisava de provas
visíveis de que o cordeiro fora morto na casa dos israelitas ou
que Jesus morrera realmente. Quanto ao último fato, ele
recebera de volta o espírito entregue, sem o qual a vida
corporal do homem não se mantém.12 O Governante supremo
administra o universo sob observação de homens e anjos, e
dentre eles muitos são inimigos e críticos. Não se deve dar
motivo para que se queixem de que o governo divino não é
sempre e totalmente justo. O homem caído e os anjos caídos
estão prontos para reclamar. Adão imediatamente insinuou
que Deus era o culpado pela tentação do homem: “A mulher
que me deste” me enganou (Gn 3:12). Os descendentes de
Adão são muito mais propensos a culpar o Todo-Poderoso
quanto à ordem que ele dá aos assuntos humanos. Satanás não
hesitou em sugerir que Deus tinha sido indevidamente
favorável a Jó, tornando a vida muito fácil para ele (Jó 1:9-11).
Em particular, não se deve permitir que Satanás, como o
principal executor da sentença divina de morte ao pecador
(“aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”, Hb 2:14),
tenha o direito de reclamar que alguns homens são retirados
de sua esfera de ação sem fundamentação na lei e contra a
justiça. No Egito, o sangue era a prova de que a sentença fora
executada e que o Destruidor não tinha o direito de entrar na
casa. Assim também o sangue de Jesus liberta da jurisdição do
diabo quem crê no Senhor. O crente é transportado da esfera
de autoridade do príncipe das trevas para o reino do Filho do
amor de Deus (Cl 1:13).
Cristo, por meio da morte, destruiu o poder de Satanás
sobre os que creem em Jesus e os livra do pavor da morte. Eles
“em Jesus dormem” (1Ts 4:14, ARC) e estão sob seus cuidados
e em sua companhia como o ladrão arrependido (Lc 23:43),
pois “morrem no Senhor” (Ap 14:13). O sangue da Vítima é a
justificação da verdadeira e bendita libertação através da
morte, e a prova de que a morte, a pena do pecado, foi exigida,
pois Jesus na cruz se fez responsável (Is 53:7).13
Quando a dívida é paga, o oficial de justiça perde o
direito de entrada e execução. Se por erro judiciário um
inocente fosse punido por um crime, e mais tarde o verdadeiro
culpado confessasse ou fosse descoberto, o culpado escaparia
da punição. A lei sustentaria que a pena total, tendo sido
realmente paga por outro, não poderia ser aplicada outra vez
para ser cumprida. E:
“Foi de uma vez por todas, agora, no fim dos tempos, que
ele se manifestou para abolir o pecado através do seu próprio
sacrifício” (Hb 9:26, BJ). De quem é o sangue que salva? “[Vós]
fostes resgatados pelo precioso sangue, como de cordeiro sem
defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”, “no qual temos a
redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a
riqueza da sua graça [de Deus]” (1Pe 1:18-19; Ef 1:7).
Capítulo 6
A QUEM E A QUE
O SANGUE SALVA?
Expiação
Propiciação
Reconciliação
Liddon acrescenta:
Perdão
Justificação
O sangue expiatório de Cristo assegura mais do que o
perdão; assegura também a justificação.
Remissão
Redenção
Santificação
Acesso
Vitória
Quando a vitória se torna fato, o que vem depois? Vem a
expectativa espiritual e o equivalente prazeroso das portas de
pérolas, das ruas de ouro e das harpas! Então, sucede a paz
como um rio e a alegria como uma fonte, porque:
Um Reino Sacerdotal
Só o sangue
A necessidade de água
A lavagem da água
O segundo principal uso da água é a lavagem, requisito
tanto para a pessoa como para a roupa. Para cumprir essa
função, a água é o único agente natural e adequado.
1. A purificação do leproso. Em Israel, o leproso era uma
pessoa redimida que estava sob o castigo divino por conta de
seu pecado. Todos os israelitas tinham a garantia clara de que
se obedecessem aos mandamentos e guardassem os estatutos
do Senhor, as doenças do Egito não lhes tocariam (Êx 15:26). A
cura e purificação do leproso em Israel (Lv 14:1-32)
representam o arrependimento, o perdão e a restauração do
crente desviado. Na restauração, o primeiro ato era feito por
Deus: a cura do leproso. O segundo ato era que a água viva,
isto é, a água corrente (não água estagnada) era trazida, uma
ave era imolada de maneira que o sangue caísse na água e a
mistura de água e sangue era aspergida sobre o homem
curado. As duas operações têm correspondentes espirituais.
Vede, irmãos, que não haja entre vós quem tenha coração mau
e infiel... para que ninguém de vós se endureça, seduzido pelo
pecado. Pois nos tornamos companheiros de Cristo, contanto
que mantenhamos firme até o fim a nossa confiança inicial.
(Hebreus 3:12-14, BJ)
<foto-do-autor>
GEORGE HENRY LANG nasceu em 20 de novembro de 1874 em Londres,
e morreu em Wimborne, Dorset, Inglaterra, em 20 de outubro de 1958.
Recebeu a salvação quando tinha sete anos e meio. Sua obra literária
compõe-se de catorze grandes livros e inúmeros artigos. Disse, certa vez,
que: “Ninguém deve escrever um livro antes dos quarenta anos. É
necessário que o escritor prove suas teorias na prática antes de publicá-las”.
A maioria dos livros de Lang foi publicada depois dos cinquenta anos.
“abismos” ou “destruição” (veja a TB, que quase sempre grafa por Abadom
mesmo). Para um entendimento melhor do assunto do Hades e demais
regiões do além-túmulo, veja Hades: O Lugar dos Mortos, de Robert Govett,
publicado por esta editora.
4 N. do T.: O tempo do exílio dos judeus na Babilônia.
5 C. F. Keil & F. Delitzsch, “Isaiah”, in Commentary on the Old Testament,
“morrer”, pois a morte era a pena por comer sangue, como fora
anteriormente anunciado a Noé (Gn 9:5-6).
12 O espírito que anima deve ser diferenciado da alma e do corpo. As
נגשׁ הוא נענהpor “foi exigido e ele se fez responsável” (Is 53:7a: “foi oprimido
e humilhado”, ARA), e afirmou que as palavras indicam que a lei exigia a
aflição dos pecadores como punição pela dívida, mas que Cristo
voluntariamente assumiu a responsabilidade de ser afligido no lugar deles.
Isaiah: A New Translation with a Preliminary Dissertation and Notes Critical,
Philosophical and Explanatory (Isaías: Uma Nova Tradução com uma
Dissertação Preliminar e Notas Críticas, Filosóficas e Explicativas)
(Cambridge: H. S. Baynes, 1825), p. 195.
14 Extraído do hino From Whence This Fear and Unbelief? (De Onde Vêm
E. A. Wallis Budge (Londres: Kegan Paul, Trench, Trübner & Co., 1901), p.
62-63, veja p. 32.
19 R. B. Girdlestone, Synonyms Of The Old Testament: Their Bearing on
Vejam! Jesus Está em Pé), letra de James George Deck (1807-1884) e música
de Alexander Robert Reinagle (1756-1809). [Tradução livre.]
32 Extraído do hino 138, do hinário Psalms and Hymns and Spiritual Songs