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Sermão 4

Série: Doutrina Esquecida

A FORMA DE DEUS LIDAR COM O PECADO E PECADORES

INTRODUÇÃO
a) Boa noite! Hoje chegamos ao último tema da Série “Doutrina Esquecida”.

b) Na semana passada estudamos sobre o significado a biografia de Cristo


como Sumo Sacerdote no Santuário Celestial.

c) Estudamos, de forma sintetizada, o livro de Hebreus e como cada capítulo


aponta para Cristo e Sua soberania como o nosso Sumo Sacerdote no Céu.

d) Então chegamos ao último episódio desta série com o título: “A Forma de


Deus lidar com o Pecado e Pecadores”.

e) E hoje iremos estudar sobre como Deus lida com o pecado e aqueles que
buscam seu prazer nas coisas pecaminosas deste mundo.

1.0. DEUS MANTÉM UM REGISTRO ACERCA DE TODO HOMEM.


a) Na descrição do juízo dada a Daniel em visão, é dito: “Assentou-se o
tribunal, e se abriram os livros” (Dn 7:10).

b) E o apóstolo João escreveu acerca do juízo final em que homens e anjos


maus receberão seu castigo: “Vi também mortos, os grandes e os pequenos,
postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o
Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo a suas obras,
conforme o que se achava escrito nos livros” (Ap 20:12).

c) Então, as decisões do juízo são elaboradas com base no que está escrito
nesses livros.

d) Não é possível supor que os livros mencionados sejam livros da lei, pois
João viu que o que está escrito nos livros é “segundo as suas obras”.
Obviamente são livros de registro.

1.1. OS DOIS LIVROS DE DEUS.


a) Na Bíblia encontramos a existência de dois livros no Céu.

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I – LIVRO DE MEMÓRIA:

b) As Escrituras mencionam um Livro de Memória ou Memorial:

c) Neste livro se encontra o registro das boas obras das pessoas, quer seja
atos, palavras ou intensões.

d) “Então, os que temiam ao Senhor falaram uns aos outros; o Senhor atentava
e ouvia; havia um memorial escrito diante dEle para os que temem ao Senhor
e para os que se lembram do Seu nome. Eles serão para Mim particular
tesouro, naquele dia que preparei, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 3:16,
17).

e) “Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolhestes as minhas


lágrimas no Teu odre; não estão elas inscritas no Teu livro?” (Sl 56:8).

f) Mas também se acha registrados os atos maus dos homens:

g) “Deus há de trazer juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer
sejam boas, quer sejam más” (Ec 12:14).

h) Cristo advertiu os Seus ouvintes de que “toda palavra frívola” seria


considerada no juízo, e que por suas palavras, boas ou más, os homens
seriam justificados ou condenados (Mt 12:36, 37).

i) Até mesmo os pensamentos e motivações dos homens são registrados nos


livros do alto, pois o apóstolo Paulo adverte de que no juízo o Senhor “não
somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também
manifestará os desígnios dos corações” (1Co 4:5).

j) É evidente que o relato celestial fez uma completa biografia de todo


indivíduo que já viveu na Terra, não omitindo coisa alguma que pudesse
ter qualquer influência na decisão do Juiz Onipotente.

2 – LIVRO DA VIDA:

k) Outro livro é mencionando em Apocalipse 20: o Livro da Vida.

l) Este livro as vezes é chamado pelo seu nome (Livro da Vida) e em outras
vezes é apenas feita alusão a ele.

m) Moisés sabia a existência deste livro, do contrário não tinha dito para Deus:
“Risca-me, peço-Te, do livro que escreveste” (Êx 32:32). Ele disse isso
quando rogou a Deus que perdoasse os rebeldes israelitas.

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n) Cristo disse aos discípulos: “Alegrai-vos [...] porque vosso nome está escrito
no Céu” (Lc 10:20).

o) E Paulo menciona: “Cooperadores meus, cujos nomes se encontram no Livro


da Vida” (Fp 4:3).

p) O Livro da Vida contém os nomes dos que, finalmente, hão de escapar da


punição do juízo (Ap 20:15), e que terão o privilégio de entrar na Nova
Jerusalém (Ap 21:27).

q) No tempo do Juízo Final, o Livro da Vida só conterá o nome dos que são
escolhidos pelo tribunal celestial para fruir as recompensas da vida
eterna.

r) Mas é claro que esses não são os únicos nomes que já estiveram no Livro
da Vida.

s) Moisés estava disposto para que seu nome fosse riscado do Livro da Vida.
Isso mostra ser possível apagar o nome deste livro. E Deus mesmo revelou
as condições sob as quais tal cancelamento se daria:

t) “Riscarei de meu Livro todo aquele que pecar contra Mim” (Êx 32:33).

u) Em visão, o apóstolo João viu o mesmo fato, expresso de outro modo: “O


vencedor será vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o
seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de
Meu Pai e diante dos Seus anjos” (Ap 3:5).

v) Os que, pelos méritos do sangue de Cristo derramado, alcançarem a


vitória sobre o pecado permanecerão no Livro da Vida. Do contrário, os
que não vencerem terão o nome apagado como pecadores contra Deus.

1.2. A FUNÇÃO DOS DOIS LIVROS.


a) Compreendemos que o Livro da Vida é o registro dos que professaram ser
seguidores de Deus e deram início à caminhada rumo à vida eterna.

b) O apóstolo Paulo fala da “igreja dos primogênitos, cujos nomes estão


escritos nos céus” (Hb 12:23).

c) Ou seja, falando em linguagem comum, diríamos que o Livro da Vida é o


registro celestial da igreja na terra. Nessa lista estão todos os que Deus
pode considerar candidatos aos seu Reino eterno, desde Adão até a última
pessoa na Terra que aceitou Jesus como o seu Senhor e Salvador.

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d) Cremos que o processo de riscar ou eliminar os nomes do Livro da Vida é


uma obra do Juízo Investigativo.

e) O completo e perfeito exame de todos os candidatos à vida eterna terá de


ser feito antes que Cristo volte nas nuvens do céu, pois, quando Ele
parecer, já terão sido tomadas as decisões para a vida ou para morte.

2.0. O APAGAMENTO DO PECADO.


a) Mas não somente os nomes serão apagados do Livro da Vida. A Bíblia fala
também do apagamento do próprio pecado.

b) Davi rogou: “Segundo a multidão das Tuas misericórdias, apaga as minhas


transgressões” (Sl 51:1).

c) O apóstolo Pedro aguardava o tempo em que, por motivo do


arrependimento dos homens, seus pecados fossem “cancelados” (At 3:19).

d) Nas Escrituras nota-se diferença entre o perdão e o apagamento do


pecado. O perdão dos nossos pecados é muito real, e é algo que pode ser
conhecido e experimentado pela fé viva em nosso Senhor. No ato divino
do perdão, nossos pecados são removidos de nós, e somos livres, libertos
e salvos. Mas a destruição final do pecado aguarda o dia do ajuste de
contas divino, quando o pecado será para sempre extinto do Universo de
Deus.

e) LEITURA: O verdadeiro apagamento do pecado, portanto, não pode


efetuar-se no momento de ser perdoado o pecado, pois atos e atitudes
posteriores podem afetar a decisão final. Em vez disso, o pecado
permanece no registro até que a vida termine – com efeito as Escrituras
indicam que ele permanece até o juízo.

2.1. CRISTO NOSSO ADVOGADO.


a) A Bíblia apresenta Cristo como nosso Advogado: “Se, todavia, alguém
pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo” (1Jo 2:1).

b) Mas Cristo não pode defender nosso caso, a menos que confiemos
completamente a Ele. Não nos representa à revelia da nossa vontade, nem
força os homens a entrar no Céu contrariando à sua própria decisão.

c) A única forma dele tomar o nosso caso e defender diante do tribunal divino
é orientada pelas Escrituras: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel

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e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo
1:9).

d) Deus pode perdoar porque Cristo pagou a penalidade. Cristo é, então, o


representante do pecador, e alega os méritos de Seu próprio sacrifício
expiatório em favor do pecador.

e) Quando Cristo Se encarrega de um caso no tribunal celestial, não existe a


mínima possibilidade de que Ele perca a causa, pois conhece todos os
fatos, e é capaz de aplicar o remédio.

f) “Ao abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em revista perante


Deus a vida de todos os que creram em Jesus. Começando pelos que
primeiro viveram na Terra, nosso Advogado apresenta os casos de cada
geração sucessiva, finalizando com os vivos. Todo nome é mencionado, cada
caso minuciosamente investigado. Aceitam-se nomes, e rejeitam-se nomes.
Quando alguém tem pecados que permanecem nos livros de registro, para
os quais não houve arrependimento nem perdão, seu nome será omitido do
livro da vida, e o relato de suas boas ações apagado do livro memorial de
Deus. [...] Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado
e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício
expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros do Céu;
tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o
seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e
eles próprios havidos por dignos da vida eterna” (O Grande Conflito, p.
482, 483).

3.0. CONCLUSÃO E APELO: O FIM DEFINITIVO DO PECADO.


a) Tendo concluído Seu ministério como Sumo Sacerdote, nosso Salvador
retorna à Terra, em glória, e então Satanás é lançado no abismo, onde ele
e seus confederados de rebelião permanecerão por todo o milênio (Ap
20:1-2).

b) A Terra se torna então seu cárcere, e ele se verá em meio a completa


devastação. Depois, no fim dos mil anos, os ímpios mortos ressuscitam e,
como o diabo e seus anjos, são lançados no lago de fogo.

c) Esta será a segunda morte, ou morte eterna (Ap 20:13-15).

d) “O dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não
lhes deixará nem raiz nem ramo” (Ml 4:1).

e) “Mais um pouco de tempo, e já não existirá ímpio; procurarás o seu lugar e


não o acharás. Mas os mansos herdarão a Terra e se deleitarão na
abundância de paz” (Sl 37:10, 11).

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f) “Pois a Terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as


águas cobrem o mar” (Hc 2:14).

g) Assim, dizemos: “Bendito para sempre o Seu glorioso nome, e da Sua glória
se encha toda a Terra. Amém e Amém!” (Sl 72:19).

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