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Apenas pela Graça

Introdução

Na pregação passada, nós pudemos entender bem o caráter a obra substitutiva de


Cristo na Cruz. Nós vimos que Cristo morreu como o nosso substituto, pagando o justo
preço pelo nosso pecado para nos habilitar a chegar diante de Deus.

No entanto, tão importante quanto saber o que significa a obra de Cristo, é saber
como Cristo aplica a sua obra em nós. E a Bíblia é muito clara nesse ponto: Apenas pela
Graça de Deus é que a obra de Cristo é aplicada a nós. Unicamente por meio da graça é
que podemos receber a bênção da salvação.

Só que, recentemente, o conceito de salvação pela graça tem sofrido algumas


modificações. Há muitos que dizem “A salvação é pela graça, se o homem cooperar
com ela”. Ou seja, essas pessoas acreditam que o homem possui a capacidade de
cooperar com a graça de Deus. Assim, dois trabalham na salvação, Deus, oferecendo a
graça, e o homem, que deve aceitar ou rejeita-la.

Mas é importante que paremos e nos perguntemos aqui: Será que é assim mesmo?
Será que eu sou capaz e por isso devo cooperar com a graça de Deus para a minha
salvação? Será que realmente eu preciso fazer a minha parte? É isso mesmo que é
ensinado nas Escrituras?

Irmãos, eu quero dizer-vos que uma Igreja Saudável precisa entender muito bem o
conceito da graça de Deus, pois o nosso entendimento da salvação depende do nosso
entendimento do papel da graça de Deus. Uma igreja que não compreende o que é
salvação pela graça correrá sérios riscos de abrigar descrentes em seu meio, pessoas
com vestes travestidas de crente, mas que estão longes e rebeldes contra Deus. Por isso,
uma Igreja saudável precisa compreender muito bem o que é salvação pela graça.

Vamos orar.

Abram suas Bíblias em Efésios 2:1-7.

A carta aos Efésios é uma das cartas mais magníficas e profundas de Paulo.
Certamente, depois de Romanos, é a carta que traz as verdades mais elevadas escritas
pelo apóstolo dos gentios.
Ela foi escrita quando Paulo estava preso em Roma, e foi enviada junto com a carta
aos Colocensses. No entanto, o povo de Éfeso e o povo de Colossos estavam enfrentado
problemas diferentes. O povo de Colossos estava passando por dificuldades quanto a
pessoa de Cristo. Esta carta foi escrita, então, para combater os problemas em relação às
heresias sobre Cristo, e por isso Paulo focalizou mais na Pessoa de Cristo.

Já a carta aos Efésios lida com um problema mais interno, muito semelhante ao
problema que ele tratou no livro de Romanos: a relação entre judeus e gentios. O
apóstolo Paulo escreve, portanto, explicando acerca da natureza da Igreja. Ele
demonstra que a Igreja era um mistério no Antigo Testamento. Algo que não era
previsto. E que foi revelado agora depois do ministério de Cristo, por meio dos
apóstolos. A Igreja é uma unidade de judeus e gentios no evangelho. A Igreja é uma
comunidade formada por pessoas de todas as tribos e raças, que foram salvas por meio
do Evangelho.

Sendo assim, o tema central da carta aos Efésios é a Igreja. Paulo tenta explicar aos
seus leitores o que é a Igreja, e como se deve proceder nela. E se você notar, é assim que
ele organiza a sua carta: Dos capítulos 1 a 3 ele mostra a natureza essencial da Igreja,
uma comunidade universal unida pelo evangelho. Dos capítulos 4 a 6 ele mostra a
prática de uma Igreja. Ele fala da união que precisa haver, do mútuo serviço e faz uma
série de exortações.

O texto que nós lemos é o coração dessa primeira seção, pois ele fala justamente da
salvação. Se a igreja é uma união de judeus e gentios na mesma salvação de Cristo,
então que salvação é essa? Nós somos salvos de que? O que acontece conosco quando a
somos salvos?

E a idéia central que Paulo nos ensina é que A Salvação é uma Obra inteiramente
realizada pela Graça de Deus. Nós somos salvos pela graça. Se não fosse a graça de
Deus, ninguém seria salvo.

Para demonstrar essa verdade, Paulo nos apresenta os dois estados do homem: O
Estado do homem sem a Graça (1-3), e o Estado do homem com a Graça (4-7). Vamos
estudar o texto e notar cada um desses estados.

Meu propósito é aqui é, por intermédio do texto bíblico, convencer vocês de que a
Salvação é uma obra realizada inteiramente pela graça de Deus. Então, vamos ao
texto.
I. O Estado do Homem sem a Graça

A. Morto (Alienado)

1. A má notícia.

a) Um primeiro ponto interessante é que essa expressão “ele


vos deu vida”, no texto bíblico original, no grego, só aparece nos
versículo 5. Os tradutores anteciparam a idéia do verso 5 para nos
ajudar a compreender o que Paulo está dizendo aqui.

b) Mas é importante salientar aqui que Paulo não começa


falando de salvação, ele fala de perdição. É a mesma coisa que
ele fez em Romanos 1:17 e 18. Paulo fala da justiça de Deus que
se revela no Evangelho. E quando ele vai explicar o que é o
Evangelho, ele começa dizendo “A ira de Deus se revela do céu
contra toda impiedade e perverção dos homens”. Ele começa com
uma má notícia, os homens estão todos perdidos diante de Deus.

c) Ele faz o mesmo aqui. Ele começa a sua explicação sobre


a salvação falando do pecado e da condição desesperadora que o
homem se encontra por causa do seu pecado. Ou seja, irmãos, as
boas notícias do Evangelho começam com a má notícia do
pecado. Mas por que?

d) A resposta é que nós não podemos entender a graça sem


antes compreender a pecaminosidade do homem. Para a gente
entender o que é a graça de Deus, e porque a salvação é uma obra
da graça, é preciso primeiro entender a natureza da condição do
homem. O problema que muitos não entendem a doutrina da
salvação pela graça, é que não entendem a pecaminosidade que a
Bíblia diz que o homem tem. Mas qual é, então, o estado do
homem sem a graça?

2. Morto

a) O texto descreve o estado do homem sem a graça com


duas carcaterísticas: Em primeiro lugar, o homem sem a graça é
descrito como “morto em seus delitos e pecados”.
b) A Bíblia fala de três tipos de morte

(1) A morte física – 1 Cor 15:21 “Visto que a morte


veio por um homem, também por um homem veio a
ressurreição dos mortos.”

(2) A morte espiritual – o texto que estamos


estudando

(3) A morte eterna - Apo 20:14 Então, a morte e o


inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta
é a segunda morte, o lago de fogo.

c) “morte” nas escrituras carrega sempre o sentido básico de


“separação”.

(1) A morte física é a separação do corpo com a alma


- Tgo 2:26 Porque, assim como o corpo sem espírito é
morto, assim também a fé sem obras é morta.

(2) A morte eterna é a separação eterna do homem


com Deus – Rom 6:23 – porque o salário do pecado é a
morte...

(3) Assim, a morte espiritual é uma separação


espiritual entre o homem e Deus.

d) Isaías 59:2 – Mas as vossas iniqüidades fazem separação


entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu
rosto de vós, para que vos não ouça.

e) Quando Adão pecou, ele experimentou esse desejo de


isolar-se de Deus

(1) Gen 3:7,8 – Abriram-se, então, os olhos de ambos;


e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de
figueira e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz
do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do
dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o
homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
f) Sendo assim, quando o texto diz que os homens estão
mortos, ele está nos avisando que todos nós, por causa do nosso
pecado estamos alienados de Deus. Que existe uma barreira de
separação espiritual entre nós e Deus. Que os homens vivem em
uma esfera distinta da esfera em que Deus vive, e esta esfera são
seus delitos e pecados.

g) O homem morto é aquele que vive na esfera do pecado.


Imagine duas esferar, dois círculos. Em um círculo está o
conjunto dos que estão com Deus. No outro está o círculo dos que
não estão com Deus. Este é o conjunto dos que estão em seus
delitos e pecados. Eles são ofensores de Deus, essa é a idéia de
“delito”. Eles vivem a ofender a Deus. Eles não glorificam a
Deus, essa é a idéia de “pecado”. Então, nesta esfera em que
todos os homems estão naturalmente, é uma esfera onde Deus, de
maneira nenhuma, é agradado e glorificado. E a esse estado de
vida completamente alienada de Deus, Paulo chama de morte.

h) Assim, o texto nos deixa muito claro, que o homem sem a


graça de Deus se encontra “morto”.

i) Mas o texto prossegue em descrever esse estado de


alienação. E o que Paulo pinta aqui, irmãos, é que o homem sem
a graça está em uma situação desesperadora diante de Deus.

j) Veja aqui: Em primeiro lugar, ele diz que o homem é


“mundano”

B. Mundano

1. Note que o texto diz “no qual andastes outrora segundo o curso
deste mundo”.

2. Eu quero, antes de falar do estado mundano, que você entenda o


que Paulo quer dizer com “andastes”.

3. Os judeus tinham a idéia de que “andar” é seguir uma autoridade.


Esta era uma expressão típicamente judaica, como a expressão “picar a
mula” é tipicamente gaúcha. O código de leis dos judeus era chamado de
Halacha, que quer dizer andar. Então, andar “segundo” é viver de acordo
com determinada autoridade. É viver de acordo com o senhorio de
alguém, ou de um grupo de leis.

4. Então, andar segundo o curso deste mundo é andar de acordo


com os “padrões morais mundanos”. É viver a vida seguindo a maneira
mundana de se viver. E o mundo é este sistema contrário a Deus, que
produz tudo o que ofende e desagrada a Deus.

5. Então, veja comigo a condição do homem morto. Ele é mundano.


Ele vive e sobrevive para ofender a Deus, mesmo que ele não faça isso
conscientemente, por ser mundano, ele está inserido em um sistema que
tem como propósito principal ofender a Santidade e a Glória de Deus. E
assim estão todos os homens sem a graça.

C. Satanico

1. Mas o homem morto não é apenas mundano. Ele é satanico.

2. Veja que o texto diz “nos quais andastes outrora... segundo o


príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediencia”.

3. Veja que Paulo chama Satanás de Principe. Mas a palavra que


Paulo utilizou no texto grego era a palavra usada para o magistral da
cidade, aquela pessoa que ditava as regras. E o que Paulo quer nos
informar é que os mortos são aqueles que vivem de acordo com as regras
ditadas por Satanás. O morto vive “de acordo com” este magistral. Ele é
um servo de Satanás, quer ele saiba disso que não.

4. A Biblia fala de pessoas que são “filhos do diabo. - 1Jo 3:10


Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele
que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a
seu irmão.” Então, a idéia é que, ou você é um filho de Deus, ou um filho
do Diabo. Ou você serve a Deus, ou serve ao Diabo. Ou você anda com
Deus, ou anda com o diabo.

5. Mas o diabo não é apenas é o senhor dos mortos espirituais, mas


o texto diz que ele atua nos filhos da desobediencia. E é muito
interessante que a palavra grega traduzida como “atuar” é a mesma
palavra que nós usamos para “energia” ou “energizar”. Ou seja, Sataná
energiza os filhos da desobediencia. Todas as ações daqueles que estão
distantes de Deus, são ações movidas por motivações satânicas, que a
pessoa esteja consciente disso, que não.

6. Então, este é um quadro extremamente desesperador, pois o


homem sem a graça de Deus é, nada mais, nada menos, do que um
homem satanico, servo de satanás, a viver para satisfazer sua vontade.

D. Carnal

1. Por fim, o texto diz que o homem sem a graça, anda “segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos”.

2. Carne é a forma do NT se referir à natureza irregenerada.

3. Gálatas 5:19 fala das obras da carne. Ou seja, as ações típicas


dessa natureza irregenerada.

4. Quero chamar a atenção à expressão “vontade da carne”. O morto


tem a sua vontade sujeita ao pecado. Ele obedece a Satanás, por obedecer
a uma vontade pecaminosa.

E. Conclusão do estado de alienação

1. O homem sem a graça possui um senhor, Satanás.

2. O homem sem a graça possui um padrão de vida, o mundano.

3. O homem sem a graça possui uma vontade pecaminosa. Sua


vontade está condicionada ao pecado.

4. Então, como o homem poderia por si só sair dessa situação?


Como o homem pode ter a capacidade de escolher a Deus, se tudo o que
ele faz é ofensivo a Deus? Como ele vai ter vontade por Deus se sua
vontade é sempre pecaminosa???

5. Mas a situação não para por aí. O texto diz que o morto, além de
alienado, ele é condenado!!!

F. Condenado

1. O texto diz “e éramos, por natureza, filhos da ira.”


2. “por natureza”, era a nossa condição.

3. “filhos da ira”, expostos a herdar a ira em resultado do nosso


estado de pecaminosidade.

4. Esta ira é o juízo eterno, o terrível dia que virá para punir os maus
com a justa e santa ira de Deus. (Rom 2:5) Mas, segundo a tua dureza e
coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da
revelação do justo juízo de Deus,

G. Aplicação

1. Irmãos, a correta compreensão da salvação depende da correta


compreensão do estado do homem. Se você acha que o problema do
homem é opressão social, então voce vai mover a igreja a realizar
trabalho social. Se você acha que o problema do homem é falta de
educação, a igreja deve fundar escolas.

2. Mas o texto aqui diz que o problema do homem é muito mais


sério e muito mais grave que poderíamos imaginar. O homem é um
pecador, completamente sujo diante de Deus. O homem é seu inimigo.
Ele odeia a Deus, mesmo que ele não saiba disso, mas ele tem prazer em
ofender a Deus, pois ele tem prazer no pecado.

3. Paulo nos dá mais uma compreensão do nosso estado natural


quando diz em Romanos 1:30-32 que os homens são “caluniadores,
aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de
males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural
e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que
são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as
fazem, mas também aprovam os que assim procedem”.

4. Nós vivemos em um mundo assim, que ri do pecado, que faz


piada da corrupção da homossexualidade. Onde o pecado é aplaudido e a
virtude é ridicularizada. Os homens são assim. Suas vontades são
contrárias à vontade de Deus. Eles sentem muito mais prazer nas
riquezas desta vida do que nas riquezas da vida futura. Eles sentem muito
mais prazer com o lambuzar-se no lamaçal do pecado, do que no lavar-se
com o sangue do Cordeiro.
5. E então eu faço uma pergunta: Que saída existe para a situação do
homem? Que poderá fazer o homem em favor de si mesmo? Como
poderíamos nós dizer que o homem deve escolher a Deus se sua vontade
é dominada pelo pecado? Como pode o morto se levantar? Como pode o
morto enxergar? Como pode o morto se arrepender? Como pode o morto
amar a Cristo? Não, não pode!!! O texto de Efésios 2 nos deixa muito
claro!!! Ele não pode escolher a Deus, pois suas escolhas são sempre
pecaminosas.

6. A situação do homem é realmente desesperadora.

7. Mas eu peço. Olhe e leia para mim as primeiras duas palavras do


versículo 4: MAS DEUS. Deus fez e faz algo para ajudar o homem. E
parte de Deus essa iniciativa. Não é, mas o homem com algo de bom.... É
MAS DEUS.

8. E o que Deus fez? Ele nos deu a sua graça. Veja o verso 5 que diz
“pela graça sois salvos”. Na lingua grega, essa expressão “sois salvos” é
chamado de passivo divino, ou seja, é uma expressão na voz passiva mas
que pressupoe que Deus é o agente. Ou seja, o que Paulo quer dizer é que
“pela graça sois salvos por Deus”.

9. Então, Deus manifestou a sua graça a nós. Deus não quis nos
tratar segundo os nossos merecimentos, e decidiu salvar pecadores por
intermédio da sua graça. Apenas a graça pode salvar pecadores. Só há
uma maneira de Deus salvar pecadores, e é pela sua graça!!!

10. É apenas uma ação soberana, sobrenatural e graciosa de Deus em


nós que pode nos libertar das amarras do pecado, do mundo e de satanás.

11. E é exatamente sobre isso que Paulo vai falar dos versos 4 em
diante: do Estado do Homem com a Graça de Deus.

II. O Estado do Homem com a Graça

A. A motivação da Graça

1. A misericórdia
a) Paulo, antes de falar do efeito da graça no pecador, ele
fala da motivação.

b) Primeiro, a graça é motivada pela grande misericórdia de


Deus.

c) Misericórdia é Deus decidir não tratar o homem segundo


os seus merecimentos.

d) Paulo já havia dito em Romanos que a misericórdia é uma


ação soberana de Deus

(1) Rom 9:15 Pois ele diz a Moisés: Terei


misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e
compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.

e) Então, a primeira motivação de Deus em ser gracioso, foi


a sua decisão soberana de ser misericordioso com algumas
pessoas. Deus viu que a humanidade estava toda corrompida em
pecado e decidiu ser misericordioso com alguns.

B. O amor

1. A segunda motivação é o amor de Deus. A salvação é uma


manifestação do amor de Deus.

2. A maior manifestação do amor de Deus foi o fato de ele ter


enviado Cristo para morrer por seus inimigos.

a) Rom 5:8 Mas Deus prova o seu próprio amor para


conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores.

3. Isso é o que é chamado na teologia de amor eletivo, que é uma


demonstração do amor de Deus que ele não faz para todo mundo. Veja
que Paulo diz “o amor com que nos amou”. Deus decidiu amar aos seus
eleitos de uma forma especial e soberana.

C. A nossa necessidade

1. A terceira motivação para ser gracioso é a necessiade do homem.

2. Paulo repete a idéia anterior de morte para ressaltar que em um


estado de morto, só a graça pode resolver. Então, nosso estado nos torna
necessitados da graça.

D. Uma aplicação

1. Por que Deus decide salvar a pecadores? Qual a motivação de


Deus.

2. Não é por causa do valor do homem, mas unicamente pela sua


vontade soberana.

III. Os efeitos da graça

A. A união com Cristo na sua morte

1. Agora nós chegamos no ponto do que é essa graça que Deus usa
para nos salvar.

2. Essa graça é a união com Cristo. Paulo repete três vezes a idéia
de união com Cristo.

3. Em primeiro lugar, fomos vivificados com Cristo. Ou seja,


recebemos a vida espiritual de Cristo, essa comunhão com Deus. Como
vimos na pregação passada, a justiça de Cristo passou a nós.

4. Essa é a doutrina da regeneração, do novo nascimento. É o


morrer para o mundo, e renascer para Deus. É ser liberto dos laços de
Satanás, do pecado e do mundo, e ser entregue ao completo senhorio de
Deus.

5. Então, ser vivificado com Cristo é sair do estado de alienação e


condenação, para passar a um estado de união e segurança eterna com
Deus.

6. E essa segurança é expressa na nossa união com Cristo em sua


ressurreição e ascenção. Ou seja, Cristo nos garante que assim como ele
rescussitou e vive na presença de Deus, todos os que foram alcançados
pela graça desfrutarão desse benção gloriosa.
B. Aplicação.

1. A graça salvífica de Deus é uma obra interior que transforma a


vida da pessoa.

2. Então, o homem alcançado pela graça de Deus vive em novidade


de vida.

a) Não é apenas um falatório espiritual. Não é apenas uma


moda de crente. Não é apenas um ritual semanal.

b) É andar como Cristo andou. É ser unido a Cristo em sua


vida, morte e ressurreição.

3. O crente alcançado pela graça não é mundano, não vive em


pecado. Ele não ama a Satanás, ele ama a Deus e quer viver para ele.

4. Isso é importante para nós não enchermos nossas igrejas de


pessoas convencidas de que são crentes, pois adotaram um jeito crente de
ser. Mas que não são regeneradas, pois não adotaram o jeito cristão de se
viver.

IV. CONCLUSÃO.

A. Resumo

1. O texto que lemos nos ensina que A salvação é uma Obra


realizada inteiramente pela Graça de Deus.

2. Paulo demonstra isso ao nos falar do estado do homem sem a


graça, completamente impossibilitado de fazer algo por si.

3. E demonstrando que Deus, por motivações completamente


soberanas, decidiu ser gracioso com os homens, aplicando-lhes a
regeneração, e dando a eles a vida de Cristo.

B. Aplicações finais

1. Precisamos falar mais de pecado em nossas pregações e nossos


cultos.
2. Precisamos falar mais de transformação de vidas como efeito de
salvação, e menos de consequencias financeiras, ou psicológicas.

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