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ELABORAÇÃO
E REVISÃO
DE PLANOS
DIRETORES
EXPEDIENTE
GUIA PARA
Seguindo as normas estabelecidas pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) (Lei nº 9.504/1997 e
Resolução-TSE nº 23.674/2021), as informações
ELABORAÇÃO
E REVISÃO
contidas nas páginas "Expediente" e "Ficha Técnica"
desta publicação ficarão indisponíveis durante o
período eleitoral, de 2 de julho a 2 de outubro de
2022, podendo ser estendido até o dia 30 de outubro,
DE PLANOS
para o caso de eventual segundo turno.
DIRETORES
MINISTÉRIO DO MINISTÉRIO DO
MEIO AMBIENTE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
FICHA TÉCNICA
Apresentação
institucional
Seguindo as normas estabelecidas pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) (Lei nº 9.504/1997 e
Resolução-TSE nº 23.674/2021), as informações
contidas nas páginas "Expediente" e "Ficha Técnica"
desta publicação ficarão indisponíveis durante o
período eleitoral, de 2 de julho a 2 de outubro de
2022, podendo ser estendido até o dia 30 de outubro,
para o caso de eventual segundo turno.
APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL 5
Este novo arranjo institucional ilumina a complexidade da atuação in-
terfederativa e estimula a União a exercitar um duplo papel: na ação
direta, por meio da estruturação das Políticas Nacionais, e no apoio
técnico à implementação de processos eminentemente locais, como
é o caso da elaboração ou revisão de Planos Diretores, que de compe-
tência constitucional dos municípios.
PARTE II
METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO
DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 32
Etapa de preparação 42
Etapa 1 – Leitura do território 48
Etapa 2 – Formulação das propostas 118
Etapa 3 – Consolidação da proposta 140
PARTE III
CONTEÚDO PARA DESENVOLVIMENTO
DO PLANO DIRETOR 154
Como planejar 156
Como navegar 158
Temas 160
Problemáticas 214
Estratégias 376
Instrumentos 678
Ferramentas Complementares 910
ANEXOS 996
Anexo 1 – Glossário 998
Anexo 2 – Circuitos esquemáticos desenvolvidos 1018
Anexo 3 – Circuito esquemático 1086
Quadro síntese de leitura do território 1088
Quadro síntese de propostas 1090
Quadro sumário e conteúdo mínimo 1092
Anexo 4 – Sumário remissivo 1094
PARTE I PLANOS DIRETORES
E AGENDAS
INTERNACIONAIS
10 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 11
Apresentação
estas realidades não são estanques, mas alteram-se constantemente,
trazendo novos olhares e complexidades. O Guia precisa ser capaz de
integrar essa dinâmica, atualizando seus formatos e suas possibili-
dades de informação e integração. A metodologia aqui apresentada,
O
como, por exemplo, “diagnóstico” para a identificação de problemá-
presente guia é o primeiro instrumental, parte de um ticas, “diretrizes” que orientam estratégias e “cenários” quando se
processo de construção de uma nova abordagem na for- constroem visões de futuro. Mais relevante que a nomenclatura é
mulação de Planos Diretores, no âmbito do projeto de concretizar o processo, ou seja, realizar o caminho a fim de auxiliar o
cooperação técnica intitulado Apoio à Agenda Nacional de núcleo gestor na revisão/elaboração do Plano Diretor de forma que
Desenvolvimento Urbano Sustentável no Brasil (ANDUS). O objetivo este concretize um conjunto de instrumentos que sejam coerentes
do projeto é apoiar agentes nos níveis federal, estadual e municipal com as problemáticas identificadas, bem como com as respectivas
na implementação de estratégias de gestão e de desenvolvimento estratégias estabelecidas. Propõe-se, ainda, que esse procedimento
urbano sustentável. Para isso, incorporam-se insumos das agendas se dê, no âmbito dos municípios, num constante processo de aprimo-
internacionais, em especial da Agenda 2030 para o Desenvolvimento ramento de suas leituras urbanas.
1. NDC é uma sigla em Sustentável (ODS) , da Nova Agenda Urbana (NAU), da Contribuição
inglês para Contribuição
Nacionalmente Nacionalmente Determinada (NDC)1 e o Acordo de Paris. A complexidade de realidades, portes e tipologias de municípios bra-
Determinada que envolve sileiros pode suscitar múltiplas formas de acessar às informações e
compromissos voluntários
criados por países percursos sugeridos a partir de especificidades próprias relacionadas
signatários do Acordo de
Paris. DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL 2 aos biomas, às estruturas produtivas, à regionalização e à organização
O desenvolvimento urbano ocorre de maneira sustentável quando a ocupação territorial, dentre outras. No entanto, essa multiplicidade de possibi-
urbana acontece de forma a privilegiar o bem comum e de forma a reduzir as lidades não se viabiliza em um guia padrão, mas se apresenta como
desigualdades. Mas não apenas isso. É necessário também equilibrar as neces-
2. Segundo Carta Brasileira potencialidade numa versão interativa que poderá ser construída a
para Cidades Inteligentes. sidades sociais, dinamizar a cultura, valorizar e fortalecer identidades. É neces-
sário usar os recursos naturais, tecnológicos, urbanos e financeiros de forma partir desta metodologia. A sistematização desta versão em um único
responsável. Também é preciso promover o desenvolvimento econômico local. volume que apresente várias possibilidades de organização pode con-
É preciso impulsionar iniciativas que criam oportunidades que incluam a diver- tribuir para aprimorar percursos mais adequados às diversas realida-
sidade. É preciso impulsionar formas de incluir todas as pessoas, da geração
atual e das futuras gerações. É preciso incluir todas as pessoas no mercado de des existentes no país. Ou seja, o desafio de se aproximar da realidade
trabalho e no espaço, nas cidades, nos lugares. E isso deve acontecer indepen- com uma multiplicidade de vivências e especificidades de municípios
dentemente da idade, gênero, raça, etnia ou qualquer outra característica das brasileiros não se encerra nesta primeira consolidação; ao contrário,
pessoas. Para alcançar um desenvolvimento urbano sustentável, é necessário
também distribuir infraestrutura, espaços públicos, bens e serviços urbanos de
deve avançar constantemente em um processo de aprimoramento da
forma equitativa (justa). É necessário ordenar o uso e a ocupação do solo de política urbana local e nacional. Nesta proposta metodológica, bus-
forma adequada, em diferentes contextos e escalas territoriais. É necessário ca-se avançar em Planos Diretores instrumentalizados, ou seja, que
respeitar acordos sociais e políticos que tenham sido definidos em ambientes
sejam capazes de sair do campo das diretrizes e efetivar respostas aos
democráticos de governança colaborativa.
problemas e desafios de cada município, de modo que obstáculos de-
correntes da capacidade administrativa das respectivas Prefeituras e
da realidade socioeconômica da população sejam superados, a fim de
O desafio da construção deste guia metodológico para auxiliar na ela- que os municípios consigam tirar proveito de suas potencialidades e
boração e na revisão dos planos diretores parte do pressuposto de que enfrentar seus desafios para a promoção de cidades mais sustentá-
as realidades urbanas, ambientais, econômicas e sociais diferem bas- veis, justas e humanas.
tante entre os 5.570 municípios brasileiros, e da compreensão de que
12 APRESENTAÇÃO DO GUIA 13
DESAFIOS E ABORDAGEM guia comporta um processo de atualização de forma a incorporar no-
vos insumos, o que se pretende consolidar no desenvolvimento de um
Após mais de 30 anos de promulgação da Constituição Federal e 20 formato interativo que permitirá atualização e complementação con-
anos do Estatuto das Cidades, três gerações de Planos Diretores Par- tínua. Este Guia convida assim a discutir, pensar e construir conjun-
ticipativos já foram elaboradas nos municípios brasileiros, principal- tamente um “olhar” para a cidade, na busca de um desenvolvimento
mente nas sedes das regiões metropolitanas. Os primeiros Planos urbano que concretize os anseios da população e articule as potencia-
Diretores inovaram ao apresentar processos participativos para sua lidades e os conflitos, respeitando a diversidade de realidades e agen-
elaboração, mas ainda com poucos instrumentos aplicáveis que des- tes existentes em nosso território.
sem efetividade às diretrizes territoriais propostas.
14 APRESENTAÇÃO DO GUIA 15
ABORDAGENS DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO COMO LER O GUIA
À MUDANÇA DO CLIMA
A maioria das cidades brasileiras já apresenta problemas socioam- O Guia está dividido em três partes – A Parte I está dedicada às apre-
bientais associados a padrões de desenvolvimento e transformação sentações institucionais e do Guia e sua relação com as Agenda Inter-
do espaço. A mudança do clima tende a acentuar os riscos relaciona- nacionais e os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). A
dos aos perigos já existentes, como as inundações, deslizamentos de Parte II descreve a metodologia para elaboração e revisão de Planos
terra, ondas de calor e limitações no suprimento de água doce. Diretores a partir do percurso de três etapas – Leitura do Território,
Formulação de Propostas e Consolidação da Proposta. Essas etapas,
Desta maneira é imprescindível adequar os Planos Diretores munici- além de apresentarem uma nova maneira de realizar um Plano Dire-
pais. Apesar do Estatuto das Cidades e da legislação urbanística hoje tor mais relacionado às problemáticas e potencialidades da cidade,
vigente não abordar especificamente a mudança do clima em suas di- também apontam para uma maneira possível de ler o território muni-
retrizes e instrumentos de gestão urbano-territorial, os Planos Direto- cipal. Na Parte III o guia apresenta um percurso metodológico, suge-
res têm o potencial de abordar. Assim como podem incorporar ações e rindo que se escolha os temas que são afetos ao seu município e em
estratégias que visem tanto a mitigação da mudança climática quan- seguida que se “navegue” por eles identificando suas problemáticas,
to a adaptação urbana. Desta forma eles contribuem para reduzir as estratégias e os instrumentos para conseguir planejar e implementar
vulnerabilidades existentes e futuras da população e do território aos a “visão de futuro” desejada.
possíveis impactos da mudança do clima.
Por fim, os Anexos 1 e 2 trazem o glossário de palavras e os “circuitos
Dito isto, o presente guia foi revisto buscando-se aplicar a lente da completos” propostos para cada tema. Nele todos os temas com suas
mudança do clima nas problemáticas, estratégias e instrumentos problemáticas, estratégias e instrumentos estão consolidados para
previstos. Ele foi atualizado para abordar de forma integrada os con- que cada pessoa possa realizar verificações ao final do processo. A me-
ceitos de adaptação e mitigação, em alinhamento com o ODS 13 “Ação todologia permite a cada um realizar seu próprio “circuito”. O Anexo 3
Contra a Mudança Global do Clima” e a NAU. é o Sumário remissivo.
A adaptação, junto com a mitigação, são respostas da sociedade à mu- Ao longo da leitura, não deixe de se atentar aos destaque constantes
dança do clima que envolvem tanto ajustes nas formas como as socie- no guia:
dades são organizadas, a fim de reduzir as emissões de gases de efeito
estufa (GEE), como na forma de se adaptar aos impactos adversos da
mudança do clima.
VERMELHO Destaque e atenção
O
des econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o da res-
Plano Diretor é, de acordo com a Constituição Federal, o pectiva lei.
instrumento básico da política de desenvolvimento e ex-
pansão urbana. Trata-se de uma lei, de competência mu- São elencadas uma série de diretrizes da política urbana a serem
nicipal, no qual deverão estar contidos os aspectos físicos, atendidas pelo município. Dentre estas diretrizes, destacam-se:
econômicos e sociais desejados pela coletividade. Por meio do Plano
Diretor, deve-se procurar trabalhar a realidade presente para que se ▸ Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o
possa obter uma melhor qualidade de vida para a população. direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao
O principal objetivo de um Plano Diretor é planejar o futuro da cida- trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações (inciso I).
de. A partir do pensamento reflexivo sobre as funções exercidas no
território (trabalho, moradia, lazer etc), ele visa ordenar o pleno de- ▸ Gestão democrática da cidade, por meio da participação da popu-
senvolvimento das forças sociais existentes. Para tanto, é importante lação e de associações representativas dos vários segmentos da
estabelecer como a propriedade cumprirá sua função social, de forma comunidade na formulação, na execução e no acompanhamento
a garantir o acesso à terra urbanizada e regularizada, reconhecendo a de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano (in-
todas as pessoas o direito à moradia e aos serviços urbanos de quali- ciso II).
dade.
▸ Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição
espacial da população e das atividades econômicas do município
PARA QUE SERVE? e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e cor-
OBJETIVOS rigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos
sobre o meio ambiente (inciso IV).
O Plano Diretor:
▸ Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar a retenção
i. define o ordenamento do território municipal, incluindo áreas ur- especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização
banas e rurais, de acordo com os objetivos e diretrizes da política ou não utilização (inciso VI, alínea e).
de desenvolvimento urbano municipal;
ii. explicita as estratégias e instrumentos para atingir tais objetivos; e ▸ Integração e complementaridade entre as atividades urbanas e
iii. territorializa e cria os meios para a operacionalização destes ins- rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do mu-
trumentos, de acordo com as diretrizes de desenvolvimento ur- nicípio e do território sob sua área de influência (inciso VII).
bano.
▸ Proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e
Assim, cabe ao Plano Diretor definir a Política Municipal de Desenvol- construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagísti-
vimento Urbano, seus objetivos e suas diretrizes, assim como estraté- co e arqueológico (inciso XII).
gias e instrumentos para alcançá-los. O Plano Diretor é formulado a
Planos Diretores
tanto o planejamento quanto a implementação de estratégias, instru-
mentos e ferramentas se dê de forma a representar a diversidade da
população.
C
todo o guia, promovendo um alinhamento através das estratégias e
omo membro das Nações Unidas e signatário de acordos dos instrumentos colocados à disposição dos municípios.
e convenções internacionais, o Brasil tem como obrigação
implementar ações para cumprir os compromissos assu-
midos. Assim, as diretrizes e os objetivos desses acordos NOVA AGENDA URBANA
devem ser traduzidos em ações que possam ser incorporadas di-
retamente nas políticas públicas, no caso, os Planos Diretores e de- Resultado de um processo iniciado em 1976, a Nova Agenda Urbana
mais instrumentos de planejamento do desenvolvimento urbano. O (NAU) das Nações Unidas (ONU) que estabelece um plano de ações
mesmo é válido para aspectos de mudança do clima que requerem global em busca de assentamentos humanos sustentáveis. Nela Es-
planejamento prévio para adaptações ou medidas de mitigação. Do tados-nação compartilham seus princípios e compromissos e se com-
ponto de vista deste guia, um Plano Diretor deve ser elaborado sob prometem com a implementação de ações necessárias para melhorar
a perspectiva do desenvolvimento urbano sustentável que aborde as a qualidade de vida dos assentamentos humanos no mundo e garantir
pautas sugeridas na NAU, que contribua para o alcance dos ODS e que moradia adequada para todas as pessoas.
enfrente os “desafios decorrentes da mudança do clima”.
Segundo a ONU, o foco da NAU deve estar na sua implementação, por
Os debates para adaptar as diretrizes da NAU e os ODS às realidades isso o resultado da conferência foi um documento “conciso, focado,
locais vêm avançando através de processos de discussão e encaminha- inovador e orientado para a ação”.
mentos, bem como pela adaptação de indicadores e metas, especial-
mente no âmbito federal, que poderão trazer novos aportes para serem O documento se estrutura em dois eixos: (i) o da Declaração de Quito
utilizados no monitoramento da política urbana e na implementação Sobre Cidades e Assentamentos Humanos e Sustentáveis para Todos,
dos Planos Diretores. O desafio colocado neste guia é alinhar e rela- e (ii) o Plano de Implementação de Quito para a Nova Agenda Urbana.
cionar as estratégias urbanas propostas à visão de futuro trazida pelas O primeiro traça um breve histórico desde a HABITAT I, indicando as
agendas internacionais. Ao vincular ambas as visões, pode-se aferir de tendências de aumento da população urbana no mundo e firmando o
que forma os Planos Diretores podem contribuir para atingir tais obje- compromisso dos chefes de Estado signatários em torno de uma vi-
tivos. são compartilhada sobre uma “cidade para todos e todas” e de princí-
pios e compromissos. Em sua parte final, a declaração faz ainda uma
A partir de uma base de dados organizada dos ODS e de suas respec- chamada para ação respaldada em uma visão coletiva e um compro-
tivas metas foi feito um cruzamento direto com as estratégias, o que misso político para promover e concretizar o desenvolvimento urba-
permite às pessoas usuárias deste guia identificar quais metas de de- no sustentável.
senvolvimento sustentável estão sendo contempladas ao realizar o
percurso proposto e selecionar as estratégias mais compatíveis com O segundo eixo apresenta a Nova Agenda Urbana em duas partes,
sua realidade. Cria-se, desta forma, um vínculo mais palpável entre as quais sejam: (a) compromissos transformadores para o desenvolvi-
metas dos ODS e as ações do Plano Diretor, desde que essas estraté- mento urbano sustentável e (b) implementação efetiva. A primeira
gias sejam efetivadas pelos instrumentos e ferramentas sugeridos no enumera 56 compromissos em parágrafos divididos nos temas: (i)
Planos Diretores Contudo, as INDC do Brasil não consideraram metas e ações a serem
implementadas na área do transporte e uso do solo urbano, ao con-
trário do que outros países fizeram. Desta forma, a escala local, das
cidades e municípios, acabou assumindo menos responsabilidade nas
INDC brasileiras do que, por exemplo, o Estado da Amazônia, em vir-
tude da meta de redução do desmatamento. Por sua vez, em outros
acordos internacionais, que indiretamente incidem sobre a agenda de
planejamento urbano e mudanças climáticas, houve avanços parale-
los à COP21, como a agenda de redução de riscos e desastres naturais,
N
os ODS e a Nova Agenda Urbana.
a COP21, realizada na França em 2015, cerca de 196 paí-
ses assinaram um compromisso com o objetivo principal Sendo assim, a incorporação de preceitos que busquem à mitigação
de limitar o aquecimento médio global. Esta ação foi con- e adaptação à mudança do clima nos Planos Diretores busca subsi-
siderada histórica, uma vez que conseguiu avançar numa diar futuras discussões sobre a relevância das cidades brasileiras para
agenda para a mudança do clima e estabelecer compromissos e me- a redução das emissões em uma escala nacional, bem como reforça
tas para os países. o papel dos governos subnacionais na implementação desta agenda,
em conformidade com o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças
do Clima – PNA, que no seu art. 4º, inciso V, estabelece a necessidade
O ACORDO DE PARIS E A AGENDA INTERNACIONAL de implementação de medidas para promover a adaptação à mudança
DE MUDANÇA DO CLIMA do clima por parte das três esferas da Federação.
O Acordo de Paris entrou em vigor a partir de 2016, com cerca de 70 A AGENDA NACIONAL PARA A ADAPTAÇÃO À
ratificações de países que aderiram ao acordo, que representam cer- MUDANÇA DO CLIMA
ca de 59% das emissões globais. O Brasil apresentou a ratificação em
2016, com a aprovação das INDC (National Determined Contributions
- Contribuições Nacionalmente Determinadas) no Congresso Nacional, O principal documento orientador das políticas de adaptação na esfe-
e comprometeu-se a: reduzir as emissões de GEE até 2025, em 37% ra nacional é o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima de
e em 43% em 2030. Para isso, o país se comprometeu a aumentar a 2016. Com horizonte 2040, esse plano tem como principal objetivo
participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para “evitar perdas e danos e construir instrumentos que permitam a adap-
aproximadamente 18%, bem como restaurar e reflorestar 12 milhões tação dos sistemas naturais, humanos, produtivos e de infraestrutura”.
de hectares de florestas, alcançando uma participação estimada de Ele prevê que todos os setores vulneráveis aos impactos da mudança
45% de energias renováveis na composição da matriz energética em climática deveriam ter desenvolvido uma estratégia adequada para
2030. a gestão do risco climático até 2020. Os principais setores e temas
são: Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, Cidades, Desastres
Na COP21 foi reconhecido o papel das cidades e dos governos locais na Naturais, Indústria e Mineração, Infraestrutura (Energia, Transportes
mitigação e adaptação à mudança climática. Houve, então, um evento e Mobilidade Urbana), Povos e Populações Vulneráveis, Recursos Hí-
interno à COP que foi considerado simbólico, a chamada “Cúpula do dricos, Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional, e Zonas Costeiras.
Clima para Líderes Locais”, culminando no Pacto Global de Prefeitos
pelo Clima. De uma forma geral, o plano prevê uma abordagem setorial da adap-
tação – chamando atenção, porém, para a transversalidade de certos
Esta declaração teve o apoio de líderes locais e regionais, que se com- temas como nas áreas de segurança alimentar e nutricional, hídrica e
prometeram com a utilização de 100% de energia renovável e 80% de energética e incluindo também diretrizes sobre o uso de Adaptação
aprovação, implementação e
LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
monitoramento
Leitura do Definição das
PREPARAÇÃO
Leitura Cruzada das
Território Municipal Estratégias Etapas 1 e 2
Definição de Temas e Seleção de Definição e detalhamento
Problemáticas Instrumentos dos Instrumentos
O
PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL
guia se divide em três partes. Na Parte II do Guia apre-
sentamos as etapas e um conjunto de atividades, levan-
tamentos e análises que contribuem para estruturar a
elaboração do Plano Diretor. A Parte III constitui um ar-
cabouço de informações e de conteúdo destinado à consulta e à siste-
matização, conforme a pessoa leitora realiza o percurso sugerido nas
etapas descritas a seguir.
METODOLOGIA DE
PLANOS DIRETORES CONTEÚDO PARA
ELABORAÇÃO DO
E AGENDAS DESENVOLVIMENTO DO A despeito deste Guia tratar mais detalhadamente destas três etapas,
PLANO DIRETOR
INTERNACIONAIS PLANO DIRETOR
A PARTIR DESTE GUIA sabe-se que no processo de elaboração e revisão do Plano Diretor há
ainda uma etapa de preparação e as etapas subsequentes: de apro-
vação na Câmara Municipal, de implementação e de monitoramento.
Destaca-se que ao longo de todo esse processo é necessário se pensar
uma metodologia de mobilização social.
Este Guia propõe que o Plano Diretor seja elaborado em três etapas,
posteriores à etapa preliminar preparatória: leitura, proposta e conso- Os quadros-síntese sugeridos em cada etapa estão disponíveis para download
lidação. A primeira trata da leitura do território, com vistas a auxiliar em formato aberto, de forma que cada município possa complementar e apri-
morar as sistematizações.
na identificação de temas e problemáticas a serem priorizados, além
de desafios a serem enfrentados ou potenciais a serem aproveitados.
A segunda etapa trata da proposta de ação, frente ao identificado na
etapa anterior de leitura do território, tornando possível explorar as Para auxiliar na identificação de temas, problemáticas, estratégias e
estratégias mais adequadas a cada problemática pré-identificada. Por instrumentos, este guia possui um banco de informações que sugere
fim, a terceira etapa sugerida é a consolidação por meio da definição circuitos pré-determinados e também possibilita a formulação de no-
de instrumentos e de ferramentas complementares e da sistematiza- vos, que podem ser criados à medida em que são identificados novos
ção em um quadro sumário do Plano Diretor. desafios e abordagens.
34 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 35
A metodologia deste Guia foi estruturada de forma a auxiliar a cons-
trução de um Plano Diretor que efetivamente seja instrumentalizado,
visando dar respostas às estratégias e aos desafios elencados para o
município. Com isso, espera-se que seja autoaplicável, isto é, que se
TEMAS PROBLEMÁTICAS ESTRATÉGIAS INSTRUMENTOS torne um efetivo instrumento de gestão da cidade.
36 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 37
A realização dos dois percursos juntos permitirá uma avaliação do Pla- urbana (T2), Dinâmica imobiliária (T3), Patrimônio cultural (T6), Meio
no Diretor vigente, identificando a partir das problemáticas e respecti- ambiente (T10), Equipamentos públicos (T14), Turismo (T15), Sanea-
vos levantamentos, não só se as diretrizes ainda são compatíveis com mento ambiental (T11), Uso e ocupação do solo (T7), Segurança (T4),
a realidade, mas se há novas questões que devem ser avaliadas. O se- Desenvolvimento econômico (T8), Mobilidade e transporte (T12), Áre-
gundo percurso é essencial na proposta de efetivação do Plano Diretor. as de risco à vida (T16) ou outro não listado.
Muitos Planos Diretores, embora tenham previsto instrumentos em
seu texto, não chegaram a regulamentá-los, deixando importantes es- Em seguida, busque formular problemáticas para cada um dos temas,
tratégias sem efetivação, ou mesmo tendo previsto instrumentos que posteriormente, vincule-os às estratégias. Isso ajudará a organizar o
não necessariamente são adequados a sua realidade. encadeamento de ideias durante o planejamento e a selecionar o ins-
trumento urbanístico mais oportuno. Utilize o quadro a seguir para
orientar seu processo de formulação do circuito.
INSTRUMENTOS
▸ Utilizar a seção de instrumentos deste guia para identificar o(s) instrumento(s) per-
tinente(s) ao encaminhamento de cada estratégia.
▸ Ver se as estratégias e os objetivos apontados são adequados ao propósito.
são apresentadas a seguir. Monte seu circuito caso não tenha se re-
conhecido nas problemáticas ou estratégias elencadas. Para tanto, é
importante aprofundar as leituras e análises sugeridas ao longo das Tendo identificado o tema e formulado a problemática, você pode se
etapas e atividades. apoiar no diagrama a seguir para estruturar a formulação do circuito
para cada nova problemática identificada. Preencha as lacunas dos
O primeiro passo é identificar o tema pertinente: boxes, crie outros espaços caso seja necessário e utilize setas para li-
Habitação (T1), Qualidade urbana e ambiental (T5), Grandes projetos gar o encaminhamento da ideia. Por exemplo: ligue por setas quais os
de impacto (T9), Desenvolvimento rural sustentável (T13), Expansão possíveis caminhos a percorrer.
38 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 39
Caso ainda precise detalhar a problemática ou a estratégia, você pode
utilizar os campos descritos como “Qualificação da problemática” e
“Qualificação da estratégia”. Estas questões contribuem para apontar
diferentes características dentro de cada problemática ou estratégia,
indicando escolhas diferenciadas. Por exemplo, em uma problemá-
tica que aponte que “o município possui assentamentos precários
irregulares (favelas, bairros, conjuntos habitacionais) sem in-
fraestrutura básica”, a questão que qualifica a pergunta para melhor
pensar a estratégias busca apontar se estes assentamentos estão em
áreas ambientalmente frágeis, por exemplo, ou se constituem a maior
5. Para preenchimento parte dos domicílios no município. Dependendo da característica, é
veja Anexo 3– Quadro
Circuitos Esquemáticos possível apontar estratégias diferentes.5 ▪
E1 Q2
E2 E2 Q1
E2 Q2
P1 Q2 E3 E3 Q1
E3 Q1
E4 E4 Q1
40 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 41
Etapa de
preparação
Você
está aqui
aprovação, implementação
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
e monitoramento
preparação
LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
ODS
FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES
O
inclusivas e contem com a presença ativa de mulheres, pessoas idosas, pes-
Plano Diretor deve ser elaborado e implementado com a soas com deficiência e da população LGBTQIA+, a escolha de lugares de fácil
participação efetiva de todas cidadãs e cidadãos. O pro- acesso e sem obstáculos, e que não demandem deslocamento a pé por regiões
inseguras ou pouco movimentadas é decisiva. Recomenda-se ainda a previsão
cesso deve ser conduzido pelo poder Executivo, articula- de espaços que comportem crianças pequenas e com infraestrutura adequada
do com os representantes do poder Legislativo e com a para elas.
sociedade civil, organizada ou não. É importante que todas as etapas
do Plano Diretor sejam conduzidas, elaboradas e acompanhadas pe-
las equipes técnicas da Prefeitura e por habitantes do município. ▸ É preciso garantir diversidade na composição das pessoas que
participam das discussões. O Conselho Nacional das Cidades co-
Caso o município entenda ser necessário, é possível a contratação de loca que a realização dos debates deve ser feita por segmentos
consultoria especializada para apoiar a elaboração do Plano Diretor, sociais, divididos por temas e por bairros. Exige também que os
incentivando que ela contribua para o desenvolvimento de capacida- locais de discussão sejam alternados (Resolução n. 25/2005, art.
des internas à administração municipal. No entanto, esta não pode ser 5º).
conduzida à margem dos processos e da realidade do território e da
gestão em que se insere. Recomenda-se a composição de um núcleo ▸ Considerando a importância da representatividade para uma to-
gestor com o corpo das diversas áreas técnicas da Prefeitura que pos- mada de decisão verdadeiramente inclusiva, é preciso garantir
suem rebatimentos territoriais em suas políticas setoriais, tais como diversidade entre as pessoas com poder de deliberação que inte-
saneamento, habitação, mobilidade, meio ambiente e educação, entre gram o núcleo gestor para elaboração do Plano Diretor, visando
outros. É recomendável que haja representação da sociedade civil no à ampliação dos pontos de vista e saberes compartilhados. Re-
núcleo gestor, de forma a garantir maior transparência no processo. comenda-se a exemplo a formação de equipe composta por mu-
Ressaltamos aqui, algumas recomendações importantes para o pro- lheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, pessoas idosas,
cesso de preparação do Plano Diretor: pessoas LGBTQIA+ e indígenas. Recomenda-se ainda a previsão
de etapas intermediárias de consulta e validação das decisões to-
▸ Proponha um cronograma de elaboração do Plano Diretor que si- madas pelo núcleo gestor junto a grupos focais ampliados que se-
tue as etapas no tempo, organize as atividades de cada etapa (in- jam representativos dos diferentes grupos sociais.
clusive apontando o regime de execução de cada uma delas, ou
seja, se será executado diretamente pela equipe técnica da pre- ▸ O núcleo gestor responsável deve ser composto também por
feitura ou se será objeto de uma contratação específica) e aponte membros da sociedade civil e com disponibilidade para coor-
pessoas responsáveis. Certifique-se de que os prazos estabeleci- denar a construção do Plano. É importante formalizar o grupo
dos sejam suficientes e respeitem o tempo de mobilização da po- gestor por meio de decreto ou de portaria, indicando as pessoas
pulação. responsáveis do poder público por essa coordenação.
▸ Considerando que o Estatuto da Cidade apresenta a gestão demo- É importante que a população entenda claramente o que é o Plano
crática como uma diretriz da política urbana, identifique e mobi- Diretor Municipal e sua importância como instrumento para resol-
lize os conselhos municipais com vistas a que possam articular a ver problemas recorrentes na organização socioespacial da cidade,
participação popular no processo. O mais importante nesta etapa a fim de que participe desde o início de sua construção. Para prepa-
Você
está aqui
aprovação, implementação
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
e monitoramento
preparação
LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
ODS
FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES
A
a única forma de compreender os desafios no território, que deve ser
leitura do terrtório constitui um processo de caracterização complementada por uma leitura comunitária, com ampla participação
e discussão dos principais problemas, conflitos e potencia- da sociedade. O processo de construção da leitura do território abrange
lidades, do ponto de vista dos diversos segmentos sociais. ainda a capacitação realizada também no interior da Prefeitura, esti-
Deve contemplar desafios detectados e/ou potencialidades mulando a articulação e a integração das diversas equipes, Secretarias
identificadas, abrangendo todo o território do município. e Departamentos. O núcleo gestor, proposto na etapa de preparação,
deve acompanhar todo o processo de elaboração, trazendo insumos
necessários para a compreensão dos desafios de forma articulada e
Nenhuma leitura é exclusivamente técnica, ou seja, os problemas, os conflitos
intersetorial, colaborando assim na construção da leitura técnica do
e as avaliações de potencialidades existentes podem variar de acordo com os território.
grupos sociais que os concebam. A leitura participativa, portanto, é ocasião
para que todos e todas conheçam visões e modos de pensar diferentes e que se
O objetivo das leituras conjuntas – técnicas e comunitárias – é visualizar
façam as escolhas públicas que atendam a maior parte da população e, claro, os
problemas e potencialidades identificados. a “cidade que temos”, a partir de questões presentes primeiramente em
uma escala regional e do município para posterior aprofundamento nas
escalas de bairro, buscando um olhar múltiplo sobre o território, com o
cuidado de “espacializar” as questões, ou seja, identificá-las no espaço de
Desta forma, as leituras técnicas produzidas por profissionais da Pre- modo que possam ser mapeadas. Esse é um dos meios possíveis de cons-
feitura ou por equipes de consultoria devem ser enriquecidas com as truir uma leitura que retrate e articule no território a realidade vivida.
leituras comunitárias, feitas pela população, sob os pontos de vista
dos diferentes segmentos socioeconômicos: trabalhadoras e trabalha- A consolidação deve ser realizada de forma interna à administração e su-
dores, movimentos populares, lideranças comunitárias, empresárias pervisionada pelo núcleo gestor. É no momento da consolidação que se
e empresários, profissionais, associações de bairro etc., abrangendo deve cuidar de integrar a leitura comunitária com as leituras técnicas fei-
também diversos agentes do território, como pessoas moradoras, tra- tas ou contratadas pela administração. Essa etapa deve sistematizar os
balhadoras, transeuntes e consumidoras, que experimentam múltiplas dados e preparar o quadro-síntese dessa leitura proposto para ser usado
formas de uso e de apropriação do território. na etapa seguinte, de formulação de propostas.
Para alimentar e consolidar a leitura comunitária é importante que os Para realizar as atividades sugeridas nesta etapa iniciamos com a identi-
materiais tenham linguagem acessível e que contemplem as contribui- ficação do município, de forma que se possa enquadrá-lo e compreendê-
ções e as demandas da sociedade civil. Assim, as leituras da cidade aqui lo em meio à grande diversidade de municípios existentes no território
propostas indicam levantamentos técnicos que devem ser realizados e brasileiro. Este primeiro entendimento será importante para os futuros
complementados por esses múltiplos agentes, a partir de um processo levantamentos básicos e complementares.
que viabilize incidência e ampla participação.
1. REGIÃO E BIOMA
Características distintas quanto a sua ocupação e urbanização po-
dem ser observadas nos diferentes biomas brasileiros. O bioma Mata
Atlântica, que se estende ao longo de quase toda costa brasileira, foi
historicamente ocupado no processo de colonização e é o mais urba-
nizado. Nele se localizam as principais cidades do país e se evidencia a
maior perda de vegetação nativa.
Trata da quantidade de pessoas que vivem nos municípios brasileiros, A hierarquia urbana indica o nível de articulação que a Cidade tem
o que é relevante para praticamente todas as políticas públicas e par- com outros Centros Urbanos, realizado por meio de atividades de
ticularmente para as ligadas ao tema do desenvolvimento urbano. Há gestão pública e empresarial, e ainda o nível de atração que a Cidade
municípios de grande porte populacional, mas pequena extensão ter- possui para suprir bens e serviços para populações de outros Centros
7. Divisão urbano-
ritorial, ou vice e versa. As características do município contribuem Urbanos. São cinco os principais níveis hierárquicos: Metrópoles, Ca- regional do Brasil / IBGE,
para melhor compreender os desafios e potencialidades que cada ter- pitais Regionais, Centros Sub-Regionais, Centros de Zona e Centros Coordenação de Geografia.
- 2. ed. - Rio de Janeiro :
ritório enfrenta. Locais.7 IBGE, 2021.
Capitais Regionais São os centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão,
mas com alcance menor em termos de região de influência em compara-
(2A, 2B e 2C) ção com as Metrópoles.
Centros Sub-Regionais São os centros urbanos que possuem atividades de gestão menos comple-
xas, com áreas de influência de menor extensão que as das Capitais Regio-
(3A e 3B) nais. São também Cidades de menor porte populacional.
EXTENSÃO TERRITORIAL
São cidades que exercem influência restrita aos seus próprios limites ter-
ritoriais, podendo atrair alguma população moradora de outras Cidades
para temas específicos, mas não sendo destino principal de nenhuma ou-
5 km2 500 km2 1.500 km2 5.000 km2 50.000 km2 + de 100.000 km2 Centros Locais tra cidade. Simultaneamente, os Centros Locais apresentam fraca centra-
(5) lidade em suas atividades empresariais e de gestão pública, geralmente
tendo outros centros urbanos de maior hierarquia como referência para
atividades cotidianas de compras e serviços de sua população, bem como
acesso a atividades do poder público e dinâmica empresarial.
4. Porte Populacional
5. Extensão Territorial
6. Hierarquia Urbana
7. Região de Influência
LEVANTAMENTO COMPLEMENTAR
O QUE IDENTIFICAR
O que identificar?
Busque identificar atividades e funções complementares intermunicipais. Como se dão os fluxos em em-
▸ As relações e os vínculos entre os municípios – considere o enqua-
pregos, educação, saúde e moradia?
dramento do seu município em meio à diversidade de municípios No caso do saneamento, como se dão as complementaridades entre os municípios? Infraestrutura de
brasileiros, conforme item anterior. abastecimento de água, de tratamento de esgoto e coleta e destinação de resíduos sólidos.
Mapas localizando
▸ Tendências de crescimento e de circulação de pessoas (emprego x ▸ Equipamentos de alcance regional (saúde, educação, cultura)
moradia e de bens e serviços nos municípios da região). ▸ Polos/áreas de atração regional (compras, emprego)
▸ Áreas verdes de alcance regional
▸ Condições de infraestrutura que possam ser de interesse comum ▸ Mananciais responsáveis pelo abastecimento de água do município (mesmo em outro município)
de outros municípios da mesma região (potencialidades de solu- ▸ Infraestrutura de abastecimento (captação, tratamento e distribuição) e saneamento (recolhimento, tra-
tamento e destinação) e de resíduos sólidos.
ção em conjunto), tais como resíduos sólidos, abastecimento, es-
Dados
gotamento e reservas ambientais.
▸ Distribuição de postos de trabalho formais – Dado RAIS.
▸ Distribuição da População Economicamente Ativa (PEA) residente por município da região
▸ Necessidade de implementar Unidades de Conservação ou outras
▸ PIB regional por setor da economia.
áreas ambientais protegidas cujos limites extrapolam o território
BURITIRAMA
BARRA
WANDERLEY
USO DO SOLO
Fonte: Projeto
Floresta
MapBiomas – Coleção
Agropecuária 6 da Série Anual de
Mapas de Cobertura e
Formação Natural não Florestal Uso de Solo do Brasil.
Disponível em: https://
Infraestrutura urbana
mapbiomas.org/
Corpos D’água colecoes-mapbiomas-
0 15 30 km -1?cama_set_langua-
Bacia hidrográfica do Rio Grande (BA) ge=pt-BR
O mapeamento da evolução da ocupação do território busca identi- MAPEAMENTO EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO NO TERRITÓRIO
ficar as principais alterações ocorridas num determinado intervalo Escala sugerida
de tempo. A exemplo, novas ocupações, espraiamento da mancha ▸ Município e municípios vizinhos que compartilhem fronteira
urbana, supressão de vegetação são mudanças que ajudam a com- ▸ Divisão territorial municipal e distrital
preender a dinâmica ocorrida de forma que melhor se possa avaliar
as estratégias para um novo Plano Diretor.
O QUE IDENTIFICAR
LEVANTAMENTO BÁSICO
▸ A evolução da ocupação do território municipal, com ênfase nas Mapas localizando, através de fotos aéreas comparativas
áreas urbanas e nas áreas de expansão urbana sobre o território a ▸ Novas manchas de ocupação urbana (no perímetro urbano e rural).
partir de dados disponíveis em cadastros, imagens, Google Earth ▸ Localização das bacias, nascentes e áreas de preservação, sobrepostas pelas manchas de ocupação ur-
bana.
ou softwares similares, fotos, censos demográficos, ou levanta-
▸ Estrutura viária de conexão entre rural e urbano, bem como regionais.
mento de campo. Tendências de crescimento e de circulação de
▸ Equipamentos novos que tenham contribuído ou atraído o crescimento da mancha urbana.
pessoas (emprego x moradia e de bens e serviços nos municípios
▸ Identificação das áreas irregulares na expansão urbana, ou seja, loteamentos, condomínios, ou outras
da região). formas de ocupação que não foram regularmente implementadas no período analisado.
Juazeiro Sumaré
Sinhá COHAB II
Cid. Gerardo Sabóia
Cristino de Menezes APROVAÇÕES DE NOVAS CONSTRUÇÕES
POR ANO
(2012-2018)
desta forma, contribuir para construção de novos cenários possíveis. ▸ Variação do número população residente por setor censitário/bairro ou distrito (Censo, IBGE)10
▸ Dados de concentração populacional e distribuição no território (Censo, IBGE), considerando:
É preciso também avançar no olhar territorial da população, se há
▸ Concentração por faixas de renda domiciliar;
concentrações específicas, se estão relacionadas com processos de
▸ Gênero;
segregação e exclusão, por exemplo.
▸ Raça/cor;
▸ Pessoas com deficiência.
O QUE IDENTIFICAR
▸ População em situação de rua: identificação de locais com pessoas em situações de rua em visitas de
campo, dados de cadastros de usuários dos equipamentos de assistência social.
▸ As características da população residente, perfil de renda, gênero, ▸ Indicadores socioeconômicos: escolaridade, taxa de emprego, jovens que não trabalham, nem estudam
raça, faixas etárias e pessoas com deficiência. É importante com- (“Nem-nem”).
preender estas informações também de forma territorializada, Dados
investigando se há concentrações significativas de perfis diferen- ▸ Pirâmides etárias comparando os últimos censos realizados.
tes no território, por exemplo, ou se são verificadas associações ▸ Análise de rendimento do chefe do domicílio e da renda domiciliar.
entre processo de exclusão ou segregação a perfis específicos de ▸ Dados de migração (imigração e emigração).
O que identificar?
▸ Busque avançar na compreensão da percepção da população sobre o território de forma articulada à carac-
É importante que sejam conduzidas pesquisas direcionadas aos diferentes gru- terização. Como cada grupo ou território percebe a questão da segurança urbana? Como estão os acessos
pos da população e que permitam colher as múltiplas percepções e vivências da aos equipamentos de educação, cultura, lazer e saúde? Mapas colaborativos podem ser cruzados com os
▸ cidade. Esses levantamentos podem ser disseminados e conduzidos por exem-
mapas de dados oficiais, ampliando a compreensão do acesso à cidade.
plo com apoio de associações comunitárias atuantes em cada região. Mapas localizando
▸ ▸ Dados oficiais indicando os principais pontos localizando ocorrências de segurança pública
▸ Diagnóstico de percepção da segurança urbana (homicídio/assédio/furtos/demais ocorrências de deli-
▸ O perfil de renda da população, se ele se modificou nos últimos anos tos) pela população.
e se o município apresenta questões significativas de migração. ▸ Diagnostico e percepção do acesso aos serviços e equipamentos urbanos (transporte/iluminação/mora-
dia/equipamentos/...).
▸ É importante avançar para um olhar interseccional9 do território ▸ Os diagnósticos de percepção da população devem ser conduzidos de forma específica junto a
cada um dos grupos populacionais identificados, considerando: gênero, raça/cor, faixas etárias, ren-
e como os processos de produção da cidade podem reforçar ou da e pessoas com deficiência.
reduzir tendências de exclusão.
9. Interseccionalidade (ou teoria interseccional) é o estudo da sobreposição ou intersecção de identidade de gênero, raça, entre outras,
buscando relacionar os sistemas de opressão, dominação, segregação ou discriminação. Kimberlé Crenshaw define a interseccionalidade
como “formas de capturar as consequências da interação entre duas ou mais formas de subordinação: sexismo, racismo, patriarcalismo”.
Uma leitura territorial que traga um olhar interseccional deve buscar compreender como as desigualdades socioterritoriais se relacionam
com estas identidades.
10. Ver os Dados Universo IBGE e os Dados Sinopse por Setores, disponíveis online.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
SÃO PAULO (SP)
CONCENTRAÇÃO DA POPULAÇÃO PRETA E PARDA RENDA MÉDIA DOMICILIAR POPULAÇÃO PRETA E PARDA X
MULHERES RESPONSÁVEIS PELO DOMICÍLIO
0 5 10 km 0 5 10 km 0 5 10 km
média municipal
de 17% a 37% de 3 a 6 salários mínimos áreas com concentração de mulheres responsáveis pelo
de 37% a 53% de 6 a 9 salários mínimos domicílio e renda média domiciliar de até 1 salário minimo
acima de 53% de 9 a 12 salários mínimos Em São Paulo, 12% dos domicílios possuem mulheres
Em São Paulo, 37% da população é negra (preta e parda) acima de 12 salários mínimos como responsáveis e renda média domiciliar de até 1 sa-
lário mínimo
O mapeamento de uso e ocupação do solo visa qualificar as caracte- MAPEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
rísticas de ocupação e produção de forma territorializada. Densidades Escala sugerida
construtivas e populacionais são importantes formas de identificar as ▸ Município
características de ocupação, bem como da morfologia (desenho) ur- ▸ Divisão de bairros e distritos
bano resultantes.
Mapas localizando
▸ As características de ocupação e de produção do território. De ▸ Densidade populacional por setor censitário (Censo, IBGE)
que forma se associam aos períodos de crescimento urbano? ▸ Uso e ocupação do solo (dados municipais, como o cadastro do IPTU ou outro cadastro municipal)
▸ Lotes vazios
▸ Perfil de ocupação do solo urbano. Que tipo de ocupação predo- ▸ Morfologias predominantes (gabarito, padrão de ocupação, tipologia com densidade)
mina (loteamentos, edifícios, assentamentos precários) como se ▸ Sistema hidrográfico
relaciona com a legislação vigente? Por exemplo: as áreas que ▸ Unidades de Conservação
previam adensamento foram efetivamente adensadas? ▸ Áreas de extração vegetal ou mineral
▸ Áreas de Preservação Permanentes (APPs) (margens de rios e córregos, áreas com mais de 45% de incli-
nação etc.)
▸ Perfil de ocupação no perímetro rural (vegetação, produção agrí-
▸ Áreas destinadas à agricultura - Cadastro de propriedades rurais (porte e tipo de produção – Dados dis-
cola, pasto). poníveis por município no Cadastro Ambiental Rural: tipo de produção e tamanho das propriedades (ht-
tps://dados.gov.br/dataset/cadastro-ambiental-rural)
▸ Cruzar este mapeamento com o mapeamento das condições de
infraestrutura é importante para estabelecer os limites de ocupa- LEVANTAMENTO COMPLEMENTAR
ção em relação às capacidades existentes e previstas, bem como Mapas localizando
a desigualdade na distribuição de infraestrutura e equipamentos ▸ Chácaras de veraneio
no território. Atenção também para os equipamentos nas áreas ▸ Propriedades e terrenos públicos
rurais. ▸ Perfil das fachadas (cegas ou ativas)
▸ Identificação da situação fundiária das propriedades
PREDOMINÂNCIA DE USO
Consolidado
Residencial
Uso Misto
Comercial
Industrial
Eixos estruturantes
Eixo Comercial
PREDOMINÂNCIA DE USO
Densidade de ocupação
0 0,5 1 km
Média: Lotes entre 250 a 450 m2
Baixa: Lotes > 450 m2
Muito baixa: Chácaras, sítios e
USO DO SOLO (2013) E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ocupações esparsas
Unidades de conservação Mineração Fonte: Plano de Bacias
Fonte: Plano de Bacias PCJ, 2013. Disponível em: https://www.
PCJ, 2013. Disponível
infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cpla/cessao-de-dados/
Afloramento rochoso Reflorestamento em: https://www.
Plano Diretor de Bom Jesus dos Perdões, 2015. Elaboração:
infraestruturameioam-
Mata/Campo Solo exposto biente.sp.gov.br/cpla/
Instituto Pólis, 2015.
cessao-de-dados/
Agrícola Pasto
Plano Diretor de Bom
Área urbanizada Jesus dos Perdões, 2015.
Elaboração: Instituto
Água Pólis, 2015.
O mapeamento da infraestrutura é aqui entendido tanto como o le- MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA
vantamento de equipamentos para prestação de serviços públicos nas Escala sugerida
áreas de saúde, assistência social, educação e cultura e lazer, quanto ▸ Município
como infraestrutura de saneamento ambiental (abastecimento de ▸ Divisão de bairros e distritos
água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e manejo de ▸ Setor censitário
resíduos sólidos), iluminação pública e telecomunicações. Localizar
estes equipamentos no território, bem como seu raio de alcance, con- LEVANTAMENTO BÁSICO
tribui para avaliar a cobertura destes serviços, de forma a melhor pla- Mapas localizando
nejar o crescimento urbano e o planejamento de novos equipamentos. ▸ Distribuição da rede de saneamento (abastecimento de água, coleta de esgoto, coleta de lixo, macrodre-
nagem). (Censo IBGE e operadores/concessionárias de saneamento).
O QUE IDENTIFICAR ▸ Distribuição das estações de tratamento de água e de esgoto e abrangência de atendimento das mesmas.
▸ Distribuição da rede pública de energia elétrica (domiciliar e iluminação pública).
▸ Distribuição de equipamentos comunitários para a prestação de ▸ Áreas de destinação e tratamento de resíduos sólidos.
serviços públicos: hospitais, escolas, universidades, espaços de ▸ Distribuição e avaliação da capacidade de atendimento de equipamentos públicos (educação, saúde, as-
sistência social, cultura e esportes), apontando áreas não cobertas pela rede de atendimento (dados das
cultura e lazer, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Re- secretarias municipais.)
ferência de Assistência Social (CRAS). ▸ Equipamentos públicos previstos para construção em horizontes de curto, médio e longo prazo (máximo
de 10 anos).
▸ Atendimento e distribuição espacial (atual e prevista) das infraes-
truturas de saneamento básico: abastecimento de água, coleta de
esgoto, coleta de resíduos, drenagem, iluminação , pontos de Wifi, LEVANTAMENTO COMPLEMENTAR
SÃO VICENTE
0 1 2 km
% DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE
GERAL DE ESGOTO
Fonte: Censo
até 13%
2010, IBGE.
de 13% a 44%
INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL (EXISTENTE E PLANEJADA)
de 44% a 80%
Sistema de tratamento de esgoto existente Unidade de conservação
de 80% a 100%
Sistema de abastecimento de água Assentamentos precários
Assentamentos precários
Sistema de tratamento de esgoto projetado (em execução) Conjuntos habitacionais
Estações de tratamento de esgoto Pólo Petroquímico
Mapas localizando
O QUE IDENTIFICAR ▸ Áreas ambientalmente degradadas, que perderam ou reduziram algumas de suas propriedades, tais
como a qualidade produtiva dos recursos naturais.
▸ Áreas de conflito para expansão urbana, dentro ou fora do perí- ▸ Carta geotécnica de aptidão à urbanização
metro urbano vigente, considerando as condições e funções am- ▸ Cadastro do estágio de supressão vegetal em pequenas e grandes propriedades rurais.
bientais do território ▸ Serviços ecossistêmicos:
▸ Serviços de provisão: são os produtos obtidos da natureza, como alimentos, madeira, fibras, se-
▸ Conflitos e/ou ameaças presentes nas atividades produtivas ru- mente, carvão, plantas medicinais, água, etc..
▸ Serviços de regulação: são os benefícios que as pessoas obtêm da regulação do ambiente feita
rais, incluindo o uso de agrotóxicos e as estratégias de irrigação,
pelos ecossistemas e/ou seres vivos, Por exemplo: regulação do clima e do microclima local, quali-
que são fatores importantes a serem avaliados no âmbito da po- dade do ar, controle da erosão, regulação dos fluxos de água, secas e inundações; controle biológico
lítica de recursos hídricos para o município e região, de forma a de pragas e doenças; polinização e dispersão de sementes, etc.
regular adequadamente o uso futuro do solo. ▸ Serviços culturais são os benefícios que as pessoas obtêm do contato com a natureza que con-
tribuem para a cultura e as relações sociais. Exemplos: patrimônio cultural, identidade cultural e
histórica, conservação da paisagem, arte e design, lazer e recreação, valor científico e educacional,
▸ Áreas relevantes para o meio ambiente, serviços ecossistêmicos e identidade espiritual e religiosa.
regulação climática do município e da região11: (produção de água,
regulação da temperatura, produção de alimentos, etc).
11. Para mais informações sobre metodologia para identificação dos serviços ecossistêmicos no território, acesse a publicação do Ministério
do Meio Ambiente: Integração de Serviços Ecossistêmicos ao Planejamento do Desenvolvimento (Brasília: Ministério do Meio Ambiente/
Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), 2018), disponível em: Integração de Serviços Ecossistêmicos ao
Planejamento do Desenvolvimento. Um passo-a-passo profissionais com base na iniciativa “TEEB” (aboutvalues.net)
CUNHA
PARATY
SERVIÇOS DE REGULAÇÃO
REGULAÇÃO DA REGULAÇÃO DO CONTROLE DA EROSÃO CONTROLE DE
QUALIDADE DO AR CLIMA LOCAL DO SOLO INUNDAÇÕES
SERVIÇOS CULTURAIS
RECREAÇÃO E TURISMO VALORES ESPIRITUAIS IDENTIDADE CULTURAL
As condições de mobilidade incluem não só as redes e hierarquia viá- MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DE MOBILIDADE
ria para transporte público e privado, mas também as condições de Escala sugerida
mobilidade ativa, como ciclovias, calçadas e condições de acessibili- ▸ Município
dade. ▸ Divisão de bairros e distritos
O QUE IDENTIFICAR
LEVANTAMENTO BÁSICO
▸ Áreas servidas e não servidas por transporte público coletivo. Mapas localizando
▸ Sistema viário básico e hierarquias viárias (função)
▸ Identificar e avaliar a situação do sistema viário urbano e o rural. ▸ Sistema de transporte coletivo (ônibus, micro-ônibus, trem e metrô), incluindo as áreas não servidas, tre-
Há hierarquia viária estabelecida? De que forma o sistema de chos abrangidos por circuitos noturnos, localização dos pontos de parada.
▸ Sistema e circuitos cicloviários existentes e previstos.
mobilidade se relaciona ao uso e à ocupação do solo, densidades
▸ Rotas acessíveis existentes12
construtiva e populacional, concentração de empregos?
▸ Equipamentos e empreendimentos considerados polos geradores de tráfego.
Dados
▸ Que áreas são deficitárias em relação ao transporte público, isto é,
▸ Se houver pesquisa do tipo origem e destino, identificar áreas atratoras e geradoras de viagens, além de
que têm poucas opções de acesso ou apresentam demanda maior rotas críticas (com sobrecarga do sistema de transporte público ou do sistema viário).
do que a capacidade do sistema? Que projetos estão previstos?
LEVANTAMENTO COMPLEMENTAR
▸ Em que condições estão as calçadas em termos de manutenção e
Mapas localizando
de utilização por parte de crianças, população idosa, e de pessoas
▸ Deslocamento de cargas e serviços (áreas de maior circulação, rotas especiais etc.).
com deficiência?
▸ Áreas de maior incidência de acidentes relacionados ao trânsito.
▸ Dados relacionando a qualidade do ar e sua relação com os modais de transporte vigente no município.
▸ Há ciclovias e conexões entre as centralidades e bairros?
▸ Caracterização das paradas de ônibus (presença de placa, abrigo e condições de acesso)
DESLOCAMENTOS PENDULARES | BAIXADA SANTISTA VIAGENS PRODUZIDAS | PESQUISA ORIGEM DESTINO, 2012 VIAGENS ATRAÍDAS | PESQUISA ORIGEM DESTINO, 2012
CUBATÃO CUBATÃO
0 10 20 km 0 1 2 km 0 1 2 km
de 16,4% a 26,5% do total de viagens produzidas de 5.001 a 10.000 viagens Linhas EMTU -litoral-sustentavel/.
Pesquisa Origem e
de 26,5% a 48,6% do total de viagens produzidas de 10.001 a 15.000 viagens Pontos turísticos Destino da Baixada
Santista, 2012.
de 15.001 a 20.000 viagens
de 20.001 a 30.000
60.000
45.000
30.000
15.000
ÍNDICE DE MOTORIZAÇÃO
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
TEMPO DE DESLOCAMENTO DE PEDESTRES, A PARTIR DO CENTRO
Fonte: Ministério da Infraestru-
15 minutos
tura, Departamento Nacional
30 minutos de Trânsito - DENATRAN, IBGE, caminhão automóvel motocicletas
2020; Censo 2010, IBGE.
45 minutos Elaboração: Rebeca Vieira de
Mello.
O mapeamento das condições de moradia visa não só quantificar, MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DE MORADIA
mas qualificar a problemática habitacional e suas desigualdades ter- Escala sugerida
ritoriais. Busca-se compreender os diferentes componentes do dé- ▸ Município
ficit habitacional, sejam eles de acesso a novas moradias, de acesso ▸ Divisão de bairros e distritos
à infraestrutura urbana e ambiental ou qualidade urbana, de acesso ▸ Setor censitário
a condições adequadas de habitabilidade (saúde e bem-estar), bem
como de acesso aos direitos fundiários. LEVANTAMENTO BÁSICO
Mapas localizando
O QUE IDENTIFICAR ▸ Assentamentos precários (aglomerados subnormais), complementado por dados municipais ou fotos
aéreas (IBGE)
▸ Déficit habitacional e por inadequação. ▸ Loteamentos irregulares do ponto de vista urbanístico, e se possível fundiário, do ponto de vista cartorial
e jurídico (cadastro municipal)
▸ A precariedade habitacional verificada, em comparação à concentração populacional por faixa de renda
▸ Quantidade e localização no território dos domicílios precários.
e proximidade com comércio, equipamentos e serviços públicos.
Há assentamentos precários? Cortiços, mocambos, palafitas ou
▸ Áreas de risco de deslizamento
outras formas e definições de precariedades? Qual é a faixa de ▸ Cortiços, mocambos, palafitas ou outras formas e definições de precariedades
renda predominante e em que áreas se concentram no território? ▸ População em situação de rua (relacionar com o mapeamento da caracterização da população)
▸ Zonas de Interesse Social existentes
▸ Áreas com irregularidade fundiária no território. Qual é a correla-
ção entre irregularidade fundiária e a renda da população? Dados
▸ Déficit habitacional da Fundação João Pinheiro, disponível online, identificando o déficit por moradia e o
▸ Qualificar a precariedade habitacional existente no município. déficit por inadequação.
Identificar se as condições de moradia estão relacionadas à au-
sência de infraestrutura básica ou também à condição de habita- LEVANTAMENTO COMPLEMENTAR
bilidade (assentamentos precários, cortiços, domicílio com baixa O que identificar?
condição de habitabilidade; domicílios em situação fundiária irre- Compreendido o déficit habitacional e o perfil da precariedade, busque compreender onde tem se dado a
gular etc.). produção de moradia de baixa renda no território, bem como as áreas passíveis de produção em função do
preço da terra e dos parâmetros urbanísticos vigentes.
De que forma se deu essa produção? Poder público, Programa Minha Casa Minha Vida, autoconstrução em
lotes regulares ou irregulares?
Há disponibilidade de terra urbanizada para produção de moradia de baixa renda que atenda a demanda?
Os parâmetros urbanísticos são compatíveis com a produção necessária?
Mapas localizando
▸ Produção de habitação de baixa renda no território nos últimos 10 anos
▸ Cruzamento com o mapa de condições de infraestrutura e equipamentos
▸ Densidade habitacional
ANÁLISE DA SUSCETIBILIDADE À OCUPAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DOS LOTES VAZIOS EM ÁREAS APTAS À OCUPAÇÃO
ITAPARICA
VERA CRUZ
PRECARIEDADE HABITACIONAL
Renda média domiciliar
0 a 3 salários mínimos
3 a 6 salários mínimos
6 a 9 salários mínimos
9 a 12 salários mínimos
acima de 12 salários mínimos
como para se adaptar aos impactos adversos vindos com a mudança ▸ Áreas afetadas por outros eventos extremos como tempestades de areia, tornados ou outros.
Dados
do clima.
▸ Dados climáticos (históricos e projeções)
▸ Ameaças climáticas (temperaturas, chuvas extremas, deslizamentos, ...)
MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO são estratégias distintas de resposta à mudança ▸ Sensibilidade (ambiente biofísico, características socioeconômicas e de infraestrutura, ...)
do clima: enquanto a mitigação é a prevenção indireta de danos, através da re- ▸ Capacidade adaptativa (gestão, socioeconômico, ...)
dução de emissões, a adaptação é a prevenção direta de danos. Os benefícios
▸ Áreas Expostas à riscos climáticos
da mitigação são globais e de longo prazo, enquanto os de adaptação são locais
e de curto ou médio prazo. A adaptação é reativa à mudança do clima já expe- LEVANTAMENTO COMPLEMENTAR
rimentada e aquela projetada a ocorrer, enquanto a mitigação é pró-ativa em
relação a evitar os malefícios da mudança do clima ao longo de séculos. O que identificar?
Busque identificar quais as principais fontes de emissão de gases e efeitos estufa (GEE) em seu município.
As fontes se dividem em 5 setores e podem ser identificadas através do site:
https://plataforma.seeg.eco.br/map?cities=true
O QUE IDENTIFICAR
Acesse o link, clique em município/perfil e digite o nome de seu município. O sistema gerará um relatório
▸ Riscos climáticos atuais e futuros, mapeando as áreas onde se automático apontando as principais fontes emissoras por setor.
dão e identificando seus fatores causadores, graus de exposição ENERGIA: Produção de Combustíveis, Transportes (consumo de combustíveis em atividades de transpor-
e vulnerabilidade a que estão sujeitas (sensibilidade e capacidade te de diversos modos), Geração de Eletricidade (Serviço Público), Industrial (consumo de combustíveis em
de adaptação). atividades produtivas), Residencial, Comercial, Agropecuário e Público.
USO DA TERRA: Alterações de Uso do Solo (desmatamento, degradação ou conversão de solos entre ati-
vidades rurais), Queima de resíduos Florestais, Remoção em Áreas Protegidas, Remoção por Mudança de
▸ Potenciais medidas de adaptação incluindo aquelas que se apro- Uso da Terra e Remoção por Vegetação Secundária.
veitam dos benefícios que a natureza pode trazer (Adaptação ba- AGROPECUÁRIA: Fermentação Entérica (processo digestivo que produz metano e que ocorre em herbí-
seada em Ecossistemas). voros ruminantes, como bovinos, ovinos e caprinos), Solos Manejados (uso e deposição de dejetos animais,
utilização de fertilizantes sintéticos, calagem), Manejo de Dejetos Animais, Queima de Resíduos Agrícolas
e o Cultivo do Arroz.
▸ Infraestrutura verde-azul.
RESÍDUOS: Resíduos Sólidos (emissões de metano provenientes da disposição de resíduos sólidos em
aterros sanitários, aterros controlados e lixões) e Efluentes Líquidos (tratamento de efluentes industriais,
INFRAESTRUTURA VERDE E AZUL é o nome dado ao conjunto de sistemas tratamento de efluentes domésticos, tratamento biológico, incineração ou queima a céu aberto).
naturais da cidade, relacionados às áreas verdes e às águas urbanas, integran- INDÚSTRIA: Produção de Metais, Produtos Minerais, Indústria Química, Emissões de HFCs, Uso Não-E-
do funções ambientais, hidráulicas, paisagísticas e sociais contribuindo para nergético de Combustíveis e Uso de Solventes e o Uso de SF6.
benefícios ambientais e paisagísticos. A infraestrutura verde seriam as pra-
ças, parques, jardins e demais espaços abertos com árvores e vegetação que
Mapas localizando
beneficiam o microclima e a qualidade do ar e da água, a manutenção da per-
meabilidade do solo e a promoção da diversidade de habitats. A infraestrutura ▸ Após identificar o(s) principal(is) setor(es) de emissão de GEE do seu município, busque identificar no
azul compreende cursos d’água, lagos e lagoas, entre outros. São sistemas com mapa, as áreas ou equipamentos relativos a cada setor.
potencial para promover a integração, preservação e recuperação ambiental.
Quando em áreas urbanas, são associados à equipamentos culturais, esporti-
vos e de lazer.
MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (MG) OURO PRETO (MG) | VULNERABILIDADE MODERADA
13%
21%
6%
0 20 40 km
4%
40%
Fonte: Clima Gerais, Feam - Fundação Estafual de Meio Ambiente, 2016; IDE - Infraestrutura de Dados Espaciais de Minas Gerais. Agência Nacional de Águas (ANA), 2021. Fonte: SEEG Municípios - Sistema de Estimativa de Emissão de Gases Efeito Estufa.
Disponível em: https://idesisema.meioambiente.mg.gov.br/webgis e https://dadosabertos.ana.gov.br/ Disponível em: https://plataforma.seeg.eco.br/
gestoras com a participação da sociedade civil, a fim de compreender o Todo município deve possuir a própria lei do perímetro urbano. Esta lei promove
a divisão do município em zonas rurais e urbanas, de forma a auxiliar o direciona-
território municipal e suas especificidades. Para tanto, sugerimos tanto mento das políticas públicas. Muitas vezes, os limites oficiais entre zona urbana e
uma leitura quanto uma identificação de territórios que tenham carac- zona rural são em grande parte instrumentos definidos segundo objetivos fiscais
terísticas relativamente uniformes em termos de uso, ocupação, condi- que enquadram os domicílios sem considerar necessariamente as característi-
cas territoriais e sociais do município e de seu entorno.
ções ambientais, atividades econômicas. Esta atividade busca, a partir
O perímetro urbano deve ser definido a partir da identificação das áreas urbani-
dos levantamentos básicos e complementares sugeridos previamente, zadas, bem como das áreas passíveis de urbanização, considerando as áreas de
um olhar sobre toda a área municipal, reconhecendo as vocações de expansão futura e respectivo Projeto Específico de Expansão Urbana. São estas
cada território, para melhor identificar as problemáticas gerais ou espe- áreas que, se servidas de infraestrutura, podem ser passíveis de parcelamento
e posterior cobrança de IPTU, seguindo critérios e regras claras de reconversão,
cíficas de cada um. São sugeridos quatro tipos de territórios iniciais que bem como instrumentos de recuperação da valorização como a Outorga One-
devem englobar todo o limite do município: urbano, periurbano, natural rosa de Alteração de Uso. Muitas vezes, a regulamentação do perímetro urbano
e rural. por meio de uma descrição técnica precisa é remetida para uma lei municipal
específica, complementar ao próprio Plano Diretor. Isso não se traduz em proble-
ma, desde que os conceitos, os critérios e os parâmetros essenciais presentes no
Plano Diretor sejam observados. No entanto, tem sido prática em diversos muni-
cípios a ampliação do perímetro urbano, sem o devido estudo ou projeto, criando
assim novas frentes imobiliárias de forma desconectada do Plano Diretor e dos
instrumentos correlatos. Desta forma, sugerimos que, caso seja necessário pro-
mover alterações nos perímetros, esta seja realizada no âmbito do Plano Diretor,
evitando que mudanças sejam realizadas de forma desconectada das diretrizes
e dos instrumentos previstos.
O perímetro rural é, por consequência, o remanescente do urbano, ou seja, o que
não é classificado como urbano possui definição de rural e, portanto, fica con-
TERRITÓRIO TERRITÓRIO TERRITÓRIO TERRITÓRIO
dicionado a outro regime tributário, o Imposto sobre a Propriedade Territorial
NATURAL RURAL PERIURBANO URBANO Rural (ITR). De acordo com a Constituição Federal, 50% da arrecadação do ITR
cabe aos municípios. Porém, aqueles municípios que optam pela fiscalização e
cobrança do imposto podem ficar com a totalidade do produto de sua arrecada-
Embora o município possa considerar apenas a divisão de perímetro ção. A atribuição de fiscalizar, lançar e cobrar o ITR pode ser delegada pela União
urbano e rural nesta atividade, a proposta é que esta leitura dê-se a ao Distrito Federal e aos municípios por meio de convênios, conforme estabele-
partir dos dados e dos levantamentos, ou seja, que ao final possa ser cido na Lei n. 11250, de 27 de dezembro de 2005.
utilizada para eventuais ajustes de perímetros que se façam neces- O processo de elaboração do Plano Diretor pode trazer informações importantes
que contribuam para a alteração do perímetro. O Macrozoneamento estabelece
sários em função da nova proposta de Macrozoneamento no Plano um referencial espacial para o uso e a ocupação do solo no município inteiro, em
Diretor. concordância com as estratégias de políticas urbanas, rurais e ambientais. Define
inicialmente grandes áreas de ocupação: área rural (por exemplo, para produção
de alimentos, exploração de minérios, produção de madeira etc.) e área urbana
(residências, indústrias, comércio e serviços, equipamentos públicos etc.). Esta
leitura inicial ajuda a circunscrever o perímetro urbano e o perímetro rural.
TERRITÓRIO URBANO
Apresenta características de ocupação urbana, independente da den-
sidade, com construções e populações residentes e paisagens antro-
TERRITÓRIO
URBANO pizadas. Pode apresentar multiplicidade de usos com potencial de
poluição, seja sanitária, estética, sonora e/ou visual. São áreas onde
TERRITÓRIO se desenvolvem funções urbanas, seja de moradia ou de produção de
RURAL
forma articulada no território.
TERRITÓRIO
NATURAL
TERRITÓRIO É importante lembrar que nem todos os municípios apresentam os quatro tipos de
PERIURBANO território, assim como vários municípios podem identificar diferenças importan-
tes entre eles, gerando algumas subdivisões já numa leitura inicial.
POTENCIALIDADES DESAFIOS TEMAS CORRELATOS A seguir são sugeridas algumas perguntas e, a partir delas, os temas
correlacionados que podem contribuir para melhor identificar as pro-
TERRITÓRIO blemáticas a serem enfrentadas pelo município:
NATURAL
Meio Ambiente ▸ O Mapeamento da Evolução da Ocupação indica que a man-
Preservação da Avanço da cha urbana avança em direção a quais territórios? Há avanço da
qualidade da água produção rural Desenvolvimento mancha urbana sobre territórios naturais, rurais ou periurbanos?
Rural Sustentável
Quais são as possíveis consequências disso para o seu município?
A seguir selecionamos alguns temas que se relacionam com as
questões apontadas.
Habitação
Expansão Dinâmica Uso e Ocupação ▸ Como melhorar o financiamento da política de desenvolvimento
Urbana Imobiliária do Solo
urbano?
Financiamento do
Saneamento Mobilidade e Equipamentos
Segurança Desenvolvimento
Ambiental Transporte Públicos
Urbano
Desenvolvimento
Meio
Rural Turismo
Ambiente
Sustentável
TERRITÓRIO
MUNICIPAL
APPs etc.). Preservar áreas de matas e rede
3. O sistema de gestão democrática municipal não existe, é hídrica de abastecimento
pouco articulado ou funciona mal, prejudicando a integração e
a continuidade dos processos participativos de comunicação,
informação, debate, decisão e monitoramento da política ur-
bano-ambiental municipal.
O quadro-síntese de leitura do território proposto busca facilitar a 4.
sistematização das informações e análises realizadas nas atividades 5.
sugeridas na etapa 1. A partir destas leituras, é possível elencar as prin- 1. O município necessita evitar e/ou mitigar e recuperar áreas Ex.:
cipais problemáticas identificadas para o município como um todo – o ambientalmente degradadas. Preservar áreas de matas e rede
TERRITÓRIO
NATURAL
que é chamado de território municipal, bem como problemáticas 2. O município possui áreas protegidas com potencial para o de- hídrica de abastecimento
senvolvimento de turismo ambiental sustentável.
mais diretamente relacionadas às áreas específicas já subdivididas e
3.
caracterizadas. Pode haver tanto problemáticas que se relacionam a
4.
apenas um ou dois territórios quanto problemáticas que se relacio-
5.
nam ao conjunto todo.
1. O município possui ou está localizado em áreas de influência Ex.:
e de grandes projetos de impacto ambiental (barragens, hi- Garantir alimento saudável de for-
Na segunda coluna, é possível sistematizar as funções exercidas ou
TERRITÓRIO
drelétricas, mineração/pedreiras etc.) ma sustentável para o município e
desejadas, alinhadas com uma visão de futuro para o município como
RURAL
2. O município deseja estimular sua produção rural e/ou possui região
um todo, ou para cada território pré-identificado. Ao final do preen- áreas rurais sem uso ou subutilizadas. Preservar áreas de matas e rede
chimento é importante verificar se foram efetivamente verificadas 3. hídrica de abastecimento
problemáticas para cada parte do território, de forma que o Plano Di- 4.
retor contemple diretrizes e instrumentos para todo o território e não 5.
somente para a área urbanizada. 1. Avanço da ocupação urbana sobre áreas de transição urbano- Ex.:
-rural. Garantir o acesso à terra urbani-
PERIURBANO
TERRITÓRIO
2. O município precisa construir novos equipamentos públicos zada e regularizada
É importante que o quadro-síntese sugerido seja acompanhado dos respectivos (saúde, educação, assistência social, esporte e lazer etc.) Contenção do espraiamento da
mapas, configurando um caderno de subsídios que contribuirá para a construção 3. ocupação urbana
desta leitura do território. 4.
5.
Os temas e problemáticas sugeridos podem ser utilizados nas discus- 1. Grandes distâncias (ou tempo de viagem) entre moradia e Ex.:
sões técnicas, bem como nos debates públicos, e devem ser enrique- locais de concentração de emprego. Garantir o acesso à terra urbani-
cidos com as especificidades trazidas neste debate. Busca-se trazer 2. O município precisa universalizar o acesso à água potável e ao zada e regularizada
um olhar sobre todo o território municipal e sobre as diferentes fun- esgotamento sanitário.
TERRITÓRIO
Garantir a todos os cidadãos o
URBANO
ções exercidas em cada parte. 3. O município conta com áreas públicas (ruas, calçadas, áreas direito à moradia e aos serviços
verdes) ou regiões com alta concentração de ocorrências re- urbanos
lacionadas à segurança pública.
Busque elencar as problemáticas inserindo-as em ordem de prioridade (mesmo 4. O município carece de melhorias das condições de qualidade
que se alterem posteriormente), ou seja, quais são os maiores desafios e potencia- ambiental em seu território (ilhas de calor, drenagem, arbori-
lidades que se deseja tratar no município. Esta priorização inicial pode contribuir zação etc.).
para posterior definição das estratégias e dos instrumentos mais adequados e pos- 5.
síveis dentro da capacidade de gestão de cada município.
* Para preenchimento veja Anexo 3– Quadro Síntese Leitura do Território
Você
está aqui
aprovação, implementação
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
e monitoramento
preparação
LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
ODS
FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES
118 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 119
de interesse que identificamos na leitura da cidade? Reconhecendo a
cidade como ela é hoje, quais as melhores estratégias para transfor-
má-la? Como a cidade tem se preparado para a mudança climática?
A
partir da sistematização da etapa anterior, há um processo A consolidação desta proposta com as problemáticas relacionadas às
de preparação para que se efetivem as propostas frente a respectivas estratégias deve ser realizada pelo núcleo gestor, articu-
cada problemática identificada. A etapa 2 propõe um olhar lando e mediando os conflitos, dando coerência às estratégias defini-
sobre as problemáticas indicando novos dados e questões das. Essa etapa deve sistematizar dados e preparar o Quadro Síntese
15. Estratégias apontam que devem ser aprofundados para chegar em estratégias15 compatí- das Propostas a ser usado para o desenvolvimento da etapa seguinte.
soluções e possibilidades
de encaminhamentos das veis. Neste Guia, é proposto um conjunto de novas informações que
potencialidades por meio devem ser sistematizadas, trazendo também uma mudança na escala
da política pública.
de leitura, onde busca-se compreender os processos que articulam os ANÁLISE DOS SISTEMAS ESTRUTURANTES
diversos territórios identificados, por meio de levantamentos dos sis- DO TERRITÓRIO
temas estruturais. Esta compreensão de conexões e fluxos sobrepos-
tos contribui para aprimorar a leitura para a definição das estratégias A definição das estratégias também propicia uma mudança na escala
mais adequadas a cada desafio e conflito identificados. territorial, uma vez que se aproxima das especificidades das proble-
máticas no território. Assim, embora já realizados nos levantamen-
A identificação das estratégias deve carregar a visão de futuro para a tos estruturais, sugerimos um olhar mais aprofundado sobre alguns
cidade que, a princípio, transcende a competência do Plano Diretor, sistemas de forma que se possa identificar melhor os componentes
mas que, no caso de cidades que não tenham realizado este debate, de uma escala intermediária de leitura do território. Os mapas estru-
deve ser fomentado, buscando alinhar o enfrentamento das proble- turantes devem partir dos levantamentos básicos e complementares
máticas previamente identificadas à visão de futuro consolidada para iniciais para, em uma leitura cruzada identificar, a partir da situação
o território. As estratégias sugeridas neste Guia são embasadas nas existente, como estes sistemas devem ser aprimorados, ou seja, quais
políticas urbanas e respectivas políticas setoriais de forma a orientar são as propostas desejadas. Estes mapas dos sistemas são entendidos
a atuação dos Planos Diretores de forma coerente com as diretrizes como fundamentais na composição e articulação do território, cons-
das políticas nacionais. Nas estratégias, o município pode verificar de tituindo mapas propositivos que deverão ser aperfeiçoados e poderão
que forma estão alinhadas com a implementação das agendas inter- ser utilizados ao final da elaboração do Plano Diretor como compo-
nacionais, mais especificamente os Objetivos do Desenvolvimento nentes da Lei.
Sustentável (ODS) e também da Nova Agenda Urbana, Acordo de Pa-
ris e a agenda internacional de mudança do clima. Nesta etapa, tam-
Importante ressaltar que, dependendo do porte e da escala territorial do muni-
bém é proposto um quadro-síntese de propostas, que deve partir do cípio, bem como de suas especificidades, nem todos os sistemas são relevantes
primeiro quadro de leitura para relacionar as respectivas estratégias para cada realidade. Cabe ao município verificar se efetivamente estes sistemas
e, posteriormente, os instrumentos mais adequados à sua efetivação propostos são relevantes no território. Por exemplo, municípios muito pequenos
que não possuem várias centralidades podem apenas apontar a centralidade den-
tro do mapa de sistema de mobilidade, ou mesmo sobrepor diversos sistemas de
Esta segunda sistematização técnica deve ser complementada por forma a realizar uma leitura conjunta.
mais uma rodada de discussões públicas, que pode incluir algumas
perguntas: Que medidas devem ser tomadas para atingir uma reali-
dade capaz de refletir a cidade que queremos? Quais são os conflitos
120 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 121
MAPA DE SISTEMA DE MOBILIDADE URBANA EXEMPLOS DE MAPEAMENTO
Além das estruturas existentes, é importante que sejam localizadas as obras pre-
vistas pela municipalidade, de forma que se possa compreender a visão de futuro já
estabelecida e se ela segue compatível com os novos cenários que serão propostos
em função da análise para formulação do novo plano diretor.
Para formulação desta leitura e mapeamento é importante verificar os planos se- FLUXO LINHAS DE ÔNIBUS ESTRUTURA VIÁRIA EXISTENTE E PROPOSTAS DE IMPLEMENTAÇÃO
toriais correlatos, Plano Municipal de Mobilidade Urbana, plano cicloviário, de me- Fluxo alto Ciclovias existentes Fonte: Relatório
Ciclovias existentes Fonte: Relatório Síntese,
Síntese, Plano Diretor Plano Diretor de Vitória,
lhoria de calçadas ou de acessibilidade e incorporá-los a esta leitura. É importante
também compreender como as obras previstas no município estão articuladas às Fluxo médio Ciclorrotas existentes de Vitória, 2014. Ciclorrotas existentes 2014. Elaboração: Insti-
Elaboração: Instituto tuto Pólis, 2014.
previsões orçamentárias para melhor estabelecer os cenários possíveis. Fluxo baixo Aeroporto Pólis, 2014. Implementação de novas
Requalificação de existente
COMPONENTES DO MAPA
(DIFERENCIAR EXISTENTE DO PLANEJADO)
0 1 2 km 0 1 2 km
QUANTIDADE DE POSTOS DE TRABALHO - ORIGEM DESTINO 2007 OBRAS VIÁRIAS E BRTs PROPOSTOS
Fonte: Relatório Fonte: Relatório Síntese,
até 1 mil postos de 7.501 a 10 mil postos Abertura de via BRT - Ação do Governo
Síntese, Plano Diretor Plano Diretor de Vitória,
de 1.001 a 2.5 mil postos de 10.001 a 15 mil postos de Vitória, 2014. Mergulhão do Estado do ES 2014. Elaboração: Insti-
Elaboração: Instituto tuto Pólis, 2014.
de 2.501 a 5 mil postos acima de 15 mil postos Pólis, 2014. Reestruturação
de 5.001 a 7.5 mil postos Espaços protegidos Reurbanização
122 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 123
MAPA DE SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL EXEMPLOS DE MAPEAMENTO
Além das estruturas existentes, é importante que sejam localizadas as obras previs-
tas pela municipalidade e, se for o caso, demais atores envolvidos na prestação dos
serviços (concessionárias privadas, Governo Estadual, entre outros), de forma que
se possa compreender a visão de futuro já estabelecida e se ela segue compatível
com os novos cenários que serão propostos em função da análise para formulação
do novo Plano Diretor.
COMPONENTES DO MAPA
(DIFERENCIAR EXISTENTE DO PLANEJADO)
0 1 2 km
124 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 125
MAPA DE SISTEMA DE ÁREAS VERDES EXEMPLOS DE MAPEAMENTO
Além das estruturas existentes, é importante que sejam localizadas as obras pre-
vistas pela municipalidade, de forma que se possa compreender a visão de futuro já
estabelecida e se ela segue compatível com os novos cenários que serão propostos
em função da análise e proposição para formulação do novo plano diretor.
0 1 2 km
126 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 127
MAPA DE SISTEMA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS EXEMPLOS DE MAPEAMENTO
COMPONENTES DO MAPA
(DIFERENCIAR EXISTENTE DO PLANEJADO)
128 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 129
MAPA DE SISTEMA DE CENTRALIDADES EXEMPLOS DE MAPEAMENTO
130 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 131
ser potencializados pelas mudanças climáticas – como sugerido no
LEITURA CRUZADA DOS SISTEMAS Mapeamento de Riscos Climáticos –, é um importante passo para
ESTRUTURANTES E LEVANTAMENTOS BÁSICOS avançar na construção de cidades que contribuam para um desen-
volvimento sustentável para as futuras gerações. Para tanto, a lente
Os levantamentos estruturantes devem ser avaliados em relação às climática precisa entrar de forma mais estruturante no planejamento
dinâmicas evidenciadas nos levantamentos básicos e complemen- municipal, com ações efetivas que contribuam para mitigar ou adap-
tares. É necessário analisar a adequação de áreas urbanizadas e não tar estes riscos previamente identificados. Desta forma, sugerimos
urbanizadas, e suas respectivas densidades e características frente à que seja realizada uma avaliação crítica sobre que medidas estão sen-
capacidade de atendimento da demanda e distribuição das infraes- do pensadas no território para fazer frente a estes desafios.
truturas, equipamentos e serviços públicos.
A leitura e identificação dos sistemas estruturantes e das ações e
Um dos principais objetivos é avaliar a capacidade de suporte, de projetos previstos já podem identificar algumas ações neste sentido,
atendimento e de distribuição espacial (atual e desejada) das infraes- no entanto, nem todas se resumem a obras de complementação de
truturas, dos equipamentos e dos serviços públicos para seleção ade- infraestrutura. Muitas ações podem advir de regulação do território,
quada da estratégia mais compatível a fim de garantir os direitos à através de zoneamentos, planos de manejo, alteração de leis específi-
infraestrutura urbana, aos serviços públicos, ao saneamento ambien- cas ou mesmo novos projetos ainda não previstos. Para avançar numa
tal e ao lazer. efetiva inserção da lente climática no território, propomos aqui uma
reflexão crítica partindo do mapeamento dos riscos climáticos e ana-
lisando os sistemas estruturantes para que o município avalie que
CAPACIDADE DE SUPORTE DA INFRAESTRUTURA ações estão efetivamente sendo previstas para contribuir para
A avaliação da capacidade de suporte da infraestrutura instalada e prevista é mitigação ou adaptação dos riscos climáticos identificados. Você
sempre um desafio para os municípios. Embora alguns possam contar com um
sistema de informações mais avançado ou com a construção de modelagens consegue identificar no território ou em uma lista?
de avaliação de suporte da infraestrutura, esta não é a realidade da maior parte
dos municípios brasileiros.
Diferentemente do sistema viário e de transporte, em que há uma leitura mais Busque identificar ao longo da elaboração dos sistemas estruturantes os riscos
clara da capacidade das vias ou do sistema de transporte coletivo, a capacida- climáticos a ele atrelados e elencar as ações previstas ou ainda necessárias de
de da infraestrutura de saneamento ambiental necessita de um maior aporte adaptação e/ou mitigação.
das concessionárias sobre os sistemas de gestão de água, esgotamento e co-
leta e destinação de resíduos sólidos. Verificar se há rodízio ou déficit no abas-
tecimento de água é um bom indicador inicial de verificação de atendimento.
Bairros com déficit não devem ser adensados, caso não haja um efetivo plano
Para tanto, daremos alguns conceitos e exemplos que podem contri-
de expansão e atendimento, por exemplo. Municípios com altos percentuais de buir para avançar nesta proposição.
déficit de atendimento devem priorizar ocupar as áreas com infraestrutura já
instalada ou com previsão de implementação, evitando ampliação da expansão
urbana e, consequentemente, dos custos de ampliação das redes.
ABORDAGENS DE MITIGAÇÃO
A proximidade a equipamentos públicos e postos de trabalho também são bons
indicadores de capacidade de suporte para priorização na ocupação e adensa-
mento populacional. Áreas com equilíbrio de funções e mistura de usos pos- Além das abordagens setoriais, como, por exemplo, os Planos Setoriais,
suem melhores condições de urbanização e de atendimento das demandas
também pode-se optar por abordagens de mitigação locais (setoriais
básicas cotidianas, diminuindo a necessidade de realizar longos deslocamentos.
ou integradas) em pequena escala como a incorporação de parâme-
tros urbanísticos para a implementação de bairros de desenvolvimen-
to de baixo carbono ou a mitigação baseada em ecossistemas (MbE),
ESTRATÉGIA PARA OS RISCOS CLIMÁTICOS a qual apresenta um grande potencial para o planejamento integra-
do de medidas de mitigação e adaptação. Esta última é uma solução
A maioria das cidades brasileiras já apresenta problemas socioam- transversal que se utiliza dos ecossistemas e áreas verdes (como a
bientais associados a padrões de desenvolvimento e transformação criação de novas áreas, conservação e/ou expansão de territórios na-
do espaço, os quais as mudanças do clima tendem a acentuar, tais turais) para a redução da quantidade de gases de efeito estufa (GEE)
como: inundações, deslizamentos de terra, ondas de calor e limita- no ar. As soluções de mitigação baseadas na natureza possuem bene-
ções no suprimento de água doce. Identificar esses riscos, que podem fícios múltiplos (sociais, econômicos e ambientais) e podem ser per-
feitamente alinhadas com medidas de adaptação, como, por exemplo:
132 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 133
a conservação de áreas verdes naturais para redução do risco de des- identificação de medidas de adaptação.
lizamentos, ou a criação de áreas verdes para a retenção de águas da
chuva, para o gerenciamento e controle de enchentes e inundações. Existem diferentes abordagens sobre adaptação, à saber:
Uma outra opção, é uma abordagem integrada de mitigação em maior ▸ Abordagem de Adaptação Autônoma ou Reativa: uma resposta
escala como, por exemplo, cidades de baixo ou zero carbono. Neste pontual e direta a um risco ou vulnerabilidades presentes.
caso, as ações de mitigação da mudança climática podem ser econo- Exemplos: construção de piscinão para evitar um ponto de
micamente mais eficazes e eficientes ao serem desenvolvidas a partir alagamento; construção de um equipamento público em
de uma abordagem integrada combinando medidas em diversos se- uma área sem cobertura.
tores.
▸ Abordagem de Adaptação Planejada ou Antecipatória: uma
De uma forma geral (dependendo da capacidade técnica de cada mu- resposta tanto reativa quanto antecipatória, visto que incorpora
nicípio), sugere-se seguir o percurso de Gases e Efeitos Estufas (ver diferentes cenários da mudança climática e consequentemente
Problemática 59) onde são apontadas estratégias específicas rela- da intensidade dos impactos esperados.
cionadas aos setores de emissões de GEE (energia, desenvolvimento Exemplos: a delimitação de uma área de preservação am-
urbano e edifícios, florestas e áreas verdes, resíduos, transporte, agro- biental; a limitação da expansão urbana.
pecuária, e indústria).
▸ Abordagem Integradora: uma resposta holística que prevê a in-
tegração intersetorial de conceitos, estratégias e medidas, consi-
ABORDAGENS DE ADAPTAÇÃO derando suas interdependências, sinergias e trade-offs.
Exemplos: a remoção e remanejamento de moradias em
A adaptação serve para reduzir os impactos potenciais da mudança áreas de risco ambiental atrelada à produção habitacional
do clima e pode ter uma variedade de abordagens, dependendo de em área consolidada dotada de infraestrutura.
seu contexto, na redução da vulnerabilidade, gestão de risco de de-
sastres ou planejamento de ações de adaptação proativa, incluindo: ▸ Abordagem de Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE):
uma resposta de adaptação que se baseia no aproveitamento e
▸ Ativos sociais, ecológicos e desenvolvimento de infraestrutura; fortalecimento dos benefícios que a natureza pode trazer para
o bem-estar humano, conservando e recuperando ecossistemas
▸ Otimização de processos tecnológicos; para a redução de riscos climáticos.
Exemplos: fomento à agricultura familiar, garantindo abas-
▸ Gestão integrada de recursos naturais; tecimento e segurança alimentar em circuitos curtos de pro-
dução.
▸ Mudança ou reforço institucional, educacional e comportamental;
▸ Abordagem de Adaptação baseada na Comunidade (AbC): uma
▸ Serviços financeiros, incluindo transferência de risco; resposta que foca na identificação de riscos, demandas e fortale-
cimento de populações vulneráveis.
▸ Sistemas de informação para apoiar o alerta precoce e o planeja- Exemplos: garantias legais de preservação do território (seja
mento proativo. povos tradicionais ou comunidades em assentamentos pre-
cários), melhorias das condições de moradia e de qualidade
As ações de adaptação são percebidas, normalmente, no local onde de vida.
acontecem. “O que” precisamos adaptar e “como” depende funda-
mentalmente do risco climático, do sistema biofísico ou social em Esses tipos de abordagens não se opõem, mas se complementam e
questão. Mais concretamente, a identificação das necessidades de podem ser adotadas simultaneamente em diferentes estratégias. Ver
adaptação requer uma avaliação dos fatores que determinam a vul- problemática e estratégias respectivas para potencializar os serviços
nerabilidade (composta por sensibilidade e capacidade adaptativa), a ecossistêmicos. (Problemática. 58)
exposição, ameaças climáticas e a probabilidade do impacto poten-
cial acontecer. Essa análise de risco climático é fundamental para a
134 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 135
Etapa 2 ▸ Item 1 Etapa 2 ▸ Item 2
Escolha das estratégias Definição dos instrumentos
a partir das problemáticas a partir das estratégias elencadas
Identificadas as problemáticas e as potencialidades na etapa de leitu- Selecionadas as estratégias, o mesmo processo pode ser realizado
ra do território, é importante que sejam apontadas quais as estratégias para a definição dos instrumentos que às operacionalizarão com vistas
adequadas para enfrentar os problemas e desenvolver as oportuni- a que os objetivos expressos no Plano Diretor sejam alcançados. Por
dades. As estratégias apontam soluções e possibilidades de encami- isso, elas devem estar estreitamente articuladas com os instrumentos
nhamentos e direcionam a atuação para a seleção dos instrumentos de planejamento urbano ou com as ferramentas complementares.
mais adequados. Na Parte III do Guia, nas páginas das problemáticas
elencadas e identificadas, são sugeridas estratégias a partir de ques- Na página de cada estratégia identificada no passo anterior, são apon-
tões qualificadoras para aprofundar os temas trabalhados. Em cada tadas novas questões qualificadoras para direcionar a um ou mais
problemática são apontados também os levantamentos complemen- instrumentos adequados ao seu enfrentamento. As ferramentas
tares que podem contribuir para o aprofundamento destas leituras. complementares não são necessariamente conteúdo de Plano Diretor,
mas podem trazer subsídios a este e contribuir para a efetivação das
Essas estratégias são as diretrizes para construir a cidade que se dese- estratégias elencadas. Portanto, também é importante apontá-las no
ja – partem das problemáticas identificadas e são constituídas de for- quadro-síntese.
ma articulada a partir da visão de futuro do município e das funções
exercidas e desejadas em cada território. Devem ser discutidas e pac-
tuadas com todas as pessoas participantes do processo, e sempre que
possível submetidas ao debate público, a fim de que sejam garantidas
as condições necessárias para a formulação de soluções adequadas
às diferentes vivências de cidade e assim efetivamente transformado-
ras da realidade de todos e todas.
136 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 137
Etapa 2 ▸ Item 3 QUADRO SÍNTESE DE PROPOSTAS (ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS)16
Estratégias e instrumentos que abrangem o todo, ou apenas porções do território, e são gerais para o município
TERRITÓRIO
MUNICIPAL
urbano-rural ocupadas. Zoneamento
3. Delimitar áreas aptas à ocupação para expansão urbana nas áreas ZEIS
de transição urbano-rural e garantir a recuperação da valorização da ZEIS de Vazios
terra urbana e rural. Macrozoneamento + Projeto
Específico de Expansão Urbana
4.
Sugerimos que a definição das estratégias e dos respectivos instru- 5.
mentos, realizada a partir dos desafios/potencialidades associados 1. Promover a recuperação e a preservação das áreas ambientais de- Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
aos territórios previamente definidos, siga a mesma estrutura adota- gradadas. Termo de Compromisso de
TERRITÓRIO
Compensação Ambiental (TCCA)
NATURAL
da na Etapa de Leitura do Território, configurando um quadro-resumo
2.
para auxiliar no olhar sobre o conjunto do território.
3.
4.
5.
1. Garantir a participação na implementação de projetos de impacto, Conferências, debates, audiências e
bem como ações de mitigação e contrapartidas sobre impactos am- consultas públicas sobre assuntos de
bientais previstos. interesse urbano
TERRITÓRIO
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
RURAL
2. Garantir área de produção de agricultura familiar, agroecológica e Zoneamento Ambiental
sustentável.
3.
4.
5.
1. Delimitação de áreas para a expansão urbana aptas à ocupação – ZEIS
transição urbano-rural. ZEIS de Vazios
Macrozoneamento + Projeto
PERIURBANO
Específico de Expansão Urbana
TERRITÓRIO
2. Viabilizar aquisição de imóveis para construir equipamentos públicos Direito de Preempção + Sistema de
necessários ao desenvolvimento urbano e social do município. Equipamentos públicos
3.
4.
5.
1. Promover o adensamento populacional de áreas urbanas com infraes- Zoneamento e Parcelamento do Solo
trutura.
2. Promover investimentos e parcerias intermunicipais a fim de viabili- Consórcio Intermunicipal
TERRITÓRIO
URBANO
zar infraestrutura e visando melhor aproveitamento da terra urbana.
3. Promover maior diversidade de usos (uso misto), garantindo maior Zoneamento
qualidade e segurança no espaço urbano. Sistema de Centralidades
4. Articular e ampliar as áreas verdes, garantindo o fortalecimento das Sistema de Áreas Verdes
áreas ambientais do município.
5.
138 ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS ©Vitor Nisida ETAPA 2 | FORMULAÇÃO DAS PROPOSTAS 139
Etapa 3
Consolidação
da proposta
Você
está aqui
aprovação, implementação
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
e monitoramento
preparação
LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
ODS
FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES
O
percurso sugerido até a etapa anterior busca sistematizar
a leitura do território, bem como identificar as principais
problemáticas, atrelando estratégias que já apontem di-
retrizes para o enfrentamento dos desafios identificados.
Nesta terceira etapa é preciso ajustar as estratégias no território, ve-
rificando contradições e consolidando as propostas, tendo como refe-
rência aspectos técnicos e os resultados das discussões públicas.
A partir do desenvolvimento dos dois quadros-síntese sugeridos – Lei- No percurso sugerido, as estratégias apontam algumas possibilidades
tura do Território e Propostas –, recomenda-se realizar uma leitura de instrumentos. No entanto, não necessariamente o município pre-
cruzada entre ambos, verificando se as estratégias elencadas estão cisa desenvolver todos os instrumentos elencados no quadro-síntese
compatíveis com as funções, exercidas ou desejadas. As contradições de propostas de uma vez. É preciso avaliar suas capacidades opera-
e os conflitos são importantes de serem identificados, de forma a ga- cionais e administrativas de implementação, sendo importante elen-
rantir que os encaminhamentos sejam pactuados coletivamente. car prioridades, ou seja, com base nas demandas atuais e na visão de
futuro desejada, quais são as principais problemáticas e respectivas
estratégias que devemos garantir no Plano Diretor. A partir destas
prioridades, propõe-se uma leitura dos instrumentos sugeridos e do
LEITURA CRUZADA DAS ETAPAS 1 E 2
Problemáticas e funções que abrangem todo o território, ou seja, trata-se de questões gerais do município conteúdo necessário para sua implementação e acompanhamento:
informações e conteúdos básicos a serem previstos na Lei, bem como
PROBLEMÁTICAS FUNÇÕES
EXERCIDAS/DESEJADAS
ESTRATÉGIAS aspectos operacionais que precisam ser considerados e avaliados
pela municipalidade (ver respectivos instrumentos). Ressaltamos que
1. O município apresenta Ex.: 1. Demarcar áreas para a
muitas vezes é melhor um instrumento bem desenvolvido e imple-
avanço da ocupação urbana Desenvolvimento econômico produção rural, garantindo
sobre áreas de transição reserva para produção mentado do que um conjunto de instrumentos que não se aplicam.
sustentável
urbano-rural ou sobre áreas de agricultura familiar,
PERIURBANO
rurais.. agroecológica e sustentável, O conteúdo destes instrumentos deve ser detalhado, visando o al-
e potencial de desenvolvimento
evitando o espraiamento da
turístico. cance das estratégias selecionadas. Aqui também o núcleo gestor
mancha urbana
do Plano Diretor deve acompanhar as definições e a consolidação do
conteúdo. Após a seleção dos instrumentos mais adequados e que
a municipalidade entende ser capaz de implementar, propomos um
último quadro, que já configura uma proposta preliminar de sumário,
onde é elencada uma estrutura mínima para organizar este conteúdo.
conteúdo mínimo que um conteúdo mínimo, a resolução traz temas e olhares necessários a um
Plano Diretor, bem como a importância de garantir coerência entre as diretrizes
e os objetivos apontados no Plano com os instrumentos a serem definidos na
Lei.
A estruturação da metodologia deste Guia busca, em seu percurso sugerido e
respectivos quadros-síntese de cada etapa, induzir um olhar para todos estes
temas – são dezoito os temas aqui selecionados para agrupar possíveis proble-
máticas de forma territorializada, garantindo a conexão entre esta cidade re-
conhecida pelos técnicos e pela sociedade civil e os respectivos instrumentos
e estratégias. A eficácia dos instrumentos, por sua vez, guarda coerência com a
realização do percurso metodológico sugerido e depende do desenvolvimento
do conteúdo necessário a sua implementação, de forma articulada às capacida-
Os instrumentais aqui sugeridos busquem garantir um olhar sobre des institucionais e operacionais de cada município.
todo o território (urbano, rural, periurbano e ambiental), sendo im- É preciso, no entanto, garantir aspectos mínimos essenciais para organização
portante também que o Plano Diretor contenha o conteúdo mínimo do território, o que é sugerido no último quadro-síntese de consolidação das
propostas. Nele, propomos:
necessário para sua operacionalização, de forma a garantir a imple-
1. A sistematização de diretrizes e definições das funções socioambientais do
mentação das estratégias elencadas. Desta maneira, a estrutura de território.
sistematização aqui sugerida visa também contribuir para realizar 2. A proposta de organização territorial a partir de Sistemas, Macrozoneamen-
esta consolidação. Na primeira coluna, apontamos a estrutura e o to, Zoneamento e parcelamento do solo.
conteúdo mínimo sugerido, enquanto na segunda remetemos aos 3. A definição de outros instrumentos relacionados às estratégias com seu
quadros de sistematização e aos conteúdos desenvolvidos ao longo conteúdo para efetivação da sua aplicação.
do percurso, onde se pode buscar a informação que foi previamente 4. A definição do Sistema de Planejamento e Gestão Democrática.
5. Os procedimentos necessários para implementação das propostas.
trabalhada em cada etapa.
6. As indicações de instrumentais, ou seja, as ferramentas complementares
que deverão ser desenvolvidas no horizonte de vigência do Plano Diretor,
para dar maior eficácia às suas diretrizes.
Não entendemos este quadro ou o percurso como um checklist, mas como um
guia para um olhar global sobre o território que busque abarcar os desafios e as
respectivas estratégias mais adequadas a cada realidade. Considerando o con-
teúdo mínimo estabelecido tanto pela resolução 34 quanto pelo artigo 42 do
Estatuto da Cidade para os Planos Diretores, é preciso avançar na implementa-
ção de instrumentos que efetivem as estratégias entendidas como prioritárias,
a fim de garantir o cumprimento das funções socioambientais dentro da visão
de futuro que se deseja para o município. Não basta apontar diretrizes, é preci-
so ter instrumentais para concretizá-los.
148 ETAPA 3 | CONSOLIDAÇÃO DA PROPOSTA ©Vitor Nisida ETAPA 3 | CONSOLIDAÇÃO DA PROPOSTA 149
O quadro a seguir apresenta uma proposta de sumário para o Plano
Diretor e pode servir de base para as discussões finais, bem como para
elaboração do Projeto de Lei. É importante que esteja acompanhado
dos respectivos mapas propositivos, onde são espacializadas as pro-
17. Para preenchimento postas, os parâmetros e os instrumentos. QUADRO-SUMÁRIO E CONTEÚDO MÍNIMO 17
veja Anexo 3– Quadro
Sumário Conteúdo ONDE ENCONTRAR NO GUIA
SUMÁRIO
Mínimo O CONTEÚDO SUGERIDO
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES Quadro conceito da função socioambiental
Deve explicitar os fins gerais e específicos a serem alcançados pelo Definição da função socioambiental da cidade e da do município
Plano Diretor, como instrumento básico da política de desenvolvi- propriedade Quadro de leitura do território: funções
mento urbano, inclusive o da função social da propriedade. desejadas para todo o território
Os instrumentos elencados como organização do território são ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO Quadro de leitura do território – funções
Macrozoneamento/diretrizes e instrumentos aplicáveis desejadas de cada território
considerados fundamentais para a implementação das diretri-
Sistemas de organização (viário, áreas verdes, Macrozoneamento
zes e estratégias pactuadas. Para os pequenos e médios municí-
centralidades e equipamentos) Sistemas Estruturantes
pios, a sugestão é sempre incorporar estes instrumentos à Lei do
Zoneamento/Zoneamentos Especiais Zoneamento
Plano Diretor. Caso não seja possível, deve-se especializar e elen-
Uso e ocupação do solo Parcelamento
car os principais objetivos de cada um, de forma que, caso as leis
Parcelamento do solo
detalhadas sejam aprovadas posteriormente, sigam os objetivos e
estratégias do Plano Diretor.
Nem todas as diretrizes e objetivos conseguem ser implemen- DIRETRIZES POLÍTICAS SETORIAIS E Diretrizes relacionadas à necessidade de
COMPLEMENTARES leis complementares dos instrumentos
tadas dentro do PD, desta forma, ao identificar ferramentas
Ferramentas complementares e às ferramentas pertinentes ao pleno
complementares importantes para as estratégias pactuadas, é desenvolvimento da política urbana definida
importante apontar no PD, de forma que estas possam ser desen- no Plano Diretor.
volvidas.
Outras etapas necessárias para a bre suas atribuições, planos de trabalho e fluxo de reporte de in-
formações;
efetiva implementação do Plano Diretor ▸ Que seja feito acompanhamento do avanço das ações em periodi-
cidade e grau de detalhe acordados com o colegiado responsável
pelo controle social ;
O Guia tem como foco o processo de elaboração da proposta do Pla-
no Diretor, no entanto, após sua discussão pública e consolidação do ▸ Que seja disponibilizada informações sobre o avanço das propos-
Projeto de Lei são previstas outras etapas para sua aprovação e imple- tas em plataforma pública e acessível.
mentação:
▸ MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E REVISÃO
DISCUSSÃO NA CÂMARA MUNICIPAL E APROVAÇÃO
Parte do processo de avaliação e monitoramento depende da imple-
Após ser apresentado à sociedade em audiência pública e consolida- mentação do sistema e dos respectivos instrumentos de gestão de-
do pela gestão, o Projeto de Lei do Plano Diretor deve ser submetido à mocrática, que deve avaliar os impactos das proposições formuladas
Câmara Municipal para ser discutido e aprovado. Quanto maior o en- e monitorar os resultados obtidos. Dessa maneira, consegue-se anali-
volvimento do Legislativo no processo, maior a probabilidade de que sar e compreender as mudanças e verificar se os caminhos propostos
o projeto seja aprovado e convertido em lei, sem alterações que o des- estão, de fato, nos aproximando das estratégias pactuadas coletiva-
caracterizem ou o afastem do interesse da maioria ativa no processo mente. É importante constituir um processo permanente de moni-
participativo. Desta forma, é importante que a mobilização realizada toramento e avaliação dos resultados da implementação do Plano
no processo de elaboração não se perca, garantindo um envolvimento Diretor de forma a alimentar a sua revisão que deve ocorrer, no míni-
da sociedade também junto ao Legislativo Municipal. mo, a cada dez anos. Para tanto é importante que seja estruturado um
conjunto de dados que possibilite a análise e avaliação dos resultados
IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR esperados para as estratégias formuladas no Plano Diretor, conside-
rando:
Aprovada a Lei do Plano Diretor, parte-se para sua efetiva implemen-
tação. Embora um conjunto de instrumentos previstos sejam auto ▸ Selecionar indicadores para aferir se os instrumentos e ferramen-
aplicáveis, são sempre necessárias complementações para regula- tas selecionados atingiram o resultado esperado em relação às
mentar procedimentos, fluxos e competências, o que pode ser feito respectivas estratégias. A leitura do território pode trazer subsí-
por meio de decretos, portarias e outros atos normativos. Para tan- dios importantes, bem como os indicadores dos ODS associados.
to, é importante estruturar a governança prevista em lei, definindo
responsabilidades e priorizando os processos a serem adaptados ▸ Estabelecer metas numéricas para esses indicadores prevendo o
ou implementados do zero para viabilizar o cumprimento dos com- desempenho esperado, tanto para um horizonte de longo prazo
promissos do Plano Diretor, e sua constante retroalimentação com (fim da sua implementação), quanto para horizontes intermediá-
participação popular. (Ver Tema Gestão democrática e participação rios de médio e curto prazo (que possam ser aferidos ao longo da
Popular). Estabelecido o órgão colegiado responsável pelo controle implementação e sirvam para eventuais ajustes de percurso dos
social da implementação do Plano Diretor, e definidas as responsabi- mecanismos).
lidades internas à administração pública para consecução das estra-
tégias e instrumentos, é preciso formular e aprovar conjuntamente ▸ Priorizar os indicadores/metas mais urgentes de serem alcança-
os prazos para implementação de cada instrumentos, assim como as dos, e ajustar assim a priorização de instrumentos e ferramentas
ações intermediárias e previsões orçamentárias nos respectivos ins- que devem ser implementados.
trumentos de planejamento municipal, tais como Plano Plurianual
(PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de forma a garantir: ▸ Atribuir os órgãos da administração municipal responsáveis pela
coleta de informações sobre os indicadores, bem como pela siste-
▸ Que os prazos e instrumentos previstos no Plano Diretor se refli- matização e análise dos mesmos. ▪
tam nas peças orçamentárias;
154 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 155
Como planejar Identificar no mapeamento os principais
temas e problemáticas.
QUESTÕES
TEMAS PROBLEMÁTICAS
QUALIFICADORAS
P01 No município
O município pos- existe presença
Mapeamento do município identificando suas características de acordo com os seguintes territórios: de domicílios
sui assentamen-
tos precários precários (sem VISÃO DE FUTURO
irregulares sem infraestru-
HABITAÇÃO infraestrutura tura), com
básica (favelas, predominância
loteamentos, de população de
conjuntos habi- baixa renda.
tacionais).
QUESTÕES DETALHAMENTOS
Definir estratégias e
ESTRATÉGIAS INSTRUMENTOS
QUALIFICADORAS DOS INSTRUMENTOS instrumentos que se adequem
a essa visão de futuro.
E01 E01 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas
Avaliar os Se o município de Interesse ocupadas
assentamentos possui a maior Social (ZEIS)
precários existen- parte de sua popu-
tes e qualificá-los, lação vivendo em
priorizando a assentamentos
intervenção em precários irregu-
assentamentos lares…
para urbanização
ou em situações
de risco à vida.
P01 No município E01 E01 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Cadastro Territo-
O município pos- existe presença Avaliar os Se o município de Interesse ocupadas rial Multifinalitá-
sui assentamen- de domicílios assentamentos possui a maior Social (ZEIS) rio (CTM)
tos precários precários (sem precários existen- parte de sua
irregulares sem infraestru- tes e qualificá-los, população vivendo
infraestrutura tura), com priorizando a em assentamen-
básica (favelas, predominância intervenção em tos precários
VISÃO DE
HABITAÇÃO loteamentos, de população de assentamentos irregulares…
FUTURO
conjuntos habi- baixa renda. para urbanização
tacionais). ou em situações
de risco à vida.
156 COMO
ELABORAÇÃO
PLANEJAR
DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR
COMO DESTE
PLANEJAR
GUIA 157
Como navegar Nome do Instrumento e
onde foi regulamentado.
Tema atual Problemáticas relacionadas. local ou de vender o direito de construir previsto nas normas urba-
nísticas e que ele ainda não tenha utilizado. A TDC compensa o pro-
prietário de imóvel situado em área onde houve limitações ao direito
Quadro para
MERCADO IMOBILIÁRIO FORMAL DE PRODUÇÃO
Onde estão localizadas as áreas de moradia precária na cidade?
Atividade de produção do espaço de mercado, que ocorre respeitando a legis-
lação trabalhista no emprego da mão-de-obra, assim como das regras edilícias, ▸ Mapa de assentamentos precários (favelas, loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais sem regu-
de uso e ocupação do solo que regulam a produção do espaço. larização fundiária, palafitas e cortiços, entre outros).
FORMAL
Atividade que ocorre seguindo a legislação
Quais são as áreas da cidade em que o zoneamento permite maior atividade do mercado imobiliário e
maiores potenciais construtivos?
▸ Mapa de zoneamento e regras de ocupação do solo vigentes (CA) e lançamentos imobiliários.
encaminhamento
INFORMAL
Atividade que ocorre fora da legislação. caso não se encaixe em
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
nenhuma das sugestões
indicadas. Clique para Temas e Problemáticas relacionadas.
86 TEMAS T1 DINÂMICA IMOBILIÁRIA 87
ser redirecionado. Clique para ir ou voltar ao tema ou Instrumentos sugeridos para lidar com
problemática em que estava a estratégia de acordo com sua leitura
qualificada. Clique para ir a cada um deles.
Estratégia atual
Problemáticas
atual Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
ESTRATÉGIA E20 Preservar imóveis, usos ou conjuntos urbanos de interesse Se o município possui imóveis ou conjuntos cuja preservação Instrumentos do Plano Diretor
cultural e histórico seja desejada, individualmente ou em conjunto…
Significa que: Zoneamento Especial (p. XX)
PROBLEMÁTICA P10 P18 P50 ▸ foram identificados imóveis ou áreas de interesse de preservação; Zoneamento: zoneamento no
TEMA T03 T06 T15 ▸ existem usos ou manifestações culturais associados ao espaço perímetro urbano (p. XX)
urbano que devem ser preservados;
Transferência do Direito de
Análises complementares sugeridas ▸ essas áreas podem receber incentivos urbanísticos, fiscais ou tri-
Construir (TDC) (p. XX)
PROBLEMÁTICA P11 O valor de aluguéis ou de venda de imóveis no município butários em troca de garantias de preservação ou conservação.
Estratégias relacionadas. ▸ é preciso entender se, dentre as causas da demanda, a a permitir a permanência da população de bai- Moradores e usuários da região ou bairro, bem como movimentos sociais e técnicos devem ser cha-
população de baixa renda não consegue adquirir imó- xa renda e/ou de povos e comunidades tradi- Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer? mados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada
veis próprios ou paga aluguel que compromete mais do cionais. SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo. pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e 12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desen- e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
que 30% da renda familiar.
▸ há usos e formas de ocupação considerados importan- a permitir a permanência da população de bai- instrumentos adaptados à sua realidade.
158 COMO NAVEGAR PELA PARTE 3 COMO NAVEGAR PELA PARTE 3 159
Temas
T1 Habitação
T2 Expansão urbana
PREPARAÇÃO
T3 Dinâmica imobiliária ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
APROVAÇÃO
T4 Segurança LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
160 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 161
TEMA T1 Habitação
da precariedade física (risco, acessibilidade, infraestrutura, nível de publicação indica políticas públicas, leis e iniciativas implemen- fazer valer o direito das
mulheres à moradia.
habitabilidade e qualidade ambiental do assentamento), bem como tadas em diversos países para possibilitar a garantia do direto à Relatoria Especial da ONU
para o Direito à Moradia
a dimensão da carência e da vulnerabilidade, contribuindo para ca- moradia adequada às mulheres20. Adequada. 32 f. 2011.
É de fundamental importância que o Plano Diretor promova o desen- Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
volvimento e o direcionamento da expansão urbana ambientalmente Onde estão os terrenos urbanos e periurbanos não edificados, baldios ou subutilizados que tem
infraestrutura?
equilibrada e de forma socialmente justa quanto à distribuição dos
▸ Mapa de vazios urbanos no território municipal.
benefícios e ônus decorrentes deste processo de urbanização, reco-
nhecendo os padrões de produção da cidade, de forma a garantir uma Onde foram lançados os empreendimentos imobiliários na sua cidade?
expansão urbana compatível com a infraestrutura existente e com a ▸ Mapa da atividade imobiliária dos últimos anos e lançamentos imobiliários.
▹ Como fazer?
prevista, bem como com os limites da sustentabilidade ambiental, so-
▹ Levantamento das solicitações de alvará de edificação nova protocolados na Prefeitura na última
cial e econômica do município. década.
Quais são as faixas de renda, raça/cor, gênero e faixa etária da população e por onde se distribuem na
Os Planos Diretores,para garantir o cumprimento da função socioam- cidade?
biental estabelecida no território, devem induzir a redução e o contro- ▸ Mapas indicando tendências de expansão urbana.
le adequado das práticas de expansão horizontal (talvez, usar o termo ▹ Como fazer?
▹ Mapear os assentamentos precários mais recentes, a existência de novos empreendimentos imo-
“espraiamento vazio”) de nossas cidades, contribuindo para cidades biliários (abertura de loteamentos, construção de edifícios novos etc.) e os usos do solo e identificar
mais compactas e ambientalmente sustentáveis, de forma a recupe- por imagem aérea os vetores de expansão urbana, as perfis de renda populacional e a evolução da
rar o estoque residencial degradado, conservar o patrimônio cultural densidade demográfica por setor censitário, entre outros.
▸ Mapa de renda populacional por setor censitário (comparar a espacialização dos dados da renda entre,
e melhorar as condições de vida da população.
pelo menos, dois Censos do IBGE).
Onde estão localizadas as áreas de moradia precária na cidade?
▸ Mapa de assentamentos precários (favelas, loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais sem regu-
TEMA PROBLEMÁTICAS
larização fundiária, palafitas e cortiços, entre outros).
P06 – O município apresenta avanço da ocupação urbana sobre áreas de transição
urbano-rural ou sobre áreas rurais. Quais são as áreas da cidade em que o zoneamento permite maior atividade do mercado imobiliário e
maiores potenciais construtivos?
P07 – O município apresenta restrição de área para expansão urbana. ▸ Mapa identificando limites de Coeficiente de Aproveitamento e gabarito, se houver.
Quais as áreas inadequadas para o desenvolvimento e expansão urbana?
P08 – O município possui ocupações de perfil urbano fragmentadas, dispersas ou
descontínuas em território urbano ou rural. ▸ Avaliar mapas de riscos climáticos e ambientais.
Expansão ▸ Elaborar Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização.
urbana P48 – O município necessita prever áreas para construção ou ampliação de equi-
pamentos para mobilidade e transporte, como terminais rodoviários municipais e
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
intermunicipais, ou estações de trem, entre outros. SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
P60 - O município possui intensa atividade imobiliária, nos quais os empreendi-
mentos isolados ou em seu conjunto causam impacto na infraestrutura existente
(condomínios horizontais ou verticais, loteamentos, dentre outros).
nicípio?
Como garantia do direito à cidade e de modo integrado a outras ações ▸ Mapa de vazios urbanos no território municipal identificando as áreas públicas, os pontos de conexão
modal e de maior deslocamento de pessoas, as áreas desprovidas de iluminação pública adequada ou
governamentais, o planejamento urbano deve contribuir na constru- inacessíveis, as áreas não cobertas por policiamento ou sem divulgação dos canais para notificação de
ção de um espaço público mais equilibrado e seguro. casos de violência.
P16 – O município deseja adequar sua morfologia e seu desenho urbano à infraes- ▸ Mapeamento das principais rotas de acesso aos equipamentos, principalmente a pé e por transporte
trutura prevista ou existente e/ou às condicionantes ambientais, climáticas e terri- público.
Qualidade urbana toriais (como a relação entre edificação e calçadas ou outros espaços livres). ▸ Mapeamento das rotas acessíveis.
e ambiental
P17 – No município há distâncias e/ou tempos de deslocamento excessivos nos tra-
jetos cotidianos.
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
P58 - Os serviços ecossistêmicos (provisão, regulação e cultura) do município se SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
encontram ameaçados ou precisam ser fortalecidos em seu território. instrumentos adaptados à sua realidade.
TEMA PROBLEMÁTICAS
TEMA PROBLEMÁTICAS
P17 – No município há distâncias e/ou tempo de deslocamento excessivos nos tra-
jetos cotidianos.
P20 – O município apresenta perda populacional em áreas centrais e/ou bem in-
fraestruturadas.
Uso do solo P22 – No município há áreas que apresentam problemas de incomodidade e con-
flitos de vizinhança.
P59 - O município possui fontes de emissões de Gases e Efeitos Estufas (GEE) que
deseja adaptar ou mitigar (Energia, Uso do Solo, Agropecuária , Resíduos e Indús-
trias).
TEMA T8 Desenvolvimento econômico P23 – O município possui demanda para estimular novas atividades econômicas, por
meio de polos tecnológicos, distritos industriais, centros comerciais, entre outras.
que, por sua vez, financia as políticas setoriais. No entanto, diversos as-
pectos relativos à dinâmica econômica não são restritos ao município A partir deste mapeamento sugerido:
em si, pois estão sujeitos a dinâmicas regionais, nacionais e, não rara- ▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
▸ Mapeamento regional
mente, internacionais. Diante de tão diversa gama de fatores de influên-
▸ Mapeamento do uso do solo
cia, no âmbito do Plano Diretor, os municípios podem prever estratégias ▸ Mapeamento das condições de moradia
e instrumentos que deem as condições regulamentares de instalação e ▸ Mapeamento das condições de mobilidade
regularização de atividades econômicas, além de estímulos urbanísticos ▸ Mapeamento da caracterização da população
TEMA T9 Grandes projetos de impacto P29 – O município possui ou está localizado em áreas de influência de grandes
projetos de impacto ambiental, como barragens, hidrelétricas, mineração e pe-
dreiras, entre outras.
para orientar a instalação e o planejamento de grandes projetos Grandes projetos P32 – O município possui ou prevê grandes equipamentos urbanos de impacto
de impacto no meu município? de impacto relacionados à mobilidade e ao transporte, como terminais, aeroportos, aeródro-
mos, portos e/ou rodoviárias, entre outros.
Diversos municípios brasileiros possuem em sua base econômica ati- P33 – O município possui ou prevê grandes projetos de reestruturação ou requali-
vidades que, por seu porte ou seu grau de intervenção no território ficação urbana e/ou ambiental.
(normalmente por meio de grandes projetos ), geram impactos am- P59 - O município possui fontes de emissões de Gases e Efeitos Estufas (GEE)
bientais e sociais significativos. Esses grandes projetos de impacto que deseja adaptar ou mitigar (Energia, Uso do Solo, Agropecuária , Resíduos e
podem ser, por exemplo, complexos industriais, atividades de mine- Indústrias).
ração e extrativistas, obras de infraestrutura de grande porte (barra-
gens, hidrelétricas), grandes equipamentos de transporte (aeroportos,
portos, rodoviárias), entre outros. Análises sugeridas
Para melhor identificar em quais problemáticas seu município se enquadra, recomendamos algumas leitu-
Por vezes, a instalação de grandes projetos de impacto coloca sob ras sobre os seguintes aspectos, em base cartográfica georeferenciada:
risco bairros ou mesmo municípios inteiros. Além de poder em con-
tribuir de forma significativa para o aumento de emissões de Gases de A partir deste mapeamento sugerido:
Efeito Estufa (GEE) e demais gases poluentes. No caso de municípios ▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
onde essas estruturas já existem, o Plano Diretor pode ajudar a orien- ▸ Mapeamento regional
tar os vetores de expansão urbana mais adequados para evitar a ex- ▸ Mapeamento de uso e ocupação do solo
▸ Mapeamento das condições de infraestrutura
posição a esses riscos, assim como prever dispositivos que fortaleçam ▸ Mapeamento do sistema ambiental e dos serviços ecossistêmicos
a participação social no âmbito da definição de ações mitigadoras ou ▸ Mapeamento das condições de mobilidade
do planejamento de ações emergenciais em casos de risco. O Plano ▸ Mapeamento dos riscos climáticos
Diretor também será de importância no caso de empreendimentos
Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
ainda não existentes, caso o município tenha ou pretenda ter procedi-
Onde estão localizados os grandes projetos de impacto existentes no município e como essas localidades
mentos para licenciamento ambiental e previsão de recursos fundiá-
se relacionam com as áreas urbanas e ambientais?
rios para reassentamentos que venham a ser necessários em caso da
▸ Mapa indicando localização dos grandes projetos de impacto no município (complexos industriais, gran-
ocorrência desses empreendimentos. des equipamentos de transporte, reservatórios e barragens, entre outros).
▸ Mapa indicando a área urbanizada atual.
▸ Mapa indicando áreas ambientais relevantes, incluindo Unidades de Conservação.
▸ Mapa localizando os empreendimentos e possíveis riscos climáticos.
Quais são as áreas da cidade em que o zoneamento permite atividades de maior impacto?
▸ Mapa de zoneamento e regras ocupação do solo vigentes (uso do solo).
TEMA PROBLEMÁTICAS
SISTEMA AMBIENTAL reúne áreas de importância ambiental e que exer- P34 – O município está integral ou grandemente inserido em área de preservação
cem uma ou mais funções ecossistêmicas para o município, tais como as áreas ambiental e/ou de proteção de mananciais com necessidade de conciliar a preser-
de conservação e preservação ambiental, os parques e praças, as áreas de pre- vação ambiental e o desenvolvimento urbano e econômico local.
25. Ministério do Meio servação permanente (APPs) e a rede hídrica estrutural, bem como as áreas
Ambiente, Zoneamento
que apresentam vulnerabilidade ambiental, como as áreas de risco ou ambien- P35 – O município carece de novos parques, praças e/ou da estruturação de áreas
Ambiental Municipal:
o meio ambiente talmente degradadas que demandam tratamento e recuperação para possibi- verdes públicas, constituindo um sistema de áreas verdes.
contribuindo para o litarem sua ocupação ou para serem incorporadas ao sistema de áreas verdes.
planejamento urbano P36 – O município apresenta situações de avanço da ocupação urbana sobre áreas
A elaboração do Zoneamento Ambiental Municipal25 (ZAM) permite identificar,
(Brasília: MMA, 2018). ambientalmente frágeis, como mananciais, matas, manguezais e APPs, entre outras.
mapear, propor e consolidar o sistema ambiental do município.
Meio ambiente P37 – O município precisa promover melhor utilização dos recursos hídricos.
São chamados de SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS (SE) os benefícios que a
natureza promove para a sobrevivência e o bem-estar humano. Alguns exem- P38 – O município deseja evitar ou mitigar a degradação ambiental e recuperar
plos são os alimentos, a água, as fibras, a regulação do clima, a manutenção da áreas já degradadas.
fertilidade do solo, a regulação de eventos extremos e os valores espirituais e
de recreação relacionados ao ambiente natural. . P58 - Os serviços ecossistêmicos (provisão, regulação e cultura) do município se
encontram ameaçados ou precisam ser fortalecidos em seu território.
VER PROBLEMÁTICA 58 - Os serviços ecossistêmicos (provisão, regulação
e cultura) do município se encontram ameaçados ou precisam ser fortalecidos P59 - O município possui fontes de emissões de Gases e Efeitos Estufas (GEE) que
em seu território. deseja adaptar ou mitigar (Energia, Uso do Solo, Agropecuária, Resíduos e Indús-
trias).
Nesse Tema, reúnem-se problemáticas e estratégias que indicam os Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
instrumentos mais adequados para tratar, no âmbito do Plano Diretor, SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
da resolução dessas questões.
A rede de transporte coletivo atende às necessidades da população de baixa renda e regiões periféricas?
▸ Mapa do sistema de transporte público e das condições locais de iluminação e microacessibilidade.
▸ Perfil da população
▹ faixa de renda
▹ meios de deslocamento utilizados até o trabalho principal
▹ meios de deslocamento utilizados até a escola/curso
▹ tempo gasto nestes deslocamentos
▹ dados de gastos médios mensais com passagens
Ver dados:
▸ Providenciar pesquisa do tipo Origem-Destino para seu município, ou consultar a mais recente disponível.
▸ Verificar vínculos empregatícios formais através da base RAIS (Relação Anual de Informações Sociais).
▸ Censo mais atual sobre informações de densidade demográfica por setor censitário.
Por que devo prever no Plano Diretor estratégias e instrumentos para sociais de cooperação32.
orientar o desenvolvimento rural sustentável no meu município?
As políticas de desenvolvimento sustentável devem abordar os vín- P46 – O município apresenta situações de conflito entre a produção rural e a con-
Desenvolvimento
culos entre o urbano e o rural, endereçando propostas à melhoria das rural sustentável servação do meio ambiente.
condições específicas da ruralidade. Relações de interdependências,
importância de se compreender as expressões de vida nos territórios P25– O município possui atividade rural ou extrativista próspera e necessita am-
rurais, resguardadas as distinções entre o periurbano e o rural, pro- pliar essas áreas e/ou de controlar seus impactos urbanos e ambientais.
TEMA PROBLEMÁTICAS
Por que devo prever no Plano Diretor estratégias e instrumentos P49 – O município possui áreas naturais e/ou protegidas com potencial para o de-
para orientar o turismo sustentável no meu município? senvolvimento de turismo ambiental sustentável.
P50 – O município busca promover o desenvolvimento turístico de forma articula-
Os municípios brasileiros possuem recursos ímpares que possibilitam da à preservação cultural.
Turismo
o desenvolvimento de diferentes tipos de turismo: ecoturismo, turis- P51 – O município possui turismo sol e praia com necessidade de melhoria e am-
mo cultural, turismo rural, turismo de aventura, turismo de eventos e pliação da infraestrutura instalada.
negócios e tantos outros. Para transformar estes recursos em atrativos, P52 – O município busca a promoção e melhoria do turismo de negócios e de even-
de modo a constituírem roteiros e produtos turísticos, deve-se avançar tos relacionados à dinâmica urbana.
TEMA PROBLEMÁTICAS
P53 – O município possui ocupações humanas em áreas de risco à vida, tais como
risco de enchentes, deslizamentos e outros.
Áreas de risco
à vida P29 – O município possui ou está localizado em áreas de influência de grandes pro-
jetos de impacto ambiental, como barragens, hidrelétricas, mineração e pedreiras,
entre outros.
Um dos temas transversais de relevância para pensar a implementa- Compete por lei ao município desenvolver um conjunto de atribu-
ção dos Planos Diretores é a montagem de estratégias de financiamen- tos sobre naturezas de propriedades e atividades. Tributos prediais e
to da política de desenvolvimento urbano. As legislações urbanísticas territoriais urbanos, tributos sobre transações imobiliárias e tributos
que regem as formas de uso, de ocupação e de parcelamento do solo sobre serviços compõem a base de um sistema de arrecadação muni-
também influenciam o valor imobiliário e as possibilidades de reali- cipal que deve ser bem regulado, para o bem de toda a coletividade e
zação da renda fundiária, na medida em que determinam os limites, para a garantia dos princípios de equidade e de justiça social. A recu-
os critérios e as condições de aproveitamento social, construtivo e peração da valorização fundiária urbana deve ser parte integrante de
econômico dos imóveis. De modo geral, os imóveis sujeitos a parâme- um processo de planejamento e gestão do território. As aplicações de
tros urbanísticos que possibilitam aproveitamento mais intensivo do normas, critérios e outros mecanismos na regulação fundiária devem
solo (e, portanto, apresentam margem maior de realização da renda e envolver uma compreensão detalhada e abrangente dos processos de
mais-valia fundiária) são mais valorizados. urbanização e seus desdobramentos em relação às mudanças produ-
zidas nos solos urbanos e rurais.
As estratégias de financiamento no âmbito do Plano Diretor devem
estar alinhadas com uma gestão da valorização do solo que imple- Neste tema, são apresentados Problemáticas, Estratégias e Instru-
mente as diretrizes estabelecidas pelos seguintes incisos do artigo 2º mentos relacionados ao tema do financiamento do desenvolvimento
do Estatuto da Cidade: urbano. Espera-se que os municípios possam formular, em seus Pla-
nos Diretores e em suas políticas fiscais, as estratégias mais pertinen-
“ix. Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo tes para o financiamento de sua política de desenvolvimento urbano.
de urbanizaçã […]
xi. Recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha
resultado a valorização de imóveis urbanos.” TEMA PROBLEMÁTICAS
PREPARAÇÃO
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
APROVAÇÃO
LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
ODS
FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES
Você
está aqui
214 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 215
No município, existem assentamentos O que é desejado para o município
PROBLEMÁTICA P01 O município possui assentamentos precários irregulares precários com população de baixa renda em áreas (estratégias)
sem infraestrutura básica (favelas, loteamentos, conjuntos ambientalmente frágeis.
habitacionais) Significa que: E02 – Promover a regularização e/ou a urbanização
▸ os assentamentos precários localizam-se inte- em áreas ambientais ou de transição urbano-rural
TEMA T01 Habitação ocupadas de forma sustentável.
gral ou parcialmente em conflito com a preserva-
ção do meio ambiente (córregos, APPs ou áreas
protegidas), em áreas de terras baixas (planície
costeira) e dunas costeiras, ou em margens dos
Por que esta problemática é importante? canais fluviais (áreas inundáveis), expostos assim
a riscos climáticos atuais e futuros.”).
O Plano Diretor deve reconhecer as áreas ocupadas por população de
baixa renda e definir formas de intervenção pública nessas áreas, atra-
vés de projetos de urbanização e de regularização fundiária. Além A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA é um processo de intervenção pública em
disso, o Plano deve estabelecer parâmetros de uso e de ocupação do áreas urbanas ocupadas por assentamentos informais que abrange a dimensão
solo condizentes com os problemas habitacionais e com a necessi- jurídica referente à titulação dos terrenos, articulada a dimensões urbanística
e ambiental centrada na regularização do parcelamento e dos parâmetros de
dade de regularização fundiária efetiva no município. Muitas cidades
uso e de ocupação do solo.
crescem à margem das leis e das normas estabelecidas, que por sua
vez possuem pouca relação ou nenhuma compatibilidade com as di-
nâmicas vigentes no território. É preciso avançar no reconhecimento
da cidade real, através das diversas leituras técnicas e sociais dispo-
níveis, reconhecendo agentes que constroem efetivamente a cidade.
Os dados de aglomerados subnormais devem se somar aos dados de inadequação de domicílios, bem
como aos levantamentos e dados municipais que aprimorem a compreensão dos assentamentos precários.
A própria definição do que é entendido como assentamento precário deve compreender a realidade mu-
nicipal, de forma a dar subsídios a uma priorização necessária na atuação da política habitacional local. Há
municípios que são integralmente precários em seu saneamento básico, por exemplo. Quais são os níveis
de precariedade observados e as prioridades de atuação são dois pontos necessários a esta compreensão.
A seguir, apontamos um organograma com variáveis importantes que podem contribuir para a construção
de tipologias de precariedade habitacional:
PRIVADA DRENAGEM
ENERGIA
URBANÍSTICA
PAVIMENTAÇÃO
NORMAS E PARÂMETROS
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
PROCEDIMENTOS
HABITABILIDADE
EDÍLICA
DENSIDADE
NORMAS E PARÂMETROS
ÁREA/MORADORES POR UNIDADE
PROCEDIMENTOS
MORADORES POR DORMITÓRIO
SALUBRIDADE
SEGURANÇA DA EDIFICAÇÃO
INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO
SANITÁRIO INTERNO
QUALIDADE AMBIENTAL
DO ASSENTAMENTO
População moradora e frequentadora, movimentos sociais, equipe técnica e agentes das áreas em
questão devem ser chamados a debater os problemas e conflitos existentes no território, de forma a
contribuir para o encaminhamento de soluções. A participação da sociedade civil é importante não
apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, des-
de o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Fonte: Adauto Cardoso, Assentamentos precários no Brasil: discutindo conceitos”, em Maria da Piedade Morais, Cleandro Krause e Vicente
Correia Lima Neto (org.), Caracterização e tipologia de assentamentos precários: estudos de caso brasileiros (Brasília: IPEA, 2016), disponível
online.
A população feminina, negra, idosa, PCD e LGBTQIA+, além de se en- Há povos e comunidades tradicionais no O que é desejado para o município
contrarem em condição de precariedade habitacional, é muitas ve- território municipal (estratégias)
zes exposta a sucessivos tipos de exclusão social, tais como assédio, Significa que: E04 – Garantir a segurança na posse, de modo a
violência, preconceito, desemprego, entre outros, que agravam a sua ▸ O município possui territórios tradicionais (homo- permitir a permanência da população de baixa ren-
logados ou não), que devem ser reconhecidos pela da, vulnerabilizada e/ou de povos e comunidades
exposição à situação de vulnerabilidade. Tais grupos, entre outras mi- tradicionais.
legislação municipal.
norias, devem ser acompanhados com proximidade, eventualmente
priorizados e atendidos com políticas socioassistenciais integradas
É importante propor instrumentos e ações estratégicas para que es- Análises complementares sugeridas
sas áreas e seus territórios cumpram sua função social, garantindo a
manutenção da população existente, evitando a gentrificação e ga- A partir dos levantamentos sugeridos, providenciar:
rantindo os espaços necessários à reprodução cultural, social e eco- ▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
▸ Mapeamento de uso e ocupação do solo
nômica dos povos e comunidades tradicionais.
▸ Mapeamento da caracterização da população
▸ Mapeamento das condições de moradia
▸ Mapeamento do sistema ambiental e dos serviços ecossistêmicos
POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS Povos e comunidades tradicio-
Há perda populacional em bairros específicos do município? O que tem acarretado esta diminuição?
nais são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais,
pois possuem formas próprias de organização social e ocupam e usam terri- ▸ Comparar o número de domicílios e de população em dois Censos por setor censitários ou bairros.
tórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, Foram identificados povos ou comunidades tradicionais no território municipal?
religiosa, ancestral e econômica, utilizando-se de conhecimentos, inovações e ▸ Mapear e identificar povos e comunidades tradicionais, bem como os territórios e recursos naturais que
práticas gerados e transmitidos pela tradição. Ver Decreto n. 6.040/2007. são utilizados como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, a
GENTRIFICAÇÃO Este não é um conceito unânime, mas pode ser entendi- partir de conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
do como um processo que combina dois fenômenos em um bairro ou região
do município: um deles é o aumento das atividades do setor imobiliário, que População moradora e frequentadora, movimentos sociais, equipe técnica e agentes das áreas em
rentabiliza a partir do valor baixo dos imóveis no local, investindo para gerar questão devem ser chamados a debater os problemas e conflitos existentes no território, de forma a
novos produtos (inclusive demolindo parte dos imóveis existentes) e para atrair contribuir para o encaminhamento de soluções. A participação da sociedade civil é importante não
atividades rentáveis. O outro fenômeno é a substituição do perfil de usos e da apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, des-
população, em geral resultando na saída da população de renda mais baixa. de o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
As atividades desenvolvidas por povos e comunidades tradicionais são um im-
portante serviço ecossistêmico cultural e que, portanto, deve ser garantido e
fomentado no território. Ver problemática P58 - Os serviços ecossistêmicos
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
(provisão, regulação e cultura) do município se encontram ameaçados ou preci- SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
sam ser fortalecidos em seu território. SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Habitação
TEMA T01
É papel do Plano Diretor estabelecer a articulação da política urbana É importante identificar os principais grupos sociais vulnerabilizados para a
com a habitacional garantindo o cumprimento da função social da pro- nortear a criação das tipologias habitacionais que se adaptem às suas realida-
priedade. Considerando o passivo habitacional que a maior parte das des. Priorizando mulheres chefe de família, mães-solo e gestantes, por exem-
plo, os conjuntos de HIS podem demandar tipologias que diminuam a carga de
cidades brasileiras enfrenta, garantir moradia digna deve ser uma das trabalho doméstico, espaços internos comunitários, proximidade com creches
prioridades. Para tanto, é necessário que o processo de planejamento e escolas públicas, etc.
seja constante e a destinação de recursos públicos, permanente para
ações de regularização fundiária, construção de habitação de interes-
se social, saneamento ambiental, transporte e mobilidade urbana.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
O conceito de déficit indica a quantidade de pessoas que vivem em
condições desfavoráveis de moradia por diversos motivos, sinalizan- No município, existe demanda por habitação social para O que é desejado para o município
população de baixa renda (déficit + demanda futura) (estratégias)
do por exemplo a necessidade de construção de novas moradias para
atender à demanda habitacional da população em dado momento. Significa que: E05 – Reservar terra para produção de ha-
Mas investir em habitação não pode ser só construir casas novas em ▸ a população de baixa renda não consegue acessar terrenos bitação de interesse social (HIS);
qualquer lugar, haja vista que a questão da moradia adequada trans- ou imóveis;
▸ há moradias precárias em áreas consolidadas que estão
cende os aspectos físicos: moradia é um direito humano, representa E17 – Constituir banco de terras públicas.
ameaçadas de expulsão;
a garantia de um lugar para morar com salubridade e infraestrutura ▸ o zoneamento é muito restritivo e não permite morfologia
de serviços públicos, proximidade com equipamentos públicos, trans- que viabilize produção de HIS. E06 – Garantir a permanência da popula-
ção de baixa renda e melhorar as condi-
porte coletivo e postos de trabalho, aliada à proteção contra fenôme-
ções habitacionais em áreas centrais ou
nos naturais. As comunidades e os movimentos organizados devem dotadas de infraestrutura.
ter o controle social dos processos produtivos da habitação, ou seja,
atuar na definição do lugar, do projeto, da forma de construir e de ocu-
36. Instituto Pólis. Cartilha par essas moradias36.
reforma urbana já! / Stacy Eventualmente a demanda por moradia pode ser O que é desejado para o município
Torres e Isabel Ginters,
realizada através do adensamento de áreas dotadas de (estratégias)
organizadoras. – São Paulo:, Uma política habitacional de interesse social deve ser diversificada infraestrutura
2016.
para atender às diferentes demandas identificadas. Isso significa ter
Significa que:
várias modalidades de acesso à habitação e tempos de permanência E07 - Garantir parâmetros urbanísticos com-
▸ A produção imobiliária tem sido realizada à margem da le- patíveis com as tipologias e demanda por
(financiamento, locação, acolhimentos temporários, moradia tera- gislação. empreendimentos existente no território.
pêutica, entre outras) e também variedades tipológicas (número de ▸ O zoneamento existente não dialoga com o perfil da área,
dormitórios, tamanho das unidades, acessibilidade, relação com infraestrutura existente ou mercado imobiliário existente
ou desejado. E05 – Reservar terra para produção de ha-
usos não-residenciais, evitando grandes áreas monofuncionais, entre bitação de interesse social (HIS).
outros) considerando o perfil da demanda, da morfologia e o meio em
que se inserem.
População moradora e frequentadora, movimentos sociais, equipe técnica e agentes, técnicos e usuá-
rios das áreas em questão devem ser chamados a debater os problemas e conflitos existentes no terri-
tório, de forma a contribuir para o processo de resolução de conflitos e encaminhamento de soluções.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, do planejamento à gestão democrática cotidiana.
População moradora e frequentadora, movimentos sociais, equipe técnica e agentes, técnicos e usuá-
EDUCAÇÃO AMBIENTAL se relaciona à um conjunto de ações educativas com rios das áreas em questão devem ser chamados a debater os problemas e conflitos existentes no ter-
o objetivo de despertar a consciência individual e coletiva para a importância ritório, de forma a contribuir para o encaminhamento de soluções. A participação da sociedade civil é
do meio ambiente; quando estão conscientes, as pessoas mudam seus hábitos importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração
e praticam ações que ajudam na preservação da natureza. da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
O município apresenta concentração de moradias O que é desejado para o município Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
precárias em áreas centrais ou dotadas de (estratégias)
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
infraestrutura (moradias coletivas, cortiços, pensões instrumentos adaptados à sua realidade.
e ocupações precárias).
Significa que a área: E06 – Garantir a permanência da população
▸ possui infraestrutura básica e concentra equipamentos de baixa renda e melhorar as condições habi-
urbanos; tacionais em áreas centrais ou dotadas de in-
▸ possui precariedade habitacional com concentração fraestrutura.
de população de baixa renda; E05 – Reservar terra para produção de habita-
▸ possui imóveis vazios ou ociosos. ção de interesse social (HIS).
No município há área que tem sofrido ou sido O que é desejado para o município
ameaçada de descaracterização do perfil da (estratégias)
população, do uso, da morfologia urbana ou de outros
elementos de sua ocupação original.
Significa que a área: E10 – Direcionar a produção imobiliária para
▸ possui usos e formas de ocupação considerados impor- áreas adequadas ao desenvolvimento urbano.
tantes de serem preservados; E03 – Corrigir parâmetros vigentes de uso e de
▸ apresenta mercado imobiliário dinâmico que vem alte- ocupação do solo de forma a garantir a perma-
rando de forma negativa a ocupação do território. nência do uso e ocupação real do solo de for-
ma segura e sustentável.
Áreas (ocupadas ou sob pressão) para expansão O que é desejado para o município
são passiveis de ocupação urbana (estratégias)
Significa que: E02 – Promover a regularização e/ou a urbanização
▸ as áreas ocupadas são passíveis de urbanização de áreas ambientais ou de transição urbano-rural
(não são áreas de risco não mitigáveis); ocupadas de forma sustentável.
▸ há demanda efetiva para ocupação de novos terri- E11 – Delimitar áreas aptas à ocupação para expan-
tórios. A área onde há pressão ou demanda possui são urbana nas áreas de transição urbano-rural e
condições ambientais e de implementação de in- garantir a recuperação da valorização da terra rural
fraestrutura. para urbana.
População moradora, movimentos sociais, equipe técnica e agentes na temática devem contribuir
para a identificação das demandas por moradia, bem como das condições de produção e de abasteci-
mento de alimentos. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levan-
tamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento e gestão
democrática cotidiana.
Por que esta problemática é importante? O perímetro periurbano ou rural não possui O que é desejado para o município (estratégias)
áreas com fragilidade ambiental.
É papel do poder público garantir o direito a cidades sustentáveis, en- ▸ possui demanda efetiva por novas áreas para ex- E11 – Delimitar áreas aptas à ocupação para expan-
pansão urbana (ver déficit de moradia e projeção são urbana nas áreas de transição urbano-rural e
tendido aqui como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento de crescimento); garantir a recuperação da valorização da terra rural
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços pú- ▸ possui áreas vazias periurbanas ou rurais próxi- para urbana.
blicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações. O mas a área urbana com potencial para conversão
E12 – Demarcar áreas para a produção rural, garan-
em áreas urbanas.
modelo de urbanização da maior parte das cidades brasileiras tem se tindo reserva para produção de agricultura familiar,
▸ O município não necessariamente precisa de no-
baseado na lógica de expansão urbana sem o devido planejamento, agroecológica e sustentável, evitando o espraia-
vas áreas urbanas e quer garantir áreas destina-
mento da mancha urbana.
gerando grande quantidade de vazios urbanos em áreas consolidadas das à produção agrícola.
ou a consolidar e acarretando maior necessidade de investimento em
infraestrutura, além de maiores deslocamentos e emissões de GEE re-
Análises complementares sugeridas
lacionadas ao transporte e à provisão de infraestrutura, enquanto ex-
pulsa a população mais vulnerável para áreas cada vez mais distantes, A partir dos levantamentos sugeridos, providenciar:
precárias ou ambientalmente sensíveis. É preciso avaliar a efetiva de- ▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
manda por novas moradias e garantir que as demarcações das áreas ▸ Mapeamento da caracterização da população
▸ Mapeamento do sistema ambiental e dos serviços ecossistêmicos
de expansão urbana sejam coerentes com o macrozoneamento, além ▸ Mapeamento das condições de infraestrutura
de virem acompanhadas por medidas de combate aos vazios urbanos, ▸ Mapeamento das condições de moradia
com instrumentos urbanísticos que ampliem democraticamente o
Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
acesso à terra na área urbana consolidada. Adotar essas medidas e
Há déficit de moradia no município? Em que faixas de renda?
aplicar esses instrumentos devem ser ações prioritárias, tendo em vis-
Ver dados:
ta o objetivo principal do Plano Diretor: promover o desenvolvimento
PLHIS, Fundação João Pinheiro ou dados municipais de precariedade:
e a expansão urbana de forma socialmente justa e ambientalmente
▸ Número de domicílios particulares formais → [para todo o município]
equilibrada. ▸ Déficit habitacional absoluto → [para todo o município]
▸ Déficit habitacional quantitativo → [para todo o município]
▸ Número de domicílios em inadequação → [para todo o município]
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? Qual é a localização e o perfil (morfologia e renda) dos lançamentos no município?
▸ Mapa identificando lançamentos dos último dez anos – verificar alvarás de edificação nova e de aprova-
Perímetro rural com áreas ambientalmente O que é desejado para o município ção de novos loteamentos → [para todo o município]
sensíveis ou protegidas (estratégias) Quais áreas são aptas a ocupação urbana?
▸ Carta geotécnica de aptidão à urbanização.
Significa que: E13 – Garantir a preservação e a conservação das
▸ as áreas livres não possuem perfil para expansão áreas ambientalmente frágeis
População moradora e frequentadora, movimentos sociais, equipe técnica e agentes, representantes
urbana, pois cumprem importante função ambien- de segmentos econômicos e de movimentos sociais das áreas em questão devem ser chamados a de-
tal ou possuem algum risco climático;para conter o E14 – Promover o adensamento de áreas urbanas bater os problemas e conflitos existentes no território, de forma a contribuir para o encaminhamento
espraiamento ou a pressão por áreas ambiental- com infraestrutura. de soluções. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
mente sensíveis, é possível identificar áreas pas- e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
síveis de adensamento. crática cotidiana.
Por que esta problemática é importante? Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
Há déficit de moradia no município? Em que faixas de renda?
O modelo de urbanização da maior parte das cidades brasileiras tem Ver dados:
se baseado na lógica de expansão urbana, gerando grande quantida- PLHIS, Fundação João Pinheiro ou Dados Municipais de Precariedade:
de de vazios urbanos em áreas consolidadas ou a consolidar e acarre- ▸ Número de domicílios particulares formais → [para todo o município]
tando maior necessidade de investimento em infraestrutura, além de ▸ Déficit habitacional absoluto → [para todo o município]
▸ Déficit habitacional quantitativo → [para todo o município]
maiores deslocamentos, gerando maior quantidade de emissões de
▸ Número de domicílios em inadequação → [para todo o município]
GEE relacionadas ao transporte e à provisão de infraestrutura. Além
Onde estão localizados e qual é o perfil dos imóveis vazios ou subutilizados?
disso, esta lógica de expansão provoca a expulsão da população mais
▸ Mapa de vazios urbanos
carente para áreas cada vez mais distantes, precárias ou ambiental- ▹ Como fazer?
mente sensíveis. ▹ Cadastro de IPTU – terrenos vagos
▹ Edifícios vazios ou subutilizados – levantamentos in loco, dados de consumo de energia
▹ Imagens/fotos aéreas
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
Há demanda por equipamentos públicos?
Se no município existe demanda por novas O que é desejado para o município ▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
moradias, equipamentos ou outros usos públicos (estratégias) ▸ Consulta população residente, demandas por bairro.
e/ou áreas para desenvolvimento econômico…
Pessoas moradoras e frequentadoras das áreas em questão podem contribuir para a identificação dos
Significa que: E16 – Promover a ocupação de vazios urbanos de
vazios urbanos e da qualidade da infraestrutura existente e devem ser chamados a debater os proble-
▸ há falta de moradia, precariedade habitacional e/ forma articulada ao desenvolvimento urbano.
mas e conflitos existentes no território, de forma a contribuir para o encaminhamento de soluções.
ou ocupação de áreas de risco. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
▸ faltam áreas/imóveis para equipamentos públicos E17 – Constituir banco de terras públicas.
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
de saúde, educação, assistência social, lazer, espor- cotidiana.
tes e cultura, dentre outros.
▸ há demanda por áreas específicas para desenvolvi- E14 – Promover o adensamento de áreas urbanas
mento econômico. com infraestrutura.
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
Se no município a área urbana é dispersa ou O que é desejado para o município
instrumentos adaptados à sua realidade.
fragmentada… (estratégias)
Significa que: E16 – Promover a ocupação de vazios urbanos de
▸ há bairros novos afastados, gerando vazios urba- forma articulada ao desenvolvimento urbano.
nos entre as áreas urbanizadas. E18 - Restringir perímetro urbano para conter o es-
▸ há loteamentos ou empreendimentos novos sen- praiamento de forma a incentivar uma cidade mais
do lançados em áreas afastadas da mancha urba- compacta.
na consolidada.
Embora sejam fundamentais para o desenvolvimento das cidades, as Se o município concentra imóveis de interesse de O que é desejado para o município
ações do setor imobiliário e da construção civil sobre o espaço urba- preservação ou paisagens ameaçadas pelo processo (estratégias)
vigente…
no podem gerar impactos sobre a dinâmica municipal como um todo,
como o aumento do preço da terra e dos custos de vida (o que pode Significa que a área: E10 – Direcionar dinâmica imobiliária para
▸ possui concentração de imóveis ou paisagem de interes- áreas adequadas ao desenvolvimento urbano.
tornar mais difícil o acesso de partes da cidade para pessoas de baixa),
se de preservação;
ou a transformação do tipo de construção em alguns bairros (como, ▸ apresenta mercado imobiliário dinâmico que vem alte- E20 – Preservar imóveis, usos ou conjuntos ur-
por exemplo, a demolição de uma vila operária antiga para a constru- rando a ocupação no território e o patrimônio histórico, banos de interesse cultural e histórico.
ção de um condomínio residencial vertical). Essa transformação pode interferindo inclusive na sua percepção como tal.
descaracterizar partes históricas da cidade com as quais a população
possa ter algum tipo de identificação ou afeto, ou mesmo diminuir a Análises complementares sugeridas
densidade demográfica do lote, o que pode contrariar os objetivos
da política urbana. Por esses motivos, cabe ao Plano Diretor regula- A partir dos levantamentos sugeridos, providenciar:
mentar os instrumentos urbanísticos que ajudem o poder público ▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
▸ Mapeamento da caracterização da população
municipal a controlar esse processo. ▸ Mapeamento das condições de moradia
camente maior do que a demanda identificada, não significa que a ▸ Número de domicílios particulares formais → [para todo o município]
▸ Déficit habitacional absoluto → [para todo o município]
população consiga efetivamente acessar tais imóveis, tampouco que ▸ Déficit habitacional quantitativo → [para todo o município]
sua permanência no local seja garantida. Por vezes há situações de de- ▸ Número de domicílios em inadequação → [para todo o município]
sequilíbrio, em que a maior parte da produção imobiliária é vendida a ▸ Demanda futura por moradias
▸ Gustavo Henrique Naves Givisiez e Elzira Lúcia de Oliveira (org.), Demanda futura por moradias: demo-
preços inacessíveis à população que busca adquirir seu imóvel, assim grafia, habitação e mercado (Brasília/Rio de Janeiro: Ministério das Cidades/Universidade Federal Flumi-
como há aqueles imóveis cujos valores de aluguel sobrecarregam a nense, 2018), disponível online.
renda familiar. Ambos os casos resultam em aumento da quantidade Qual é a localização e o perfil (morfologia e renda) dos lançamentos no município?
de imóveis subutilizados, muitas vezes em áreas infraestruturadas, ▸ Mapa identificando lançamentos dos último dez anos – verificar alvarás de edificação nova e de aprova-
fenômeno que em nada contribui para atender às necessidades da po- ção de novos loteamentos → [para todo o município]
Se no município existe demanda por habitação para O que é desejado para o município
outras faixas de renda e/ou por usos não residenciais… (estratégias)
Significa que: E04 – Garantir a segurança na posse, de modo
▸ há usos e formas de ocupação considerados importan- a permitir a permanência da população de
tes de serem estimulados ou preservados; baixa Renda, vulnerabilizada e/ou de povos e
▸ é preciso avaliar se a população de determinadas faixas comunidades tradicionais.
de renda não consegue adquirir imóveis ou paga aluguel E21 – Promover o aumento da oferta para uni-
que compromete mais do que 30% da renda familiar; dades habitacionais de padrões variados e/ou
▸ é preciso avaliar se há oferta e produção de unidades para usos não residenciais.
para uso habitacional ou para usos não residenciais, e se
tal oferta é coerente com o perfil de renda da população
da área e do município.
pontos viciados de lixo e/ou descarte irregular Significa que: E26 – Promover a transformação e/ou ocupação de
▸ há áreas que são vazias ou se esvaziaram por meio áreas urbanas degradadas e/ou subutilizadas.
Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação de vazios urbanos, demandas
E105 – Orientar e fomentar a transição energética
gerais, áreas de alagamento, qualidade da infraestrutura existente e condições de mobilidade. A par-
no município com articulação regional e a adoção
ticipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
de medidas de eficiência energética em construções.
todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Por que esta problemática é importante? Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
É papel do Plano Diretor garantir o direito a cidades sustentáveis, Se, no município, há áreas ou bairros com O que é desejado para o município
gabaritos muito altos ou inadequados em relação à (estratégias)
entendido aqui como o direito à terra urbana, à moradia, ao sanea- infraestrutura ou à paisagem urbana (condicionantes
mento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços ambientais e territoriais)…
públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações. Significa que: E29 – Incentivar desenho urbano que garanta
Isso significa promover um desenvolvimento urbano alinhado com ▸ necessidade de melhorar aspectos morfológicos por qualidade no uso e na ocupação do solo, bem
às agendas ambientais e climáticas, garantindo uma forma urbana meio de desenhos urbanos específicos: largura de calça- como relações mais humanas no espaço urba-
das, relação com altura e recuos da edificação, usos que no público.
e padrões construtivos adaptados às condições locais e à mudança
garantam maior diversidade e utilização do território, in- E23 – Melhorar a qualidade do sistema de mi-
climática, mas que também viabilize a mitigação dos efeitos da mu- corporação de infraestruturas verdes em áreas públicas croacessibilidade, como calçadas, arborização,
dança do clima por meio da redução de emissões de GEE. Por isso é para drenagem, mitigação de impactos ambientais e pai- iluminação, viário e mobilidade ativa, entre
preciso avançar também no reconhecimento da qualidade dentro dos sagismo, entre outros. outros.
bairros, abrangendo a morfologia os e desenhos urbanos desta esca-
la de relação entre as áreas privadas dos lotes e as áreas públicas ou
de acesso público, buscando estabelecer proporções coerentes entre Se, no município, há áreas ou bairros que possuem O que é desejado para o município
áreas edificadas e espaços livres, entre a existência de equipamentos desequilíbrio de usos, com períodos vazios ou pouco (estratégias)
públicos e o perfil das pessoas moradoras e usuárias, entre modos de frequentados durante o dia ou à noite…
deslocamento na cidade e as áreas ou equipamentos a serem acessa- Significa que: E22 – Promover o uso misto do espaço, de for-
dos pela população etc. ▸ possui uso predominantemente residencial ou predo- ma a garantir áreas com equilíbrio entre oferta
minantemente não residencial; de emprego e moradia, além de maior qualida-
▸ permanece vazia ou subutilizada durante o período diur- de do espaço urbano e segurança.
MORFOLOGIA URBANA é aqui entendida como o conjunto de formas e no ou noturnos em função desta concentração de usos.
elementos físicos de ocupação da cidade – viário, edifícios, áreas livres, entre
outros – que, sobrepostos ao suporte natural – hidrografia, topografia, áreas
verdes, entre outros –, moldam o espaço e, consequentemente, determinam
percepções espaciais e a qualidade do ambiente urbano.
Se no município existem áreas públicas (calçadas, O que é desejado para o município
praças, etc) com marcada informalidade do comércio (estratégias)
ambulantes.
A presença de equipamentos de lazer, áreas de cultura, locais de en-
contro, são condições indispensáveis à qualidade de vida, assim como Significa que: E52 – Regulamentar as formas de uso do es-
a existência de condições adequadas para usufruto e utilização das ▸ Falta, no município, oferta de postos de trabalho for- paço público e da instalação de comércio am-
ruas na cidade, como calçadas acessíveis e bem dimensionadas, pa- mais para toda a população trabalhadora; bulante, visando maior qualidade ambiental e
▸ O município apresenta uma taxa de desemprego elevada; urbana para o município.
vimentos térreos com atividades e movimento em diversos horários,
▸ Ocupação dos espaços públicos das áreas de centralida-
iluminação coerente com o uso do local, sinalização adequada e qua-
de com comércio ambulante.
lidade ambiental, inclusive com infraestruturas verdes para reduzir
riscos e se adaptar à mudança do clima.
Pessoas moradoras e usuáriasdevem contribuir para a identificação de vazios urbanos, demandas ge-
rais, áreas de alagamento, qualidade da infraestrutura existente e condições de mobilidade. A parti-
cipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
excessivos nos trajetos cotidianos. Significa que: E14 – Promover o adensamento de áreas urbanas
▸ há partes da cidade que são descontínuas ou com dotadas de infraestrutura.
muitos vazios urbanos;
TEMA T05 Qualidade urbana e ambiental ▸ é necessário avaliar a existência de vazios urbanos
T07 Uso e ocupação do solo sujeitos à fragilidade ambiental e com real poten-
T12 Mobilidade cialidade de uso.
Bens culturais contribuem para a dignidade da pessoa humana e Se são identificadas comunidades tradicionais ou O que é desejado para o município
territórios culturais… (estratégias)
para o senso de comunidade e cidadania. Por isso devem ser enten-
didos como muito mais do que um registro do passado e devidamen- Significa que: E35 – Garantir a preservação e permanência
▸ são identificadas comunidades tradicionais ou territórios de territórios tradicionais e culturais, bem
te identificados e preservados. São entendidos como bem culturais: como dos modos de vida dos povos e comuni-
culturais. Esses grupos podem ou não ter sido legalmente
as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações ou institucionalmente reconhecidos. dades tradicionais.
científicas, artísticas e tecnológicas; obras, objetos, documentos, edi-
ficações e demais espaços destinados às manifestações artístico-cul-
Se os bens ou conjuntos imóveis existentes no O que é desejado para o município
turais e os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
município possuem relevância natural ou paisagística… (estratégias)
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Pensar
Significa que: E36 – Garantir a preservação do patrimônio
a preservação dos bens culturais de interesse de preservação no ter-
▸ é identificada paisagem relevante e representativa da natural ou paisagístico.
ritório é pensar, antes de tudo, no sentido histórico e cultural que o
conformação do território.
conjunto da paisagem urbana possui, valorizando os bens (materiais ▸ já são protegidas paisagens ou elementos naturais repre- E33 – Integrar as normas para facilitar os pro-
ou imateriais) que carregam valor para esta sociedade de forma as- sentativos com normas e regramentos de preservação. cessos de aprovação e fiscalização relaciona-
dos aos bens de interesse de preservação.
sociada ao processo e às relações que a estabeleceram no passado e,
principalmente, no sentido atribuído a seu presente.
Pessoas moradoras e usuáriasdas áreas em questão, além de s, agentes da academia e do poder pú-
blico devem ser chamados a contribuir no processo de identificação dos bens de interesse cultural
e a debater os problemas e conflitos existentes no território, de forma a contribuir para o encami-
nhamento de soluções. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de le-
vantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a
gestão democrática cotidiana.
e/ou econômica de áreas centrais ou históricas Significa que: E19 – Promover a transformação e/ou ocupa-
▸ há áreas vazias ou degradadas que ensejam transforma- ção de áreas aptas à urbanização em parceria
ções estruturais; com a iniciativa privada.
TEMA T06 Patrimônio cultural
▸ há um mercado imobiliário dinâmico que vem alteran-
do a ocupação no território ou interferindo na percep- E10 – Direcionar a produção imobiliária para
ção do patrimônio histórico; áreas adequadas ao desenvolvimento urbano.
▸ há demanda e viabilidade de utilização de potencial
Por que esta problemática é importante? construtivo em outras áreas da cidade.
E104 - Planejar e demarcar zonas de baixa
emissão ou de emissão zero na cidade, onde
A preservação de bens imóveis de interesse cultural deve, além da o transporte motorizado a base de combustí-
conservação do bem, pensar nas potencialidades de uso que se rela- veis fósseis seja banido ou desincentivado por
cionem com os valores motivadores de sua proteção para as presentes meio de taxas sobre seu uso.
e futuras gerações. Trata-se de pensar estratégias para o desenvol-
vimento desses conjuntos, considerando o seu patrimônio cultural
como um bem e uma potencialidade para que se construa um projeto
de desenvolvimento local inclusivo e sustentável. Análises complementares sugeridas
banas resultam em situações de declínio e/ou mudança na dinâmica Significa que: E06 – Garantir a permanência da popula-
econômica, esvaziamento de usos e funções, abandono e degradação ▸ há alterações na dinâmica imobiliária ou obras de requali- ção de baixa renda e melhorar as condi-
ficação que podem acarretar gentrificação (substituição da ções habitacionais em áreas centrais ou
dos imóveis, além da precariedade dos espaços, dos equipamentos dotadas de infraestrutura.
população em função da valorização imobiliária da região),
públicos e dos serviços urbanos. É importante propor ações e instru- o que acaba expulsando a população moradora original de
mentos estratégicos para que essas áreas cumpram sua função social, baixa renda ou inviabilizando o acesso à moradia.
garantindo a manutenção da população existente e o uso e a ocupa-
ção heterogêneos, evitando a gentrificação e recuperando a diver-
Análises complementares sugeridas
sidade étnica, de raça/cor, de classe, de gênero/sexualidade e etária.
Políticas de repovoamento sustentável das áreas urbanas centrais A partir dos levantamentos sugeridos, providenciar:
devem buscar reverter o quadro de déficit habitacional municipal e Há perda populacional em bairros específicos do município? Qual o perfil dessa população? O que tem
de paulatino esvaziamento dessas áreas, especialmente nos grandes acarretado esta diminuição?
centros urbanos. ▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
▸ Mapeamento de uso e ocupação do solo
▸ Mapeamento da caracterização da população
▸ Mapeamento das condições de moradia
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
Se nas áreas com perda populacional há novos O que é desejado para o município Há déficit de moradia no município? Em que faixas de renda? Qual o perfil dessa população?
lançamentos imobiliários… (estratégias)
▸ Ver dados:
▹ PLHIS, Fundação João Pinheiro ou Dados Municipais de Precariedade:
Significa que: E14 – Promover o adensamento de áreas ▹ Número de domicílios particulares formais → [para todo o município]
▸ há dinâmica imobiliária promovendo a construção e/ou urbanas com infraestrutura. ▹ Déficit habitacional absoluto → [para todo o município]
reabilitação de imóveis, no entanto, está direcionada para ▹ Déficit habitacional quantitativo → [para todo o município]
usos não habitacionais ou promovendo uma densidade po- E22 – Promover o uso misto do espaço, de ▹ Número de domicílios em inadequação → [para todo o município]
pulacional muito baixa. forma a garantir áreas com equilíbrio en-
Qual é a localização e o perfil (morfologia e renda) dos lançamentos no município?
tre oferta de emprego e moradia, além de
maior qualidade do espaço urbano e segu- ▸ Mapa identificando lançamentos dos último dez anos – verificar alvarás de edificação nova e de aprova-
rança. ção de novos loteamentos, além de renda, uso destinado e morfologia → [para todo o município]
Pessoas moradoras e usuárias das áreas em questão devem ser chamadas a debater os problemas e
conflitos existentes no território, de forma a contribuir para o encaminhamento de soluções. A parti-
cipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
TEMA T07 Uso e ocupação do solo Significa que: E10 – Direcionar a produção imobiliária para áreas
▸ há usos e formas de ocupação considerados im- adequadas ao desenvolvimento urbano.
portantes de serem preservados;
▸ o município apresenta mercado imobiliário dinâ-
Por que esta problemática é importante? mico que vem alterando de forma negativa a ocu- E20 – Preservar imóveis, usos ou conjuntos urbanos
pação no território. de interesse cultural e histórico.
▸ a produção edilícia e imobiliária tem sido realizada pação do solo de forma a garantir a permanência SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
à margem da legislação; do uso e ocupação real do solo de forma segura e
▸ pode haver atividades econômicas (comércio e sustentável.
serviços) acontecendo também à margem da le-
gislação, resultando em situações de insegurança
e de perda de arrecadação; E38 – Promover a regularização fundiária, edilícia e/
▸ o zoneamento existente não dialoga com o perfil ou de uso.
das áreas, da infraestrutura ou do mercado imobi-
liário existente ou desejado.
Analisar também:
▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
▸ Consultar população residente, demandas por bairro e por grupos populacionais.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
Por que esta problemática é importante? Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
Analisar também:
▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
▸ Consulta população residente, identificando demandas por bairro e por grupos populacionais.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
de base familiar, normalmente conciliando, no mesmo lote, a ativida- ▸ Mapa indicando o Sistema de Centralidades do município.
de de sustento e a residência da família. Nas áreas centrais e nas cen- Quais são as faixas de renda da população e onde se distribuem na cidade? Quais as diferenças de
rendimento por raça/cor, gênero e faixa etária?
tralidades, percebe-se a presença de comerciantes ambulantes que,
▸ Mapa de Renda populacional por setor censitário (comparar a espacialização da renda entre, ao menos,
muitas vezes, carecem de uma regulação e de condições mínimas de dois Censos do IBGE e sua articulação com demais característica demográficas).
trabalho. Para além de significarem o sustento de muitas famílias de
baixa renda, o comércio e os usos populares conformam também a Analisar também:
autenticidade e a identidade das paisagens urbanas e, também por ▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
esses motivos, merecem ser preservados. ▸ Consulta população residente, demandas por bairro e por grupo populacional.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantido que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas
em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Se o município possui comércios e serviços locais O que é desejado para o município
em estabelecimentos irregulares… (estratégias)
Significa que: E44 – Dinamizar ou criar centralidades de bairro de Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
forma articulada ao desenvolvimento econômico e SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
▸ parte dos agentes locais gerem negócios de bairro SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
em imóveis irregulares ou sem que a atividade es- urbano local, fortalecendo comércios e usos popu- instrumentos adaptados à sua realidade.
teja licenciada na Prefeitura; lares existentes e promovendo melhor aproveita-
▸ o município apresenta a necessidade de fortalecer mento do solo.
as áreas locais visando dinamizar os bairros mais E45 – Promover a regularização e o fortalecimento
distantes das áreas centrais, com atividades pro- das atividades econômicas existentes de forma ar-
dutivas e serviços que aproximem as moradias po- ticulada ao desenvolvimento econômico e urbano
pulares existentes das oportunidades de trabalho. local.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das aná-
lises:
▸ Verificar a existência de áreas passíveis de novo ordenamento para dinamização do uso do solo e melhor
cumprimento da função social da propriedade, mediante intervenções de grandes projetos urbanísticos.
▸ Mapa de sistemas – projetos estruturantes previstos no território
▸ Mapa de vazios
▹ Lote mínimo, Coeficiente de Aproveitamento, Taxa de Ocupação…
Quantos lançamentos imobiliários existem no município? Há demanda para produção e mercado
imobiliário com grande atuação? As áreas passíveis de transformação podem vir a ser de interesse do
mercado imobiliário local ou regional?
▸ Mapa de lançamentos imobiliários
O município possui estrutura de gestão para controle de fluxos complexos de projetos privados, parcerias
público-privadas e contrapartidas financeiras, sociais e ambientais?
▸ Verificar se há fluxograma dos procedimentos de aprovação.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
Significa que o município: E02 – Promover a regularização e/ou a urbanização Onde e de que forma ocorrem os conflitos entre as áreas ambientais e os usos urbanos incompatíveis com
de áreas de transição urbano-rural ocupadas de for- a preservação? Quais são esses conflitos? Há áreas de importância ambiental ameaçadas pelo avanço da
▸ apresenta áreas ambientais ameaçadas pelo es- urbanização?
praiamento da urbanização, formal ou informal ma sustentável.
(suscetíveis a deslizamentos de encostas e erosões ▸ Verificar a expansão urbana formal ou informal sobre áreas ambientais.
costeiras, com vegetação de restinga e mangue ▸ Verificar as atividades em meio urbano que comprometam a qualidade do meio ambiente das áreas de
E11 – Delimitar áreas aptas à ocupação para expan- preservação.
para proteção contra elevação do nível do mar); são urbana nas áreas de transição urbano-rural e
▸ necessita estimular pessoas proprietárias de áreas garantir a recuperação da valorização da terra rural
verdes privadas a preservarem suas áreas ambien- Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das áreas ambientais ameaçadas
para urbana.
tais. pelo avanço da urbanização e seus conflitos, garantindo que a leitura técnica seja complementada
pela social de forma articulada. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta eta-
pa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamen-
to até a gestão democrática cotidiana.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Se o município precisa promover melhor uso O que é desejado para o município
de suas águas, de modo a garantir a segurança (estratégias)
hídrica de seus habitantes e das atividades
urbanas, rurais municipais e regionais…
Significa que o município: E67 – Promover a articulação e a integração da rede
▸ possui recursos hídricos pouco integrados à vida hídrica às áreas verdes municipais, considerando a
urbana ou rural; dimensão regional das áreas de preservação.
▸ necessita promover o uso racional da água e incen-
tivá-lo na região, de modo a garantir a sustentabili-
dade da produção agrícola, das atividades urbanas E68 – Garantir a segurança hídrica de forma arti-
e do consumo de água,, através da redução da de- culada à produção rural sustentável, integrando a
manda por água, como por exemplo, reutilização rede hídrica municipal às áreas verdes.
de águas cinzas e negras;
▸ apresenta o potencial de integrar a gestão das
águas municipais à criação de áreas verdes públi- E69 – Controlar a expansão urbana considerando as
cas de contemplação e lazer; áreas ambientalmente degradadas e a capacidade
▸ necessita planejar o crescimento urbano condicio- de suporte da infraestrutura instalada ou prevista.
nado à disponibilidade de água e à infraestrutura
de abastecimento disponível ou planejada, preser-
vando e recuperando as áreas que prestam servi- E103 - Estruturar uma política de gestão de resí-
ços ecossistêmicos para a produção de água. duos líquidos vinculada a uma política de desenvol-
vimento de baixo carbono.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Se existe crescimento da mancha urbana e/ou O que é desejado para o município
novos empreendimentos potenciais geradores (estratégias)
deimpactos nocivos ao meio ambiente…
Significa que: E69 – Controlar a expansão urbana considerando as
▸ apresenta vetores de expansão urbana formal ou áreas ambientalmente degradadas e a capacidade
informal sobre áreas ambientalmente sensíveis, de suporte da infraestrutura instalada ou prevista.
como área de riscos de deslizamentos ou de recar-
ga hídrica, e expostas ao aumento do nível do mar E09 - Garantir ocupação urbana adequada em si-
e erosão costeira; tuações de risco e reserva de terras com infraestru-
▸ possui áreas de importância ambiental ameaça- tura para reassentamento.
das pelo crescimento urbano.
Quais são as condições de urbanização das áreas desprovidas de saneamento e de abastecimento de água?
Quais são as demandas existentes de possíveis novos eixos de expansão e urbanização? É possível quantificar
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? o número de pessoas residentes nessas áreas e, nos casos de eixos de expansão urbana, a população futura?
Se o município possui a necessidade de levar redes O que é desejado para o município Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro devem ser chamadas a contribuir no mapeamento
de abastecimento de água e de esgotamento (estratégias) das condições reais de saneamento e abastecimento de água no município, garantindo que a leitura
sanitário para assentamentos precários… técnica seja complementada pela social de forma articulada. A participação da sociedade civil é im-
Significa que o município: E70 – Promover a urbanização de assentamentos portante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da
precários, prevendo investimentos em infraestru- política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
▸ não possui atendimento universal da demanda mu-
nicipal para abastecimento de água e saneamento; tura de saneamento ambiental (abastecimento,
▸ possui assentamentos precários desprovidos de esgotamento, drenagem e manejo de resíduos).
infraestrutura de saneamento e abastecimento de Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
água. SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Uma das componentes do saneamento ambiental – e cuja gestão é Qual é a atual situação da rede de suporte à política de resíduos sólidos no município?
crítica em boa parte dos municípios brasileiros – refere-se a coleta, ▸ Mapa indicando o sistema de equipamentos de gestão de resíduos (aterro sanitário, centrais de triagem,
ecopontos e composteiras, entre outros).
triagem e destinação de resíduos sólidos. O manejo inadequado des- ▸ Mapa indicando as áreas atendidas pelo serviço de coleta de resíduos, comuns e recicláveis.
ses resíduos acarreta problemas ambientais e de saúde pública, afe- ▸ Mapa das ocorrências de descarte irregular de resíduos.
tando a vida urbana como um todo, além de gerar emissões de GEE.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n. 12.305/2010) Avaliar a demanda por investimentos em gestão de resíduos no município
estabelece as diretrizes, os objetivos e os princípios que devem reger a Em que condições se encontram os serviços de coleta, triagem e descarte de resíduos sólidos no
gestão de resíduos em todo o território nacional e reitera, ao tratar do município? Quais são as demandas existentes de possíveis novos eixos de expansão e urbanização?
A estrutura existente é suficiente para a produção prevista de resíduos ao término da vigência do novo Plano
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que deve Diretor?
ser elaborado pelos municípios, que os Planos Diretores devem prever
Qual o potencial de geração de energia a partir do tratamento adequado dos resíduos sólidos no
áreas para descarte dos resíduos. município?
▸ Avaliar emissões e potenciais ações de redução de emissão de GEE de resíduos.
Assim, a política municipal de desenvolvimento urbano deve trazer
um olhar orientador sobre a política municipal de gestão de resíduos Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro devem ser chamadas a contribuir no mapeamento
das condições reais de saneamento e gestão de resíduos sólidos no município, garantindo que a lei-
sólidos, como parte integrante do desenvolvimento do território. As tura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A participação da sociedade civil é
estratégias e os instrumentos pertinentes para o encaminhamento importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração
dessas questões, no âmbito do Plano Diretor, são destacados nesta da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Problemática.
TEMA T12 Mobilidade urbana e transporte Significa que o município: E75 – Promover adensamento populacional e de
▸ possui uma rede pública de ônibus, trens ou metrô uso junto ao sistema de transporte público coletivo.
e outros modais de transporte;
▸ necessita melhorar a oferta desses modais de
Por que esta problemática é importante? transporte públicos e coletivos, de forma a incenti-
var a escolha por esses modais em detrimento dos
geradores de trânsito intenso; E76 – Viabilizar condições para a ampliação da mo-
O modelo de urbanização da maior parte das cidades brasileiras é ▸ não apresenta infraestrutura satisfatória de trans- bilidade ativa e do transporte não motorizado.
baseado na lógica de expansão urbana rodoviarista, que, associado a porte ativo e pode melhorar essas condições ao
incentivar a escolha por esses modais em detri-
outros fatores, tem por consequência uma expansão horizontal das
mento dos geradores de trânsito intenso.
áreas urbanizadas, muitas vezes descontínua, gerando muitos va-
zios urbanos em áreas consolidadas ou a consolidar. Esse fato, além
de aumentar a insegurança (principalmente de mulheres, população Se o município não possui um sistema de O que é desejado para o município
LGBTQIA+, pessoas idosas e crianças), aumenta o tempo de desloca- transporte público coletivo… (estratégias)
mento tanto de pessoas quanto de mercadorias dentro do município.. Significa que: E22 – Promover o uso misto do espaço, de forma a
A fragmentação (descontinuidade) da mancha urbanizada se apre- ▸ não há redes de ônibus, trens e metrô mínimas que garantir áreas com equilíbrio entre oferta de em-
garantam a mobilidade pública e coletiva intra e prego e moradia, além de maior qualidade do espa-
senta também pela ruptura do tecido urbano por barreiras urbanas
interurbana, no município; ço urbano e segurança.
(ferrovias, rodovias intermunicipais, grandes equipamentos, como ▸ o município não apresenta infraestrutura satisfa-
aeroportos, entre outros) e naturais (rios, topografia e outras). A au- tória para mobilidade ativa e pode melhorar essas E76 – Viabilizar condições para a ampliação da mo-
sência de conexões dificulta a unificação da área urbana da cidade, e condições ao incentivar a escolha por esses modais bilidade ativa e do transporte não motorizado.
em detrimento dos geradores de trânsito intenso;
necessita de planejamento de ocupação, novas conexões e transposi-
▸ o município pode estimular a ocupação urbana E32 - Reduzir o tempo de deslocamento cotidiano
ções, melhorando a mobilidade no território. mais concentrada do território, visando diminuir a entre moradia, emprego, equipamentos públicos e
necessidade de deslocamentos. serviços básicos.
O trânsito intenso também se deriva de condições espaciais e morfo-
lógicas da ocupação do solo, associados a uma dependência do carro,
modal de transporte motorizado e individual. Enfrentar esses desa- Se no município os problemas de trânsito O que é desejado para o município
fios de mobilidade é uma das principais missões do Plano Diretor, vi- decorrem em parte pela existência de (estratégias)
empreendimentos imobiliários de alto impacto
sando reequilibrar e reorientar as dinâmicas de urbanização para o
urbano…
bem comum, passando necessariamente pela redução de impactos
Se é necessário o investimento em
ambientais causados pelas formas de deslocamento e de ocupação equipamentos de transporte para completar a
do solo. Importante lembrar que em muitas cidades brasileiras, o se- infraestrutura de mobilidade do município…
tor de transporte é o principal responsável por grande parte das emis-
Significa que: E77 – Prever localização do equipamento de impac-
sões de GEE no território. to na mobilidade de maneira articulada à dinâmica
▸ existem impactos significativos no trânsito e no
sistema de mobilidade decorrentes da implanta- dos deslocamentos, de adensamento e de desen-
ção de empreendimentos imobiliários; volvimento urbano, com atenção para a mitigação e
▸ é evidente a necessidade de equipamentos de o controle dos impactos decorrentes dessa implan-
transporte (terminais de ônibus, estações, pontos tação.
de transbordo, aeroportos), cuja construção deve
impactar no entorno e no município. E84 – Planejar mitigação e controle de possíveis
impactos da instalação de equipamento de mobi-
lidade e de transporte sobre o meio urbano ou seu
entorno.
Consultar também:
▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
▸ Consultar população residente, identificando demandas por bairro e por grupo populacional.
Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das demandas por bairro, da qua-
lidade dos serviços de transporte, condições e infraestruturas de mobilidade. A participação da socie-
dade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de
elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
ambientais. Essas realidades trazem à tona a necessidade de investi- Quais são as origens dos principais problemas de mobilidade e trânsito no município?
mento público em infraestrutura de mobilidade ativa e a previsão, nos Ver dados:
Planos Diretores, de estratégias para abordar tais ações. ▸ Plano municipal de mobilidade urbana (caso existente)
▸ Pesquisas do tipo origem-destino (caso inexistente, observar tendências de deslocamento):
▹ Existência e condições de manutenção das calçadas e passeios públicos.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
▹ Existência e condições das conexões modais.
▹ Principais eixos viários com deslocamento por MODAIS ATIVOS (viagens a pé e de bicicleta).
Se no município é marcada a presença de áreas O que é desejado para o município ▹ Principais regiões produtoras de viagem no horário de pico da manhã.
sem diversidade de usos, exigindo grandes (estratégias) ▹ Principais regiões de destino das viagens no horário de pico da manhã.
deslocamentos (mais que 5 km) para funções ▹ Número de viagens e pessoas transportadas por modal no horário de pico da manhã.
cotidianas…
Significa que: E30 – Criar novas centralidades ou áreas de desen- Consultar também:
▸ existem áreas sem ou com poucos postos de traba- volvimento econômico, de forma a equilibrar os usos ▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
lho, serviços e equipamentos; no território. ▸ Consultar população residente, identificando demandas por bairro e por grupo populacional.
▸ os habitantes gastam grande tempo em desloca-
E104 Planejar e demarcar zonas de baixa emissão
mento para acessar centralidades ou equipamentos. Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das demandas por bairro, da qua-
ou de emissão zero na cidade, onde o transporte mo-
torizado a base de combustíveis fósseis seja banido lidade dos serviços de transporte e das condições e infraestruturas relativas à mobilidade. A partici-
ou desincentivado por meio de taxas sobre seu uso. pação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
sistemas agrícolas fornece serviços ecossistêmicos essenciais, como Significa que: E81 - Garantir a permanência e o estímulo con-
polinização e fertilidade do solo. Permite produzir alimentos com me- ▸ os bens produzidos pelos povos e comunidades tradi- tínuo à produção oriunda de povos e comuni-
cionais poderiam ser mais bem inseridos no circuito de dades tradicionais.
nor impacto sobre os recursos não renováveis e menos insumos exter-
compras e distribuição de alimentos.
nos, como os agrotóxicos.
Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das áreas e dos tipos de produção
rural, bem como das cadeias produtivas ligadas ao consumo de alimentos, indicando fragilidades e
potencialidades, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articula-
da. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
vistas no Plano Diretor vigente ou em revisão. Como se dá a produção agrícola na região e no município? Qual o perfil populacional dos grupos dependentes
economicamente da produção agrícola?
▸ Mapa e dados identificando estrutura das propriedades imobiliárias rurais com atividades agropecuárias,
Nesta Problemática são apresentadas estratégias para os municípios de extração vegetal e de exploração mineral, caracterizadas quanto ao preço da terra, grau de concentra-
preverem em seus Planos Diretores, buscando promover meios de al- ção fundiária e perfil de arrendamento.
cançar este objetivo de maneira compatível com o desenvolvimento ▸ Cadastro Ambiental Rural
do município como um todo. Como estão sendo utilizados e quais são os potenciais de uso dos recursos hídricos do município?
▸ Verificar a localização da rede hídrica municipal e os conflitos aos quais ela está sujeita.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? ▹ Existe despejo de resíduos de saneamento nos rios?
▹ Existem ocupações irregulares nas margens dos rios, córregos etc.?
▹ A área de várzea e as margens dos rios estão sem uso? Há possibilidade de integrar usos de áreas ver-
Se o município não possui produção de agricultura O que é desejado para o município des públicas?
familiar destinada ao consumo local ou regional e (estratégias) ▹ A rede hídrica municipal é utilizada para fins de transporte?
possui áreas rurais subutilizadas ou sem produção… ▸ Identificar atividades extrativistas no território
Significa que: E79 – Garantir terra para produção agrícola fa- ▹ Mapa das áreas em que incidem ou que há possibilidade de implementação de atividades extrativistas
▸ o município possui áreas não ocupadas por atividades miliar, agroecológica e sustentável.
rurais ou urbanas, que tampouco apresentam relevân- Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das áreas ambientais sensíveis
cia ambiental e são passíveis de serem convertidas em E46 – Demarcar e garantir áreas para a produção e sob ameaça, das áreas e dos tipos de produção rural, a fim de indicar cuidados a serem tomados
áreas rurais. rural. nessas áreas, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
Se o município possui potencial para atividades O que é desejado para o município
cotidiana.
extrativistas… (estratégias)
Significa que: E57 – Garantir que a implementação e a opera-
▸ as atividades rurais ou extrativistas do município têm ção de atividade extrativista ocorram de forma
gerado impactos ambientais, como contaminação da articulada à política de desenvolvimento urba-
rede hídrica ou do solo; no e ambiental do município. Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
▸ há previsão ou potencial para implementação de ativi- SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
dades extrativistas no território. instrumentos adaptados à sua realidade.
As mudanças no uso da terra foram responsáveis por grande parte das emis-
sões dos Gases e Efeito Estufa no país, representando 46% do total nacional
em 2020. Quando consideradas as remoções por áreas protegidas, vegetação
secundária e outras mudanças de uso da terra o setor apresentou uma emissão
líquida de 362 MtCO2e no último ano, cerca de 24% das emissões líquidas brasi-
leiras. A maior parte das emissões brutas (93%) é causada por alterações de uso
da terra, que em sua maioria consistem no desmatamento do bioma Amazônia.
Em 2018, em mais de 65% dos municípios no Brasil a agropecuária foi o setor res-
ponsável pela maior quantidade de emissões de GEE (SEEG MUNICÍPIOS, 2021).
Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das áreas ambientais sensíveis
e sob ameaça, das áreas e dos tipos de produção rural, a fim de indicar cuidados a serem tomados
nessas áreas, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
assistência social, esporte e lazer, segurança pública, entre Significa que no município: E83 – Viabilizar a aquisição de imóveis para a cons-
outros. ▸ a terra pública disponível é insuficiente para a pro- trução de equipamentos públicos necessários ao
visão de equipamentos; desenvolvimento urbano e social do município.
TEMA T04 Segurança
▸ a terra pública disponível está distante da popula-
T14 Equipamentos públicos ção que utilizará o equipamento. E24 – Prever melhor localização do equipamento,
adequando o uso do solo e articulando a escolha da
localização à dinâmica de mobilidade, de adensa-
Por que esta problemática é importante? mento e de desenvolvimento urbano prevista.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? Analisando esses dados, avalie se o município apresenta demanda atual e tendência de demanda futura
por equipamentos públicos, de quais tipos e o que isso significa em disponibilidade fundiária.
Se, no município, existe terra pública municipal, O que é desejado para o município
estadual ou da União disponível para edificação (estratégias) Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das demandas por bairro, da qua-
de novos equipamentos, ou se as áreas públicas lidade dos serviços e da insuficiência dos equipamentos públicos. A participação da sociedade civil é
com equipamentos já existentes são pouco importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração
aproveitadas… da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Significa que no município: E82 – Promover melhor aproveitamento da terra
▸ apresenta, em seu território, terra de proprieda- ocupada, realizando parcerias e integrando o plane-
de pública ociosa que poderia ser utilizada para a jamento e a gestão de equipamentos públicos mu-
construção de equipamentos; nicipais.
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
▸ apresenta áreas públicas com equipamentos com SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
um baixo aproveitamento da terra. SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Analisando esses dados, avalie se o município apresenta demanda atual e tendência de demanda futura
por equipamentos de transporte, quais tipos e o que isso significa em disponibilidade fundiária.
Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das demandas por bairro, da qua-
lidade dos serviços de transporte e de condições e infraestruturas de mobilidade. A participação da
sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as
fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
O turismo sustentável é o que relaciona as necessidades de turistas e Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
▸ Mapa de áreas verdes/Unidades de Conservação
das regiões receptoras, protegendo e fortalecendo oportunidades para
▹ se possuem regimentos de proteção
o futuro. Contempla a gestão dos recursos econômicos e sociais e das ▹ se são de propriedade pública ou privada
necessidades estéticas, mantendo a integridade cultural, os processos ▹ identificar as áreas com uso e sem uso
ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas de suporte ▹ identificar existência de equipamentos públicos nessas áreas
▹ identificar se as áreas possuem risco geotécnico ou contaminação
38 Ministério do Turismo. à vida38.A necessidade de conservação do meio ambiente por meio de ▹ verificar se existem povos e comunidades tradicionais nas áreas ambientais
Ecoturismo: orientações
básicas. (Brasília: técnicas sustentáveis se articula às possibilidades de implementação ▹ identificar padrões fundiários
Ministério do Turismo, de atividades turística, viabilizando outras formas de vivenciar e usu-
2008). Disponível on line.
fruir das paisagens rurais, das áreas florestadas e das regiões costeiras, Pessoas moradoras, usuárias, agentes e grupos relacionados às atividades turísticas e ambientais
devem ser chamados a realizar a leitura das vocações e das potencialidades turísticas do município,
entre outros ecossistemas que são vistos como possíveis de se aplicar compondo a leitura técnica sugerida para estas áreas naturais. A participação da sociedade civil é
um modelo de turismo mais responsável. Ecoturismo, por sua vez, é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração
um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentá- da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
vel, o patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e
buscando a formação de uma consciência ambientalista por meio da
interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
O turismo cultural é marcado pela motivação de turistas em vivenciar Análises complementares sugeridas
os aspectos e as situações que são peculiares de uma determinada
A partir dos levantamentos sugeridos, providenciar:
cultura. O desenvolvimento desse tipo de turismo deve ocorrer pela
▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
valorização e promoção das culturas locais e regionais, pela preserva- ▸ Mapeamento de uso e ocupação do solo
ção do patrimônio histórico e cultural e pela geração de oportunida- ▸ Mapeamento das condições de infraestrutura
des de negócios no setor, respeitados valores, símbolos e significados ▸ Mapeamento do sistema ambiental e dos serviços ecossistêmicos
dos bens materiais e imateriais da cultura para as comunidades en- Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
volvidas.
Quais são as áreas de influência dos imóveis tombados ou de interesse de preservação?
▸ Mapa de imóveis de interesse de preservação cultural
É preciso avançar na percepção do sentido histórico e cultural que ▹ Diferenciar os imóveis já protegidos (município/estado/união) e os imóveis de interesse, mas ainda
tem o conjunto da paisagem urbana, valorizando não apenas mo- não protegidos.
▹ Identificar as áreas de entorno ou de influência dos imóveis de interesse de preservação.
numentos excepcionais, mas o conjunto de edificações históricas, a
▹ Identificar a população frequentadora dos imóveis ou áreas de interesse de preservação.
paisagem urbana, as manifestações culturais e os espaços públicos,
Existem paisagens naturais ou culturais protegidas ou de interesse de preservação?
percebendo as relações que os bens naturais e culturais apresentam
▸ Como fazer?
entre si. São entendidos como bem culturais as formas de expres- ▹ Identifique as áreas protegidas ou de interesse de preservação que constituem a paisagem.
são; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas ▹ Identifique as áreas que têm influência na leitura da paisagem.
e tecnológicas; as obras, os objetos, os documentos, as edificações e ▹ Identifique a dinâmica de utilização dessas áreas e o perfil da população frequentadora.
demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os Caso exista um centro histórico ou conjuntos de interesse de preservação, quais são os usos predominantes
conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, neste território? Há precariedade habitacional? Qual o perfil da população frequentadora?
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. ▸ Mapa de renda e perfil populacional por setor censitário (comparar a espacialização da renda entre, pelo
menos, dois Censos do IBGE e confrontar com as demais características populacionais).
▸ Mapa de assentamentos precários (favelas, loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais sem regu-
larização fundiária, palafitas e cortiços, entre outros).
Onde estão localizados e qual é o perfil dos imóveis vazios ou subutilizados nestas áreas de interesse de
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? preservação?
▸ Mapa de vazios urbanos
Se o município possui imóveis ou conjuntos de O que é desejado para o município ▹ Como fazer?
interesse de preservação cultural… (estratégias) ▹ Cadastro de IPTU – terrenos vagos
▹ Edifícios vazios ou subutilizados – levantamentos in loco, dados de consumo de energia
Significa que, no município: E33 – Integrar as normas para facilitar os proces- ▹ Imagens/fotos aéreas
▸ há imóveis ou conjuntos históricos de interesse e sos de aprovação e de fiscalização relacionados aos
que precisam de ações para garantir sua preserva- bens de interesse de preservação. Pessoas moradoras, usuárias e movimentos das áreas devem ser chamados a identificar e debater os con-
ção, por ainda não serem protegidos; e/ou flitos existentes, de forma a contribuir para a leitura técnica e social, bem como para o encaminhamento
▸ há imóveis, conjuntos e/ou centralidades históri- E34 – Garantir a presença de usos compatíveis com de soluções. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e
cas preservados, porém com dinâmica econômica a preservação e a dinamização das áreas históricas. leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrá-
baixa e/ou baixo uso cotidiano. tica cotidiana.
▸ há empreendimentos ou equipamentos culturais
de impacto urbano existentes ou previstos no ter- E86 – Garantir a implementação de equipamentos
ritório. turísticos culturais (equipamentos-âncora) de for- Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
ma articulada ao patrimônio cultural e ao desenvol- SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
vimento urbano. SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
centrada em períodos de férias escolares ou de feriados prolongados. ▸ O município deve resolver carências de infraes-
Ver problemáticas dos temas Saneamento Ambien-
trutura resultantes da sazonalidade, pois estas
Alguns desses municípios podem ter sua população quadriplicada podem acarretar danos ambientais.
tal e Mobilidade Transporte.
nestes períodos, o que implica uma sobrecarga sobre a infraestrutura
instalada, acarretando deficiências em saneamento básico, contami-
nação do solo e das águas e problemas nas condições de segurança,
Se o município possui grande número de O que é desejado para o município
de acesso e/ou de qualidade das areias, entre outros. Por outro lado, domicílios vagos ou de uso ocasional em relação (estratégias)
na maior parte do ano, há também ocasiões em que os equipamentos ao total de domicílios…
40. Ministério do Turismo, turísticos permanecem ociosos40.
Turismo de sol e praia: Significa que: E89 – Estimular usos permanentes e serviços de
orientações básicas (2.ed., hospedagem em detrimento ao uso ocasional (casa
Brasília: Ministério do
▸ No município há áreas com altas taxas de domicí-
Turismo, 2010). SAZONALIDADE Característica da atividade turística que consiste na con- lios vagos ou de uso ocasional (sazonal) gerando de veraneio).
centração das viagens em períodos determinados (férias, feriados prolongados ociosidade da infraestrutura instalada, enquanto
etc.) e para o mesmo tipo de região (tipicamente, praia no verão e interior ou outras áreas com população permanente possuem
regiões montanhosas no inverno); alterna, assim, alta e baixa temporada ou carências básicas de equipamentos e infraestrutura.
ocupação.
Pessoas moradoras, usuárias, agentes e grupos relacionados às atividades turísticas e ambientais de-
vem ser chamados a realizar a leitura das vocações e potencialidades turísticas do município, além
de contribuírem para identificação dos vazios urbanos, fragilidades e demandas por infraestrutura,
incentivos e equipamentos públicos. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta
etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planeja-
mento até a gestão democrática cotidiana.
O turismo de negócios e eventos tem caráter bastante transversal, Qual o perfil e potencialidades no turismo de negócios em seu território?
podendo se articular a outras atividades de turismo específicas, como Cruzar as informações e identificar os seguintes aspectos:
aquelas ligadas ao turismo cultural e religioso ou mesmo relaciona- ▸ Para identificar as potencialidades de desenvolvimento do turismo de negócios e eventos, é preciso
das aos atrativos naturais. Tais atividades transversais potencializam avançar na compreensão de suas potencialidades, dentre as quais sugerimos:
▹ áreas de referência técnica, científica, industrial e outras (universidades, centros de pesquisa etc.).
a capacidade de atração, especialmente nos períodos de baixa pro-
▹ setor de comércio e indústria, com potencial para a realização de feiras.
cura, como estratégia para proporcionar equilíbrio na relação entre ▹ estruturas e serviços especializados para realização de encontros com qualidade.
oferta e demanda durante o ano, pois independem de condições cli- ▹ acesso e logística de deslocamento para apoio aos eventos.
máticas ou períodos específicos, como as férias escolares. Além dis- ▹ rede e serviços de hospedagem e de comunicações.
▹ condições de segurança.
so, o turismo de negócios e eventos pode ser realizado também em ▹ instâncias e espaços de articulação entre o poder público e o setor privado.
cidades menores, não se restringindo aos grandes centros urbanos,
viabilizando a interiorização da atividade turística. No entanto, é im- Pessoas moradoras, usuárias, agentes e grupos relacionados às atividades turísticas, de negócios e
portante compreender os formatos possíveis e as atividades que mais eventos devem ser chamados a realizar a leitura das vocações e potencialidades turísticas do mu-
nicípio, além de contribuírem para identificação de fragilidades e demandas por infraestrutura e
42. Ministério do Turismo, se adequam a cada realidade, bem como verificar se os espaços e os equipamentos de apoio. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de
Turismo de negócios e
eventos: orientações serviços disponíveis correspondem à demanda do referido evento. levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até
básicas (2.ed., Brasília: Dentre os formatos possíveis, destacam-se feiras, congressos, cursos, a gestão democrática cotidiana.
Ministério do Turismo,
2010). Disponível on line. workshops, seminários e reuniões de negócios42.
Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão? Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Se o município deseja a melhoria do sistema de O que é desejado para o município
infraestrutura turística de negócios já instalado… (estratégias)
Significa que o município apresenta: E09 – Garantir ocupação urbana adequada em si-
▸ áreas de risco ocupadas; tuações de risco e reserva de terras com infraestru-
▸ áreas de risco com eventual necessidade de reas- tura para reassentamento.
sentamento;
▸ áreas de risco que podem ser mantidas mediante E08 – Controlar o avanço da ocupação urbana e pla-
intervenção para promover melhorias nas condi- nejar novas frentes de expansão considerando as
ções de segurança; condições de risco existentes.
▸ a necessidade de planejar a ocupação e a expan-
E69 - Controlar a expansão urbana considerando as
são urbana considerando as condições geotécnicas
áreas ambientalmente degradadas e a capacidade
do solo.
de infraestrutura instalada ou prevista.
Pessoas moradoras e usuárias devem contribuir para a identificação das demandas e para a aplica-
ção de recursos no município e por bairro. A participação da sociedade civil é importante não apenas
nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o
planejamento até a gestão democrática cotidiana.
monitoramento da política urbano-ambiental municipal Significa que o município: E98 – Fortalecer as instâncias de participação popu-
▸ Possui conselho municipal implementado, regula- lar com a ampliação de seu papel propositivo e de-
mentado e em funcionamento. liberativo na política urbano-ambiental municipal.
TEMA T18 Gestão democrática e participação popular
Obs.: um conselho previsto ou instituído e ainda sem E100 – Criar um sistema integrado de gestão de-
nomeações, ou seja, inativo, não deve ser considera- mocrática municipal que determine o papel e a
do nesta situação. responsabilidade de cada instância, órgão e etapa
de participação popular, bem como as formas de
Por que esta problemática é importante? interação entre cada um deles.
Avaliar dados básicos sobre a realização de debates, audiências, consultas e conferências urbanas,
buscando identificar os segmentos indicados para representação e a variação dessa presença em di-
ferentes horários, formatos e locais.
o bem-estar social ao mesmo tempo em que promovem a equidade ▸ Possui ou deseja potencializar áreas com função
de extração, como madeira, carvão ou outro mi- Ver problemática P25 - O município possui ativida-
para as gerações futuras. Conhecer, conservar e restaurar os serviços nério e/ou produção de sementes e plantas me- de rural ou extrativista próspera e necessita ampliar
ecossistêmicos nas áreas urbanas torna-se, assim, indispensável. dicinais essas áreas e/ou de controlar seus impactos urba-
▸ Possui ou deseja potencializar áreas com função nos e ambientais.
de preservação para produção de água
Ver problemática P37 - O município precisa promo-
SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS são todos os benefícios que obtemos do ambien- ver melhor utilização dos recursos hídricos.
te em equilíbrio (como o ar que respiramos, a beleza de uma paisagem, o con-
trole de doenças infecciosas, o controle de inundações) ou como resultado de
uma coprodução humana (como a agricultura, a pecuária, os parques urbanos).
Uma das ações de mitigação possíveis é a redução das emissões de Que estratégia posso utilizar para enfrentar essa questão?
gases de efeito estufa (GEE) de forma a conter o agravamento das al-
terações climáticas. Investir na redução do consumo de energia e na Se no município grande quantidade de emissões O que é desejado para o município
de GEE é proveniente do setor de energia (estratégias)
eficiência energética, melhorar o transporte público priorizando bio-
combustíveis (etanol, biodiesel) a combustíveis fósseis (gasolina, óleo Significa que o município: E105 - Orientar e fomentar a transição energética
diesel), reaproveitar e reciclar materiais e reduzir o seu consumo, re- ▸ Apresenta ilhas de calor e/ou ainda há pouco uso no município com articulação regional e a eficiência
duzir o desmatamento e priorizar o uso de energias renováveis como de energias renováveis e construções com baixa energética em construções.
as de origem solar e eólica, são alguns de exemplos de ações que con- eficiência energéticas ou deseja potencializar a Ver P15 - O município carece de melhorias das condi-
produção nos setores de agricultura e pecuária. ções de qualidade ambiental em seu território (ilhas
tribuem para diminuir o efeito de gases estufa. ▸ Possui centros urbanos ou de bairros com elevada de calor, drenagem e arborização, entre outras).
quantidade de tráfego e demanda para melhorar a
As fontes de Gases Efeitos Estufa foram divididas em cinco categorias: micro acessibilidade e a qualidade do ar. Ver P35 - O município carece de novos parques, pra-
▸ Possui núcleos de ocupação estabelecidos em ças e/ou da estruturação de áreas verdes públicas,
áreas desconectadas da malha urbana que re- para constituir um sistema de áreas verdes.
▸ Energia: Produção de Combustíveis, Transportes (consumo de querem grandes distâncias de deslocamento (de
combustíveis em atividades de transporte de diversos modos), carga e pessoas). E104 - Planejar e demarcar zonas de baixa emissão
ou de emissão zero na cidade, onde o transporte mo-
Geração de Eletricidade (Serviço Público), Industrial (consumo de torizado a base de combustíveis fósseis seja banido
combustíveis em atividades produtivas), Residencial, Comercial, ou desincentivado por meio de taxas sobre seu uso.
Agropecuário e Público. Ver P08 - O município possui ocupações de perfil
urbano fragmentadas, dispersas ou descontínuas
▸ Uso da terra: Alterações de Uso do Solo (desmatamento, degra- em território urbano ou rural.
dação ou conversão de solos entre atividades rurais), Queima de Ver P17 - No município há distâncias e/ou tempos
Resíduos Florestais, Remoção em Áreas Protegidas, Remoção por de deslocamento excessivos nos trajetos cotidianos.
Mudança de Uso da Terra e Remoção por Vegetação Secundária.
Se no município grande quantidade de emissões O que é desejado para o município Quais as principais fontes de emissão de GEE no seu Município?
de GEE é proveniente do setor de Agropecuária (estratégias) As fontes emissoras de cada município podem ser identificadas por meio da plataforma:
▹ Identificação das fontes emissoras de GEE no município
Significa que o município: Ver P46 - O município apresenta situações de con- Ao clicar no site, acesse município/perfil e digite o nome da sua cidade. O sistema gerará um relatório au-
▸ Possui atividade rural ou extrativista geradora de flito entre produção rural e conservação do meio tomático apontando as principais fontes emissoras por setor.
grandes impactos ambientais ou urbanos de gran- ambiente.
de quantidade de emissões de GEE É possível localizar algumas destas fontes no território?
Ver P25 O município possui atividade rural ou extra-
tivista próspera e necessita ampliar essas áreas e/ou ▸ Fontes que se relacionam com consumo de energia, usualmente estão associados aos núcleos urbanos
de controlar seus impactos urbanos e ambientais. ▸ As mudanças na ocupação do território podem indicar ampliação de algumas destas fontes ao longo dos
anos, contribuindo para identificar ações mais assertivas. Ex. ampliação das áreas de pecuária, diminui-
ção de áreas vegetadas, etc...
Atores diretamente relacionados às fontes de emissão de GEE devem contribuir para a o debate, de
Se no município grande quantidade de emissões O que é desejado para o município
forma a se encontrar em conjunto soluções adequadas e assertivas. A participação da sociedade civil
de GEE é proveniente do setor de Resíduos (estratégias)
é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leitura, mas em todas as fases de elaboração
Significa que o município: E103 - Estruturar uma política de gestão de resíduos da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
▸ Precisa promover melhor uso de suas águas, de líquidos vinculada a uma política de desenvolvimen-
modo a garantir a segurança hídrica de seus habi- to de baixo carbono.
tantes e das atividades urbanas, rurais municipais
Ver Problemática 39 - O município precisa univer- Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
e regionais. SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
salizar o acesso à água potável e ao esgotamento
▸ Apresenta baixos índices de cobertura de esgota- SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
sanitário. instrumentos adaptados à sua realidade.
mento sanitário.
▸ Não dispõe de área adequada para destinação
E70 - Promover a urbanização de assentamentos
final de resíduos sólidos, tampouco para triagem
precários, prevendo investimentos em infraestrutu-
dos resíduos…
ra de saneamento ambiental (abastecimento, esgo-
tamento, drenagem e manejo de resíduos).
Ver P40 - O município apresenta dificuldades em co-
letar, triar e destinar seus resíduos sólidos.
PREPARAÇÃO
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
APROVAÇÃO
LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
ODS
FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES
Você
está aqui
376 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 377
ESTRATÉGIA E01 Avaliar os assentamentos precários existentes e qualificá-
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
los, priorizando a intervenção em assentamentos para
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
urbanização ou em situações de risco à vida condição econômica ou outra.
PROBLEMÁTICA P01
TEMA T01
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos a habitação segura, adequada e a preço
acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas.
Por que implementar esta estratégia é importante?
É preciso avançar na caracterização dos assentamentos quanto às di- Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
mensões de propriedade, urbanística e edilícia (se são regulares ou ir-
regulares) e à dimensão da precariedade física (risco, acessibilidade, Se o município possui a maior parte de sua população vivendo Instrumentos do Plano Diretor
em assentamentos precários irregulares…
infraestrutura, nível de habitabilidade e qualidade ambiental do assen-
tamento), bem como à dimensão da carência e da vulnerabilidade da Significa que: Zonas Especiais de Interesse
▸ sendo a precariedade a realidade da maior parte dos domicílios, Social (ZEIS): ZEIS em áreas
população, em termos de renda, escolaridade e emprego. Importante ocupadas
é preciso avaliar quais são as situações que exigem prioridade.
ressaltar que em muitos municípios a precariedade pode ser a regra e
Zoneamento: zoneamento no
não a exceção, exigindo uma priorização dos problemas a serem enfren- perímetro urbano
tados. A leitura das diversas dimensões da precariedade pode contribuir
para a definição de categorias que, por sua vez, devem indicar prioriza- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
ções de atuação de forma articulada aos programas habitacionais e à ▸ Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM)
capacidade de gestão e financiamento existentes em cada município. ▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
▸ Regularização Fundiária
▸ Assistência técnica e jurídica gratuita para comunidades e grupos sociais menos favorecidos
6.2 Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as
▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade.
▸ Regularização Fundiária
▸ Assistência técnica e jurídica gratuita para comunidades e grupos sociais menos favorecidos
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas a ela vinculadas, aprofunde alguns aspectos das
análises:
Quais são as características e as dimensões da precariedade habitacional?
▸ Identificar da irregularidade: propriedade, urbanística e/ou edilícia.
▸ Identificar da precariedade física (risco, acessibilidade, infraestrutura, nível de habitabilidade e qualida-
de ambiental do assentamento).
▸ Dimensionar carência e vulnerabilidade da população (renda, escolaridade, emprego, faixa etária, raça
e gênero).
▹ A população feminina, negra, idosa, PCD e LGBTQIA+ é muitas vezes exposta a sucessivos tipos de ex-
clusão social, tais como assédio, violência, preconceito, desemprego, entre outros, que agravam a sua
exposição à situação de vulnerabilidade. Tais grupos, entre outras minorias, devem ser acompanhados
com proximidade, eventualmente priorizados e atendidos com políticas socioassistenciais integradas.
Qual é o perfil dos imóveis vazios ou subutilizados?
▸ Mapa de vazios urbanos
▹ tamanho do lote ou imóvel
▹ acesso a infraestrutura e equipamentos
▹ se possuem dívidas de IPTU
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como agentes da temática e movimentos
sociais, devem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técni-
ca seja complementada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta
etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planeja-
mento até a gestão democrática cotidiana.
Contribui para as seguintes metas dos ODS Significa que o município: Zoneamento: zoneamento no
perímetro urbano
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ pode prever instrumentos para regularizar as atividades e as áreas
residenciais que forem possíveis.
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
todos ▸ Regularização Fundiária
▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
▸ Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas
afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas
causadas por elas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres
relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de
vulnerabilidade
11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas,
peri-urbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvi-
mento.
11.b Até 2020, aumentar substancialmente o número de cidades e assentamentos
humanos adotando e implementando políticas e planos integrados para a inclusão, a
eficiência dos recursos, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a resiliência
a desastres; e desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para
a Redução do Risco de Desastres 2015-2030, o gerenciamento holístico do risco de
desastres em todos os níveis
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das aná-
lises:
Quais são os conflitos de uso do solo na transição urbano-rural em seu município? Há impacto da
confluência desses conflitos no território?
▸ Mapeamento de uso do solo, indicando:
▹ Presença de usos rurais e urbanos
▹ Presença de assentamentos precários nas áreas rurais
▹ Presença de loteamentos não regularizados de moradia popular ou outras rendas
▹ Presença de atividades industriais e extrativistas
▹ Presença de áreas de risco, ou de áreas ou rede hídrica contaminadas.
▸ Mapeamento dos serviços ecossistêmicos, indicando os principais benefícios prestados aos municípios
pelas áreas ambientais.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como agentes e movimentos sociais e , de-
vem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja com-
plementada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de
levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até
a gestão democrática cotidiana.
a urbanização, a morfologia continuará a ser específica e a demandar ▸ Mapa de zoneamento e regras ocupação do solo vigentes (CA) e lançamentos imobiliários
▸ Mapa de concentração de renda
parâmetros urbanísticos próprios, para garantir a permanência da po- ▸ Mapa e análise de riscos climáticos
pulação. ▸ Identificar a população usuária e residente da área de interesse
▹ Há grupos tradicionais sediados na região? Quais representações culturais a região manifesta? Grupos
sociais dependem da área para reprodução de suas práticas identitárias? Pequenas alterações na for-
Contribui para as seguintes metas dos ODS
ma urbana podem contribuir decisivamente tanto para a reprodução de práticas excludentes, quanto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para o empoderamento coletivo.
Precariedade habitacional em áreas centrais ou dotadas de infraestrutura
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to- Além do déficit habitacional, é preciso avançar no reconhecimento de precariedades habitacionais para
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, além da ausência de infraestrutura básica. Loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais degradados,
condição econômica ou outra. cortiços e ocupações são formas de precarização da moradia que devem ser observados. No entanto, não
existem dados e informações consistentes e abrangentes para a caracterização destes problemas, o que
depende de levantamentos e cadastros municipais.
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos a habitação segura, adequada e a preço Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como agentes e movimentos sociais, de-
acessível e aos serviços básicos e urbanizar as favelas. vem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja com-
11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, plementada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de
sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até
meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessi- a gestão democrática cotidiana.
dades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com
deficiência e idosos. Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
do mundo. instrumentos adaptados à sua realidade.
1.4 Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os pobres
e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a
serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e outras formas de proprieda-
de, herança, recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros,
incluindo microfinanças
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como agentes e movimentos sociais, de-
vem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja com-
plementada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de
levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até
a gestão democrática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
Por que implementar esta estratégia é importante?
A permanência da população de baixa renda em áreas dotadas de in- VAZIO URBANO é o terreno (gleba ou lote) que contém as seguintes caracte-
fraestrutura, com garantia de qualidade urbana e condições de habita- rísticas: (1) está localizado em área urbana servida de infraestrutura (como rede
bilidade, busca romper o ciclo de “expulsão” da população moradora, o de água e de energia, solução de esgoto etc) e equipamentos sociais (escola,
posto de saúde ou outros); e (2) não cumpre sua função social. O vazio urbano
que acarreta a perda de vínculos de vizinhança e de acesso a equipa- não cumpre a função social quando: (a) não possui construção; (b) a construção
mentos públicos, postos de trabalho etc. Garantir a permanência da existente é subutilizada ( não tem a área mínima estabelecido em lei municipal
população é contribuir para a garantia do direito a cidades sustentáveis, ou está vazia/sem uso); (c) não é usado para outras atividades urbanas (parques,
praças, agricultura urbana etc.).
entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento am-
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) é a unidade habitacional pro-
biental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao
duzida pela iniciativa pública ou privada para ser destinada a famílias de baixa
trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações. renda.
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to- A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, Qual é o perfil dos imóveis vazios e ociosos em áreas dotadas de infraestrutura?
condição econômica ou outra
▸ Mapa de vazios
▹ Lote mínimo, Coeficiente de Aproveitamento, taxa de ocupação…
▸ Qual o perfil da população residente e usuária da região
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos a habitação segura, adequada e a preço ▹ A população feminina, negra, idosa, PCD e LGBTQIA+ é muitas vezes exposta a sucessivos tipos de ex-
acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas clusão social, tais como assédio, violência, preconceito, desemprego, entre outros, que agravam a sua
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável e as capacidades para exposição à situação de vulnerabilidade. Tais grupos, entre outras minorias, devem ser acompanhados
o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e com proximidade, eventualmente priorizados e atendidos com políticas socioassistenciais integradas.
sustentáveis em todos os países
Quantos lançamentos imobiliários recentes existem no município? Há demanda para produção e mercado
imobiliário com grande atuação?
▸ Concentração de moradias precárias em áreas consolidadas.
Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia? ▹ Como fazer?
▹ Como um complemento aos levantamentos de precariedade habitacional, é importante realizar al-
Se as áreas do município ocupadas por população de baixa Instrumentos do Plano Diretor guns levantamentos in loco, a fim de identificar concentrações de precariedades, tais como cortiços
renda são dotadas de infraestrutura… e pensões, ocupações de moradia etc.
Contribui para as seguintes metas dos ODS A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Qual é o perfil dos imóveis vazios e ociosos em áreas dotadas de infraestrutura?
▸ Mapa de Vazios
▹ Lote mínimo, Coeficiente de Aproveitamento, taxa de ocupação….
8.4 Melhorar progressivamente, até 2030, a eficiência dos recursos globais no con-
sumo e na produção, e empenhar-se para dissociar o crescimento econômico da de- Qual é a demanda por moradia de baixa renda no município?
gradação ambiental, de acordo com o “Plano decenal de programas sobre produção e Quantas unidades são necessárias e qual deve ser a tipologia ou o produto imobiliário produzido no
consumo sustentáveis”, com os países desenvolvidos assumindo a liderança. município ou associado a programas habitacionais que atente a essa faixa de renda?
▸ Identificar o déficit e a demanda futura por moradia
▹ A população feminina, negra, idosa, PCD e LGBTQIA+ é muitas vezes exposta a sucessivos tipos de ex-
clusão social, tais como assédio, violência, preconceito, desemprego, entre outros, que agravam a sua
10.3 Garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultado, exposição à situação de vulnerabilidade. Tais grupos, entre outras minorias, devem ser acompanhados
inclusive por meio da eliminação de leis, políticas e práticas discriminatórias promo- com proximidade, eventualmente priorizados e atendidos com políticas socioassistenciais integradas.
vendo a legislação, políticas e ações adequadas a este respeito.
Como se dá a produção imobiliária realizada no território?
Que tipologias são usadas pelas empreiteiras e nos casos de autoconstrução?
Quais são os tamanhos de lotes, os parâmetros e a que faixa de renda se destinam?
▸ Dados municipais de aprovação – natureza dos empreendimentos, localização, tipo (casa unifamiliar,
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável e as capacidades para casa multifamiliar, edifício, loteamento, condomínio), parâmetros de ocupação.
o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e
sustentáveis em todos os países Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como agentes e movimentos sociais s, de-
vem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja com-
plementada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de
levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até
a gestão democrática cotidiana.
Se o município possui áreas que podem ser ocupadas mediante Instrumentos do Plano Diretor
Contribui para as seguintes metas dos ODS o uso ou o emprego de tecnologias adequadas, com população
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de outras rendas…
Significa que: Zoneamento: zoneamento no
▸ o município apresenta áreas de risco coincidentes com ocupa- perímetro urbano
1.5 Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnera-
ções urbanas não precárias; Parcelamento do Solo Urbano
bilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos relacio-
▸ as fragilidades do solo não apresentam grande risco à vida da po-
nados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais
pulação residente.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Pessoas moradoras e usuárias das áreas envolvidas, bem como de seu entorno, agentes e movimen-
tos sociais devem ser chamadas a debater e contribuir para o processo de resolução de conflitos e
formulação de propostas. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de
levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até
a gestão democrática cotidiana.
O planejamento urbano, sobretudo o zoneamento, define padrões de ▸ Plano Municipal de Saneamento Básico
▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
ocupação do solo baseados nas práticas e nas lógicas de investimento
do mercado imobiliário formal para rendas médias e altas. Embora es-
tes mercados existam, sua dimensão em relação à totalidade do espaço
construído e da demanda por espaço urbano corresponde à menor par-
cela da demanda. Desta forma, os zoneamentos acabam por definir uma Análises complementares sugeridas
oferta potencial de espaço construído para este perfil muito superior à
sua dimensão real, ao mesmo tempo que geram uma enorme escassez A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
de localização para os mercados de baixa renda, já que praticamente ig-
Em que áreas da cidade percebe-se uma morfologia e/ou um uso que se deseja manter?
nora sua existência. Analisar o mercado imobiliário, as tendências em De que forma a legislação de uso e ocupação do solo atua sobre essas áreas?
curso (áreas em retração ou em expansão, entre outras) e os novos pro- Em que lugares o mercado imobiliário está mais atuante?
dutos imobiliários contribui para estabelecer ou induzir a ocupação de ▸ Mapa de zoneamento e regras ocupação do solo vigentes (CA) e lançamentos imobiliários.
determinados territórios, viabilizando formas alternativas de produção
e de geração de renda, e evitando o espraiamento urbano ou o avanço Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como movimentos sociais , devem ser cha-
mados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada
sobre áreas ambientalmente sensíveis. pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
crática cotidiana.
TEMA T02 T10
11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, pe-
ri-urbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas
afetadaspor catástrofes. Diminuir substancialmente as perdas econômicas diretas
causadas por elas em relação ao PIB global, incluindo os desastres relacionados à
Por que implementar esta estratégia é importante? água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade
da valorização do solo. Importante lembrar que a expansão urbana ▸ Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI)
▸ Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)
só deve ser realizada em áreas aptas à ocupação urbana, e caso haja
▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
efetiva demanda por novas áreas. Além disso, esta expansão deve ser
integrada ao uso e ocupação do solo e orientada pelo planejamento de
Se no município existe demanda por habitação para outras Instrumentos do Plano Diretor
infraestruturas básicas e de transporte (para a redução da demanda por
faixas de renda e por usos não residenciais…
transporte de pessoas e de carga, das distâncias médias percorridas e do
Significa que no município: Macrozoneamento
número de viagens), de forma a incentivar uma cidade mais compacta. +
▸ pode prever zoneamento e macrozoneamento que comportem a
As áreas periurbanas podem ser mais bem exploradas, valorizando instalação de usos residências nas frentes de expansão urbana;
Projetos Específicos de Expansão
a mão-de-obra local e o uso sustentável para o espaço do entorno Urbana (PEEU)
▸ possui mercado imobiliário e necessidade de expansão urbana
imediato ao urbano, revertendo em benefícios para a comunidade lo- em áreas aptas a isso e que podem ser transformadas de rural Zoneamento: zoneamento no
para urbana. perímetro urbano
cal, equacionando o problema da moradia e gerando emprego, além de
Outorga Onerosa de Alteração de
frear a expansão urbana e preservar as características socioambientais.
Uso (OOAU)
Sistema de saneamento
ambiental
Sistema de Equipamentos
A GESTÃO DA VALORIZAÇÃO DO SOLO trata da necessidade de recuperar Públicos
e redistribuir parte da valorização fundiária para o conjunto da sociedade. Seu
objetivo é reduzir as desigualdades socioterritoriais e fortalecer a gestão parti- Sistema de mobilidade
cipativa, garantindo que a sociedade seja envolvida na discussão sobre a desti- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
nação dos recursos obtidos e dos demais investimentos públicos. Veja também
o termo recuperação da valorização da terra. ▸ Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI)
▸ Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Como garantir que o desenvolvimento urbano nas franjas entre o urbano e o rural ocorra de maneira
sustentável, sem comprometer a continuidade das atividades rurais ou o meio ambiente?
▸ Mapeamento de uso do solo, indicando a presença de:
▹ usos rurais e urbanos
▹ assentamentos precários nas áreas rurais
▹ loteamentos não regularizados de moradia popular ou outras rendas
▹ atividades industriais e extrativistas
▹ áreas de risco e áreas ou rede hídrica contaminadas
▹ Avaliação da infraestrutura existente ou necessária à expansão
▸ Mapa de serviços ecossistêmicos: Levantamento das áreas que possuem funções ecossistêmicas no
território, buscando delimitar as áreas responsáveis pelos principais SE identificados no território. Ver
levantamento complementar -Mapeamentos condições ambientais e serviços ecossistêmicos (link)
Quais são a localização e o perfil (morfologia e renda) dos lançamentos de loteamentos no município?
▸ Mapa identificando lançamentos dos último dez anos – verificar alvarás de edificação nova e de aprova-
ção de novos loteamentos → [para todo o município]
Qual é a demanda por moradia de baixa renda no município?
Quantas unidades são necessárias e qual deve ser a tipologia produzida no município ou associado a
programas habitacionais que atente a essa faixa de renda?
▸ Identificação do déficit e da demanda futura por moradia
▸ Identificação de outros usos ou demandas por equipamentos ou usos não residenciais
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social. A participação da so-
ciedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases
de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização
Por que implementar esta estratégia é importante? ▸ Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE)
da produção de agricultura familiar local e visando garantir condições ▸ Mapas e dados identificando as principais destinações e formas de transporte dos produtos agropecuá-
rios, da extração vegetal e da exploração mineral.
de abastecimento e a segurança alimentar no município . É necessário ▸ Mapas identificando o perfil do solo, do ponto de vista geotécnico e da produção agrícola.
ainda adotar práticas mais sustentáveis como agricultura regenerativa
Há áreas propícias ao incentivo ou desenvolvimento da agricultura familiar?
e a restauração ecológica, incorporando zonas úmidas e de várzeas, de ▸ Mapas identificando as áreas com importantes recursos naturais preservados e com capacidade de re-
forma a manter e expandir as reservas de água e de áreas verdes. cuperação.
2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em parti-
cular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
14.5 Até 2020, conservar pelo menos 10% das zonas costeiras e marinhas, de acordo
com a legislação nacional e internacional, e com base na melhor informação cientí-
Por que implementar esta estratégia é importante?
fica disponível
Se o município necessita prever ferramentas para dar uso Instrumentos do Plano Diretor
ao solo de importância ambiental, de modo a viabilizar sua
conservação…
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros Significa que o município: Macrozoneamento
▸ apresenta áreas ambientais com potencial de acolher atividades e Zoneamento: zoneamento no
usos sustentáveis, que contribuam para a preservação ambiental. perímetro rural
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social. A participação da so-
ciedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases
de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
PROBLEMÁTICA P07 P09 P17 P20 6.2 Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos
TEMA T02 T03 T05 T07 T12 para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as
necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de imóveis vazios e subutilizados
Quais são as áreas com maior densidade populacional no município? Que morfologia (tipologia) tem
gerado maior densidade e ocupação do solo?
▸ Mapa de densidade populacional por setor censitário versus mapa de morfologia predominante
▹ Como fazer?
▹ O cadastro de IPTU usualmente carrega informações sobre tamanho do lote e tipo da edificação que
pode contribuir para esta leitura da morfologia.
▹ Fotos aéreas e visitas de campo também podem contribuir para identificar áreas de morfologia si-
milar.
Pessoa moradoras, usuárias e movimentos por moradia ou de assistência social a população em si-
tuação de rua da região ou do bairro devem ser chamados a contribuir na construção desta leitura,
garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social. A participação da sociedade civil é
importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração
da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Em diversos municípios é comum a existência e a disseminação de sítios Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
de recreio ou chácaras de lazer nas áreas rurais, periurbanas ou mesmo
em áreas urbanas. No caso de áreas rurais é importante lembrar que Se no município existem áreas com predominância de chácaras Instrumentos do Plano Diretor
de lazer e sítios de recreação, sem função produtiva…
sítios ou chácaras não podem ter área menor que a fração de parcela-
mento mínima (FPM) estabelecida pelo módulo rural da respectiva le- Significa que essas áreas: Zoneamento: zoneamento no
▸ são regulares ou irregulares em relação ao parcelamento em que perímetro rural
gislação estadual.
se inserem, (localizada no perímetro rural ou urbano) Macrozoneamento
▸ afetam áreas ambientalmente sensíveis.
É importante compreender o uso real do território, isto é, identificar
uma área que não é urbana, mas que já deixou de ser rural por não ha- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
ver agricultura convencional, pois isso não isenta o município de tra- ▸ Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
çar diretrizes para esta e outras áreas. As chácaras de lazer ou turismo
que não possuem produção agrícola são consideradas uso urbano e
devem ser aprovadas pelo INCRA, que somente irá permiti-las caso:
a) sejam próprias para a localização de serviços comunitários das Análises complementares sugeridas
áreas rurais circunvizinhas, por suas características e situação; b) se-
jam oficialmente declaradas zona de turismo ou caracterizadas como A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
de estância hidromineral ou balnearia; c) comprovadamente tenham
Qual é a estrutura fundiária das áreas rurais? Quais são as áreas que efetivamente possuem produção
perdido suas características produtivas, tornando antieconômico o
agrícola?
seu aproveitamento. Ao pensar no Macrozoneamento ou no Zonea- ▸ Mapa de cadastro fundiário rural
mento das áreas rurais, o município pode apontar em suas diretrizes
Como se dá a produção agrícola na região e no município?
os usos que devem ser incentivados ou proibidos, identificando clara-
▸ Mapa e dados identificando a estrutura das propriedades imobiliárias rurais com atividades agropecuá-
mente as áreas onde tais usos serão permitidos ou não. É importante rias, de extração vegetal e de exploração mineral, caracterizadas quanto ao preço da terra, grau de con-
lembrar que as chácaras de lazer constituem uma apropriação priva- centração fundiária e perfil de arrendamento.
da do espaço agrícola – usualmente destinadas às rendas médias e ▸ Mapa de cadastro fundiário rural.
▸ Mapa de Serviços Ecossistêmicos: Levantamento das áreas que possuem funções ecossistêmicas no
altas – que deveria ter função produtiva, desta forma, é importante território, buscando delimitar as áreas responsáveis pelos principais SE identificados no território. Ver
garantir também áreas que permitam a produção agrícola sem con- levantamento complementar.
corrência com empreendimentos imobiliários que acarretam valori-
zação do solo. Os dados secundários devem ser complementados pelas informações de associações e movimentos
rurais, bem como de representantes dos setores de abastecimento no município, incluindo os setores
públicos de compras para escolas municipais. A participação da sociedade civil é importante não ape-
nas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o
planejamento até a gestão democrática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
Por que implementar esta estratégia é importante? ▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
Contribui para as seguintes metas dos ODS Pessoas moradoras e usuárias das áreas em questão podem contribuir para a identificação dos vazios
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável urbanos e da qualidade da infraestrutura existente e devem ser chamadas a debater os problemas e
conflitos existentes no território, de forma a contribuir para o encaminhamento de soluções. A parti-
cipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
8.4 Melhorar progressivamente, até 2030, a eficiência dos recursos globais no con- todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
sumo e na produção, e empenhar-se para dissociar o crescimento econômico da de-
gradação ambiental, de acordo com o “Plano decenal de programas sobre produção e
consumo sustentáveis”, com os países desenvolvidos assumindo a liderança
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to- Verificar a demanda por equipamentos públicos
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, ▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
condição econômica ou outra ▸ Consultar população residente, identificando demandas por bairro.
Pessoas moradoras e usuárias das áreas em questão podem contribuir para a identificação dos vazios
urbanos e da qualidade da infraestrutura existente e devem ser chamadas a debater os problemas e
conflitos existentes no território, de forma a contribuir para o encaminhamento de soluções. A parti-
cipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos a habitação segura, adequada e a preço todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas
11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas,
peri-urbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvi-
mento
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais
Pessoas moradoras e usuárias das áreas em questão podem contribuir para a identificação dos vazios
urbanos e da qualidade da infraestrutura existente e devem ser chamadas a debater os problemas e
conflitos existentes no território, de forma a contribuir para o encaminhamento de soluções. A parti-
cipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
8.9 Até 2030, elaborar e implementar políticas para promover o turismo sustentável,
que gera empregos e promove a cultura e os produtos locais Análises complementares sugeridas
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Quais são os bens e imóveis de interesse de preservação municipais e tombados em outras instâncias? Há
no município manifestações ou usos culturais relevantes associados ao território em que se inserem?
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to- ▸ Mapa de bens e imóveis, conjuntos ou manifestações culturais de relevância para o município.
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra Qual a população residente ou usuária dos imóveis ou áreas identificadas?
▸ Identificar o perfil de renda, gênero, raça e faixa etária
▹ É importante garantir em especial que a cultura de grupos minoritários e/ou excluídos seja valorizada, e as-
sim que as comunidades tradicionais, população migrante, negra, indígena, LGBTQIA+ por exemplo tenha
seus direitos garantidos à preservação da sua memória e à reprodução das suas práticas e manifestações
culturais.
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural
do mundo Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro, bem como agentes e movimentos sociais devem ser
chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complemen-
tada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levanta-
mento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão
democrática cotidiana.
12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desen-
volvimento sustentável para o turismo sustentável, que gera empregos, promove a Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
cultura e os produtos locais SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
de padrões variados e/ou para usos não residenciais Significa que: Parcelamento, Edificação ou
▸ há vazios urbanos em áreas centrais ou dotadas de infraestrutura, Utilização Compulsórios (PEUC)
e que é preciso identificar quais imóveis estão vazios; Zoneamento: zoneamento no
PROBLEMÁTICA P11
▸ deve-se identificar bairros ou áreas consolidadas dotadas de in- perímetro urbano
TEMA T03 fraestrutura que podem receber maior adensamento construtivo
e/ou populacional.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
Por que implementar esta estratégia é importante? ▸ Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM)
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ Identificação do déficit e da demanda futura por moradia
▸ Identificação de outros usos ou demandas por equipamentos ou usos não residenciais
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Pessoas moradoras, usuárias e integrantes de movimentos por moradia da região ou do bairro devem
ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja comple-
mentada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de le-
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos a habitação segura, adequada e a preço
vantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a
acessível e aos serviços básicos e urbanizar as favelas
gestão democrática cotidiana.
O município não possui terra urbanizada disponível para Instrumentos do Plano Diretor
produção de unidades…
Significa que: Macrozoneamento
▸ há áreas vazias próximas às áreas urbanas que são passíveis de Projetos Específicos de Expansão
serem urbanizadas; Urbana (PEEU)
▸ é preciso buscar áreas de transição urbano-rural passíveis de con-
versão em áreas urbanas, ou seja, áreas sem restrições ambien-
tais e culturais ou de produção agrícola.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
É papel do poder público garantir o direito a cidades sustentáveis, en-
tendido aqui como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públi-
cos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações. É im-
portante que o Plano Diretor estimule um equilíbrio entre as formas de
desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social e humano da Se no município, existem áreas de uso predominante não Instrumentos do Plano Diretor
residencial…
cidade. Otimizar a utilização do território e da infraestrutura instalada
contribui para o cumprimento da função social da propriedade, ao mes- Significa que: Zoneamento: zoneamento no
▸ existem áreas onde há grande concentração de usos não residen- perímetro urbano
mo tempo que garante o direito à moradia e aos serviços urbanos, torna
ciais, mas com pouca moradia, acarretando períodos em que per-
as cidades mais inclusivas, mais seguras, e reduz a emissão de poluen- manecem vazias ou subutilizadas;
tes ao reduzir distâncias e facilitar os deslocamentos não motorizados. ▸ pode ser interessante prever obrigatoriedade ou incentivos urba-
A promoção do uso misto contribui para uma melhor distribuição das nísticos no zoneamento para usos residenciais, como por exemplo
atribuir percentual ou área mínima para uso residencial (inclusive
funções no território. de interesse social) em empreendimentos de uso não residencial;
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
Contribui para as seguintes metas dos ODS
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
8.5 Até 2030, alcançar o emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas as
mulheres e homens, inclusive para os jovens e as pessoas com deficiência, e remune-
ração igual para trabalho de igual valor
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de centralidades
▸ Mapa de equipamentos
▸ Mapa de densidade populacional por setor censitário, considerando renda, gênero, raça e faixas etárias
▹ Diversificar o uso do solo nas regiões de baixa renda e/ou com grande concentração de grupos vulnerabiliza-
dos, aproximando a moradia das ofertas de trabalho, ensino, serviços, lazer e comércios variados, é uma das
ferramentas para reduzir as desigualdades no acesso de mulheres, pessoas idosas, negras, indígenas, com
deficiência e LGBTQIA+ às oportunidades, diminuindo gastos com transporte, auxiliando sua vida cotidiana
e viabilizando sua autonomia.
Qual é a demanda por equipamentos públicos?
Verificar o alcance dos equipamentos existentes e as áreas deficitárias.
▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
▸ Consulta população residente, demandas por bairro.
Quais são as áreas de concentração de postos de trabalho?
▸ Mapa de uso do solo – usos não residenciais, usos polo de atração
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
9.1 Desenvolver infraestrutura de qualidade, confiável, sustentável e resiliente, in- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
cluindo infraestrutura regional e transfronteiriça, para apoiar o desenvolvimento ▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
econômico e o bem-estar humano, com foco no acesso equitativo e a preços acessí- ▸ Código de Posturas
veis para todos ▸ Plano Municipal de Arborização
▸ Plano Municipal de Iluminação Pública
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de centralidades
▸ Mapa de equipamentos
▸ Mapa de uso real do solo
Qual é o tempo médio de deslocamento entre casa e trabalho no município? Como está a distribuição de
postos de trabalho no território?
▸ Dados de deslocamento
▹ Censo – tempo habitual de deslocamento do domicílio para o trabalho principal versus situação do
domicílio – considerar gênero na leitura dos deslocamentos
▹ Mapa de concentração de postos de trabalho (usos não residenciais) e empreendimentos geradores
de tráfego
▹ Mapa de ciclovias e ciclofaixas existentes e previstas
▸ Rotas de acessibilidade
▹ Cruzamento dos equipamentos e das centralidades – desenho das rotas de acessibilidade
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
Além disso, é importante que sejam ouvidas e contempladas especialmente as demandas dos grupos
mais impactados pela baixa qualidade da microacessibilidade, como mulheres, idosos, pessoas com
restrições de mobilidade e ciclistas. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta
etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planeja-
mento até a gestão democrática cotidiana.
PROBLEMÁTICA P13 P15 P34 P35 P36
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo
montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.
TEMA T04 T05 T10
Por que implementar esta estratégia é importante? 11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos,
acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e
É possível fortalecer as áreas ambientais situadas ou próximas ao meio pessoas com deficiência.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
PROBLEMÁTICA P15 P41 P53
6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despe-
jo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo
TEMA T05 T10 T16 à metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancial-
mente a reciclagem e reutilização segura globalmente.
Enchentes e alagamentos podem ser sanados se a lógica de ocupação 11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço
do solo nas cidades brasileiras for alterada. A excessiva impermeabili- acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas.
zação do solo e a falta de áreas verdes permeáveis privadas e públicas 11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para
são parte importante deste problema que deve ser mitigado ou reverti- o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e
sustentáveis, em todos os países.
do e que pode, em alguns casos, depender de ações emergenciais, como
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas
as de reservatórios de retenção. As infraestruturas verdes e azuis são afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas
aliadas importantes no enfrentamento desta questão, que também causadas por elas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres
está profundamente relacionada às mudanças climáticas em curso. relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de
vulnerabilidade.
Nessa estratégia, apontamos para os instrumentos mais adequados a
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
serem previstos no Plano Diretor, visando sua regulamentação e aplica- prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros.
ção a cada caso.
Se, no município, os lotes privados e públicos possuem solo Instrumentos do Plano Diretor
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
excessivamente impermeabilizado…
Qual é o perfil de permeabilidade do solo urbano do município?
Significa que o município deve: Zoneamento: zoneamento no Qual é a disponibilidade de áreas verdes permeáveis abertas, para além das áreas permeáveis no interior
▸ prever maiores percentuais de permeabilidade do solo dentre perímetro urbano dos lotes privados?
seus parâmetros de uso e ocupação; Sistema de saneamento ▸ Mapa de uso e ocupação do solo indicando padrões de permeabilidade do solo:
▸ identificar áreas e equipamentos públicos que cumprem impor- ambiental ▹ identificar por zona quais os parâmetros mínimos de permeabilidade exigidos no Zoneamento (Lei de
tante função de saneamento ambiental e drenagem urbana; Uso e Ocupação do Solo);
Sistema de Áreas Verdes
▸ incorporar tecnologias e mecanismos de retenção e drenagem ▹ buscar identificar os padrões construtivos existentes na cidade, para estimar se os percentuais míni-
pluvial como obrigatoriedade para empreendimentos públicos e mos de permeabilidade são alcançados;
privados com parâmetros específicos (por exemplo, acima de de- ▹ identificar a área total verde permeável no município (parques, praças, canteiros, várzeas etc.).
terminada área construída total ou usos específicos). ▸ Mapa de áreas sujeitas a alagamentos e enchentes
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES ▸ Mapas indicando tendências de expansão urbana
▸ Mapa da rede municipal de drenagem urbana
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir no mapea-
mento das condições reais de gestão de drenagem no município, garantindo que a leitura técnica seja
Se o município deseja ampliar a oferta de áreas verdes para Instrumentos do Plano Diretor complementada pela social de forma articulada. A participação da sociedade civil é importante não
aumentar a permeabilidade geral do solo municipal… apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, des-
de o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Significa que no município: Sistema de saneamento
▸ existem áreas verdes privadas e públicas com potencial de serem ambiental
qualificadas e mantidas como áreas livres; Sistema de áreas verdes
▸ existem áreas recuperadas de contaminação ou de contenção de + Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
risco que podem ser convertidas em áreas verdes; Zoneamento: zoneamento no
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
▸ é possível incorporar parâmetros técnicos para melhoria de dre- perímetro rural instrumentos adaptados à sua realidade.
nagem em calçadas, leitos viários e canteiros urbanos, entre ou- Sistema de áreas verdes
tros. +
▸ pode haver áreas verdes privadas sobre as quais haja interesse Direito de preempção
municipal em manter ou ampliar a permeabilidade do solo.
Transferência do Direito de
Construir (TDC)
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano Municipal de Arborização Urbana
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
▸ Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)
▸ Leis orçamentárias municipais
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
PROBLEMÁTICA P15 6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo
TEMA T05 montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de áreas verdes
▹ se possuem regimentos de proteção
▹ se a propriedade é pública ou privada
▹ identificar as áreas com uso e sem uso
▹ identificar existência de equipamentos públicos nessas áreas
▹ identificar se as áreas possuem risco geotécnico ou contaminação
▹ verificar se existem povos tradicionais residindo nas áreas ambientais
▹ identificar padrões fundiários
Como o regime de chuvas e estiagens se apresenta no território? Há escassez de água? Há enchentes e
deslizamentos?
▸ Mapa de áreas de risco à vida.
▸ Mapa de sistema de drenagem e áreas sujeitas a alagamento.
▸ Mapa de temperaturas médias urbanas – verificar ilhas de calor.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Zoneamento Código de Obras e Edificações (COE)
▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Código de Posturas
▸ Plano Municipal de Arborização Urbana
▸ Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)
▸ Zoneamento Ecológico-Econômico
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos a habitação segura, adequada e a preço
acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas.
Por que implementar esta estratégia é importante? 11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis,
sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por
meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessi-
O planejamento deve abarcar aspectos de desenho urbano para garantir dades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com
que haja qualidade urbana e ambiental nos projetos de novos espaços deficiência e idosos
e formas, e para que as construções e seus entornos sejam funcionais. 11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável e as capacidades para
o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e
Um desenho urbano que agregue qualidade ao espaço público, agrupan-
sustentáveis em todos os países
do preocupações estéticas e funcionais, deve considerar a paisagem em 11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos,
que se insere, bem como as relações sociais de produção e apropriação acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e
dos espaços. pessoas com deficiência
Além disso, ele deve garantir parâmetros urbanísticos que assegurem 13.2 - Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamen-
uma forma urbana e arquitetura adaptadas às características climáticas tos nacionais
locais aproveitando, por exemplo, a ventilação natural e diminuindo a
demanda por energia para resfriamento. Ainda como estratégia de miti-
gação da mudança climática, o desenho urbano deve prever a criação e
expansão de áreas verdes em diferentes escalas (predial, rua, bairro, ci- Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
dade e município) como estratégia de redução da demanda por energia,
de aumento do conforto térmico local, de remoção de GEE e de fortale- Se o município deseja alterar ou determinar relações entre a Instrumentos do Plano Diretor
forma das edificações e os espaços públicos (como estruturas
cimento de serviços ecossistêmicos. viárias)…
Significa que deve: Zoneamento: zoneamento no
Largura das calçadas, acessibilidade, qualidade da iluminação, infraes- perímetro urbano
▸ pensar a morfologia das edificações (altura/gabarito máximo, re-
truturas verdes e azuis, conformação dos espaços públicos, relação da cuos, tipologias) a partir do dimensionamento das vias e calçadas, Parcelamento do Solo Urbano
altura das edificações e recuos, bem como usos, densidades, distribui- considerando características de insolação, ventilação, campo de
Sistema de mobilidade
ção e acesso aos equipamentos são condicionantes importantes na con- visão e circulação de pessoas; e/ou
▸ analisar o impacto da altura das edificações (existente ou máxi-
formação de desenhos urbanos capazes de dialogar com o território em ma) na paisagem natural e seu usufruto (por exemplo, a fim de
que se inserem. evitar sombreamento na praia ou bloquear vistas e ventilação de
áreas montanhosas); e/ou
▸ estabelecer relações entre forma construída, uso do solo e o tér-
reo das edificações.
Infraestrutura verde e azul é o nome dado ao conjunto de sistemas naturais da ▸ Analisar a proporção de incentivos ou exigência de uso de arquite-
cidade, relacionados às áreas verdes e às águas urbanas, integrando funções tura bioclimática, como construções com ventilação passiva e uso
ambientais, hidráulicas, paisagísticas e sociais contribuindo para benefícios de materiais apropriados que promovam maior conforto climáti-
ambientais e paisagísticos. A infraestrutura verde seriam as praças, parques, co e reduzam a necessidade do uso de energia para aquecimento
jardins e demais espaços abertos com árvores e vegetação que beneficiam o ou refrigeração.
microclima e a qualidade do ar e da água, a manutenção da permeabilidade do
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
46- Ver Guia Metodológico solo e a promoção da diversidade de habitats. A infraestrutura azul compreen-
para Implantação de de cursos d’água, lagos e lagoas, entre outros. São sistemas com potencial para ▸ Plano Municipal de Arborização Urbana
Infraestrutura Verde. FIPT, promover a integração, preservação e recuperação ambiental. Quando em ▸ Código de Posturas
2020.
áreas urbanas, são associados à equipamentos culturais, esportivos e de lazer46. ▸ Código de Obras e Edificações (COE)
▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)
▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de densidade populacional por setor censitário versus mapa de morfologia predominante
▹ Como fazer?
▹ O cadastro de IPTU usualmente carrega informações sobre tamanho do lote e tipo da edificação que
pode contribuir para esta leitura da morfologia.
▹ Fotos aéreas e visitas de campo também podem contribuir para identificar áreas de morfologia similar.
Que áreas podem ser integradas ou ampliadas de forma melhorar a qualidade urbana e ambiental
nos bairros?
▸ Mapeamentos do sistema de áreas verdes existentes e previstos.
▹ Praças, parques, arborização de vias e avenidas...
▹ Áreas verdes livres (públicas ou privadas) com potencial para compor o sistema de áreas verdes.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Contribui para as seguintes metas dos ODS Considerando faixas de renda, a que público as áreas que permanecem vazias se destinam?
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ Mapa de zoneamento vigente
▹ Lote mínimo, Coeficiente de Aproveitamento, taxa de ocupação…
▹ Avalie a efetiva demanda por moradia no território por faixas de renda, identificando o tipo de moradia
1.1 Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares, que cada faixa consegue acessar no município.
atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$ 1,90 por dia. ▸ Demanda futura por moradias e déficit habitacional por faixas de renda, gênero, raça e faixas etárias.
▹ O acesso à terra bem localizada e acompanhada de condições adequadas de saneamento, iluminação, mo-
bilidade, segurança, lazer e qualidade ambiental é um direito de toda a população, seja ela negra, branca,
indígena, jovem, idosa, PCD, LGBTQIA+... Incentivar o uso habitacional e priorizar o acesso dessa população
8.5 Até 2030, alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todas a áreas com concentração de empregos é condição para a redução da desigualdade de oportunidades entre
as mulheres e homens, inclusive para os jovens e as pessoas com deficiência, e remu- grupos historicamente excluídos e marginalizados, social- e territorialmente.
neração igual para trabalho de igual valor. ▸ Mapa de densidade populacional por setor censitário
Qual é a demanda por equipamentos públicos?
▸ Verificar o alcance dos equipamentos existentes e as áreas deficitárias.
▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
▸ Consultar população residente, identificando demandas por bairro.
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra Quais são as áreas que concentram postos de trabalho?
▸ Mapa de uso do solo – usos não residenciais, usos de polo de atração
PROBLEMÁTICA P17 P42
TEMA T05 T07 T12
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra.
Mulheres de baixa renda, chefes de família, mães-solo e demais pessoas que FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
exercem trabalho doméstico não remunerado seguem padrões de mobilidade
▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
diferentes, realizando mais viagens entre destinos, em consequência das jor-
▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
nadas múltiplas de trabalho. A redução do tempo de deslocamento, associada
▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
a eficácia do transporte público, contribui para o acesso à melhores oportu-
nidades de remuneração e para a diminuição do tempo dedicado ao trabalho
doméstico.
Se no município existe problema de mobilidade e insuficiência Instrumentos do Plano Diretor
no transporte coletivo…
Contribui para as seguintes metas dos ODS Significa que no município: Sistema de mobilidade
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ existem focos de congestionamento;
▸ há áreas sem cobertura de transporte coletivo;
▸ ocorre insuficiência ou não cobertura de outros meios de trans-
8.4 Melhorar progressivamente, até 2030, a eficiência dos recursos globais de con- porte utilizado pela população.
sumo e produção, e empenhar-se para dissociar o crescimento econômico da degra-
dação ambiental, de acordo com o “Plano decenal de programas sobre produção e FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
consumo sustentáveis”, com os países desenvolvidos assumindo a liderança
▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de centralidades
▸ Mapa de equipamentos
▸ Mapa de uso real do solo
Qual é o tempo médio de deslocamento entre casa e trabalho no município?
Como está a distribuição de postos de trabalho no território?
▸ Dados de deslocamento
▹ Censo – tempo habitual de deslocamento do domicílio para o trabalho principal versus situação do
domicílio.
▹ Mapa de concentração de postos de trabalho (usos não residenciais) e empreendimentos geradores
de tráfego.
Como é a integração modal dos transportes, a qualidade dos serviços prestados, o acesso ao sistema e a
cobertura da infraestrutura de transporte de pessoas?
▹ Distribuição de pontos de ônibus, terminais e modais de integração no território.
Pessoas moradoras e usuárias devem ser chamadas a contribuir na construção desta leitura, garan-
tindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A participação da
sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as
fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Tombamento Municipal
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
A dinamização das áreas centrais e históricas, incentivando usos habi- Se nestas áreas existe demanda por habitação de interesse Instrumentos do Plano Diretor
tacionais e atividades econômicas compatíveis com a preservação do social (HIS) ou presença de população de baixa renda…
patrimônio, é importante para controlar a expansão da mancha urbana, Significa que: Zonas Especiais de Interesse
garantindo um desenvolvimento urbano mais equilibrado. ▸ existe concentração de população de baixa renda e/ou em situa- Social (ZEIS): ZEIS em áreas vazias
ção de rua vivendo em condições precárias nestas áreas; +
Parcelamento, Edificação ou
▸ há demanda por novas moradias para a população de baixa renda,
Utilização Compulsórios (PEUC)
bem como vazios urbanos ou imóveis que podem ser reabilitados
ou construídos para abrigar HIS. Zonas Especiais de Interesse
Contribui para as seguintes metas dos ODS Social (ZEIS): ZEIS em áreas
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ocupadas consolidadas
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
▸ Plano de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
condição econômica ou outra.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Pessoas moradoras e usuárias da região central, bem como integrantes de movimentos sociais devem
ser chamadas a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja comple-
mentada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de le-
vantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a
gestão democrática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Tombamento Municipal
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra. Há comunidades tradicionais ou culturais no território? Onde se localizam?
Essas comunidades estabelecem relação com as áreas ambientais ou de preservação?
▸ Mapa de Unidades de Conservação
▹ Identificação das categorias de conservação
▹ análise dos planos de manejo
▸ Identificação das comunidades tradicionais e o território onde se inserem
▹ Processos de identificação e homologação
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural
do mundo. Pessoas das comunidades tradicionais e integrantes das áreas de entorno e das Unidades de Conser-
vação envolvidas devem ser chamadas a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a lei-
tura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A participação da sociedade civil é
importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração
da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
PROBLEMÁTICA P18 P49
12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desen-
TEMA T06 T15 volvimento sustentável para o turismo sustentável, que gera empregos, promove a
cultura e os produtos locais
Por que implementar esta estratégia é importante? Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
O patrimônio histórico e artístico nacional é constituído pelo conjun- Se a paisagem natural do município possui funções ambientais Instrumentos do Plano Diretor
ou ecológicas…
to de bens móveis e imóveis existentes no país cuja conservação seja
de interesse público, por sua vinculação a fatos históricos memorá- Significa que estas áreas: Zoneamento: zoneamento no
▸ possuem relevância ecossistêmica, seja por valores ecológicos li- perímetro rural
veis ou por apresentarem excepcional valor arqueológico, etnográfico,
gados à constituição da fauna e da flora local, seja pela prestação
bibliográfico ou artístico. Os monumentos naturais, os sítios e as pai- de serviços ambientais.
sagens são incluídos entre os bens possíveis, uma vez que se consta-
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
te a importância de sua conservação e proteção, pela feição notável
▸ Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)
com que foram dotados pela natureza ou agenciados pela indústria
▸ Plano de Manejo de Unidades de Conservação (PMUC)
humana. O valor de uma paisagem cultural decorre de sua função e
47. Ver Instituto do de sua capacidade de reter marcas e registros antrópicos, inclusive de Se a paisagem natural do município possui valor histórico e Instrumentos do Plano Diretor
Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, O atividades pretéritas47. Paisagens com funções preponderantemente cultural…
patrimônio natural no ecológicas são protegidas pela legislação de conservação da natureza, Significa que estas áreas: Zoneamento Especial
Brasil (Rio de Janeiro:
Iphan, 2004), disponível sob atribuição de órgãos ambientais. Paisagens de predominante va- ▸ são resultantes também da ação humana, registrando processos Zoneamento: zoneamento no
online.
lor histórico e cultural adotam a mesma legislação utilizada na prote- ou interação com a paisagem natural; perímetro rural
▸ possuem relevância por representarem ações ou marcas impor-
ção de bens móveis, edificados e de centros históricos urbanos.
tantes para a memória da cidade.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Tombamento Municipal
É importante garantir que a cultura de grupos minoritários e/ou excluídos seja
valorizada, e assim que os povos e comunidades tradicionais, população mi-
grante, negra, indígena, por exemplo tenha seus direitos garantidos à preserva- Análises complementares sugeridas
ção da sua memória e à reprodução das suas práticas e manifestações culturais.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Identificação e levantamento dos condicionantes que configuram a paisagem preservada ou de interes-
se de preservação.
▹ Mapa de Unidades de Conservação
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▹ Identificação das categorias de conservação
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ Análise dos planos de manejo
▹ Listagem e/ou mapa de bens tombados (nos vários níveis de governo) como patrimônio natural
4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades
necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros,
Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro, bem como movimentos sociais devem ser chama-
por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentá-
dos a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada
veis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não
pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da
e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
cultura para o desenvolvimento sustentável
crática cotidiana.
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de centralidades
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ Mapa de equipamentos
▸ Mapa de uso real do solo
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Qual é o tempo de deslocamento médio entre casa e trabalho no município? Como está a distribuição de
postos de trabalho no território?
9.2 Promover a industrialização inclusiva e sustentável e, até 2030, aumentar sig- ▸ Dados de deslocamento
nificativamente a participação da indústria no setor de emprego e no PIB, de acordo ▹ Censo – tempo habitual de deslocamento do domicílio para o trabalho principal versus situação do
com as circunstâncias nacionais, e dobrar sua participação nos países menos desen- domicílio
volvidos ▹ Mapa de concentração de postos de trabalho (usos não residenciais) e empreendimentos geradores
de tráfego
Pessoas moradoras e usuárias da região ou bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social. A participação da so-
ciedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa da estrutura fundiária do município
▸ Mapa de zoneamento e regras ocupação do solo vigentes (CA) e lançamentos imobiliários.
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável e as capacidades para
o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e
Pessoas moradoras, usuárias e integrantes de movimentos por moradia da região ou do bairro de-
sustentáveis em todos os países
vem ser chamadas a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja com-
plementada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de
levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até
a gestão democrática cotidiana.
Por que implementar esta estratégia é importante? Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
Para garantir o cumprimento da função socioambiental do território, é Se os impactos previstos ou existentes ocorrem na área urbana… Instrumentos do Plano Diretor
preciso avançar no controle da implantação de novos empreendimen- Significa que: Estudo de Impacto de Vizinhança
tos públicos e privados, condicionando-os a internalizar e minimizar os ▸ o município deve identificar quais tipos de empreendimento e ati- (EIV)
impactos sobre o ambiente urbano, o trânsito e o transporte. A partir da vidades causam impacto, seja em função do uso, seja em função
do porte;
análise dos impactos, é possível avaliar a pertinência da implantação do ▸ o município deseja ter instrumentos para viabilizar a adequada
empreendimento ou da atividade no local indicado, ou seja, avaliar se o implementação de empreendimentos que possam causar impac-
proposto está adequado ao local, considerando o meio no qual está inse- to no meio urbano;
▸ é possível fomentar a cooperação entre o ente privado e o setor pú-
rido. Além disso, a partir dessa avaliação é possível apontar formas para blico, requerendo contrapartidas relativas aos impactos previstos;
mitigar o impacto gerado, ou seja, minorar os efeitos do empreendimen- ▸ as contrapartidas demandadas podem articular ações de mitiga-
to ou da atividade no meio urbano, além de medidas compensatórias. ção e adaptação, além de melhorias urbanas e de infraestrutura
em geral.
Para que este processo seja efetivo, é fundamental engajar a população
residente e/ou frequentadora da região desde o início dos estudos para
implementação de empreendimentos de impacto, garantindo a partici- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
pação de todos os grupos locais. ▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
Contribui para as seguintes metas dos ODS Significa que: Estudo de Impacto Ambiental
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ o município deve identificar quais tipos de empreendimento e ati- (EIA)
vidades causam impacto, seja em função do uso, seja em função
do porte;
▸ estes empreendimentos e atividades também podem gerar im-
6.b Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a ges- pactos urbanos;
tão da água e do saneamento ▸ os impactos positivos e negativos de tais atividades e empreendi-
mentos devem ser previstos e analisados técnica e socialmente;
▸ o município pode fomentar a cooperação entre o ente privado e o
setor público, requerendo contrapartidas relativas aos impactos
previstos;
9.2 Promover a industrialização inclusiva e sustentável e, até 2030, aumentar sig- ▸ as contrapartidas demandadas podem articular ações de mitiga-
nificativamente a participação da indústria no setor de emprego e no PIB, de acordo ção e adaptação.
com as circunstâncias nacionais, e dobrar sua participação nos países menos desen-
volvidos FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Licenciamento Ambiental
▸ Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
▸ Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)
13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima ▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
e às catástrofes naturais em todos os países.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de equipamentos
▸ Mapa de lançamentos imobiliários – quantos lançamentos existem no município? Há demanda para pro-
dução e mercado imobiliário com grande atuação?
▸ Mapa de riscos climáticos
▹ Identificação das fontes emissoras de GEE no município
Como se classificam as atividades não residenciais (uso do solo) na legislação vigente?
Quais são os empreendimentos que geram incomodidade ou impacto sobre a estrutura urbana?
Lista de atividades e critérios (porte, tipo) e classificação, caso exista (Polo Gerador de Tráfego)
Pessoas moradoras, usuárias e integrantes de movimentos por moradia da região ou do bairro devem
ser chamadas a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja comple-
mentada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de le-
vantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a
gestão democrática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
O público alvo e as instituições relacionadas às atividades de pesquisa e tecnologia devem ser cha-
mados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja articulada com a
pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
crática cotidiana.
A maior parte dos municípios brasileiros possui bairros populares FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
com vias específicas onde se concentram as atividades comerciais, de ▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)
serviços e institucionais. A essas localidades dá-se o nome de centra- ▸ Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
lidades de bairro. Dinamizar as atividades econômicas já existentes
nessas áreas é importante para garantir sua vitalidade, diminuir a
necessidade de deslocamentos internos no município, fortalecer os
Se para fortalecer as atividades econômicas existentes é Instrumentos do Plano Diretor
empreendimentos populares instalados e assegurar que as oportuni- preciso promover a regularização desses usos …
dades sejam mais bem distribuídas. Existem também casos em que
Significa que: Zoneamento: zoneamento no
as centralidades urbanas (áreas centrais, principalmente) passaram perímetro urbano
▸ no município existem atividades econômicas que apresentam ir-
por um processo de esvaziamento populacional e de atividades eco- regularidades fundiárias, edilícias ou de uso;
nômicas, gerando grande concentração de vazios urbanos e de áreas ▸ é preciso promover a regularização das atividades para fortalecê-
subutilizadas ou degradadas que necessitam de transformações ur- -las, sobretudo aquelas populares e com iniciativa da população
de baixa renda;
banas estruturais. Interessados em empreender na área poderão in- ▸ o município deseja alterar as regras de uso do solo para acolher os
vestir diretamente e/ou pagar contrapartidas a serem geridas pelo usos econômicos populares existentes;
poder público, por exemplo a partir dos fundos municipais. ▸ após a regularização, será possível arrecadar os tributos munici-
pais pertinentes.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Regularização fundiária
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ Código de Obras e Edificações (COE)
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ Imposto Predial Territorial Urbano(IPTU)
▸ Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
1.1 Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares,
atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$ 1,90 por dia
Se o município apresenta lotes vazios ou subutilizados em áreas Instrumentos do Plano Diretor
dotadas de infraestrutura que deseja impulsionar o uso…
Significa que: Parcelamento, Edificação e
8.3 Promover políticas orientadas para o desenvolvimento que apoiem as atividades
▸ o município deve estimular a ocupação dos lotes vazios ou ociosos; Utilização Compulsórios (PEUC)
produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inova-
ção, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias em-
presas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros
Se o município possui boa estrutura de gestão e /ou mercado Instrumentos do Plano Diretor
imobiliário dinâmico…
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, Significa que: Operação Urbana Consorciada
condição econômica ou outra ▸ o município pode fomentar a concepção de projetos de reestrutu- (OUC)
ração urbana a partir de áreas subutilizadas.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham na região ou bairro devem ser chamadas a contribuir
na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social de forma
articulada. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
crática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
Por que implementar esta estratégia é importante? ▸ Regularização fundiária
▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)
▸ Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
Nem sempre as atividades econômicas existentes nos municípios ▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
brasileiros, sejam em áreas de interesse social, seja em áreas urbanas
consolidadas, estão regularizadas. Isso acaba impedindo que os em-
preendimentos locais, muitas vezes pequenos negócios familiares, Se as atividades econômicas existente no local são irregulares Instrumentos do Plano Diretor
do ponto de vista construtivo/edilício…
obtenham alvará de funcionamento da Prefeitura, ou mesmo crédito
bancário para ampliação de suas atividades, entre outros impeditivos. Significa que: Ver Ferramentas
▸ é necessário promover nessas áreas a regularização edilícia, apli- complementares
Garantir a permanência e o desenvolvimento desses negócios locais por
cando os instrumentais cabíveis, que podem ser complementares
meio da regularização (de uso, do edifício, da terra) é fundamental, pois ao Plano Diretor;
contribui tanto para a melhoria do desenvolvimento econômico do mu- ▸ após a regularização, será possível aplicar os tributos municipais
nicípio quanto para a arrecadação de impostos territoriais e de presta- pertinentes.
ção de serviços, como o ISSQN e o IPTU. FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
8.3 Promover políticas orientadas para o desenvolvimento que apoiem as atividades
produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inova-
ção, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias em-
presas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Existem atividades econômicas irregulares ocorrendo em áreas demarcadas como ZEIS? Em caso
afirmativo, verifique se estas áreas já possuem conselhos gestores.
Pessoas moradotas, usuárias e que trabalham na região ou o bairro, bem como integrantes de con-
selhos e representantes de segmentos econômicos devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social de forma articulada. A
participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas
em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidia-
na.
Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham na região ou bairro devem ser chamadas a contribuir
na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social.
10.3 Garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultado,
inclusive por meio da eliminação de leis, políticas e práticas discriminatórias promo-
vendo a legislação, políticas e ações adequadas a este respeito. Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
PROBLEMÁTICA P25
TEMA T08
Por que implementar esta estratégia é importante? Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
A propriedade rural, assim como a propriedade urbana, necessita cum- Se o município possui áreas demarcadas para uso rural pouco Instrumentos do Plano Diretor
produtivas, ou se não possui áreas suficientes para produção
prir sua função social. Evitar a ociosidade imobiliária ou a improdutivi- rural…
dade de terras agrícolas é essencial para a promoção de cidades mais
justas, em que o caráter especulativo da terra não se sobreponha às Significa que: Macrozoneamento
necessidades dos usos sociais (sejam eles produtivos, habitacionais, de ▸ o município apresenta a possibilidade de demarcar áreas novas para Estudo de Impacto Ambiental
uso rural, respeitando as condicionantes ambientais do território; (EIA)
sociabilidade, de lazer e contemplação etc.). Nesta estratégia, são apre- ▸ é possível estimular o desenvolvimento de atividades de produ-
sentados instrumentos referentes a essa necessidade de demarcação ção rural que prestem serviços ambientais.
de áreas para usos rurais, bem como a necessidade de prever os impac-
tos decorrentes dessas atividades sobre o meio ambiente. FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE)
▸ Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)
2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implemen- A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
tar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que
ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às Existe improdutividade da terra rural no município?
alterações climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e ▸ Mapa do uso do solo
outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo ▸ Mapa de vazios
Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham sa região ou bairro devem ser chamadas a contribuir na
construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
15.2 Até 2020, promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de
florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar subs-
tancialmente o florestamento e o reflorestamento globalmente Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
As atividades econômicas como um todo desempenham papel funda-
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
mental para a sobrevida das cidades, pois é por meio delas que se pro-
▸ Código de Posturas
move emprego, se faz circular a economia e as riquezas são geradas e ▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
distribuídas. Ao mesmo tempo, porém, é importante que o município ▸ Licenciamento Ambiental
regule os impactos dessas atividades sobre o território (ambiental e ▸ Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
sua mitigação e/ou contrapartidas. Nesta estratégia são apresentados Significa que: Estudo de Impacto
alguns mecanismos com essa finalidade, que podem ser inseridos no ▸ o município necessita de formas para regular essas atividades, a Ambiental (EIA)
Plano Diretor. fim de evitar contaminações e danos severos à paisagem natural Ver também o tema Grandes
do local; Projetos de Impacto
▸ as atividades extrativistas e os modelos de atividade rural preci-
O município pode fomentar a adoção de tecnologias e métodos de produção
sam ser avaliados tendo em vista a necessidade de preservação
com baixas emissões, e contribuir assim para o ganho de produtividade do
ambiental.
extrativismo, agricultura e agropecuária, sem deixar de instituir a redução ou
neutralização das emissões de GEE, por meio de políticas compensatórias e de FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
Captura e Estocagem de Dióxido de Carbono (CEC). A utilização de biodigesto-
res, economia verde, agricultura regenerativa, restauração ecológica e a pres- ▸ Licenciamento Ambiental
tação de serviços ecossistêmicos são alguns dos exemplos de ações que podem ▸ Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
contribuir para controlar seus impactos. ▸ Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)
▸ Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE)
6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despe- A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
jo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo
Qual é o impacto das atividades rurais e extrativistas sobre as áreas ambientais e sobre a área urbana?
à metade a proporção de águas residuais não tratadas, e aumentando substancial-
▸ Mapa de uso do solo
mente a reciclagem e reutilização segura globalmente
▸ Mapa do Sistema Ambiental
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo ▸ Mapa e análise dos riscos climáticos
montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos ▸ Inventário GEE
Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham na região ou bairro devem ser chamadas a contribuir
na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social.
12.5 Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da preven- A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
ção, redução, reciclagem e reuso mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
Contribui para as seguintes metas dos ODS Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham na região ou bairro devem ser chamadas a contribuir
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
1.2 Até 2030, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, mulheres e crian-
ças, de todas as idades, que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões, de acor-
do com as definições nacionais
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra
9.1 Desenvolver infraestrutura de qualidade, confiável, sustentável e resiliente, in- Já houve alguma empresa que se retirou do município pela incompatibilidade entre a infraestrutura
cluindo infraestrutura regional e transfronteiriça, para apoiar o desenvolvimento disponível e suas necessidades de desenvolvimento? Há efetiva demanda para implementação de
econômico e o bem-estar humano, com foco no acesso equitativo e a preços acessí- atividades e empresas no território?
veis para todos ▸ Mapa do uso do solo, indicando vazios urbanos em decorrência da saída de empresas
9.4 Até 2030, modernizar a infraestrutura e reabilitar as indústrias para torná-las ▸ Redes de infraestrutura de energia (elétrica, gás), água, telecomunicações disponíveis
sustentáveis, com eficiência aumentada no uso de recursos e maior adoção de tec- ▸ Mapa das condições do sistema de mobilidade
nologias e processos industriais limpos e ambientalmente corretos; com todos os A lei de uso e ocupação do solo vigente impede a instalação de atividades desejadas e possíveis em função
países atuando de acordo com suas respectivas capacidades da infraestrutura instalada?
▸ Mapa de zoneamento apontando áreas onde a lei permite atividades não residenciais e suas respectivas
categorias.
Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham na região, bem como potenciais agentes da iniciativa
Se é possível articular com agentes privados interessados na Instrumentos do Plano Diretor privada, devem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura téc-
firmação de uma parceria… nica seja complementada pela social de forma articulada. A participação da sociedade civil é impor-
Significa que: Consórcio Imobiliário tante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da
política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
▸ existem, no município, agentes da iniciativa privada com capaci-
dade de investimento;
▸ há no município um mercado imobiliário com certo dinamismo.
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
▸ Parceria Público Privado (PPP) instrumentos adaptados à sua realidade.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
Por que implementar esta estratégia é importante?
8.3 Promover políticas orientadas para o desenvolvimento, que apoiem as atividades Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inova- SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
ção, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias em-
instrumentos adaptados à sua realidade.
presas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)
▸ Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
Por que implementar esta estratégia é importante? ▸ Código de Posturas
Comerciantes, pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir
na construção desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
Contribui para as seguintes metas dos ODS mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável cotidiana.
8.5 Até 2030, alcançar o emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas as
mulheres e homens, inclusive para os jovens e as pessoas com deficiência, e remune- Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
ração igual para trabalho de igual valor
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
▸ Mapeamento da caracterização da população
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ Mapeamento das condições de moradia
▸ Mapa de grandes projetos de impacto existentes e previstos no território
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Qual é o perfil das áreas de expansão urbana? As direções desses vetores de expansão coincidem com as
direções de localização dos grandes projetos de impacto (existentes ou previstos)?
▸ faixas de renda da população residente dessas áreas
1.5 Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnera- ▸ condições de moradia
bilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos relacio- ▸ disponibilidade de recursos fundiários
nados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social.
9.1 Desenvolver infraestrutura de qualidade, confiável, sustentável e resiliente, in- A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
cluindo infraestrutura regional e transfronteiriça, para apoiar o desenvolvimento mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
econômico e o bem-estar humano, com foco no acesso equitativo e a preços acessí- cotidiana.
veis para todos
vulnerabilidade
PROBLEMÁTICA P29
TEMA T09 T16
16.7 Garantir a tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e representati-
va em todos os níveis
Por que implementar esta estratégia é importante?
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapeamento de evolução da ocupação do território
▸ Mapeamento da caracterização da população
▸ Mapeamento das condições de moradia
▸ Mapa das áreas suscetíveis a riscos geológicos e hidrológicos
▸ Mapeamento das ocorrências de desastres naturais
▸ Mapeamento dos crimes ambientais e demais infrações legais
▸ Mapa de grandes projetos de impacto
▸ Mapeamento dos riscos climáticos
Qual é o perfil das áreas de expansão urbana? As direções desses vetores de expansão coincidem com as
direções de localização dos grandes projetos de impacto (existentes ou previstos)?
▸ faixas de renda e perfil da população residente dessas áreas considerando ainda gênero, raça e faixas
etárias
▹ É extremamente importante engajar a população residente desde o início dos estudos para implementação
de projetos de impacto. Em especial para garantir que as demandas da população negra, indígena, jovem,
idosa, PCD, LGBTQIA+ e de baixa renda sejam contempladas, e que as intervenções ou contrapartidas sejam
efetivamente de interesse público.
▸ condições de moradia.
▸ disponibilidade de recursos fundiários.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a visão técnica seja complementada pela social.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo ▸ Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)
montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos. ▸ Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
▸ Licenciamento Ambiental
▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Os projetos de impacto existentes ou previstos possuem algum grau de relação direta em atividades
urbanas e usos ambientais? Verificar impactos:
▸ no sistema ambiental.
▸ no uso e ocupação do solo regional.
▸ nas áreas ocupadas por moradias e demais atividades urbanas.
▸ nos serviços ecossistêmicos.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
De que maneira as áreas extrativistas se relacionam com as áreas de preservação ambiental?
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural
do mundo É possível conciliar o desenvolvimento da atividade extrativista com o desenvolvimento social, urbano e
ambiental do município?
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
▸ Mapa de áreas extrativistas, cruzando com leituras das paisagens naturais.
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
▸ Avaliação dos possíveis impactos e das áreas de influência sobre áreas ambientalmente frágeis ou de
importância para o desenvolvimento urbano do município.
▸ Avaliação das emissões previstas de GEE para avaliar medidas mitigadoras.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro possivelmente afetados, bem como representan-
15.2 Até 2020, promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de
tes das empresas e dos órgãos de controle de atividades extrativistas devem ser chamados a contri-
florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar subs-
buir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de
tancialmente o florestamento e o reflorestamento globalmente
forma articulada. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levanta-
mento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão
democrática cotidiana.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
De que maneira as áreas industriais se relacionam com as áreas de preservação ambiental e com as áreas
urbanas no município?
▸ Mapa de empreendimentos cruzando com áreas de preservação e possíveis áreas de impacto no meio
urbano.
Como estas áreas impactam a quantidade de emissões de GEE geradas e que medidas alternativas
seriam apropriadas para mitigá-las, condicionando a aprovação desses complexos ao atendimento
de critérios para um desenvolvimento de baixo carbono.
Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham na região ou bairro devem ser chamadas a contribuir
na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de for-
ma articulada. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levanta-
mento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão
democrática cotidiana.
Portos, aeroportos, aeródromos e rodoviárias, entre outros, fazem ▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
parte da modalidade urbana de projetos de impacto de grande porte
relacionados à mobilidade de cargas e de pessoas. A presença destes
equipamentos conecta os municípios com a dimensão regional, na-
Se existe a necessidade de o município determinar microrregião, Instrumentos do Plano Diretor
cional e por vezes internacional, permitindo, inclusive, a geração de
bairro ou imóvel específico para implantação do equipamento
receitas no âmbito local. Ao mesmo tempo, por seu porte, pelo grau de impacto ou, ainda, se deseja adquirir áreas para este fim…
de emissão de poluentes (sobre o ar, sobre as águas ou sobre o solo),
Significa que: Zoneamento Especial
pela dimensão das fraturas urbanas que geram em seu entorno (rom- ▸ o município avaliou como pertinente para seu desenvolvimento +
pimento de conexões entre bairros, por exemplo) é preciso articular e Sistema de equipamentos
urbano a instalação desses equipamentos;
públicos
condicionar sua implementação considerando os efeitos sobre o teci- ▸ existe localização compatível com este fim na política de desen-
+
volvimento urbano existente, em revisão ou em formulação;
do urbano, bem como sobre o meio ambiente. Para a inserção destes Sistema de mobilidade
▸ o município precisa adequar o uso do solo para este tipo específi-
equipamentos em localizações coerentes, é preciso que eles sejam co de equipamentos e prever instrumentos para adquirir terreno Direito de Preempção
considerados na política de desenvolvimento urbano e ambiental do para sua construção, se for o caso.
município. Nesta estratégia, são indicados os instrumentais que po-
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
dem ser previstos no Plano Diretor para atender a este fim.
▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
Contribui para as seguintes metas dos ODS
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural
do mundo
Análises complementares sugeridas
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, pe- A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
ri-urbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento Que impactos são previstos com a instalação de novos equipamentos de transporte de grande impacto no
entorno imediato e na dinâmica urbana do município como um todo?
Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia? Quais são as localizações adequadas para esses equipamentos especiais?
▸ Mapa síntese cruzando o Sistema de Mobilidade, as localizações desejadas para os novos equipamentos
Se é necessário prever que a localização do equipamento seja Instrumentos do Plano Diretor de transporte e os mapas ambientais e de condição de moradia.
em macrorregião compatível com a função socioambiental do
território…
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
Significa que: Macrozoneamento desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
▸ o município precisa avaliar sua política territorial de desenvolvi- Sistema de mobilidade A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mento urbano, analisando se existe a possibilidade de abrigar tais mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
tipos de grandes projetos; cotidiana.
▸ o município deve, se desejar, planejar as diretrizes de ocupação
de suas áreas, adequando na lei aquelas que são mais pertinentes
para usos de grande impacto.
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana instrumentos adaptados à sua realidade.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
O município possui áreas com grande concentração de vazios ou imóveis subutilizados, degradados,
que necessitam de projetos específicos de transformações estruturais que acarretarão valorização
imobiliária?
▸ Mapa de sistemas - projetos estruturantes previstos no território.
▸ Mapa de vazios.
▸ Caracterizar a população moradora e usuária da área foco e entorno que seja objeto, identificando renda,
gênero, Faixa etária e raça
▹ O acesso à terra bem localizada, ou seja, à habitação próxima do trabalho e da escola e acompanhada de
condições adequadas de saneamento, iluminação, mobilidade, segurança, lazer e qualidade ambiental é,
ou deveria ser, um direito de toda a população, seja ela negra, branca, indígena, jovem, idosa, PCD, LGBT-
QIA+... Em especial os grupos minoritários e/ou excluídos devem ser engajados desde o início dos estudos
para requalificação urbana em parceria com a iniciativa privada, para garantir que suas demandas sejam
contempladas e que as intervenções resultantes sejam efetivamente de interesse coletivo.
Quantos lançamentos existem no município? Há demanda para produção e mercado imobiliário com
grande atuação?
▸ Mapa de lançamentos imobiliários: quantos lançamentos existem no município? Há demanda para pro-
dução e mercado imobiliário com grande atuação?
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
8.4 Melhorar progressivamente, até 2030, a eficiência dos recursos globais no con-
sumo e na produção, e empenhar-se para dissociar o crescimento econômico da de- Análises complementares sugeridas
gradação ambiental, de acordo com o “Plano decenal de programas sobre produção e
consumo sustentáveis”, com os países desenvolvidos assumindo a liderança A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Qual é o perfil das áreas ambientalmente degradadas no município e quais são as relações destas
com as formas atuais de crescimento urbano?
▸ Mapa de áreas ambientalmente frágeis e áreas ambientalmente degradadas, cruzando com mapas de
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive expansão urbana e de grandes empreendimentos de impacto.
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros ▹ identificar danos que já tenham ocorrido pela construção de empreendimentos sem respeito à legis-
lação ambiental;
▹ prever contrapartidas e regras para a construção de novos empreendimentos nessas áreas ou em
áreas de influência.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
15.1 Até 2020, assegurar a conservação, recuperação e uso sustentável de ecossiste-
mas terrestres e de água doce interiores e seus serviços, em especial florestas, zonas
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
úmidas, montanhas e terras áridas, em conformidade com as obrigações decorren- SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
tes dos acordos internacionais SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
PROBLEMÁTICA P33 P38 P46
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo
TEMA T09 T10 T13 montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.
As áreas de passivo ambiental e as áreas ambientalmente degradadas 11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural
de maneira geral precisam ser recuperadas para garantia do direito do mundo
constitucional ao meio ambiente equilibrado, preservando assim a 11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
vida silvestre e humana e contribuindo para a redução do risco de de-
sastres assim como para a mitigação e adaptação à mudança do clima.
Ao garantir formas de recuperar as áreas ambientais degradadas, o
município contribuirá para o cumprimento do direito a cidades sus-
tentáveis para as presentes e futuras gerações. Nesta estratégia, são
13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima
apresentados instrumentos que podem ser previstos nos Planos Dire- e às catástrofes naturais em todos os países
tores para este fim.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Se a recuperação das áreas ambientais degradadas passa pela Instrumentos do Plano Diretor Qual é o perfil das áreas ambientalmente degradadas no município e quais são as relações destas com as
definição de usos mais restritivos do uso do solo… formas atuais de crescimento urbano?
Significa que o município: Macrozoneamento ▸ Mapa de áreas ambientalmente frágeis e áreas ambientalmente degradadas, cruzando com mapas de
+ expansão urbana e grandes empreendimentos de impacto
▸ conhece a delimitação dessas áreas e reconhece a importância de ▹ identificar danos que já tenham ocorrido pela construção de empreendimentos sem respeito à legis-
Zoneamento
prever regras de uso e ocupação do solo para a recuperação delas; lação ambiental.
▸ pode planejar a recuperação dessas áreas de maneira articulada a ▹ prever contrapartidas e regras para a construção de novos empreendimentos nessas áreas ou áreas
uma estratégia ambiental para o município como um todo. de influência.
▹ Identificar áreas de riscos climáticos atuais e futuros.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização Pessoas moradoras, usuárias e que trabalham na região ou bairro devem ser chamadas a contribuir
▸ Plano de Manejo de Unidades de Conservação (PMUC) na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de for-
▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC) ma articulada.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)
▸ Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
As áreas de relevância ambiental para o município, sejam elas públi- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
cas ou privadas, devem ser preservadas, visando assegurar o direito ▸ Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)
constitucional ao meio ambiente equilibrado, à sustentabilidade dos
ecossistemas e à promoção de espaços urbanos mais adequados à
vida humana nas cidades. Nos casos em que essas áreas são privadas, Se o munícipio deseja preservar a área privada de importância Instrumentos do Plano Diretor
há de se considerar que elas prestam serviços fundamentais à cole- ambiental e possui um mercado imobiliário dinâmico…
tividade (serviços ecossistêmicos) e contribuem para a regulação da Significa que o município: Transferência do Direito de
qualidade de vida de todos e, por isso, também devem ser preserva- ▸ apresenta ou pretende implantar instrumentos de direito de Construir (TDC)
das. O Plano Diretor deve regular quais são essas áreas prioritárias a construção; Sistema de áreas verdes
serem protegidas e pode também prever formas de incentivar os as ▸ apresenta mercado imobiliário com demanda para aquisição de
potencial construtivo adicional.
pessoas proprietárias dessas áreas a manterem imutáveis suas condi-
ções ambientais, o que é tratado nesta estratégia.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
15.1 Até 2020, assegurar a conservação, recuperação e o uso sustentável de ecossis-
temas terrestres e de água doce e seus serviços, em especial, florestas, zonas úmidas,
montanhas e terras áridas, em conformidade com as obrigações decorrentes dos
acordos internacionais
15.4 Até 2030, assegurar a conservação dos ecossistemas de montanha, incluindo a Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
sua biodiversidade, para melhorar a sua capacidade de proporcionar benefícios que SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
são essenciais para o desenvolvimento sustentável SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
PROBLEMÁTICA P34 P46 P49 P51
15.7 Tomar medidas urgentes para acabar com a caça ilegal e o tráfico de espécies
TEMA T10 T13 T15 da flora e fauna protegidas e abordar tanto a demanda quanto a oferta de produtos
ilegais da vida selvagem
15.9 Até 2020, integrar os valores dos ecossistemas e da biodiversidade ao planeja-
Por que implementar esta estratégia é importante? mento nacional e local, nos processos de desenvolvimento, nas estratégias de redu-
ção da pobreza e nos sistemas de contas
As áreas ambientais podem ser integradas ao desenvolvimento ur-
bano e econômico do município de maneira sustentável. Essa inte-
gração pode, inclusive, ajudar a preservar e a conservar essas áreas, Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
viabilizando sua sustentabilidade social, econômica e ambiental. É
essencial que esse desenvolvimento econômico esteja atrelado à va- Se as áreas ambientais podem receber atividades de turismo Instrumentos do Plano Diretor
ambiental…
lorização da cultura e saberes locais, à promoção da educação am-
biental e geração de renda para as comunidades tradicionais e grupos Significa que o município apresenta: Zoneamento: zoneamento no
▸ áreas ambientais com potencial de usos turísticos (turismo eco- perímetro rural
sociais vulnerabilizados. É importante que o Plano Diretor preveja es-
lógico); e/ou Sistema de áreas verdes
tratégias que visem a preservação ambiental de maneira articulada ▸ ambientais com potencial de usos relacionados à pesquisa, ao
ao desenvolvimento econômico sustentável, compreendendo o turis- manejo sustentável e a outros usos afins.
mo sustentável como uma potencialidade.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE)
▸ Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)
Uma das formas de incentivo à preservação é o selo Bandeira Azul, que consiste
em um prêmio ecológico, voluntário, concedido a praias, marinas e embarca-
ções de turismo. Para se qualificar para a Bandeira Azul, uma série de critérios
Análises complementares sugeridas
de gestão ambiental, qualidade da água, educação ambiental, segurança e
serviços, turismo sustentável e responsabilidade social devem ser atendidos,
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
mantidos e comprovados anualmente.
Qual o perfil das áreas ambientais e quais os interesses dos diversos agentes públicos e privados pela área?
▸ Mapa de áreas ambientais
▹ identificar localização em relação ao meio urbano
▹ verificar se essas áreas protegidas possuem plano de manejo
▹ verificar se existem interesses econômicos privados pela área
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▹ verificar se existem povos e comunidades tradicionais nas áreas ambientais
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▹ identificar padrões fundiários de propriedades dessas áreas
▹ se possuem regimentos de proteção
▹ verificar se há acesso a infraestrutura e equipamentos
8.4 Melhorar progressivamente, até 2030, a eficiência dos recursos globais no con-
sumo e na produção, e empenhar-se para dissociar o crescimento econômico da de- Sobre diálogos com agentes envolvidos:
gradação ambiental, de acordo com o “Plano decenal de programas sobre produção e ▸ Consultar a população residente, identificando demandas por bairro.
consumo sustentáveis”, com os países desenvolvidos assumindo a liderança ▸ Consultar os conselhos gestores dessas áreas, se houver.
Pessoas moradoras, usuárias, órgãos colegiados e grupos relacionados às atividades turísticas, bem
como pessoas que trabalham no setor, devem ser chamados a realizar a leitura das vocações e poten-
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas cialidades turísticas destas áreas. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta
afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planeja-
causadas por elas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres mento até a gestão democrática cotidiana.
relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de
vulnerabilidade
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
PROBLEMÁTICA P35
10.3 Garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultado,
TEMA T10 inclusive por meio da eliminação de leis, políticas e práticas discriminatórias promo-
vendo a legislação, políticas e ações adequadas a este respeito.
Se o município não dispõe de recursos públicos para a aquisição de Instrumentos do Plano Diretor
terrenos com este fim, e depende de parcerias ou compensações
ambientais para a realização dessas intervenções...
Significa que o município apresenta: Consórcio Imobiliário
▸ limitações orçamentárias para a aquisição de áreas; Sistema de áreas verdes
▸ mercado imobiliário com alguma dinâmica, possivelmente inte-
ressado no estabelecimento de parcerias com o poder público.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Parceria Público Privada (PPP)
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
▸ Licenciamento Ambiental
▸ Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Quais áreas poderiam ser adquiridas para serem transformadas em áreas verdes públicas?
▸ Mapa de áreas verdes públicas (municipais, estaduais ou da União) e áreas verdes privadas
▹ se estão localizadas em área com demanda social
▹ se estão localizadas em áreas com carência de áreas verdes
▹ se possuem regimentos de proteção
▹ identificar as áreas com uso e sem uso
▹ identificar se as áreas possuem risco geotécnico ou de contaminação
▹ verificar se existem povos tradicionais residindo nas áreas ambientais
▹ identificar padrões fundiários
▹ verificar se há acesso a infraestrutura e equipamentos
Qual a localização das áreas verdes públicas existentes e quais áreas são carentes de novas áreas
verdes públicas
▸ Avaliar perfil da população das áreas com carência de áreas verdes públicas em relação à renda, faixa
etárias, gênero e raça
▹ A população feminina, negra, indígena, jovem, idosa, PCD, LGBTQIA+ possui as mesmas condições de
acesso a parques, praças, equipamentos de contemplação e a demais benefícios ambientais como o
restante da população? Há demandas específicas de deslocamento, localização, horário de funciona-
mento, desenho urbano, entre outras que precisem ser consideradas para que as novas áreas verdes
sejam utilizadas por esses grupos?
Pessoas moradoras, usuárias , órgãos colegiados e grupos relacionados ao meio ambiente, às áreas
verdes, parques e áreas destinadas ao lazer devem ser chamados a contribuir sobre e leitura destas
áreas. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e lei-
turas, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrá-
tica cotidiana.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Contribui para as seguintes metas dos ODS Existe proximidade ou possibilidade de articular as áreas verdes do município com as contíguas de outros
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável municípios?
▸ Mapeamento regional e municipal das áreas verdes públicas (estaduais ou da União) e das áreas verdes
privadas.
▸ Mapeamento de serviços ecossistêmicos.
▸ Mapeamento do sistema hídrico.
6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo
montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos Como articular com demais agentes na construção de um plano articulado?
▸ no caso de metrópole, verificar se existe PDUI.
▸ consultar planos setoriais, projetos e investimentos previstos por secretarias responsáveis do município
e de municípios vizinhos.
▸ consultar pessoas proprietárias das áreas.
▸ verificar se existem comitês de bacias hidrográficas, corredores ecológicos/verdes ou outros tematica-
mente relevantes.
48. Para municípios inseridos no bioma Mata Atlântica, ver os Planos Municipais da Mata Atlântica (PMMA),
disponíveis online.
Por que implementar esta estratégia é importante? ▸ Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)
▸ Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI)
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
Para que os recursos hídricos – indispensáveis para a sobrevivência hu-
mana e, consequentemente, das cidades e de suas atividades – sejam
protegidos, é importante que as áreas verdes que se justapõem a esses Se o município possui interesse e está situado no entorno de Instrumentos do Plano Diretor
municípios também interessados na cooperação, visando uma
cursos d’água sejam preservadas. A articulação entre a proteção das articulação para garantir a segurança hídrica e uma política de
áreas verdes à proteção da rede hídrica municipal e regional torna-se, abastecimento e esgotamento …
então, de fundamental importância para garantir a segurança hídrica no Significa que o município: Sistema de áreas verdes
município. ▸ possui estrutura institucional para estabelecimento de consór-
cios públicos;
▸ está situado em uma rede de municípios com interesses e dificul-
dades comuns em termos de abastecimento de água, segurança
hídrica e saneamento.
Contribui para as seguintes metas dos ODS
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Consórcio público intermunicipal
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para
todos
6.5 Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os ní-
veis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado
Análises complementares sugeridas
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Como se dá a integração das áreas verdes com os recursos hídricos do município? Quais são os potenciais
de integração e utilização?
▸ Avaliar as áreas verdes ao longo dos recursos hídricos para identificar potencialidade de integração a um
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais Sistema Ambiental.
▸ Verificar justaposição ou integração de áreas verdes e recursos hídricos municipais e de municípios vizinhos.
▸ Verificar se a rede hídrica municipal é utilizada para fins de transporte.
▸ Verificar se existem comitês de bacias hidrográficas no nível regional.
▸ Mapeamento de serviços ecossistêmicos para, entre outros fins, avaliar a provisão de água pelas áreas
preservadas.
15.1 Até 2020, assegurar a conservação, recuperação e uso sustentável de ecossiste-
mas terrestres e de água doce interiores e seus serviços, em especial florestas, zonas Pessoas moradoras, usuárias e órgãos colegiados devem contribuir para a identificação das potencia-
úmidas, montanhas e terras áridas, em conformidade com as obrigações decorren- lidades de usos da rede hídrica municipal. A participação da sociedade civil é importante não apenas
tes dos acordos internacionais nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o
planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Além disso, a segurança hídrica pode ser ameaçada pela mudança do clima.
Significa que o município: Sistema de áreas verdes
Uma das formas de garantir a segurança hídrica municipal é fortalecen- ▸ apresenta áreas com nascentes e cursos d’água desprotegidos de Sistema de saneamento
do essas redes com preservação e integração das áreas verdes, que pro- matas ciliares ou distantes de áreas verdes; ambiental
tegem os cursos d’água e as nascentes com matas ciliares e promovem ▸ necessita promover articulação entre as áreas verdes do municí-
pio e a rede hídrica.
condições para a circulação ecológica (fauna, flora) no município. Nesta
estratégia, são abordadas soluções para essas questões que podem ser FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
previstas no Plano Diretor. ▸ Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE)
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
Contribui para as seguintes metas dos ODS Significa que o município: Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▸ apresenta um mercado dinâmico com produção de Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
empreendimentos com potencial de geração de im- +
pactos sobre o meio ambiente ou sobre o meio urbano; Zoneamento
▸ necessita estabelecer ritos e procedimentos para a rea- +
lização de licenciamento ambiental, prevendo impac- Sistema de saneamento ambiental
6.2 Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos
para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as tos, medidas de mitigação e contrapartidas. Parcelamento do Solo Urbano
necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano de Manejo de Unidades de Conservação (PMUC)
▸ Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização
▸ Licenciamento Ambiental
▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
7.1 Até 2030, assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis
a serviços de energia
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Quais são os vetores de expansão urbana atuais e quais são os conflitos destes com as áreas
ambientalmente frágeis? Onde estão os eixos de expansão urbana atuais e qual é a disponibilidade de
infraestrutura instalada nessas áreas?
▸ Análise do Perímetro Urbano e Mapeamento de Uso do Solo, indicando:
▹ Presença de usos rurais e urbanos
▹ Presença de assentamentos precários nas áreas rurais
▹ Presença de loteamentos não regularizados de moradia popular ou outras rendas
▹ Presença de atividades industriais e extrativistas
▹ Presença de áreas de risco, áreas ou rede hídrica contaminadas.
▹ Mapeamento dos serviços ecossistêmicos indicando os principais benefícios prestados aos municípios
pelas áreas ambientais
Pessoas moradoras, usuárias e órgãos colegiados devem contribuir para a identificação das poten-
cialidades e conflitos destas áreas. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta
etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planeja-
mento até a gestão democrática cotidiana.
▸ Regularização fundiária
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para ▸ Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
todos ▸ Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização
6.4 Até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os ▸ Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) (PMRR)
setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para en- ▸ Plano Municipal de Saneamento Básico
frentar a escassez de água, além de reduzir substancialmente o número de pessoas ▸ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
que sofrem com a escassez de água ▸ Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos
6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para
todos
6.5 Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os ní-
veis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço
acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para
o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e
sustentáveis, em todos os países
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais
PROBLEMÁTICA P47 P48 P55
TEMA T14 T17
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos,
acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e
pessoas com deficiência
Por que implementar esta estratégia é importante?
3.8 Atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, Significa que o município: Consórcio Imobiliário
o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e ▸ compartilha demanda por equipamento com outros municípios vizi- Transferência do Direito de
vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos nhos; Construir (TDC)
▸ apresenta a possibilidade de negociar a construção de equipamentos
intermunicipais, utilizando terrenos públicos de municípios vizinhos;
▸ possui vazios urbanos e apresenta a possibilidade de utilizar terreno
privado subutilizado;
▸ possui mercado imobiliário dinâmico, possibilitando utilizar instru-
4.2 Até 2030, garantir que todos as meninas e meninos tenham acesso a um desen- mentos que incidem sobre o direito de construir.
volvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-escolar, de FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
modo que eles estejam prontos para o ensino primário
▸ Abandono da Propriedade Urbana Particular
▸ Consórcio Público Intermunicipal
▸ Parceria Público Privada (PPP)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Qual é a necessidade de equipamentos públicos no município? Qual é a espacialização dessa demanda?
Quais são as necessidades de recursos fundiários para atender a este fim?
▸ Mapa do Sistema de Equipamentos Públicos existente;
▸ Mapa de vazios urbanos no município, indicando:
▹ tamanho do lote ou imóvel
▹ se há acesso à infraestrutura
▹ se possuem dívidas de IPTU
Avaliar se será preciso recorrer a instrumentos para aquisição de terras. Cruzar a espacialização com os
objetivos do Macrozoneamento, previsto na elaboração do Plano Diretor.
▸ Sobre demanda por equipamentos públicos
▹ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
▹ Consultar a população residente, identificando demandas por bairro.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A
participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas
em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
Analisando esses dados, avalie quais são os possíveis impactos, e se estas atividades já estão contempladas
nos instrumentos de EIV ou EIA
Há demandas específicas de deslocamento, localização, horário de funcionamento, desenho urbano e aces-
sibilidade?
▸ Consultar planos setoriais e secretarias responsáveis.
▸ Consultar a população residente, identificando demandas por bairro. Caracterizar a demanda por renda,
gênero, raça e faixa etárias.
Pessoas moradoras do entorno e usuárias devem contribuir para a identificação das demandas por
equipamentos de transporte na cidade. A participação da sociedade civil é importante não apenas
nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o
planejamento até a gestão democrática cotidiana.
demais pessoas que analisam e manifestam os interesses coletivos ▸ os planos regionais trazem diretrizes que devem ser avaliadas e
articuladas pelo município em seu Plano Diretor, especialmente
da população de uma determinada região turística. Esta integração Zoneamento Especial
em seu rebatimento territorial;
viabiliza aprimorar processos, levantar informações de mercado, de- ▸ já existem temas ou propostas de articulação regional (sanea-
finir públicos, criar infraestruturas, testar roteiros turísticos, articular mento, preservação, resíduos sólidos, turismo).
distintas pessoas agentes em cada localidade e entre elas e, sobre- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
tudo, planejar o trabalho. Pensar e articular as estratégias regionais ▸ Consórcio Público Intermunicipal
de desenvolvimento turístico potencializa as atuações e viabiliza ao
Plano Diretor incorporar estratégias e diretrizes que sejam compatí- Análises complementares sugeridas
veis com a visão de futuro desejada para o desenvolvimento de um
turismo sustentável. A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Onde estão localizadas e qual é o perfil das áreas de interesse turístico regional? Quais são os tipos de articu-
lação existentes entre municípios e/ou entre entes da federação para o desenvolvimento turístico da região?
▸ Mapa de áreas e atividades de interesse turístico regional
▹ mapear as áreas e as atividades de interesse turístico regional, bem como o tipo de turismo existente
Contribui para as seguintes metas dos ODS ou a ser desenvolvido;
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ▹ identificar os municípios nos quais as áreas de interesse turístico se situam e os municípios envolvidos
diretamente com a gestão e os benefícios turísticos de tais áreas;
8.3 Promover políticas orientadas para o desenvolvimento, que apoiem as atividades ▹ caso sejam áreas naturais ou protegidas, verificar se já possuem instrumentos de planejamento ambien-
produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inova- tal;
ção, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias em- ▹ verificar se existem povos e comunidades tradicionais residindo nessas áreas de interesse turístico
presas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros regional;
▹ identificar em que municípios se localizam os principais equipamentos, serviços e infraestruturas de
8.9 Até 2030, elaborar e implementar políticas para promover o turismo sustentável,
apoio à atividade turística (hospedagem, alimentação, mobilidade etc.);
que gera empregos e promove a cultura e os produtos locais
▹ verificar se há consórcios intermunicipais ou interfederativos para desenvolvimento turístico ou de
outros temas correlatos.
Pessoas moradoras, usuárias, órgãos colegiados e grupos relacionados às atividades turísticas devem
12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desen- ser chamados a realizar a leitura das vocações e potencialidades turísticas da região na qual o município
volvimento sustentável para o turismo sustentável, que gera empregos, promove a está inserido, além de contribuírem para identificação de fragilidades e demandas por infraestrutura e
cultura e os produtos locais equipamentos de apoio. Ou seja, neste caso, a participação de agentes ligados a diversos municípios é
fundamental, e esta articulação costuma ser um desafio para o poder público. A participação da socie-
dade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de
elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
PROBLEMÁTICA P50
TEMA T15
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos,
acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e
pessoas com deficiência
Por que implementar esta estratégia é importante?
É importante ressaltar que, embora o turismo contribua para a valo- FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
rização e preservação do patrimônio cultural, também pode ser um ▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
vetor para sua descaracterização e destruição. Transformações estru- ▸ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
▸ Plano Municipal de Saneamento Básico
turais, muitas vezes fomentadas por empreendimentos-âncora que
visam modificar o uso no território podem causar especulação imobi-
liária, expulsando os es tradicionais e alterando a paisagem. Os possí-
veis impactos negativos devem ser reconhecidos e equacionados com Se o município possui equipamentos de atração turística que Instrumentos do Plano Diretor
necessitam de uma melhor articulação com o tecido urbano…
o planejamento e com a observação das diretrizes legais para o desen-
volvimento da atividade turística envolvendo o patrimônio cultural. Significa que: Sistema de mobilidade
▸ há equipamentos e/ou atividades que são polo de atração cultu- Sistema de equipamentos
ral e/ou turística e que necessitam de melhorias de mobilidade, públicos
qualidade urbana e acessibilidade; e/ou
Sistema de centralidades
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ por serem equipamentos que atraem público, podem constituir
centralidades a serem adensadas e economicamente desenvol- Zoneamento: zoneamento no
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável perímetro urbano
vidas
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
8.9 Até 2030, elaborar e implementar políticas para promover o turismo sustentável,
▸ Código de Posturas
que gera empregos e promove a cultura e os produtos locais
▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
▸ Plano Municipal de Turismo
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de centralidades
▸ Mapa de equipamentos
▸ Mapa de mobilidade e acessibilidade
Quais são os atrativos turísticos existentes no município? Existem ou estão previstos atividades e/ou
equipamentos considerados âncora no desenvolvimento turístico?
▸ Inventário das atividades e dos equipamentos turísticos
▸ Quantificação de fluxo e frequência – considerar sazonalidade.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como movimentos sociais, devem ser cha-
mados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada
pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
crática cotidiana.
12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desen- Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
volvimento sustentável para o turismo sustentável, que gera empregos, promove a SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
cultura e os produtos locais SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como movimentos sociais e agentes envol-
8.9 Até 2030, elaborar e implementar políticas para promover o turismo sustentável, vidos no tema, devem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura
que gera empregos e promove a cultura e os produtos locais técnica seja complementada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas
nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o
planejamento até a gestão democrática cotidiana.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Plano Municipal de Turismo
▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos,
PROBLEMÁTICA P51
acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e
TEMA T15 pessoas com deficiência
O segmento turístico de sol e praia tem sido associado ao turismo de Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
massa por concentrar um grande número de pessoas na mesma épo-
ca do ano e em um só lugar. As altas taxas de sazonalidade implicam Se o município possui grande número de domicílios de uso Instrumentos do Plano Diretor
ocasional ou de veraneio…
em uma demanda concentrada nos meses de verão ou de estiagem
(no caso das praias fluviais) e em períodos de férias escolares ou feria- Significa que: Zoneamento: zoneamento no
▸ o número de domicílios ocasionais é alto no município; e/ou perímetro urbano
dos prolongados. É importante desenvolver estratégias para diminuir
▸ há áreas ou bairros específicos com predominância de domicílios
os impactos da sazonalidade, por exemplo por meio da diversifica- de uso ocasional;
ção de atividades complementares tais, como eventos, atividades ▸ pode haver menos atividades de hospedagem no município (ho-
náuticas etc., a fim de garantir a ocupação da oferta de infraestrutu- téis, pousadas, campings) do que a demanda turística;
ra turística de forma sustentável. Os domicílios de uso ocasional ou
de veraneio são moradias usadas ocasionalmente, remanescendo FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
ociosas na maior parte do ano. Diversos municípios apresentam altos
▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
índices de domicílios de veraneio ocupando áreas dotadas de infraes- ▸ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
trutura e equipamentos públicos, acarretando valorização imobiliária
e expulsando a população efetivamente residente para áreas distan-
tes, muitas vezes precárias, o que implica uma maior necessidade
de investimentos do poder público. É importante compreender esta
dinâmica e pensar em estratégias que garantam a função social da Se no município é alto o número de domicílios ocasionais em Instrumentos do Plano Diretor
áreas dotadas de infraestrutura e equipamentos, enquanto há
propriedade, assegurando reserva de terra para a população de baixa população de baixa renda residindo em áreas afastadas e/ou
renda e uma ocupação mais adequada da terra urbana dotada de in- precárias…
fraestrutura.
Significa que: Zona Especial de Interesse
▸ há áreas vazias ou subutilizadas onde há concentração de domi- Social (ZEIS): ZEIS ocupadas
cílios vagos; consolidadas e ZEIS em áreas
▸ há demanda por habitação de interesse social (HIS) no município. vazias
Parcelamento, Edificação ou
Utilização Compulsórios (PEUC)
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas atreladas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Onde há concentração de domicílios de uso ocasional?
▸ Mapa de usos ocasionais
▹ A partir de sites de empresas de locação por temporada é possível identificar áreas que concentram
imóveis para veraneio
▹ Dados do IBGE sobre domicílios de uso ocasional
Como são os serviços de hospedagem do município? Quais as tipologias existentes e onde estão
localizados? Existem picos de demanda e/ou déficit de vagas?
▸ Mapa de atividades de hospedagem
▹ A partir do Cadastro de ISS, é possível identificar perfil de atividades.
▹ A partir do cadastro de atividades municipal é possível verificar os alvarás de hotéis, pousadas,
campings e outros.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
8.9 Até 2030, elaborar e implementar políticas para promover o turismo sustentável,
▸ Para identificar as potencialidades de desenvolvimento do turismo de negócios e eventos, é preciso
que gera empregos e promove a cultura e os produtos locais
avançar na compreensão de suas potencialidades, dentre as quais sugerimos:
▹ Áreas de referência técnica, científica e industrial (universidades, centros de pesquisa etc.);
▹ Setor de comércio e indústria, com potencial para a realização de feiras;
▹ Estruturas e serviços especializados para realização de encontros com qualidade;
▹ Acesso e logística de deslocamento para dar apoio aos eventos;
▹ Rede e serviços de hospedagem e de comunicações;
▹ Condições de segurança;
▹ Instâncias e espaços de articulação entre o poder público e o setor privado.
12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desen- Pessoas moradoras, usuárias, comerciantes, e agentes relacionados às atividades turísticas, devem
volvimento sustentável para o turismo sustentável, que gera empregos, promove a ser chamados a contribuir na construção desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja comple-
cultura e os produtos locais mentada pela social. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de le-
vantamento e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a
gestão democrática cotidiana.
PROBLEMÁTICA P54
TEMA T17
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Qual é a percentagem de imóveis não classificados como lotes fiscais no município?
▸ Mapa de quadras e lotes fiscais
▹ Localização dos imóveis não classificados como fiscais, onde ainda não incidem os impostos territo-
riais e prediais.
▸ Confira se os dados sobre a área construída dos imóveis no cadastro imobiliário municipal estão atuali-
zadas.
Pessoas moradoras e que trabalham no município devem contribuir para a identificação das deman-
das e para a definição da política tributários, bem como de aplicação de recursos no município. A par-
ticipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
PROBLEMÁTICA P54
TEMA T17
17.1 Fortalecer a mobilização de recursos internos, inclusive por meio do apoio inter-
Por que implementar esta estratégia é importante? nacional aos países em desenvolvimento, para melhorar a capacidade nacional para
arrecadação de impostos e outras receitas
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Existe grande discrepância entre os preços de mercado e os valores identificados na PGV do município?
▸ Mapa de quadras e lotes fiscais e Planta Genérica de Valores (se existente)
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ Comparar com pesquisa de mercado sobre preços praticados comercialmente
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Pessoas moradoras e que trabalham no município devem contribuir para a identificação das deman-
das e para a definição da política tributário, bem como na aplicação de recursos no município. A parti-
cipação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em
1.a Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de
todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, para
proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento,
em particular os países menos desenvolvidos, implementem programas e políticas
para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
PROBLEMÁTICA P54
TEMA T17
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
Não me enquadro em nenhuma das hipóteses apresentadas. O que fazer?
condição econômica ou outra.
SUGESTÃO 1 Verifique se as questões levantadas não estão contempladas em outras problemáticas do tema que você está desenvolvendo.
SUGESTÃO 2 Caso você tenha uma especificidade não contemplada, procure desenvolver um circuito completo com estratégias e
instrumentos adaptados à sua realidade.
PROBLEMÁTICA P55
TEMA T17 17.1 Fortalecer a mobilização de recursos internos, inclusive por meio do apoio inter-
nacional aos países em desenvolvimento, para melhorar a capacidade nacional para
arrecadação de impostos e outras receitas
17.17 Incentivar e promover parcerias públicas, público-privadas e com a sociedade
Por que implementar esta estratégia é importante? civil eficazes, a partir da experiência das estratégias de mobilização de recursos des-
sas parcerias
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
10.4 Adotar políticas, especialmente fiscal, salarial e de proteção social, e alcançar ▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
progressivamente uma maior igualdade ▸ Leis orçamentárias municipais
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Quais são as localidades mais valorizadas pelo mercado imobiliário no município?
Quais são os potenciais construtivos praticados em média pelos projetos imobiliários no município?
Quais são os potenciais construtivos máximos autorizados pela lei vigente?
▸ Mapa de lançamentos imobiliários identificando: tamanho do lote, Coeficiente de Aproveitamento uti-
lizado, Tipologia e uso.
▸ Avaliar valores da Planta Genérica de Valores
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Existem áreas ociosas no município, dotadas de infraestrutura?
Existe interesse do mercado pelo desenvolvimento dessas áreas? Há contrapartidas sociais, ambientais e
urbanísticas que podem ser financiadas pelos agentes privados para qualificação da área?
▸ Identificação de áreas ociosas com interesse e potencial de transformação
▸ Avaliação de obras de melhorias ou de infraestrutura existente ou necessária para viabilização de sua
transformação.
▸ Avaliação da capacidade de gestáo da equipe de processos urbanísticos complexos.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, assim como integrantes de movimentos sociais
ou de conselhos e agentes econômicos interessados devem ser chamados a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela leitura comunitária de forma
articulada. A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento
e leituras, mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão demo-
crática cotidiana.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Como os órgãos colegiados influenciam a política urbana e ambiental no município?
▸ Caracterização dos órgãos colegiados existentes
▹ para os órgãos consultivos, quantificar se as opiniões e os pareceres dos conselhos têm sido acatados
pelos poderes Executivo e Legislativo;
▹ para os órgãos deliberativos, identificar quais temas e/ou processos têm sido tratados e, caso haja, que
outros temas deveriam ser tratados;
▹ verificar se os órgãos colegiados com fundo relacionado têm sido mais ativos;
▹ verificar como é a inserção dos órgãos colegiados nos procedimentos administrativos relacionados ao
tema (por exemplo, quais as atividades do Conselho da Cidade em processos de licenciamento urba-
nístico);
▹ verificar se o órgão colegiado tem realizado atividades propositivas, como a elaboração de resoluções,
estudos e projetos, entre outros.
Sobre a presença de representantes e da sociedade civil em geral nas reuniões do órgão deliberativo:
▸ Formas de comunicação das diversas atividades do órgão
▹ avaliar como é feita a divulgação de reuniões ordinárias e extraordinárias;
▹ verificar como são apresentadas/divulgadas à sociedade as opiniões, deliberações, resultados e pro-
postas do órgão colegiado (e eventual fundo relacionado).
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, assim como pessoas integrantes de movimen-
tos sociais ou de conselhos existentes devem ser chamadas a contribuir na construção desta leitura,
garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A participação
da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as
fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de to-
Por que implementar esta estratégia é importante? dos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião,
condição econômica ou outra.
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Que áreas são aptas a expansão urbana e novos loteamentos?
▸ Mapa de aptidão à ocupação cruzando com mapas de sistemas de mobilidade, infraestrutura e equipa-
mentos públicos e riscos climáticos.
▸ Que novos parâmetros ou condicionantes são importantes para garantir a implementação adequada dos
novos loteamentos? Avaliar exigências de saneamento compatíveis com as condições ambientais das
áreas, necessidade de áreas suplementares para mobilidade urbana e ativa, áreas para equipamentos, e
demais condicionantes de qualidade urbana.
Que áreas já possuem loteamentos ou condomínios que necessitam de melhorais das condições urbanas e
ambientais?
▸ Avaliar as condições de implementação existentes. Os parâmetros de uso e ocupação do solo estão ade-
quados? Há áreas previstas para usos comerciais e de serviços? Há equipamentos suficientes? Como es-
tão as condições de mobilidade?
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, assim como pessoas integrantes de movimen-
tos sociais ou de conselhos existentes devem ser chamadas a contribuir na construção desta leitura,
garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A participação
da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as
fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
A universalização dos sistemas de coleta, tratamento e disposição de 11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço
efluentes no município não representa apenas um grande desafio para acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas;
os municípios brasileiros na redução da insalubridade de assentamen- 11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclu-
tos informais e de áreas rurais, e dos riscos de contaminação do solo e sive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e
outros;
dos recursos hídricos. A ampliação das redes coletoras e de tratamento
de esgoto também é etapa essencial para a redução das emissões do se-
12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais;
tor de resíduos e para a adoção de tecnologias de baixo carbono. Tam-
12.4 Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos
bém de grande importância é a redução da sobrecarga dos mananciais
e todos os resíduos, ao longo de todo o ciclo de vida destes, de acordo com os marcos
de abastecimento e dos sistemas de tratamento, que pode ser atingida, internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação destes para o ar,
dentre outras soluções, por meio da reutilização de águas residuais e do água e solo, para minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio
ambiente;
aproveitamento da água da chuva. Juntamente com a redução da de-
12.5 Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da preven-
manda, medidas para aumentar a eficiência e aproveitamento energé-
ção, redução, reciclagem e reuso;
tico nos processos de tratamento de efluentes, assim como a utilização
de energias renováveis representam uma importante estratégia de re-
dução das emissões de GEE. 13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamen-
tos nacionais;
Águas residuais são os efluentes que têm origem nas máquinas de lavar, chu-
veiros e pias de banheiro, já as águas residuais contaminadas são aquelas pro-
venientes de vasos sanitários. Ambos os tipos são considerados efluentes que Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
compõem o esgoto doméstico, mas eles se diferenciam pelo local de geração e
pela composição, e podem ser reaproveitados com tecnologia adequada. Se o município possui ou prevê a instalação de empreendimentos Instrumentos do Plano Diretor
de grande porte em áreas de reestruturação e/ou requalificação
Os métodos de tratamento de efluentes que também privilegiam a mitigação urbana…
das emissões de GEE podem ser adotados em diferentes escalas (soluções ba- Significa que o município: Estudo prévio de impacto
seadas na natureza descentralizada, nas escalas predial, de loteamento ou rural, ambiental (EIA)
▸ deve prever condicionantes para novos loteamentos para além
ou centralizada no sistema público municipal de tratamento) e o plano diretor
das infraestruturas básicas; Zoneamento
pode contribuir para estruturar estas medidas e definir diretrizes para articular
▸ deve prever o tratamento controlado de esgotos (efluentes do-
os planos setoriais no que tange a redução das emissões de GEE advindas do Sistemas de Estruturação do
mésticos e industriais) e a recuperação de energia (térmica ou
setor de resíduos. Nesta estratégia, serão apontados os instrumentos e as ferra- Território
elétrica) a partir da incineração do lixo e/ou da recuperação de
mentas que podem ser inseridos nos Planos Diretores para reduzir as emissões
metano nos aterros.
de GEE relacionadas ao sistema de tratamento de efluentes líquidos.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
▸ Licenciamento ambiental
▸ Plano de Saneamento
▸ Plano de Manejo de Águas Pluviais
▸ Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Quais são as necessidades de aprimoramento do saneamento ambiental e de urbanização de
assentamentos precários e loteamentos irregulares no município? Como estas se relacionam com as
diretrizes da Macrozona em que estão inseridos?
▸ Avaliar Mapa das redes de abastecimento de água e de redes de coleta e tratamento de esgotamento
sanitário.
▸ Mapa de assentamentos precários (favelas, loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais sem regu-
larização fundiária, palafitas, cortiços, entre outros).
Quais as possibilidades de redução das emissões de GEE através de novas tecnologias ou exigências para o
tratamento e disposição?
Avaliar possibilidade de retenção de águas e do tratamento de esgotamento sanitário com tecnologias de
baixo carbono.
Por que implementar esta estratégia é importante? Que instrumentos posso utilizar para concretizar esta estratégia?
Dentro do setor de energia, o transporte é responsável pela maior parte Se o município possui centros urbanos ou de bairros com Instrumentos do Plano Diretor
tráfego elevado e demanda por melhores condições de micro
das emissões dos municípios brasileiros. Nas grandes cidades, ele che- acessibilidade e qualidade do ar…
ga a ser a maior fonte de emissões de GEE. Para diminuir a quantidade
Significa que o município: Zoneamento Especial
de emissões deste setor é necessário alinhar o planejamento do uso do
▸ Pode delimitar áreas específicas no perímetro urbano com res- Sistema de Estruturação
solo e da mobilidade urbana, reduzindo distâncias e a quantidade de trição de acesso para automóveis, favorecendo o deslocamento Territorial
viagens necessárias, assim como viabilizando a mobilidade ativa. Uma não-motorizado;
Zoneamento
das estratégias possíveis é a delimitação de zonas livres de tráfego na ci- ▸ Deve instituir padrões para controle de poluentes em locais e ho-
rários determinados, com a possibilidade de restrição da circula-
dade. Para tanto, é importante estabelecer áreas com uso misto (bairros ção e do acesso;
e edifícios combinando moradias e empregos, assim como equipamen- ▸ Deve garantir condições de mobilidade ativa, calçadas acessíveis,
tos públicos de saúde, educação e lazer). Além da redução de emissões redes cicloviárias, e arborização adequada de forma a garantir
qualidade urbana e ambiental
de GEE, esta estratégia contribui para a redução da poluição do ar local
▸ O município pode incentivar e regulamentar o uso de veículos
e apresenta grande potencial para melhoria da qualidade dos espaços (particulares, de transporte público e de carga) mais eficientes
públicos e da saúde urbana. O Plano Diretor assume, dessa forma, papel e com combustíveis eficientes/mais limpos (veículos com diesel
fundamental no estabelecimento das condições básicas para implanta- mais limpo, uso de biocombustíveis, biocombustíveis de segunda
geração e veículos elétricos) este pode ser também uma condi-
ção de um sistema de mobilidade urbana menos dependente de auto- cionante para o trânsito em determinadas áreas na cidade. Ver
móveis motorizados. também Estratégia 76.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
Contribui para as seguintes metas dos ODS ▸ Plano Municipal de Mobilidade Urbana
▸ Código de Posturas
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
▸ Plano Municipal de Arborização Urbana
▸ Plano Municipal de Iluminação Pública
3.6 Até 2020, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes
em estradas.
Se o município não possui sistemas de monitoramento de Instrumentos do Plano Diretor
emissões ou o sistema não tem ampla cobertura…
11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, Significa que o município: Estudo prévio de impacto de
sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por vizinhança (EIV)
▸ Pode estabelecer sistemas de gestão da qualidade do ar, com a
meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessi-
instalação de estações de monitoramento ou ampliação da rede
dades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com
existente com especial atenção aos centros urbanos e áreas pró-
deficiência e idosos.
ximas a parques industriais ou eixos de transportes rodoviário in-
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive tenso (de pessoas e de carga);
prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e
pessoas com deficiência. ▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
▸ Mapa de centralidades
▸ Mapa de equipamentos
▸ Mapa de uso e ocupação do solo
Quais as áreas com maiores emissões de GEE provenientes do setor de energia – mobilidade?
Avalie a concentração e circulação de transporte coletivo e de cargas.
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro devem ser chamadas a contribuir na construção
desta leitura, garantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada.
A participação da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras,
mas em todas as fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática
cotidiana.
Um grande desafio para os municípios no que se refere à mitigação da 9.1 Desenvolver infraestrutura de qualidade, confiável, sustentável e resiliente, in-
cluindo infraestrutura regional e transfronteiriça, para apoiar o desenvolvimento
mudança climática é garantir um desenvolvimento econômico elevado econômico e o bem-estar humano, com foco no acesso equitativo e a preços acessí-
e ao mesmo tempo reduzir as emissões de GEE provenientes do con- veis para todos.
sumo energético industrial, da produção de combustíveis e da geração 9.4 Até 2030, modernizar a infraestrutura e reabilitar as indústrias para torná-las
de eletricidade. Embora a matriz de energia elétrica brasileira seja, em sustentáveis, com eficiência aumentada no uso de recursos e maior adoção de tec-
nologias e processos industriais limpos e ambientalmente adequados; com todos os
grande parte, baseada em hidrelétricas, com as variações no regime de
países atuando de acordo com suas respectivas capacidades.
chuva (previstas para serem ainda mais intensas com a mudança cli-
mática) e com a crescente demanda por energia elétrica, se faz muitas 11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
vezes necessário acionar termoelétricas fósseis, elevando significativa- prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros.
mente as emissões desse setor. Para evitar que isso ocorra e adotar um 11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para
desenvolvimento econômico próspero que mitigue os efeitos da mu- o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e
sustentáveis, em todos os países.
dança climática, é necessário empregar fontes renováveis alternativas,
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive
diversificar e descentralizar a geração e consumo de energia, além de prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros.
incentivar a construção ou reforma de edifícios mais eficientes e estimu-
lar atividades industriais mais sustentáveis.
FERRAMENTAS COMPLEMENTARES
▸ Código de Obras e Edificações (COE)
▸ Código de Posturas
▸ Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAMC)
▸ Plano Municipal de Arborização Urbana
A partir dos levantamentos sugeridos nas problemáticas relacionadas, aprofunde alguns aspectos das análises:
Pessoas moradoras e usuárias da região ou do bairro, bem como pessoas agentes relacionadas à cons-
trução civil e mercado imobiliário devem ser chamados a contribuir na construção desta leitura, ga-
rantindo que a leitura técnica seja complementada pela social de forma articulada. A participação
da sociedade civil é importante não apenas nesta etapa de levantamento e leituras, mas em todas as
fases de elaboração da política, desde o planejamento até a gestão democrática cotidiana.
I1 Consórcio Imobiliário
I2 Debates, audiências, consultas públicas e
conferências sobre assuntos de interesse urbano
i3 Direito de Preempção
i4 Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
PREPARAÇÃO
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
APROVAÇÃO
i5 Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
i6 Operação Urbana Consorciada (OUC)
i7 Órgãos Colegiados e Fundos Municipais de Política Urbana
QUADRO 1 QUADRO 2 QUADRO 3
i8 Outorga Onerosa de Alteração de Uso (OOAU) SÍNTESE DA LEITURA SÍNTESE DE PROPOSTAS SUMÁRIO E CONTEÚDO MÍNIMO
678 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 679
Estratégias relacionadas
INSTRUMENTO I1 Consórcio Imobiliário
Estatuto da Cidade (Lei Federal n. 10.257/01), art. 46
E05 Reservar terra para produção de habitação de interesse social (HIS).
CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano ▸ Critérios para a elaboração de contratos entre poder público
Diretor ou em Leis Específicas] municipal e pessoa ou empresa proprietária: incluem as for-
mas de pagamento à pessoa proponente e o tipo de contrapar-
O que deve ser regulamentado no Plano Diretor tida que pode ser usado (inclusive unidades não residenciais ou
É altamente recomendável que o Consórcio Imobiliário seja majorita- residenciais que não sejam Habitação de Interesse Social – HIS),
riamente regulamentado no Plano Diretor, embora dependa da apro- às obrigações de cada parte em relação à obra, os prazos do pro-
vação de lei específica na Câmara Municipal para estabelecer seus cesso, o tipo de contrato de transferência do imóvel, as condições
procedimentos. Para regulamentar o Consórcio Imobiliário é preciso para existência e abatimento de débitos relativos à propriedade,
que o Plano Diretor estabeleça: as condições para contratos com mais de uma pessoa interessada,
entre outros critérios pertinentes a cada município.
▸ Previsão de utilização do instrumento com objetivos, diretri-
zes e critérios: de acordo com as previsões do Estatuto da Cidade
para viabilizar financeiramente o aproveitamento de imóvel que
não cumpre sua função social e de acordo com o Plano Diretor,
por exemplo, para a produção de habitação de interesse social e
urbanização de áreas em situação de precariedade.
Nestes encontros são definidas políticas e plataformas de desenvol- Criar e/ou ampliar os mecanismos de debate público sobre a política urbano-ambiental para
vimento urbano para o período seguinte. São momentos decisivos da E101 aumentar a mobilização coletiva e capacitar a população para que possa atuar de forma propo-
sitiva e com iniciativas próprias.
política urbana, nos quais são “pactuados” os consensos e acordos en-
tre o poder público e diversos setores da sociedade.
▸ Delimitação das áreas de incidência do instrumento: indicação ▸ O Plano Diretor aponte os critérios e objetivos de interesse públi-
das áreas urbanas que poderão ter imóveis passíveis de aplicação co e/ou social para aplicação do instrumento, de acordo com as
do Direito de Preempção. Essa indicação deve ser feita de acordo previsões do Estatuto da Cidade.
com os critérios e objetivos do Plano Diretor para a aplicação do
instrumento, sendo que, para cada área em que incidirá o Direito
de Preempção, deverão ser indicadas quais as finalidades de uso COMO FUNCIONA NO DIA-A-DIA [quais os passos da
admissíveis. implementação]
▸ Prazos para exercício do Direito de Preempção: o Plano Dire- De acordo com o Estatuto da Cidade, os procedimentos ligados ao Di-
tor (ou a lei que delimitar as áreas para incidência do instrumen- reito de Preempção, após sua regulamentação, são:
to) deve fixar o prazo de vigência para o exercício do Direito de
Preempção, que não pode ser maior do que cinco anos, por de- Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o
terminação do Estatuto da Cidade. Como o Estatuto não define imóvel, para que o Município, no prazo máximo de trinta dias, ma-
prazo mínimo, cabe ao Plano Diretor estabelecê-lo. Também é nifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
importante lembrar que o poder público municipal só pode reno-
var o prazo de vigência do Direito de Preempção após um ano do § 1º À notificação mencionada no caput será anexada proposta
término do prazo de vigência estabelecido na lei ou Plano Diretor. de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do
imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e
prazo de validade.
não realização; (VI) efeito esperado para medidas mitigadoras e Caracterização Técnica Projeto
compensatórias; (VII) programa de acompanhamento e moni- IMPACTOS AMBIENTAIS Implantação
toramento de impactos; (VIII) conclusão e comen- tário sobre a ÁREA DE INFLUÊNCIA Identificação e Avaliação Impactos Residuais
alternativa mais favorável; (IX) recomendações sobre linguagem, Diagnóstico ambiental
forma de apresentação, divulgação e acesso público. Meio físico PROGRAMA AMBIENTAL
Meio biológico
Meio sócio-econômico Implantação
Para saber mais sobre o licenciamento ambiental, consulte o Caderno de licencia-
mento ambiental, produzido pelo Ministério do Meio Ambiente!
Fonte: Ministério do Meio Ambiente/ Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais, Caderno de licenciamento ambiental (Brasília: MMA, 2009).
Apresentação do projeto
Envolve (I) consulta prévia: o poder público verifica se o empreen-
dimento deve elaborar o EIA/RIMA e, em caso positivo, comunica a
pessoa responsável pelo empreendimento; (II) protocolo e caracteri-
zação do empreendimento; (III) divulgação do empreendimento: para
a população em geral e para o Conselho Municipal; e (IV) emissão do
Termo de Referência (TR), uma solicitação formal do escopo do EIA/ REFERÊNCIAS
RIMA. É recomendável que o município elabore um modelo de TR Benny Schvarsberg, Giselle C. Martins, Carolina B. Cavalcanti (orgs.), Ministério das
para orientar a elaboração do EIA/RIMA adequado aos seus procedi- Cidades, Estudo de Impacto de Vizinhança (Brasília: Universidade de Brasília,
mentos administrativos e às suas exigências. 2016, Coleção Cadernos Técnicos de Regulamentação e Implementação de Ins-
trumentos do Estatuto da Cidade, v. 4).
Elaboração e análise do EIA/RIMA Brasil. Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental / Tribunal
Envolve (I) elaboração do EIA/RIMA pelo interessado: uma equipe de Contas da União; com colaboração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
técnica multidisciplinar elabora o EIA/RIMA e o apresenta à admi- dos Recursos Naturais Renováveis. -- 2.ed. -- Brasília : TCU, 4ª Secretaria de Con-
nistração pública; (II) a prefeitura disponibiliza o RIMA para análise trole Externo, 2007.
técnica e consulta popular; (III) a prefeitura promove uma discussão Ministério do Meio Ambiente/ Programa Nacional de Capacitação de Gestores Am-
pública com a população em audiência ou faz uso de outro instrumen- bientais, Caderno de licenciamento ambiental (Brasília: MMA, 2009).
to da gestão participativa; (IV) a prefeitura promove a análise e a apro-
Em casos excepcionais, o EIV pode ser elaborado após o empreendimento ser ▸ Garantir condições mínimas de qualidade urbana.
parcial ou integralmente implementado. Nesses casos, o instrumento possuirá
caráter de avaliação pós-ocupação e deverá incorporar medidas mitigadoras para
os impactos identificados. ▸ Zelar pela ordem urbanística e pelo uso socialmente justo e am-
bientalmente equilibrado dos espaços urbanos.
Garantir a participação social na implementação de projetos de impacto, bem como nas ações ▸ Identificar atividades potencialmente geradoras de impacto:
E54
de mitigação e em contrapartidas sobre impactos ambientais previstos. considerando as especificidades locais em relação à existência de
Controlar e mitigar impactos ambientais e urbanos decorrentes de grandes projetos, condicio- atividades geradoras de impacto que devam ser avaliadas, licen-
E56 nando sua implementação ao atendimento das demandas social, ambiental, urbana e econômi- ciadas e/ou monitoradas pelo município.
ca identificadas.
CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
Garantir a implementação do complexo industrial de impacto de forma articulada à política de
E58 Diretor ou em Leis Específicas]
desenvolvimento urbano e ambiental do município.
E60 Fomentar a requalificação urbana de maneira coerente com a política de desenvolvimento urbano.
O que deve ser regulamentado no Plano Diretor
Garantir a preservação ou mitigação de áreas ambientalmente frágeis na implementação de no-
E61
vos empreendimentos.
É altamente recomendável que o EIV seja regulamentado no Plano
Diretor, para que seja autoaplicável. No entanto, não é conteúdo obri-
E62 Promover a recuperação e a preservação das áreas ambientais degradadas.
gatório do Plano Diretor e pode ser regulamentado por meio de lei
Prever localização do equipamento de impacto na mobilidade de maneira articulada à dinâmica específica aprovada na Câmara Municipal. Para regulamentar o EIV, é
E77 dos deslocamentos, de adensamento e de desenvolvimento urbano, com atenção para a mitiga-
preciso que o Plano Diretor estabeleça:
ção e o controle dos impactos decorrentes dessa implantação.
Planejar mitigação e controle de possíveis impactos da instalação de equipamento de mobilida- ▸ Tipos de impacto que serão analisados: no mínimo (I) adensa-
E84
de e de transporte sobre o meio urbano ou seu entorno.
mento populacional; (II) equipamentos urbanos e comunitários;
Garantir a implementação de equipamentos turísticos culturais (equipamentos-âncora) de for- (III) uso e ocupação do solo; (IV) valorização imobiliária; (V) gera-
E86
ma articulada ao patrimônio cultural e ao desenvolvimento urbano.
ção de tráfego e demanda por transporte público; (VI) ventilação e
E88 Estímulo à diversificação de atividades turísticas complementares. iluminação; (VII) paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Garantir qualidade na implementação e utilização de equipamentos e atividades relacionadas Outros itens também podem ser incluídos a critério do município,
E90
ao turismo de negócios e de eventos de forma integrada ao desenvolvimento urbano. como, por exemplo, a identificação dos riscos climáticos, ou riscos
antrópicos na área de influência do empreendimento, bem como a
Orientar e fomentar melhorias urbanas por meio de contrapartidas oriundas de empreendi-
E95 análise de emissões de GEE para proposição de ações mitigadoras.
mentos de impacto.
Viabilizar parceria entre a iniciativa privada e o poder público para implementação de projetos
E97
específicos.
▸ Empreendimentos e atividades sujeitos ao EIV: determinar a
regra para a incidência do EIV, que pode ser apresentada também
Criar e/ou ampliar os mecanismos de debate público sobre a política urbano-ambiental para
por meio de quadro, tabela ou mapa relacionando portes e tipos
E101 aumentar a mobilização coletiva e capacitar a população, a fim de que esta possa atuar de forma
propositiva e com iniciativas próprias. de empreendimentos de impacto à localização no município. A
regra de incidência deve ser precisa, pois casos omissos poderão
Direcionar e condicionar a implementação de novos loteamentos e condomínios de forma arti-
E102
culada à política de desenvolvimento urbano.
ser objeto de consulta ao órgão municipal de planejamento e ges-
tão territorial que analisará a necessidade do EIV. As atividades e
Apresentação do projeto
Envolve (I) consulta prévia: poder público verifica se empreendi-
mento deve elaborar EIV e, em caso positivo, comunica a pessoa res-
ponsável pelo empreendimento; (II) protocolo e caracterização do
empreendimento: formulário para ser preenchido com informações
cadastrais do terreno, projetos ou memoriais, ainda que prelimina-
res, e recolhimento de taxa correspondente à análise do EIV; (III) di-
vulgação do empreendimento: para a população em geral e para o
conselho municipal; e (IV) emissão de TR: solicitação formal de in-
formações gerais do empreendimento, caracterização do empreen-
dimento, da vizinhança e dos impactos previstos, solicitação do tipo
de medidas mitigadoras esperadas. É recomendável que o municí-
pio elabore um modelo de TR para orientar a elaboração de EIV.
E26 Promover a transformação e/ou ocupação de áreas urbanas degradadas e/ou subutilizadas. CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
Diretor ou em Leis Específicas]
Dinamizar ou criar centralidades de bairro de forma articulada ao desenvolvimento econômico
E44 e urbano local, fortalecendo comércios e usos populares existentes, e promovendo um melhor
aproveitamento do solo. O que deve ser regulamentado no Plano Diretor
Fomentar a requalificação urbana de maneira coerente com a política de desenvolvimento ur- A instituição de uma OUC depende da aprovação de lei específica.
E60
bano. Contudo, o primeiro requisito para sua regulamentação é sua compa-
Promover investimentos e parcerias intermunicipais para viabilizar infraestrutura visando me- tibilidade com o Plano Diretor. A visão integral da cidade deve indicar
E71
lhor aproveitamento da terra urbana. a pertinência de uma intervenção pontual, mas essa indicação pode
Viabilizar parceria entre a iniciativa privada e o poder público para implementação de projetos ser mais ou menos detalhada, conforme o caso. Por exemplo, é pos-
E97
específicos. sível que o Plano Diretor demarque perímetros de OUC a ser desen-
volvidas e estabeleça diretrizes para elas. Outra possibilidade é que o
Plano Diretor indique a região na qual poderá ser proposta uma Ope-
ração Urbana Consorciada, cujos perímetro e diretrizes serão defini-
COMO IMPLEMENTAR dos por estudos específicos, a serem desenvolvidos posteriormente.
Apesar de não ser um requerimento obrigatório, recomenda-se que o
COMO SE PREPARAR PARA UTILIZAR O INSTRUMENTO Plano Diretor avance na definição de diretrizes para a adoção de OUCs
[dados, informações e análises] no município, no sentido de garantir a coerência entre as diretrizes
▸ Identificação e delimitação da(s) área(s) em que se pretende rea- gerais de ordenamento territorial, na escala da cidade, e os projetos
lizar transformações estruturais no território. Importante lembrar específicos de transformação urbana, na escala do bairro ou região.
que a OUC é localizada e trata de uma escala intermediária de atua-
ção, sendo necessário identificar as melhorias propostas nos três O que depende da aprovação de lei(s) específica(s)
objetivos (simultâneos) que motivam a instituição de uma OUC: Uma vez prevista no Plano Diretor, cada OUC deverá ser objeto de um
plano específico. Este deve contemplar tanto os aspectos físico-terri-
▹ Transformações urbanísticas estruturais. toriais, que são as regras para a transformação dos espaços públicos e
▹ Melhorias sociais. privados abrangidos pela operação, quanto os meios para viabilizar tal
▹ Valorização ambiental. transformação, ou seja, os aspectos econômico-financeiros. A elabora-
ção do plano específico da OUC requer o trabalho de uma equipe multi-
▸ São essas melhorias que subsidiarão as diretrizes que deverão ser disciplinar que alie conhecimentos jurídicos, econômicos, de engenharia,
apontadas na Lei do Plano Diretor e que, posteriormente, serão de arquitetura e urbanismo, entre outros. O processo de elaboração
detalhadas na lei específica. deve observar os oito elementos previstos pelo Estatuto da Cidade como
conteúdo mínimo do plano que deve integrar a lei de cada OUC:
Arranjo institucional
CONTEÚDOS DA REGULAMENTAÇÃO MUNICIPAL
O poder público municipal é o responsável pela gestão da OUC, que
pode ser exercida pela própria administração ou delegada a uma or-
PLANO DIRETOR LEI ESPECÍFICA DECRETO REGULAMENTAR
ganização parceira. Essa organização parceira pode ser um ente da
Previsão do Plano da Operação*, contendo: Regulamentação da instância de administração indireta ou uma organização da sociedade civil, e é re-
instrumento*: a. Definição da área atingida.* controle da operação (conselho
gestor ou similar). comendável que a relação entre o poder público e a entidade gestora
Indicação das áreas b. Programa básico de ocupação da área*, com,
no mínimo: tenha um contrato ou acordo de gestão, que estabeleça indicadores
de aplicação. Procedimentos de
▹ Parâmentros urbanísticos específicos. licenciamento edifício. e metas para que seja possível monitorar e avaliar o desempenho da
Objetivos e diretrizes ▹ Relação de obras e intervenções.
gerais dos projetos Procedimentos para pagamento
OUC ao longo de seu processo de implementação. Dentre os possí-
c. Programa de atendimento econômico e so-
a serem viabilizados cial para a população diretamente afetada das contrapartidas e obtenção veis formatos institucionais para gestão de OUCs estão: (I) organi-
por meio de OUC. pela operação.* dos benefícios previstos pela zações internas à administração direta, como um departamento ou
d. Finalidades da operação. operação.
comissão vinculada a determinada secretaria municipal, (II) empre-
e. EIV.*
f. Contrapartida a ser exigida em função da
sas públicas e (III) sociedades de economia mista.
utilização dos benefícios previstos na opera-
ção.* Licenciamento de empreendimentos privados
g. Forma de controle da operação, obrigatoria-
É preciso que os termos de adesão à operação sejam claros e previsí-
mente compartilhado com representantes
da sociedade civil.* veis, o que inclui não apenas a definição das regras específicas, mas
h. Natureza dos incentivos a serem concedi- também dos procedimentos definidos para o licenciamento de pro-
dos ás pessoas proprietárias, usuárias per- jetos em OUC. É possível que o licenciamento em OUC siga o proce-
manentes e investidoreas privadas.*
▹ Transição para as normas gerais de uso e dimento-padrão adotado para toda a cidade. Entretanto, a operação
ocupação do solo, após o fim da operação. pode imputar a observância de regras específicas, como recuos e
gabaritos diferenciados, ou, ainda, parâmetros que não incidam em
(*) Conteúdo obrigatórios – Estatuto da Cidade
outras áreas da cidade. Adicionalmente, é preciso prever em que mo-
Os CEPAC podem ser emitidos todos de uma vez ou por lotes, e cada
distribuição de CEPAC deve estar relacionada a um pacote de investi-
mentos previsto no programa da operação. Uma nova emissão só será
autorizada quando comprovada a utilização dos recursos obtidos na
distribuição anterior. A prefeitura é a responsável pela emissão e dis-
tribuição primária de CEPAC, ou seja, pela primeira venda. Nesse caso,
os títulos distribuídos podem ser negociados em leilão ou em coloca-
ções privadas. A pessoa empreendedora deve adquirir os CEPAC no
leilão (distribuição primária) ou no mercado secundário e apresentá- REFERÊNCIAS
-los à prefeitura no licenciamento do seu empreendimento para con- Ministério das Cidades, Lincoln Institute of Land Policy, Banco Interamericano de
vertê-lo em metros quadrados adicionais de construção. Desenvolvimento (BID). Operações Urbanas Consorciadas (OUC). (Brasília, Minis-
tério das Cidades, Coleção Cadernos Técnicos de Regulamentação e Implementa-
ção de Instrumentos do Estatuto da Cidade, v. 5).
Nelson Saule Júnior e Raquel Rolnik (coords.), Estatuto da Cidade: guia para imple-
mentação pelos municípios e cidadãos (São Paulo: Instituto Pólis, 2001).
Os órgãos colegiados de política urbana são conselhos gestores liga- Esses instrumentos possuem como objetivos comuns:
dos ao desenvolvimento urbano, com representação tanto do governo
como de diversos setores da sociedade civil. São parte integrante do ▸ Estabelecer diálogos e negociações mais diretas entre atores in-
Poder Executivo.Podem exercer certo grau de autonomia decisória e teressados nos processos de desenvolvimento e políticas urbanas,
é em especial importante que assumam caráter deliberativo. Algumas permitindo a criação de pactos na sociedade civil e entre esta e o
etapas dos processos de planejamento programático e orçamentário poder público.
dependem necessariamente do parecer e anuência destes órgãos, que
precisam ser munidos pelo governo dos recursos necessários para de- ▸ Democratizar a gestão municipal por meio da criação de instân-
liberarem autonomamente. O conselho é o órgão por meio do qual a cias de consulta e informação, diálogo, identificação e resolução
sociedade civil participa do planejamento e da gestão cotidiana da ci- de conflitos, proposições e fiscalização de decisões referentes aos
dade. Podem ser formados conselhos de diversos temas, geralmente investimentos públicos e privados nas cidades.
pautados por políticas setoriais e, dentre eles, alguns comuns ao de-
senvolvimento urbano são: Conselho da Cidade (por vezes chamado ▸ Permitir atuação popular mais direta, ou seja, sem intermediação,
de Conselho de Desenvolvimento Urbano ou similar), Conselho de no destino dos investimentos, desde que a representatividade po-
Habitação, Conselho de Patrimônio, Conselhos Gestores de Zona Es- pular esteja garantida.
pecial de Interesse Social (ZEIS), entre outros, cuja integração e articu-
lação contínuas são decisivas para o sucesso da política urbana.
Cada órgão colegiado deve eleger seus membros de forma a garantir a repre-
sentatividade igualitária dos vários grupos sociais e técnicos existentes na so-
ciedade civil. Na prática, isso significa que a diversidade de representantes é
muito importante nos órgãos colegiados, para que sejam contempladas ques-
tões de gênero, raça, geração, perfil de renda, povos e comunidades tradicionais
(quando houver), entre outros grupos presentes no município. Sobre a repre-
sentação ligada a questões técnicas, é importante que haja participação de pro-
fissionais e especialistas – sejam pessoas autônomas, sejam de empresas – nos
órgãos colegiados ligados ao seu tema de atuação. Assim, é possível ampliar os
debates coletivos e elaborar proposições técnicas advindas da sociedade civil.
Recuperar a valorização fundiária para aplicação de tais recursos, priorizando áreas mais precá- Órgãos colegiados e fundos municipais de política urbana:
E96 rias e buscando reduzir desigualdades socioterritoriais e melhorar a qualidade urbana em todo
o município.
o que deve ser regulamentado no plano diretor
Devem ser propostos e aprovados por meio de lei que passe pela Câ-
Fortalecer as instâncias de participação popular com a ampliação de seu papel propositivo e
E98
deliberativo na política urbano-ambiental municipal.
mara Municipal, sendo que essa lei pode ser o próprio Plano Diretor.
Ainda assim, parte do conteúdo de sua regulamentação pode ser ob-
Criar órgão(s) colegiado(s) da política urbana e ambiental municipal a fim de fomentar a gestão jeto de decreto do Executivo. A regulamentação dos órgãos colegia-
E99
democrática contínua.
dos e dos fundos municipais de política urbana que deve ser prevista
Criar um sistema integrado de gestão democrática municipal que determine o papel e a res- no Plano Diretor contempla:
E100 ponsabilidade de cada instância, órgão e etapa de participação popular, bem como as formas de
interação entre cada um deles.
▸ Competências do conselho/órgão colegiado: quais atribuições
Criar e/ou ampliar os mecanismos de debate público sobre a política urbano-ambiental para
o conselho possui perante a política urbana municipal.
E101 aumentar a mobilização coletiva e capacitar a população, a fim de que esta possa atuar de forma
propositiva e com iniciativas próprias.
▸ Caráter consultivo ou deliberativo do órgão colegiado: os con-
selhos consultivos apenas emitem pareceres, ao passo que as de-
cisões dos conselhos deliberativos possuem força de lei.
COMO IMPLEMENTAR
▸ Composição: número de representantes do governo e da socie-
COMO SE PREPARAR PARA UTILIZAR O INSTRUMENTO dade civil e proveniência desses representantes, preferencial-
[dados, informações e análises] mente garantindo a paridade entre membros do poder público e
da sociedade civil, bem como representatividade de gênero, raça
▸ Processo participativo de elaboração do Plano Diretor: o proces- e território.
so participativo de elaboração do Plano Diretor é um importante
ponto de partida para compreender as formas de participação possí- ▸ Modo de escolha ou eleição dos representantes: as pessoas
veis e desejáveis para a democratização da gestão urbana municipal. representantes do poder público frequentemente são indicados
pelo prefeito ou prefeita, enquanto as represetações da sociedade
▸ Levantamento dos órgãos colegiados e instâncias de participação civil podem ser eleitos, por exemplo, em conferências municipais,
existentes: verificar se há conselhos instituídos no município e quais em eleições convocadas pela administração pública, em eleições
são eles, se foram nomeados, se estão em funcionamento e quais suas convocadas pelos conselhos (depois que estiverem instituídos e
principais atribuições e dificuldades. Compreender como se dá (ou funcionando).
não) a participação popular no município é um dos meios para identifi-
car os processos bem avaliados, os que requerem alterações/comple- ▸ Regulamento do órgão colegiado: com informações gerais so-
mentações, assim como as formas possíveis de articulação. bre funcionamento, atribuições, cronograma de reuniões, pre-
visão de Câmaras Técnicas para apoio especializado às pessoas
conselheiras e a seus processos decisórios, entre outros.
CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
Diretor ou em Leis Específicas] ▸ Fundo vinculado, se for o caso: se for previsto um fundo, o con-
É altamente recomendável que instrumentos de gestão democráti- selho será o órgão responsável por sua gestão. Devem ser indi-
ca do desenvolvimento urbano sejam regulamentados no Plano Di- cadas as fontes dos recursos, os procedimentos para repasse e
retor, para que sejam autoaplicáveis. No entanto, não são conteúdo solicitação de recursos do fundo, as formas de divulgação de suas
obrigatório do Plano Diretor e sua instância de regulamentação varia. decisões e de seus balanços financeiros, as prioridades de inves-
Alguns devem ser aprovados por meio de lei específica na Câmara Mu- timento, a destinação específica de recursos para determinadas
nicipal, enquanto outros podem ser instituídos por meio de decretos políticas (por exemplo, percentuais exclusivos para habitação de
interesse social), entre outras questões.
iii. Autorização para que o município abra uma conta especial para
Uma vez tomada a decisão de partilhar efetivamente o poder, o Exe- depósito das suas receitas e faça sua manutenção em agência de
cutivo deve criar condições concretas para que a participação popular estabelecimento oficial de crédito.
ocorra. Devem ser garantidos recursos para implementar a política de
desenvolvimento urbano, e as decisões tomadas com participação po- iv. Autorização para que os recursos financeiros possam ser aplica-
pular devem ser cumpridas. O Executivo deve, também, garantir uma dos em operações financeiras enquanto não forem efetivamente
estrutura mínima para o funcionamento dos conselhos: sala para reu- utilizados, com o objetivo de aumentar ou atualizar suas próprias
niões e encontros; linha telefônica; circulação das informações e das receitas.
▸ Delimitação das áreas de incidência do instrumento: indicação ▸ Diretrizes para o cronograma de desembolso das contraparti-
das áreas urbanas, periurbanas e rurais que permitem o requeri- das: critérios e obrigatoriedades para elaboração e apresentação
mento de alteração de uso, ou seja, que são passíveis de aplicação do cronograma para pagamento das contrapartidas por parte do
da OOAU. Essa indicação pode ser feita com base na definição do beneficiário. Podem variar de acordo com a natureza das contra-
Macrozoneamento, na delimitação do perímetro urbano e nas partidas, mas devem apresentar prazo explícito para etapas rele-
áreas prioritárias para Projetos Específicos de Expansão Urbana vantes e conclusão do desembolso.
A OODC, de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (06/03/2008), viii. proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
não é considerada imposto nem tributo, mas sim um ônus vinculado à possibi-
lidade de pessoas ou empresas proprietárias de imóveis urbanos exercerem o
direito de construir acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico (CAB).
PARA QUE SERVE?
RECUPERAÇÃO DA VALORIZAÇÃO DA TERRA E Para recuperar a valorização imobiliária decorrente da atuação nor-
GESTÃO SOCIAL DA VALORIZAÇÃO DA TERRA mativa do poder público (permissão de construir acima do CAB) em
A produção de terras urbanas, nas quais se implantam os empreendimentos determinada área ou imóvel, com vistas à justa distribuição dos ônus
imobiliários horizontais ou verticais, públicos ou privados, é necessariamente
um processo social, político, econômico e cultural. Essas terras urbanas são
e benefícios da urbanização, de forma que tal recuperação da valori-
produtos da distribuição socioespacial dos investimentos públicos em sanea- zação tenha efeitos redistributivos no território municipal.
mento ambiental, vias, transporte coletivo, escolas, postos de saúde, hospitais,
praças, parques, entre outros. A verticalização é a expressão material dos altos
Para complementar o financiamento urbano, ao auferir recursos para a im-
níveis de aproveitamento econômico e funcional das terras urbanas socialmen-
te produzidas. São parâmetros urbanísticos que colocam limites no aprovei- plantação e adequação de infraestrutura pública e equipamentos urbanos.
tamento construtivo das terras urbanas e, com isso, incidem diretamente na
valorização imobiliária. Quanto maior a possibilidade de aproveitamento des-
sas terras, permitindo mais metros quadrados construídos comercializáveis,
A obtenção de recursos com a OODC não pode ser considerada a principal finali-
maior será a valorização imobiliária.
dade da aplicação do instrumento, sob pena de se perder a sua motivação origi-
Os ganhos econômicos desse aproveitamento não podem ser embolsados so- nal de equidade. Por isso, regulação e financiamento urbanos devem estar lado
mente pelas pessoas proprietárias da terra. Essa renda fundiária não é fruto a lado na aplicação da OODC, de modo a promover cidades menos desiguais e,
somente do trabalho individual, mas sim do trabalho de toda a coletividade. É portanto, socialmente mais justas.
preciso que parte desse ganho beneficie a coletividade que financia aqueles in-
vestimentos públicos.
O termo “gestão social da valorização da terra” abrange não somente a necessi-
dade de redistribuir parte da mais-valia fundiária para o conjunto da sociedade, Para contribuir para a regulação do mercado, pois, mediante a regulamen-
mas também a gestão participativa, em que a sociedade é envolvida no debate tação de índices urbanísticos e coeficientes de aproveitamento, reduz-se a
sobre a destinação dos recursos obtidos e dos demais investimentos públicos.
oportunidade da especulação fundiária.
v. Divulgação da movimentação financeira realizada, com atualiza- Muitos municípios avançaram nessa direção, estruturando Cadastro
ções periódicas sobre a origem dos depósitos e a destinação das Territorial Multifinalitário (CTM) que permitem atualização perma-
aplicações, prevendo os meios a serem disponibilizados para essa nente das informações produzidas pelos diferentes setores da admi-
divulgação. nistração municipal.
▸ Estabelecer diretrizes gerais para o cumprimento da função social 53. Ver quadro de
definições básicas
da propriedade53 em grandes regiões do município, a partir da visão “como definir a função
O QUE É? de futuro que a sociedade local possui para cada um dos territórios. socioambiental do
território”
O Macrozoneamento é a base para definir o uso e a ocupação do solo ▸ Organizar espacialmente as diretrizes do Plano Diretor e embasar a
no município e corresponde a uma cartografia e a parâmetros que in- articulação dos instrumentos deste ao território municipal, de for-
dicam a divisão do território em unidades territoriais que expressem ma coerente com as definições e os objetivos do Macrozoneamento.
o destino que o município pretende dar às suas diferentes áreas.
▸ Estabelecer critérios e prioridades espacializadas para a utilização de
O Macrozoneamento estabelece um referencial espacial para o uso e instrumentos, intervenções, obras, programas, prazos, entre outras
a ocupação do solo no município inteiro, em concordância com as es- questões estratégicas da política de desenvolvimento municipal.
tratégias de políticas urbanas, rurais e ambientais. Define inicialmen-
te grandes áreas de ocupação: área rural (por exemplo, para produção ▸ Possibilitar a correta delimitação do perímetro urbano, evitando
de alimentos, exploração de recursos minerais, produção de madeira, incorporar áreas de características não passíveis de urbanização
agroturismo, etc), área natural (floresta nacional/estadual, parque, sob as regras da política urbana. Ou seja, evitar que sejam urba-
estação ecológica, reserva de fauna, etc) e área urbana (residências, nizadas áreas estratégicas para produção de alimentos que pro-
52. Ver quadro conceito indústrias, comércio e serviços, equipamentos públicos, sendo que o movem segurança alimentar pra cidades, bem como impróprias
e definições de perímetro
urbano e perímetro rural ideal é sempre incentivar a mistura de usos). Essa leitura inicial ajuda para ocupação humana, como aquelas identificadas como área
a circunscrever o perímetro urbano52, ou seja, a área em cujo interior de riscos climáticos, riscos de desastres naturais (geotécnico, de
valem as regras da política urbana. inundação, entre outros) e de preservação ambiental (área verdes,
mananciais, entre outras).
A partir da delimitação do perímetro urbano, o Macrozoneamento de-
fine, ainda em grandes áreas de interesse de uso, as zonas onde se pre- ▸ Constituir a base para elaborar o zoneamento de macrozonas ur-
tende incentivar, coibir ou qualificar a ocupação. A definição dessas banas, rurais e naturais, identificando ainda o perímetro urbano
áreas, chamadas de macrozonas, deve ser feita partindo do princípio e rural do município.
da compatibilidade entre a capacidade da infraestrutura instalada,
as condições do meio físico, as necessidades de preservação ambien-
tal e de patrimônio histórico e as características de uso e ocupação
existentes. De uma forma geral, um princípio genérico deve ser se- Como o Macrozoneamento é a base para a definição das diretrizes e da cartogra-
fia da política urbana e rural, ele se relaciona a todas as estratégias de desenvol-
guido: é nas áreas urbanas mais centrais, providas de infraestrutura vimento urbano-ambiental do Plano Diretor. Ainda assim, algumas estratégias
e com menores restrições ambientais que a densidade construtiva e específicas podem ser expressas no Macrozoneamento, e estas são apresentadas
demográfica deve ser mais alta. a seguir.
E66 Planejar e articular as áreas verdes municipais às áreas de relevância regional ou metropolitana. CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
Diretor ou em Leis Específicas]
Controlar a expansão urbana considerando as áreas ambientalmente degradadas e a capacida-
E69
de de infraestrutura instalada ou prevista.
O que deve ser regulamentado no Plano Diretor
Promover investimentos e parcerias intermunicipais para viabilizar infraestrutura visando me-
E71
lhor aproveitamento da terra urbana.
O Macrozoneamento deve ser totalmente definido no Plano Diretor,
pois é a base para as diretrizes de uso e ocupação do solo e, portanto,
Articular planejamento de novas áreas de ocupação urbana à capacidade de drenagem existen-
E74 é preciso que o Plano Diretor estabeleça:
te e prevista no município.
E76 Viabilizar condições para a ampliação da mobilidade ativa e do transporte não motorizado. ▸ Definição da função social da propriedade
Promover a articulação e a integração do desenvolvimento rural sustentável e solidário, regional-
E78
mente e entre diversos setores e esferas de governo, por meio de agendas comuns nos territórios. ▸ Avaliação e delimitação do perímetro urbano: distinguir no
E79 Garantir terras para a produção agrícola familiar, agroecológica e sustentável. território municipal as áreas que são urbanizadas ou passíveis
de urbanização, incluindo as áreas de expansão futura, quando
Fortalecer as parcerias interinstitucionais e regionais para desenvolvimento do segmento turísti- necessário, para que o Plano Diretor possa delimitar o perímetro
E85
co em diversos níveis e escalas de atuação.
urbano. Essa definição é essencial para que se possa lançar um
REFERÊNCIAS
Ministério do Meio Ambiente, Zoneamento Ambiental Municipal: o meio ambiente
contribuindo para o planejamento urbano (Brasília: MMA, 2018).
Nelson Saule Júnior e Raquel Rolnik (coords.), Estatuto da Cidade: guia para imple-
mentação pelos municípios e cidadãos (São Paulo: Instituto Pólis, 2001).
Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em Os objetivos da disciplina de Parcelamento do Solo Urbano são:
zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, as-
sim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. (Re- ▸ Regrar as formas de subdivisão de grandes áreas (glebas) para que
dação dada pela Lei n. 9.785, de 1999). os lotes resultantes estejam de acordo com critérios mínimos de
dimensionamento e provisão de infraestrutura básica. Também
Parágrafo único – Não será permitido o parcelamento do solo: busca regrar a reunificação de lotes mediante o remembramento
ao estabelecer tamanhos máximos para determinadas zonas de-
i. em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de toma- finidas no Plano Diretor.
das as providências para assegurar o escoamento das águas;
▸ Estabelecer parâmetros básicos ligados à urbanização de áreas
ii. em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à voltadas à expansão urbana e à regularização fundiária.
saúde pública, sem que sejam previamente saneados;
▸ Evitar que sejam urbanizadas áreas impróprias para ocupação hu-
iii. em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta mana, como aquelas identificadas como áreas de risco (geotécni-
por cento), salvo se atendidas exigências específicas das auto- co, de inundação, entre outros casos) e de preservação ambiental
ridades competentes; (áreas verdes, mananciais, entre outras), além de estabelecer re-
gramentos distintos para áreas de valor histórico e cultural.
iv. em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a
edificação; Estratégias relacionadas
Garantir a segurança na posse, de modo a permitir a permanência da população
v. em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a polui- E04
de baixa renda e/ou de povos e comunidades.
ção impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção. Controlar o avanço da ocupação urbana e planejar frentes de expansão conside-
E08
rando as condições de risco existentes.
Os parâmetros de Parcelamento do Solo Urbano são intrinsecamente Garantir ocupação urbana adequada em situações de risco e reserva de terras
relacionados às diretrizes, aos objetivos e aos parâmetros do Macro- E09
com infraestrutura para reassentamento.
zoneamento e do Zoneamento, ou seja, a definição de índices rela- E14 Promover o adensamento de áreas urbanas com infraestrutura.
tivos às características de lotes, loteamentos e desmembramentos
Restringir o perímetro urbano para conter o espraiamento, de forma a incentivar
deve basear-se nas diferenças existentes e desejadas para cada zona E18
uma cidade mais compacta.
urbana ou a ser urbanizada no município.
Melhorar a qualidade do sistema de microacessibilidade, como calçadas, arbori-
E23
zação, iluminação, viário e mobilidade ativa, entre outros.
E28 Incorporar agenda ambiental local (bioma) no planejamento do território.
O governo estadual é responsável por regular o Parcelamento do Solo Urbano Incentivar desenho urbano que garanta qualidade no uso e na ocupação do solo,
E29
em algumas situações, quais sejam (artigo 13º da Lei Federal n. 6.766/79):: bem como relações mais humanas no espaço urbano público.
I - quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção E38 Promover a regularização fundiária, edilícia e/ou de uso.
aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológi-
co, assim definidas por legislação estadual ou federal; Regulamentar as formas de uso do espaço público e da instalação de comércio
E52
Il - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe ambulante, visando maior qualidade ambiental e urbana para o município.
do município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropoli- Controlar a expansão urbana considerando as áreas ambientalmente degradadas
tanas ou em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal; E69
e a capacidade de infraestrutura instalada ou prevista.
III - quando o loteamento abranger área superior a 1.000.000 m².
Promover investimentos e parcerias intermunicipais para viabilizar infraestrutura
Vale registrar ainda que, no caso de loteamento ou desmembramento loca- E71
visando melhor aproveitamento da terra urbana.
lizado em área de município integrante de região metropolitana, o exame e a
anuência prévia à aprovação do projeto caberão à autoridade metropolitana. Articular planejamento de novas áreas de ocupação urbana à capacidade de dre-
E74
nagem existente e prevista no município.
Direcionar e condicionar a implementação de novos loteamentos e condomínios
E102
de forma articulada à política de desenvolvimento urbano.
764 INSTRUMENTOS INSTRUMENTOS 765
COMO IMPLEMENTAR sanitário. Pode-se estabelecer novos parâmetros ou exigências no li-
cenciamento ambiental, articuladas ao parcelamento do solo.
COMO SE PREPARAR PARA UTILIZAR O INSTRUMENTO
[dados, informações e análises] CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
Diretor ou em Leis Específicas]
▸ Análise dos mapeamentos e instrumentos que abordam os va-
zios urbanos e as áreas de transição urbano-rural: compreender O que deve ser regulamentado no Plano Diretor
as características de glebas vazias em áreas urbanas consolidadas, Como foi dito, é comum a Lei de Parcelamento do Solo Urbano ser
para verificar se há necessidade de prever áreas para expansão ur- elaborada após a aprovação do Plano Diretor, mas ambos podem ser
bana. Em qualquer caso, é importante estabelecer os parâmetros feitos simultaneamente; nesse último caso, todo o conteúdo – inclu-
de Parcelamento para os diferentes tipos de territórios sujeitos ao sive mapeamentos e tabelas de índices urbanísticos – relativo ao Par-
Parcelamento do Solo Urbano. Portanto, é preciso verificar como celamento deve ser detalhado no Plano Diretor. Também é possível
os diversos levantamentos realizados para as leituras iniciais que que o regramento de Parcelamento do solo esteja inserido no próprio
visam à elaboração do Plano Diretor – incluindo os critérios e de- Plano Diretor, ficando para uma legislação específica ou para um de-
finições para os perímetros urbano e rural – e os instrumentos já creto as definições de seu processamento. Para isso é importante que
previstos abordam os vazios urbanos e as áreas de transição ur- o Plano Diretor estabeleça:
bano-rural. Algumas perguntas devem ser respondidas nesse pro-
cesso, entre elas: existem glebas vazias em áreas centrais e/ou ▸ Definição da função social da propriedade
consolidadas do município? As áreas urbanas do município têm
aumentado ao longo dos últimos dez anos? Caso sim, como e para ▸ Documentação a ser apresentada pela pessoa empreendedo-
onde? Que tipo de impactos positivos e negativos essa expansão ra: o município deve indicar os documentos a serem apresentados
tem proporcionado? Quais as características de uso e ocupação pela pessoa empreendedora na formalização dos requerimentos
do solo dessas novas áreas urbanizadas? relacionados às diversas fases que envolvem a aprovação de um
empreendimento de Parcelamento do Solo para fins urbanos.
▸ Avaliação das características morfológicas e tipológicas pre- Também é importante que o procedimento de aprovação seja
dominantes no município e em loteamentos recentes: para que claramente definido para garantir a transparência do processo, a
os parâmetros de Parcelamento estabelecidos sejam coerentes sequência correta de ações e a segurança das pessoas e empre-
com a morfologia e a tipologia existentes e desejadas para cada sas proprietárias e do poder público. A indicação de tais fases não
região do município. deve ser apresentada minuciosamente no Plano Diretor, podendo
ser objeto de uma lei específica ou de um decreto, por exemplo.
▸ Avaliação dos procedimentos ligados à aprovação de projeto
de urbanização de áreas não ocupadas: a partir da identificação
Embora haja diversas leis e políticas que se relacionam e influenciam a discipli-
de quais órgãos e setores influem no licenciamento de projetos
na de Parcelamento do Solo Urbano, a Política Nacional de Proteção e Defesa
formais que expandem a urbanização (como novos bairros, lotea- Civil (Lei Federal n. 12.608/12) e a Lei de Regularização Fundiária (Lei Federal
mentos, condomínios), deve-se procurar saber quais exigências, n. 13.645/17) possuem instrumentos relacionados que são abordados por este
Guia. São eles o Projeto Específico de Expansão Urbana (PEEU) e nas Ferra-
contrapartidas, parâmetros, entre outros quesitos relevantes, são
mentas Complementares que abordam a Regularização Fundiária. Ambos in-
exigidos do empreendedor, além de buscar informações sobre a fluenciam significativamente a disciplina de Parcelamento do Solo Urbano e
adequação dos procedimentos administrativos nesse processo. não podem estar em desacordo.
▸ Parâmetros e índices urbanísticos de Parcelamento: incluem, O que depende da aprovação de lei(s) específica(s)
pelo menos, as áreas mínimas e máximas de lote. O município
pode optar por elaborar a Lei de Parcelamento do Solo junto ao Caso a disciplina de Parcelamento do Solo Urbano não seja elaborada
Plano Diretor e/ou ao Zoneamento. Os parâmetros mínimos re- como parte integrante do Plano Diretor ou do Zoneamento (consti-
lativos ao Parcelamento do Solo costumam variar de acordo com tuindo uma Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo), a lei será
a zona urbana e também em situações específicas de interesse elaborada posteriormente. Nessa situação, é importante que:
público, como os casos de áreas ocupadas e para regularização
fundiária. De forma geral, tais parâmetros envolvem dimensões ▸ O Plano Diretor aponte o prazo para elaboração e aprovação do
mínimas de lote (frente mínima e área mínima), dimensões má- regramento de Parcelamento do Solo Urbano.
ximas de lote e quadra (frente máxima e área máxima), percen-
tual mínimo de doação de área pública (área verde, institucional e ▸ A Lei de Parcelamento do Solo não crie contradições com o Plano
sistema viário) e especificações do sistema viário (largura mínima Diretor, o Macrozoneamento e o Zoneamento.
de calçada ou via de pedestre, largura mínima do leito carroçá-
vel, largura mínima de ciclovia, declividade máxima). Estes parâ- ▸ A elaboração e a aprovação da lei específica sejam feitas em pro-
metros podem ser redefinidos, considerando as macrozonas em cesso participativo amplo, transparente e democrático.
que se inserem, ampliando áreas permeáveis, largura de calçadas,
dentre outros.
COMO FUNCIONA NO DIA-A-DIA [quais os passos da
Também é interessante estabelecer, que antes da apresentação do implementação]
projeto de Parcelamento, o município deve definir as diretrizes que O Parcelamento do Solo Urbano influencia a gestão de toda a política
orientarão a elaboração do projeto. É importante que o projeto a ser de expansão urbana do município, pois determina parâmetros para o
apresentado esteja adequado ao sistema de circulação e transporte conjunto dos empreendimentos que envolvam novos loteamentos e
existente e/ou projetado; as áreas destinadas a equipamentos ur- desmembramentos. Logo, engloba diversas disputas entre interesses
banos e comunitários não poderão apresentar declividade superior privados e também destes com os interesses públicos, o que reforça
REFERÊNCIAS
Luís Eduardo Couto de Oliveira Souto (coord.), Guia do parcelamento do solo urbano:
perguntas e respostas, consultas e modelos (Florianópolis, Ministério Público do
Estado de Santa Catarina, 2010).
Marta Alves Larcher (coord.), Guia do parcelamento do solo urbano para municípios
e da regularização fundiária urbana (Belo Horizonte, Ministério Público do Esta-
do de Minas Gerais, 2018).
Raquel Rolnik et al. (orgs.), Regularização da terra e da moradia: o que é e como im-
plementar (São Paulo, Instituto Pólis, 2002).
Promover a urbanização compacta, induzindo a ocupação de áreas COMO SE PREPARAR PARA UTILIZAR O INSTRUMENTO
já dotadas de infraestrutura e equipamentos, mais aptas para urba- [dados, informações e análises]
nizar ou povoar, evitando pressão de expansão horizontal na direção ▸ Caracterização dos imóveis não edificados, subutilizados e não
de áreas não servidas de infraestrutura ou frágeis do ponto de vista utilizados no município: além de relacionar-se ao cumprimento
ambiental. da função social da propriedade definida pelo município, deve ba-
sear-se em critérios simples e objetivos. O Coeficiente de Aprovei- 56. Ver Quadro de
Definição da função social
Aumentar a oferta de terra e de edificações para atender à demanda tamento56 é fundamental para identificar os imóveis nessas três da propriedade
existente, evitando assim que aqueles que não encontrem oportuni- categorias, mas deve ser articulado a outros critérios para definir
dades de moradia nas regiões centrais sejam obrigados a morar em a incidência ou não de PEUC, com destaque para dimensões míni-
periferias longínquas, em áreas desprovidas de infraestrutura, sob mas e máximas de terreno e/ou área construída.
risco de enchentes ou de desabamentos ou em áreas de preservação
ambiental. ▹ Imóveis não edificados: são aqueles com coeficiente de
aproveitamento igual a zero. As exceções devem ser observa-
Para auxiliar no combate à especulação de terras urbanas. das como clubes - campos de lazer ou campos esportivos, ou
mesmo ruínas..
▸ Imóveis passíveis de isenção: de acordo com a realidade de cada CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
município, é importante verificar e prever na lei específica quais Diretor ou em Leis Específicas]
imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados estão
cumprindo sua função social e, portanto, não devem estar sujei- O que deve ser regulamentado no Plano Diretor
tos a PEUC. É altamente recomendável que os parâmetros para a plicação do
PEUC e sucedâneos sejam regulamentados no Plano Diretor. Apenas
o valor da alíquota a ser aplicado a cada ano deve obrigatoriamente
Alguns exemplos de imóveis nessas condições são os não edificados, mas am- ser fixado em lei específica. A previsão desses instrumentos no Plano
bientalmente protegidos, como as Áreas de Preservação Permanente (APP) Diretor obrigatoriamente tem de:
ou aqueles que exerçam função ambiental relevante, mesmo que não sejam
ambientalmente protegidos, e, ainda, os que apresentem restrições ambientais
em função de aspectos como a natureza do solo, a declividade ou outros; os
▸ Definir e demarcar as áreas urbanas sujeitas à aplicação dos
subutilizados, mas de interesse do patrimônio cultural, e de uso esportivo e de instrumentos: podem ser demarcados lote em glebas em áreas
lazer, ainda que não tenham sido objeto de tombamento; aqueles cuja configu- específicas: bairros, distritos, zonas da Lei de Parcelamento, Uso
ração geométrica inviabilize a construção; os que contenham faixas não edificá-
e Ocupação do Solo (Zoneamento), macrozonas, sempre em áreas
veis, tais como dutos, linhas de transmissão, faixas de domínio etc., desde que
essas limitações comprometam completamente o aproveitamento do imóvel. urbanas bem infraestruturadas de forma a estimular seu adensa-
mento. Também vale a pena destacar áreas e casos que não devem
ser notificados, para evitar distorções da aplicação do instrumento.
▸ Levantamento dos imóveis vazios e subutilizados existentes: O PEUC não deve ser utilizado como incentivo à ocupação de áreas
elaborar listagem e mapeamento dos imóveis vazios no municí- de expansão, especialmente enquanto ainda restarem vazios urba-
pio ou, caso já existam esses materiais, atualizá-los. Podem ser nos e/ou imóveis subutilizados ou sem uso nas áreas de urbanização
elaborados pelo cruzamento dos dados do Cadastro Fiscal (classi- consolidada (sobretudo nas áreas centrais). A expansão horizontal das
ficação fiscal, endereço, identificação da pessoa proprietária, área cidades e o espraiamento da mancha urbana trazem enormes custos
do terreno e área construída) com aerofotos. Buscar informações para o município no que diz respeito à promoção da urbanização e à
adicionais sobre os imóveis – como sua área total, seu uso atual, implantação de infraestrutura.
se há restrições à urbanização, se são de propriedade pública ou
privada, se há dívidas de IPTU, entre outras – pode auxiliar na de-
finição das formas de utilização futura desses imóveis.
▸ Alíquotas do IPTU Progressivo no Tempo: para que os municí- O que depende da aprovação de lei(s) específica(s)
pios possam aumentar a alíquota do IPTU por cinco anos consecu-
tivos, é preciso estabelecer tais alíquotas. O município aumentará Para a utilização do circuito PEUC, IPTU Progressivo no Tempo e De-
a alíquota ao longo de cinco anos para os imóveis notificados e sapropriação, não há obrigatoriedade de aprovação de lei específica,
que continuam sem cumprir função social, mas esse aumento com exceção do valor da alíquota do IPTU.
O QUE É? ii. delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos tre-
chos sujeitos a controle especial em função de ameaça de desas-
O Estatuto da Cidade incorporou as exigências da Política Nacio- tres naturais;
nal de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) relativas à necessidade
de elaboração de projeto específico para ampliação de perímetro iii. definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas
57. Ver Quadro de urbano57, incluindo áreas previstas para expansão urbana. Assim, para infraestrutura, sistema viário, equipamentos e instalações
Conceitos e Definições
de Perímetro Urbano e nos termos das leis federais, esse instrumento não trata exata- públicas, urbanas e sociais;
Perímetro Rural. mente de projetos para a expansão urbana, mas de expansão do
perímetro urbano. A inclusão dessa obrigatoriedade na elaboração iv. definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do
de planos diretores foi uma tentativa de controle da ocupação de solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para
áreas consideradas de risco, mais do que do direcionamento da ex- a geração de emprego e renda;
pansão urbana como um todo. O Estatuto da Cidade não incorpora
muitos instrumentos voltados ao planejamento da urbanização de v. a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio
forma antecipada em relação aos processos espontâneos; e alguns da demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros
pesquisadores e urbanistas têm tratado os projetos específicos instrumentos de política urbana, quando o uso habitacional for
abordados pela PNPDEC como Projetos Específicos de Expansão permitido;
58. Ver SANTORO, Urbana (PEEU)58.
2014 nas referências
bibliográficas. vi. definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção
Embora diversos instrumentos incidam na expansão urbana, re- ambiental e do patrimônio histórico e cultural; e
gulando-a e controlando-a (como Zoneamento, Macrozoneamen-
to, Lei de Parcelamento de Solo, Outorga Onerosa de Alteração de vii. definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos
Uso, entre outros), a maior parte deles aborda restrições à urbani- ônus e benefícios decorrentes do processo de urbanização do ter-
zação ou incentivos à ocupação de áreas bem infraestruturadas. ritório de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da
É importante que haja planejamento, expansão urbana de forma valorização imobiliária resultante da ação do poder público.
sustentável, visando à redução de desigualdades e à justa distri-
buição dos ônus e benefícios da urbanização59. Assim, conside- § 1º O projeto específico de que trata o caput deste artigo deverá
ra-se que esses projetos específicos são um instrumento relevante ser instituído por lei municipal e atender às diretrizes do plano
59. Esse conceito que deve ser incorporado por mais municípios brasileiros com vis- diretor, quando houver.
fundamental relaciona-
se à função social da tas a compreender o planejamento da expansão urbana e nele in-
propriedade e à gestão cidir. Por esse motivo, este Guia adota PEEU como nomenclatura e § 2º Quando o plano diretor contemplar as exigências estabeleci-
social da valorização
da terra (tema instrumento. De acordo com o conteúdo da PNPDEC, incorporado das no caput, o Município ficará dispensado da elaboração do pro-
Financiamento).
no Estatuto da Cidade (art. 42-B): jeto específico de que trata o caput deste artigo.
▸ Promover a gestão social da valorização da terra decorrente do Incentivar desenho urbano que garanta qualidade no uso e na ocupação do solo, bem como re-
E29
lações mais humanas no espaço urbano público.
processo de urbanização por meio da articulação das áreas pla-
nejadas para expansão com os instrumentos de recuperação da
E46 Demarcar e garantir áreas para a produção rural.
valorização, como Outorga Onerosa de Alteração de Uso (OOAU),
bem como IPTU e ITBI nas ferramentas complementares.
Controlar a expansão urbana de modo a limitar seu avanço sobre áreas com maiores riscos de
E53
acidentes relacionados a grandes projetos de impacto.
A compensação se dá pela permissão de transferir para outro imóvel a ▸ Definição de coeficientes básicos: a possiblidade de transferên-
diferença entre a área construída do imóvel a ser preservado e a área cia se dará até o CAB que pode ser construído na zona em que o
passível de ser construída no mesmo local considerando-se seu Coe- imóvel se insere.
ficiente de Aproveitamento Básico (CAB). A transferência é expres-
sa na forma de metros quadrados de direitos de construir e pode ser ▸ Planta de valores por m² de terreno (Planta Genérica de Valo-
feita para outro imóvel de mesma propriedade ou para um imóvel de res – PGV): verificar a existência desse mapa e atualizá-lo para
propriedade de terceiro. A transferência só é permitida se a pessoa que seus valores possam ser usados nos cálculos da TDC sem de-
proprietária do imóvel cedente (que será preservado) se indicado no fasagem em relação aos valores de mercado e de forma articula-
Plano Diretor ou elaborado pelo setor privado e aprovado pelo ente da à Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC).
técnico responsável.
O que deve ser regulamentado no Plano Diretor ▸ Critérios e demarcação das áreas ou imóveis receptores: es-
É altamente recomendável que a TDC seja regulamentada no Pla- tabelecer o alcance do instrumento, definindo precisamente as
no Diretor, para que seja autoaplicável. Pode ser regulamentada por áreas da cidade nas quais podem estar localizados imóveis recep-
meio de lei específica aprovada na Câmara Municipal. Para regula- tores dos direitos de construir, como macrozonas, zonas ou perí-
mentar a TDC, é preciso que o Plano Diretor estabeleça: metros específicos, lembrando que esses imóveis também não
podem exceder o Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAM)
▸ Definição da função social da propriedade indicado no Zoneamento. É importante que as áreas receptoras
sejam aquelas nas quais o adensamento construtivo e popula-
▸ Definição dos CABs: O CA básico deve ser entendido como um cional é desejável e que estejam bem definidas as áreas e casos
patamar mínimo de edificação que confira utilidade aos terrenos que não devem ter a incidência do instrumento.
urbanos, ou seja, que lhes garanta algum conteúdo econômico.
Neste sentido, a adoção de coeficientes diferenciados para áreas
A regulamentação da TDC deve incorporar o máximo de elementos possíveis
específicas tem a finalidade de demarcar áreas onde, por razões de sobre os casos de incidência do instrumento e as formas previstas para sua ope-
interesse especial (urbanístico, ambiental etc.), não seja do inte- racionalização, de modo a dar segurança técnica e jurídica a todos os atos admi-
resse coletivo adotar o mesmo coeficiente básico definido para as nistrativos realizados quando da sua aplicação.
demais áreas urbanas, como, por exemplo, nas áreas de proteção
ambiental ou do patrimônio cultural (arquitetônico, artístico), onde
o coeficiente de aproveitamento básico poderá ser menor que o de- ▸ Definição da forma de aplicação da TDC: pode ser direta ou in-
finido para as demais áreas da cidade, inclusive menor que 1,0. direta. Na primeira, o direito de construir até o CAB que não possa
ser exercido em um determinado imóvel transmissor é transfe-
▸ Fórmulas de cálculo para concessão da TDC e de equivalên- ▸ Normas para aprovação de projetos e licenciamento de obras
cia entre terrenos transmissor e receptor: indicar, no mínimo, com utilização de TDC: essas normas, diferentes dos processos de
os elementos necessários para elaborar a fórmula em lei espe- aprovação e licenciamento comuns, devem ser aprovadas por con-
cífica e as diretrizes para definição de fatores de incentivo (por selho de planejamento municipal, garantindo a participação social.
exemplo, para favorecer a TDC em imóveis menores e dificultar
a transferência de grandes áreas que subvertem a finalidade do
instrumento). Para a fórmula de equivalência entre terrenos com O que depende da aprovação de lei(s) específica(s)
valores diferentes por m2, também deve ser apresentada a tabe- Recomenda-se que sua regulamentação seja feita no Plano Diretor,
la de valores utilizada para a equivalência. Também é importante para que seja autoaplicável, mas, se esse instrumento estiver apenas
indicar os mecanismos de equilíbrio entre TDC e OODC, para que previsto no Plano Diretor, é importante que:
possam funcionar sem competir entre si.
▸ O Plano Diretor aponte o prazo para elaboração e aprovação da
▸ Definição do procedimento administrativo: indicar o proce- legislação posterior da TDC.
dimento deliberativo decisório formal e técnico escolhido para
deferimento da TDC, que deve ter publicidade e critérios que pas- ▸ A nova regulamentação não crie contradições entre a TDC e a
sem por conselho de planejamento do município. OODC, nem entre os objetivos da aplicação da TDC e os parâme-
tros de controle do uso e ocupação do solo.
▸ Procedimento decisório para aprovações relativas a projetos
urbanos com TDC: para garantir o encaminhamento técnico e a
participação social, especialmente através de órgãos colegiados
de planejamento, com ampla publicidade.
A gestão da utilização do instrumento exige alguma estrutura admi- Proprietário do terreno transmissor
opta pelo exercício do direito de
Proprietário do terreno transmissor
opta pela alienação do direito
nistrativa própria - cujo porte diferencia-se de acordo com o tamanho construir em outro local de construir
TDC COMO COMPENSAÇÃO A RESTRIÇÕES AO DIREITO DE CONSTRUIR BÁSICO Proprietário do imóvel transmissor Adquirente exercita o direito
DO IMÓVEL TRANSMISSOR exercita o direito de construir em de construir no terreno receptor
outro terreno de sua propriedade mediante construção
ZEIS significa uma categoria específica de zona dentro do Zoneamen- ▸ Permitir a inclusão de parcelas que não tiveram possibilidades de
to da cidade. Esse tipo de zona específica permite a aplicação de nor- ocupação do solo urbano dentro das regras legais.
mas especiais de uso e ocupação do solo diferentes daquelas adotadas
para o resto da cidade. Há a adoção de normas e regras mais flexíveis ▸ Permitir a introdução de serviços e infraestrutura urbanos nos
e menos restritivas. Isso ajuda bastante no processo de regularização locais em que antes não chegavam, melhorando as condições de
fundiária de áreas já ocupadas, onde quem ocupa geralmente não é a vida da população.
pessoa proprietária e onde há desconformidade com a legislação de
parcelamento, uso e ocupação do solo e de edificações. Também po- ▸ Introduzir mecanismos de participação direta de pessoas mora-
derá ajudar na reserva de áreas urbanas bem situadas na cidade para doras no processo de definição dos investimentos públicos em ur-
implantação de habitação de interesse social. banização para a consolidação dos assentamentos.
A adoção desse instrumento deve visar à incorporação por espaços ▸ Contribuir para a permanência da população em sua moradia e
urbanos da cidade à cidade legal. A instituição de ZEIS, por meio de lei, para a segurança das pessoas contra remoções e expulsões resul- 61. Ver Quadro de
Definições da função social
possibilitará que sejam legalmente reconhecidas as áreas ocupadas tantes de processos de reintegração de posse de imóveis que não da propriedade.
ou que venham a ser destinadas para a implantação de projetos de estejam cumprindo a função social da propriedade61.
habitação de interesse social, com a finalidade de atenderem à fun-
ção social da propriedade e às funções sociais da cidade.
O tipo de ZEIS dependerá da realidade de cada município; no entan-
A possibilidade legal de se estabelecer um plano próprio, adequado to, com a finalidade de contribuir para melhor definição de ZEIS que
às especificidades locais, reforça a ideia de que as ZEIS compõem um pode ser estabelecida de acordo com os objetivos elencados a seguir,
universo diversificado de assentamentos urbanos, passíveis de trata- estruturamos três categorias, nas quais apresentamos os principais
mentos diferenciados. Esse plano deve conter parâmetros ou índices aspectos relacionados a informação, planejamento e gestão:
urbanísticos que busquem inibir a especulação imobiliária, garantir a
permanência das pessoas naquele local e a melhoria das condições
de habitabilidade. Tal interpretação agrega uma referência de quali- ▸ ZEIS EM ÁREAS OCUPADAS
dade ambiental para a requalificação do espaço habitado das favelas, ▹ Terrenos públicos ou particulares ocupados por população de
argumento distinto da antiga postura de homogeneização, baseada baixa renda, nos quais haja interesse público em promover a
rigidamente em índices reguladores. Os parâmetros ou índices preci- urbanização ou a regularização jurídica da posse da terra.
sam ser cuidadosamente definidos para que não funcionem como um
atrativo do mercado imobiliário formal. O plano também deve prever ▹ Loteamentos irregulares e clandestinos onde haja interesse
a possibilidade de uso não habitacional ou misto em ZEIS. Isso dá di- público em promover a regularização jurídica do parcelamen-
nâmica e vida às comunidades. to, a complementação da infraestrutura urbana ou dos equi-
pamentos comunitários, bem como a recuperação ambiental.
A participação da população moradora e o trabalho de campo para o levanta- Como para as demais políticas de desenvolvimento urbano, é fundamental que a
mento das características dessas áreas é fundamental. Ambos colaboram não população participe ativamente das leituras urbanas e das decisões sobre os ob-
apenas para o material informativo sobre as condições atuais das áreas, mas jetivos da política municipal de habitação. O envolvimento dos futuros atendidos
também para a organização de objetivos e prioridades da gestão. é um importante apoio em caso de disputas de interesses, além de contribuir para
o direcionamento adequado das ações públicas e privadas.
Geralmente, essas ZEIS estão em áreas com maior acesso a serviços, equipa- Promover a regularização e o fortalecimento das atividades econômicas existentes de forma
E45
mentos e trabalho, ou seja, bem localizadas, o que é melhor para a população articulada ao desenvolvimento econômico e urbano local.
moradora e também para o investimento do poder público, além de evitar a
expansão urbana.
Estimular usos permanentes e serviços de hospedagem em detrimento dos domicílios de uso
E89
ocasional (casas de veraneio).
Uma política habitacional de interesse social deve ser diversificada para aten-
der às diferentes demandas. Isso significa ter vários programas e vários mode- CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO POR GRUPO SOCIAL
los de acesso a habitação e tempos de permanência (financiamento, produção Estabelecerão, por exemplo, políticas afirmativas relacionadas à provisão de mo-
de unidades, regularização fundiária plena, melhorias habitacionais, locação, radia e à segurança da população. Identificar no município quais são os grupos
acolhimentos temporários, moradia terapêutica, entre outras) e também varie- mais vulneráveis e com menor acesso à moradia permite que sejam priorizados
dades tipológicas (número de dormitórios, tamanho das unidades, relação com pela política habitacional, contribuindo para a redução da desigualdade. Por
usos não residenciais, evitando grandes áreas monofuncionais, entre outros). exemplo, mulheres negras e com filhos, habitantes de áreas identificadas como
Por exemplo, a ZEIS deve ser articulada a outras características socioterrito- estando em situação de risco (ou seja, que necessitem de intervenções para qua-
riais, a fim de garantir a permanência de povos e comunidades tradicionais. lificação da segurança), idosos, população de rua e pessoas transexuais sofrem
de maneira mais direta e potente os efeitos da falta de moradia adequada.
A participação da população moradora e o trabalho de campo para o levanta-
mento das características dessas áreas é fundamental. Ambos colaboram não
apenas para o material informativo sobre as condições atuais das áreas, mas ▸ Definição sobre o que é considerado baixa renda: preferencial-
também para a organização de objetivos e prioridades da gestão. mente com critério associado a salários mínimos em vez de valo-
res fixos. Definições relativas ao que se considera precariedade
habitacional também são importantes.
Demarcar como sujeitas ao Direito de Preempção possibilita que o poder públi- A Zona Especiais de Interesse Social (ZEIS) em Áreas Vazias diz res-
co tenha prioridade em sua aquisição, além de dar acesso aos preços praticados peito a porções não edificadas ou mal aproveitadas do território, que
pelo mercado no município. Além disso, tais áreas podem ser objeto de Parce- podem ser destinadas à construção de Habitações de Interesse So-
lamento, Edificação ou Utilização Compulsória (PEUC), caso estejam vazias ou
subutilizadas. cial (HIS).
As ZEIS em Áreas Vazias devem estar prioritariamente nas áreas urbanas con-
solidadas e dotadas de infraestrutura. Essas áreas podem ser previstas em
áreas de expansão urbana apenas em caso de inexistência de glebas ou imóveis
vazios e subutilizados; não devem ser demarcadas ZEIS em áreas distantes ou
desconectadas da cidade existente.
REFERÊNCIAS
Nelson Saule Júnior e Raquel Rolnik (coords.), Estatuto da Cidade: guia para imple-
mentação pelos municípios e cidadãos (São Paulo: Instituto Pólis, 2005).
Raquel Rolnik (org.), Como produzir moradia bem localizada com os recursos do pro-
grama Minha Casa Minha Vida? Implementando os instrumentos do Estatuto da
Cidade! (Brasília: Ministério das Cidades, 2010).
Raquel Rolnik e Otilie Macedo Pinheiro (orgs.), Plano Diretor Participativo: guia para
a elaboração pelos municípios e cidadãos (São Paulo: Instituto Pólis, 2004).
COMO IMPLEMENTAR
▸ Levantamento de características da moradia de baixa renda
COMO SE PREPARAR PARA UTILIZAR O INSTRUMENTO existente: cada território possui formas diferentes de moradia
[dados, informações e análises] em função das características sociais e culturais vigentes. Devem
ser feitos levantamentos das tipologias usualmente produzidas
▸ Identificação da demanda por habitação de interesse social: ou desejadas para a moradia de baixa renda, de forma que os pa-
é importante que o município crie e/ou atualize mecanismos de râmetros propostos para as ZEIS de Áreas Vazias sejam compatí-
cadastro da demanda existente (déficit habitacional) e de cálculo veis com essa demanda.
da estimativa de novos habitantes prevista para o período de du-
ração do Plano Diretor (geralmente dez anos). Tal base de dados
A classificação do que é baixa renda é uma prerrogativa municipal, e essa cate-
atualizada servirá como referência para planejar a quantidade de goria é fundamental para poder utilizar e enquadrar a demanda que será aten-
habitações necessárias e, consequentemente, a efetiva deman- dida dentro das ZEIS de Áreas Vazias.
da por ZEIS de Áreas Vazias. Além de essa listagem ou cadastro
identificar quantitativamente a demanda existente, é importante
que inclua dados qualitativos sobre o quadro habitacional, como ▸ Levantamento dos vazios existentes: elaborar mapeamento e/
faixas de renda familiar com menor acesso à moradia, caracte- ou cadastro dos vazios no município e, caso já exista, atualizá-lo.
rísticas e tipologias construtivas das habitações de baixa renda. Informações como área total dos imóveis, uso atual, restrições à
Assim é possível direcionar área vazias identificadas, bem como urbanização, propriedade pública ou privada do imóvel, dívidas
recursos e instrumentos, de forma específica para certas faixas de IPTU, entre outras, podem auxiliar na definição das formas de
de renda, faixas etárias, tipologias construtivas, povos e comuni- utilização futura desses vazios.
dades tradicionais, áreas ambientalmente frágeis, população em
▸ Diretrizes, objetivos e metas para a Habitação de Interesse So- ▸ Definição dos critérios de uso e ocupação do solo nas ZEIS em
cial (HIS) no município: estabelecer, de acordo com a realidade Áreas Vazias: estabelecer parâmetros como percentual mínimo
municipal, quais são os objetivos relativos à HIS, para garantir o de HIS nas ZEIS, dimensões mínimas do lote, taxa de ocupação
acesso à terra e moradia adequada para a população. mínima e máxima do lote, coeficientes de aproveitamento (mí-
nimo, básico e máximo), usos não residenciais permitidos ou in-
centivados, taxa de permeabilidade, gabarito, diretrizes para o
Como para as demais políticas de desenvolvimento urbano, é fundamental que a espaço público, entre outros.
população participe ativamente das leituras urbanas e das decisões sobre os ob-
jetivos da política municipal de habitação. O envolvimento dos futuros atendidos
é um importante apoio em caso de disputas de interesses, além de contribuir para ▸ Articulação com instrumentos para viabilização e financia-
o direcionamento adequado das ações públicas e privadas. mento das ações em ZEIS em Áreas Vazias: a demarcação das
áreas de ZEIS é importante, mas não suficiente para a produ-
ção de moradia de interesse social. Por exemplo, a articulação
▸ Definição da HIS: incluindo a definição da faixa de renda da popula- da demarcação desse tipo de ZEIS com a incidência de Parcela-
ção que estará incluída nos programas e critérios de priorização por mento, Edificação ou Utilização Compulsória (PEUC) e Direito de
grupo social, características de tipologias habitacionais existentes ou Preempção é um meio de o poder público assumir as proprieda-
a serem construídas, valor máximo do imóvel ou outros parâmetros des para, então, determinar formas de execução das unidades a
relevantes. partir de programas habitacionais com recursos vinculados/pre-
vistos, mas o Consórcio Imobiliário também pode ser utilizado
para produzir HIS em parceria com o setor privado. Veja também
CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO POR GRUPO SOCIAL
as problemáticas dos temas Expansão Urbana e Dinâmica Imobi-
Estabelecerão, por exemplo, políticas afirmativas relacionadas à provisão de
moradia e à segurança da população. Identificar no município quais são os gru- liária. Os recursos direcionados para fundos municipais voltados
pos mais vulneráveis e com menor acesso à moradia permite que sejam prioriza- ao desenvolvimento urbano e à habitação (obtidos com o paga-
dos pela política habitacional, contribuindo para a redução da desigualdade. Por mento de Outorga Onerosa, IPTU progressivo, IPTU e outros tri-
exemplo, mulheres negras e com filhos, habitantes de áreas identificadas como
estando em situação de risco (ou seja, que necessitem de intervenções para qua-
butos municipais) podem e devem ser direcionados para viabilizar
lificação da segurança), idosos, população de rua e pessoas transexuais sofrem ações em ZEIS. Também é fundamental que as leis orçamentárias
de maneira mais direta e potente os efeitos da falta de moradia adequada. municipais prevejam dotações específicas para essa finalidade e
que sejam buscados recursos em programas específicos.
832 833
priedade pelos imóveis vazios, em propriedade privada como PEUC e
É importante que o município diversifique as formas de produção de HIS, para
atender mais adequadamente a demanda habitacional. A aplicação dos instru- Direito de Preempção. Além disso, é importante notar que áreas pú-
mentos urbanísticos podem prover terra que poderá ser usada como contrapar- blicas demarcadas como ZEIS podem estar entre as primeiras a rece-
tida para a obtenção de financiamentos habitacionais junto ao estado e a união. ber obras para produção de moradia para população de menor renda.
▸ Demarcação das ZEIS e definição de suas categorias: demarca- Produção de habitação de interesse social nas ZEIS
ção, em mapa único, de todos os perímetros de ZEIS no município. em áreas vazias
Para cada tipo de ZEIS pode ser importante estabelecer subcate- Além da busca por alternativas oferecidas em programas habitacio-
gorias para lidar com variadas condições socioterritoriais, tipo- nais estaduais e federais, o município pode conduzir seus próprios
lógicas e/ou de estrutura fundiária. Por isso, a regulamentação programas com recursos próprios e/ou com futuras pessoas mora-
das ZEIS deve descrever as características e a destinação prevista doras do local (por exemplo, em modelo de mutirão autogestionário).
para cada categoria. Nesse caso, o município pode mobilizar alguns de seus setores técni-
cos para conduzir a seleção da população a ser beneficiada de acordo
com a modalidade de atendimento mais pertinente e o processo de
O que depende da aprovação de lei(s) específica(s) projeto e execução das moradias de acordo com as prioridades esta-
Recomenda-se que sua regulamentação seja feita no Plano Diretor, belecidas pelo Plano Diretor e com as necessidades dos selecionados.
para que seja autoaplicável, mas, se esse instrumento estiver apenas
previsto no Plano Diretor, é importante que:
Monitoramento da implementação do instrumento e
▸ O Plano Diretor aponte o prazo para elaboração e aprovação da da política habitacional
legislação posterior de ZEIS. Para além de um balanço da aplicação de recursos em ZEIS, do
número de regularizações fundiárias realizadas ou da quantidade
▸ A nova regulamentação não crie contradições entre ZEIS e parâ- de unidades habitacionais construídas, é interessante que o muni-
metros de controle do uso e ocupação do solo, por exemplo, apon- cípio avance para a avaliação e o monitoramento do atendimento
tando claramente a prevalência dos parâmetros de ZEIS sobre os habitacional. Para que a utilização do instrumento seja aperfeiçoa-
anteriormente definidos. da ou corrigida, devem ser respondidas nesse processo perguntas
como: se as obras e investimentos contribuíram para melhoria das
▸ A elaboração e a aprovação da lei específica sejam feitas em pro- condições de moradia no município e/ou se geraram impactos so-
cesso participativo amplo, transparente e democrático. cioambientais, quais grupos sociais e faixas de renda tiveram aces-
so à habitação, entre outras. A atualização periódica do cadastro da
demanda habitacional também é uma importante ferramenta de
COMO FUNCIONA NO DIA-A-DIA [quais os passos da monitoramento. Esse conjunto de informações deve ser sempre de
implementação] fácil acesso pela sociedade, garantindo transparência dos proces-
Além dos aspectos de gestão comuns a todos os tipos de ZEIS, a atua- sos, e pode auxiliar em caso de revisão do Plano Diretor.
ção cotidiana nas ZEIS em Áreas Vazias pode ser encarada de forma
diferente para terrenos de propriedade pública e de propriedade pri-
vada. Após a demarcação das ZEIS de Áreas Vazias, é importante de- Demarcar áreas de interesse a produção de habitação como sujeitas ao Direito
senvolver nesses territórios: de Preempção possibilita que o poder público tenha prioridade em sua aquisição,
além de dar acesso aos preços praticados pelo mercado no município. Além disso,
tais áreas podem ser objeto de PEUC, caso estejam vazias ou subutilizadas.
REFERÊNCIAS
Nelson Saule Júnior e Raquel Rolnik (coords.), Estatuto da Cidade: guia para imple-
mentação pelos municípios e cidadãos (São Paulo: Instituto Pólis, 2005).
Raquel Rolnik (org.), Como produzir moradia bem localizada com os recursos do pro-
grama Minha Casa Minha Vida? Implementando os instrumentos do Estatuto da
Cidade! (Brasília: Ministério das Cidades, 2010).
Raquel Rolnik e Otilie Macedo Pinheiro (orgs.), Plano Diretor Participativo: guia para
a elaboração pelos municípios e cidadãos (São Paulo: Instituto Pólis, 2004).
O Zoneamento define zonas em porções do território, atrelando parâ- Ou seja, é fundamental que o Zoneamento seja elaborado buscando
metros específicos de uso (tipos de atividades) e de ocupação (formas adequar-se em relação à ocupação existente em cada área da cida-
de construção, isto é, os parâmetros que definem a morfologia), bus- de, o que significa estabelecer índices e coeficientes urbanísticos viá-
cando conduzir o município em direção ao desenvolvimento de acordo veis (e não puramente ideais) para atingir os objetivos desejados para
com a visão de futuro pactuada pela sociedade no Plano Diretor. a zona. É importante que o município compreenda de qual forma os
índices urbanísticos moldam a morfologia urbana resultante no lote.
Existe um conjunto de leis urbanísticas que complementam o Pla-
no Diretor: a Lei de Uso e Ocupação do Solo (zoneamento), a Lei do Embora seja comum a elaboração de Zoneamento apenas para defi-
Parcelamento do Solo, o Código de Obras e Edificações (COE) e o Có- nição de parâmetros para as áreas urbanas do município, é altamen-
digo de Posturas. Juntas, formam um conjunto importante de instru- te recomendável que se avance na definição de parâmetros também
mentais para a efetivação da política de desenvolvimento urbano. O no perímetro rural, definindo zonas para as áreas com usos rurais e
Conselho das Cidades (órgão do Ministério das Cidades) emitiu a Re- ambientais, restrigindo usos não desejados e, portanto, direcionan-
solução n. 34 de 1º de julho de 2005, orientando que toda a legislação do a ocupação destas áreas no município. Embora seja um só instru-
de uso e ocupação do solo – ou ao menos suas diretrizes gerais – seja mento, o Zoneamento para áreas urbanas acarreta leituras e análises
consolidada no Plano Diretor, seguindo o acertado entendimento de diferentes das áreas rurais e ambientais. Desta forma, dividimos o
que o Zoneamento é considerado parte integrante do Plano Diretor. zoneamento em duas partes nesse guia, a fim de contribuir para que
Apesar de extintos o Ministério e o Conselho da Cidade, as Resoluções o município formule o zoneamento para todo o seu território, consi-
editadas permanecem em vigor, uma vez que versam sobre a imple- derando as próprias especificidades. A seguir, apresentamos separa-
mentação do Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001). damente o Zoneamento para perímetro urbano e o Zoneamento para
perímetro rural.
O estabelecimento de parâmetros de uso e de ocupação do solo é a ca-
racterística técnica que define a permissão ou indução de determina-
dos usos, tipologias e morfologias na cidade. É preciso lembrar que não É preciso lembrar que o Zoneamento também tem um caráter elitista e ex-
cludente que deve ser combatido, pois o instrumento tem sido amplamente
são apenas os aspectos técnicos das regulações de planejamento que
utilizado para garantir áreas da cidade mais valorizadas e inacessíveis às po-
incidem na construção cotidiana da cidade, já que existem no Brasil di- pulações de menores faixas de renda. O Zoneamento e os parâmetros de uso,
versas formas de construção à margem das normativas de planejamen- de ocupação e de parcelamento do solo muitas vezes são propostos para uma
to urbano, inclusive aquelas que devem ser entendidas como parte das cidade ideal e não para a cidade real. Ou seja, é muito importante que o Zo-
neamento favoreça a integração social e evite demarcar áreas constituídas por
respostas às condições de desigualdades econômicas e sociais da socie- grupos e usos homogêneos.
dade brasileira, como as favelas e outras formas de ocupação precária.
▸ Estabelecer, por meio de índices urbanísticos, – relações entre a ▹ incentivar o uso misto;
morfologia (ocupação) e as atividades (uso) internamente aos li- ▹ fomentar determinadas atividades econômicas;
mites dos lotes, sendo, assim, parcialmente responsável por defi- ▹ garantir áreas para usos incompatíveis com outras atividades
nir a morfologia urbana, ou seja, o conjunto de interações entre a urbanas, como alguns tipos de uso industrial, poluidores e/ou
paisagem natural e a paisagem construída, entendida aqui como extrativistas, entre outros;
as volumetrias das edificações que determinam a forma da cidade. ▹ promover usos mistos com redução de conflitos entre ativi-
dades, garantindo baixos níveis de incomodidade entre usos
▸ Promover o adensamento de áreas específicas, direcionando o vizinhos.
desenvolvimento urbano para áreas com maior capacidade da
infraestrutura instalada, por meio de índices que favoreçam o ▸ Promover o uso e a ocupação sustentáveis, incorporando parâme-
adensamento de determinadas zonas, sempre respeitando as tros, obrigações e índices pautados por uma visão de futuro calca-
características socioambientais do território. da na relação harmônica entre o desenvolvimento social, urbano
e ambiental. Por exemplo:
Planejar e demarcar zonas de baixa emissão ou de emissão zero na cidade, onde o transporte ▸ Análise do macrozoneamento: avaliar as diversas macrozonas
E104 motorizado a base de combustíveis fósseis seja banido ou desincentivado por meio de taxas so- previstas no município para identificar de que maneira os usos ur-
bre seu uso.
banos e as formas de ocupação se repetem ou se diferenciam em
cada uma delas, buscando compreender possíveis subdivisões e
COMO IMPLEMENTAR agrupamentos. Esta análise parte do macrozoneamento, mas se
constitui em uma leitura tipológica e morfológica sobreposta às
COMO SE PREPARAR PARA UTILIZAR O INSTRUMENTO dinâmicas socioeconômicas em escala mais aproximada. Impor-
[dados, informações e análises] tante considerar os mapamentos dos riscos climáticos, localizan-
O Plano Diretor, através do Zoneamento e com base em princípios de do áreas de risco de alagamento, ilhas de calor, por exemplo, que
fundamentação e em instrumentos e parâmetros bem delimitados, podem ser amenizados com parâmetros construtivos adequados.
terá de apontar as futuras feições da cidade, valorizando uma pers-
pectiva de conservação urbana e ambiental que assegure equilíbrio ▸ Análise dos sistemas de estruturação urbana: identificar, de
entre o que precisa ser mantido e o que pode ser objeto de mudança forma sobreposta ao território, os sistemas ambiental, de mobi-
nas múltiplas unidades de paisagem que constituem o conjunto urba- lidade, de equipamentos públicos e de centralidades. Também é
no, em particular. importante considerar as zonas especiais, no que tange aos recur-
sos naturais e ao patrimônio histórico e cultural, bem como às Zo-
Para implementar o Zoneamento, é preciso aprofundar o conheci- nas Especiais de Interesse Social (ZEIS), dentre outras.
mento da realidade local que foi sendo desenvolvido ao longo da ela-
boração do Macrozoneamento, a partir dos levantamentos mínimos A leitura conjunta desses sistemas, considerando as zonas especiais, é
ou básicos que constam no capítulo 1, “Leitura do território”. É impor- fundamental para estabelecer diretrizes gerais para as formas de uso
tante retomá-los, mas o Zoneamento demanda uma aproximação de e de ocupação do solo, avançando em relação ao previsto no macrozo-
escala em relação às dinâmicas socioterritoriais a partir de: neamento. Ou seja, é preciso aferir alguns parâmetros existentes para
possibilitar usos urbanos com qualidade, tais como:
▸ Levantamento das legislações que incidem no uso e na ocu-
pação do solo municipal: identificar as legislações existentes ▹ energia elétrica, coleta de resíduos, abastecimento de água,
que tratam de uso e ocupação do solo que são utilizadas pelo coleta de esgoto e rede de drenagem;
município como o Zoneamento vigente, a criação de unidades ▹ equipamentos públicos sociais (educação, saúde, cultura e
de proteção ambiental, o tombamento de imóveis isolados ou de lazer);
conjuntos arquitetônicos existentes, o Código de Obras, o Códi- ▹ condições de mobilidade: transporte público, ciclovia e calça-
go Sanitário Estadual e o Código de Postura, além de leis decre- das;
tos específicos e correlatos para avaliar se há incompatibilidades. ▹ parques, praças, áreas verdes e arborização;
Pode ser preciso revogar leis e decretos ou estabelecer, no Plano ▹ serviços de caráter local (supermercado/mercado/hortifrúti,
Diretor e no seu Zoneamento, hierarquias e procedimentos claros restaurante, padaria, farmácia, etc).
que possibilitem a utilização da lei pertinente sem criar conflitos.
Este conjunto de legislações também servirá para compreender a Caso algum destes itens não esteja contemplado na região, é preciso
relação entre a regulamentação prevista e as formas de ocupação articular as propostas de zoneamento e outros instrumentos, de for-
existentes na cidade real. ma a garantir sua implementação.
CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano ▸ Parâmetros de incomodidade: a compatibilização entre usos
Diretor ou em Leis Específicas] em uma mesma área da cidade depende das eventuais incomo-
didades geradas por cada tipo de uso e empreendimento. Por isso,
O que deve ser regulamentado no Plano Diretor o Zoneamento também age como mediador de conflitos de vizi-
Como apontado, é adequado que o Zoneamento seja parte integrante nhança ao estabelecer parâmetros de incomodidade que possibi-
do Plano Diretor, devendo estar regulado na lei que o instituir, incluin- litam a existência de zonas de uso misto, ou seja, com mais de um
do mapeamentos e tabelas de índices urbanísticos. Para isso é impor- tipo de uso simultâneo. As incomodidades podem dizer respeito à
tante que o Plano Diretor estabeleça: localização e ocupação dos lotes, aos níveis de ruído, de salubrida-
de, de poluição ambiental, à geração de tráfego, de demanda para
▸ Definição da função social da propriedade equipamentos e serviços públicos, entre outros. Por exemplo, em
áreas com uso residencial e com presença de equipamentos de
▸ Classificações (ou categorias) de uso: são os tipos de atividades saúde é preciso ter cuidado com usos geradores de ruído ou ainda,
que acontecem em todo o município e que em alguns casos en- usos com grande geração de resíduos sólidos ou tóxicos podem
globam subcategorias para indicar as necessidades e os impactos ser incompatíveis com áreas de preservação ambiental.
específicos de cada uso.
▸ Áreas computáveis e áreas não computáveis: nem sempre a de- ▸ Recuos/afastamentos: os recuos (também chamados afastamen-
finição do que é considerado áreas computáveis para fins de cál- tos) são as distâncias mínimas entre os limites dos lotes e suas edi-
culo de Coeficiente de Aproveitamento está no Plano Diretor, pois ficações internas. Costumam ser estabelecidos, para cada uso e
muitas vezes pode estar dentro da lei de uso e de ocupação do zona da cidade, os recuos frontais, laterais e de fundos, que devem
solo ou mesmo no Código de Obras. É importante verificar quais ser pensados de acordo com as tipologias construtivas existentes
são as situações em que não se computa as áreas para fins de cál- e desejadas para o local e não precisam ser obrigatórios. Os recuos
culo de CA, a fim de compreender o que o município tem incenti- podem variar de acordo com a altura da edificação e precisam ser
vado ou busca incentivar em seua definição. pensados de forma a influenciar positivamente tanto na interface
entre o lote e o espaço público (como as ruas e calçadas) quanto
▸ Taxa de Ocupação (TO) máxima: é a relação entre a projeção da na relação entre lotes. Por exemplo, áreas comerciais e de serviços
edificação sobre o terreno, logo, quanto mais próxima de 1 (ou de com boa circulação de pedestres são beneficiadas pelo recuo frontal
100%) está a TO, mais ocupado é o terreno. A TO máxima diz res- igual a zero, pois as fachadas tornam-se mais convidativas. Muitas
peito à quantidade de superfície do terreno que pode ser ocupada áreas já consolidadas, inclusive com relevância para preservação
por edificações ou estar sob projeções das edificações, pois mar- das edificações (como antigas vilas operárias ou centros históricos),
quises, áreas em balanço e outros elementos construtivos tam- não possuem recuos laterais e a manutenção destas condições pode
bém são considerados na taxa de ocupação. ser importante para garantir a permanência da morfologia urbana.
O QUE É
Garantia do cumprimento das diretrizes do zoneamento na
aprovação de projetos O Zoneamento define zonas em porções do território com parâme-
Todos os procedimentos de licenciamento e aprovação de projetos, tros específicos de uso (tipos de atividades) e de ocupação (formas de
dos menores aos maiores empreendimentos, devem ser coerentes construção, isto é, os parâmetros que definem a morfologia) buscan-
com as diretrizes previstas no Zoneamento. Por este motivo, nos do- do conduzir o município em direção ao desenvolvimento urbano de
cumentos exigidos (memoriais ou desenhos de projeto, por exemplo) acordo com a visão de futuro pactuada pela sociedade no Plano Dire-
para os pedidos de aprovação de projeto devem constar a zona na qual tor. Como as áreas rurais e ambientais, delimitadas como perímetro
estão inseridos e os parâmetros considerados. No caso de empreendi- rural, são relacionadas também às Políticas Nacionais de Meio Am-
mentos que requerem diretrizes ao setor de planejamento antes da biente e de Desenvolvimento Rural e devem considerar os instrumen-
elaboração dos projetos, é fundamental que as informações relativas tos destas políticas.
ao Zoneamento sejam incluídas de forma direta nas diretrizes a se-
rem enviadas. No âmbito da política urbana, o Zoneamento Ambiental foi legiti-
mado por meio do Estatuto da Cidade, Lei n. 10.257, em 2001, como
instrumento de planejamento municipal. Elencado como um dos
Gestão democrática da cidade a partir do zoneamento instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal
Por definir diretamente os incentivos e as restrições edilícias aos terre- n. 6.938/81), o Zoneamento Ambiental evoluiu para o Zoneamento
nos privados, o Zoneamento é um instrumento fortemente disputado Ecológico-Econômico (ZEE), a partir da edição do Decreto Federal n.
pelos diferentes interesses privados presentes na cidade. Assim, é um 4.297/2002. O ZEE é um instrumento de organização do território que
dos instrumentos mais visados pela sociedade civil e seus segmentos obrigatoriamente deve ser seguido na implantação de planos, obras
econômicos, que buscam incidir tanto pela participação no processo e atividades públicas e privadas, pois estabelece medidas e padrões
de elaboração quanto por pressões no dia a dia, com grupos que vão de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental,
tentar garantir o cumprimento de suas diretrizes ou que almejam dos recursos hídricos e do solo e a conservar a biodiversidade, garan-
alterar suas definições. Para que o município se proteja de pressões tindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de
contrárias ao interesse público, é importante que a sociedade civil vida da população.
compreenda e possa utilizar as diretrizes, permissões e restrições
contidas no Zoneamento tanto nos espaços institucionais (inclusive O Zoneamento Ambiental Municipal (ZAM) é um estudo ambiental
conselhos municipais) quanto na implementação das políticas urba- integrado, baseado na leitura de mapas, imagens e outras informa-
nas, a fim de garantir que o desenvolvimento municipal caminhe em ções do território do município, desenvolvido no âmbito da Política
direção à visão de futuro pactuada no Plano Diretor. Nacional de Meio Ambiente, que objetiva subsidiar a elaboração, a re-
visão ou a implantação de políticas públicas voltadas ao uso e à ocu-
pação do solo, em especial o Plano Diretor municipal, sendo sua “base
ambiental”, agregando o caráter sustentável a essas políticas. O ZAM
REFERÊNCIAS deve considerar a importância ecológica, as limitações e as fragilida-
Nelson Saule Júnior e Raquel Rolnik (org.), Estatuto da Cidade: guia para implemen- des dos ecossistemas, estabelecendo vedações, restrições e alterna-
tação pelos municípios e cidadãos (São Paulo: Instituto Pólis, 2001), disponível tivas de exploração do território, a fim de orientar a implementação
online. e a avaliação de diretrizes programáticas por meio de planos de ação
Fernanda Furtado, Rosane Biasotto e Camila Maleronka, Outorga onerosa do direito de curto, médio e longo prazos para cada unidade territorial a ser con-
de construir (Brasília: Ministério das Cidades, 2012, coleção Cadernos Técnicos de siderada (perímetro urbano e zona rural) e estabelecendo, inclusive,
Regulamentação e Implementação de Instrumentos do Estatuto da Cidade, vol. ações voltadas à mitigação ou à remediação de impactos ambientais
1), disponível online.
cendo a manutenção da qualidade e a disponibilidade de água. Este E73 Sanar ou mitigar situações de risco, alagamento e inundações.
Zoneamento deve trazer uma visão ambiental para subsidiar o plane- E79 Garantir área de produção de agricultura familiar, agroecológica e sustentável
jamento, agregando o caráter sustentável ao instrumento.
Promover ampliação da rede de distribuição dos alimentos produzidos no município
E80
ou na região.
Estruturar uma política de gestão de resíduos líquidos vinculada a uma política de desenvolvi-
E103
mento de baixo carbono.
REFERÊNCIAS
Ministério do Meio Ambiente, Zoneamento Ambiental Municipal: o meio ambiente
contribuindo para o Planejamento Urbano (Brasília: Ministério do meio Ambien-
te, 2018), disponível online.
Instituto Polis, O planejamento do município e o território rural (São Paulo: Instituo
Pólis, 2004), disponível online.
Os principais objetivos do Zoneamento Especial são, de forma geral, COMO SE PREPARAR PARA UTILIZAR O INSTRUMENTO
os mesmos do Zoneamento, sendo que cada uma das zonas especiais [dados, informações e análises]
apresentará objetivos específicos de acordo com a característica de A implementação do Zoneamento Especial pressupõe o mesmo pro-
uso e ocupação que a define. cesso informativo do Zoneamento. A identificação de especificidades
em relação às zonas comuns é um dos fatores que nortearão a previ-
são e demarcação de zonas especiais. Veja os passos para a elabora-
ção do Zoneamento.
Estratégias relacionadas
E04
Garantir a segurança na posse, de modo a permitir a permanência da população de baixa renda, CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
vulnerabilizada e/ou de povos e comunidades. Diretor ou em Leis Específicas]
Garantir a implementação do equipamento de impacto de forma articulada à política de desen- ▸ Caracterização das zonas especiais: descrever cada tipologia de
E59
volvimento urbano e ambiental do município.
zona especial identificada (perfil e características naturais, cons-
truídas ou sociais, determinantes para serem consideradas espe-
Estruturar uma política de gestão de resíduos sólidos vinculada à política de desenvolvimen- ciais), as diretrizes e os objetivos para seu desenvolvimento, bem
to urbano e com articulação regional para construção e gestão de aterro sanitário, centrais de
E72
compostagem ou reciclagem e demais equipamentos que componham o sistema de coleta e como para a definição dos respectivos parâmetros de uso e ocu-
tratamento de resíduos sólidos. pação do solo. Elencar, caso existam, as subcategorias (por exem-
plo, tipos diferentes de zonas especiais voltadas à preservação do
Garantir a permanência e o estímulo contínuo à produção oriunda de povos e comunidades tra- patrimônio), apresentando suas características distintivas. Defi-
E81
dicionais. nir precisamente os casos e as formas de lidar com a sobreposição
entre o Zoneamento e o Zoneamento Especial, se for o caso.
E87 Estimular o turismo de base comunitária junto aos povos e às comunidades tradicionais.
▸ Demarcação dos perímetros das zonas especiais: elaboração
de mapa com o perímetro de todas as zonas especiais e, se houver
subcategorias, sua identificação exata no mapa.
Planejar mitigação e controle de possíveis impactos da instalação do equipamento de mobilida- Compreender estas características é o que permite avaliar como as áreas aden-
E84
de sobre o meio urbano ou seu entorno. sadas e com presença de usos comerciais ou de serviços podem se beneficiar
mais com a requalificação de passeios públicos do que com obras rodoviárias,
por exemplo. Já bairros populosos de baixa renda e distantes dos principais cen-
tros de emprego precisam ser acessíveis por meio de transportes de baixo custo
e qualidade, como ônibus e ciclovias.
COMO IMPLEMENTAR
▸ Definição do sistema: descrição dos elementos considerados, O que depende da aprovação de lei(s) específica(s)
abordando suas funções e hierarquias, quando for o caso. Se o Como foi dito, o sistema de mobilidade não é conteúdo obrigatório
município optar por não utilizar o sistema de mobilidade, o Plano do Plano Diretor e, portanto, não exige aprovação de qualquer outra
Diretor pode dar diretrizes para que seu conteúdo seja incorpora- normativa. Vale lembrar que conteúdo similar ao do sistema de mo-
do pelo Plano Municipal de Mobilidade no momento de sua exe- bilidade pode ser incorporado pelo Plano Municipal de Mobilidade no
cução ou revisão. Neste caso, as informações seguintes do item momento de sua execução ou revisão, sendo importante, no entanto,
Planejamento não serão consideradas. que o Plano Diretor incorpore diretrizes para sua formulação.
▸ Mapeamento do sistema: de preferência na mesma cartografia COMO FUNCIONA NO DIA-A-DIA [quais os passos da
em que forem apresentados os demais sistemas de estruturação implementação]
territorial ou, pelo menos, os mais influentes no sistema de mobili- O sistema de mobilidade pode subsidiar cotidianamente a gestão mu-
dade (geralmente, sistemas de equipamentos e de centralidades). nicipal, propiciando maior articulação entre a política setorial e a po-
lítica de desenvolvimento territorial e direcionando a elaboração de
▸ Articulações entre sistema, zoneamento (e outros instrumen- ações, políticas e investimentos setoriais, além de estabelecer bases
tos relacionados ao Plano Diretor), planos e políticas setoriais para a construção de formas e ferramentas de monitoramento da di-
municipais: principal forma de atrelar o sistema aos objetivos da nâmica urbana.
política de desenvolvimento territorial municipal, que, se bem
articulados, organizarão facilmente um plano de investimentos
prioritários. Inclusão das diretrizes e visão de futuro
do sistema de mobilidade em políticas setoriais e
▸ Plano de investimentos prioritários: ações do poder público de desenvolvimento territorial
(programas, políticas, obras etc.) descritas em formato de texto, Discutir com equipes técnicas e profissionais da gestão municipal as
quadro e/ou tabela, com indicação de prioridade (e prazo, se for o informações obtidas com os levantamentos de reconhecimento do
caso) e preferencialmente articuladas a: (1) demarcação em mapa território e as leituras cruzadas que compõem o mapa de sistemas de
do local (imóvel, bairro, região) de investimento; (2) previsão ou estruturação territorial é fundamental para que estes possam conhe-
sugestão de recursos orçamentários; e (3) instrumentos previs- cer seu potencial de utilização cotidiana. É uma forma de capacitação
tos, caso seja necessário (direito de preempção para realização de de servidores que nem sempre estiveram presentes na elaboração do
um terminal, por exemplo). Os recursos orçamentários munici- Plano Diretor, visando incluir as diretrizes e a visão de futuro de cada
O sistema de áreas verdes organiza, mapeia e propõe informações in- ▸ Avaliar, a partir de leituras cruzadas e territorializadas, a existên-
tegradas sobre os diversos tipos de áreas verdes públicas ou privadas cia, a utilização e a adequação das estruturas verdes em áreas ur-
no território municipal, com relação a características, porte, grau de banas e rurais.
fragilidade, função ambiental e categorização. Trata de massas arbó-
reas e arborização urbana significativas, praças e parques, brejos e ▸ Promover a articulação entre as diversas áreas verdes do municí-
áreas alagáveis, áreas verdes de proteção ou preservação ambiental e pio, de forma a melhorar a qualidade de vida nas cidades e nas zo-
permanente, e paisagens culturais. Pode abranger estruturas verdes nas rurais, trazendo diversos benefícios à sociedade (por exemplo,
tanto em área urbana quanto em área rural, e deve dar especial aten- propiciar áreas qualificadas para lazer, educação ambiental e cul-
ção às áreas de transição entre ambas. tura), ao meio ambiente (como a integração ecossistêmica, a pre-
servação de recursos naturais e a mitigação de danos ambientais)
e à economia (por exemplo, reduzir custos oriundos da degrada-
ção ambiental, ou desenvolver o potencial econômico de uso em
PAISAGENS CULTURAIS são aquelas constituídas por elementos naturais
e culturais, representativas de interações do homem com o meio natural e que algumas áreas verdes, por meio do turismo sustentável, da pes-
possuem valores a serem protegidos. quisa ou da produção de alimentos que contribua para a garantia
da segurança alimentar local).
Envolve as áreas verdes públicas e privadas que podem ter caracterís- ▸ Garantir a manutenção das áreas verdes e da qualidade do ar, pro-
ticas mais urbanas (como massas arbóreas e arborização urbana sig- teger o patrimônio natural e cultural, e contribuir para a mitigação,
nificativas, praças, parques urbanos ou áreas destinadas como verdes adaptação e resiliência às mudanças climáticas em nível local e
devido a parcelamento, ainda que não estruturadas) ou menos urba- regional.
nas, como áreas de proteção ambiental, de preservação permanente
(inclusive dos rios), Unidades de Conservação, bosques; brejos e áreas ▸ Organizar plano de investimentos prioritários para áreas verdes,
alagáveis, ou áreas não urbanizadas e com alta declividade (não ur- articulando a visão de futuro do município a previsões orçamentá-
banizáveis). Principalmente no caso de áreas rurais – mas não apenas rias, obras e equipamentos de impacto, assim como às propostas
– pode haver estruturas verdes que ultrapassam os limites municipais, de uso e de ocupação do solo consolidadas no Macrozoneamento,
ou seja, que pressupõem articulações regionais de uso e de manejo. no Zoneamento ou em outros instrumentos de indução do desen-
volvimento urbano.
Algumas áreas verdes englobam ou pertencem a elementos de outros
sistemas, sendo que o nível de separação ou integração para elaborar o
mapa do sistema de estruturação territorial deve ser definido por cada Estratégias relacionadas
município. Por exemplo, centros comunitários, museus e quadras de
Garantir ocupação urbana adequada em situações de risco e reserva de terras com infraestrutu-
esportes, entre outros equipamentos, frequentemente fazem parte de E09
ra para reassentamento.
praças e parques urbanos, que por sua vez serão mapeados pelo siste-
ma de áreas verdes, mas também podem estar contemplados no sis- E23
Melhorar a qualidade do sistema de microacessibilidade, como calçadas, arborização, ilumina-
tema de equipamentos públicos. Já os mananciais serão identificados ção, viário, mobilidade ativa e outros.
no sistema de saneamento ambiental, mas podem e devem ter áreas E25 Articular as áreas verdes públicas, garantindo o fortalecimento das áreas ambientais do município.
verdes protegendo-os. Nas áreas urbanas, fundos de vale e cursos de E27 Melhorar as condições de drenagem do município considerando o uso e a ocupação do solo.
água podem ser recuperados e reintegrados à paisagem. O importante
E28 Incorporar agenda ambiental local (bioma) no planejamento do território.
é que haja coerência nas definições, sendo que as leituras devem ser
sobrepostas e articuladas. E62 Promover a recuperação e a preservação das áreas ambientais degradadas.
Incentivar a preservação por parte de pessoas proprietárias de áreas privadas com importância
E63
Ler o conteúdo sobre Sistemas de Estruturação Territorial. ambiental.
▸ Mapa de estruturas do sistema de áreas verdes: estruturar e O sistema de áreas verdes pode estar relacionado a diversos tipos de planos
hierarquizar as áreas identificadas, a partir do grau de fragilida- em escalas superiores à municipal, como planos de manejo, de meio ambiente,
de ambiental, por exemplo, ou do tipo de uso, do nível de pro- de preservação/APPs, ou de zoneamento ecológico-econômico. Tais planos de-
vem ser considerados durante a definição de estratégias, ações e recursos para
teção ou de preservação necessários (inclusive a partir do grau o sistema de áreas verdes municipal.
de relevância cultural, paisagística e/ou histórica das áreas). As
áreas frágeis e/ou previstas para recuperação ambiental (reflo-
restamento, por exemplo), assim como as que prestam serviços CONTEÚDO BÁSICO A SER REGULAMENTAD0 [no Plano
ecossistêmicos (por exemplo, pomares, corredores ecológicos, e Diretor ou em Leis Específicas]
áreas para proteção de mananciais ou para ações de mitigação e
adaptação à mudança do clima) constituem os elementos bási- O que deve ser regulamentado no Plano Diretor
cos a serem mapeados e são parte dos levantamentos sugeridos O sistema de áreas verdes não é um conteúdo obrigatório, mas reco-
na Etapa 2 – Formulação das propostas. menda-se que o Plano Diretor apresente:
E60 Fomentar a requalificação urbana de maneira coerente com a política de desenvolvimento urbano. ▸ Dados sobre demandas de equipamentos públicos: análises
preliminares sobre a quantidade de vagas oferecidas pelos princi-
Controlar a expansão urbana considerando as áreas ambientalmente degradadas e a capacida- pais tipos de serviço, os déficits identificados e as características
E69
de de infraestrutura instalada ou prevista.
territoriais de cada um. Dados gerais sobre o perfil da população
Estruturar uma política de gestão de resíduos sólidos vinculada à política de desenvolvimen- (idade, renda, raça, gênero) cruzados com informações sobre
to urbano e com articulação regional para construção e gestão de aterro sanitário, centrais de onde mora e onde utiliza o respectivo serviço público podem qua-
E72
compostagem ou reciclagem e demais equipamentos que componham o sistema de coleta e lificar informações sobre melhorias necessárias para cada tipo de
tratamento de resíduos sólidos.
deslocamento e previsão de novos equipamentos. Estas informa-
ções colaboram tanto para identificar déficits no território (como
E79 Garantir terra para a produção agrícolafamiliar, agroecológica e sustentável.
bairros que necessitam melhoria no atendimento por serviços
Promover ampliação da rede de distribuição dos alimentos produzidos no município de assistência social, por exemplo) quanto para a projeção de de-
E80
ou regionalmente mandas (áreas sendo ocupadas, novos loteamentos).
Promover melhor aproveitamento da terra ocupada, realizar parcerias e integrar o planejamen-
E82
to e gestão de equipamentos públicos municipais.
Viabilizar aquisição de imóveis para construir equipamentos públicos necessários ao desenvol- Mesmo que sejam identificados de forma preliminar, os números relativos à
E83 demanda por serviços públicos, oferta de vagas e capacidade de suporte de
vimento urbano e social do município.
determinado equipamento podem sinalizar, pela necessidade de melhoria de
Garantir a implementação de equipamentos turísticos culturais (atividades âncora) de forma equipamentos e serviços existentes, não necessariamente a previsão de novos
E86 equipamentos. Qualificar e ampliar estruturas existentes é uma alternativa tão
articulada ao patrimônio cultural e desenvolvimento urbano.
relevante para o atendimento das necessidades futuras quanto a previsão de
novas obras, além de poderem reduzir custos públicos.
E88 Estímular a diversificação de atividades turísticas complementares.
O QUE É? ▸ Construir uma visão de futuro a respeito do tema por meio de pro-
postas voltadas ao incentivo do uso misto, buscando reduzir de-
O sistema de centralidades organiza, mapeia e propõe informa- sigualdades socioespaciais criadas ou ampliadas pela dificuldade
ções integradas sobre áreas de atração cotidiana de pessoas pela de universalizar o acesso a serviços públicos básicos, bem como a
concentração de determinados usos e/ou pela oferta de empregos, emprego e renda. Isto pode acontecer com o sistema de centrali-
no sentido de tipo, porte e quantificação de estabelecimentos ou dades embasando propostas voltadas ao incentivo de usos não-
empreendimentos, tamanho da área/bairro/região, quantificação -residenciais em áreas predominantemente residenciais (criação
de empregos (formais ou informais), raio ou área de influência da de centralidades) e/ou por meio de propostas voltadas à moradia
centralidade. Inclui áreas de concentração de empregos formais e nas centralidades identificadas, geralmente áreas bem infraes-
informais; áreas de concentração de usos comerciais e de serviços; truturadas.
grandes equipamentos coletivos privados e/ou empreendimentos
com impacto de vizinhança (universidades, hospitais, centros co- ▸ Organizar plano de investimentos prioritários a partir das centra-
merciais, estádios); e distritos e ocupações de características urba- lidades, não necessariamente restritos a seus limites territoriais,
nas em área rural. de forma a articular a visão de futuro do município a previsões or-
çamentárias, a obras e políticas setoriais, assim como às propos-
O Sistema de Centralidade pode ser compreendido como um aglu- tas de uso e de ocupação do solo consolidadas no Zoneamento ou
tinador de características e elementos de outros sistemas, prin- em outros instrumentos de indução do desenvolvimento urbano.
PREPARAÇÃO
F18 Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
APROVAÇÃO
F19 Plano Municipal de Arborização Urbana LEITURA PROPOSTA SISTEMATIZAÇÃO
Após o levantamento, devem ser vistos para quais dos imóveis lista-
dos como abandonados o IPTU (ou o ITR, no caso de áreas rurais) não
é pago.
O QUE É?
REFERÊNCIAS
Para saber mais sobre como criar um consórcio público, confira o passo a passo
apresentado na publicação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) Confederação Nacional dos Municípios, Consórcios Públicos Intermunicipais: uma
sobre o assunto! alternativa à gestão pública (Brasília: CNM, 2016), disponível online.
REFERÊNCIAS
Ministério das Cidades/Lincoln Institute of Land Policy, Imposto Predial Territorial
Urbano (IPTU) (Brasília: Ministério das Cidades/Lincoln Institute of Land Policy,
2014, col. Cadernos Técnicos de Regulamentação e Implementação de Instru-
mentos do Estatuto da Cidade, v. 3), disponível online.
Eglaísa Micheline Pontes Cunha e Claudia M. de Cesare (org.), Financiamento das
cidades: instrumentos fiscais e de política urbana (Brasília/Jaboatão dos Guara-
rapes/Rio de Janeiro, Ministério das Cidades/Caixa Econômica Federal/Lincoln
Institute of Land Policy, 2007), disponível online.
O QUE É?
COMO SE ARTICULA COM O PLANO DIRETOR?
Os três principais instrumentos orçamentários municipais são o Pla-
no Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Em seu art. 40, § 1º, o Estatuto da Cidade é bastante preciso ao indicar
Lei Orçamentária Anual (LOA). A integração entre esses três instru- que tanto o PPA quanto as diretrizes orçamentárias e o orçamento
mentos de gestão é fundamental para difundir e implementar as po- anual devem incorporar diretrizes e prioridades elencadas pelo Plano
líticas municipais e garantir informação sobre a origem das receitas e Diretor do município. Ou seja, o Plano Diretor é a base para que sejam
sua destinação. desenvolvidos os instrumentos orçamentários municipais. Muitos
dos objetivos definidos no Plano Diretor serão atingidos a partir de
O PPA serve para auxiliar no planejamento das ações governamentais investimentos que devem ser inscritos no PPA, planejados, hierarqui-
de caráter estratégico e político, no sentido de evidenciar o programa zados e organizados a partir de diretrizes orçamentárias da LDO e, por
de trabalho do governo por meio das políticas, diretrizes e ações para fim, destinados e quantificados financeiramente na LOA. Esta articu-
longo prazo, além dos respectivos objetivos a serem alcançados, quan- lação é fundamental para a concretização das estratégias e ações pre-
tificados fisicamente. O PPA tem duração de quatro anos, a partir do vistas no Plano Diretor (e por meio de seus instrumentos), que pode
segundo ano de mandato do chefe do Poder Executivo até o primeiro tornar-se inócuo caso não haja a previsão de recursos nem inserção
ano do mandato subsequente. Abrange as diretrizes, os objetivos e as no cotidiano da gestão municipal e no plano de governo em curso. As
metas para as despesas de capital, além de outras delas decorrentes previsões orçamentárias são necessárias para, entre infinitas possi-
e os programas de duração continuada. Cabe ao PPA definir o que rea- bilidades, disponibilizar recursos humanos e técnicos para a imple-
lizar em seu período de vigência a fim de que sejam alcançados os ob- mentação de instrumentos e sistemas de gestão territorial, adquirir
jetivos estratégicos estabelecidos pela administração, traduzindo-os imóveis prioritários para determinada política urbana e direcionar re-
em ações concretas. O PPA, no entanto, não autoriza despesas, pois cursos para urbanização ou melhorias de infraestrutura em regiões
esta responsabilidade recai sobre a LOA. identificadas como vulneráveis ou precárias. As propostas mapeadas
nos Sistemas de Estruturação Territorial e o plano de ações prioritá-
As diretrizes orçamentárias, expressas na LDO, são um conjunto de rias neles sugeridos também são uma importante fonte de informa-
instruções para a concretização de um plano de ação governamental. ções para as leis orçamentárias municipais.
É um instrumento de planejamento do qual, entre outras providên-
cias, destacam-se aquelas voltadas para a elaboração do orçamento.
Constitui-se como um elo entre os dispositivos do PPA e a previsão de
receitas e despesas da LOA e, por isso, cumpre o papel de balancea-
mento entre a estratégia traçada pelo governo e as reais possibilida-
des que vão se apresentando ao longo de sua gestão. Antecipa, dessa
forma, a definição de prioridades e escolhas.
REFERÊNCIAS
Ministério do Meio Ambiente, Programa nacional de capacitação de gestores am-
bientais: licenciamento ambiental (Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2009),
disponível online.
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deve
um dos instrumentos em escala municipal para atingir os objetivos dialogar com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e com a polí-
da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), conforme a Lei n. tica federal de saneamento básico, mas deve também partir das di-
12.305/2010. De acordo com esta lei, os resíduos sólidos são enten- retrizes estabelecidas no Plano Diretor, já que é papel deste fazer a
didos como: domiciliares; de limpeza urbana; de estabelecimentos articulação da política urbana com o saneamento e com o desenvol-
comerciais e prestadores de serviços; dos serviços públicos de sanea- vimento urbano-ambiental sustentável. O Plano Diretor deve conter
mento; industriais; de serviços de saúde; da construção civil; agros- as metas e as diretrizes gerais da política de saneamento e da gestão
silvopastoris; de serviços de transportes e de mineração. Os planos de resíduos sólidos, principalmente considerando que a capacidade
de resíduos sólidos devem abranger desde a geração do resíduo até de expansão e de adensamento das áreas urbanas é orientada pela
a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, passando capacidade de suporte da infraestrutura instalada e dos recursos
pela responsabilização do setor público, titular ou concessionário, do naturais. Assim, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
consumidor, das pessoas moradoras e do setor privado na adoção de Sólidos deve articular os instrumentos e as estratégias previstos pela
soluções que minimizem ou ponham fim aos efeitos negativos para a política de desenvolvimento urbano municipal, prevendo as áreas e
saúde pública e para o meio ambiente em cada fase do “ciclo de vida” os imóveis necessários para a efetivação do sistema de acordo com
dos produtos. as diretrizes do Macrozoneamento, do Zoneamento, dos Sistemas de
Estruturação Territorial e do Direito de Preempção, entre outros.
O QUE É?
Caso o município já tenha um Plano Municipal de Iluminação Pública atualiza-
O Plano Municipal de Iluminação Pública, também conhecido como do, ele pode contribuir no momento de elaboração do Plano Diretor, seja em
Plano Diretor de Iluminação Pública, é um instrumento que visa con- diagnósticos do município, seja na determinação de estratégias específicas de
duzir a avaliação e a implantação da iluminação de modo sistêmico desenvolvimento territorial e de infraestrutura que nele já estiverem contidas.
em espaços de domínio ou de uso público, como ruas, praças, parques Caso o município deseje elaborar ou revisar o Plano Municipal de Iluminação
Pública, é importante que o Plano Diretor aponte as diretrizes que devem ser
e túneis, entre outros, contribuindo para a melhoria da qualidade ur- seguidas nessa elaboração, prevendo ainda a necessidade de sua revisão perió-
bana e da segurança pública. Outro documento de nome similar, o dica, além de suas formas de participação e controle social.
Plano Diretor de Iluminação Urbana pode trazer insumos também
sobre a iluminação em áreas privadas.
O QUE É?
O Plano Municipal de Mobilidade Urbana é o instrumento de efe- COMO SE ARTICULA COM O PLANO DIRETOR?
tivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) (Lei Fe-
deral n. 12.587/12), que determinou que municípios acima de 20 mil O Plano Municipal de Mobilidade Urbana deve dialogar com a Política
habitantes devem elaborar planos de mobilidade urbana. Tais instru- Nacional de Mobilidade Urbana, mas deve também partir das diretri-
mentos pautam a política municipal de mobilidade urbana com o ob- zes estabelecidas no Plano Diretor, já que é papel deste fazer a articu-
jetivo de melhorar a qualidade de vida nas cidades e a produtividade lação da política urbana com a mobilidade. Assim, o Plano Municipal
econômica municipal a partir da maior eficiência nos deslocamentos de Mobilidade Urbana deve articular os instrumentos e as estratégias
urbanos, tanto das pessoas quanto de cargas. De acordo com a PNMU, previstos pela política de desenvolvimento urbano municipal, como
os planos de mobilidade devem priorizar os modos não motorizados as diretrizes do Macrozoneamento, o Zoneamento, os Sistemas de Es-
de transporte com relação aos motorizados, assim como o transporte truturação Territorial, o Direito de Preempção, entre outros.
público com relação ao transporte individual motorizado.
Sua elaboração deve prever o desenvolvimento de um diagnóstico da Caso o município já tenha Plano Municipal de Mobilidade Urbana atualizado,
mobilidade urbana no município, a definição de objetivos pautados ele pode contribuir no momento de elaboração do Plano Diretor, seja em diag-
pela visão de futuro para o município, o estabelecimento de metas nósticos do município, seja na determinação de estratégias específicas de arti-
culação territorial que nele já estiverem contidas.
que articulem o diagnóstico e os objetivos, e as ações estratégicas ne-
Caso o município deseje elaborar ou revisar o Plano Municipal de Mobilidade
cessárias para atingir as metas indicadas. Embora seja de responsabi- Urbana, é importante que o Plano Diretor aponte as diretrizes que devem ser
lidade do Poder Executivo municipal, a participação da sociedade civil seguidas nessa elaboração e que preveja a necessidade de sua revisão perió-
e do Poder Legislativo é importante na elaboração, validação e imple- dica. Além disso, o Plano Diretor pode determinar qual deve ser a forma legal
para a apresentação do Plano Municipal de Mobilidade Urbana (lei, decreto ou
mentação do Plano Municipal de Mobilidade Urbana e fundamental peça de gestão) e suas formas de controle social.
para que este se torne realidade.
Municípios pertencentes a regiões de interesse turístico têm obrigatoriedade de (Brasília: Ministério do Turismo, 2007), disponível online.
realizar seu Plano Diretor, mesmo que possuam menos de 20.000 habitantes. Ministério do Turismo, Roteiros do Brasil: programa de regionalização do turismo.
Os municípios devem se articular com o intuito de fortalecimento cooperati- Elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento do turismo regional (Brasí-
vo, favorecendo a ampliação do mercado de trabalho e a melhoria da distribui- lia: Ministério do Turismo, 2007), disponível online.
ção de renda e da inclusão social, além de possibilitar articulações com outros
Ministério do Turismo, Segmentação do turismo e o mercado (Brasília: Ministério do
municípios turísticos de modo a criar circuitos amplos de desenvolvimento ou
mesmo realizando planos regionais temáticos. Tal articulação regional pode ser Turismo, 2010).
fomentada pela elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento do tu- Secretaria de Estado do Esporte e do Turismo do Governo do Paraná, Orientação para
rismo regional e, caso a região já possua seu plano estratégico, seus municípios
gestão municipal de turismo: guia prático para dirigentes públicos municipais de
devem levar em conta as diretrizes propostas ao elaborarem planos municipais
de turismo. Saiba mais na publicação do Ministério do Turismo sobre o tema! turismo (Curitiba: Secretaria de Estado do Esporte e do Turismo/Paraná Turismo,
2017), disponível online.
▸ Reurb de Interesse Social (Reurb-S) – regularização fundiária A conclusão de qualquer projeto de regularização fundiária importa,
aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados predominan- necessariamente, na emissão de títulos que tragam a segurança da
temente por população de baixa renda, assim declarados em ato posse e reconheçam o direito à moradia da população beneficiária.
do Poder Executivo municipal. Nosso arcabouço jurídico dispõe de um conjunto bastante razoável
de dispositivos que podem ser utilizados nos processos de regulari-
▸ Reurb de Interesse Específico (Reurb-E) – regularização fundiá- zação fundiária. Seu cabimento e pertinência dependerá da situação
ria aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados por popula- fundiária dos imóveis objeto da regularização fundiária, bem como do
ção não qualificada pelo município como de baixa renda. tempo de ocupação.
iii. a existência de áreas cuja origem não tenha sido identificada em Podem ser objeto de desapropriação as coisas passíveis de direito de
razão de imprecisões dos registros anteriores. propriedade, ou seja, todo bem móvel ou imóvel, público ou privado,
corpóreo ou incorpóreo, incluindo-se aqui até mesmo direitos em ge-
Esse instrumento tem o poder de agilizar a regularização fundiária ral, com exceção aos personalíssimos.
porque, na hipótese de o auto de demarcação urbanística incidir so-
bre imóveis ainda não matriculados, previamente à averbação, será A desapropriação pode ser amigável ou judicial. Ela será amigável se
aberta matrícula, que deverá refletir a situação registrada do imóvel, as partes concordarem em relação ao valor a ser pago pela desapro-
dispensadas a retificação do memorial descritivo e a apuração de área priação. Caso as partes não concordem, a desapropriação será judicial
remanescente. e o valor da indenização será apurado judicialmente através de perícia
judicial e arbitrada pelo juízo.
DESAPROPRIAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL Um loteamento é regular quando o projeto e duração de obras encon-
tram-se devidamente aprovados pela Prefeitura. Ele também tem de
O QUE É? estar registrado no Cartório de Registro de Imóveis da região.
A Desapropriação é uma faculdade que cabe à Administração Públi- Já um loteamento é irregular quando é feito sem aprovação da Prefei-
ca e consiste na retirada da propriedade de alguém sobre um bem. É tura. Mesmo um loteamento que tenha obtido a aprovação do poder
Já o loteamento clandestino é feito por pessoas que não são donas da O QUE É?
área que foi loteada. É fruto de um esbulho, também não sendo obe-
decidos os requisitos urbanísticos e jurídicos. A Usucapião é um instrumento utilizado exclusivamente para regula-
rizar ocupações em áreas particulares, vez que a Constituição Federal
Cabe ao município fiscalizar e controlar a execução do loteamento, isso estabelece que os bens públicos não são passíveis de serem adquiri-
no exercício do poder de polícia para impedir que parcelamentos ocor- dos por esse instrumento.
ram de forma clandestina ou irregular. Existindo loteamentos clan-
destinos ou irregulares promovidos pelo próprio poder público, cabe A Usucapião é um modo originário de aquisição da propriedade (mó-
a ele promover a regularização. Se forem promovidos por particulares, vel ou imóvel) ou de qualquer outro direito real de gozo (como usufru-
o poder público será responsável por dar início ao processo de regula- to, superfície, servidão, uso, habitação, enfiteuse, concessão de uso),
rização, notificando a empresa loteadora (art. 38 da Lei 6766/69) para mediante posse de bem corpóreo, com animus domini agindo como se
que regularize o loteamento. Caso a empresa loteadora não regularize dono fosse, mansa, pacífica e ininterrupta, pelo prazo da lei.
caberá ao poder público a regularização. Assim podemos dizer que a
responsabilidade do poder público pela regularização dos loteamen- Existem várias modalidades de Usucapião, porém a mais utilizada nos
tos irregulares ou clandestinos em seu território, nos casos em que ele processos de regularização fundiária de interesse social é a Usucapião
não foi o executor do parcelamento, é solidária, porém de aplicação Urbana. A Usucapião urbana prevista no art. 1240 do Código Civil, art.
subsidiária, devendo primeiro ser responsável aquele que diretamen- 9º do Estatuto da Cidade e art. 183 da Constituição Federal de 1988.
te levou a cabo a execução irregular do loteamento, devendo poste-
riormente, cobrar os gastos com a regularização à pessoa ou empresa A Usucapião pode ser individual ou coletiva, sendo esta última exclu-
proponente clandestino ou irregular. sivamente para população de baixa renda, e nos casos em que não for
possível identificar individualmente o lote ocupado por cada residen-
te.
DAÇÃO EM PAGAMENTO
Os requisitos básicos para efetivação da Usucapião urbana são que
O QUE É? o local esteja sendo usado para fins de moradia e que a pessoa este-
ja residindo em área urbana particular de até 250m², por cinco anos
A Dação em pagamento é um instrumento é um acordo de vontades ininterruptos sem ação judicial, e não seja proprietária de outro imó-
entre credor e devedor, através do qual o primeiro concorda em rece- vel urbano ou rural. O título obtido através da sentença de Usucapião
ber do segundo prestação diversa da que lhe é devida e assim liberá-lo Urbana é o título de propriedade.
da obrigação. Está previsto nos artigo art. 356 a 359 do Código Civil.
Assim, o particular pode transferir ao poder público a propriedade de Se a ocupação for de um bairro inteiro, é recomendável solicitar a Usucapião co-
determinado imóvel visando quitar débitos já inscritos na dívida ati- letiva urbana, dividindo os pedidos por quadras para facilitar a identificação das
famílias, e levantar dados de comprovação da posse e executar projetos de urba-
va ou até mesmo visando quitar determinada obrigação de fazer que nização. O mesmo vale para casos em que o uso for misto, mas com predomínio
possa ter sido imposta em processo de licenciamento ambiental ou de habitação. Se uma área com menos de 250m² for ocupada por mais de uma fa-
urbanístico. mília, o pedido de Usucapião coletiva deve especificar a fração ideal de cada um,
e também pode ser aplicado o Direito de Superfície.
Um interessante exemplo em que a CDRU permitiu a produção de moradias foi o A CUEM pode ser emitida coletivamente, devendo os requisitos já
contrato celebrado entre a Secretaria do Patrimônio da União e a Associação de
Cortiços do Centro,na Cidade de Santos, Estado de São Paulo, em que um imóvel mencionados serem atendido e a área total a ser regularizada ao ser
subutilizado da União naquela cidade foi destinado à entidade, após uma oferta dividida pelo número de possuites seja inferior a duzentos e cinquen-
pública junto aos movimentos de moradia representados no Estado. ta metros quadrados por titulares.
LEGITIMAÇÃO DE POSSE
O QUE É?
A Legitimação de Posse, após convertida em propriedade, constitui ii. o beneficiário não tenha sido contemplado com Legitimação de
forma originária de aquisição de direito real, de modo que a unidade Posse ou fundiária de imóvel urbano com a mesma finalidade,
imobiliária com destinação urbana regularizada restará livre e desem- ainda que situado em núcleo urbano distinto; e
baraçada de quaisquer ônus, direitos reais, gravames ou inscrições,
eventualmente existentes em sua matrícula de origem, exceto quan- iii. em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja re-
do disserem respeito ao próprio beneficiário. conhecido pelo poder público o interesse público de sua ocupação.
O QUE É? O município deve realizar leituras técnicas e sociais sobre suas situa-
ções de irregularidade fundiária para que o Plano Diretor possa incor-
A alienação de um determinado bem pode ser a título oneroso ou gra- porar estratégias voltadas a lidar com as problemáticas identificadas,
tuito. Configura-se alienação a título oneroso a Compra e Venda. Já a conduzindo o município em direção à visão de futuro pactuada coleti-
Doação exemplifica bem a alienação a título gratuito. Trata-se de um vamente pela sociedade.
ato de liberalidade e só pode ser praticado pela pessoa proprietária. O
artigo 538 do Código Civil estabelece: “considera-se doação o contra- A partir disso são demarcadas as Zonas Especiais de Interesse Social
to em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio – ZEIS de forma articulada às diretrizes e objetivos da política pública
bens ou vantagens para o de outra”. de regularização fundiária de interesse social para que os instrumen-
tos de regularização citados possam ser adequadamente utilizados
A Doação pode ter encargos ou estabelecer cláusulas de reversão. É conforme a situação encontrada e aos objetivos que se pretende aten-
muito comum nos contratos de Doação em processos de regulariza- der. Da mesma maneira, as áreas com irregularidades fundiárias que
ção fundiária o estabelecimento de prazo para que o beneficiário pos- não são consideradas de interesse social, devem ter um zoneamen-
sa dispor do bem através da venda. Na hipótese dele vender o bem to compatível com as diretrizes de ocupação ou de restrição que se
recebido em Doação antes do prazo estabelecido, a Doação se resolve. deseje, de forma a melhor articular os instrumentos de regularização
Pode ser cancelada. cabíveis.
O QUE É?
REFERÊNCIAS
O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) é um instrumento da Ministério do Meio Ambiente, “Zoneamento Ecológico-Econômico”, texto disponível
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e tem rebatimento no online no portal do ministério.
ordenamento territorial rural conforme o decreto Nº 4.297/2002, que Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, disponível online.
regulamenta o Artigo 9º da Lei Nº 6.938/81. O ZEE define medidas Decreto n. 4.297, de 10 de julho de 2002, disponível online.
e padrões de proteção ambiental no sentido de garantir a qualidade Decreto n. 5.300, de 7 de dezembro de 2004, disponível online.
ambiental dos recursos hídricos e do solo, assim como a conservação Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012 (artigos 11-A, 12, 13 e 14), disponível online.
da biodiversidade, no intuito de promover o desenvolvimento susten-
tável e a melhoria das condições de vida da população.
996 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR A PARTIR DESTE GUIA 997
Glossário
AGLOMERAÇÃO URBANA é o território urbano composto por um gru-
po de dois ou mais municípios vizinhos. Para serem considerados
uma aglomeração urbana, os municípios precisam: (1) se comple-
mentar nas funções que exercem; e (2) ter dinâmicas geográficas,
ambientais, políticas e socioeconômicas integradas. Exemplos de
funções que podem ser exercidas e complementadas por municí-
pios vizinhos: possuir empresas e indústrias que pertencem a uma
mesma cadeia produtiva (produzir e transformar bens e serviços
em etapas); ofertar e demandar bens e serviços específicos, inclusi-
ve ambientais; ofertar e demandar mão-de-obra específica. (Esta-
tuto da Metrópole, art. 2º, inciso I). A Constituição Federal de 1998
ACESSIBILIDADE é a possibilidade e condição de alcance, percepção estabeleceu que os Estados podem instituir aglomerações urbanas
e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de por meio de lei complementar, garantindo uma base legal para or-
espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, trans- ganizar, planejar e executar funções públicas de interesse comum
portes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tec- em agrupamentos de municípios limítrofes (grupos de municípios
nologias, bem como de outros serviços e instalações abertas ao vizinhos). (Constituição Federal, art. 25, § 3º).
público, de uso público ou provado de uso coletivo, tanto na zona
urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobili- AGLOMERADO SUBNORMAL é a definição utilizada pelo IBGE de
dade reduzida. “conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais
(barracos, casas etc.) carentes, em sua maioria de serviços públi-
ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS são ações e estratégias cos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente,
para preparar territórios para os efeitos atuais e esperados da mu- terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dis-
dança do clima. Esses territórios podem ser naturais ou ocupados postas, em geral, de forma desordenada e/ou densa”. São identifi-
por pessoas (Lei Federal nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, art. cados a partir de critérios como a ilegalidade da ocupação da terra
2º). Veja também o termo “Mitigação da mudança climática”. e a presença de urbanização fora de padrões vigentes, assim como
a precariedade de serviços públicos essenciais, como iluminação
ADAPTAÇÃO BASEADA NA COMUNIDADE (ABC) é uma abordagem das ruas e calçadas, rede de água, rede de escoamento de água da
participativa que foca no envolvimento das comunidades vulne- chuva, rede de esgoto, coleta de resíduos sólidos (lixo), energia elé-
ráveis no planejamento e implantação de medidas de redução de trica e conectividade.
impactos da mudança climática. Esta abordagem considera neces-
sidades ambientais, construtivas e sociais, e busca superar limita- AGRICULTURA FAMILIAR possui gestão da propriedade comparti-
ções de arranjos institucionais existentes, assim como promover lhada pela família e a atividade produtiva agropecuária é a principal
a integração e participação da sociedade civil, setores privado e fonte geradora de renda. Além disso, profissionais da agricultura fa-
público. Esta pode ser uma abordagem complementar às políticas miliar tem uma relação particular com a terra, seu local de trabalho
públicas de adaptação e de redução de riscos a desastres, e parte e moradia. A diversidade produtiva também é uma característica
do princípio que comunidades locais possuem experiência e co- marcante desse setor, pois muitas vezes alia a produção de subsis-
nhecimentos para adaptação às adversidades locais de importante tência a uma produção destinada ao mercado. A Lei 11.326, de 24 de
valor para a efetiva redução de riscos e aumento da resiliência. julho de 2006, define as diretrizes para formulação da Política Na-
cional da Agricultura Familiar e os critérios para identificação desse
ADAPTAÇÃO BASEADA EM ECOSSISTEMAS (AbE) trata do uso da público. Conforme a legislação, é considerado agricultor familiar e
biodiversidade e de serviços ecossistêmicos como parte de uma es- empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio
tratégia de adaptação global para ajudar as pessoas a se adaptarem rural, possui área de até quatro módulos fiscais, mão de obra da pró-
aos efeitos adversos das mudanças climáticas. Como um dos possí- pria família, renda familiar vinculada ao próprio estabelecimento e
veis elementos de uma estratégia de adaptação global, a adaptação gerenciamento do estabelecimento ou empreendimento pela pró-
baseada nos ecossistemas utiliza a gestão, conservação, restauração pria família.
sustentáveis dos ecossistemas para fornecer serviços que permitem
às pessoas se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas. AREAS DEGRADADAS ou paisagens degradadas são conceitos que
GESTÃO SOCIAL DA VALORIZAÇÃO DA TERRA (OU DO SOLO) tra- INFRAESTRUTURA DE APOIO AO TURISMO Os serviços de infraes-
ta da necessidade de recuperar e redistribuir parte da valorização trutura são serviços básicos de uma cidade ou de uma localidade,
fundiária para o conjunto da sociedade. Seu objetivo é reduzir as ou seja, são aqueles relacionados a transportes, segurança e limpe-
desigualdades socioterritoriais e fortalecer a gestão participativa, za, além, é claro, daqueles que dependem da existência de redes de
garantindo que a sociedade seja envolvida na discussão sobre a esgoto, energia elétrica, abastecimento de água, rede telefônica etc.
destinação dos recursos obtidos e dos demais investimentos públi-
cos. Veja também o termo recuperação da valorização da terra. INFRAESTRUTURA VERDE E AZUL é o nome dado ao conjunto
de sistemas naturais da cidade, relacionados às áreas verdes e às
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL é a unidade habitacional produ- águas urbanas, integrando funções ambientais, hidráulicas, paisa-
zida pela iniciativa pública ou privada para ser destinada a famílias gísticas e sociais contribuindo para benefícios ambientais e paisa-
de baixa renda. Segundo o Decreto Federal Nº 6.135/2007 consti- gísticos. A infraestrutura verde seriam as praças, parques, jardins e
tui família de baixa renda: a) aquela com renda familiar mensal per demais espaços abertos com árvores e vegetação que beneficiam
capita de até meio salário mínimo; ou b) aquela que possua renda o microclima e a qualidade do ar e da água, a manutenção da per-
familiar mensal de até três salários mínimos. meabilidade do solo e a promoção da diversidade de habitats. A in-
fraestrutura azul compreende cursos d’água, lagos e lagoas, entre
HIERARQUIA URBANA indica o nível de articulação que uma Cidade outros. São sistemas com potencial para promover a integração,
tem com outros Centros Urbanos, levando em consideração ativi- preservação e recuperação ambiental. Quando em áreas urbanas,
dades de gestão pública e empresarial, e ainda o nível de atração são associados à equipamentos culturais, esportivos e de lazer.
que uma Cidade exerce ao suprir bens e serviços para populações
de outros Centros Urbanos. São cinco os principais níveis hierárqui- IRREGULARIDADE (DE USO, EDILÍCIA E FUNDIÁRIA) Para os fins
cos: Metrópoles, Capitais Regionais, Centros Sub-Regionais, Cen- propostos neste guia, a irregularidade pode ser entendida como
tros de Zona e Centros Locais. uma situação na qual as características de uso, da construção ou
de propriedade do imóvel estão em desacordo com as previsões
ILHAS DE CALOR são áreas com temperatura maior que as áreas da legislação e com os regramentos técnicos. A situação pode ser
vizinhas. Áreas com alta taxa de impermeabilização do solo pro- solucionável (por meio de correção dos desacordos e/ou de regu-
movem o aumento da temperatura da superfície. Identificar essas larização documental) ou não. A irregularidade pode ser uma das
áreas num território indica onde é necessário introduzir infraes- formas de precariedade e deve também ser compreendida dentro
trutura verde para reduzir o efeito de ilhas de calor, melhorando a do contexto municipal em que se insere.
qualidade de vida da população e reduzindo o consumo de energia
para aliviar o calor. LOCAIS DE INTERESSE TURÍSTICO são regiões do país, localizadas
ou não em áreas especiais: a) com características destinadas ao de-
IMPACTO Qualquer atividade pode ser considerada, de alguma forma, senvolvimento de atividades turísticas e à realização de projetos
geradora de impacto positivo ou negativo, seja este social, econô- específicos, e b) que incluem bens não protegidos e seus respecti-
mico, urbano ou ambiental, entre outros. O tipo e o grau de impac- vos entornos, de harmonização com a paisagem e para acesso pú-
to a serem considerados variam conforme a finalidade em questão, blico (Lei Federal n. 6.513/77).
mas, de forma geral, os impactos são avaliados relativamente a
critérios de qualidade existente ou desejada. Por exemplo, podem MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS é a intervenção humana
ser medidos impactos à qualidade de vida de determinado agrupa- para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e fortalecer os
mento humano ou animal, à qualidade ambiental (solo, vegetação, lugares, atividades e processos de absorção do carbono presente
água), à qualidade e à sustentabilidade econômica de determinada na atmosfera, tais como florestas e oceanos, e assim evitar os efei-
cadeia de produção ou fonte de recursos públicos, entre outros. tos da mudança do clima. Veja também os termos mudanças cli-
MORFOLOGIA (URBANA) é um conjunto de formas e elementos físi- PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PCD) é considerada aquela que tem
cos de ocupação da cidade – viário, edifícios e áreas livres, entre ou- impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelec-
tros – que, sobrepostos ao suporte natural – hidrografia, topografia, tual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
áreas verdes etc. –, moldam o espaço e, consequentemente, deter- pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
minam como o percebemos e a qualidade do ambiente urbano. igualdade de condições com as demais pessoas.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS (OU MUDANÇA DO CLIMA) ocorre quan- PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA aquela que tenha, por
do o clima mundial ou de alguma região varia ao longo do tempo. qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou
Essa variação é resultado direto ou indireto da soma da ação hu- temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibili-
mana e eventos naturais. As atividades humanas que contribuem dade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo pessoas
para a mudança do clima são aquelas que alteram a composição idosas, gestantes, lactantes, com criança de colo e obesas (Lei
da atmosfera do planeta. Mas o clima também varia naturalmente 13.146/2015).
ao longo do tempo, e é possível observar isso quando temos dados
comparáveis sobre períodos diferentes. A principal ação que contri- PERFIL DE LAZER E/OU DE RECREAÇÃO Para os objetivos deste
bui com a mudança do clima é emitir cada vez mais gases de efeito guia, as áreas com perfil de lazer e/ou de recreação podem ser en-
estufa (GEE). Dentre as atividades e processos que emitem esses tendidas como aquelas que atraem público (do próprio município
gases estão: queima de combustíveis fósseis (dos automóveis, das ou de fora dele) que deseja usufruir de atividades ligadas ao lazer
indústrias, das usinas termoelétricas), desmatamento, queimadas e à recreação e, portanto, costumam ter maior demanda de uso de
e decomposição do lixo. Quanto mais gases de efeito estufa na at- acordo com critérios sazonais, climáticos, fora dos horários de ex-
mosfera, mais a superfície terrestre retém calor do sol. Chamamos pediente comum de trabalho e estudo, e/ou em período de férias
essa consequência da mudança do clima de aquecimento global. O escolares, feriados e finais de semana.
aquecimento global altera os períodos de chuva e seca, aumenta a
frequência de tempestades, aumenta a temperatura média global, PLANTA GENÉRICA DE VALORES (PGV) é a denominação genérica
derrete as calotas polares, aumenta o nível do mar, dentre outros de uma fórmula de cálculo que possibilita a obtenção dos valores
impactos. venais de todos os imóveis urbanos de um município. É utilizado
para cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do
OCUPAÇÃO SUSTENTÁVEL é o conjunto das formas e dos elemen- Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
tos físicos de desenvolvimento socioterritorial que garantem a
qualidade de vida das gerações futuras e a adequada gestão dos PLATAFORMAS são infraestruturas digitais que facilitam a interação
recursos naturais. Podem ter características urbanas ou rurais, e entre dois ou mais grupos. São caracterizadas por serem baseadas
são pautados pelo contexto local, devendo conduzir à redução de em dados produzidos e processados em tempo real por meio de
desigualdades socioeconômicas de modo articulado à preservação dispositivos eletrônicos conectados à internet e por formarem co-
e recuperação do meio ambiente. munidades de usuários vulgarmente denominadas “redes sociais”.
Plataformas podem ter diversas destinações, podendo ser reposi-
OCUPAÇÃO URBANA FRAGMENTADA, DISPERSA OU DESCONTÍNUA tórios de informação, softwares de dados geoespaciais, sistemas
pode ser entendida como uma ocupação de características opos- de aquisição e distribuição otimizada de mercadorias (por exem-
POLO COMERCIAL REGIONAL Município que possui características PRODUÇÃO PÚBLICA aqui entendida como toda construção ou in-
de atração comercial capaz de mobilizar a população e/ou as ca- tervenção conduzida e financiada pelo poder público.
deias produtivas em nível regional, seja por atrair pessoas consu-
midoras, concentrar postos de trabalho no comércio ou demandar QUALIDADE AMBIENTAL é o fator que influencia a qualidade de vida
insumos primários de municípios vizinhos, entre outras possibili- da população nas cidades. O estado de degradação da qualidade
dades. ambiental representa alteração adversa das características do
meio ambiente (Lei Federal 6.938/1981), demandando assim, que
POLO TECNOLÓGICO é o ambiente industrial e tecnológico caracte- sejam adotadas ações de preservação, conservação e recuperação
rizado pela presença dominante em determinado espaço geográ- ambiental. A Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana do
fico de micro, pequenas e médias empresas com áreas correlatas Ministério do Meio Ambiente é composta por seis eixos prioritá-
de atuação, com vínculos operacionais com ICT, recursos huma- rios: Combate ao Lixo no Mar, Resíduos Sólidos, Áreas Verdes Urba-
nos, laboratórios e equipamentos organizados e com predisposi- nas, Gestão de Áreas Contaminadas, Qualidade do Ar e Qualidade
ção ao intercâmbio entre os entes envolvidos para consolidação, das Águas e Saneamento.
marketing e comercialização de novas tecnologias (Lei Federal nº
13.243/2016). RECONVERSÃO DE ÁREA URBANA SUBUTILIZADA É um tipo de
reestruturação territorial que pressupõe a dinamização de áreas
POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS são grupos que possuem consideradas subutilizadas, ou seja, o aumento de atividades e da
culturas diferentes da cultura predominante e que se reconhecem quantidade de pessoas circulando, morando e/ou trabalhando em
como “povos e populações tradicionais”. Possuem formas próprias áreas cujo uso atual está abaixo do seu potencial.
de se organizarem como sociedade. Para esses grupos, ocupar e
usar territórios e recursos naturais é uma condição para mante- RECUPERAÇÃO DA VALORIZAÇÃO DA TERRA A recuperação da
rem vivas suas características: sua cultura, sua sociedade, sua re- valorização da terra baseia-se no fato de que os investimentos pú-
ligião, sua ancestralidade e sua economia. Para isso, utilizam-se de blicos realizados em determinado território, bem como a transfor-
conhecimentos, inovações e práticas que a tradição gerou e trans- mação de determinada terra rural em terra urbana, resultam na
mitiu. Exemplos de povos e comunidades tradicionais do Brasil: valorização dos imóveis dessa região e que este incremento do
povos indígenas, comunidades quilombolas, comunidades tradi- valor da terra – que não é resultado de intervenções das pessoas
cionais de matriz africana / comunidades de terreiro, comunidades ou instituições proprietárias desses imóveis privados – deve ser re-
extrativistas, comunidades ribeirinhas, comunidades caboclas, co- cuperada pelo poder público a fim de utilizar tais recursos para a
munidades pesqueiras artesanais, povos pomeranos, entre outros. coletividade. Veja também o termo gestão social da valorização
da terra.
PRECARIEDADE HABITACIONAL A precariedade habitacional pode
se manifestar de diversas formas, podendo ser entendida como REGIÕES DE INFLUÊNCIA DAS CIDADES (REGIC) é a pesquisa
o conjunto de situações nas quais a forma de moradia é ou está realizada pelo IBGE que define a hierarquia dos Centros Urbanos
inadequada em relação aos direitos humanos essenciais e às con- brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associadas,
dições mínimas da chamada habitalidade, como, por exemplo, de identificando as Metrópoles, as Capitais Regionais, os Centros Sub-
segurança construtiva, segurança de posse, saúde e/ou adensa- -Regionais, os Centros de Zona e os Centro Locais brasileiros e qual
mento, entre outras. A precariedade habitacional varia de acordo o alcance espacial de sua influência. A identificação da hierarquia
com cada município e deve levar em conta o perfil socioeconômico
esquemáticos
QUESTÕES QUESTÕES DETALHAMENTOS FERRAMENTAS
TEMAS PROBLEMÁTICAS ESTRATÉGIAS INSTRUMENTOS
QUALIFICADORAS QUALIFICADORAS DOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES
P01 No município E01 E01 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Cadastro Territo-
O município pos- existe presença Avaliar os assen- Se o município de Interesse ocupadas rial Multifinalitá-
sui assentamen- de domicílios tamentos precá- possui a maior Social (ZEIS) rio (CTM)
tos precários precários (sem rios existentes parte de sua po-
desenvolvidos
irregulares sem infraestru- e qualificá-los, pulação vivendo
infraestrutura tura), com priorizando a em assentamen-
básica (favelas, predominância intervenção em tos precários
loteamentos, de população de assentamentos irregulares…
conjuntos habi- baixa renda. para urbani-
tacionais). zação ou em E01 Q2 Zoneamento Zoneamento Plano Local de
situações de Se o município no perímetro Habitação de
risco à vida. possui parte urbano Interesse Social
da população (PLHIS)
vivendo em
assentamentos
Zonas Especiais ZEIS em áreas Regularização
precários irregu-
de Interesse ocupadas conso- fundiária
lares, mas que
Social (ZEIS) lidadas
não representa
a maior parte do
território…
P02 P02 Q1 E03 E03 Q1 Zoneamento Zoneamento Plano Local de P03 P03 Q1 E05 E05 Q1 Projetos ZEIS em áreas Plano Local de
O município Predominância Corrigir parâ- Se no município no perímetro Habitação de O município No município, Reservar terra Se o município Específicos de vazias Habitação de
apresenta popu- de população metros vigentes existem áreas urbano Interesse Social apresenta déficit existe demanda para produção não possui Expansão Urba- Interesse Social
lação de baixa de baixa renda, de uso e de com caracterís- (PLHIS) habitacional, por habitação de habitação de terra urbanizada na (PEEU) (PLHIS)
renda ou povos ameaçada de ocupação do ticas de uso e sobretudo para social para po- interesse social disponível para +
e comunidades expulsão ou solo de forma a de ocupação do população de pulação de baixa (HIS). a produção de Zonas Especiais
tradicionais, cuja gentrificação garantir a per- solo que devem baixa renda. renda (déficit + novas unidades… de Interesse
permanência manência do uso ser preservadas, Zonas Especiais ZEIS em áreas Regularização projeção). Social (ZEIS)
em seus bairros e ocupação real mas que têm so- de Interesse ocupadas conso- fundiária
ou territórios de forma segura frido alterações Social (ZEIS) lidadas E05 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas
está sob ameaça e sustentável significativas de Interesse vazias
Se no município
de remoção ou ou que estão na Social (ZEIS)
existe demanda
substituição. iminência de des- por habitação de
caracterização… interesse social Consórcio
E03 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas e, ao mesmo imobiliário
de Interesse ocupadas tempo, imóveis
Se no município urbanos vazios
Social (ZEIS)
existem áreas ou subutiliza-
com predo- dos… Direito de
minância de preempção
população de
baixa renda, cuja E17 E17 Q1 Sistema de Assistência téc-
permanência equipamentos nica e jurídica
Constituir Se no município há
deve ser assegu- públicos gratuita para
banco de terras demanda por imó-
rada… comunidades e
públicas. veis ou edificações
Parcelamento, grupos sociais
E06 E06 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas para implemen-
Edificação menos favore-
Garantir a Se as áreas de Interesse ocupadas conso- tação de moradia,
ou Utilização cidos
permanência do município Social (ZEIS) lidadas equipamentos,
áreas verdes ou Compulsórios
da população ocupadas por Zonas Especiais ZEIS em áreas (PEUC)
de baixa renda população de outra demanda de
de Interesse vazias
e melhorar as baixa renda interesse público…
Social (ZEIS)
condições ha- são dotadas de
E17 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas Cadastro Territo-
bitacionais em infraestrutura… Parcelamento,
Se no município de Interesse vazias rial Multifinalitá-
áreas centrais Edificação
E06 Q2 existe demanda Social (ZEIS) rio (CTM)
ou dotadas de ou Utilização
infraestrutura Se certas áreas Compulsórios por habitação de
HABITAÇÃO
HABITAÇÃO do município (PEUC) interesse social
possuem vazios (HIS)…
P02 Q2 Consórcio Direito de
urbanos
Há povos e imobiliário Superfície
comunidades
P03 Q2 E06 E06 Q01 Zonas Especiais ZEIS em áreas Regularização
tradicionais E04 E04 Q1 Zoneamento Código de Obras
A demanda por Garantir a Se as áreas do de Interesse ocupadas conso- fundiária
no território Garantir a Se o município Especial e Edificações
moradia pode permanência município ocupa- Social (ZEIS) lidadas
municipal. segurança na possui áreas (COE)
ser realizada da população das por população
posse, de modo irregulares com Zonas Especiais
através do de baixa renda de baixa renda
a permitir a precariedade e de Interesse
adensamento de e melhorar as são dotadas de
permanência concentração Social (ZEIS)
áreas dotadas de condições ha- infraestrutura…
da população de população de +
infraestrutura. bitacionais em
de baixa renda baixa renda…
áreas centrais E06 Q2 Parcelamento,
e/ou de povos
ou dotadas de Edificação
e comunidades E04 Q2 Se certas áreas
infraestrutura. ou Utilização
tradicionais. do município Compulsórios
Se no município
Zoneamento Zoneamento no Assistência téc- possuem vazios (PEUC)
são identificados
perímetro rural nica e jurídica urbanos...
territórios Consórcio ZEIS em áreas
gratuita para
de povos ou imobiliário vazias
comunidades e
comunidades
grupos sociais
tradicionais que E07 E07 Q1 Macrozonea- Carta de Aptidão
menos favore-
necessitam de Garantir Se há áreas mento à Urbanização
cidos
ações para seu parâmetros periurbanas ou +
reconhecimento urbanísticos rurais passíveis
e, portanto, para Projetos
compatíveis com de conversão em Específicos de
a segurança de as tipologias e áreas urbanas…
sua posse… Expansão Urba-
demanda por na (PEEU)
E04 Q3 Zoneamento Zoneamento Termo de empreendimen-
no perímetro Ajustamento de tos existente no
Se no muni- Zoneamento Zoneamento no
urbano Conduta (TAC) território. E07 Q2
cípio as áreas perímetro urbano
irregulares não Se no município
concentram há áreas conso-
lidadas passíveis Parcelamento,
população de
de adensamento Edificação ou
baixa renda… Parcelamento Regularização
e/ou ocupação… Utilização Com-
do Solo Urbano fundiária
pulsórios (PEUC)
P04 P04 Q1 E08 E08 Q1 Macrozonea- Zoneamento Plano Municipal P05 P05 Q1 E06 E06 Q01 Zonas Especiais ZEIS em áreas Regularização
O município Se, no município Controlar o Se existem áreas mento no perímetro de Redução de O município O município Garantir a Se as áreas do de Interesse ocupadas conso- fundiária
apresenta popu- há avanço ou avanço da ocu- no município + urbano Riscos apresenta apresenta permanência município ocupa- Social (ZEIS) lidadas
lação de baixa tendência de pação urbana e com potencial concentração de concentração da população das por população
Projetos
renda vivendo ocupação de planejar frentes de serem aden- moradias precá- de moradias de baixa renda de baixa renda
Específicos de
em áreas de áreas ambien- de expansão sadas ou áreas rias em centrais precárias em e melhorar as são dotadas de
Expansão Urba-
risco. talmente frágeis, considerando não urbanizadas ou dotadas de áreas centrais condições ha- infraestrutura… Zonas Especiais ZEIS em áreas
na (PEEU)
com risco de as condições de adequadas para Plano de Mitiga- infraestrutura ou dotadas de bitacionais em de Interesse vazias
deslizamento de risco existentes. urbanização… + (como cortiços e infraestrutura áreas centrais E06 Q2 Social (ZEIS)
ção e Adaptação
terra, escorrega- Zoneamento às Mudanças do ocupações). (moradias ou dotadas de +
Se certas áreas
mento, solapa- Clima (PMAMC) coletivas, cor- infraestrutura. do município Parcelamento,
mento etc. tiços, pensões
Parcelamento possuem vazios Edificação
e ocupações urbanos
do Solo Urbano ou Utilização
precárias).
Compulsórios
E09 E09 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Plano Local de (PEUC)
Garantir ocu- Se o município de Interesse ocupadas Habitação de
Consórcio imo- Plano Local de
pação urbana possui áreas Social (ZEIS) Interesse Social biliário Habitação de
adequada em de risco, mas (PLHIS)
E05 Interesse Social
Projetos Específi- ZEIS em áreas
situações de que podem (PLHIS)
Reservar terra cos de Expansão vazias
risco e reserva ser ocupadas E05 Q1
para produção Urbana (PEEU)
de terras com mediante o uso
infraestrutura ou emprego de habitação de Se o município +
Sistema de
para reassenta- de tecnologias interesse social não possui
saneamento Zonas Especiais
mento. adequadas com (HIS). terra urbanizada
ambiental de Interesse
população mora- disponível para
Social (ZEIS)
dora de baixa a produção de
renda… novas unidades…
Zonas Especiais ZEIS em áreas Assistência téc-
de Interesse vazias nica e jurídica
Direito de E05 Q2 Social (ZEIS) gratuita para
E09 Q2 Zoneamento Zoneamento
Superfície Se no município comunidades e
Se o município no perímetro
existe demanda grupos sociais
possui áreas urbano Consórcio imo-
por habitação de menos favore-
que podem biliário cidos
interesse social
ser ocupadas
e, ao mesmo Direito de
mediante o uso
tempo, imóveis preempção
ou o emprego
HABITAÇÃO HABITAÇÃO urbanos vazios ou
de tecnologias Parcelamento Plano de Mitiga- P05 Q2 E10 Zoneamento Zoneamento Plano municipal
subutilizados...
adequadas, com do Solo Urbano ção e Adaptação no perímetro de saneamento
No município Direcionar a
população de às Mudanças do E10 EQ1 urbano ambiental
há área que tem produção imobi-
outras rendas… Clima (PMAMC)
sofrido ou sido liária para áreas Se no município
ameaçada de adequadas ao existem merca- Outorga One- Plano municipal
descaracteriza- desenvolvimen- do mobiliário rosa do Direito de mobilidade
ção do perfil da to urbano. atuante, lança- de Construir urbana
E09 Q3 Zonas Especiais ZEIS em áreas Carta geotécnica população, do mentos imobi- (OODC)
de Interesse vazias de aptidão à uso, da morfo- liários ou novos
Se em função E03 Zoneamento Zoneamento Plano Local de
Social (ZEIS) urbanização logia urbana loteamentos…
da remoção no perímetro Habitação de
ou de outros Corrigir
das áreas de E03 Q1 urbano Interesse Social
elementos de parâmetros
risco existe a Instrumentos (PLHIS)
sua ocupação vigentes de uso Se no município
necessidade de de regularização original. e de ocupação existem áreas
reassentamento fundiária do solo de forma com caracterís-
de população de
a garantir a ticas de uso e de
baixa renda em
permanência do ocupação do solo
áreas adequa-
uso e ocupação que devem ser
das…
real do solo de preservadas, mas
forma segura e que têm sofrido
sustentável. alterações signifi-
cativas ou que es-
E09 Q4 Sistema de tão na iminência
áreas verdes de descaracteri-
Se as áreas
zação…
de risco do
município não
apresentam a E03 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas Regularização
possibilidade Se no município de Interesse ocupadas conso- fundiária
de ocupação ou existem áreas Social (ZEIS) lidadas
são áreas não Zoneamento Zoneamento no com predominân-
edificante… perímetro rural cia de população
de baixa renda,
cuja permanência
deve ser assegu-
rada…
P06 P06 Q1 E02 E02 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Assistência técnica P07 P07 Q1 E13 E13 Q1 Macrozonea- Zoneamento no Plano de manejo de
O município Áreas Promover a regularização e/ Se as áreas ocupadas de Interesse ocupadas e jurídica gratuita O município Perímetro Garantir a preservação e Se o município tem o desafio mento perímetro rural Unidades de Con-
apresenta (ocupadas ou ou a urbanização em áreas possuem perfil residencial Social (ZEIS) apresenta res- rural com áreas a conservação das áreas de proteger as áreas ambien- servação
avanço da ocu- sob pressão) ambientais ou de transição de renda baixa… Zoneamento trição de área ambientalmen- ambientalmente frágeis. tais ameaçadas pelo avanço Zoneamento
pação urbana para expansão urbano-rural ocupadas de no perímetro para expansão te sensíveis ou da urbanização…
sobre áreas são passíveis forma sustentável. urbano urbana. protegidas
de transição de ocupação Regularização fun- Plano de Mitigação
urbano-rural urbana E02 Q2 Zoneamento diária Sistemas Estru- Zoneamento e Adaptação às Mu-
ou sobre áreas Se as áreas ocupadas pos- turantes no perímetro danças do Clima
rurais. suem perfil residencial de urbano (PMAMC)
renda média/alta ou de usos ZEIS em áreas Zoneamento
não residenciais… ocupadas
Plano de Mitigação
E12 E12 Q1 Macrozonea- e Adaptação às Mu-
Demarcar áreas para produ- Se o município possui áreas mento danças do Clima
ção rural, garantindo reserva com produção agrícola… (PMAMC)
para produção de agricultura
familiar, agroecológica e
sustentável, evitando o
espraiamento da mancha Pagamento por Ser- Plano de Mobilida-
urbana Zoneamento Zoneamento no viços Ambientais E14 Q3 Parcelamento de Urbana
perímetro rural (PSA) Se no município há áreas do Solo Urbano
EXPANSÃO dotadas de infraestrutura
URBANA / com vazios urbanos…
DESENVOL-
VIMENTO EXPANSÃO
RURAL Carta geotécnica URBANA
SUSTENTÁ- E13 E13 Q1 Macrozonea- de aptidão à urba-
VEL Garantir a preservação e Se o município tem o desafio mento + Proje- nização
a conservação das áreas de proteger as áreas ambien- tos Específicos
ambientalmente frágeis. tais ameaçadas pelo avanço de Expansão
da urbanização… Urbana (PEEU)
+ Parcelamento
do Solo Urbano
Plano de Manejo de Plano de Desenvol-
P06 Q2 Unidades de Con- P07 Q3 E11 E11 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas vimento Urbano In-
Se no muni- servação O perímetro Delimitar áreas aptas à Se no município existe de Interesse vazias tegrado (PDUI)
Sistemas Estru- Social (ZEIS)
cípio as áreas turantes periurbano ocupação para expansão ur- demanda de reassenta-
para expansão ou rural não bana nas áreas de transição mento de áreas ambientais
urbana não pos- possui áreas urbano-rural e garantir a ocupadas, ou há apenas a
suem condições Sistemas de com fragilidade recuperação da valorização necessidade de promoção
de ocupação Equipamentos, Licenciamento Am- ambiental. da terra rural para urbana. de habitação de interesse
urbana ou são E69 E69 Q1 biental social (HIS)… Macrozonea-
de Saneamento mento + Proje-
ambientalmen- Controlar a expansão urbana Se o município necessita Ambiental e de
te sensíveis… considerando as áreas am- controlar as áreas de expan- tos Específicos
Mobilidade de Expansão
bientalmente degradadas e a são urbana…
capacidade de infraestrutura Urbana (PEEU)
instalada ou prevista. Estudo de
Impacto de
E69 Q2 Vizinhança E11 Q2 Sistema de
Se o município necessita (EIV)+ Estudo Se no município existe saneamento
controlar o lançamento de de Impacto demanda por habitação para ambiental e
novos empreendimentos… Ambiental (EIA) outras faixas de renda e por equipamentos
+ Zoneamento usos não residenciais… públicos e
Sistema de
mobilidade
Carta geotécnica
E46 E46 Q1 Macrozonea- Zoneamento no de aptidão à urba-
Demarcar e garantir áreas Se a necessidade de mais mento perímetro rural nização
para a produção rural. áreas para expansão das +
atividades rurais conflita Zoneamento
com a presença de áreas
ambientalmente frágeis…
Plano Local de Ha-
E12 E12 Q1 Outorga Onero- Zoneamento no bitação de Interesse
Demarcar áreas para produ- Se o município possui áreas sa de Alteração perímetro rural Social (PLHIS)
ção rural, garantindo reserva com produção agrícola… de Uso (OOAU)
Macrozonea- Zoneamento no para produção de agricultura
mento + perímetro rural familiar, agroecológica e
sustentável, evitando o
Projetos espraiamento da mancha
E46 Q2 Específicos de urbana Macrozonea-
Expansão Urba- mento
Se existe a necessidade de na (PEEU) +
áreas para uso rural, mas
existe demanda por expan- Zoneamento Zoneamento
são das áreas urbanas…
Plano Municipal de
P08 P08 Q1 E08 E08 Q1 Macrozonea- Zoneamento Plano Municipal de P09 P09 Q1 E14 E14 Q1 Sistema de
mento + no perímetro Mobilidade Urbana
O municí- No município Controlar o avanço da Se existem áreas no municí- Redução de Riscos o município Se no muni- Promover o adensamento Se no município há áreas saneamento
pio possui há áreas de per- ocupação urbana e planejar pio com potencial de serem Projetos urbano ambiental
possui vazios cípio existe de áreas urbanas dotadas de dotadas de infraestrutura
ocupações de fil urbano em frentes de expansão conside- adensadas ou áreas não Específicos de
perfil urbano áreas rurais ou rando as condições de risco urbanizadas adequadas para Expansão Urba- urbanos (imó- demanda por infraestrutura. com baixa densidade popu-
fragmentadas, ambientalmen- existentes. urbanização… na (PEEU) + veis ou glebas). novas moradias, lacional…
dispersas ou te sensíveis. Zoneamento equipamentos
descontínuas ou outros usos Sistema de
em território públicos e/ou mobilidade
urbano ou rural.
áreas para de-
E18 E18 Macrozo- Zoneamento senvolvimento E14 Q2 Parcelamento,
neamento + no perímetro Plano Local de Ha- Edificação e
Restringir o perímetro Se no município há extensas bitação de Interesse econômico… Se no município existem
urbano para conter o áreas ainda vazias ou subuti- Zoneamento urbano Utilização
Social (PLHIS) problemas de mobilidade e
espraiamento, de forma a lizadas no trecho delimitado Compulsórios
incentivar uma cidade mais como perímetro urbano ou insuficiências no transporte
Parcelamento (PEUC)
compactaocupaç macrozona de ocupação do Solo Urbano coletivo…
urbana…
Parcelamento,
Edificação
ou Utilização Carta geotécnica
Ver Problemática P48. Compulsórios de aptidão à urba- E14 Q3 Parcelamento
(PEUC) nização Se no município há áreas do Solo Urbano
dotadas de infraestrutura
E15 E15 Q1 Zoneamento Zoneamento no com vazios urbanos…
Demarcar áreas para ocu- Se no município existem perímetro rural
pação com convivência de áreas com predominância
atividades rurais e urbanas de chácaras de lazer e sítios Plano de Desenvol- Plano Local de Ha-
P08 Q2 vimento Urbano In- P09 Q2 E17 E17 Q1 Sistema de
de baixa densidade (como de recreação, sem função bitação de Interesse
No município tegrado (PDUI) Se no município Constituir banco de terras Se no município há demanda equipamentos
chácaras, sítio de recreio, produtiva… Macrozonea- Social (PLHIS)
há áreas rurais lazer). mento a área urbana públicas. por imóveis ou edificações públicos
ou distritos ur-
banos em áreas é dispersa ou para implementação de mo-
rurais com fragmentada… radia, equipamentos, áreas Direito de
carência de Zoneamento Eco- verdes ou outra demanda de Preempção
infraestrutura e E12 E12 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas lógico Econômico interesse público…
equipamentos. Demarcar áreas para produ- Se o município possui áreas de Interesse vazias (ZEE)
ção rural, garantindo reserva com produção agrícola… Social (ZEIS) Parcelamento,
para produção de agricultura E17 Q2 Edificação e
familiar, agroecológica e Utilização
sustentável, evitando o Se no município existe
Compulsórios
espraiamento da mancha demanda por habitação de
urbana (PEUC)
interesse social (HIS)…
Parcerias Público
E16 E16 Q1 Parcelamento, ZEIS em áreas
Privadas (PPP)
DINÂMICA Promover a ocupação de Se no município existe Edificação e vazias
EXPANSÃO Utilização
IMOBILIÁ- vazios urbanos de forma arti- demanda por habitação de
URBANA Compulsórios
E11 E11 Q1 Macrozonea- RIA culada ao desenvolvimento interesse social (HIS)…
Delimitar áreas aptas à Se no município existe mento + (PEUC)
urbano.
ocupação para expansão ur- demanda de reassenta- Projetos + Zonas Espe-
bana nas áreas de transição mento de áreas ambientais Específicos de E16 Q2
urbano-rural e garantir a ocupadas, ou há apenas a Expansão Urba- ciais de Interesse
recuperação da valorização necessidade de promoção na (PEEU) No município existe deman- Social (ZEIS)
da terra rural para urbana. de habitação de interesse da por habitação para outras
P08 Q3 social (HIS)… P09 Q3 faixas de renda e por usos
No município Termo de Ajusta- Se no muni- não residenciais…
Zoneamento Zoneamento mento de Conduta Consórcio Zoneamento
há áreas ocupa- no perímetro cípio existe
das com perfil (TAC) Imobiliário no perímetro
E11 Q2 urbano alta dinâmica urbano
de lazer e/ou de Zoneamento
recreação. Se no município existe do mercado
demanda por habitação para Outorga Onero-
sa de Alteração imobiliário…
outras faixas de renda e por E18 E18 Q1 Parcelamento
usos não residenciais... de Uso (OOAU)
Restringir o perímetro Se no município há extensas do Solo Urbano
urbano para conter o áreas ainda vazias ou subuti- Cadastro Territorial
espraiamento, de forma a lizadas no trecho delimitado Macrozonea-
Multifinalitário
incentivar uma cidade mais como perímetro urbano ou mento
E19 E19 Q1 Operação Urba- (CTM)
Promover a transformação Se o município tem alta na Consorciada compacta. macrozona de ocupação
e/ou ocupação de áreas capacidade de gestão e mer- (OUC) urbana…
aptas à urbanização em cado imobiliário atuante…
parceria com a iniciativa
privada. E19 E19 Q1 Zoneamento Zoneamento
Promover a transformação Se o município tem alta no perímetro
E19 Q2 Ver Estratégia 16.
e/ou ocupação de áreas capacidade de gestão e mer- urbano
Se o município não possui Parcerias Público
P08 Q4z Privadas (PPP) aptas à urbanização em cado imobiliário atuante...
mercado imobiliário atuante
No município e/ou possui reduzida parceria com a iniciativa
há áreas com capacidade administrativa privada.
mescla de de gestão
características E19 Q2 Operação Urba-
urbanas e Se o município não possui na Consociada
rurais.
E16 E16 Q1 Parcelamento, ZEIS em áreas mercado imobiliário atuante (OUC)
Edificação e vazias e/ou possui reduzida
Promover a ocupação de Se no município existe
vazios urbanos de forma arti- demanda por habitação de Utilização capacidade administrativa
culada ao desenvolvimento interesse social (HIS)… Compulsórios de gestão…
urbano. (PEUC)
E10 E10 EQ1 Ver Estratégia 16
E16 Q2 Consórcio Direcionar a produção Se no município existem
Imobiliário imobiliária para áreas ade- mercado mobiliário atuante, Outorga One-
No município existe deman-
da por habitação para outras quadas ao desenvolvimento lançamentos imobiliários ou rosa do Direito
faixas de renda e por usos urbano. novos loteamentos… de Construir
não residenciais… (OODC)
P10 P10 Q1 E06 E06 Q01 Zonas Especiais ZEIS em áreas Plano Local de P11 P11 Q1 E05 E05 Q1 Projetos ZEIS em áreas Plano Local de
A dinâmica Se a área ou Garantir a permanência da Se as áreas do município de Interesse ocupadas conso- Habitação de O valor de Se no município Reservar terra para Se o município não possui Específicos de vazias Habitação de
imobiliária no bairro afetado população de baixa renda e ocupadas por população de Social (ZEIS) lidadas Interesse Social aluguéis ou existe demanda produção de habitação de terra urbanizada disponível Expansão Urba- Interesse Social
município tem é de baixa melhorar as condições habi- baixa renda são dotadas de (PLHIS) de venda de por habitação interesse social (HIS). para a produção de novas na (PEEU) (PLHIS)
alterado o perfil renda ou tem tacionais em áreas centrais infraestrutura… imóveis no de interesse unidades… +
da população, precariedade ou dotadas de infraestrutura. município é social (HIS)… Zonas Especiais
o uso e/ou a habitacional… Instrumentos incompatível
de regularização de Interesse
morfologia com o perfil Social (ZEIS)
urbana. fundiária de renda da
população.
E06 Q2 Parcelamento, ZEIS em áreas Assistência E05 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas Instrumentos
Se certas áreas do município Edificação e vazias técnica e jurídica Se no município existe de Interesse vazias de regularização
possuem vazios urbanos... Utilização gratuita para demanda por habitação de Social (ZEIS) fundiária
Compulsórios comunidades e interesse social e, ao mesmo
(PEUC) grupos sociais tempo, imóveis urbanos Direito de
+ Zonas Espe- menos favore- vazios ou subutilizados… Preempção
ciais de Interesse cidos
Social (ZEIS) Consórcio
Imobiliário
P10 Q2 E03 E03 Q1 ZON URB Consórcio Plano municipal E04 E04 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas
Se a área ou o Corrigir parâmetros vigentes Se no município existem Imobiliário de saneamento Garantir a segurança na Se o município possui áreas de Interesse ocupadas
bairro afetado de uso e de ocupação do áreas com características de ambiental posse, de modo a permitir a irregulares com precarie- Social (ZEIS)
tem sofrido solo de forma a garantir a uso e de ocupação do solo permanência da população dade e concentração de
ameaça de des- permanência do uso e ocu- que devem ser preserva- de baixa renda e/ou de povos população de baixa renda…
caracterização pação real de forma segura e das, mas que têm sofrido e comunidades tradicionais.
do perfil da po- sustentável. alterações significativas ou
pulação, do uso, que estão na iminência de
da morfologia descaracterização… Zoneamento Zoneamento Plano municipal Zoneamento
urbana ou de no perímetro de mobilidade Especial
outros elemen- urbano urbana
tos típicos da
sua ocupação E04 Q2 Zoneamento Zoneamento no
original… Se no município são identi- perímetro rural
ficados territórios de povos
E03 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas Tombamento ou comunidades tradicionais
DINÂMICA Se no município existem de Interesse ocupadas conso- municipal DINÂMICA que necessitam de ações
IMOBILIÁ- áreas com predominância Social (ZEIS) lidadas IMOBILIÁ- para seu reconhecimento e,
RIA de população de baixa renda, RIA portanto, para a segurança
cuja permanência deve ser de sua posse…
assegurada…
P10 Q3 E10 E10 EQ1 Outorga One- Imposto sobre a P11 Q2 E04 Q3 Zoneamento Zoneamento Assistência
Se o município Direcionar a produção Se no município existem rosa do Direito Propriedade Pre- Se no município Se no município as áreas no perímetro técnica e jurídica
concentra imobiliária para áreas ade- mercado mobiliário atuante, de Construir dial e Territorial existe demanda irregulares não concentram urbano gratuita para
imóveis de quadas ao desenvolvimento lançamentos imobiliários ou (OODC) Urbana (IPTU) e por habitação população de baixa renda… comunidades e
interesse de urbano. novos loteamentos… Imposto sobre para outras fai- grupos sociais
preservação a Transmissão xas de renda e/ menos favore-
ou paisagens de Bens Imóveis ou por usos não Parcelamento cidos
ameaçadas (ITBI) residenciais… do Solo
pelo processo
vigente…
P12 P12 Q1 E07 E07 Q1 Macrozonea- Carta geotécnica P13 P13 Q1 E22 E22 Q1 Sistema de Zoneamento Imposto sobre a
O município Se no município Garantir parâmetros Se há áreas periurbanas ou mento de aptidão à Centralidades no perímetro propriedade Pre-
O município Se no muni- Promover o uso misto do Se no município existem
possui baixa predominam urbanísticos compatíveis rurais passíveis de conversão + urbanização urbano dial e Territorial
possui áreas cípio há áreas espaço, de forma a garantir áreas exclusivamente Urbana (IPTU) e
dinâmica imo- empresas com as tipologias e demanda em áreas urbanas… Projetos públicas (ruas, ou bairros áreas com equilíbrio entre residenciais ou sem acesso a
biliária, com locais da existente e produzida no Imposto sobre
Específicos de calçadas, áreas que possuem oferta de emprego e moradia, comércio e serviços… a Transmissão
predominância construção civil, território Expansão Urba- verdes) ou re- desequilíbrio além de maior qualidade do Zoneamento de Bens Imóveis
da atuação de de produção na (PEEU)
empresas locais por encomenda giões com alta de usos, com espaço urbano e segurança. (ITBI)
da construção ou de autocons- concentração períodos
civil ou produ- trução… de ocorrências vazios ou pouco E22 Q2 Parcelamento
ção da própria relacionadas frequentados Se no município, existem do Solo Urbano
moradia. à segurança durante o dia áreas de uso predominante
ou noite… Zoneamento
pública. não residencial…
P14 P14 Q1 E16 E16 Q1 Parcelamento, Plano Local de P15 P15 Q1 E27 E27 Q1 Zoneamento Zoneamento Código de Obras
O município Se o município Promover a ocupação de Se no município existe Edificação e Habitação de O município Se o município Melhorar as condições de Se, no município, os lotes no perímetro e Edificações
possui áreas possui vazios vazios urbanos de forma arti- demanda por habitação de Utilização Interesse Social carece de apresenta drenagem do município privados e públicos possuem Sistema de urbano (COE)
vazias ou degra- urbanos ou su- culada ao desenvolvimento interesse social (HIS)… Compulsórios melhorias problemas de considerando o uso e a solo excessivamente imper- Saneamento
dadas, pontos butilizados que urbano. (PEUC) das condições drenagem e/ ocupação do solo. meabilizado… Ambiental + Sis-
viciados de lixo concentram + de qualidade ou ilhas de tema de Áreas
e/ou descarte pontos de des- ambiental em calor no espaço Verdes
Zonas Especiais
irregular. carte irregular de Interesse seu território urbano…
de lixo ou de (ilhas de calor, E27 Q2 Sistema de Zoneamento no Plano de Manejo
Social (ZEIS)
ocorrências de drenagem e Áreas Verdes + perímetro rural de Águas Plu-
Se o município deseja
seguranças… arborização, Zoneamento viais
ampliar a oferta de áreas
Consórcio entre outras). verdes para aumentar a
Imobiliário Sistema de
permeabilidade geral do Áreas Verdes
solo municipal… + Direito de
Preempção +
E16 Q2 Parcelamento, Plano Municipal
Transferência
No município existe deman- Edificação e de Arborização
do Direito de
da por habitação para outras Utilização Construir (TDC) Urbana
faixas de renda e por usos Compulsórios
E25 E25 Q1
não residenciais… (PEUC)
Articular as áreas verdes Se no município existem Sistema de
públicas, garantindo o áreas ambientais com poten- Áreas Verdes
fortalecimento das áreas cial de serem conectadas e Pagamento por
ambientais do município. articuladas em rede… Zoneamento Serviços Am-
bientais (PSA)
Projeto Específi-
Zoneamento co de Expansão
Urbana (PEEU)
Zoneamento Eco-
E26 Q2 Zoneamento Zoneamento P28 Q2 Direito de
lógico-Econômico
Se o município tem alta + no perímetro Se o município deseja esta- Preempção
(ZEE)
capacidade de gestão e mer- urbano belecer ou ampliar o sistema
Sistema de
cado imobiliário atuante… centralidades de áreas verdes e drenagem,
incorporando novas áreas
+ públicas e privadas para con- Plano de Mitigação
e Adaptação às
Estudo de servação ou preservação…
Mudanças do Clima
Impacto de Vizi- (PMAMC)
nhança (EIV) Sistema de
Saneamento
Ambiental Termo de Compro-
Operação Urba-
misso de Compen-
na Consorciada
sação Ambiental
(OUC)
P16 P16 Q1 E29 E29 Q1 Zoneamento Zoneamento Plano Municipal P17 P17 Q1 E30 -Criar novas centralida- E30 Q1 Sistema de Imposto sobre a
O município Se, no muni- Incentivar desenho urbano Se o município deseja alterar no perímetro de Arborização No município Se no município des ou áreas de desenvol- Se determinada área do Equipamentos propriedade Pre-
deseja adequar cípio, há áreas que garanta qualidade no ou determinar relações en- urbano Urbana há distâncias e/ há áreas com vimento econômico, de município tem demanda Públicos dial e Territorial
sua morfologia ou bairros uso e na ocupação do solo, tre a forma das edificações ou tempos de predominância forma a equilibrar os usos no por comércios, serviços e Urbana (IPTU) e
e seu desenho com gabaritos bem como relações mais e os espaços públicos (como deslocamento de usos resi- território. equipamentos de bairro, Imposto sobre
urbano à muito altos ou humanas no espaço urbano estruturas viárias)… excessivos denciais e com diversificação de usos ou a Transmissão
Sistema de
infraestrutura inadequados público. entre áreas que pouca oferta de centralidades… de Bens Imóveis
Centralidades
prevista ou em relação à concentram emprego… (ITBI)
existente e/ou infraestrutura E29 Q2 Parcelamento Código de empregos E22 E22 Q1 Zoneamento Zoneamento
às condicionan- ou à paisagem O município deve evitar ape- do Solo Posturas e áreas que Promover o uso misto do Se no município existem no perímetro
tes ambientais urbana nas o aumento da densidade concentram espaço, de forma a garantir áreas exclusivamente urbano
e territoriais (condicionantes construtiva, garantindo que moradia. áreas com equilíbrio entre residenciais ou sem acesso a
(como a relação ambientais e haja aumento da densidade oferta de emprego e moradia, comércio e serviços… Ver tema Desenvolvimento Econômi-
entre edificação territoriais)… populacional… além de maior qualidade do co e problemáticas 23, 24 e 25.
e calçadas ou espaço urbano e segurança. E22 Q2
outros espaços
livres). Se no município, existem
áreas de uso predominante
não residencial…
E23 E23 Q1 Sistema de Código de Obras P17 Q2 Zoneamento
Melhorar a qualidade do sis- Se o município deseja Mobilidade e Edificações Se no município
tema de microacessibilidade, condicionar parâmetros de (COE) há áreas com
como calçadas, arborização, uso e de ocupação nos lotes concentração E31 E31 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Imposto Sobre
iluminação, viário e mobili- privados, a fim de melhorar Projeto Específi- de empregos de Interesse ocupadas conso- Serviços de
Incentivar o uso habitacional Se no município existe
dade ativa, entre outros. arborização, drenagem, co de Expansão e com pouca Social (ZEIS) lidadas Qualquer Natu-
nas áreas com concentração demanda por habitação de
P16 Q2 áreas livres e/ou verdes, de Urbana (PEEU) oferta de reza (ISSQN)
de empregos. interesse social (HIS)…
reaproveitamento das águas moradia…
Se, no muni-
ou de dimensionamento E31 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas
cípio, há áreas
e qualidade das calçadas, de Interesse vazias
ou bairros Sistema de Plano Municipal Se no município existe
que possuem entre outros… Social (ZEIS)
Áreas Verdes de Iluminação demanda por moradia em
desequilíbrio Urbana outras faixas de renda…
de usos, com
períodos
vazios ou pouco E23 Q2 Sistema de P17 Q3 E14 E14 Q1 Consórcio Plano Local de
frequentados Se o município deseja Equipamentos Se a ocupação Promover o adensamento Se no município há áreas Imobiliário Habitação de
durante o dia melhorar as condições de Públicos urbana do de áreas urbanas dotadas de dotadas de infraestrutura Interesse Social
QUALIDA- QUALIDA-
ou à noite… mobilidade ativa nos espa- município é infraestrutura. com baixa densidade popu- (PLHIS)
DE URBANA DE URBANA
E AMBIEN- ços públicos… E AMBIEN- fragmentada, lacional…
TAL TAL dispersa ou
descontínua…
E22 E22 Q1 Sistema de Plano Municipal E14 Q2 Sistema de
Promover o uso misto do Se no município existem Centralidades de Mobilidade Se no município existem Saneamento
espaço, de forma a garantir áreas exclusivamente Urbana problemas de mobilidade e Ambiental
áreas com equilíbrio entre residenciais ou sem acesso a insuficiências no transporte
P16 Q3 oferta de emprego e moradia, comércio e serviços… coletivo… Sistema de
Se no município além de maior qualidade do Mobilidade
existem áreas espaço urbano e segurança.
E22 Q2 Zoneamento Imposto sobre a E14 Q3 Parcelamento
públicas (calça-
Se no município, existem propriedade Pre- do Solo
das, praças, etc) Se no município há áreas
áreas de uso predominante dial e Territorial
com marcada dotadas de infraestrutura
não residencial… Urbana (IPTU) e
informalidade com vazios urbanos…
Imposto sobre
do comércio
a Transmissão
ambulantes.
de Bens Imóveis
(ITBI)
Plano Municipal de
E52 E52 Q1 Zoneamento Zoneamento P17 Q4 E32 E32 Q1 Parcelamento,
Mobilidade Urbana
Regulamentar as formas Se no município existe a ne- no perímetro Edificação e
Se o tempo de Reduzir o tempo de desloca- Se há desequilíbrio nas
de uso do espaço público e cessidade de adequar a boa urbano Utilização
deslocamento mento cotidiano entre mora- funções no território (como
da instalação de comércio utilização do espaço público dentro da área dia, emprego, equipamentos áreas com grande concentra- Compulsórios
ambulante, visando maior em áreas já consolidadas… urbanizada é públicos e serviços básicos. ção de empregos mas pouca (PEUC)
qualidade ambiental e excessivo… moradia, ou áreas predo-
urbana para o município. minantemente residenciais Zoneamento Zoneamento
sem postos de trabalho e/ou no perímetro
estudo)… urbano
P18 P18 Q1 E34 E34 Q1 Sistema de Imposto sobre a P19 P19 Q1 E06 E06 Q01 Zonas Especiais Plano Local de
O município Se há imóveis Garantir a presença de usos Se o município deseja Centralidades Propriedade Pre- O município Se o imóvel ou Garantir a permanência da Se as áreas do município de Interesse Habitação de
deve reconhe- de interesse de compatíveis com a preser- estabelecer usos permitidos dial e Territorial apresenta centro histórico população de baixa renda e ocupadas por população de Social (ZEIS) Interesse Social
cer ou facilitar preservação vação e a dinamização das e/ou incentivados em áreas Urbana (IPTU) e necessidade de de interesse de melhorar as condições habi- baixa renda são dotadas de + (PLHIS)
históricas… Imposto sobre
a preservação ainda sem áreas históricas. dinamização preservação tacionais em áreas centrais infraestrutura… Parcelamento,
de bens imóveis preservação, ou a Transmissão urbana e/ou concentra po- ou dotadas de infraestrutura.
E34 Q2 Zoneamento Edificação e Assistência
ou áreas de tombamentos de Bens Imóveis econômica de pulação de bai-
Se nestas áreas existe deman- Utilização Com- técnica e jurídica
relevância municipais, (ITBI) áreas centrais xa renda ou tem
da por habitação de interesse pulsórios (PEUC) gratuita para
histórica, cul- estaduais ou social (HIS) ou presença de Parcelamento ou históricas. precariedade E06 Q2 comunidades e
tural, natural e federais no população de baixa renda… do Solo habitacional… Se certas áreas do município grupos sociais
paisagística. território… possuem vazios urbanos... menos favore-
Zonas Especiais Zoneamento Zonas Especiais
cidos
de Interesse no perímetro de Interesse
Social (ZEIS) urbano Social (ZEIS)
+
P18 Q2 E34 Q3 Imposto Sobre E34 E34 Q1 Consórcio Instrumentos
Se estas áreas possuem imó- Parcelamento, Serviços de Imobiliário de regularização
Se os bens imó- Garantir a presença de usos Se o município deseja
veis vazios ou subutilizados… Edificação e Qualquer Natu- fundiária
veis ou conjun- compatíveis com a preser- estabelecer usos permitidos
Utilização reza (ISSQN)
tos existentes vação e a dinamização das e/ou incentivados em áreas
Compulsórios
no município áreas históricas. históricas…
(PEUC)
possuem rele-
vância histórica
ou cultural… E34 Q2 Zoneamento Zoneamento Imposto sobre a
Se nestas áreas existe no perímetro Propriedade Pre-
demanda por habitação de urbano dial e Territorial
interesse social (HIS) ou Urbana (IPTU) e
E33 E33 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Plano Local de Imposto sobre
de Interesse ocupadas conso- Habitação de presença de população de
Integrar as normas para Se os bens de interesse para a Transmissão
Social (ZEIS) lidadas Interesse Social baixa renda…
facilitar os processos de preservação do município de Bens Imóveis
P18 Q3 já possuem instrumento e (PLHIS) P19 Q2
aprovação e de fiscalização (ITBI)
Se são regramento de preservação Se no município
relacionados aos bens de
identificadas (municipal, estadual e/ou não há merca- E34 Q3 Sistema de
interesse de preservação. federal)…
comunidades do imobiliário Se estas áreas possuem imó- Centralidades
tradicionais E33 Q2 Zoneamento dinâmico, com veis vazios ou subutilizados…
ou território predomi-
Se os bens de interesse para
culturais… preservação não possuem
nância de
PATRI- instrumento ou regramento de PATRI- investimentos
públicos para E19 E19 Q1 Parcelamento, Zoneamento Imposto Sobre
MÔNIO preservação… MÔNIO
dinamização Promover a transformação Se o município tem alta Edificação e no perímetro Serviços de
CULTURAL CULTURAL
urbana e/ou e/ou ocupação de áreas capacidade de gestão e mer- Utilização urbano Qualquer Natu-
econômica… aptas à urbanização em cado imobiliário atuante... Compulsórios reza (ISSQN)
E20 E20 Q1 Parcelamento, Zoneamento Plano Municipal
parceria com a iniciativa (PEUC) +
Preservar imóveis, usos ou Se o município possui imóveis Edificação e no perímetro de Turismo
ou conjuntos cuja preservação Utilização urbano privada. Zoneamento
conjuntos urbanos de inte-
resse cultural ou histórico. seja desejada, individualmente Compulsórios
ou em conjunto… (PEUC) E19 Q2 Operação Urba- Plano Municipal
+ Se o município não possui na Consorciada de Saneamento
mercado imobiliário atuante (OUC) Ambiental
P18 Q4 E20 Q2 Zoneamento P19 Q3
e/ou possui reduzida
Se os bens ou Se o município deseja viabilizar Se no município capacidade administrativa
conjuntos imó- recursos ou incentivos para a existe potencial de gestão…
manutenção de bens a serem
veis existentes de transforma-
preservados… Zoneamento Tombamento Parceria Público
no município ção de áreas
possuem rele- Especial Municipal urbanas e Privada (PPP)
vância natural um mercado E10 E10 EQ1 Ver estratégia 16.
ou paisagística… imobiliário Direcionar a produção Se no município existem
Pagamento por Ser- Plano Municipal de
E35 P35 Q1 Transferência dinâmico… imobiliária para áreas ade- mercado mobiliário atuante,
viços Ambientais Mobilidade Urbana
Garantir a preservação e Se o município possui território do Direito de quadas ao desenvolvimento lançamentos imobiliários ou
(PSA)
permanência de territórios tradicional já reconhecido e Construir (TDC) urbano. novos loteamentos…
homologado…
tradicionais e culturais, bem
como dos modos de vida
dos povos e comunidades Código de Posturas
P35 Q2 Zoneamento E104 E104 Q1 Zoneamento
tradicionais. Se o município identifica terri- Especial
Planejar e demarcar zonas Se o município possui
tório tradicional que ainda não de baixa emissão ou de emis- centros urbanos ou de
foi reconhecido e homologado… bairros com tráfego elevado
são zero na cidade, onde o
transporte motorizado a e demanda por melhores
Plano de Manejo base de combustíveis fósseis condições de micro acessibi- Plano de Arbori-
E36 P36 Q1 Zoneamento Sistemas Estru-
de Unidades de seja banido ou desincentiva- lidade e qualidade do ar… zação
Se a paisagem natural do muni- Especial turantes
Garantir a preservação Conservação
cípio possui funções ambientais do por meio de taxas sobre
do patrimônio natural ou Plano de Ilumina-
ou ecológicas… seu uso. E104 Q2 Zoneamento Zoneamento
paisagístico. ção Pública
Se o município não possui no perímetro
sistemas de monitoramento urbano Plano de Mitigação
P36 Q2 Zoneamento Zoneamento no Estudo de
de emissões ou o sistema e Adaptação às
Se a paisagem natural do mu- perímetro rural Impacto de Vizi-
não tem ampla cobertura… Mudanças do Clima
nicípio possui valor histórico e nhança (EIV)
(PMAMC)
cultural…
P17 P17 Q1 E30 E30 Q1 Sistema de Imposto sobre a P20 P20 Q1 E14 E14 Q1 Sistema de Plano Municipal
No município Se no município Se determinada área do Se determinada área do Equipamentos propriedade Pre- O município Se nas áreas Promover o adensamento Se no município há áreas Saneamento de Mobilidade
há distâncias e/ há áreas com município tem demanda município tem demanda por Públicos dial e Territorial apresenta com perda de áreas urbanas dotadas de dotadas de infraestrutura Ambiental Urbana
ou tempos de predominância por comércios, serviços e usos de bairro ou centrali- Urbana (IPTU) e perda popula- populacional infraestrutura com baixa densidade popu-
deslocamento de usos resi- equipamentos de bairro, dades… Imposto sobre cional em áreas há novos lacional…
excessivos denciais e com diversificação de usos ou a Transmissão centrais e/ou lançamentos
Sistema de Zoneamento
nos trajetos pouca oferta de centralidades… de Bens Imóveis bem infraestru- imobiliários…
Centralidades no perímetro
cotidianos. emprego… (ITBI) turadas.
urbano
E22 E22 Q1 Zoneamento E14 Q2 Sistema de Imposto sobre a
Promover o uso misto do Se no município existem Se no município existem Mobilidade propriedade Pre-
espaço, de forma a garantir áreas exclusivamente problemas de mobilidade e dial e Territorial
residenciais ou sem acesso a Ver tema Desenvolvimento Econômi- Urbana (IPTU) e
áreas com equilíbrio entre insuficiências no transporte
comércio e serviços… co e problemáticas 23, 24 e 25 Imposto sobre
oferta de emprego e moradia, coletivo…
além de maior qualidade do a Transmissão
espaço urbano e segurança. de Bens Imóveis
P17 Q2 E22 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas Imposto Sobre E14 Q3 Zoneamento Zoneamento
(ITBI)
Se no município Se no município, existem de Interesse ocupadas conso- Serviços de Se no município há áreas no perímetro
há áreas com áreas de uso predominante Social (ZEIS) lidadas Qualquer Natu- dotadas de infraestrutura urbano
concentração não residencial… reza (ISSQN) com vazios urbanos…
de empregos
e com pouca
oferta de
moradia… E31 E31 Q1 E22 E22 Q1 Parcelamento, Imposto Sobre
Incentivar o uso habitacional Se no município existe Promover o uso misto do Se no município existem Edificação e Serviços de
nas áreas com concentração demanda por habitação de espaço, de forma a garantir áreas exclusivamente Utilização Qualquer Natu-
de empregos. interesse social (HIS)… áreas com equilíbrio entre residenciais ou sem acesso a Compulsórios reza (ISSQN)
oferta de emprego e moradia, comércio e serviços… (PEUC)
além de maior qualidade do
P17 Q3 E31 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas P20 Q2 espaço urbano e segurança. E22 Q2 Parcelamento Código de Obras
Se a ocupação Se no município existe de Interesse vazias Se a perda Se no município, existem do Solo e Edificações
urbana do demanda por moradia em Social (ZEIS) populacional áreas de uso predominante (COE)
município é outras faixas de renda… tem ocorrido não residencial…
fragmentada, E14 E14 Q1 Consórcio por meio do Zoneamento
QUALIDA- dispersa ou QUALIDA- esvaziamento
Promover o adensamento Se no município há áreas Imobiliário
DE URBANA descontínua… DE URBANA (saída da popu-
de áreas urbanas dotadas de dotadas de infraestrutura
E AMBIEN- E AMBIEN- lação) ou da al-
infraestrutura. com baixa densidade popu-
TAL / USO E TAL / USO E teração de usos E37 E37 Q1 Sistema de Termo de
lacional…
OCUPAÇÃO OCUPAÇÃO residenciais por Adequar parâmetros de Se há desequilíbrio nas fun- Centralidades Ajustamento de
DO SOLO / DO SOLO / não-residen- incomodidade para garantir ções no território municipal, Conduta (TAC)
MOBILIDA- E14 Q2 Sistema de Plano Local de MOBILIDA- ciais… a compatibilidade entre como áreas com grande
DEL Se no município existem Saneamento Habitação de DEL usos residenciais e não resi- concentração de empregos
problemas de mobilidade e Ambiental Interesse Social denciais. e áreas predominantemente
insuficiências no transporte (PLHIS) residenciais sem postos de
coletivo… trabalho…
Assistência técnica
E32 Q2 Sistema de E06 Q2 Zonas Especiais ZEIS em áreas
de Interesse e jurídica gratuita
Se no município existe Centralidades Se certas áreas do município vazias
Social (ZEIS) para comunidades
problema de mobilidade e e Sistema de possuem vazios urbanos... e grupos sociais
insuficiência no transporte Mobilidade +
menos favorecidos
coletivo… Parcelamento,
Edificação e
Sistema de
Utilização
Equipamentos Compulsórios
Públicos (PEUC)
P21 P21 Q1 E05 E05 Q1 Projetos ZEIS em áreas Plano Local de P22 P22 Q1 E37 E37 Q1 Zoneamento Zoneamento Código de Obras
O município Se as normati- Reservar terra para Se o município não possui Específicos de vazias Habitação de No município Se as incomo- Adequar parâmetros de Se há desequilíbrio nas fun- no perímetro e Edificações
apresenta áreas vas vigentes no produção de habitação de terra urbanizada disponível Expansão Urba- Interesse Social há áreas que didades exis- incomodidade para garantir ções no território municipal, urbano (COE)
com incompa- município ou o interesse social (HIS). para a produção de novas na (PEEU) (PLHIS) apresentam tentes são de a compatibilidade entre como áreas com grande
tibilidade entre valor da terra unidades… + problemas de ruído, odor e/ usos residenciais e não resi- concentração de empregos
parâmetros de não permitem incomodidade ou periculosida- denciais e áreas predominantemente
Zonas Especiais Regularização residenciais sem postos de
uso e ocupação ou mesmo de Interesse e/ou conflitos de, produzidas
do solo em inviabilizam a Fundiária de vizinhança. por usos não trabalho…
Social (ZEIS)
relação à cida- produção de residenciais
de existente habitação de E05 Q2 em áreas com
e suas novas interesse social Se no município existe moradias…
ocupações. (HIS)… demanda por habitação de
interesse social e, ao mesmo Zonas Especiais ZEIS em áreas Assistência E37 Q2 Sistema de Termo de
tempo, imóveis urbanos de Interesse vazias técnica e jurídica Se existe ou há previsão de Centralidades Ajustamento de
vazios ou subutilizados… Social (ZEIS) gratuita para instalação de empreendi- Conduta (TAC)
comunidades e mento ou atividade que gera
Consórcio grupos sociais impactos de vizinhança… Estudo de
Imobiliário menos favore- Impacto de Vizi-
cidos nhança (EIV)
Plano Municipal de
E20 Q2 Transferência E40 Q3 Ver Tema Grandes Projetos de
Turismo
Se o município deseja viabi- do Direito de Se há interesse do mercado Impacto
lizar recursos ou incentivos Construir (TDC) ou previsão de instalação
para a manutenção de bens de empreendimento de
a serem preservados… impacto caracterizado como
grande projeto…
P23 P23 Q1 E41 E41 Q1 Zoneamento Zoneamento Imposto sobre a P24 P24 Q1 E44 E44 Q1 Sistema de Imposto sobre a
O municí- Se, na região Identificar áreas de interesse Se no município as no perímetro propriedade Pre- Centralidades propriedade Pre-
O município Se no município Dinamizar ou criar centrali- Se o município possui ou
pio possui do município, e estimular a atividade in- atividades industriais são urbano dial e Territorial dial e Territorial
Urbana (IPTU) e apresenta identificam-se dades de bairro de forma ar- necessita de novas centrali-
demanda para percebe-se dustrial de forma articulada compatíveis com os demais estagnação centralidades ticulada ao desenvolvimento dades de bairro que deseja Urbana (IPTU) e
estimular novas expansão ao desenvolvimento urbano usos urbanos… Imposto sobre
econômica com perda econômico e urbano local, fortalecer.... Imposto sobre
atividades da atividade e econômico municipal. a Transmissão
ou perda de de atividades fortalecendo comércios e a Transmissão
econômicas por industrial… de Bens Imóveis
(ITBI) atividades ou áreas que usos populares existentes e de Bens Imóveis
meio de polos (ITBI)
tecnológicos, geradoras de necessitam promovendo melhor apro-
distritos indus- E41 Q2 Estudo de emprego em de novas veitamento do solo.
triais, centros Se no município as ativida- Impacto de Vizi- consequência centralidades
comerciais e des industriais são incom- nhança (EIV) da desindustria- econômicas…
usos ligados patíveis com os demais usos Plano de Mitiga- E44 Q2 Parcelamento,
lização, da com-
ao conceito de urbanos… ção e Adaptação Edificação e
petição fiscal Se para fortalecer as ativida-
smart cities, às Mudanças do Utilização
Clima (PMAMC) entre cidades des econômicas existentes é
entre outras. Compulsórios
ou da falta de preciso promover a regulari-
E42 E42 Q1 Estudo de (PEUC)
Impacto de Vizi- infraestrutura, zação desses usos …
Identificar áreas de interesse Se o município já dispõe entre outros.
e estimular o desenvolvi- de áreas urbanas com a nhança (EIV)
mento de atividades produ- infraestrutura necessária
tivas vinculadas à pesquisa para o desenvolvimento E44 Q3 Zoneamento Zoneamento
e à tecnologia de maneira tecnológico desejado… Se o município apresenta no perímetro
articulada ao desenvolvi- lotes vazios ou subutiliza- urbano
mento urbano e econômico dos em áreas dotadas de
municipal. E42 Q2 Zoneamento Imposto Sobre Imposto Sobre
Especial Serviços de infraestrutura que deseja Serviços de
Se o município necessita
Qualquer Natu- impulsionar o uso… Qualquer Natu-
de área com regramento
específico para promover reza (ISSQN) reza (ISSQN)
e incentivar o desenvolvi-
mento tecnológico desejado
(criação de um polo tecno-
P23 Q2 lógico)… Estudo de Im- Licenciamento P24 Q2 E44 Q4 Operação Urba-
Se o município pacto Ambiental Ambiental na Consorciada
Se, no muni- Se o município possui boa
está situado (EIA) (OUC)
cípio, a perda estrutura de gestão e /ou se
em aglomerado de atividades possui mercado imobiliário
urbano
E56 E56 Q1 Estudo de Plano Local de econômicas em dinâmico…
dinâmico, pró-
Impacto de Vizi- Habitação de áreas específi-
ximo a centros Controlar e mitigar impactos Se os grandes projetos de
tecnológicos e nhança (EIV) Interesse Social cas gera vazios
ambientais e urbanos impacto podem causar DESENVOL-
DESENVOL- de pesquisa de decorrentes de grandes efeitos indesejáveis sobre a (PLHIS) urbanos…
VIMENTO VIMENTO E45 E45 Q1 Zonas Especiais Instrumentos
ponta… projetos, condicionando sua área urbana…
ECONÔ- ECONÔ- Promover a regularização e Se no município existem de Interesse de regularização
implementação ao aten-
MICO dimento das demandas MICO o fortalecimento das ativida- usos econômicos de Social (ZEIS) fundiária
social, ambiental, urbana e des econômicas existentes iniciativa popular, porém ca-
econômica identificadas. Sistema de Termo de
Mobilidade Ajustamento de de forma articulada ao tegorizados como usos “não
Conduta (TAC) desenvolvimento econômico conforme” ao regramento
e urbano local. de uso do solo de áreas de
E56 Q2 Sistema de interesse social…
Se os grandes projetos de Saneamento
impacto podem causar
P23 Q3 efeitos indesejáveis sobre a Estudo de Im- s Termo de P24 Q3
Se o município área ambiental... pacto Ambiental Compromisso
Se, no municí-
exerce a função (EIA) de Compensa-
ção Ambiental pio, existe alta
de polo comer- irregularidade
cial regional... (TCCA)
E56 Q3 fundiária, E45 Q2 Ver ferramentas complementares Código de Obras
Se os impactos sobre a área edilícia e/ou de Se as atividades econômicas e Edificações
ambiental já ocorreram… usos que leva a existentes no local são (COE)
dificuldades de irregulares do ponto de vista
Imposto sobre a
E43 E43 Q1 Outorga One- fortalecimento fundiário…
Propriedade Predial
Identificar áreas de interesse Se o município apresenta rosa do Direito dos negócios
e Territorial Urbana
e promover a criação de demanda pela construção de Construir (expansão,
(IPTU) / Imposto
polo comercial e/ou circuito ou pelo fomento à criação (OODC)
Sobre Serviços de obtenção de
de compras articulado ao de espaços comerciais e Qualquer Natureza crédito etc.)…
desenvolvimento urbano e circuitos de compra… (ISSQN)
econômico municipal. Estudo prévio E45 Q3
de impacto de
Se as atividades econômicas
vizinhança - EIV;
PDUI existente no local são
E105 E105 Q1 EIA – Estudo irregulares do ponto de vista
Orientar e fomentar a transi- Se o município precisa de Impacto
construtivo/edilício…
ção energética no município reduzir a emissões advindas Ambiental)
com articulação regional do consumo de energia...
e a adoção de medidas de
eficiência energética em Plano de Ilumi-
construções. E105 Q2 Sistema de
nação Pública +
Se o município apresenta Áreas Verdes
Parceria Público
Ilhas de Calor.... Privada (PPP)
Zoneamento
Especial
P25 P25 Q1 E46 E46 Q1 Macrozonea- Zoneamento no Zoneamento P27 P27 Q1 E49 E49 Q1 Sistema de Consórcio
O municí- Se, no Demarcar e garantir áreas Se a necessidade de mais mento perímetro rural Ecológico-Eco- O município Se, no muni- Viabilizar a instalação Viabilizar a instalação Centralidades Público Intermu-
pio possui município, é para a produção rural. áreas para expansão das + nômico (ZEE) apresenta bair- cípio, o uso do formal de atividades econô- formal de atividades econô- nicipal
atividade rural necessário am- atividades rurais conflita Zoneamento ros populosos solo impede a micas que tenham potencial micas que tenham potencial
ou extrativista pliar as áreas com a presença de áreas com baixa ofer- instalação de de gerar empregos para de gerar empregos para
próspera e ne- destinadas ambientalmente frágeis… ta de postos de atividades em- população local. população local. Zoneamento Zoneamento
cessita ampliar às atividades trabalho. pregadoras… no perímetro
essas áreas e/ rurais… urbano
ou controlar E46 Q2 Macrozonea- Zoneamento no
seus impactos Se existe a necessidade de mento perímetro rural
urbanos e áreas para uso rural, mas +
ambientais. Carta geotécnica E50 E50 Q1 Sistema de Parceria Público
existe demanda por expan- Projetos de aptidão à Viabilizar investimentos em Se é possível articular com Centralidades Privado (PPP)
são das áreas urbanas… Específicos de urbanização infraestrutura para que a agentes privados interessa-
Expansão Urba-
região possa acolher novas dos a uma parceria…
na (PEEU) Zoneamento Zoneamento
empresas.
no perímetro
+
urbano
Zoneamento
P25 Q2 E47 E47 Q1 Macrozonea- Pagamento por P27 Q2 E50 Q2 Consórcio Instrumentos
Se a atividade Estimular uso mais intensivo Se o município possui áreas mento Serviços Am- Se, no Se não há invesimentos Imobiliário de regularização
rural ou extra- e sustentável da terra já demarcadas para uso rural + bientais (PSA) município, a privados… fundiária
tivista próspera demarcada para uso rural. pouco produtivas, ou se não Estudo de Im- carência de
é geradora de possui áreas suficientes para pacto Ambiental infraestrutura
grandes impac- produção rural… (EIA) inibe a instala-
tos ambientais ção de usos não
ou urbanos no residenciais
município e empregadores
grande emisso- em certas
ria de GEE... áreas…
Estudo de Licenciamento E50 Q3 Órgãos cole- Código de Obras
Impacto de Vizi- Ambiental Se as normativas vigentes giados e fundos e Edificações
nhança (EIV) impedem o estabelecimento municipais da (COE)
DESENVOL- DESENVOL- política urbana
VIMENTO VIMENTO de atividades desejadas…
ECONÔ- ECONÔ-
MICO MICO
E48 E48 Q1 Estudo de Termo de E51 E51 Q1 Ver ferramentas complementares Imposto sobre a
Controlar impactos Se os impactos se dão sobre Impacto de Vizi- Ajustamento de Ajustar tributação imobi- Se há possibilidade ou van- propriedade Pre-
ambientais e urbanos o meio urbano (ambiente nhança (EIV) Conduta (TAC) liária e sobre serviços para tagem de ajustar o imposto dial e Territorial
oriundos da atividade rural construído)… determinadas atividades imobiliário… Urbana (IPTU) e
ou extrativista. econômicas e regiões. Imposto sobre
a Transmissão
de Bens Imóveis
Ver temas Grandes Projetos de Código de Obras P27 Q3 E51 Q2
(ITBI)
Impacto e Edificações Se, no muni- Se há possibilidade ou van-
(COE) cípio, bairros tagem de ajustar o imposto
apresentam sobre a atividade…
E48 Q2 estabelecimen-
Se impactos se dão sobre o tos com alta
meio ambiente natural (não irregularidade, E45 E45 Q1 Zonas Especiais
construído)… o que impede Promover a regularização e Se no município existem de Interesse
Imposto sobre a
Estudo de Im- o investimento o fortalecimento das ativida- usos econômicos de Social (ZEIS)
Propriedade Predial
pacto Ambiental e Territorial Urbana para ampliação des econômicas existentes iniciativa popular, porém ca-
(EIA) (IPTU) / Imposto dos negócios de forma articulada ao tegorizados como usos “não
Sobre Serviços de e equipes de desenvolvimento econômico conforme” ao regramento
Qualquer Natureza trabalho… e urbano local. de uso do solo de áreas de
(ISSQN) interesse social…
P26 P26 Q1 Ver problemáticas e estratégias do tema Turismo.
O município Se o município
integra Área de possui ativi- Código de Posturas Imposto Sobre Ser-
E45 Q2 Ver ferramentas complementares
Especial Inte- dade turística viços de Qualquer
resse Turístico dinâmica ou Se as atividades econômicas Natureza (ISSQN)
ou apresenta integra Área existentes no local são
forte atividade de Especial irregulares do ponto de vista
turística. Interesse fundiário…
Termo de Compro-
Turístico…
misso de Compen-
sação Ambiental
E45 Q3
(TCCA)
Se as atividades econômicas
existente no local são
irregulares do ponto de vista
construtivo/edilício…
P28 P28 Q1 E44 E44 Q1 Sistema de Zoneamento no Instrumentos P29 P30 Q1 E53 E53 Q1 Macrozonea- Cartas geotécni-
O município Se o município Dinamizar ou criar centrali- Se o município possui ou Centralidades perímetro rural de regularização O município Se no municí- Controlar a expansão Se o município precisa mento cas de aptidão à
necessita man- possui comér- dades de bairro de forma ar- necessita de novas centrali- fundiária possui ou está pio ou na região urbana de modo a limitar controlar a expansão urbana urbanização
ter e fortalecer cios e serviços ticulada ao desenvolvimento dades de bairro que deseja localizado existem gran- seu avanço sobre áreas com visando diminuir os riscos de Projetos
fortalecer.... maiores riscos de acidentes acidentes pela proximidade Específicos de
comércios e locais em esta- econômico e urbano local, em áreas de des projetos ou Expansão Urba-
usos populares. belecimentos fortalecendo comércios e influência e/ou instalações de relacionados a grandes de grandes projetos de
na (PEEU)
irregulares… usos populares existentes e risco de gran- infraestrutura projetos de impacto. impacto… Plano Municipal
promovendo melhor apro- des projetos de com risco de Redução de
Zoneamento
veitamento do solo. impacto am- de impacto Riscos (PMRR)
E44 Q2 Parcelamento, Zoneamento no biental, como ambiental… E54 E54 Q1
Se para fortalecer as ativida- Edificação e perímetro rural Garantir a participação Se os empreendimentos ou Debates, Audiên-
barragens,
des econômicas existentes é Utilização social na implementação de grandes projetos previstos cias, Consultas
hidrelétricas,
preciso promover a regulari- Compulsórios Código de Obras projetos de impacto, bem impactam o meio urbano… Públicas, etc Plano de Mitiga-
mineração e
zação desses usos … (PEUC) e Edificações pedreiras, entre como nas ações de mitiga- ção e Adaptação
(COE) outras. ção e em contrapartidas E54 Q2 Estudo de às Mudanças do
sobre impactos ambientais Se os grandes projetos de Impacto de Vizi- Clima (PMAMC)
E44 Q3 previstos impacto previstos impactam nhança (EIV)
Se o município apresenta o meio ambiente…
lotes vazios ou subutiliza-
dos em áreas dotadas de E55 E55 Q1 Estudo de Im-
infraestrutura que deseja Prever articulação intermu- Se há empreendimento pacto Ambiental
impulsionar o uso… nicipal e interfederativa para ou grande projeto cujos (EIA)
planejamento, controle e impactos atingem mais de
ação emergencial. um município…
E44 Q4 Zoneamento Imposto sobre a
Se o município possui boa propriedade Pre- E09 E9 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Iniciativa popu-
estrutura de gestão e/ou se dial e Territorial Garantir ocupação urbana Se o município possui áreas de Interesse ocupadas lar de projeto de
possui mercado imobiliário Urbana (IPTU) e adequada em situações de de risco, mas que podem ser Social (ZEIS) lei e de planos,
dinâmico… Imposto sobre risco e reserva de terras ocupadas mediante o uso programas e
a Transmissão com infraestrutura para ou emprego de tecnologias Sistema de projetos de de-
de Bens Imóveis reassentamento. adequadas com população saneamento senvolvimento
(ITBI) moradora de baixa renda… ambiental urbano
Termo de Ajusta-
E52 Q2 Parcelamento E56 Q3 Parcelamento
mento de Conduta
Se no município existe a do Solo Se os impactos sobre a área do Solo
(TAC)
necessidade de adequar a ambiental já ocorreram…
boa utilização do espaço
público em áreas passíveis
de parcelamento do solo…
P30 P30 Q1 E57 E57 Q1 Macrozonea- Zoneamento no Plano Local de P32 P32 Q1 E59 E59 Q1 Macrozonea- Zoneamento no Plano Municipal
O municí- Se no município Garantir que a implementa- Se as áreas com potencial mento perímetro rural Habitação de O município Se no município Garantir a implementação Se é necessário prever que a mento perímetro rural de Mobilidade
pio possui existe demanda ção e a operação de ativida- extrativista dizem respeito + Interesse Social possui ou prevê existe a necessi- do equipamento de impacto localização do equipamen- + Urbana
atividades e potencial de extrativista ocorram de a atividades considera- (PLHIS) grandes equi- dade de prever de forma articulada à to seja em macrorregião
Zoneamento Sistema de
extrativistas no para atividade forma articulada à política das compatíveis com o pamentos urba- áreas para a política de desenvolvimento compatível com a função so- Mobilidade
seu território. extrativista… de desenvolvimento urbano desenvolvimento urbano e nos de impacto construção e a urbano e ambiental do cioambiental do território…
e ambiental do município. ambiental… relacionados à instalação dos município.
mobilidade e equipamentos…
ao transporte,
E57 Q2 Estudo de Im- Zoneamento como terminais, Zoneamento Código de Obras
Se as áreas com potencial pacto Ambiental Ecológico-Eco- aeroportos, Urbano e Edificações
extrativista podem acarretar (EIA) nômico (ZEE) aeródromos, + (COE)
impactos nocivos ao meio portos e/ou E59 Q2
Sistema de
urbano e ambiental… rodoviárias, Se há a necessidade de Mobilidade
entre outros. controlar o uso e ocupação
do solo no entorno do
E56 E56 Q1 Plano de Mitiga- grande projeto de impacto Plano Local de
Controlar e mitigar impactos Se os grandes projetos de ção e Adaptação (por exemplo, controle Habitação de
ambientais e urbanos impacto podem causar às Mudanças do de gabarito para áreas de Interesse Social
decorrentes de grandes efeitos indesejáveis sobre a Clima (PMAMC) aeroportos)… (PLHIS)
projetos, condicionando sua área urbana…
implementação ao aten-
dimento das demandas
social, ambiental, urbana e
P30 Q2 econômica identificadas E56 Q2 Estudo de Zoneamento
Se a atividade Se os grandes projetos de Impacto de Vizi- Especial
extrativista é impacto podem causar nhança (EIV) +
geradora de efeitos indesejáveis sobre a Sistema de
grandes impac- área ambiental… Mobilidade
tos ambientais
ou urbanos… Sistema de Termo de E59 Q3 + Zoneamento
Mobilidade Ajustamento de Se existe a necessidade de Ecológico-Eco-
Sistema de
Conduta (TAC) o município determinar mi- nômico (ZEE)
Equipamentos
crorregião, bairro ou imóvel Públicos
específico para implantação
do equipamento de impacto
E56 Q3 Ver ferramentas complementares ou, ainda, se deseja adquirir Direito de
Se os impactos sobre a área áreas para este fim… Preempção
ambiental já ocorreram…
GRANDES GRANDES
PROJETOS PROJETOS
DE DE
IMPACTO IMPACTO
P31 P31 Q1 E58 E58 Q1 Zoneamento Termo de P32 Q2 E56 E56 Q1 Estudo de Im- Termo de
O município Se no municí- Garantir a implementação Se são atividades intdus- Compromisso Se o município Controlar e mitigar impactos Se os grandes projetos de pacto Ambiental Ajustamento de
possui ou prevê pio percebe-se do complexo industrial de triais compatíveis com os Estudo de de Compensa- apresenta ambientais e urbanos impacto podem causar (EIA) Conduta (TAC)
a instalação avanço da ativi- impacto de forma articulada demais usos urbanos… Impacto de Vizi- ção Ambiental necessidade decorrentes de grandes efeitos indesejáveis sobre a
de grandes dade industrial à política de desenvolvimen- nhança (EIV) (TCCA) de conter ou projetos, condicionando sua área urbana…
complexos de impacto… to urbano e ambiental do mitigar os im- implementação ao aten-
industriais de município. pactos urbanos dimento das demandas
impacto urbano E58 Q2 Macrozonea- e ambientais do social, ambiental, urbana e
ou ambiental. Se são atividades industriais mento equipamento… econômica identificadas
incompatíveis com os
demais usos urbanos…
Zoneamento E56 Q2 Estudo de Termo de
Especial Se os grandes projetos de Impacto de Vizi- Compromisso
E105 impacto podem causar nhança (EIV) de Compensa-
efeitos indesejáveis sobre a ção Ambiental
Orientar e fomentar a transi- Licenciamento (TCCA)
P31 Q2 ção energética no município Estudo de Im- área ambiental…
ambiental
Se o município com articulação regional e a pacto Ambiental
já possui em- eficiência energética (EIA)
preendimentos
industriais de E56 E56 Q1 Sistemas Sistema de
impacto… Estruturantes do mobilidade
Controlar e mitigar impactos Se os grandes projetos de
ambientais e urbanos de impacto podem causar Território
atividades de impacto, efeitos indesejáveis sobre a
condicionando a imple- área urbana…
mentação do projeto ao
atendimento das demandas
social, ambiental, urbana e Licenciamento
E56 Q2 Sistema de E56 Q3 Ver ferramentas complementares
econômica identificada. Ambiental
Se os grandes projetos de Mobilidade Se os impactos sobre a área
impacto podem causar ambiental já ocorreram…
efeitos indesejáveis sobre a
área ambiental…
P33 P33 Q1 E60 E60 Q1 Parcelamento, Zoneamento Imposto Sobre P34 P34 Q1 E13 E13 Q1 Macrozonea- Pagamento por
O município Fomentar a requalificação Se no município existem Edificação e no perímetro Serviços de mento Serviços Am-
Se existem O município Se o município Garantir a preservação e Se o município tem o desafio
possui ou urbana de maneira coerente lotes vazios ou subutilizados Utilização urbano Qualquer Natu- bientais (PSA)
áreas urbanas em áreas da cidade dotadas Compulsórios reza (ISSQN) está integral ou necessita a conservação das áreas de proteger as áreas ambien-
prevê grandes com potencial com a política de desenvolvi- grandemente promover a ambientalmente frágeis. tais ameaçadas pelo avanço
projetos de mento urbano. de infraestrutura… (PEUC)
ou necessidade inserido preservação de da urbanização…
reestruturação de requalifica- + Zoneamento
E60 Q2 em área de áreas ambien-
ou requalifica- ção…
ção urbana e/ Se, no município, está preservação tais…
ou ambiental. prevista a construção de ambiental e/
grande empreendimento Consórcio Imposto sobre a ou proteção E13 Q2 Zoneamento Zoneamento no
(por exemplo, equipamen- Imobiliário Propriedade Pre- de mananciais perímetro rural
Se o município necessita
to-âncora) que estimule o dial e Territorial com necessida-
desenvolvimento da região… Urbana (IPTU) e prever ferramentas para dar
de de conciliar uso ao solo de importância
Imposto sobre
a preservação ambiental, de modo a viabili-
a Transmissão
de Bens Imóveis ambiental e zar sua conservação…
(ITBI) o desenvolvi-
E60 Q3 Sistema de
Se, no município, existe Equipamentos mento urbano
forte dinâmica imobiliária, e econômico
a Prefeitura possui grande local.
capacidade de gestão e E63 E63 Q1 Sistema de
existem áreas que se deseja Áreas Verdes
Incentivar a preservação por Se as áreas ambientais do
promover transformações
estruturais para garantir parte de proprietários de município são privadas e
uma melhor utilização... Sistema de Licenciamento áreas privadas com impor- desempenham funções
Centralidades Ambiental tância ambiental. ambientais relevantes para
manutenção da qualidade
ambiental do município e
seu entorno…
P33 Q2 E61 E61 Q1 Estudo de Plano de Mitiga- E63 Q2 TDC Transferência Zoneamento
Se no município Garantir a preservação de Se existe processo de expan- Impacto de Vizi- ção e Adaptação do Direito de Ecológico-Eco-
Se o munícipio deseja
existem áreas áreas ambientalmente são da mancha urbana ou de nhança (EIV) às Mudanças do Construir (TDC) nômico (ZEE)
empreendimentos em áreas Clima (PMAMC) preservar a área privada de
ambientalmen- frágeis, e a mitigação de importância ambiental e
te sensíveis e impactos sobre as mesmas, ambientalmente frágeis…
possui um mercado imobiliá-
ameaçadas na implementação de novos
E61 Q2 Operação Urba- rio dinâmico…
pelo crescimen- empreendimentos.
to da mancha Se há áreas de recuperação na Consorciada
urbana e/ ou ambiental que podem com- (OUC)
pela chegada portar empreendimentos
GRANDES com usos e tipologias espe-
de novos MEIO
PROJETOS cíficas de baixo ou nenhum
empreendi-
DE impacto ambiental… AMBIENTE
mentos…
IMPACTO
Macroneamento Zoneamento no Carta geotécnica P34 Q2
+ Zoneamento perímetro rural de aptidão à
Se o município
urbanização E64 E64 Q1 Sistema de
necessita
Fortalecer o desenvolvimen- Se as áreas ambientais Áreas Verdes
promover o
E62 E62 Q1 Projetos Plano de Manejo
desenvolvimen- to econômico sustentável podem receber atividades de
Promover a recuperação Se a recuperação das áreas Específicos de de Unidades de
ambientais degradadas Expansão Urba- Conservação to do núcleo integrado às áreas de preser- turismo ambiental…
e a preservação das áreas vação e suas potencialidades.
passa pela definição de na (PEEU) (PMUC) urbano…
ambientais degradadas.
usos mais restritivos do uso
do solo…
P35 P35 Q1 E65 E65 Q1 Direito de Zoneamento Pagamento por P36 P36 Q1 E02 E02 Q1 Zonas Especiais ZEIS em áreas Plano Local de
Preempção no perímetro Serviços Am- O município Se o município Promover a regularização e/ Se as áreas ocupadas de Interesse ocupadas conso- Habitação de
O município Se o município Viabilizar a aquisição de Se o município dispõe de
urbano bientais (PSA) apresenta possui áreas ou a urbanização de áreas possuem perfil residencial Social (ZEIS) lidadas Interesse Social
carece de necessita imóveis estratégicos para recursos públicos para a (PLHIS)
novos parques, ampliar e conversão em áreas verdes aquisição de terrenos com situações de ambientais já ambientais ou de transição de renda baixa…
avanço da ocu- ocupadas (ou urbano-rural ocupadas de
praças e/ou da estruturar públicas. este fim…
pação urbana sob pressão) forma sustentável.
estruturação áreas verdes e E02 Q2 Zoneamento Zoneamento
sobre áreas mas que são
de áreas verdes de lazer… ambientalmen- aptas à ocupa- no perímetro
Se as áreas ocupadas pos-
públicas, para te frágeis, como ção urbana, de suem perfil residencial de urbano
constituir um Sistema de Parceria Público mananciais, forma a conter renda média/alta ou de usos Instrumentos
sistema de Áreas Verdes Privada (PPP) matas, man- o espraiamento não residenciais… de regularização
áreas verdes. guezais e APPs, para outras fundiária
entre outras. áreas
P37 P37 Q1 E67 E67 Q1 Ver ferramentas complementares Zoneamento P38 P38 Q1 E69 E69 Q1 Projetos Carta geotécnica
Ecológico-Eco- O município Se existe Controlar a expansão urbana Se o município necessita Específicos de de aptidão à
O município Se o município Promover a articulação e Se o município não possui
nômico (ZEE) deseja evitar crescimento considerando as áreas am- controlar as áreas de expan- Expansão Urba- urbanização
precisa pro- precisa promo- integração da rede hídrica ou não é contemplado em na (PEEU)
mover melhor ver melhor uso às áreas verdes municipais, nenhum instrumento de ou mitigar a da mancha bientalmente degradadas e são urbana…
degradação urbana e/ou a capacidade de suporte da +
utilização de suas águas, considerando a dimensão planejamento regional Parcelamento
ambiental e novos empreen- infraestrutura instalada ou
dos recursos de modo a regional das áreas de territorial… do Solo
recuperar áreas dimentos com prevista.
hídricos. garantir a segu- preservação. já degradadas. possibilidade
rança hídrica de de impactos
seus munícipes E67 Q2 Sistema de Plano de Manejo nocivos ao meio E69 Q2 Sistemas de Plano de Manejo
e das atividades Áreas Verdes de Águas Plu- ambiente… Se o município necessita Equipamentos de Águas Plu-
Se o município possui
urbanas, rurais viais controlar o lançamento de + Sistema de viais
interesse e está situado Saneamento
municipais e no entorno de municípios novos empreendimentos
Ambiental +
regionais… também interessados na Plano de Desen- Sistema de Plano de Mitiga-
cooperação, visando uma volvimento Ur- Mobilidade ção e Adaptação
Zoneamento Zoneamento no E62 E62 Q1
articulação para garantir bano Integrado às Mudanças do
perímetro rural Promover a recuperação Se a recuperação das áreas
a segurança hídrica e uma (PDUI) Clima (PMAMC)
política de abastecimento e e a preservação das áreas ambientais degradadas
esgotamento… ambientais degradadas. passa pela definição de
usos mais restritivos do uso Outorga Onero-
do solo… sa de Alteração
de Uso (OOAU)
SANEAMENTO
E71 Q2 Consórcio Municipal de AMBIENTAL E72 Q3 Consórcio
Se o município pretende Imobiliário Gestão Integra- público intermu-
da de Resíduos Se o município
viabilizar o investimento necessita de nicipal
em infraestrutura de sanea- Sólidos
áreas para
mento em áreas degradadas operacionalizar a
ou subutilizadas específicas, política munici-
visando melhor aproveita- Operação Urba- Plano Municipal Zoneamento
pal de resíduos…
mento da terra urbana… na Consorciada de Saneamento Especial
(OUC) Básico
Plano de
E71 Q3, Macrozonea- Parceria Público Desenvolvi-
E72 Q4
mento + Projetos Privada (PPP) mento Urbano
Se o município deseja via- Se o município Integrado
bilizar a provisão de infraes- Específicos
de Expansão necessita pro-
trutura de saneamento por mover melhor Sistema de
SANEA- meio da utilização de novas Urbana (PEEU)
aproveitamento saneamento
MENTO glebas aptas à expansão + Parcelamento Plano de Desen-
da terra pública, ambiental
AMBIENTAL urbana… do Solo volvimento Ur-
articulando equi- +
bano Integrado
pamentos…
P39 Q2 (PDUI) Direito de
Se, na região, as preempção
necessidades
de investi-
mento em E71 Q4 Ver ferramentas complementares Plano Municipal
infraestrutura Se existe uma demanda de Redução de
de água e sa- comum de investimentos Riscos
neamento são em infraestrutura de sanea-
compartilhadas mento de áreas contíguas a Contribuição de
por municípios dois ou mais municípios… melhorias
vizinhos…
E71 Q5 Consórcio
Se existe a previsão de Público Intermu-
implementação de infraes- nicipal
trutura em áreas já ocupadas,
Plano de Desenvol-
gerando valorização da
vimento Urbano
terra…
Integrado (PDUI)
Plano de Manejo
E103 E103 Q1 Estudo de im-
de Unidades de
Estruturar uma política de S e o município possui pacto ambiental
Conservação
gestão de resíduos líquidos ou prevê a instalação de - (EIA)
vinculada a uma política de empreendimentos de grande
desenvolvimento de baixo porte em áreas de reestru- Código de Obras e
carbono turação e/ou requalificação Zoneamento
Edificações - (COE)
urbana…
Plano de Sanea-
Sistemas de
mento Básico
Estruturação do
Território
E14 Q3
Se no município
há áreas dotadas Parcelamento
de infraestru- do Solo
tura com vazios Imposto sobre a
urbanos… Propriedade Pre-
E77 E77 Q1 Sistema de dial e Territorial
P17 Q4 E32 E32 Q1 Parcelamento, Plano Municipal Mobilidade Urbana (IPTU)
Prever localização do Se há necessidade de
Reduzir o tempo Se há desequilí- Edificação e de Mobilidade equipamento de impacto controlar o impacto de equi-
Se o tempo de
de deslocamento brio nas funções Utilização Urbana na mobilidade de maneira pamentos de grande porte
deslocamento
cotidiano entre no território (como Compulsórios articulada à dinâmica dos e de empreendimentos no
dentro da área
moradia, empre- áreas com grande (PEUC) deslocamentos, de adensa- município…
urbanizada é
go, equipamen- concentração de mento e de desenvolvimento
excessivo… Plano Municipal de
tos públicos e empregos mas urbano, com atenção para a Mobilidade Urbana
serviços básicos. pouca moradia, mitigação e o controle dos
ou áreas predo- Zoneamento Zoneamento
no perímetro impactos decorrentes dessa
minantemente implantação.
residenciais sem urbano
postos de trabalho Estudo de
e/ou estudo)… Impacto de Vizi-
nhança (EIV)
E32 Q2 Sistema de
Se no município Centralidades
existe problema + Sistema de Licensiamento
de mobilidade Mobilidade Ambiental
e insuficiência
no transporte Sistema de
coletivo… Equipamentos
Públicos
P45 P45 Q1 E79 E79 Q1 Macrozonea- Zoneamento P46 P46 Q1 E64 E64 Q1 Sistema de Zoneamento no Zoneamento
Garantir terra para Se o município mento Ecológico-Eco- O município Se o município pos- Fortalecer o Se as áreas am- Áreas Verdes perímetro rural Ecológico-Eco-
O município Se o município nômico (ZEE)
produção agrícola possui reduzido nômico (ZEE) apresenta sui áreas ambien- desenvolvimen- bientais podem
deseja estimular não possui +
familiar, agroecoló- perímetro rural e situações de tais ameaçadas, to econômico receber ativida-
sua produção produção de Projetos
gica e sustentável. avanço da ocupa- conflito entre mas com potencial sustentável in- des de turismo
rural e/ou possui agricultura fa- Específicos de
ção urbana sobre produção rural e para agroecologia tegrado às áreas ambiental… Zoneamento
áreas rurais sem miliar destinada Expansão Urba- conservação do e/ou para usos de preservação e
áreas sem perfil
uso ou subutili- ao consumo na (PEEU) meio ambiente. turísticos visando a suas potenciali-
para isso…
zadas. local ou regional sustentabilidade… dades. Pagamento por
e possui áreas E79 Q2 Estudo de Im- Serviços Am-
rurais subuti- Se o município con- pacto Ambiental bientais (PSA)
E48 E48 Q1 Estudo de
lizadas ou sem ta com áreas vazias (EIA) Impacto de Vizi-
produção… ou subutilizadas no Carta geotécnica Controlar impac- Se os impactos
tos ambientais se dão sobre o nhança (EIV)
meio rural ou urba- de aptidão à Código de Obras
e urbanos meio urbano… e Edificações
no onde poderiam urbanização
Zoneamento Zoneamento no oriundos da (COE)
ser desenvolvidas Ver também o
atividade rural
atividades de + perímetro rural tema Grandes
ou extrativista E48 Q2 Código de
agricultura familiar, Projetos de
Sistema de áreas Se impactos Impacto Posturas
agroecologia ou
verdes se dão sobre o
agricultura urbana…
meio ambiente
Estudo de Im- Imposto sobre a
E79 Q3 Licenciamento natural (não
pacto Ambiental Propriedade Pre-
Se o município ambiental construído) …
(EIA) dial e Territorial
necessita ampliar Urbana (IPTU) e
equipamentos P46 Q2 E62 E62 Q1 imposto Sobre
de suporte à dis- Macrozonea- Se o município Promover a Se a recuperação Macrozo- Serviços de
tribuição e venda tem compro- recuperação e a das áreas am- neamento + Qualquer Natu-
mento
de alimentos no metido exces- preservação das bientais degrada- Zoneamento reza (ISSQN)ISS
território… sivamente seus áreas ambientais das passa pela
recursos hídricos, degradadas. definição de usos Licensiamento
P45 Q2 E46 E46 Q1 acarretando mais restritivos Ambiental
Demarcar e Se a necessidade problemas no do uso do solo…
Se o município
garantir áreas para de mais áreas abastecimento
possui potencial Sistema de
a produção rural. para expansão das rural e/ou
para atividades equipamentos E62 Q2 Estudo de Im- Carta geotécnica
atividades rurais urbano…
extrativistas… públicos Se são previstos pacto Ambiental de aptidão à
conflita com a (EIA) urbanização
presença de áreas Termo de empreendi-
mentos com
ambientalmente Ajustamento de
possibilidade Sistema de Plano de Manejo
frágeis… Conduta (TAC) de impacto nas Áreas Verdes de Unidades de
DESENVOL- DESENVOL- áreas ambien-
E46 Q2 Macrozonea- Zoneamento no Conservação
VIMENTO VIMENTO tais degradadas,
Se existe a neces- mento perímetro rural RURAL
RURAL ou se esses
sidade de áreas
+ empreendimen- Estudo de Plano de Mitiga-
para uso rural, mas
tos já existem, Impacto de Vizi- ção e Adaptação
existe demanda por Zoneamento
agravando a nhança (EIV) às Mudanças do
expansão das áreas situação de Clima (PMAMC)
urbanas… fragilidade am-
biental das áreas
E57 E57 Q1 Termo de
degradadas…
Garantir que a Se as áreas com po- Compromisso
implementação e tencial extrativista de Compensa-
a operação de ati- dizem respeito a ção Ambiental
E62 Q3 Termo de
vidade extrativista atividades conside- (TCCA)
Macrozonea- Zoneamento no Se para a recupe- Compromisso de
ocorram de forma radas compatíveis
ração ambiental Compensação
articulada à política com o desenvol- mento perímetro rural
é preciso haver Ambiental
de desenvolvimen- vimento urbano e + reassentamento
to urbano e ambien- ambiental…
Projetos populacional de Zonas Especiais ZEIS em áreas Termo de
tal do município.
P45 Q3 E57 Q2 Específicos de Plano de Mitiga- casos de extre- de Interesse vazias Ajustamento de
Se as áreas com po- Expansão Urba- ção e Adaptação ma exposição a Social (ZEIS) Conduta (TAC)
Se o município riscos à vida…
tencial extrativista na (PEEU) às Mudanças do
tem compro- Clima (PMAMC)
podem acarretar
metido exces- +
impactos nocivos E68 E68 Q1 Zoneamento no Plano Local de
sivamente seus Zoneamento
ao meio urbano e Garantir a segu- Se o município perímetro rural Habitação de
recursos hídricos,
ambiental… rança hídrica de apresenta áreas Interesse Social
acarretando (PLHIS)
problemas no forma articulada produtoras de
E68 E68 Q1 Zoneamento Zoneamento no Pagamento por
à produção água sem regras
abastecimento Garantir a Se o município perímetro rural Serviços Am-
rural sustentável, que orientem Sistema de áreas
rural e/ou segurança hídrica apresenta áreas bientais (PSA) integrando a e promovam verdes + Sistema
urbano… de forma articu- produtoras de água rede hídrica a preservação de Saneamento
lada à produção sem regras que Plano de Manejo municipal às ambiental… Pagamento por
rural sustentável, orientem e promo- de Unidades de áreas verdes. Serviços Am-
integrando a rede vam a preservação bientais (PSA)
Conservação E68 Q2
hídrica municipal ambiental…
às áreas verdes. Se o município
E68 Q2 Sistema de áreas Plano de Manejo apresenta falhas
Se o município verdes + Sistema de Águas Plu- na articulação
Plano de Manejo
apresenta falhas de Saneamento viais entre a rede
de Águas Plu-
na articulação Básico hídrica ambien-
viais
entre a rede hídrica tal e suas áreas
ambiental e suas verdes…
áreas verdes…
P29 P29 Q1 E53 E53 Q1 Macrozoneamento Carta geotécnica P54 P54 Q1 E91 E91 Q1 Imposto sobre a
Controlar a Se o município de aptidão à Estruturar os Se no município Propriedade Pre-
O município Se no município O município ne- Se o município
expansão urbana precisa controlar a urbanização tributos sobre a o sistema de dial e Territorial
possui ou está ou na região de modo a limitar expansão urbana
cessita viabilizar não possui um
Zoneamento propriedade de for- impostos sobre Urbana (IPTU)
localizado em existem grandes seu avanço sobre visando diminuir os Plano de Mitiga- recursos para mercado imobi-
ma articulada ao a propriedade e Imposto sobre
áreas de influên- projetos ou ins- áreas com maiores riscos de acidentes ção e Adaptação investimento liário dinâmico…
desenvolvimento não existe ou é Transmissão de
cia e/ou risco de talações de in- riscos de acidentes pela proximidade de às Mudanças do público e apre-
urbano ineficaz… Bens Imóveis
grandes projetos fraestrutura com relacionados a grandes projetos de Projetos Específicos Clima (PMAMC) senta diminuta
arrecadação tri- E92 E92 Q1 (ITBI)
de impacto risco de impacto grandes projetos impacto… de Expansão Urbana
ambiental, como ambiental… de impacto. (PEEU) Plano municipal butária própria Atualizar a Se no município a
Cadastro Territo-
barragens, E54 E54 Q1 de redução de (baixa arrecada- Planta Genérica Planta Genérica de
Estudo de Impacto de rial Multifina-
hidrelétricas, Garantir a parti- Se os empreendi- riscos ção com IPTU, de Valores para Valores não existe
Vizinhança (EIV) litário
mineração e cipação social na mentos ou grandes por exemplo).. valores próximos ou é ineficaz…
pedreiras, entre implementação projetos previstos Debates, Audiên-cias, aos praticados
Assistência Contribuição de
outros. de projetos de impactam o meio Consxultas Públicas pelo mercado, de
técnica e jurídica melhoria
impacto, bem urbano… e Conferências sobre forma a induzir a
gratuita para as
como nas ações E54 Q2 assuntos de interesse justa recuperação
comunidades
de mitigação e em Se os grandes urbano da valorização
e os grupos
contrapartidas projetos de impacto imobiliária.
sobre impactos am- Estudo de Impacto sociais menos
previstos impactam E94 E94 Q1
bientais previstos. Ambiental (EIA) favorecidos
o meio ambiente… Recuperar recur- Se o município
Leis orçamentá-
E55 E55 Q1 Iniciativa popular sos investidos irá realizar obra
rias municipais
Prever articulação Se há empreendi- de projeto de lei e em melhorias pública que
intermunicipal e mento ou grande de planos, progra- urbanas junto aos valorizará imóveis
interfederativa projeto cujos impac- beneficiados pelas privados….
mas e projetos de
para planejamento, tos atingem mais de obras.
desenvolvimento
controle e ação um município…
urbano E95 E95 Q1 Estudo de Licenciamento
emergencial.
Orientar e fo- Se no município Impacto de Vizi- Ambiental
P29 Q2 E09 E09 Q1 Zonas Especiais de ZEIS em Plano de Desen- mentar melhorias existem agentes nhança (EIV)
Garantir ocupação Se o município Interesse Social áreas volvimento Ur-
Se no município urbanas por meio privados interes-
urbana adequada possui áreas de risco, (ZEIS) ocupadas bano Integrado
ou na região de contrapartidas sados em realizar
em situações de mas que podem ser Termo de
há previsão de (PDUI) oriundas de em- empreendimentos
risco e reserva ocupadas mediante Ajustamento de
instalação de preendimentos de de grande porte Estudo de Im-
de terras com o uso ou emprego de
Sistema de sanea- Conduta (TAC)
infraestruturas infraestrutura para tecnologias adequa- iniciativa privada. ou atividades pacto Ambiental
mento ambiental potencialmente
com risco de im- reassentamento. das com população (EIA)
pacto ambiental, moradora de baixa Consórcio geradoras de
FINANCIA- impacto ambiental Termo de
social e urbano… renda… Público Intermu-
MENTO DO ou de vizinhança… Compromisso
E09 Q2 nicipal
ÁREAS DE Parcelamento do DESENVOLVI- de Compensa-
Se o município Solo E45 – Promover E45 Q1 Zoneamento: ção Ambiental
RISCO À VIDA MENTO
possui áreas que Carta geotécnica a regularização e Se no município zoneamento pe-
URBANO (TCCA)
podem ser ocupadas de aptidão à o fortalecimento existem usos rímetro urbano
mediante o uso ou o urbanização das atividades econômicos de Regularização
emprego de tecnolo- econômicas exis- iniciativa popular, fundiária
Zoneamento zoneamento
gias adequadas, com tentes de forma porém categori-
no períme-
população de outras Plano Local de articulada ao zados como usos Zonas Especiais
tro urbano
rendas… Habitação de desenvolvimento “não conforme” ao de Interesse
E09 Q3 Interesse Social econômico e regramento de uso Social (ZEIS)
Se em função da Zonas Especiais de ZEIS em (PLHIS) urbano local. do solo de áreas de
remoção das áreas Interesse Social áreas vazias interesse social…
de risco existe a (ZEIS)
necessidade de Regularização E45 Q2 Imposto Sobre
reassentamento de fundiária Se as atividades Serviços de
população de baixa econômicas Qualquer Natu-
Sistema de áreas existentes no local
renda em áreas Plano municipal reza (ISSQN)
verdes são irregulares
adequadas… de redução de
do ponto de vista
E09 Q4 riscos
fundiário…
Se as áreas de risco
do município não Zoneamento zoneamento Licenciamento E45 Q3 Código de Obras
apresentam a pos- no períme- Ambiental Se as atividades e Edificações
sibilidade de ocupa- tro rural econômicas
ção ou são áreas não existente no local
edificante… Plano de Mitiga-
são irregulares
ção e Adaptação
E56 E56 Q1 Sistema de mobili- do ponto de vista
às Mudanças do
Controlar e mitigar Se os grandes proje- dade + Sistema de construtivo/edi-
Clima (PMAMC)
impactos ambien- tos de impacto po- Saneamento lício…
tais e urbanos dem causar efeitos
P56 Q2 E93 – Promover a E93 Q1 Consórcio
decorrentes de indesejáveis sobre a
Estudo de Impacto de Zoneamento Eco- cooperação entre Se o município Público Intermu-
grandes projetos, área urbana… Se no município
Vizinhança (EIV) nômico Ecológico entes públicos, a possui dificuldades nicipal
condicionando sua E56 Q2 há demanda por
implementação ao fim de viabilizar de financiar um
Se os grandes proje- áreas de interes-
Termo de Compro- ações de interesse investimento,
atendimento das tos de impacto po- se comum a ou-
demandas social, Estudo de Impacto misso de Compen- comum. mas comparti- Plano de Desen-
dem causar efeitos tros municípios e
ambiental, urbana Ambiental (EIA) sação Ambiental lha demanda e volvimento Ur-
indesejáveis sobre a regiões…
e econômica (TCCA) necessidade de bano Integrado
área ambiental…
identificadas realização com (PDUI)
E56 Q3 Termo de Ajusta- outros municípios Leis orçamentá-
Se os impactos so- mento de Conduta vizinhos ou entes rias municipais
bre a área ambiental (TAC) federativos…
já ocorreram…
QUESTÕES QUESTÕES DETALHAMENTOS FERRAMENTAS P59 P59 Q1 E105 E105 Q1 Estudo prévio Imposto sobre a
TEMAS PROBLEMÁTICAS ESTRATÉGIAS INSTRUMENTOS
QUALIFICADORAS QUALIFICADORAS DOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES de impacto de Propriedade Pre-
O município Se no município Orientar e fomen- Se o município
possui fontes grande quantida- tar a transição precisa reduzir as vizinhança (EIV) dial e Territorial
P58 P58 Q3 Ver problemática Urbana (IPTU) /
de emissões de de de emissões energética no emissões advin-
Os serviços O município P18 – O município Imposto Sobre
Gases e Efeitos de GEE é prove- município com das do consumo
ecossistêmicos possui serviços deve reconhecer Serviços de Qual-
Estufas (GEE) niente do setor de articulação regio- de energia...
(provisão, regu- ecossistêmicos ou possibilitar a Estudo de quer Natureza
que deseja adap- energia. nal e a eficiência
lação e cultura) de cultura, ou preservação de Impacto Ambien- (ISSQN)
tar ou mitigar energética em
do município seja, benefícios bens imóveis ou tal (EIA )
(Energia, Uso do construções.
se encontram que as pessoas áreas de rele- Plano de
Solo, Agropecuá-
ameaçados ou obtêm do contato vância histórica, Desenvolvimento
ria, Resíduos e
precisam ser com a natureza cultural, natural e Urbano Integrado
Indústrias).
fortalecidos no que contribuem paisagística. E0105 Q2 Zoneamento (PDUI)
território. para a cultura e as especial
Se o município
relações sociais. Plano de Ilumi-
apresenta Ilhas
(Patrimônio cul- nação Pública +
de Calor.
tural, identidade Parceria Público
cultural/ histórica, Privada (PPP)
conservação
da paisagem, Código de Obras
Sistema de Áreas e Edificações
arte e design,
Verdes (COE)
lazer e recreação,
valor científico e
educacional, iden- Plano de Arbori-
tidade espiritual e zação
religiosa). Plano de Mitiga-
ção e Adaptação
às Mudanças do
Ver tema T15 - Clima (PMAMC)
Turismo.
Código de
USO E OCUPA- Posturas
ÇÃO DO SOLO
/ DESENVOLVI- E104 E104 Q1 Zoneamento Plano de Ilumina-
MENTO RURAL Planejar e Se o município ção Pública
QUALIDADE Ver problemática
SUSTENTÁ- demarcar zonas de possui centros ur-
URBANA E P47 – O município
VEL / MEIO baixa emissão ou banos ou bairros
AMBIENTAL / possui demanda
AMBIENTE / de emissão zero com tráfego ele- Plano de Arbori-
DESENVOLVI- para construção de
SANEAMENTO na cidade, onde o vado e demanda zação
MENTO RURAL novos equipamentos
AMBIENTAL transporte moto- por melhores con-
SUSTENTÁ- públicos nas áreas
/ GRANDES rizado, a base de dições de micro Sistemas estrutu-
VEL / MEIO de saúde, educação,
PROJETOS DE combustíveis fós- acessibilidade e rantes Plano Municipal
AMBIENTE / assistência social,
IMPACTO seis, seja banido qualidade do ar. de Mobilidade
PATRIMÔNIO esporte e lazer, segu-
ou desincentivado Urbana
CULTURAL rança pública, entre
por meio de taxas
outros.
sobre seu uso.
Ver problemática
P15 - O município
carece de melho-
rias das condições
de qualidade
ambiental em seu
território (ilhas de
calor, drenagem e
arborização, entre
outras).
Ver problemática
P36 – O município
apresenta situa-
ções de avanço
Ver problemática da ocupação
P08 – O município urbana sobre áreas
possui ocupações ambientalmente
de perfil urbano frágeis, como
fragmentadas, mananciais, matas,
dispersas ou manguezais e
descontínuas em APPs, entre outras.
território urbano
ou rural.
Ver problemática
P25 – O município
possui atividade
rural ou extrati-
vista próspera e
necessita ampliar
essas áreas e/ou
de controlar seus
impactos urbanos
e ambientais.
esquemático
P01 P01 Q1 E01 E01 Q1 Indique nesta Caso haja algum Caso haja
Escreva aqui a coluna os Ins- detalhamento Ferramentas
Escreva Escreva nesta Escreva
Problemática trumentos mais do Instrumento, Complementares
nesta coluna as coluna as Estra- nesta coluna as
de acordo com pertinentes para escreva-o nesta pertinentes para
qualificações da tégias qualificações e
as orientações operacionalizar coluna. operacionalizar
problemática, detalhamentos
da seção “Como cada Estratégia, qualquer Estra-
caso necessário de cada Estraté-
montar seu Lembre-se que de acordo com o tégia, escreva-as
separá-la em gia, se houver.
próprio circuito: uma mesma exposto na seção nesta coluna.
duas ou mais
Problemática, abordagens da Problemática “Instrumentos”
Estratégia, Problemática. (com ou sem E01 Q2 do Guia para
Instrumento questões quali- implementa-
ou Ferramenta ficadoras) pode ção de planos
Complementar” ser abordada diretores.
do Guia para por mais de uma Sempre indique
implementa- Estratégia e que quando for inte-
ção de planos uma mesma ressante combi-
diretores. Estratégia pode nar dois ou mais
ser útil para Instrumentos.
diversas Proble- Lembre-se que
máticas. Caso uma mesma
necessário, use Estratégia (com
setas ou linhas ou sem questões
E01 Q03
para construir qualificadoras)
cada percurso. pode ser aborda-
da por mais de
um Instrumento
e que um mes-
mo Instrumento
pode ser útil
para diversas
Estratégia.
P1 Q3 E03 E03 Q1
E03 Q2
Leitura do Território
Problemáticas e funções que abrangem todo o território, ou seja, são questões gerais do município
FUNÇÕES
PROBLEMÁTICAS
EXERCIDAS/DESEJADAS
1.
2.
TERRITÓRIO
MUNICIPAL
3.
4.
5.
1.
2.
TERRITÓRIO
NATURAL
3.
4.
5.
1.
2.
TERRITÓRIO
RURAL
3.
4.
5.
1.
PERIURBANO
2.
TERRITÓRIO
3.
4.
5.
1.
TERRITÓRIO 2.
URBANO
3.
4.
5.
Propostas
Estratégias e instrumentos que abrangem o todo, ou apenas porções do território, e são gerais para o município
INSTRUMENTOS /
ESTRATÉGIAS FERRAMENTAS
COMPLEMENTARES
1.
2.
TERRITÓRIO
MUNICIPAL
3.
4.
5.
1.
2.
TERRITÓRIO
NATURAL
3.
4.
5.
1.
2.
TERRITÓRIO
RURAL
3.
4.
5.
1.
PERIURBANO
2.
TERRITÓRIO
3.
4.
5.
1.
TERRITÓRIO 2.
URBANO
3.
4.
5.
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
ONDE ENCONTRAR NO
GUIA O CONTEÚDO
SUGERIDO
ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
1104 ANEXO 4