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História clínica de Obstetrícia

Identificação: paciente T.S, 40 anos, raça caucasiana, esteticista, reside em Coimbra, casada.
Motivo de Internamento: hiperémese gravídica.
História da gravidez atual: Paciente T.S de 40 anos, gesta 3- aborto 2, de 29 semanas e 6 dias de
gestação, planeada, de grupo sanguíneo A+, recorreu aos serviços de urgência no dia 6/04/22 por
queixas de vómito. Os episódios, num total de 10 (sic), tiveram início no mesmo dia, de manhã, eram
de conteúdo alimentar, e não tiveram pausas que permitissem uma correta alimentação da gestante. A
tarde teve uma piora do quadro, em que os vómitos começaram a apresentar sangue o que fez com que
a paciente recorresse aos serviços de urgência. Negou tontura, cefaleia, dor lombar ou abdominal, febre,
tosse, ou alterações do corrimento vaginal ou dos movimentos fetais. Refere ainda um episódio
semelhante às 13 semanas de gestação que a levou recorrer aos serviços da maternidade, onde foi
constatado uma diminuição dos níveis de TSH (hormona tiroideia) levando a um hipertiroidismo que
se normalizou alguns dias depois. No internamento foram doseadas novamente as hormonas tiroideias
onde estas encontravam normais e foi medicada com Nausefe e Metoclopramida. No dia 8/04/22 referiu
ainda outro episódio de vómito que atribuiu como causa a toma de ferro (sic).
Durante a gravidez foram feitas 4 consulta de seguimento, tendo uma intercorrência no dia 14/12/2021,
o hipertiroidismo. Foram realizadas 3 vigilâncias ecográficas sendo a primeira às 13 semanas e 4 dias
de gestação e a última às 21 semanas e 3 dias de gestação, estando as avaliações morfológicas do feto
normais. Faz medicação com Folicil e Folifer. A DUM foi no dia 11/09/21 e a DPP está prevista para
o dia 18/06/22.
Antecedentes pessoais: nos antecedentes ginecológicos/obstétricos apresenta gesta 3- abortos 2 (1ª: às
7 semanas e 2ª: às 2 semanas), ciclos menstruais regulares, último método contracetivo utilizado foi a
pílula, e os rastreios de HIV, HCV e HPV foram negativos.
Quanto aos antecedentes patológicos nega: diabetes, hipertensão, dislipidemia, tuberculose, HIV. Nega
antecedentes cirúrgicos, afirma um internamento por hipertiroidismo, nega alergias. Quanto aos hábitos,
nega uso de tabaco e álcool, pratica exercício físico com caminhada, duas vezes por semana. O PNV
encontra-se atualizado.
Está medicada atualmente com Paracetamol e Ondansetrom em SOS.
Antecedentes familiares: nega patologias genéticas ou consanguinidade.
Pai da criança: 36 anos, profissão-segurança, sem antecedentes patológicos conhecidos.
Avaliação crítica da vigilância da gravidez: a presente situação clínica de hiperémese gravídica pode
estar associada a vários fatores genéticos ou mesmo a patologias assim como o hipertiroidismo. As
hormonas da gravidez (HCG) e as tiroideias são muito parecidas fisiologicamente o que pode implicar
uma diminuição da TSH no início da gravidez pelo aumento da HCG. A hiperémese gravídica deve ser
estuda porque pode implicar morte se esta não for tratada de forma adequada devido a alterações
eletrolíticas, cardíacas e neurológicas (síndrome de Wernicke). No entanto segundo a escala de
Goodwin modificada a presente gravidez é de baixo risco.
Nome: Leandra Barbosa Vicente.
Turma: P4, 2019175152.

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