Você está na página 1de 10

Princípio da intercessão

A experiência sem o fundamento.


Estamos vivendo um tempo de restauração, de conserto devido o desgaste de uma estrutura inadequada
e ultrapassada, um tempo de recomposição e reconstituição dessas estruturas destruídas e desgastadas,
podendo significar também o restabelecimento de uma situação histórica que ocorreu anteriormente, uma
volta ao estado anterior, ou a substituição para uma ordem melhor ou superior. O importante é
entendermos o tempo que estamos vivendo e as ferramentas que nos tem dado para finalizarmos
algo dentro desse tempo e propósito.

A intercessão é uma das ferramentas mais poderosas juntamente com a adoração dentro desse tempo de
restauração, porém entendemos que a intercessão não flui com a mesma naturalidade que a adoração por
representar um trabalho extra, algo adicionado, ou seja, nós temos a adoração em nossa natureza, fomos
estabelecidos como filhos para este propósito, mas não para a intercessão não, ela se tornou necessária
por causa do pecado. Basta entendermos o propósito eterno de Deus, que como sabemos, não é de ser
salvador do homem, mas sim de ser Pai de muitos filhos semelhantes a Jesus, mas amou de tal maneira
que deu se Filho para ser salvador, a fim de que conduzir muitos filhos a glória, ou seja, para que
pudéssemos voltar ao propósito eterno de Deus. A intercessão é um trabalho extra e temporal, mas a
adoração representa um estatuto perpétuo e eterno, disso muitos de nós não tem dúvida, porém, a
questão é se temos entendido intercessão corretamente, ou se mais uma vez estamos fazendo de
experiências em doutrinas e métodos, mais uma baseando-nos em verdades incompletas que nos
atrasam no propósito.

O Reino de Deus é ordenado por uma legislação espiritual, que só é ativado pela observação da lei
espiritual da obediência e submissão a Deus, ou seja, um princípio só funciona quando obedecido. Eu
posso conhecer as verdades a respeito da autoridade do Reino, mas se não me submeto a ele, sou não
parte Dele e essa verdade deixa de funcionar em minha vida. A obediência trará sempre o excelente
funcionamento das verdades bíblicas, trará ordem e cobertura espiritual. Isso significa que dentro do
Reino não se presume, não se tira uma conclusão antecipada, baseada em indícios, suposições ou
experiências isoladas, mas em fatos comprovados e princípios confirmados pela palavra.

Desde o relato bíblico de Gênesis, entendemos princípios de funcionamento e operação do Reino


trazendo ordem, mediante a liberação da palavra. O poder realizador de Deus que opera pelo Espírito se
move mediante a Palavra, o tempo de restauração citado em Atos 3.21 se dá por meio da palavra da
boca dos santos profetas, tudo dentro do Reino funciona sobre a Palavra. Veremos essa questão mais
detalhadamente adiante, mas a questão a ser observada agora é: A chave da intercessão está na
precisão da palavra que é liberada e do nível de entendimento que alcançamos para andar na
dimensão espiritual, respeitando sua legislação. Por isso, perguntamos: O que vem antes? A
experiência ou a palavra? Logicamente que a palavra, porém, essa tem sido a nossa realidade? Podemos
dizer que nossos intercessores estão seguros, sabem o que estão fazendo? Sabem até onde
podem ir, como devem fazer, que princípios devem observar? O que temos visto são experiências
sob experiências, que nem sempre são a confirmação de princípios aplicados. Isso não seria totalmente
maligno se acontecesse apenas no começo da restauração dessa verdade para a vida da igreja, mas esse
ciclo tem se repetido, abrindo a porta para todo tipo de engano, misticismo, e principalmente
deixando de apresentar frutos de restauração permanentes e resultados de edificação concretos .

A experiência deve ser a comprovação de um princípio observado, ou seja, primeiro deve buscar
conhecer os princípios que fazem com que essa ferramenta funcione corretamente, isso vai fazer
com que as experiências simplesmente comprovem que os princípios bíblicos funcionam. O que
não podemos é termos várias experiências e transforma-las em doutrina ou um método padrão de
funcionamento sem o devido entendimento dos princípios. Isso será desastroso. Não é a experiência que
estabelece o modelo, mas a palavra. Devemos entender algo: O que tem se falado sobre intercessão?
Qual é a base bíblica que temos para acreditarmos nessa ferramenta e permitirmos que as pessoas se
tornem intercessoras? O que tem se ministrado nos encontros, congressos, seminários e coisas do tipo de
ensinam sobre intercessão? Fundamentação bíblica ou na maioria das vezes experiências, usando textos
isolados que possam de alguma forma confirma-las? Isso é errado? Não, é incompleto e
inevitavelmente nos atrasa dentro de um processo de finalização.
Devemos atentar para isso! Jesus dia em Mateus 24 que um dos sinais dos tempos do fim é “cuidem
para que ninguém vos engane”, devemos entender que a maioria dos grandes enganos e inverdades
partiram um dia de uma verdade incompleta! Tudo aquilo que nos impede de vivermos de forma
integral e completa uma verdade de Deus para nossas vidas é um engano que gera sofismas que
edificam fortalezas e estruturas mentais que se levantam contra o verdadeiro conhecimento de
Deus. Se queremos um tempo de restauração, devemos liberar as palavras certas que liberarão essa
realidade. Já que estamos falando de fundamento, quero mediante a esses questionamentos te encorajar
a refletir sobre todos os textos que hoje tem se usado para se ensinar e aplicar esse princípio da
intercessão. Quais são eles? Você pode alistá-los? Quando ministramos essa aula nas escolas de
treinamento ouvimos muitos textos, muitos do Antigo Testamento, o que não é errado, mas isso aponta
para pouco entendimento a respeito do ministério de Cristo e da igreja, e muito outros textos não
representam uma boa base bíblica para esse ministério. Isso é importante para entendermos o
fundamento pelo qual temos andado, e vermos se temos entendido um ensino neo-testamentário muito
claro sobre esse princípio.

Acredito que toda realização dentro do Reino deve ser julgada por seus frutos, seus efeitos e
relevância dentro de uma realidade, e isso não deve ser negligenciado, trata-se de uma lei
espiritual de edificação e aperfeiçoamento. A questão é como temos usado a intercessão e quais são
seus resultados concretos? Ainda há muito temor em julgarmos experiências, mas isso deve acabar! Se
não há transformação, se a autoridade espiritual da igreja não é restaurada, se a Igreja não exerce
mais influência redentiva em todas as esferas da sociedade, se um Reino de poder e autoridade,
manifesto em toda bondade, justiça, retidão e verdade não é visível e reconhecido por todos os
homens, estamos errando em alguma coisa, algo não está funcionando. O que fazer? Voltemos à
palavra e nos movamos nela. Se a experiência deve ser a confirmação de um princípio aplicado, a palavra
não pode ser usada de maneira distorcida para comprovar de alguma forma uma série de experiências
que se tornam métodos místicos que nem sempre funcionam dentro de um propósito de restauração e
transformação integral.

Abraão: Intercessão pelos justos para que a cidade fosse poupada.


Veremos como funciona o princípio da intercessão biblicamente sobre três perspectivas, primeiro,
dos exemplos do Antigo Testamento, segundo, o exemplo do próprio Cristo e em terceiro, pela
doutrina paulina.

Assim teremos uma boa base para entendermos como esse princípio funciona. Intercessão no Antigo
Testamento aparece muitas vezes e traz alguns significados importantes como interpor-se, no sentido
de se colocar entre duas pessoas e 43 vezes aparece na palavra paga‘, que significa colidir com
violência, colocando-se entre. Por isso, cremos que essa passagem por Abraão antes da destruição de
Sodoma e Gomorra, representa o cumprimento de um princípio aplicado, onde Abraão representa o meio
legal pelo qual esse decreto viria se cumprir. Gênesis 18.17 “Disse o Senhor: Ocultarei a Abraão o que
estou para fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele
serão benditas todas as nações da terra? Outro texto que confirma isso está em Amós 3.6-7 que diz:
“Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade,
sem que o Senhor o tenha feito? “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro
revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.

A partir do momento que Abraão entende o que Deus está prestes a fazer, conforme Gênesis 18.20-21:
“Com efeito o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado e o seu pecado se tem agravado muito.
Descerei, e verei se de fato o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim; e, se
assim não é, sabê-lo-ei”, ele se coloca como um “intercessor”, mas como faz isso?

Primeiramente, permanecendo na presença do Senhor, temos entendido de Deus, que intercessores são
homens que tratam “Face a Face” com Deus (Gênesis 18.22), e em segundo lugar, se coloca diante
de Deus em favor de outros, mas de quem? De Todos os habitantes de Sodoma? Não, ele fala diante
de Deus em nome dos justos. Preste atenção: “E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o
ímpio?Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar
por amor dos cinqüenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo
com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” Por
que Intercede pelos justos? Salmo 91.7,8 estabelece este princípio: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil à
tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás o castigo dos ímpios”.

Reconhecendo sua fragilidade, comparando-se ao pó e a cinza se posiciona com insistência diante de


Deus em favor dos justos, nos mostrando um terceiro fator importante: Se houvessem justos na cidade,
por amor a eles Deus pouparia a cidade. (Gênesis 18.26 “Então, disse o Senhor: Se eu achar em
Sodoma cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles). Você entende a
importância que os justos em suas cidades? Deus pode poupar uma cidade por amor aos justos que
manifestam sua vontade sobre ela? A resposta é sim, porém, não haviam justos naquela cidade a não ser
Ló, que foi orientado a fugir, refugiando-se em Zoar, que significa lugar de insignificância, pequena cidade
que acabou sendo poupada por causa de Ló. O interessante é que enquanto não estivesse fora, os
anjos, não podiam fazer nada(Gênesis 18.22).

Segundo Derek Prince, num artigo sobre intercessão, em seus cálculos, Sodoma era uma cidade grande
para aquela época, com uma população não inferior a 10.000 e por amor a dez pessoas justas no
meio de 10.000, Deus estava pronto para poupar a cidade inteira. Isto é uma pessoa em cada mil!
Essa pode ser uma proporção bíblica? Existem outros textos que mostram isso como uma possibilidade.
Jó 33.23 por exemplo, registra esta mesma proporção: “Se com ele, pois, houver um anjo, um intérprete,
um entre mil, para declarar ao homem o que lhe é justo”. Eclesiastes 7.28 semelhantemente afirma:
“Causa que a minha alma ainda busca, mas não a achei: um homem entre mil”. Pense nisso! Quem
representa hoje os justos de Deus? A igreja, porém, representa hoje esses homens que podem
manifestar o Reino de Deus e sua justiça? Deus não trata diretamente com o ímpio, Deus sempre trata
com seus filhos, por isso passou antes por Abraão. A partir dos seus santos ele leva a frente seus
decretos, a verdade é que se os Justos se levantam, a cidade é salva.

A mulher de Ló. A partir desse diálogo entre Abraão e o Senhor, choveu enxofre e fogo, da parte do
Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. Contudo, a mulher de Ló que vinha sendo salva juntamente com ele,
olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal. Esse fato chama a atenção, pois mostra que mesmo,
estando com Ló, seu coração estava em Sodoma, e acabou morrendo como todos que estavam lá. Derek
Prince completa ainda falando a respeito da diferença entre juízo e perseguição por causa da justiça. Os
justos hão de experimentar perseguição, porém, o juízo por causa do pecado vem sobre os ímpios pela
instrumentalidade de Deus; enquanto, a perseguição por causa de justiça vem sobre os justos através dos
ímpios. A mulher de Ló sofreu o Juízo por seu coração estar voltado para Sodoma.

Nesse sentido cremos que podemos entender 2 Crônicas 7.14 que diz: “De noite, apareceu o Senhor a
Salomão e lhe disse: Ouvi a tua oração e escolhi para mim este lugar para casa do sacrifício. Se eu cerrar
os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar
a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me
buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste
lugar. Porque escolhi e santifiquei esta casa, para que nela esteja o meu nome perpetuamente; nela,
estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias”.

Moisés: Este povo é teu povo, perdoa-lhes ou senão risca-me.


Outro Exemplo é Moisés e o povo de Israel diante do Bezerro de ouro, que por não terem mais a
revelação real de Deus sobre o monte Sinai, criaram uma imagem, feita do ouro que receberam como
favor de Deus, e colocaram nessa imagem o nome de “elohin”. A imagem foi feita por um homem de
Deus, tinha o nome de Deus, mas não era Deus e isso caracterizou idolatria. Tudo apontava uma
realidade de devoção, mas não era para Deus, era para uma imagem que retratava uma idéia que tinham
sobre Deus, estavam na sombra e não diante da realidade. Por isso, a falta da presença revelada de
Deus, nos faz criar idéias equivocadas sobre Ele. O problema é que isso caracteriza idolatria, pois
colocamos no lugar de Deus uma imagem que substitui o verdadeiro. Por isso, a falta de revelação
pessoal nos levará à idolatria coletiva. O bezerro de ouro hoje está representado na prática religiosa de
uma liturgia idólatra, resultante de uma cultura evangélica romana, onde simplesmente coloca-se diante
Dele, necessidades pessoais na expectativa de uma resolução milagrosa, sem preocupação em saber
quem Ele é, o que pensa a nosso respeito e o que espera de nós com relação ao seu Reino e sua justiça.

Enquanto isso acontecia no meio do povo, Moisés estava diante de Deus, que diz: Vai, desce; porque o
teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu depressa se desviou do caminho que lhe havia eu
ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus
deuses, que te tiraram da terra do Egito (Êxodo 32.7). Nesse momento Deus pede a Moisés que o
libere para trazer juízo consumindo-os, mas preservando a promessa de ser uma grande nação
apenas a partir de sua vida, e então Moisés, assim como Abraão, não deixa a presença de Deus e
insiste diante Dele em nome e em favor do povo, dizendo: “Porém Moisés suplicou ao Senhor, seu Deus,
e disse: Por que se acende, Senhor, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande
fortaleza e poderosa mão?”. (Êxodo 32.10-11). Moisés como intercessor zela pelo nome de Deus e
pelo cumprimento da promessa dada ao povo de Deus. (O mesmo se repete em Números 14.13-16)

Nesse momento Moisés suplicou, a palavra no hebraico vem de “chalah” que significa tornar-se
adoentado, estar ou tornar-se aflito, estar ou tornar-se triste, ou seja, esse “chalah paniym”,
significa que Moisés se colocou diante da Face de Deus identificando-se com o povo que estava
afetado pela idolatria aos olhos de Deus e dessa maneira Moisés alcançou graça aos olhos de Deus
trazendo misericórdia sobre o povo, enquanto Deus lamentava a situação em que o povo se encontrava.
Assim como Abraão, Moisés foi um homem que tratava “Face a Face” com Deus, “Falava o Senhor a
Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o
moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda”. Gênesis 33.11.

Segundo o comentário de Derek Prince, Deus fala a Moisés que eles são “teu povo”. Mas Moisés, não
querendo aceitar esta responsabilidade, devolve-a a Deus dizendo: “teu povo”. Nem Deus nem Moisés
queriam ser considerados responsáveis por Israel naquele momento! Enquanto isso, Israel continuava a
dançar ao redor do bezerro, totalmente inconsciente que seu destino estava sendo selado por este diálogo
entre Deus e Moisés. A partir de Êxodo 32.31 Tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu
grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me,
peço-te, do livro que escreveste. Então, disse o Senhor a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que
pecar contra mim. Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde te disse; eis que o meu Anjo irá adiante
de ti; porém, no dia da minha visitação, vingarei, neles, o seu pecado.

Isto é intercessão: “Deus, eles merecem teu golpe; perdoa-lhes. Mas se não, Senhor, então que o juízo
deles venha sobre mim.” O intercessor é a pessoa que se coloca entre Deus e o alvo da sua ira justa.
“O Salmo 106 nos fornece um comentário divino a respeito deste acontecimento: se Moisés, seu
escolhido, não se houvesse interposto; impedindo que sua cólera os destruísse” (Êxodo19-23). Moisés
ficou na brecha causada pelo pecado do povo de Deus e disse: “Senhor, estou tapando a brecha. Teu
golpe não pode cair sobre eles sem cair sobre mim primeiro”. Segundo, ele precisa ter uma
profunda preocupação com a glória de Deus, como Moisés que recusou duas vezes a oferta de
Deus de fazer dele o originador do maior povo na terra. A glória de Deus lhe era mais importante
do que sua reputação pessoal.

Moisés e Arão: O incenso


Em Números 16 Moisés e Arão juntos são os intercessores. Deus havia tratado soberanamente com a
rebelião de Coré, Datã e Abirão, fazendo a terra se abrir e tragá-los vivos. Mas no dia seguinte “toda a
congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do
Senhor. Ajuntando o povo contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da congregação, eis que a
nuvem a cobriu, e a Glória do Senhor apareceu. Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da
congregação. Então falou o Senhor a Moisés, dizendo: Levantai-vos do meio desta congregação, e a
consumirei num momento: então se prostraram sobre os seus rostos” (vv. 41-45). Esta é a posição do
intercessor, prostrado sobre o seu rosto diante de Deus, sabendo que juízo está prestes a cair.
Pessoalmente, admiro a graça que Moisés e Arão tinham. O povo havia se revoltado contra eles sem
motivo. Contudo, dispuseram-se a interceder por estes que os criticavam – até mesmo arriscando suas
próprias vidas por eles. Moisés falou com Arão e ordenou-lhe: “Toma o teu incensário, põe nele fogo do
altar, deita incenso sobre ele, vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande
indignação saiu de diante do Senhor; já começou a praga. Tomou-o Arão, como Moisés lhe falara, correu
ao meio da congregação (eis que já a praga havia começado entre o povo) e deitou incenso nele, e fez
expiação pelo povo. Pôs-se em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga.” (vv. 46-48). A linguagem
nesta passagem enfatiza a urgência da intercessão. Moisés disse a Arão: “Vai depressa...” Arão não saiu
andando, ele “correu”. Cada momento de demora custaria mais vidas. A palavra “praga” sugere algo
altamente contagioso, e para fazer expiação Arão teve de se expor deliberadamente a esse contágio. Ele
pôs sua própria vida a risco. Enquanto ficou ali movendo seu incensário, a fumaça subia numa coluna
branca que dividia os vivos dos mortos. Onde aquela fumaça branca subia do incensário, a praga parava.
Isto é intercessão: colocar-se – a risco da própria vida – entre os mortos e aqueles que estão prestes a
morrer, e depois oferecer oração e súplicas fervorosas, como a fumaça branca do incensário, até que a
praga cesse.

Neemias:
Outro bom exemplo muito usado que pode nos direcionar corretamente como sombra apontando para
uma realidade espiritual da igreja em Cristo Jesus hoje, é Neemias. O período histórico coberto pelos
livros de Esdras e Neemias é cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob Zorobabel,
inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais tarde, Esdras causou um
despertar do fervor promovendo um ensino adequando sobre o culto e o templo, e 13 anos depois,
Neemias veio para construir os muros.

Não achei quem se colocasse na brecha.


Isaías 59.12-16 apresenta um dos mais temíveis quadros de fracasso e apostasia nas Escrituras. No
entanto o povo a que este capítulo se refere é um povo essencialmente religioso. Eis a sua confissão:
“Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós,
porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades; como o prevaricar,
o mentir contra o Senhor, o retirarmo-nos do nosso Deus, o pregar opressão e rebeldia, o conceber e
proferir do coração palavras de falsidade. Pelo que o direito se retirou e a justiça se pôs de longe; porque
a verdade anda tropeçando pelas praças e a retidão não pode entrar. Sim, a verdade sumiu, e quem se
desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso, e desaprovou o não haver justiça. Viu que não
havia ajudador algum, e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”.

Ezequiel 22.23 -31. “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dize-lhe (à terra de
Israel): Tu és terra que não está purificada, e que não tem chuva no dia da indignação. Conspiração dos
seus profetas há no meio dela... Os seus sacerdotes transgridem a minha lei... Os seus príncipes no meio
dela são como lobos... Contra o povo da terra praticam extorsão, andam roubando, fazem violência ao
aflito e necessitado... Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha
perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Por isso eu derramei
sobre eles a minha indignação...” Todas as classes da população tinham falhado inteiramente –
profetas, sacerdotes, príncipes, povo. Cada uma representa um determinado elemento da
sociedade. Os “profetas” são os responsáveis para trazer uma mensagem direta de Deus. Os
“sacerdotes” são os líderes da religião institucional. Os “príncipes” são os governantes seculares.
O “povo” é o restante da população, o povo comum. A ordem de listagem destes quatro elementos
é importante. O processo de decadência começou com a liderança espiritual; depois o governo
secular se corrompeu; finalmente toda a nação foi atingida.

Jesus Cristo: O único Mediador


Isaias 53.3 “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é
padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”.Segundo Derek Prince, Jesus é nosso sumo
sacerdote à destra de Deus e por ter um sacerdócio imutável que nunca passará dele, “pode salvar
totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus
7.25). Se fizermos um estudo da vida e ministério de Jesus, veremos que Ele passou trinta anos na
obscuridade, numa vida familiar perfeita; três anos e meio num dramático ministério público; e
praticamente dois mil anos em intercessão, invisível aos olhos naturais. Desde que subiu aos céus, ele
está intercedendo por nós, todos os santos, diante do Pai.

Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o
descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador
(Gálatas 3:19). Hebreus 8:6 também diz: Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente,
quanto é Ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores
promessas.Pessoa cuja função é reconciliar partes. Cristo é o mediador da nova aliança, através de
quem Deus e as pessoas são reconciliados. Portanto, há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem. 1 Timóteo 2:5
Deus Pai
Deus Pai
Jesus Filhos (Por adoção)
Jesus Cristo Intercede por todos os Intercede por todos os
Único Mediador entre Deus e os homens. santos. santos.

Todos os Santos
Homem Para que sejam aperfeiçoados, desempenhem seu serviço,
Pecador cheguem a unidade da fé no pleno conhecimento de Cristo a
estatura de varão perfeito.

Quando se fala de intercessão no sentido de posição e identificação com o pecador, Jesus foi o
único mediador entre Deus e o homem, pois somente Ele foi capaz de levar sobre si todos os
nossos pecados, nós não temos condições de assumirmos essa condição de mediadores entre os
pecadores e Deus, de intercedermos no sentido de identificação com o seu pecado, a fim de que
este seja salvo, pois somente Cristo fez isso.

Observe o texto: Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que
é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não
abriu a boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como
oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará
nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo,
com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe
darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua
alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos
transgressores intercedeu. (Isaias 53.3-12)

O ensino Neotestamentário a respeito da intercessão.


Romanos 8.18-29 diz: Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não
podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a
revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa
daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção,
para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme
e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito,
igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.
Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê,
como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. Também o Espírito,
semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os
corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos
santos.
Primeiramente vemos que essa realidade de intercessão não é um ofício para meninos, mas para
filhos amadurecidos, para “huios”, que vivendo a realidade das primícias do Espírito anseiam
ardentemente uma medida completa de glória, da herança dos santos, co-participantes da natureza de
Deus, a fim de que a glória redentora dos Filhos seja manifesta. E é com base nesse anseio que Paulo
começa a falar do princípio de intercessão. Primeiramente que o Espírito, nos assiste em nossa
fraqueza; porque não sabemos orar como convém, o que isso significa? O Espírito nos assiste no sentido
de cooperar, fazer junto, ajudar, como? Colocando na nossa boca, e gerando as impressões corretas
em nosso espírito, por isso, o Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis, ou
seja, gera em nosso espírito os motivos pelos quais devemos interceder, coloca-nos entre, leva-nos a um
nível de identificação espiritual em favor de outro, assim como os exemplos que já vimos anteriormente,
porém agora em espírito.

Existem quatro questionamentos importantes para a intercessão: Com a ajuda de quem


intercedemos? Como quem intercedemos? Diante de quem? Em favor de quem?

O Espírito nos ajuda a interceder como “Aquele que sonda os corações”, que sabe qual é a mente do
Espírito e a vontade de Deus, portanto, o Espírito Santo nos ajuda a alcançar o nível de intercessão de
“filhos”, ou seja, a interceder como Cristo, que sabe qual é a mente do Espírito e a vontade do Pai. A
segunda pergunta é: Diante de Quem o Espírito Santo nos leva a interceder? Assim como Cristo, que
sabe qual é a vontade de Deus, intercede, intercedemos diante de Deus Pai, juntamente com Cristo pelo
Espírito. E em favor de quem? Assim como Cristo, diante do Pai, intercedemos no sentido de
identificação, em favor de todos os santos. Paulo consegue resumir valores fundamentais da intercessão
nesse texto.
Huperentugchano Entugchano Entugchano
Espírito Santo Filhos Amadurecidos Jesus Cristo
huper (mais acima – além) Intercedem diante do Pai Intercede diante do Pai por
Intercede no sentido da nossa por todos os Santos. A todos os Santos.
incapacidade de orar. imagem do “Filho”

Santos
Não sabemos como Orar.
O Espírito de Deus nos
eleva a um nível espiritual
de intercessão em Cristo.

Assim como a adoração, a intercessão é um princípio espiritual, ou seja, Deus é Espírito e ministramos
diante Dele em espírito, no Espírito que conhece as profundezas de Deus, que está acima, ou seja,
além, dessa forma, de acordo com a vontade de Deus, revelado pelo seu Espírito, intercedemos,
para que todos os santos possam ser aperfeiçoados a fim de que essa boa, perfeita e agradável
vontade seja cumprida na terra como no céu. Dessa forma seu Reino e sua justiça se manifestarão
sempre a partir dos que são seus. Para isso intercedemos, para que eles consigam, para que eles
avancem e finalizem dentro do propósito de Deus.

Intercessão por todos os Santos


Romanos 8:34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual
está à direita de Deus e também intercede por nós. A palavra para “intercede” é a junção da
preposição primária “en” que tem a denotação de posição com verbo “tugchano” que em sua raiz
significa atingir alguém atirando uma lança, ou seja, alcançar ou encontrar alguém ou que se
apresenta sem ser solicitado, por aquele que arrisca ser. A questão é: Por quem Jesus intercede?
Por nós. E diante de quem? Diante de Deus Pai. Portanto, se estamos com Cristo, como devemos
interceder? Exatamente como Ele.

Hebreus 7:25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles. (entugchano - luminar uma pessoa ou algo, encontrar, afetar uma
pessoa ou algo, ir ao ou encontrar uma pessoa, esp. com o propósito de conversar, consultar, ou
suplicar, orar, pedir, fazer intercessões por alguém) (em - preposição primária denotando posição
(fixa) (de lugar, tempo ou estado),

Abraão Moisés Isaias, Ezequiel e Neemias Igreja

Justos ( Apenas Ló) O teu Povo Israel Quem se coloca em favor do Intercedem por todos os Santos
Israel

A igreja representa os justos e o Israel de Deus

Na bíblia não fala que Jesus esta intercedendo pelo pecador mas pelos “os santos”, Jesus já fez
tudo o que poderia fazer pelo pecador, agora intercede para que os santos como igreja possam
alcançar a realidade da graça e administrar o Reino como filhos amadurecidos.

No AT temos o modelo natural de uma realidade espiritual a ser alcançada. Os exemplos que citados
intercediam por Israel que representam a igreja. Eles intercediam pelo povo de Deus para que eles
pudessem vencer e assim proclamavam para os outros povos a grandeza do Deus todo poderoso. Na
destruição de Sodoma e Gomorra Abraão intercedeu pelos “justos” e não por todos. Não se intercede
pelos perdidos e sim pelos santos, mas podemos profetizar sobre todos em todo tempo.

Orações, pedidos, súplicas e ações de graças por todos os homens.


O texto de 1 Timóteo 2.5, creio ser o texto mais usado para fundamentar as atividades e experiências de
intercessão, o que tem trazido alguns problemas sérios com relação ao propósito e resultado dessa
ferramenta poderosa concedida para ser usada estrategicamente. Primeiramente ele parece contrariar
tudo o que entendemos sobre intercessão até agora. Ele fala que devemos além de suplicar, orar prestar
ações de graças, interceder, mas por quem? Por todos os homens! Isso parece transformar nossa linha de
pensamento contraditória, porém, algo deve ser observado: Às vezes para uma palavra em português
existem várias no grego e isso dificulta muito a tarefa de tradução o mais fiel possível ao sentido
original e espiritual do texto. O que veremos no gráfico abaixo é que o termo “interceder” não
aparece com a mesma palavra que vimos até agora, a palavra aqui é “enteuxis” que tem uma
conotação de entrevistar, ou seja, de fazer perguntar e ouvir respostas.

O que isso pode significar? Que podemos questionar Deus a respeito daquilo que acontece com todos os
homens, com nossos reis e governantes, podemos perguntar e ouvir que o Ele tem a dizer a respeito
disso tudo, a fim de estabelecer uma direção profética para a igreja, mas isso não quer dizer que posso
me colocar como “intercessor” no sentido estudado até aqui, como mediador, identificando-me com seus
pecados para que seja liberado favor. É uma questão de natureza, não posso me identificar com o
homem caído, pois segundo 1 Coríntios 15.45, temos em Cristo uma nova natureza espiritual e não
terrena. Por isso, no mesmo capítulo Paulo completa dizendo que desejo de Deus é que todos
sejam salvos através de Cristo que é o único mediador entre Deus e os homens.

Intercessão por todos os homens. (enteuxis)


1 Timóteo 2:5 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens, (enteuxis – encontro entrevista, reunir-se)
Suplicas - deesis Orações - proseuche Ações de Graças - eucharistia
Pedir com desespero, petição Orações dirigidas a Deus. Ser Grato, agradecido. (Louvor)
com fervor.

Intercessão e nossa posição em Cristo


Romanos 8. Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos
orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E
aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que
ele intercede pelos santos. Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito
entre muitos irmãos.

Jesus Primogênito Jesus herdeiro de Deus Jesus Príncipe de Deus Jesus Intercessor

Filhos primogenitos Co-Herdeitos com Cristo Filhos amadurecidos Intercessores no Espírito


Príncipes

Intercessão e Batalha espiritual


Intercessão não é sinônimo de “Batalha espiritual”, portanto, nem todo intercessor é um “guerreiro”.
Infelizmente essa confusão tem feito com que muitos homens e mulheres de valor sejam feridos,
associando intercessão com palavras de confrontação a “espíritos, principados e potestades” que
possuem legalidade para exercerem influência e governo sobre uma realidade. Devemos tomar cuidado,
pois intercessão não funciona a base de intercessão e o Reino se manifesta através de confrontos
espirituais, mas através de filhos amadurecidos que manifestam sua justiça e verdade, neutralizando todo
direito legal de corrupção e engano. Devemos tomar cuidado para não comprarmos brigas que não são
nossas, ou seja, confrontarmos sem a devida autorização de Deus e posicionamento do corpo, pois todo
toda vez que fazemos isso, sem uma direção clara de Deus temos que assumir as conseqüências de
lutarmos na nossa própria força.

Intercessão e a manifestação do Reino


Efésios 5:14 e 15 / Nos podemos abençoar as pessoas pedindo p q Deus cumpra as promessas, dê
revelação...Na bíblia não fala q Jesus esta intercedendo pro pecador mas para “os santos”, Intercessores
intercedia por Israel q tem a figura de Santo. Eles proclamavam para outros. Devemos demonstrar o
Reino, mas não temos autoridade espiritual, e porque não há autoridade?Como iremos denunciar a
corrupção do mundo se ela esta no nosso meio?Como iremos denunciar a prostituição do mundo se ela
esta no nosso meio?Como iremos denunciar os problemas nas famílias do mundo se ela esta no nosso
meio?Ai entra os intercessores q oram pra que Deus mostre e retire de nós para podermos ter a
autoridade. Ex. num evangelismo devemos cobrir a pessoa pedindo pra q ela tenha autoridade como
Reino, interferindo profeticamente. Proteção e desenvolvimento dos santos

Intercessão e dissernimento de corpo


I Coríntios 11:28 / Dentro de um contexto de traição e deslealdade, Jesus tomou o pão e, tendo dado
graças, o partiu e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós, fazei isso em memória de mim”, esse
termo “dado” aparece no sentido de quebrado e partido, no original “klao”, e primeiramente retrata uma
realidade espiritual, em que o corpo começa a existir a partir de Cristo, ou seja, a partir da realidade de
sua morte e ressurreição, pois, não éramos povo, logo não éramos corpo, por isso, Ele não tinha onde
reclinar ou apoiar, sua cabeça. Essa identificação faz com que entendamos o significado de “Façam isto
em memória de mim”. Muitos ainda acreditam que devem participar da ceia no sentido memorial, de
recordação, porém, entendemos trata-se de uma verdade de identificação e continuidade. O que Ele fez?
Partiu-se por nós, se doou em nosso favor. A verdadeira ceia acontece quando o honramos participando
do seu corpo, fazendo o que Ele fez, nos doar em favor do corpo. Essa é a verdadeira ceia, assim o
testemunho de Cristo estará em nós. De uma realidade em que cada um participava da sua própria ceia,
agora estamos buscando nos doar em favor do corpo, mesmo quando traídos.

Filipenses 2.3 diz: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um
os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também
cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo
se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em
figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Só consigo
deixar de priorizar somente o que é meu, quando começo a viver em humildade, considerando cada um
que está a minha volta superior a mim mesmo, e quando começar a viver assim, estou mais próximo de
entender o que significa ter o mesmo sentimento e atitude que houve também em Cristo Jesus.

Paulo em 1 Coríntios 10.16 diz, “porventura o cálice que damos graças não é comunhão do sangue de
Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? A palavra “comunhão” fala de
participação conjunta para com o derramamento do seu sangue e do estabelecimento do seu corpo doado
em nosso favor, partido para que tornasse-nos um. Por isso, entendemos ser importante entendermos
esse princípio de identificação muito bem usado aqui no termo “comunhão”.

Por que estamos falando sobre isso? Porque se não tenho discernimento do corpo espiritual de Cristo,
jamais conseguirei funcionar nesse princípio de intercessão dentro do modelo bíblico, que é de interceder
por todos os santos. Cremos que justamente por essa falta de entendimento temos visto um adoecimento
do corpo, muitos fracos, doentes e ainda muitos que estão dando o último suspiro espiritualmente. Muitas
vezes essas pessoas são aqueles que sentam do seu lado, aqueles que te cumprimentaram na saída e
talvez você não tenha percebido que estão agonizando espiritualmente, por isso, a falta desse
discernimento, atenção e interesse, fazem com que isso passe desapercebidamente, e isso é pecar contra
o corpo. Por isso, paremos de julgar e agir contra o corpo, pois naquilo que julgamos seremos julgamos,
ao invés disso, busquemos compreender as necessidades do corpo e nos posicionarmos como
intercessores, afim de que todos os santos sejam fortalecidos em suas fraquezas.

Modelo de oração intercessória.


Se queremos encontrar um modelo de intercessão intercessória de Cristo para seguirmos hoje, podemos
analisar João 17.1-26 que diz: Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é
chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste
autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida
eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te
glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo
mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos
homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. Agora,
eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as
palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que
tu me enviaste.

“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; ora, todas
as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado. Já não estou no
mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu
nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Quando eu estava com eles, guardava-os
no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que
se cumprisse a Escritura. Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o
meu gozo completo em si mesmos Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles
não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do
mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Assim como tu me enviaste ao mundo, também
eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam
santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em
mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a
glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que
sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como
também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me
deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me
enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me
amaste esteja neles, e eu neles esteja”.

Você também pode gostar