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Curso Técnico em Mecânica

Comandos Hidráulicos e Pneumáticos


Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria

José Manuel de Aguiar Martins


Diretor do Departamento Nacional do SENAI

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI

Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Sérgio Roberto Arruda


Diretor Regional do SENAI/SC

Antônio José Carradore


Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC

Marco Antônio Dociatti


Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso Técnico em Mecânica

Comandos Hidráulicos e Pneumáticos

Guilherme de Oliveira Camargo

Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenação de Educação a Distância Design Educacional, Ilustração,


Beth Schirmer Projeto Gráfico Editorial, Diagramação
Equipe de Recursos Didáticos
Revisão Ortográfica e Normatização SENAI/SC em Florianópolis
FabriCO
Autor
Coordenação Projetos EaD Guilherme de Oliveira Camargo
Maristela de Lourdes Alves

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis

C172c
Camargo, Guilherme de Oliveira
Comandos hidráulicos e pneumáticos / Guilherme de Oliveira Camargo. –
Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
113 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Hidráulica. 2. Bombas hidráulicas. 3. Pneumática. 4. Pneumática -


Automação. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título.

CDU 621.22+621.5

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


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Fone: (48) 0800 48 12 12
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Prefácio
Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado.
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.

No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as


necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho.

Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.

Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de


ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.

É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.

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do Conhecimento.
Sumário
Conteúdo Formativo 9 28 Unidade de estudo 4 64 Unidade de estudo 5
Composição de um Composição de um
Apresentação 11 Sistema Pneumático Sistema Hidráulico

12 Unidade de estudo 1 29 Seção 1 - Compressores 65 Seção 1 - Fluidos hidráulicos


36 Seção 2 - Reservatório de ar 70 Seção 2 - Reservatório
Introdução
comprimido
71 Seção 3 - Bombas hidráulicas
37 Seção 3 - Preparação do ar 75 Seção 4 - Filtros para siste-
comprimido mas hidráulicos
13 Seção 1 - Histórico da 39 Seção 4 - Redes de distribui-
pneumática 78 Seção 5 - Válvulas direcionais
ção do ar comprimido
14 Seção 2 - Histórico da 83 Seção 6 - Atuadores
42 Seção 5 - Unidade de conser-
hidráulica vação de ar 84 Seção 7 - Válvulas de blo-
queio
43 Seção 6 - Válvulas direcionais
pneumáticas 87 Seção 8 - Válvulas regulado-
16 Unidade de estudo 2 ras de vazão
46 Seção 7 - Válvulas pneumá-
Grandezas Físicas da ticas 89 Seção 9 - Válvulas regulado-
Hidráulica e da Pneu- ras de pressão
53 Seção 8 - Atuadores para
mática sistemas pneumáticos 91 Seção 10 - Elemento lógico
54 Seção 9 - Designação de 93 Seção 11 - Trocador de calor
17 Seção 1 - Princípio de Pascal elementos 94 Seção 12 - Acumuladores
17 Seção 2 - Princípio da multi- 56 Seção 10 - Elaboração de 95 Seção 13 - Intensificador de
plicação de energia esquemas de comando pressão
17 Seção 3 - Pressão 59 Seção 11 - Tecnologia do 96 Seção 14 - Instrumentos de
vácuo medição e controle
21 Seção 4 - Vazão

Finalizando 99
24 Unidade de estudo 3
Características dos
Sistemas Hidráulicos Referências 101
e Pneumáticos

Anexo 103
25 Seção 1 - Características dos
sistemas pneumáticos
Seção 2 - Características dos
25
sistemas hidráulicos
Seção 3 - Comparação entre
25
os sistemas pneumáticos e
hidráulicos
26 Seção 4 - Características dos
fluidos para sistemas pneu-
máticos e hidráulicos
8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
Carga horária de dedicação

Carga horária: 90 horas

Competências

Interpretar e montar circuitos hidráulicos e pneumáticos em instalações mecânicas.

Conhecimentos
▪▪ Simbologia;
▪▪ Unidades de medida;
▪▪ Grandezas mecânicas;
▪▪ Definição e características de componentes hidráulicos e pneumáticos;
▪▪ Componentes e acessórios de circuitoshidráulicos e pneumáticos, eletro hidráulicos e eletro
pneumáticos.

Habilidades

▪▪ Aplicar normas técnicas e regulamentadoras;


▪▪ Ler, interpretar e aplicar manuais, catálogos e tabelas técnicas;
▪▪ Aplicar simbologias de comandos hidráulicos e pneumáticos;
▪▪ Aplicar conceitos de circuitos hidráulicos e pneumáticos;
▪▪ Ler e interpretar circuitos hidráulicos e pneumáticos;
▪▪ Dimensionar, especificar e instalar circuitos hidráulicos e pneumáticos;
▪▪ Aplicar normas técnicas de saúde, segurança e meio ambiente.

Atitudes

▪▪ Assiduidade;
▪▪ Pró-atividade;
▪▪ Relacionamento interpessoal;
▪▪ Trabalho em equipe;
▪▪ Cumprimento de prazos;
▪▪ Zelo com os equipamentos;
▪▪ Adoção de normas técnicas de saúde e segurança do trabalho;
▪▪ Responsabilidade ambiental;
▪▪ Trabalho em equipe;
▪▪ Cumprimento de prazos e horários.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 9


Apresentação
A finalidade deste material é proporcionar, aos interessados, uma Guilherme de Oliveira
visão do mundo da hidráulica e da pneumática. As experiências têm Camargo
revelado que, atualmente, os sistemas hidráulicos e pneumáticos são
indispensáveis como métodos modernos de transmissão de energia. Guilherme de Oliveira Camargo é
especialista em automação indus-
trial, pelo SENAI/SC, em Florianó-
Hoje, entende-se por sistemas hidráulicos e pneumáticos a transmis- polis, com formação superior em
são, controle de forças e movimentos por meio de fluidos. Sabemos automação industrial, pelo SENAI/
que fluido é toda a substância que flui e toma a forma do recipiente SC, em Florianópolis e formação
no qual está confinado. técnica em mecânica de manuten-
ção, pela escola técnica federal de
Santa Catarina. É colaborador do
Com a automatização, os acionamentos e comandos hidráulicos e SENAI/SC há 20 anos, tendo atuado
pneumáticos ganharam importância através do tempo. Grande parte como instrutor de ensino industrial
das modernas e mais produtivas máquinas e instalações são, hoje, na unidade móvel de acionamen-
parcial ou totalmente comandadas por estes sistemas. tos eletro-hidropneumáticos e no
SENAI/SC nos cursos de tecnologia
e especialização em automação
Apesar da multiplicidade dos campos de aplicação dos sistemas hi- industrial. Participou, diretamen-
dráulicos e pneumáticos, o conhecimento dessa matéria ainda não te, na elaboração e organização
está totalmente difundido. Como resultado disso, a aplicação dos de material didático dos cursos de
sistemas hidráulicos e pneumáticos tem sido restrita. automação do SENAI/SC. Ministrou
cursos para empresas do Estado e
para os profissionais do SENAI.
O conteúdo aqui apresentado inclui a descrição de sistemas hidráu-
licos e pneumáticos para a transferência de forças ou movimentos,
seus princípios de funcionamento, detalhes construtivos dos com-
ponentes e a montagem de circuitos hidráulicos e pneumáticos.
O que está esperando para conferir todas as descobertas que lhe
reservamos?
Vamos juntos!

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 11


Unidade de
estudo 1
Seções de estudo
Seção 1 – Histórico da pneumática
Seção 2 – Histórico da hidráulica
Introdução

Seção 1
Histórico da
pneumática
O ar comprimido é, provavelmen- Antes, porém, já existiam alguns Dos antigos gregos pro-
te, uma das mais antigas formas campos de aplicação e aproveita- vém a expressão pneuma
de transmissão de energia que o mento da pneumática, como, por que significa fôlego, vento
homem conhece, empregada e exemplo, a indústria mineira, a e, filosoficamente, a alma.
aproveitada para ampliar sua ca- construção civil e a indústria fer- Derivando da palavra pneu-
pacidade física. O reconhecimen- roviária. ma, surgiu, entre outros, o
to da existência física do ar, bem conceito de “pneumática”:
A introdução, de forma mais a matéria dos movimentos
como a sua utilização, mais ou generalizada, da pneumática na dos gases e fenômenos dos
menos consciente para o trabalho, indústria, começou com a neces- gases.
são comprovados há milhares de sidade, cada vez maior, de auto-
anos. matização e racionalização dos
processos de trabalho. ferroviária: Freios a ar com-
O primeiro homem que, com primido
certeza, sabemos terse interessa- Apesar de sua rejeição inicial,
do pela pneumática, isto é, pelo quase sempre proveniente da falta
emprego do ar comprimido como de conhecimento e instrução, ela
meio auxiliar de trabalho, foi o foi aceita e o número de campos
grego Ktésibios. Há mais de 2000 de aplicação tornou-se cada vez
anos, ele construiu uma catapulta maior. Hoje, o ar comprimido
a ar comprimido. Um dos primei- tornou-se indispensável e, nos
ros livros sobre o emprego do ar mais diferentes ramos industriais,
comprimido como transmissão instalam-se aparelhos pneumáti-
de energia, data do 1º século d.C cos, principalmente, na automa-
e descreve equipamentos que fo- ção.
ram acionados com ar aquecido.

Automação: a automação retira


Embora, a base da pneumática do homem as funções de coman-
seja um dos mais velhos conheci- do e regulação, conservando, ape-
mentos da humanidade, foi preci- nas, as funções de controle. Um
so aguardar o século XIX para que processo é considerado automa-
o estudo de seu comportamento e tizado quando este é executado
de suas características se tornasse sem a intervenção do homem,
sistemático. Porém, pode-se dizer sempre do mesmo modo e com o
que somente após o ano 1950 é mesmo resultado.
que ela foi, realmente, introduzida
na produção industrial.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 13


O termo hidráulica deriva
da raiz grega hidro que sig-
Seção 2
nifica água. Histórico da hidráulica
Existem apenas três métodos de transmissão de energia na esfera co-
mercial: elétrica, mecânica e fluídica (hidráulica e pneumática).
Naturalmente, a mecânica é a mais antiga de todas, por conseguinte é a
mais conhecida. Hoje, utilizada de muitos outros artifícios mais apura-
dos como: engrenagens, cames, polias, entre outros.

A energia elétrica, que usa geradores, motores elétricos, condutores e


uma gama muito grande de outros componentes é um método desen-
volvido nos tempos modernos e é o único meio de transmissão de ener-
gia que pode ser transportado a grandes distâncias.

Hoje, entende-se por hidráulica a transmissão, controle de forças e mo-


vimentos por meio de fluidos líquidos (óleos minerais e sintéticos) ou a
ciência que estuda os fluidos em escoamento e sob pressão e divide-se
em duas:

▪▪ hidrostática: estuda os fluidos sob pressão.


▪▪ hidrodinâmica: estuda os fluidos em escoamento.

A hidráulica tem origem, por incrível que pareça, há milhares de anos.


O marco inicial, que se tem conhecimento, é a utilização da roda d’água,
que emprega a energia potencial da água armazenada a certa altura, para
a geração de energia mecânica. O uso do fluido sob pressão, como meio
de transmissão de potência, já é mais recente, sendo que o seu desen-
volvimento ocorreu, mais precisamente, após a primeira grande guerra
mundial.

14 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Os fatos mais marcantes da história da energia fluídica poderiam ser
relacionados como:

▪▪ em 1795, um mecânico inglês, Joseph Bramah, construiu a primeira


prensa hidráulica, usando como meio de transmissão a água;
▪▪ em 1850, Armstrong desenvolveu o primeiro guindaste hidráulico e,
para fazê-lo, também desenvolveu o primeiro acumulador hidráulico;
▪▪ em 1900, a construção da primeira bomba de pistões axiais nos Es-
tados Unidos. Ocorreu, aqui, a substituição da água por óleo mineral,
com muitas vantagens.

Atualmente, com o desenvolvimento de novos metais e fluidos obtidos,


sinteticamente, a versatilidade e a dependência do uso da transmissão de
força hidráulica ou pneumática tornam-se evidentes, desde o seu uso,
para um simples sistema de frenagem em veículos, até a sua utilização,
para complexos sistemas de eclusas, aeronaves e mísseis.

Nesta primeira unidade de estudos, você teve algumas noções introdutó-


rias sobre comandos hidráulicos e pneumáticos, conhecendo a sua histó-
ria. Agora, você estudará as grandezas físicas da hidráulica e pneumática
a partir da teoria de Pascal, do princípio da multiplicação da energia, do
conceito de pressão e vazão. Como pode perceber, há muito pela fren-
te... prossiga!

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 15


Unidade de
estudo 2
Seções de estudo

Seção 1 – Princípio de Pascal


Seção 2 – Princípio da multiplicação
de energia
Seção 3 – Pressão
Seção 4 – Vazão
Grandezas Físicas da
Hidráulica e da Pneumática

Seção 1 Seção 2
Princípio de Pascal Princípio da multiplicação de energia
Veremos, a seguir, as principais Se aplicarmos uma força de 10kgf em uma área de 1cm2, teremos uma
grandezas físicas, seus conceitos pressão de 10 Kgf/cm2 que, atuando em uma área de 100 cm2, suportará
e unidades de medida para que uma carga de 1000Kgf.
possamos compreender melhor
o funcionamento dos sistemas hi-
dráulicos e pneumáticos.
Blaise Pascal, em 1648, enunciou
a lei que rege os princípios hidráu-
licos e pneumáticos: a pressão
exercida em um ponto qualquer
de um fluido estático é a mesma
em todas as direções e exerce for-
ças iguais, em áreas iguais, sempre
perpendiculares à superfície do
recipiente.

Figura 2 – Multiplicação de Energia


Fonte: Racine (1987, p. 14).

Seção 3
Figura 1 – Princípio de Pascal
Pressão
Fonte: Uggioni (2002, p. 11).
É o resultado de uma força agindo em uma determinada área.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 17


P= F/A
Massa de ar: 1 Atm =1,033
Kg/cm2.
P = pressão F = força A = Área
Quadro 1 – Fórmulas para Cálculo da Pressão, Força e Área
Fonte: Uggioni (2002, p. 12).

Em um sistema hidráulico ou pneumático, a função da bomba hidráu-


lica ou do compressor é fornecer vazão ao sistema. A pressão resultará
de qualquer oposição à passagem do fluido. Por exemplo, se a válvula
abaixo estiver totalmente aberta, não temos pressão, mas, à medida que
a fechamos, começamos a verificar um aumento gradativo da pressão.

Figura 3 – Restrição na Tubulação


Fonte: SAGGIN (2004, p. 26).

Existem três tipos de pressão. São eles:


▪▪ Pressão atmosférica: as camadas de ar exercem uma força (peso)
sobre a superfície da Terra. A pressão resultante dessa força é denomi-
nada pressão atmosférica, que varia com a altitude, pois, em grandes
alturas, a massa de ar é menor do que ao nível do mar.

Variação da pressão atmosférica com relação com a altitude. Acompa-


nhe a tabela.

18 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Pressão Altitude Pressão
Altitude em M
em kg/cm² em M em kg/cm²
0 1.033 1.000 0.915
100 1.021 2.000 0.810

200 1.008 3.000 0.715

300 0.996 4.000 0.629

400 0.985 5.000 0.552


500 0.973 6.000 0.481
600 0.960 7.000 0.419
700 0.948 8.000 0.363
800 0.936 9.000 0.313
900 0.925 10.000 0.270

Acompanhe, agora, a representação gráfica da variação da pressão at-


mosférica com relação à altitude.

Figura 4 – Variação da Pressão Atmosférica


Fonte: SAGGIN (2004, p. 14).

▪▪ Pressão relativa (manométrica): é a pressão registrada no manô-


metro.
▪▪ Pressão absoluta: a pressão absoluta é a soma da pressão mano-
métrica com a pressão atmosférica. Quando representamos a pressão
absoluta, acrescentamos o símbolo “a” após a unidade. Exemplo: PSIa.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 19


Unidades de pressão:
▪▪ Atm: Atmosferas
▪▪ Kgf/cm2 : Quilogramas por centímetro quadrado
▪▪ Bar: Báreas
▪▪ PSI: Pounds per Square Inches - Libra por polegada quadrada (lb/pol2)

Conversão das unidades de pressão


Para converter as unidades de pressão, pegue o valor da unidade conhe-
cida na coluna e multiplique pelo valor da unidade solicitada na linha.
Observe a tabela:

UNIDADES ATM kgf/cm² bar PSI Pa


ATM 1 1,033 1,013 14,69 101325
Kgf/cm² 0,968 1 0,981 14,23 98100
bar 0,987 1,02 1 14,5 100000
PSI 0,068 0,07 0,069 1 6896

Pa 0,0000098 0,0000102 0,00001 0,000145 1


Tabela 1 – Conversão das Unidades de Pressão
Fonte: SAGGIN (2004, p. 27).

Classificação dos sistemas quanto à pressão


De acordo com a NFPA (National Fluid Power Association). classificamos
os sistemas, quanto à pressão, da seguinte forma (RACINE, 1987):

bar Pressão
0 a 14 bar Baixa pressão
14 a 35 bar Média pressão
35 a 84 bar Média alta pressão
84 a 210 bar Alta pressão
Acima de 210 bar Extra alta pressão
Tabela 2 – Classificação dos Sistemas quanto à Pressão
Fonte: Racine (1987, p. 10).

20 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 4
Vazão
Vazão: é o volume deslocado em função do tempo.

Q = V/t
Q = Vazão V = Volume deslocado t = tempo
Observe a tabela de conversão das unidades de vazão para a hidráulica:

Unidades Símbolo Conversão


Galões por minuto GPM 1 GPM = 3, 785 l/min = 0, 2271 m3/h
Decímetro cúbico por segundo dm3/seg 1 dm3/seg = 1 l/seg =15,8502 GPM
Pés cúbicos por hora ft3/h 1 ft3/h = 0,472 l/min = 0,125 GPM
Tabela 3 – Conversão das Unidades de Vazão para a Hidráulica
Fonte: SENAI/SC 100p (2004, p. 28).

Unidades de vazão para a pneumática. Observe:

Unidade Símbolo
Litros por segundo L/s
Litros por minuto L/min
Metros cúbicos por minuto m³/min
Metros cúbicos por minuto. m³/min
Metros cúbicos por hora m³/h

Pés cúbicos por minuto,


pcm ,(cfm)
(Cubic feet for minute)

Tabela 4 – Unidades de Vazão para a Pneumática


Fonte: SENAI/SC 100p (2004, p. 15).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 21


Tabela de conversão das unidades de vazão:

Para converter em Multiplicar por


pcm cfm 1
pcm L/s 0,4720
pcm m³/min 0,02832
pcm m³/h 1,69923
L/s m³/min 0,06
L/s pcm 2,1186
m³/min pcm 35,31
Tabela 5 – Relação entre as Unidades de Vazão para a Pneumática
Fonte: Parker (2008, p. 9).

Estas unidades se referem à quantidade de ar – ou gás – comprimi-


do, efetivamente, nas condições de temperatura e pressão no local onde
está instalado o compressor.
Como estas condições variam em função da altitude, umidade relativa e
temperatura, são definidas condições padrão de medidas, sendo que as
mais usadas são:

▪▪ Nm³/h: Normal metro cúbico por hora – definido à pressão de


1,033 kg/cm2, temperatura de 0°C e umidade relativa de 0%.

▪▪ SCFM: Standard cubic feet per minute – definida à pressão de


14,7 lb/pol2, temperatura de 60°F e umidade relativa de 0%.

A Norma Brasileira (NBR10138) da ABHP (Associação Brasileira de


Hidráulica e Pneumática) utiliza as unidades de medida do Sistema In-
ternacional (SI), mas, é comum, o uso de outras unidades que não per-
tencem (SI) devido aos fabricantes dos equipamentos utilizarem outros
sistemas.

22 CURSOS TÉCNICOS SENAI


GRANDEZA SI
( C ) comprimento Metro ( m )
( M ) massa Quilo grama ( Kg )
( F ) força Newton ( N )
(t) tempo Segundo ( S )
( T ) temperatura Grau Kelvin ( k ) Grau Celsius (*C)
( A ) área Metro quadrado ²
( V ) volume Metro cúbico
( Q ) vazão Metro cúbico / segundo
( p ) pressão Pascal ( Pa )
Tabela 6 – Unidades do Sistema Internacional
Fonte: Parker (2008, p. 15).

A partir deste momento, estudaremos as características dos sistemas hi-


dráulicos e pneumáticos. Continue conosco!

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 23


Unidade de
estudo 3
Seções de estudo

Seção 1 – Características dos sistemas


pneumáticos
Seção 2 – Características dos Sistemas
hidráulicos
Seção 3 – Comparação entre os sistemas
pneumáticos e hidráulicos
Seção 4 – Características dos fluidos para
sistemas pneumáticos e hidráulicos
Características dos Sistemas
Hidráulicos e Pneumáticos

▪▪ Grande confiabilidade e du-


Seção 1 rabilidade dos componentes por
Características dos sistemas pneumáticos ser um sistema auto lubrificado;
▪▪ Necessidade de sistemas de
Vimos, anteriormente, que a hidráulica e a pneumática tornaram-se in- filtragem e refrigeração do fluido;
dispensáveis nos mais diferentes ramos industriais. Agora, veremos suas
características. Acompanhe! ▪▪ Reversibilidade instantânea;
▪▪ Parada instantânea;
▪▪ Perdas por vazamento redu-
▪▪ Proteção natural contra explosão;
zem a eficiência econômica;
▪▪ Insensível contra influências externas como altas e baixas tempera-
turas;
▪▪ Acionamentos, ao serem sobrecarregados, simplesmente param; Seção 3
▪▪ Transformação da energia, tanto em movimento linear como rotati- Comparação entre os
vo; sistemas pneumáticos e
▪▪ Velocidade e força facilmente controlados; hidráulicos
▪▪ Energia pode ser transmitida por grandes distâncias;
▪▪ Manutenção simples dos componentes devido às construções sim-
ples; Sistemas pneumáticos
▪▪ Grande confiabilidade, segurança de operação e durabilidade de
acionamentos e componentes de comando; ▪▪ Fluido – ar (compressível)

▪▪ Necessidade de preparação do ar; ▪▪ Estado – gasoso

▪▪ Perdas por vazamento reduzem a eficiência econômica. ▪▪ Circuito – aberto


▪▪ Trabalha com baixa pressão e
alta velocidade
Seção 2
Características dos sistemas hidráulicos
Sistemas hidráulicos
▪▪ Dimensões reduzidas e pequeno peso com relação à potência insta-
lada; ▪▪ Fluido – óleo (praticamente
incompressível, em torno de
▪▪ Sensível à influências externas como altas e baixas temperaturas;
0,5% do seu volume a cada 70
▪▪ Acionamentos, ao serem sobrecarregados, simplesmente param; bar de pressão)
▪▪ Transformação da energia, tanto em movimento linear, como rota- ▪▪ Estado – líquido
tivo;
▪▪ Circuito – fechado
▪▪ Velocidade e força facilmente controlados com alta precisão;
▪▪ Trabalha com alta pressão e
▪▪ Energia hidráulica não deve ser transmitida por grandes distâncias; baixa velocidade
▪▪ Difícil manutenção dos componentes devido a sua precisão, dimen-
são e peso;

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 25


Custos da energia Fluido para ▪▪ Velocidade: o ar comprimido
é um meio muito veloz e permite
Considerado um valor 1 para a pneumática – ar alcançar altas velocidades de tra-
energia elétrica, a relação com balho (a velocidade de trabalho
▪▪ Quantidade: o ar a ser com-
pneumática e hidráulica é: dos cilindros pneumáticos oscila
primido se encontra em quanti-
dade ilimitada, praticamente, em entre 1 a 2 metros por segundo).
▪▪ de 7 a 10 o custo da energia todos os lugares. ▪▪ Regulagem: as velocidades e
pneumática; ▪▪ Transporte: o ar comprimido forças dos elementos a ar com-
é facilmente transportável por tu- primido são reguláveis em escala.
▪▪ de 3 a 5 o custo da energia
hidráulica. bulações, mesmo para distâncias, ▪▪ Seguro contra sobrecarga:
consideravelmente, grandes. Não elementos e ferramentas a ar
há necessidade de preocupação comprimido são carregáveis até a
Esta avaliação é apenas orientati-
com o retorno do ar. parada final e, portanto, seguros
va, considerando apenas o custo
▪▪ Armazenamento: no estabe- contra sobrecarga.
energético, sem considerar os cus-
tos de componentes. lecimento não é necessário que ▪▪ Preparação: o ar comprimi-
o compressor esteja em funcio- do requer uma boa preparação.
namento contínuo. O ar pode Impureza e umidade devem ser
Considerando os valores de vál- ser sempre armazenado em um evitadas, pois, provocam desgas-
vulas e atuadores, o custo fica re- reservatório e, posteriormente, tes nos elementos pneumáticos.
lacionado como: tirado de lá. Além disso, é possí- ▪▪ Compressibilidade: não é
vel o transporte em reservatórios possível manter uniforme e cons-
(botijão). tante as velocidades dos pistões,
Elétrica < Pneumática < ▪▪ Temperatura: o trabalho mediante o ar comprimido.
Hidráulica
realizado com o ar comprimido é
insensível às oscilações de tempe- Fluido para hidráulica
ratura. Isto garante, também, em
situações extremas, um funciona-
– óleo
Seção 4 mento seguro. ▪▪ Quantidade: o óleo a ser
Características dos ▪▪ Segurança: não existe o utilizado encontra-se em quanti-
fluidos para sistemas perigo de explosão ou de incên- dade limitada e possui alto custo,
dio. Portanto, não são necessá- seja ele de origem mineral ou
pneumáticos e hidráu- rias custosas proteções contra sintética.
licos explosões. ▪▪ Transporte: o óleo não é fa-
▪▪ Limpeza: o ar comprimido é cilmente transportável por tubu-
Quando falamos em fluido, esta- limpo. O ar, que, eventualmente, lações, devido a sua viscosidade
mos falando de qualquer substân- escapa das tubulações ou outros e existe a necessidade de retorno
cia no estado líquido ou gasoso elementos, inadequadamente do mesmo para o reservatório.
capaz de escoar e assumir a forma vedados, não polui o ambiente.
do recipiente que a contém. Ve- ▪▪ Armazenamento: para que o
▪▪ Construção: os elementos óleo esteja sob pressão, é neces-
remos, agora, de modo geral, as
de trabalho são de construção sário que a bomba mantenha-se
características dos fluidos usados
simples e, portanto, de custo ligada ou que sejam utilizados
na pneumática e hidráulica.
vantajoso. acumuladores.

26 CURSOS TÉCNICOS SENAI


▪▪ Temperatura: o óleo é sensível às variações de temperatura.
▪▪ Segurança: existe risco de explosão ou de incêndio se ultrapassados
os limites máximos de temperatura.
▪▪ Limpeza: o óleo hidráulico é poluente e não deve ser jogado na
natureza.
▪▪ Construção: os elementos de trabalho são de construção complexa
(muito precisa) e, portanto, de alto custo.
▪▪ Velocidade: o óleo hidráulico não é um meio veloz, devido a sua
viscosidade.
▪▪ Regulagem: as velocidades e forças dos elementos são reguláveis,
em escala com grande precisão.
▪▪ Seguro contra sobrecarga: nos sistemas hidráulicos, existe a ne-
cessidade da utilização de dispositivos para limitar a pressão máxima de
trabalho.
▪▪ Preparação: para sistemas convencionais, o óleo hidráulico já vem
pronto, mas, para servo-sistemas, existe a necessidade de uma filtragem
mais apurada.
▪▪ Compressibilidade: é possível manter uniforme e constante as
velocidades dos atuadores.

Com características dos fluidos para sistemas pneumáticos e hidráulicos


concluímos, aqui, a terceira unidade de estudos desta unidade curricular.
Prepare-se para conhecer, agora, a composição de um sistema pneumá-
tico. Continue antenado!

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 27


Unidade de
estudo 4
Seções de estudo

Seção 1 – Compressores
Seção 2 – Reservatório de ar comprimido
Seção 3 – Preparação do ar comprimido
Seção 4 – Redes de distribuição do ar
comprimido
Seção 5 – Unidade de conservação de ar
Seção 6 – Válvulas direcionais pneumáti-
cas
Seção 7 – Válvulas pneumáticas
Seção 8 – Atuadores para sistemas pneu-
máticos
Seção 9 – Designação de elementos
Seção 10 – Elaboração de esquemas de
comando
Seção 11 – Tecnologia do vácuo
Composição de um Sistema
Pneumático

Seção 1
Compressores
Vejamos, a seguir, a divisão de um sistema pneumático: Os mesmos são diferenciados em
dois tipos:
▪▪ Deslocamento volumétrico:
baseia-se no princípio da redução
de volume, ou seja, consegue-se
a compressão enviando o ar para
dentro de um recipiente fechado
e diminuindo, posteriormente,
este recipiente, pressurizando o
ar. É, também, denominado com-
pressor de deslocamento positivo
e é compreendido como com-
pressor de êmbolo ou de pistão.
▪▪ Deslocamento dinâmico:
Figura 5 – Composição do Sistema Pneumático
baseia-se no princípio de fluxo,
Fonte: Parker (2008, p. 5).
succionando o ar de um lado e
comprimindo de outro, por ace-
Compressores são máquinas utilizadas na manipulação de fluidos no
leração de massa, ou seja, a eleva-
estado gasoso, elevando a pressão de uma atmosfera a uma pressão de
ção de pressão é obtida por meio
trabalho desejada.
de conversão de energia cinética
em pressão, durante a passagem
Tipos de compressores do ar, através do compressor
(turbina). É, também, denomina-
Dependendo das necessidades desejadas, relacionadas à pressão de tra- do compressor de deslocamento
balho e ao volume, são empregados compressores de diversos tipos dinâmico.
construtivos. Classificação dos compressores
quanto ao tipo construtivo. Ob-
serve o diagrama:

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 29


Biela-manivela: Virabrequim
Tipos de
e biela. Compressores
Compressor
rotativo

Compressor de Compressor Turbo


Êmbolo linear rotativo Compressor

Compressor Compressor Turbo Compressor Turbo Compressor


de Êmbolo de Membrana Radial Axial

Compressor Compressor Compressor


de Palhetas de Parafusos de Roots

Figura 6 – Classificação dos Compressores


Fonte: SAGGIN (2004, p. 14).

Compressor de deslocamento
fixo unidirecional. Símbolo
geral

Compressor de êmbolo (pistões)


Este compressor é um dos mais usados e conhecidos, pois, ele é apro-
priado, não só para compressão a pressões baixas e médias, mas, tam-
bém, para pressões altas. O campo de pressão é de um bar até milhares
de bar. É, também, conhecido como compressor de pistão.
O movimento alternativo é transmitido para o pistão através de um sis-
tema biela-manivela, fazendo, assim, ele subir e descer.
Iniciando o movimento descendente, o ar é aspirado por meio de vál-
vulas de admissão, preenchendo a câmara de compressão. A compres-
são do ar tem início com o movimento de subida. Após obter-se uma
pressão suficiente para abrir a válvula de descarga, o ar é expulso para o
sistema.

30 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Estes compressores são os pre-
feridos e mais empregados na in-
dústria alimentícia, farmacêutica
e química. Usados, também, em
pequenas instalações de ar, com
pressões moderadas ou na obten-
ção de vácuo.

Figura 7 – Compressor de Êmbolo (simples estágio)


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 92).

Para a compressão a pressões mais elevadas, são necessários compres-


sores de vários estágios, limitando, assim, a elevação de temperatura e
melhorando a eficiência da compressão.

Figura 9 – Compressor de Membrana


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 16).

Compressor de parafu-
sos
Este compressor é dotado de uma
carcaça onde giram dois rotores
helicoidais, em sentidos opostos.
Figura 8 – Compressor de Êmbolo (duplo estágio) Um dos rotores possui lóbulos
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 15). convexos, o outro uma depres-
são côncava e são denominados,
respectivamente, rotor macho e
O ar aspirado será comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão), refrigera-
fêmea.
do, intermediariamente e, novamente, comprimido pelo próximo êmbo-
lo, que possui menor diâmetro. Na compressão a altas pressões, faz-se Os rotores são sincronizados por
necessária uma refrigeração intermediária, pois se cria alto aquecimento. meio de engrenagens. Entretan-
Os compressores de êmbolo e outros são fabricados em execuções re- to, existem fabricantes que fazem
frigeradas a água ou a ar. com que um rotor acione o outro
por contato direto. O processo
mais comum é acionar o rotor
Compressor de membrana macho, obtendo-se uma velocida-
de elevada do rotor fêmea.
Este tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo. Mediante
uma membrana, o êmbolo fica separado da câmara de sucção e com- O ar à pressão atmosférica ocupa
pressão, quer dizer, o ar não terá contato com as partes deslizantes. O ar, espaço entre os rotores e, confor-
portanto, ficará sempre livre de resíduos do óleo. me eles giram, o volume compre-
endido entre os mesmos é isolado
da admissão e transportado para
a descarga.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 31


Figura 10 – Compressor de Parafusos
Fonte: Howden (2010).

A ausência de válvulas de admissão, de descarga e forças mecânicas des-


balanceadas, permite que o compressor de parafuso opere com altas
velocidades no eixo. A consequência deste fato é que existem combina-
ções de capacidades elevadas, com pequenas dimensões externas.
Verificou-se que, para obter compressão interna, é necessário que uma
rosca convexa se ajuste, perfeitamente, a uma depressão côncava e que
haja um mínimo de três fios de rosca.
Existindo uma folga entre os rotores e entre estes e a carcaça, evita-se
o contato metal-metal. Consequentemente, não havendo necessidade de
lubrificação interna do compressor, o ar comprimido é fornecido, sem
resíduos de óleo.
Porém, existe o compressor de parafuso lubrificado, baseado no proces-
so de contato direto. Nele, durante o processo de compressão, mistura-
se, no ar, uma considerável quantidade de óleo que, depois, é retirada
pelo separador de óleo.

Seleção de compressores

Volume de ar
O volume de ar fornecido é a quantidade de ar que está sendo fornecido
pelo compressor. Podemos ter o volume de ar fornecido teórico – aque-
le obtido por cálculos, porém, apenas o volume de ar fornecido efetivo
pelo compressor é que interessa, pois, com este, é que são acionados e
comandados os aparelhos pneumáticos.

Pressão
Pressão de regime é a pressão fornecida pelo compressor. A pressão de
trabalho é a pressão necessária nos pontos de trabalho. A pressão de
trabalho é, geralmente, de 6 bar, que é tida como “pressão normalizada”
ou “pressão econômica”.
Uma pressão constante é uma exigência para um funcionamento seguro
e preciso dos componentes de sistemas industriais. Na dependência da
pressão constante estão: velocidade, forças e movimentos temporizados
dos elementos de trabalho e de comando.

32 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 11 – Seleção de Compressores
Fonte: Metalplan (2008, p. 15).

Acionamento
O acionamento dos compressores, conforme as necessidades fabris,
será por motor elétrico ou motor a explosão. Em instalações industriais,
aciona-se, na maioria dos casos, com motor elétrico.

Refrigeração
Provocado pela compressão do ar e pelo atrito, cria-se calor no compres-
sor, o qual deve ser dissipado. Em compressores pequenos, é utilizada a
refrigeração à ar, através de ventiladores. Já em compressores grandes,
usa-se a refrigeração à água, circulante com torre de refrigeração ou água
corrente contínua.

Lugar de montagem
A estação de compressores deve ser montada dentro de um ambiente
fechado, com proteção acústica para fora. O ambiente deve ter boa aera-
ção. O ar sugado deve ser fresco, seco e livre de poeira.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 33


pré-estabelecidos: Pressão
máxima/mínima.

Figura 12 – Instalação de Compressores


Fonte: Metalplan (2008, p. 18).

Regulagem
Para combinar o volume de fornecimento com o consumo de ar é ne-
cessária uma regulagem dos compressores. Dois valores limites pré-es-
tabelecidos, influenciam o volume fornecido.

Existem diferentes tipos de regulagem:

Regulagem de marcha Regulagem de carga Regulagem


em vazio parcial intermitente
Com esta
regulagem, o
Regulagem por
Regulagem na rotação compressor
descarga
Regulagem por funciona em dois
Regulagem por
estrangulamento campos (carga
fechamento
máxima e parada
total).

Regulagem de marcha em vazio – regulagem por descarga


Quando é alcançada a pressão pré-regulada, o ar escapará livre da saída
do compressor, através de uma válvula. Uma válvula de retenção evita
que o reservatório se esvazie ou retorne para o compressor.

34 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 13 – Regulagem por Descarga
Fonte: SAGGIN (2004, p. 28).

Regulagem por fechamento


Aqui, quando é alcançada a pressão máxima, a admissão de ar é inter-
rompida.

Figura 14 – Regulagem por Fechamento


Fonte: SAGGIN (2004, p. 28).

Regulagem de carga parcial – regulagem na rotação


Sobre um dispositivo, ajusta-se o regulador de rotação do motor a explo-
são. A regulagem da rotação pode ser feita manualmente ou, também,
automaticamente, dependendo da pressão de trabalho. Este tipo de re-
gulagem, também pode ser usada em motores elétricos, instalando-se
inversores de frequência.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 35


Regulagem por estrangulamento Seção 2
A regulagem se faz mediante simples estrangulamento no funil de suc- Reservatório de ar com-
ção e os compressores podem, assim, ser regulados para determinadas
cargas parciais. Encontra-se esta regulagem em compressores de êmbo- primido
lo rotativo e em turbo compressores.
O reservatório serve para a estabi-
lização da distribuição do ar com-
primido. Ele elimina as oscilações
de pressão na rede distribuidora
e, quando há, momentaneamente,
alto consumo de ar, é uma garan-
tia de reserva. A grande superfí-
cie do reservatório refrigera o ar
suplementar. Por isso, se separa,
diretamente, no reservatório, uma
parte da umidade do ar como
água.

Figura 15 – Regulagem por Estrangulamento


Fonte: SAGGIN (2004, p. 29).

Regulagem intermitente
Com esta regulagem, o compressor funciona em dois campos: carga
máxima e parada total. Ao alcançar a pressão máxima, o motor aciona-
dor do compressor é desligado e, quando a pressão chega ao mínimo, o Figura 17 – Reservatório de Ar Com-
motor se liga novamente e o compressor trabalha outra vez. primido
A frequência de comutações pode ser regulada em um pressostato e, Fonte: SAGGIN (2004, p. 31).
para que os períodos de comando possam ser limitados a uma medida
aceitável, é necessário um grande reservatório de ar comprimido.
Os reservatórios devem ser ins-
talados de modo que todos os
drenos, conexões e a abertura
de inspeção sejam de fácil aces-
so. Os reservatórios não devem
ser enterrados ou instalados em
local de difícil acesso; devem ser
instalados, de preferência, fora da
casa dos compressores, na som-
bra, para facilitar a condensação
da umidade, no ponto mais baixo,
para a retirada do condensado.

Figura 16 – Regulagem Intermitente


Fonte: SAGGIN (2004, p. 29).

36 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 3 Secador de ar
Preparação do ar comprimido O ar seco industrial não é aquele
totalmente isento de água.; É o ar
Na prática, encontramos exemplos onde se deve dar muito valor à qua- que, após um processo de desi-
lidade do ar comprimido. Impurezas em forma de partículas de sujeira dratação, flui com um conteúdo
ou ferrugem, restos de óleo e umidade levam, em muitos casos, à falhas de umidade residual de tal ordem
em instalações e avarias nos elementos pneumáticos. que possa ser utilizado, sem qual-
Enquanto a separação primária do condensado é feita no separador após quer inconveniente. Para tal, o uso
o resfriador, a separação final, filtragem e outros tratamentos secundá- de um secador de ar comprimido
rios do ar comprimido são executados no local de consumo. Nisso, é é aconselhável. Os meios de se-
necessário atentar, especialmente, para a ocorrência de umidade. A água cagem, mais utilizados são três:
(umidade) já penetra na rede pelo próprio ar aspirado pelo compressor. secagem por absorção, secagem
por adsorção, secagem por res-
A incidência da umidade depende, em primeira instância, da umidade
friamento.
relativa do ar que, por sua vez, depende da temperatura e condições
atmosféricas. Os efeitos da umidade podem ser limitados por meio de:
▪▪ filtragem do ar aspirado antes do compressor; Secagem por absorção
▪▪ uso de compressores livres de óleo; A secagem por absorção é um
▪▪ instalação de resfriadores; processo puramente químico.
Neste processo, o ar comprimi-
▪▪ uso de secadores; do passa sobre uma camada solta
▪▪ utilização de unidades de conservação. de um elemento secador. A água
ou vapor de água que entra em
contato com esse elemento, com-
Resfriador de ar e separador de condensados
bina-se, quimicamente, com ele
Como vimos no tópico anterior, a umidade presente no ar comprimido e se dilui na forma de uma com-
é prejudicial. Para ajudar a resolver, de maneira eficaz, o problema inicial binação elemento secador/água.
da água nas instalações de ar comprimido, temos o resfriador posterior, Esta mistura deve ser removida,
localizado entre a saída do compressor e o reservatório, pelo fato de o ar periodicamente, do absorvedor.
comprimido na saída atingir sua maior temperatura. Essa operação pode ser manual
ou automática. Com o tempo, o
elemento secador é consumido e
o secador deve ser reabastecido,
periodicamente (duas a quatro ve-
zes por ano).

O processo de absorção caracte-


riza-se por:
▪▪ montagem simples da instala-
ção;
▪▪ desgaste mecânico mínimo, já
que o secador não possui peças
móveis;
Figura 18 – Resfriador de Ar e Separador de Condensados
▪▪ não necessita de energia
Fonte: SAGGIN (2004, p. 42).
externa.
O resfriador posterior é, simplesmente, um trocador de calor utilizado
para resfriar o ar comprimido. Como consequência deste resfriamento,
permite-se retirar cerca de 75 a 90% do vapor de água contido no ar,
bem como vapores de óleo; além de evitar que a linha de distribuição
sofra uma dilatação, causada pela alta temperatura de descarga do ar.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 37


Figura 19 – Secagem por Absorção
Fonte: SAGGIN (2004, p. 43).

Figura 20 – Secagem por Absorção


Secagem por adsorção Fonte: SAGGIN (2004, p. 44).

A secagem por adsorção está


baseada em um processo físico:
adsorver, ou seja, admitir uma Secagem por resfriamento
substância à superfície de outra. O secador de ar comprimido por resfriamento funciona pelo princípio
O elemento secador é um mate- da diminuição de temperatura do ponto de orvalho. A temperatura do
rial granulado, com arestas ou em ponto de orvalho é a temperatura à qual deve ser esfriado um gás para
forma de pérolas. Este elemento obter a condensação do vapor de água contida nele. O ar comprimido, a
secador está formado de quase ser secado, entra no secador, passando, primeiro, pelo denominado tro-
100% de dióxido de silício. Em cador de calor a ar. Mediante o ar frio e seco, proveniente do trocador
geral, é conhecido pelo nome de calor (vaporizador), é esfriado o ar quente que está entrando. A for-
“GEL” (sílica gel). mação de condensado de óleo e água é eliminado pelo trocador de calor.

A tarefa do “GEL” consiste em


adsorver a água e o vapor de água.
É evidente que a capacidade de
acumulação de uma camada de
“GEL” é limitada. Uma vez que
o elemento secador estiver satu-
rado, poderá ser regenerado de
uma maneira fácil: basta soprar ar
quente da camada saturada e o ar
quente absorve a umidade do ele-
mento secador.

Mediante a montagem, em para-


lelo, de duas instalações de adsor-
ção, uma delas pode estar ligada
para secar, enquanto a outra está
sendo soprada com ar quente (re-
generação).
Acompanhe, agora, a esquemati- Figura 21 – Secagem por Resfriamento
zação da secagem por adsorção. Fonte: SAGGIN (2004, p. 45).

38 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Este ar comprimido, pré-esfriado,
circula através do trocador de ca-
lor (vaporizador) e, devido a isso,
sua temperatura desce até 1,7°C,
aproximadamente. Desta manei-
ra, o ar é submetido a uma segun-
da separação de condensado de
água e óleo. Posteriormente, o ar
comprimido pode, ainda, passar
por um filtro, a fim de eliminar os
corpos estranhos.

Seção 4
Redes de distribuição
do ar comprimido
A rede de distribuição de ar com- 1 – Compressor de parafuso
primido compreende todas as tu- 2 – Resfriador posterior ar/ar
bulações que saem do reservató- 3 – Separador de condensado
rio passando pelo secador e que, 4 – Reservatório
unidas, orientam o ar comprimido 5 – Purgador automático
até os pontos individuais de uti- 6 – Pré Filtro coalescente
lização. A rede possui duas fun- 7 – Secador
ções básicas: funcionar como um
8 – Filtros coalescentes (grau x, y, z)
reservatório para atender as exi-
9 – Purgador automático eletrônico
gências locais e comunicar a fonte
10 – Separador de água e óleo
com os equipamentos consumi-
dores. Numa rede distribuidora, 11 – Separador de condensado
para que haja eficiência, segurança
Figura 22 – Rede de Distribuição do Ar Comprimido
e economia, são importantes três
pontos: Fonte: Fargon (2010)

▪▪ baixa queda de pressão entre O posicionamento dos equipamentos e tomadas que receberão
a instalação do compressor e os alimentação pneumática deverão estar definidos, para que seja possível a
pontos de utilização; confecção dos projetos e desenhos. Estes, trarão consigo: comprimento
▪▪ apresentar o mínimo de vaza- das tubulações, diâmetros, ramificações, pontos de consumo, pressão
mento; destes pontos, posições das válvulas, curvaturas etc.
Através dos projetos, pode-se, então, definir o melhor percurso da tubu-
▪▪ boa capacidade de separa- lação, acarretando menor perda de carga e proporcionando economia. A
ção do condensado em todo o seguir, veremos os tipos de redes de distribuição mais comuns.
sistema.

Rede de distribuição em anel aberto


Assim chamada, por não haver uma interligação na rede. Este tipo fa-
cilita a separação do condensado, pois ela é montada com certa inclina-
ção, na direção do fluxo, permitindo o escoamento para um ponto de
drenagem.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 39


Figura 25 – Rede de Distribuição
Combinada
Fonte: SAGGIN (2004, p. 35).
Figura 23 – Rede de Distribuição em Anel Aberto
Fonte: SAGGIN (2004, p. 33).
Inclinação das tomadas de ar e
drenagem da umidade
As tubulações, em especial nas
Rede de distribuição em anel fechado redes em circuito aberto, devem
Geralmente, as tubulações principais são montadas em circuito fechado. ser montadas com um declive de
Este tipo auxilia na manutenção de uma pressão constante e proporcio- 0,5 a 2%, na direção do fluxo. Por
na uma distribuição mais uniforme do ar, pois o fluxo circula em duas causa da formação de água con-
direções. densada, é fundamental, em tu-
bulações horizontais, instalar os
ramais de tomadas de ar na parte
superior do tubo principal.

Figura 24 – Rede de Distribuição em Anel Fechado


Fonte: SAGGIN (2004, p. 34).

Rede de distribuição combinada


A rede combinada, também, é uma instalação em circuito fechado, a
qual, por suas ligações longitudinais e transversais, oferece a possibilida-
de de trabalhar com ar em qualquer lugar.
Mediante válvulas de fechamento, existe a possibilidade de fechar de-
terminadas linhas de ar comprimido, quando, as mesmas, não forem
usadas ou quando for necessário colocá-las fora de serviço, por razões
de reparação e manutenção. Também, pode ser feito um controle de
estanqueidade.

40 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 26 – Inclinação das Tomadas de Ar e Drenagem
Fonte: SAGGIN (2004, p. 36).

Desta forma, evita-se que a água condensada, eventualmente existente


na tubulação principal, possa chegar às tomadas de ar através dos ramais.
Para interceptar e drenar a água condensada devem ser instaladas deriva-
ções com drenos na parte inferior da tubulação principal.
Os drenos, colocados nos pontos mais baixos, de preferência, devem
ser automáticos. Em redes mais extensas, aconselha-se instalar drenos
distanciados de, aproximadamente, 20 a 30 metros um do outro.

Vazamentos
As quantidades de ar perdidas através de pequenos furos, acoplamentos
com folgas, vedações defeituosas etc., quando somadas, alcançam eleva-
dos valores. A importância econômica desta contínua perda de ar torna-
se mais evidente quando comparada com o consumo do equipamento
e a potência necessária para realizar a compressão. Desta forma, um
vazamento na rede representa um consumo, consideralvemente, maior
de energia.
Podemos constatar isto através da tabela:

CUSTO DO VAZAMENTO

Diâmetro do orifício de
1/32’’ 1/16’’ 1/8’’ ¼’’ 3/8’’
vazamento (pol)

m3/h vazamento 2,72 10,9 44,2 174,0 397,5

R$/ano 340,00 1.360,00 5.515,00 21.715,00 49.610,00


Considerando: P = 7 barg uso = 16h/dia 300 dias/ano (1,0kWh ~ R$0,25)
Tabela 7 – Custo do vazamento de ar
Fonte: Metalplan (2008, p. 10).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 41


Funcionamento do
dreno automático
Por um furo de passagem, o con-
densado atinge o fundo do copo.
Com o aumento do nível do con-
densado, um flutuador se ergue.
A um determinado nível, abre-se
uma passagem. O ar comprimido,
existente no copo, passa por ela e
desloca o êmbolo para a direita.
Com isso, se abre o escape para o
condensado.
Figura 27 – Unidade de Conservação de Ar

Seção 5 Fonte: Adaptado de Festo Didactic (2001, p. 16).

Unidade de conserva-
Filtro de ar comprimido
ção de ar
A função de um filtro de ar comprimido é reter as partículas de im-
Após passar por todo o processo pureza, bem como a água condensada, presentes no ar que passa por
de produção, preparação e dis- ele. O ar comprimido, ao entrar no copo é forçado a um movimento
tribuição, o ar comprimido deve de rotação, por meio de “rasgos direcionais”. Com isso, separam-se as
sofrer um último condiciona- impurezas maiores, bem como as gotículas de água, por meio de força
mento, antes de ser utilizado nos centrífuga e depositam-se, então, no fundo do copo. O condensado acu-
equipamentos. Neste condiciona- mulado no fundo do copo deve ser eliminado, o mais tardar, ao atingir
mento, ocorrerá a separação do a marca do nível máximo, já que, se isto ocorrer, o condensado será
condensado, filtragem, regulagem arrastado, novamente, pelo ar que passa.
da pressão e, em alguns casos, lu-
brificação que, atualmente, está
deixando de ser utilizada, pois, os
componentes, já possuem lubrifi-
cação própria. Uma das maneiras
de fazer isto acontecer é a insta-
lação da unidade de conservação
de ar.
Esta unidade é composta, basi-
camente, da combinação dos se-
guintes elementos:
▪▪ filtro de ar comprimido e reci-
piente de condensação;
▪▪ regulador de pressão do ar
comprimido com manômetro;
▪▪ lubrificador de ar comprimido
Figura 28 – Filtro de Ar Comprimido
(quando for necessário).
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p. 93).

As partículas sólidas, maiores que a porosidade do filtro, são retidas por


este. Com o tempo, o acúmulo destas partículas impede a passagem do
ar. Portanto, o elemento filtrante deve ser limpo ou substituído a inter-
valos regulares. Em filtros normais, a porosidade se encontra entre 30 a
70 mícron.

42 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Regulador de pressão a mola. Com isso, abre-se a parte Com um parafuso de regulagem
central da membrana e o ar, em é dada a possibilidade de regular
O regulador tem por função man- excesso, sai pelo furo de escape as gotas de óleo por unidade de
ter constante a pressão de traba- para a atmosfera. tempo.
lho (secundária), independente
da pressão da rede (primária) e
consumo do ar. A pressão primá- Lubrificador Manômetros
ria tem que ser sempre maior que O lubrificador tem a tarefa de São instrumentos utilizados para
a secundária. A pressão é regula- abastecer, suficientemente, com medir e indicar a intensidade de
da por meio de uma membrana. materiais lubrificantes, os elemen- pressão do ar comprimido, óleo
Uma das faces da membrana é tos pneumáticos. Os materiais etc. Nos circuitos pneumáticos e
submetida à pressão de trabalho. lubrificantes são necessários para hidráulicos, os manômetros são
Do outro lado, atua uma mola, garantir um desgaste mínimo dos utilizados para indicar o ajuste da
cuja pressão é ajustável por meio elementos móveis, manter em intensidade de pressão nas válvu-
de um parafuso de regulagem. nível mínimo as forças de atrito las, que pode influenciar a força
e proteger os aparelhos contra a ou o torque de um conversor de
corrosão. energia. Um dos manômetros
mais utilizados é o do tipo Bour-
don.

Seção 6
Válvulas direcionais
pneumáticas
Assim como na hidráulica, as vál-
Figura 29 – Regulador de Pressão vulas direcionais para a pneumáti-
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p.
ca, também, são identificadas pelo
número de vias, posições tipo de
19).
acionamento etc. e, também, pos-
suem a função de direcionar o
Com aumento da pressão de tra- fluido que irá desenvolver diver-
balho, a membrana se movimenta sas funções como, por exemplo,
contra a força mola. Com isso, a Figura 30 – Lubrificador movimentar atuadores lineares e
secção nominal de passagem na Fonte: Festo Didactic (2001, p. 104). rotativos.
sede da válvula diminui, progres-
sivamente, ou se fecha totalmen- Lubrificadores de óleo, que es-
te. Isto significa que a pressão é tão caindo em desuso devido à
regulada pelo fluxo. Na ocasião utilização de componentes auto
do consumo a pressão diminui e lubrificados, trabalham segundo o
a força da mola reabre a válvula. princípio Venturi. A diferença de
Com isso, o manter da pressão pressão ∆p (Queda da pressão),
regulada se torna um constante entre a pressão antes do bocal
abrir a fechar da válvula. A pres- nebulizador e a pressão no ponto
são de trabalho é indicada por um estrangulador do bocal, será apro-
manômetro. Se a pressão crescer veitada para sugar óleo de um re-
demasiado do lado secundário, a servatório e de misturá-lo com o
membrana é pressionada contra ar, em forma de neblina.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 43


Meios de acionamento
Figura 31 – Válvula direcional Os acionamentos servem para in-
Fonte: Adaptado de Festo Didactic (2001, p. 16). verter de posição as válvulas dire-
cionais.
Simbologia de válvulas
Em esquemas pneumáticos, para representarmos as válvulas direcionais,
os símbolos não caracterizam o tipo de construção, mas, somente, a
função das válvulas.
Características principais:
▪▪ número de posições: contadas a partir do número de quadrados da
simbologia.

▪▪ número de vias: contadas a partir do número de tomadas que a


válvula possui em apenas uma posição. As válvulas direcionais podem
ser descritas, abreviadamente, da seguinte forma: coloca-se V.D., para
representar, abreviadamente, o termo válvula direcional. Depois,
escreve-se o número de vias, ao lado a barra (/), logo após, o número
de posições e a palavra “vias”.

44 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Geral Alavanca
MANUAIS
Botão Pedal

Pino Rolete
MECÂNICOS
Mola Gatilho

Solenóides com duas


ELÉTRICOS Solenoide com uma bobina
bobinas
Piloto positivo
(créscimo de pressão)
PNEUMÁTICOS
DIRETOS Diferencial de áreas
Piloto negativo
(decréscimo de pressão)

Servo-piloto positivo
PNEUMÁTICOS
INDIRETOS Controle interno
Servo-piloto negativo

Por piloto positivo


CENTRALIZAÇÕES Por trava
Por molas

Identificação de vias
ORIFÍCIO NORMA DIN24300 NORMA ISO1219 Válvulas NA e NF
Pressão P 1 Válvulas direcionais com 2 po-
Utilização A B C 2 4 6
sições e até 3 vias que tenham,
Escape R S T 3 5 7
na posição de repouso, a via de
EA EB EC
pressão bloqueada, são chama-
Pilotagem X Y Z 10 12 14
Tabela 8 – Identificação das Vias
das de normalmente fechadas
(NF). Aquelas que, ao contrário,
Fonte: Parker (2008, p. 41).
possuírem esta via aberta, são de-
nominadas normalmente abertas
Exemplo de identificação: (NA).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 45


Quando encontrarmos estas vias Se ele estiver afastado, o escape
em exaustão, elas receberão o representado será o escape dirigi-
nome de centro aberto negativo do, com conexão.
(CAN).

Seção 7
Válvulas de memórias
Válvulas CF, CAP e CAN Válvulas pneumáticas
São válvulas de duas posições,
As válvulas direcionais de 3 po- acionadas por duplo piloto. Além das válvulas direcionais, en-
sições caracterizam-se pela sua
contraremos, ainda, as válvulas
posição central. Àquelas que pos-
auxiliares de controle e combina-
suírem, na sua posição central, as
ções de válvulas, como veremos a
vias de utilização bloqueadas, de-
seguir:
nominaremos centro fechado.

Válvula alternadora
(Função lógica “OU”)
Também chamada “válvula de
comando duplo” ou “válvula de
dupla retenção”. Esta válvula
tem duas entradas, X e Y, e uma
saída A. Entrando ar comprimido
Já as válvulas que tiverem as vias em X, a esfera fecha a entrada Y e
de utilização sendo pressurizadas,
Tipos de escapes o ar flui de X para A. Em sentido
chamaremos de centro aberto po- contrário, quando o ar flui de Y
Os escapes das válvulas são repre-
sitivo (CAP). para A, a entrada X será fechada.
sentados por triângulos. Quando
encontrarmos o triângulo junto à
simbologia da válvula, ele estará
representando um escape livre, ou
seja, sem conexão.

46 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 32 – Válvula Alternadora
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 156).

Válvula alternadora
Exemplo da aplicação:

Válvulas de duas pressões (Função lógica “E”)


Esta válvula tem duas entradas, X e Y e uma saída, A Só haverá uma saí-
da em A, quando existirem os dois sinais de entrada X “E” Y. Emprega-
se esta válvula, principalmente, em comando de bloqueio, comandos de
segurança e funções de controle em combinações lógicas.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 47


Figura 33 – Válvula de Duas Pressões
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 152).

Exemplo da aplicação:

Válvula de escape rápido


Válvulas de escape rápido se prestam para aumentar a velocidade dos
êmbolos dos atuadores. Tempos de retorno elevados, podem ser elimi-
nados dessa forma. Evita-se, com isso, que o ar de escape seja obrigado
a passar por uma canalização longa e de diâmetro pequeno, até a válvula
de comando. O mais recomendável é colocar o escape rápido direta-
mente no cilindro ou, então, o mais próximo possível do mesmo.

48 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 34 – Válvula de Escape Rápido
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 133).

Válvula de escape rápido


Exemplo da aplicação:

Válvula de retenção
Válvulas de bloqueio liberam o fluxo, preferencialmente, em um só sen-
tido e bloqueiam o sentido inverso. O corpo de vedação da válvula de
retenção, sujeito à pressão de mola, desloca-se de seu assento quando a
pressão contra a ação da mola se torna maior do que a sua tensão.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 49


Figura 35 – Válvula de Retenção
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 131).

Válvula reguladora de fluxo bidirecional


Estas válvulas têm influência sobre a quantidade de ar comprimido que
flui por uma tubulação; a vazão será regulada em ambas as direções do
fluxo.

Figura 36 – Válvula Reguladora de Fluxo Idirecional


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 131).

Válvula reguladora de fluxo unidirecional


Nesta válvula, a regulagem do fluxo é feita, somente, em uma direção.
Uma válvula de retenção fecha a passagem numa direção e o ar pode
fluir, somente, através da área regulada.
Em sentido contrário, o ar passa livre através da válvula de retenção
aberta.

50 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Estas válvulas podem ser monta-
das para a regulagem da saída do
ar. O ar da exaustão, porém, será
regulado. Nisto, a haste do êm-
bolo está submetida entre duas
pressões de ar. Esta montagem da
válvula reguladora de fluxo, me-
lhora muito a conduta do avanço.
Em atuadores de dupla ação, de-
vemos, sempre, usar regulagem na
exaustão.

Figura 37 – Válvula Reguladora de Fluxo Unidirecional


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 130).

Válvula reguladora de fluxo unidirecional (Festo).

Regulagem fluxo primária (entrada do ar)


Estas válvulas podem ser montadas para a regulagem da entrada do ar.
O ar em exaustão sai, através de retenção, no lado do escape. Ligeiras os-
cilações de carga na haste do pistão, provocadas, por exemplo, ao passar
pela chave fim de curso, resultam em grandes diferenças de velocidade
do avanço. A regulagem na entrada emprega-se em atuadores de simples
ação e atuadores de dupla ação de pequeno volume.

Figura 39 – Regulagem Fluxo Secun-


dária
Fonte: SAGGIN (2004, p. 65).

Válvula limitadora de
pressão
É formada por uma vedação de
assento cônico, mola e um para-
fuso de ajuste. Quando a pres-
são em P assume um valor que
corresponde à tensão da mola,
o cone de vedação se desloca de
seu assento e libera o caminho ao
escape. São, também, conhecidas
como válvulas de sobrepressão
ou válvulas de segurança.

Figura 38 – Regulagem Fluxo Primária


Fonte: SAGGIN (2004, p. 64).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 51


Figura 40 – Válvula Limitadora de Pressão
Fonte: SAGGIN (2004, p. 65).

Temporizador pneumático N F.
Esta unidade consiste de uma válvula direcional de 3/2 vias, com acio-
namento pneumático, de uma válvula reguladora de fluxo unidirecional
e um reservatório de ar. O ar de comando flui da conexão 12 para a
válvula reguladora de fluxo que controlara o tempo e, de lá, através de
área regulada, com velocidade e pressão mais baixa, para o reservatório.
Alcançada a pressão necessária de comutação, o êmbolo de comando
afasta o prato do assento da válvula, dando passagem ao ar principal de
P para A.

Figura 41 – Temporizador Pneumático


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 127).

52 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Exemplo de aplicação: Atuador linear de sim-
ples ação com retorno por
mola: realiza trabalho em
um sentido. Observe!

Figura 44 – Atuador Linear de Simples


Figura 42 – Circuito com Temporização
Ação
Fonte: SAGGIN (2004, p. 69).
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 36).

Seção 8
Atuadores para sistemas pneumáticos
Os atuadores pneumáticos convertem energia pneumática em energia
mecânica linear ou rotativa, dependendo de seu tipo construtivo. A se-
guir, veremos os tipos mais comuns utilizados na indústria.

SIMPLES AÇÃO

ATUADORES
LINEARES DUPLA AÇÃO
ATUADORES
PNEUMÁTICOS

ATUADORES MOTORES
ROTATIVOS PNEUMÁTICOS

OCILADORES
PNEUMÁTICOS

Figura 43 – Atuadores Pneumáticos


Fonte: SAGGIN (2004, p. 72).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 53


Atuador linear de dupla ação: realiza trabalho nos Atuador rotativo de palheta bidi-
recional (oscilador): realiza movi-
dois sentidos mento rotativo nos dois sentidos,
com ângulo de rotação limitado.

Figura 45 – Atuador Linear de Simples Ação


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 36).

Amortecimento de fim de curso Figura 48 – Oscilador


Quando volumes grandes e pesados são movimentados por um atuador, Fonte: Festo Didactic (2001, p. 40).
emprega-se um sistema de amortecimento para evitar impactos secos
ou até danificações. Antes de alcançar a posição final, um êmbolo de Características dos atuadores ro-
amortecimento interrompe o escape direto do ar, deixando, somente, tativos pneumáticos:
uma passagem pequena, geralmente, regulável.
▪▪ regulagem, sem escala, de ro-
tação e do momento de torção;
▪▪ construção leve e pequena;
▪▪ seguro contra sobrecarga;
▪▪ insensível contra poeira, água,
calor e frio;
▪▪ seguro contra explosão;
▪▪ grande escolha de rotação e
Figura 46 – Atuador Linear de Dupla Ação com Amortecimento. facilidade de inversão;
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 37). ▪▪ conservação e manutenção
insignificantes.
Atuador rotativo de palhetas unidirecional: realiza movimento rotativo
em um sentido.
Seção 9
Designação de elemen-
tos
Os circuitos pneumáticos são
compostos de elementos que são
identificados por números ou le-
tras.
Designação por números: os nú-
meros identificam os elementos
Figura 47 – Atuador Rotativo pela função.
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 40).

54 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Elementos de trabalho. Ex.:
cilíndros (atuadores lineares) 1.0
Elementos auxiliares. Ex: Contro-
Elementos auxiliares. Ex.: Con- 1.02/1.03 le de Fluxo. Para Retorno.
trole de Fluxo. Para Avanço.
1.1 Elementos de comando. Ex.:
Elementos processadores V.D.3/2 vias NF, 43, 5/2 vias.
de sinal. E, OU, Temporiza-
dor Influenciam o avanço do 1.4 Elementos processadores de si-
atuador. nal. E,OU, temporizador. Influen-
1.5 ciam o retorno do atuador.
Elementos de sinal. Para o 1.2
avanço do atuador. Elementos de sinal. Para o Retor-
1.3 no do Atuador.
Elementos auxiliares do 0.1
circito.
Figura 49 – Identificação dos Elementos
Fonte: SAGGIN (2004, p. 85).

0.1, 0.2, 0.3... Elementos auxilia- 1.6, 2.6... Elementos processa- 1.02, 1.04... Elementos auxiliares,
res influenciam em todo o cir- dores de sinal, com número final com número final par, influen-
cuito. Ex.: Lubrefil, válvulas de par, influenciam no avanço dos ciam no avanço dos atuadores
fechamento. atuadores lineares (cilindros) ou lineares (cilindros) ou no sentido
1.2, 1.4, 2.2, 2.4... Elementos de no sentido de rotação à direita de rotação à direita dos atuadores
sinal, com número final par, in- dos atuadores rotativos (moto- rotativos (motores). Ex.: válvulas
fluenciam no avanço dos atua- res). Ex.: válvulas E, válvulas OU, reguladoras de fluxo, escape rápi-
dores lineares ou no sentido de temporizadores. do.
rotação à direita dos atuadores 1.7, 2.7... Elementos de sinal, com 1.03, 1.05... Elementos auxiliares,
rotativos (motores). Ex.: válvulas número final ímpar, influenciam com final ímpar, influenciam no
direcionais 3/2 acionadas por bo- no retorno dos atuadores lineares retorno dos atuadores lineares (ci-
tão, pedal, rolete. (cilindros) ou no sentido de rota- lindros) ou no sentido de rotação
1.3, 1.5, 2.3, 2.5... Elementos de ção à esquerda dos atuadores ro- à esquerda dos atuadores rotati-
sinal, com número final ímpar, tativos (motores). Ex.: válvulas E, vos (motores). Ex.: válvulas regu-
influenciam no retorno dos atu- válvulas OU, temporizadores. ladoras de fluxo, escape rápido.
adores lineares (cilindros) ou no 1.1, 2.1, 3.1... Elementos de co- 1.0, 2.0... Elementos de trabalho.
sentido de rotação à esquerda dos mando influenciam nos dois sen- Ex.: atuadores lineares ou rotati-
atuadores rotativos (motores). tidos de movimentos dos atuado- vos, (motores pneumáticos, osci-
Ex.: válvulas direcionais 3/2 acio- res (o primeiro número indica o ladores, atuadores lineares).
nadas por botão, pedal, rolete. atuador a ser comandado). Ex.:
válvulas direcionais.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 55


Seção 10 Movimentação de um circuito como exemplo
Elaboração de esque- Pacotes chegam sobre um transportador de rolos e são levados por um
mas de comando cilindro pneumático A e empurrados por um segundo cilindro B sobre
um segundo transportador. Nisto, devido ao enunciado do problema, o
cilindro B deverá retornar apenas quando A houver alcançado a posição
final recuada.
Sequência de movi-
mentos
Quando os procedimentos de
comando são um pouco mais
complicados e se devem reparar
instalações de certa envergadura,
é uma grande ajuda para o técni-
co de manutenção dispor dos es-
quemas de comando e sequências,
segundo o desenvolvimento de
trabalho das máquinas.
Quando o pessoal de manutenção
não os utiliza de forma correta, o
motivo deve encontrar-se na má
confecção dos mesmos, em sua
simbologia incompreensível ou
na falta de conhecimento técnico.
Figura 50 – Representação em Sequência Cronológica
A insegurança na interpretação
Fonte: SAGGIN (2004, p. 90).
de esquemas de comando torna
impossível, por parte de muitos, a Acompanhe a sequência de movimentos possíveis de um circuito.
montagem ou a busca de defeitos
de forma sistemática.
O cilindro A avança e eleva os pacotes;
Atingindo este ponto, pode-se
considerar pouco rentável ter que O cilindro B empurra os pacotes sobre o segundo transportador;
basear a montagem ou busca de O cilindro A desce;
defeitos em testes e adivinhações. O cilindro B retrocede.
É preferível, antes de iniciar qual-
quer montagem ou busca de ava-
ria, realizar um estudo de esque- Representação abreviada em sequência algébrica
ma de comando e da sequência
Neste tipo, a letra maiúscula representa o atuador, enquanto que, o sinal
da máquina, para ganhar tempo,
algébrico representa o movimento. Sinal positivo (+) para o avanço e
posteriormente. Para poder levar
negativo (-) para o retorno.
os esquemas de comando e sequ-
ências para a prática, é necessário Exemplo: A +, B +, A -, B -.
conhecer as possibilidades e pro-
cedimentos normais de represen- Representação gráfica em diagrama de trajeto e pas-
tação dos mesmos.
so
Neste caso, se representa a sequência de operação de um elemento de
trabalho, levando-se ao diagrama o valor percorrido em dependência de
cada passo considerado.

56 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Se existirem diversos elementos de trabalho para um comando, estes são
representados da mesma maneira e desenhados uns sob os outros. A Passo: Variação do estado de
correspondência é realizada através dos passos. qualquer unidade construti-
O diagrama de trajeto e passo, para o exemplo apresentado, possui cons- va.
trução, segundo a figura abaixo:

Figura 51 – Representação Gráfica em Diagrama de Trajeto e Passo

Representação gráfica em diagrama de trajeto e tem-


po
O trajeto de uma unidade construtiva é representado em função do tem-
po. Contrariamente ao diagrama de trajeto e passo, o tempo é repre-
sentado, linearmente, neste caso, e constitui a ligação entre as diversas
unidades.
Diagrama de trajeto e tempo para o exemplo:

Figura 52 – Representação Gráfica em Diagrama de Trajeto e Tempo

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 57


Tipos de esquemas
Tal como no diagrama de movimentos, temos, também, na construção
de esquemas de comando, duas possibilidades: o esquema de comando
de posição e o esquema de comando de sistema. A diferença entre eles
está na maneira de representação dos elementos nos circuitos.

Esquemas de comando de posição


Os elementos, aqui, são desenhados na posição, conforme serão instala-
dos nas máquinas e equipamentos.

Figura 53 – Circuito Pneumático


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).

Esquema de comando de sistema


Este tipo de esquema está baseado em uma ordenação. Os símbolos são
desenhados na horizontal e divididos em cadeias de comandos individu-
ais. Os elementos fins de curso são representados por traços.

58 CURSOS TÉCNICOS SENAI


A palavra vácuo, originária
do latim vacuus, signifi-
ca vazio. Entretanto, podemos
definir, tecnicamente, que um
sistema se encontra em vácuo
quando está submetido a uma
pressão inferior à pressão at-
mosférica.

Figura 54 – Circuito Pneumático


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).

Seção 11
Tecnologia do vácuo
Utilizando o mesmo raciocínio anterior para ilustrar como é gerada a
pressão dentro de um recipiente cilíndrico, cheio de ar: se aplicarmos
uma força contrária na tampa móvel do recipiente em seu interior, te-
remos como resultante uma pressão negativa, isto é, inferior à pressão
atmosférica externa.

Figura 55 – Princípio de Geração do Vácuo


Fonte: Parker ( 1998, p. 7).

Aplicações do vácuo
As aplicações do vácuo na indústria são limitadas, apenas, pela criativi-
dade e pelo custo. As mais comuns envolvem o levantamento e deslo-
camento de peças e materiais, como os exemplos mostrados a seguir:

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 59


▪▪ tubos ou mangueiras;
▪▪ conjunto mecânico com o
suporte das ventosas, dispositivos
de montagem acessórios.

Ventosas
As duas formas mais comuns usa-
das para fixação e levantamento
de materiais ou peças são:

▪▪ sistema mecânico através, por


exemplo, de garras;

Figura 56 – Aplicações do Vácuo


▪▪ por meio do vácuo, utilizan-
do‑se ventosas.
Fonte: Parker (1998, p. 7).

Aplicações do vácuo (PARKER, 1998): As vantagens do sistema mecâni-


co incluem: a facilidade na deter-
minação da força necessária para
▪▪ movimentação de cargas, . substitui o esforço humano; sustentação e o fato de que área
▪▪ manipulação de peças frágeis, evita danos; a ser comprimida é, relativamen-
te, pequena. Como desvantagens,
▪▪ manipulação de peças com temperatura elevada (usando ventosas de
temos: a peça que está sendo fixa-
silicone);
da pode ser danificada se a garra
▪▪ operações que requerem condições de higiene; (abertura de embala- não estiver corretamente dimen-
gens); sionada, se as dimensões da peça
▪▪ movimentação de peças muito pequenas, como, por exemplo, . com- variarem ou se ela for frágil. Te-
ponentes eletrônicos; mos, ainda, que os sistemas me-
▪▪ movimentação de materiais com superfícies lisas (chapas de vidro). cânicos quase sempre apresentam
alto custo de aquisição, instalação
e manutenção.
No projeto de um sistema de vácuo é importante definir, corretamente,
o desempenho do sistema e suas características para, então, selecionar a A grande vantagem das ventosas,
instalação mais adequada. como sistemas de movimentação,
é que elas não danificam as peças.
Considerar os seguintes fatores:
Outras vantagens que podem ser
▪▪ efeito do ambiente sobre os componentes; mencionadas são: o baixo custo,
▪▪ forças necessárias para movimentação das peças ou materiais; manutenção simples, bem como,
a velocidade de operação. As ven-
▪▪ tempo de resposta; tosas podem ser projetadas em
▪▪ permeabilidade dos materiais a serem manipulados; diversas formas, dependendo de
▪▪ como as peças ou materiais serão fixados; sua aplicação, entretanto, generi-
camente, podemos classificá‑las
▪▪ distância entre os componentes; em 3 tipos principais. Veja:
▪▪ custos.

Seleção de componentes para uma instalação de vácuo em geral:


▪▪ ventosas;
▪▪ geradores de vácuo;
▪▪ válvulas principais de controle;

60 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Ventosa padrão
O tipo mais comum, para uso em
superfícies planas ou ligeiramente
curvas. As ventosas padrão po-
dem ser produzidas com diferen-
tes formas. Em função de suas
aplicações, as características que
podem variar são: tamanho, mate-
rial, abas duplas para vedação, lu-
vas de atrito, molas de reforço etc.

Figura 58 – Ventosa com Fole


Fonte: Parker (1998, p. 9).

Caixa de sucção
Este tipo de ventosa pode ser
oval, quadrada ou retangular, de-
pendendo da forma da peça a ser
movimentada.

Figura 57 – Ventosa Padrão


Fonte: Parker (1998, p. 8).

Ventosa com fole


Este tipo de ventosa destina‑se,
principalmente, à aplicações que
requerem ajuste para diferentes
alturas/níveis. As ventosas com
fole podem ser usadas em siste-
mas de levantamento de peças
com diversos planos e diferentes Figura 59 – Caixa de Sucção
formas, como, por exemplo, cha- Fonte: Parker (1998, p. 9).
pas corrugadas. Elas, também,
dão certo grau de flexibilidade
ao sistema, que pode ser utiliza-
do para separar películas finas. As
ventosas com fole podem ser de
fole simples ou duplo.
A ventosa com fole não é adequa-
da para movimentação de superfí-
cies verticais.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 61


Geradores de vácuo
Os geradores pneumáticos de vácuo operam sob o princípio Venturi,
(descrito anteriormente, quando estudamos os lubrificadores de ar) e
são alimentados por um gás pressurizado, geralmente, o ar comprimido.

Figura 61 – Efeito Venturi


Fonte: Parker (1998, p. 12).

Figura 60 – Geradores de Vácuo


Fonte: Parker (1998, p. 11).

O efeito Venturi
O efeito Venturi, é obtido através da expansão do ar comprimido que
alimenta o gerador de vácuo, através de um ou mais bocais. Esta expan-
são, converte a energia potencial do ar, em forma de pressão, para ener-
gia cinética, em forma de movimento. A velocidade do fluxo aumenta e
pressão e temperatura caem, criando uma pressão negativa no lado da
sucção.
Os geradores de vácuo pneumáticos apresentam dimensões reduzidas,
ausência de peças móveis, baixo custo de manutenção e respostas rápi-
das.

62 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Comparação entre geradores, ventiladores e bombas
de deslocamento positivo
Bomba de
Gerador pneumático Ventilador deslocamento
positivo
▪▪ Baixo custo de aqui-
sição
▪▪ Respostas rápidas ▪▪ Baixo custo de aqui-
▪▪ Pouco peso e dimen- sição ▪▪ Baixo custo de
sões reduzidas (facilitam ▪▪ Alta capacidade de operação
a instalação) sucção (importante ▪▪ Baixo nível de
▪▪ Montagem sobre ou quando o material a ser ruído
próximo a ventosa reduz deslocado, apresenta ▪▪ Alto custo de
o volume de vácuo e o alta permeabilidade ao aquisição
consumo de energia ar)
▪▪ Alto custo de
▪▪ Alto nível de ruído ▪▪ Alto nível de ruído manutenção
▪▪ Custo de operação re- ▪▪ Baixo nível de vácuo
lativamente alto, se usa-
do em serviço contínuo
Quadro 2 – Comparação entre as Fontes de Vácuo
Fonte: Parker (1998, p. 13).

Concluímos a quarta unidade de estudos desta unidade curricular. Mas,


não pense que acabou! Há muitas descobertas ainda pela frente!

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 63


Unidade de
estudo 5
Seções de estudo

Seção 1 – Fluidos hidráulicos


Seção 2 – Reservatório
Seção 3 – Bombas hidráulicas
Seção 4 – Filtros para sistemas hidráulicos
Seção 5 – Válvulas direcionais
Seção 6 – Atuadores
Seção 7 – Válvulas de bloqueio
Seção 8 – Válvulas reguladoras de vazão
Seção 9 – Válvulas reguladoras de
pressão
Seção 10 – Elemento lógico
Seção 11 – Trocador de calor
Seção 12 – Acumuladores
Seção 13 – Intensificador de pressão
Seção 14 – Instrumentos de medição e
controle
Composição de um Sistema
Pneumático

SeçÃo 1
Fluidos hidráulicos
Um sistema hidráulico independente do trabalho que irá realizar é com-
posto dos seguintes grupos:

Figura 63 – Sistema Hidráulico


Fonte: Software Automation Studio 5.6
(2009).

É o elemento vital de um sistema


hidráulico industrial, pois é um
meio de transmissão de energia,
um lubrificante, um vedador e um
meio de transferência de calor. O
Figura 62 – Composição do Sistema Hidráulico fluido hidráulico, à base de petró-
Fonte: Parker ( 2008, p. 5). leo, é o mais usado.

As fontes de energias, normalmente utilizadas, são: energia elétrica (mo-


tor elétrico) e energia térmica (motor a combustão). O grupo de geração
que transforma energia mecânica em energia hidráulica é constituído
pelas bombas hidráulicas, entre outros componentes; o grupo de con-
trole que controla e direciona a energia hidráulica, compõe-se de válvu-
las direcionais e reguladoras de vazão e pressão. No grupo de atuação,
encontraremos os atuadores, que podem ser os cilindros, osciladores e
motores. O grupo de ligação responsável pela transmissão da energia
hidráulica é composto por conexões, tubos e mangueiras.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 65


Figura 64 – Fluidos Hidráulicos
Fonte: Racine (1987, p. 130).

Um bom fluido hidráulico, com uma boa filtragem, contribuirá, muito,


para o aumento na vida útil dos componentes dos sistemas hidráulicos.
O mais usado é o óleo mineral à base de petróleo que recebe aditivos em
sua composição para adequá-lo ao uso em sistemas hidráulicos.

Tipos de fluidos e suas características:

Figura 65 – Características dos Fluidos


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 59).

66 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Informações gerais
▪▪ Nunca devemos misturar dois fluidos de fabricantes diferentes, pois
os aditivos podem reagir entre si, deteriorando o óleo e envelhecendo-
o, precocemente;
▪▪ A limpeza do sistema deve ser bem feita, pois testes precisos reve-
laram que 10% do óleo “velho” deixado no interior do sistema reduz
70% das qualidades do óleo novo;
▪▪ Não utilizar método de somente completar o nível;
▪▪ Quando o fluido hidráulico ficar parado, pelo período aproximado
de dois meses após ter sido usado, convém substituí-lo;
▪▪ O tipo de óleo, bem como o período da troca, são recomendados
pelo fabricante;
▪▪ Para determinar, precisamente, as condições de um fluido (grau de
oxidação e quantidade de contaminantes) devem ser realizados testes
de laboratório;
▪▪ Guarde o óleo, sempre, em recipientes limpos e protegidos contra as
intempéries;
▪▪ Mantenha as tampas dos recipientes hermeticamente fechadas.

Aditivos
São produtos químicos que, adicionados ao óleo, melhoram suas carac-
terísticas ou criam novas características. Ex.: antiespumante, inibidores
de corrosão, antedesgaste etc. Apesar de não existirem normas nem di-
retrizes legais que definam a compatibilidade de um fluido com o meio
ambiente, já se verifica, na prática, a utilização dos fluidos não poluentes.
Ex.: biodegradáveis.

Viscosidade
É a resistência do fluido ao escoar, ou seja, se um fluido escoa facilmen-
te, sua viscosidade é baixa, pode-se dizer que o fluido é fino ou pouco
encorpado. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta viscosidade,
é grosso ou muito encorpado. Resumindo, viscosidade é uma medida
inversa a de fluidez.

Métodos para definição da viscosidade


Alguns métodos para definir a viscosidade, em ordem de exatidão de-
crescente são: viscosidade absoluta (Poise); viscosidade cinemática em
centistokes; viscosidade relativa em S.U.S e SAE. Para efeito prático, na
maioria dos casos, a viscosidade relativa já é suficiente. Determina-se a
viscosidade relativa cronometrando-se o escoamento de uma dada quan-
tidade de fluido, através de um orifício calibrado, a uma determinada
temperatura. Observe a imagem:

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 67


▪▪ Viscosímetro de Saybolt

Figura 66 – Viscosímetro de Saybolt


Fonte: Parker (2008, p. 5).

▪▪ Número SAE

Os números SAE foram estabelecidos pela Sociedade Americana dos


Engenheiros Automotivos para especificar as faixas de viscosidade SUS
do óleo, às temperaturas de testes SAE.
Os números de inverno (5W, 10W, 20W) são determinados pelos testes
a 0°F (-17°C). Os números para óleo de verão (20, 30, 40, 50 etc.) desig-
nam a faixa SUS a 212°F (100°C).

▪▪ Viscosidade ISO VG

O sistema ISO estabelece o número médio para uma determinada faixa


de viscosidade cinemática (cSt), a temperatura de 40°C. Existem, ainda,
outras unidades, porém, não vemos como necessário estudarmos, no
nosso contexto. Usando a tabela seguinte podemos converter um valor
em centistokes para segundos Saybolt Universal.

68 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Viscosidade cinemática, cSt
Ponto médio de Equivalência
ISO standard 3448
viscosidade aproximada
ASTM D-2422 mínimo máximo
cSt SUS

ISO VG 2 2,2 1,98 2,42 32


ISO VG 3 3,3 2,88 3,52 36
ISO VG 5 4,6 4,14 5,06 40
ISO VG 7 6,8 6,12 7,48 50
ISO VG 10 10 9,00 11,0 60
ISO VG 15 15 13,5 16,5 75
ISO VG 22 22 19,8 24,2 105
ISO VG 32 32 28,8 35,2 150
ISO VG 46 46 41,4 50,6 215
ISO VG 68 68 61,2 74,8 315
ISO VG 100 100 90,0 110 465
ISO VG 150 150 135 165 700
ISO VG 220 220 198 242 1000
ISO VG 320 320 288 352 1500
ISO VG 460 460 414 506 2150
ISO VG 680 680 612 748 3150
ISO VG 1000 1000 900 1100 4650
ISO VG 1500 1500 1350 1650 7000
Tabela 7 – Conversão de Unidades de Viscosidade
Fonte: Parker (2008, p. 24).

▪▪ Índice de viscosidade – IV

O índice de viscosidade é uma medida relativa da mudança de viscosi-


dade de um fluido como consequência das variações de temperatura.
Um fluido que tem uma viscosidade relativamente estável, a temperatu-
ras extremas, tem um alto índice de viscosidade (IV). Um fluido que é
espesso quando frio e fino quando quente, tem um baixo IV. A tabela
abaixo mostra uma comparação entre um fluido de IV 50 e um de IV 90:

Comparação das viscosidades em 3 temperaturas:

IV (-17ºC) 0º F (37ºC) 100ºF (100ºC) 210ºF

50 12.000 SUS 150 SUS 41 SUS

90 8.000 SUS 150 SUS 43 SUS


Tabela 8 – Índice de Viscosidade
Fonte: SAGGIN (2004, p. 37).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 69


No reservatório, encontraremos a
Nota-se que o óleo de 90 IV é mais fino a -17°C e mais espesso a tampa de inspeção, bocal de en-
100°C, porém, ambos têm a mesma viscosidade a 37°C. chimento, respiro, visor de nível e,
no seu interior, a placa defletora
(chicana) que tem a função de re-
duzir a turbulência e evitar que o
fluido de retorno seja succionado
Seção 2 sem antes ter circulado pelo reser-
Reservatório vatório para trocar calor e decan-
tar impurezas.
Sua principal função é armazenar o fluido hidráulico e, como regra geral
(prática), deve conter duas a três vezes a vazão da bomba. Conectados ao Os reservatórios podem ser:
reservatório encontraremos linhas de sucção, retorno e dreno. Quando
as linhas não possuírem filtros nas extremidades, devem ser cortadas a ▪▪ aberto: quando a pressão no
45° e montadas para a parede do reservatório, facilitando o fluxo normal interior do mesmo for igual à
do fluido. pressão atmosférica;

▪▪ pressurizado: quando a
pressão no interior do mesmo for
maior que a pressão atmosférica.

Figura 67 – Reservatório
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 76).

70 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Simbologia

Reservatório aberto

Reservatório pressurizado

Seção 3
Bombas hidráulicas
Bombas hidráulicas são componentes utilizados para fornecer vazão ao
sistema, fornecendo energia necessária ao fluido.

Bomba de deslocamento não positivo


São, também, chamadas de roto dinâmicas, não possuem vedação mecâ-
nica entre a entrada e a saída, um pequeno aumento da pressão reduz a
vazão na saída. Exemplo: bombas centrífugas que possuem fluxo radial.
Existem, também, as que possuem fluxo axial e são constituídas por uma
hélice rotativa.

Fluxo Radial - Centrífuga Fluxo Axial - Hélice Fluxo Misto - Turbina

Figura 68 – Bombas Hidráulicas


Fonte: Vickers (1983 p. 11-1).

Características das bombas hidráulicas


▪▪ vazão uniforme;
▪▪ dimensões reduzidas;
▪▪ baixo custo de manutenção;
▪▪ ausência de válvulas;

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 71


▪▪ apresentam menores vibra- Características das bombas de deslocamento positi-
ções;
vo
▪▪ trabalham com fluidos conta-
minados; ▪▪ Rendimento de 80 a 85%;
▪▪ baixo poder de sucção; ▪▪ Pressão típica de 250 Kgf/cm2;
▪▪ necessidade da retirada do ar ▪▪ Deslocamento típico de 250 cm3/r;
(escorva); ▪▪ Compacta e de pouco peso;
▪▪ baixo rendimento (60%); ▪▪ Geralmente ruidosa;
▪▪ desaconselhável para pequenas ▪▪ Baixo custo;
vazões e elevadas pressões.
▪▪ Apenas deslocamento fixo, boa resistência à contaminação;
▪▪ Pouca possibilidade de manutenção;

Bombas de desloca- ▪▪ Resistente aos efeitos da cavitação.


mento positivo
Nestas, existe vedação entre a Simbologia
entrada e a saída; teoricamente,
fornecem vazão independente da
pressão. Basicamente, possuem
três tipos construtivos:, engrena-
gens, palhetas e pistões.
Bomba de deslocamento fixo unidirecional.

Bomba de engrena- Bomba de palhetas


gem
As bombas de palheta produzem uma ação de bombeamento, fazendo
Com o desengrenamento das en- com que as palhetas
grenagens, o fluido é conduzido acompanhem o contorno de um anel. Seu mecanismo de bombeamento
da entrada para a saída, nos vãos é composto de um rotor, palhetas, anel e placas com aberturas de entra-
formados pelos dentes das engre- das e saídas, além do mecanismo de ajuste de pressão e vazão.
nagens e as paredes internas da
carcaça da bomba. Com o reen-
grenamento, o fluido é forçado
para a saída.

Figura 69 – Bomba de Engrenagem


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 72).

72 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Bomba de palhetas de vazão variável com compensação de
pressão

Figura 70 – Bomba de Palheta


Fonte: Racine (1987, p. 141).

Características das bombas de palhetas


▪▪ Rendimento 75 a 80%;
▪▪ Deslocamento típico 100 cm3/r;
▪▪ Pressão de trabalho: até 210 kgf/cm² - bombas de vazão fixa e 70
kgf/cm² - bombas vazão variável;
▪▪ Montagem múltipla e simples;
▪▪ Possuem controle de vazão e pressão;
▪▪ Baixo custo e pouca tolerância às impurezas;
▪▪ Pouco ruidosa e vazão uniforme.

Simbologia

Bomba de deslocamento variável unidirecional com


Bomba de deslocamento fixo unidirecional.
compensação de pressão.

Bombas de pistões
Estas bombas geram uma ação de bombeamento, devido ao desloca-
mento de pistões no interior de um tambor cilíndrico.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 73


Bombas de pistões de Simbologia
eixo inclinado
Bomba de
Bomba de deslocamento deslocamento
Bomba de
variável unidirecional variável
deslocamento fixo
com compensação de bidirecional com
unidirecional.
pressão. compensação de
pressão.

Figura 71 – Bomba de Pistões


Fonte: Racine (1987, p. 144).

Como qualquer equipamento elétrico ou mecânico, requer uma série


Bombas de pistões de de cuidados para garantir uma vida útil mais longa. Para isso, devemos
placa inclinada alinhar, corretamente, o motor de acionamento à bomba e utilizar aco-
plamentos flexíveis. O sentido de rotação e a retirada do ar da bomba
(escorva) deverão ser observados, com atenção, sob pena de danificar a
bomba em pouco tempo.

Cavitação
Para cada líquido, numa determinada temperatura, existe uma pressão,
abaixo da qual se inicia sua vaporização. A essa pressão dá-se o nome de
pressão de vapor do líquido. Se isso ocorrer na sucção de uma bomba,
Figura 72 – Bomba de Pistões o líquido irá vaporizar, parcialmente, sob forma de bolhas de vácuo que,
Fonte: Racine (1987, p. 145). ao serem arrastadas pelo rotor para uma zona de maior pressão, irão se
condensar, bruscamente, provocando uma erosão no rotor. Para evitar a
cavitação, podemos proceder das seguintes maneiras:
Características das ▪▪ diminuir a perda de carga na linha de sucção;
bombas de pistões de ▪▪ aumentar a pressão do reservatório;
placa inclinada ▪▪ reduzir a rotação da bomba;

▪▪ Rendimento que gira em torno ▪▪ reduzir a distância entre a bomba e o reservatório;


de 95%; ▪▪ redimensionar tubulações.
▪▪ Deslocamento típico 500 Aeração
cm3/r;
É a entrada de ar na bomba. Este fenômeno é similar ao da cavitação,
▪▪ Alta eficiência total. Podem
inclusive seus efeitos sobre a bomba e demais componentes do sistema,
ser de vazão fixa ou variável;
diferindo-se, apenas, que nesta ocorre a formação de bolhas de ar e não
▪▪ São as que menos toleram de vácuo. A condição de aeração, também, é detectada pelo elevado ruí-
impurezas; do metálico. Quando há aeração, as medidas a ser tomadas são:
▪▪ Pressão típica 700 bar; ▪▪ verificar se as ligações entre os componentes da linha de sucção
▪▪ Possibilidade de montagem estão bem vedadas;
múltipla. Compacta. ▪▪ evitar que a bomba arraste fluido com bolhas de ar do reservatório.

74 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Bombas em série Seção 4
Quando a bomba hidráulica tem Filtros para sistemas hidráulicos
baixo poder de sucção, instala-se
uma bomba auxiliar (Bomba de Tem a função de reter as partículas insolúveis do fluido. Os filtros, bem
carga) cuja função é alimentar a como os elementos filtrantes, podem ser de diversos tipos e modelos. É
bomba principal. recomendável que o filtro seja dimensionado para permitir a passagem
por três vezes da vazão da bomba.

Figura 73 - Bombas em Paralelo

São utilizadas, em casos onde se


necessita de duas velocidades em
atuadores, uma rápida e outra len-
ta. O rápido com pouca força e o
lento com grande força. Se apli-
ca, também, em casos de sistemas
com circuitos independentes.

Figura 74 – Filtros para Sistemas Hidráulicos


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 79).

Visibilidade da contaminação
O menor limite de visibilidade para o olho é de 40 mícron. Em outras
palavras, uma pessoa normal pode enxergar uma partícula que mede 40
mícron, no mínimo. Isto significa que, embora uma amostra de fluido
hidráulico pareça estar limpa, ela não está, necessariamente, limpa.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 75


Figura 75 – Visibilidade da Contaminação
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 82).

Tipos de filtros
▪▪ Filtro de sucção - 100 a 150 mícron, montados entre o reservatório
e a bomba.

▪▪ Filtro de pressão - 0,1 a 20 mícron são filtros montados antes de


alguns componentes que requeiram um grau de filtragem mais apurado
como: servo-válvulas, motores de pistões axiais, válvulas proporcionais,
entre outros.

76 CURSOS TÉCNICOS SENAI


▪▪ Filtro de retorno - 40 a 80 mícron, são os filtros montados na linha
de retorno do fluido para o reservatório.

Folga típica de componentes hidráulicos

Componente Mícrons
Rolamentos antifricção de rolos e esferas 0,5
Bomba de palheta 0,5-1
Bomba de engrenagem (engrenagem com a tampa) 0,5-5
Servo válvulas (carretel com a luva) 1-4
Rolamentos hidrostáticos 1-25
Rolamentos de pistão (pistão com camisa) 5-40
Servo-válvulas 18-63
Atuadores 50-250
Orifício de servo-válvula 130-450

Tabela 9 – Folga típica de componentes hidráulicos


Fonte: Parker (2008, p. 25).

Razão beta
O grau do meio filtrante, expresso em razão beta, indica a eficiência
média de remoção de partículas. A razão beta é definida pela equação a
seguir:

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 77


Seção 5
Válvulas direcionais
Razão Beta = nº de partículas do lado não filtrado São constituídas de um corpo
nº de partículas do lado filtrado com ligações internas que são
conectadas e desconectadas por
uma parte móvel, o carretel. Para
identificar a simbologia de uma
Exemplo: válvula devemos considerar o nú-
mero de posições, vias, posição
50000
normal e o tipo de acionamento.
Β= =5
10000

1
Eficiência = (1 − ) x100
Β

1
Eficiência = (1 − ) x100 = 80%
5

Para uma razão beta menor que 75, temos um filtro nominal (baixa efi-
ciência) e para uma razão b,eta maior ou igual a 75 temos um filtro ab-
soluto (alta eficiência).

Indicadores de impurezas
Um indicador de impurezas mostra a condição de um elemento filtrante.
Ele indica quando o elemento está limpo, quando precisa ser trocado ou
se está sendo utilizado o desvio.

Sinal Elétrico Indicador Óptico

Figura 76 – Indicadores de Impurezas


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 80).

78 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 77 – Válvulas Direcionais
Fonte: Parker. (2008, 71).

▪▪ Válvula direcional 4/3 vias acionada por solenóide, centrada por


molas, com centro fechado.
▪▪ Número de posições: identificamos pelo número de quadrados da
simbologia e devemos saber que, para ser uma válvula direcional, deve
ter, no mínimo, duas posições.

Número de vias: corresponde ao número de cone-


xões úteis que uma determinada válvula possui

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 79


Tipos de acionamentos: manual ou automático Para facilitar a instalação, as vál-
vulas direcionais são, normalmen-
te, montadas em placas e, estas,
conectadas às tubulações. Segue,
abaixo, as configurações padroni-
zadas de furações.

Tipos de centro: aberto ou fechado

Sobreposição de comando nas válvulas direcionais de carretel deslizante.


Conforme o tipo de êmbolo de comando, ao serem comutadas as vál-
vulas para outra posição de comando, as conexões são fechadas ou in-
terligadas, durante um determinado tempo. Isto é denominado de so-
breposição positiva ou negativa de comando. Sobreposição positiva é
onde todas as conexões fecham-se durante a comutação. Sobreposição
negativa é quando, durante a comutação, todas as conexões estão inter-
ligadas durante um pequeno tempo.

Figura 78 – Sobreposição de Comando


Fonte: Festo Didactic (2001, p. 108).

80 CURSOS TÉCNICOS SENAI


O solenóide é constituído, ba-
sicamente, de um núcleo fixo,
um núcleo móvel, mola de re-
torno e bobina. Quando o so-
lenóide está desenergizado o
núcleo móvel é mantido, atra-
vés da ação de uma mola de re-
torno, afastado do núcleo fixo.
Figura 79 – Configurações Padronizadas de Furações
Fonte: Parker (2008, p. 72).

Figura 80 – Relação entre Tamanho Nominal e Vazão


Fonte: Parker (2008, p. 74).

Solenóides
Como visto, anteriormente, solenóides são componentes eletromecâni-
cos, que transformam energia elétrica em energia mecânica linear. Nos
sistemas hidráulicos e pneumáticos, os solenóides que têm sido, tradi-
cionalmente, utilizados, são do tipo digital. Como a denominação deixa
clara, estes solenóides possuem duas posições de equilíbrio, totalmente
energizado ou totalmente desenergizado. O princípio de operação dos
solenóides, independente do seu tipo construtivo, é bastante similar, po-
dendo ser resumido da seguinte forma:

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 81


O primeiro inconveniente é a excessiva geração de calor no solenóide,
especialmente para solenóides alimentados com corrente alternada e que
operam em equipamentos com uma frequência de acionamentos muito
grande, havendo o risco de queima do solenóide. O segundo inconve-
niente é a necessidade da vedação dinâmica, entre o pino de acionamen-
to e o corpo da válvula, o que pode permitir eventuais vazamentos de
Figura 81 – Válvula Direcional Hidráu- fluido hidráulico para o interior do solenóide e, daí, para o seu exterior.
lica com Acionamento Direto (em
Repouso)
Fonte: Rexroth (2005, p. 168).

Quando é aplicada uma corren-


te elétrica à bobina, esta gera um
campo magnético, o qual atrai o
núcleo móvel que, por sua vez,
desloca o carretel da válvula, dan-
Figura 83 – Solenóide em Banho de Óleo e a Seco
do nova direção ao fluxo do flui-
Fonte: Festo Didactic (1986, p. 42).
do.

Para eliminar este problema, outra concepção de solenóide foi desenvol-


vida, denominado solenóide em banho de óleo. Nesta concepção, o pino
de acionamento e o núcleo móvel estão imersos no fluido hidráulico que
circula através da válvula, estando bobina e núcleo fixos, isolados do
fluido hidráulico, atravwés de um tubo aparafusado no corpo da válvula.
Com esta concepção, é permitido um escoamento contínuo do fluido
hidráulico em torno do núcleo móvel, melhorando a dissipação do calor
gerado na bobina.

Figura 82 – Válvula Direcional Hidráuli- Válvula direcional hidráulica pré-operada


ca com Acionamento Direto (acionada) São válvulas de tamanho nominal grande e de elevada potência hidráu-
Fonte: Rexroth (2005, p. 168).
lica (P x Q), onde uma válvula pequena, comandada por solenóides, é
acionada, deslocando o carretel o qual permite a passagem do óleo que
irá deslocar o êmbolo da válvula principal. Por esse motivo, são chama-
Dentre os solenóides convencio- das de válvulas de duplo acionamento ou eletro-hidráulicas.
nais existem dois tipos construti-
vos básicos: solenóides a seco, e
os solenóides em banho de óleo.
Quanto ao sinal de alimentação,
podem ser alimentados com cor-
rente contínua ou alternada, em
diversos níveis de tensão.
Os solenóides a seco receberam
esta denominação porque todo
o solenóide é isolado do fluido
hidráulico e, portanto, o núcleo
móvel se desloca através de um
espaço de ar quando o solenói-
de é energizado. Estes solenóides
tiveram seu desenvolvimento e
aplicação anterior aos solenóides Figura 84 – Válvula Direcional Hidráulica Pré-Operada
em banho de óleo, encontrando Fonte: Rexroth (2005, p. 171).
aplicação até os dias atuais, apesar
de apresentarem alguns inconve-
nientes.
82 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Seção 6
Atuadores
Os atuadores possuem, como função, a conversão de energia hidráulica
em energia mecânica linear ou rotativa, dependendo de seu tipo cons-
trutivo. Veremos, a seguir, os atuadores mais comuns, encontrados na
indústria.
Atuador linear de dupla ação: realiza trabalho nos dois sentidos (avanço
e retorno).

Figura 85 – Atuador Linear de Dupla Ação


Fonte: Racine (1987, p. 77).

Amortecimento de fim de curso


O amortecimento consiste de coxins* junto ao êmbolo que, ao chega-
rem próximo do fim do curso, encontrarão uma câmara reduzida,
associado a uma válvula de estrangulamento para a regulagem.

Figura 86 – Amortecimento de Fim de Curso


Fonte: Rexroth (2005, p. 119).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 83


Simbologia dos atuadores lineares

Os componentes internos dos


motores e das bombas trabalham

84 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 94 – Reguladora de Vazão Unidirecional
▪▪ Controle na saída (meter
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 134).
out) - controla o fluxo que sai
do atuador. É usado onde a
carga tende a fugir do atuador
Válvula reguladora de vazão com compensação de
ou deslocar-se na mesma direção
pressão. deste.
Podemos encontrar esta válvula com o compensador de pressão antes
ou depois do estrangulamento. O compensador tem a função de manter
o diferencial de pressão constante, antes e depois do estrangulamento,
garantido, assim, uma vazão constante na saída da válvula, mesmo com
alterações de pressão na entrada da válvula.

▪▪ Controle em desvio (bleed


off) - a válvula é instalada na
linha de pressão através de um
“T” e a velocidade é controlada
desviando-se parte do fluxo da
bomba ao tanque.
Figura 95 – Reguladora de Vazão Unidirecional com Compensação de Pressão
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 135).

Métodos de controle
▪▪ Controle na entrada (meter in) - controla o fluxo que entra no
atuador. É usado onde a carga resiste ao movimento do atuador.

88 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Não deve ser aplicado onde a carga tende a fugir do atuador. Tem a
vantagem da bomba não sobrecarregar. A desvantagem está na menor
precisão de controle. O fluxo, em excesso, volta ao tanque através da
V.R.V. e não através da válvula de alívio.

Seção 9
Válvulas reguladoras de Pressão
As válvulas reguladoras de pressão controlam a pressão do sistema. A
maioria é de posicionamento infinito, ou seja, pode assumir diversas po-
sições, desde totalmente aberta até totalmente fechada. Podem ser:

▪▪ válvula de alívio ou limitadoras de pressão (segurança);


▪▪ válvula de descarga;
▪▪ válvula de sequência;
▪▪ válvula redutora de pressão;
▪▪ válvula de contrabalanço, entre outras.

Válvula reguladora de pressão de ação direta

Figura 96 – Válvula Reguladora de Pressão de Ação Direta


Fonte: Parker (2008, p. 109).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 89


Válvula reguladora de pressão de ação indireta

Figura 97 – Válvula Reguladora de Pressão de Ação Indireta


Fonte: Parker (2008, p. 112).

Válvula redutora de pressão de ação indireta

Figura 98 – Válvula Redutora de Pressão de Ação Direta


Fonte: Rexroth (2005, P. 205).

90 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 94 – Reguladora de Vazão Unidirecional
▪▪ Controle na saída (meter
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 134).
out) - controla o fluxo que sai
do atuador. É usado onde a
carga tende a fugir do atuador
Válvula reguladora de vazão com compensação de
ou deslocar-se na mesma direção
pressão. deste.
Podemos encontrar esta válvula com o compensador de pressão antes
ou depois do estrangulamento. O compensador tem a função de manter
o diferencial de pressão constante, antes e depois do estrangulamento,
garantido, assim, uma vazão constante na saída da válvula, mesmo com
alterações de pressão na entrada da válvula.

▪▪ Controle em desvio (bleed


off) - a válvula é instalada na
linha de pressão através de um
“T” e a velocidade é controlada
desviando-se parte do fluxo da
bomba ao tanque.
Figura 95 – Reguladora de Vazão Unidirecional com Compensação de Pressão
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 135).

Métodos de controle
▪▪ Controle na entrada (meter in) - controla o fluxo que entra no
atuador. É usado onde a carga resiste ao movimento do atuador.

88 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Não deve ser aplicado onde a carga tende a fugir do atuador. Tem a
vantagem da bomba não sobrecarregar. A desvantagem está na menor
precisão de controle. O fluxo, em excesso, volta ao tanque através da
V.R.V. e não através da válvula de alívio.

Seção 9
Válvulas reguladoras de Pressão
As válvulas reguladoras de pressão controlam a pressão do sistema. A
maioria é de posicionamento infinito, ou seja, pode assumir diversas po-
sições, desde totalmente aberta até totalmente fechada. Podem ser:

▪▪ válvula de alívio ou limitadoras de pressão (segurança);


▪▪ válvula de descarga;
▪▪ válvula de sequência;
▪▪ válvula redutora de pressão;
▪▪ válvula de contrabalanço, entre outras.

Válvula reguladora de pressão de ação direta

Figura 96 – Válvula Reguladora de Pressão de Ação Direta


Fonte: Parker (2008, p. 109).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 89


Válvula reguladora de pressão de ação indireta

Figura 97 – Válvula Reguladora de Pressão de Ação Indireta


Fonte: Parker (2008, p. 112).

Válvula redutora de pressão de ação indireta

Figura 98 – Válvula Redutora de Pressão de Ação Direta


Fonte: Rexroth (2005, P. 205).

90 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Exemplo de circuito utilizando válvula limitadora de pressão Características
(alívio) e válvulas de sequência
Não apresenta vazamentos, pos-
sui rapidez nas respostas, pode
trabalhar lentamente, possui co-
mandos suaves, é versátil e possui
vários tamanhos.
B B

A
Y
A
Y
Exemplos de aplicação:

A B
▪▪ retenção de A para B;
S2
▪▪ retenção de B para A;
S1

P T
▪▪ retenção pilotada.
M

Figura 99 – Exemplo de Aplicação


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).

Seção 10
Elemento Lógico
É um elemento versátil, pois pode ser usado como:
▪▪ válvula direcional;
▪▪ válvula reguladora de vazão;
▪▪ válvula de retenção simples ou pilotada;
▪▪ válvula reguladora de pressão;
▪▪ entre outras funções combinadas.

Figura 100 – Elemento Lógico


Fonte: Parker (2008, p. 146).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 91


Válvula reguladora de
pressão

Figura 101 – Exemplos de Aplicação


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).

Limitando-se a elevação do cone principal, o elemento lógico passa a


exercer a função de uma válvula reguladora de vazão.

Figura 104 – Elemento Lógico como


Válvula Reguladora de Pressão
Fonte: Parker (2008, p. 149).

Válvula reguladora de
pressão com despressuri-
zarão por solenóide

Figura 102 – Elemento Lógico como Válvula Reguladora de Vazão


Fonte: Parker (2008, p. 148).

Válvula reguladora de vazão

Figura 103 – Exemplos de Aplicação


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).

Figura 105 – Elemento Lógico como


Válvula Reguladora de Pressão
Fonte: Parker (2008, p. 149).

92 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Exemplo de aplicação Seção 11
Trocador de calor
Os sistemas hidráulicos se aque-
cem devido ao escoamento de
óleo, pressão, entre outros fatores.
Se o reservatório não for suficien-
te para manter o fluido à tempera-
tura normal de trabalho, ocorrerá
um superaquecimento. Para evitar
isso, são utilizados resfriadores ou
trocadores de calor. Os modelos
mais comuns são ar-óleo e água-
óleo. Veja!

Figura 106 – Exemplo de Aplicação


Fonte: Parker (2008, p. 150).

Sequência de funcionamento elétrico:


▪▪ Posição de repouso: S1, S2 desligados.
▪▪ Avanço: S1 ligado.
▪▪ Retorno: S2 ligado.

Figura 107 – Elemento Lógico como Válvula Reguladora de Vazão


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 93


Trocador de calor ar-óleo

Figura 111 – Acumuladores


Fonte: Adaptado de Parker (2008, p.
137).

Existem acumuladores de peso,


Figura 108 – Trocador de Calor Ar-Óleo de mola, de pistão, de membrana
Fonte: SAGGIN (2004, p. 54). e de bexiga. Dentre os tipos ci-
tados, os de peso e de mola são
Simbologia Simbologia pouco aplicáveis na indústria. Os
mais aplicáveis são os que utili-
zam o gás nitrogênio. O nitrogê-
nio é utilizado, devido às suas ca-
racterísticas de estabilidade com
relação à pressão, ser inerte, não
oferecer perigo de explosão e não
atacar os diversos tipos de elastô-
meros.

Figura 109 – Trocador de calor água-óleo


Quando há necessidade de acu-
Seção 12 mular grandes quantidades de
Acumuladores óleo, de 15 a 80 litros, utilizam-
se acumuladores de êmbolo. Para
volumes menores, de 1 a 30 litros,
Os acumuladores armazenam
utilizam-se acumuladores flexíveis
certo volume de fluido sob pres-
ou elásticos, de membrana ou be-
são para fornecê-lo ao sistema,
xiga. Estes acumuladores se ca-
quando necessário e podem cum-
racterizam por possuírem estan-
prir as seguintes funções:
queidade absoluta.

Figura 110 – Trocador de Calor Água- ▪▪ como equipamento auxiliar de


Óleo emergência;
Fonte: SAGGIN (2004, p. 54).
▪▪ como amortecedor de panca-
das hidráulicas;
▪▪ para aumentar a velocidade de
um atuador; entre outras.

94 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 13
Intensificador de
pressão
Os intensificadores de pressão
(boosters) são dispositivos que con-
vertem fluído à baixa pressão em
fluido à alta pressão, isto é, inten-
sificam a pressão de um sistema
hidráulico.
Figura 112 – Acumuladores de Pistão, Bexiga e Membrana
Fonte: SAGGIN (2004, p. 56).

Simbologia

Acumulador à Acumulador
Acumulador Acumulador
gás (símbolo de
de pistão de bexiga
geral) membrana

Exemplo de circuito com aplicação de acumulador hidráulico

Figura 113 – Exemplo de Aplicação


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 95


Pressostatos
São elementos que convertem
sinal de pressão em sinal elétri-
co. São muito usados no moni-
toramento de pressão máxima e
mínima, em sistemas industriais
hidráulicos. Também, são utiliza-
dos para a emissão de sinais nos
processos de automação, quando
a grandeza medida for pressão.
Atualmente, os mais comuns são
os pressostatos mecânicos e os
eletrônicos.
Figura 114 Intensificadores de Pressão
Fonte: SAGGIN (2004, p. 58).

Seção 14
Instrumentos de medição e controle
São acessórios usados para avaliar e/ou controlar o rendimento dos sis-
temas hidráulicos (pressão, temperatura, nível vácuo, vazão, entre ou-
tros). Os principais instrumentos empregados na hidráulica são:

Manômetros
São equipamentos utilizados para medir pressão. Podemos encontrá-los
de diversas formas construtivas, mas, os mais comuns, são: manômetro
de Bourdon, que pode ser a seco ou em banho de glicerina, para amorte-
cer as vibrações e lubrificar o manômetro e o manômetro digital.

Figura 115 – Manômetros


Fonte: Parker (2008, p. 43).

96 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 117 – Transmissor de Pressão
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 80).

Indicadores e controladores de nível e temperatura


São equipamentos instalados no reservatório e podem ser de leitura lo-
cal, como os indicadores de nível e temperatura ou de leitura remota
Figura 116 – Pressostatos analógica que, além de indicarem, localmente, o valor das grandezas me-
Fonte: Rexroth (2005, p. 263). didas, podem enviar sinais padronizados para posterior processamento.

Transdutores eletrôni-
cos de pressão

São dispositivos que geram um


sinal elétrico analógico, propor-
cional ao valor da pressão à que
são submetidos. Este dispositivo
vem sendo, largamente, utilizado
em aplicações como monitoração
e/ou controle de processos en-
volvendo pressão, forças de cilin-
dros, nível de líquidos etc. O sinal
de saída gerado pelo transmissor
pode ser em corrente e/ou em
tensão.

Figura 118 – Indicadores e Controladores de Nível e Temperatura


Fonte: Parker (2008, p. 46).

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 97


Finalizando
Em muitas situações, os sistemas hidráulicos e pneumáticos são subutilizados ou utilizados de
forma incorreta, pela falta de informações claras e objetivas que proporcionem, aos técnicos,
o acesso aos conhecimentos, permitindo a otimização do potencial das máquinas e equipa-
mentos em geral.

Com o material apresentado, acreditamos ter alcançado o objetivo proposto, pois, com os
conhecimentos de hidráulica e pneumática apresentados, você estará preparado para desen-
volver circuitos industriais com embasamento teórico e prático.

Bons estudos!

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 99


Referências
▪▪ COEL. Contador digital de impulso HCW1840. 2010. Disponível em: <http://www.
coel.com.br/produtos.asp>. Acesso em: 08 mar. 2010.

▪▪ FAMIC Automation Studio 2009. Version 5.6: Famic Technologies Inc, 2009. 1. CD-ROM.

▪▪ FARGON. Rede de distribuição de ar. 2010. Disponível em: <http://www.fargon.


com.br/catalogos/manual_tratamento_ar.pdf>. Acesso em: 08 mar. 2010.

▪▪ FESTO DIDACTIC. Introdução a sistemas eletropneumáticos e eletro-hiráulicos.


São Paulo: Festo Didactic, 2001. 162 p.

▪▪ ______. Introdução à hidráulica proporcional. São Paulo: Festo Didactic, 1986. 206 p.

▪▪ HOWDEN. Figure 1: Unidade integrada de compressor de parafusos. 2010. Disponível


em: <http://www.howden.com/pt/Library/HowThingsWork/Compressors/ScrewCom-
pressor.htm>. Acesso em: 10 jan. 2010.

▪▪ METALTEX. Relé. 2009. Disponível em: <http://www.metaltex.com.br/downloads/


OP.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2009.

▪▪ ______. Chaves de fim de curso FM7121. 2010. Disponível em: <http://www.metal-


tex.com.br/downloads/FM7.pdf>. Acesso em: 08 mar. 2010.

▪▪ PARKER. Hidráulica industrial: Apostila M 2001. Elyria, 2008. 232p.

▪▪ ______. Componentes para o vácuo: Catálogo 1111 BR 1998. Elyria, 1998.

▪▪ RACINE. Manual de hidráulica básica. 6. ed. Cachoeirinha-RS, 1987. 328p.

▪▪ REXROTH HIDRAÚLICA. Treinamento hidráulico. Diadema-SP: GrafiK Design,


2005. 278 p. (Volume 1).

▪▪ SAGGIN, Adagir (Org.). Técnicas de comandos eletro-hidro-pneumáticos. Blume-


nau-SC: SENAI/CTV, 2002. 68 p.

▪▪ SAGGIN, A. et. al. (Orgs.) Hidráulica e técnicas de comando. Florianópolis: SE-


NAI/SC, 2004. 102 p.

▪▪ ______. Pneumática e técnicas de comando. Florianópolis: SENAI/SC, 2004. 100 p.

▪▪ UGGIONI, Natalino. Hidráulica industrial. Porto Alegre-RS: Ed. Sagra Luzzatto,


2002. 131 p.

▪▪ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Controladores lógicos


programáveis. Rio de Janeiro: UERJ, 2009. 33 p.

▪▪ WEG. Dispositivos de Comando e Proteção. Jaraguá do Sul: WEG, 2002. 85 p.

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 101


Anexo
Anexo 1 – Simbologia dos Elementos Pneumáticos
Símbolos gráficos mais utilizados para componentes de sistemas pneumáticos segundo norma
ISO 1219-1.

Linhas de fluxo

Linha de trabalho e retorno

Linha de pilotagem

Indicação de conjunto de funções ou


componentes

Mangueira flexível

União de linhas

Linhas cruzadas e não conectadas

Possibilidade de regulagem (Inclinação


à 45°)

Direção do fluxo

Fluxo pneumático

Sentido de rotação

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 103


Fontes de energia

Motor elétrico

Motor térmico
Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Acoplamentos
Acoplamento

Acoplamento com proteção


Fonte : Software Automation Studio 5.6 (2009)

Compressores

Compressor de deslocamento fixo unidirecional


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Condicionadores de energia

Filtro

Separador com dreno manual

Separador com dreno automático

Filtro com separador e dreno manual

Desumidificador de ar

Lubrificador

Reservatório de ar

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

104 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Válvulas direcionais

3/2 vias

4/3 vias

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Métodos de acionamento

Detente ou trava

Manual

Mecânico (rolete)

Pedal

Alavanca

Botão

Mola

Solenóide

Piloto

Duplo acionamento

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 105


Conversores rotativos de energia

Motor de deslocamento fixo bidirecional

Osciladores

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Conversores lineares de energia

Simples ação ou simples efeito

Dupla ação ou duplo efeito

Haste dupla

Com amortecimento regulável

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Válvulas controladoras de vazão

Orifício fixo

Orifício variável

Orifício variável com retorno livre (by pass)

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

106 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Válvula de retenção

Simples

Válvula alternadora (elemento OU).

Válvula seletora (elemento E).

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Válvula reguladora de pressão

Alívio ou segurança

Redutora de pressão

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Instrumentos e acessórios
Manômetro

Vacuômetro

Termômetro

Medidor de vazão (rotâmetro)

Filtro

Registro fechado

Registro aberto

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 107


Anexo 2 - Simbologia dos Elementos Hidráulicos

Símbolos gráficos mais utilizados para componentes de sistemas hidráulicos (conforme nor-
ma ISO 1219).

Linhas de fluxo
Linha de trabalho e retorno

Linha de pilotagem (x)

Linha de dreno (y)

Mangueira flexível

União de linhas

Linhas cruzadas e não conectadas

Possibilidade de regulagem (Inclinação à 45°)

Direção do fluxo

Fluxo hidráulico

Sentido de rotação

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Fontes de energia/acoplamento

Motor elétrico

Motor térmico

Acoplamento

Acoplamento com proteção


Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

108 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Válvulas direcionais

Válvula direcional 3/2 vias

Válvula direcional 4/3 vias

Válvula direcional proporcional 4/3 vias'

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Métodos de acionamento

Detente ou trava

Manual

Mecânico (rolete)

Pedal

Alavanca

Botão

Mola

Solenóide convencional

Solenóide proporcional

Piloto

Duplo acionamento

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 109


Válvulas controladoras de vazão

Orifício fixo

Orifício variável

Orifício variável com retorno livre (by pass)

Com compensação de temperatura e pressão

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Válvula de retenção

Simples

Pilotada

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Válvula reguladora de pressão


Ação direta Ação indireta

Reguladora de pressão
(alívio)

Sequência

Redutora de pressão

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

110 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Reservatório

Aberto à atmosfera

Pressurizado

Acumulador à gás (símbolo genérico)

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Bombas

Bomba de deslocamento fixo unidirecional

Bomba de deslocamento variável unidirecional


com compensação de pressão

Bomba de deslocamento fixo bidirecional

Bomba de deslocamento variável bidirecional


com compensação de pressão

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 111


Motores, idêntico à simbologia das bombas, invertendo-se, somente, o triângulo interno

Motor de deslocamento fixo unidirecional

Osciladores

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

Atuadores lineares

Atuador linear de simples ação ou simples efeito

Atuador linear de dupla ação ou duplo efeito

Atuador linear de haste dupla

Com amortecimento regulável

Cilindro telescópio

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)

112 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Instrumentos e acessórios

Manômetro

Vacuômetro

Termômetro

Medidor de vazão (rotâmetro)

Pressostato

Transdutor de pressão

Termostato

Fluxostato

Visor ou indicador de nível

Filtro

Bocal de enchimento com filtro

Válvula de bloqueio

Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)


COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 113

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