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Direitos da Mulher

Alunos do 10.º ano do AEGE:


 Duarte Graça nº7
 Henrique Gavina nº12
 Rodrigo Silva nº18
 Tiago Arantes nº22

Professora:
 Maria Conceição Rio

Disciplina:
 Português 24/02/2022

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Introdução: Desenvolvimento:
Esta farsa vicentina centra-se numa jovem chamada Inês
Desde há muito tempo atrás que Pereira que, vivia sujeita a grandes restrições como, por
a mulher tem ocupado um lugar exemplo, a imposição de um destino que, muitas vezes, não
inferior na sociedade, no que se era o que realmente desejava nem havia escolhido. Inês
refere aos direitos e deveres, Pereira era forçada a suportar muitas coisas contra a sua
quando comparada com o vontade, sem poder reclamar, nomeadamente a panóplia de
homem, que sempre foi imposições impostas pelo Escudeiro, Brás da Mata, logo
considerado como autoridade e após o casamento. Inês era reprimida sem o direito de
teve os seus direitos. A mulher questionar ou responder ao marido mesmo que tivesse
não fazia mais do que os motivos para o fazer. Num casamento que via como ‘’ fuga
trabalhos domésticos, enquanto para a liberdade’’, redundou num pesadelo, uma vez que ‘’foi
que os homens desempenhavam pior a emenda que o soneto’’.
o seu trabalho fora de casa. A
mulher era excluída do poder
público e dos lugares de chefia. A
Farsa de Inês Pereira é um dos
bons exemplos dos direitos da
mulher na sociedade portuguesa.

Ou seja, Brás da Mata revela-se um marido tirano, castrador


dos direitos da mulher, dado que esta não pode ir à missa,
nem falar com ninguém, seja homem ou até mulher. E,
cúmulo dos cúmulos não lhe pode sequer dirigir a palavra.
Nem cantar ela pode! Trata-se, portanto, do retrato acabado
da mulher submissa, resignada e conformada com a sua
situação. Por outro lado, Gil Vicente mostra que Inês mesmo
sendo inferiorizada e reprimida, tem uma mentalidade forte,
um carácter irreverente, bem patente na forma como
aprende ‘’a lição’’, e não hesita em casar com Pero Marques,
vendo nele o que não vira antes, isto é, a segurança e
liberdade que este lhe permitiria. Na verdade, acaba mesmo
por se vingar do primeiro marido ao praticar adultério com
um ermitão, sem velho conhecido, traindo desta forma o ‘’
marido a quem a mulher é infiel’’. O autor já antecipa a
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mulher independente, que escolhe o seu próprio parceiro,
como é o caso de Inês.
Educação feminina:

A educação feminina contemplava uma componente específica que habilitava a mulher


para o desempenho de papéis sociais que lhe eram atribuídos, sendo que a mulher
devia assegurar o bem-estar e a harmonia da família, zelando pela gestão da casa,
evidenciando atitudes compreensíveis com o chefe da família e preocupando-se com a
educação dos filhos. O espaço da mulher era só o espaço doméstico e nada mais que
isso, sendo vista como pilar da família. Por via cultural e por imitação de outras
mulheres, aprendiam a ser esposas, mães e donas de casa, como acontecia com
Inês. O autor mostra o quanto é importante o papel da Mãe nesta história para a
educação de Inês. O papel da Mãe, referido pelo autor, é ensinar Inês a comportar-se
perante o marido e a família, como fazer os trabalhos domésticos como, por exemplo,
costurar, cozinhar, limpar, etc….

Conclusão:

Se compararmos o estatuto da mulher no tempo de Gil Vicente com a mulher dos


nossos dias, em pleno século XXI, constatamos que as diferenças são imensas. Com
efeito, houve uma profunda, mas lenta evolução, no que ao lugar da mulher na
sociedade diz respeito.
Hoje a mulher goza de direitos que antes não tinha, nomeadamente o direito ao voto,
direito a não ser submetida a torturas e maltratos, direito à escola, ensino superior e
faculdade, direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação, direito
a construir relacionamento conjugal e a planear a sua família, etc….

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Bibliografia:

Cameira, Célia, Andrade, Ana, Pinto, Alexandre, 2001,

Mensagens – Português 10.º ano, Lisboa, Texto Editoras

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