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Inspeção em Caldeiras

Roberto Ferraboli Júnior


ROBERTO FERRABOLI JÚNIOR
Currículo resumido:
- Graduação: Engenharia Mecânica, FEI São Bernardo do Campo em
1985.
- Graduação: Tecnologia de Soldagem, FATEC SP em 1990.
- Pós Graduação: Mestrado em Eng Mecânica, foco Soldagem, Escola
Politécnica da USP em 1999.
- Pós Graduação: Doutoramento Eng Naval e Oceânica, foco em
Integridade Estrutural, Escola Politécnica da USP em 2005.
- Pós Graduação: Especialização em Gerenciamento Empresarial e
Tecnológico de Indústrias Químicas, Escola de Química da
Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2006.
- Pós Graduação: Especialização de Gestão de Projetos, Fundação
Getúlio Vargas em 2007.
- Experiência:
. 29 anos em Indústria de Processos, Química e Petroquímica.
Atuação em Engenharia, Inspeção de Equipamentos, Manutenção e
Melhoria Contínua.
. 06 anos Consultoria em Engenharia.
. 30 anos como docente em cursos de graduação e pós-graduação
abendi.org.br em Engenharia Mecânica e de Produção. 4
INSPEÇÃO EM CALDEIRAS

ROBERTO FERRABOLI JÚNIOR

Contato:

Tel: 11 972037557
E-mail: rferrabolijr@gmail.com
COMBINADOS

PARTICIPAÇÃO PONTUALIDADE
USO DO CELULAR, RÁDIO E COMPUTADOR
NOME
ESPECIALIDADE
PLANTA
TEMPO EMPRESA
EXPECTATIVA
“Uma reunião em que todos estão
absolutamente de acordo, é uma reunião
perdida”
Albert Einstein

“O que sabemos é uma gota, o que


ignoramos é um oceano.”
Isaac Newton
INSPEÇÃO DE CALDEIRAS
ASSUNTOS ASSUNTOS

GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR NORMALIZAÇÃO

RETORNO/RECIRCULAÇÃO DE CONDENSADO SISTEMAS DE SEGURANÇA

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LIMPEA QUÍMICA HIBERNAÇÃO

ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS ACIDENTES

MECANISMOS DE DANOS

INSPEÇÃO DE CALDEIRAS

REFRATÁRIOS

MANUTENÇÃO

AVALIAÇÃO DE VIDA RESIDUAL


NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES: INDÚSTRIAS DE PROCESSO
INDÚSTRIAS DE PROCESSO:
Matéria-prima (sólidos, líquidos ou gases) transforma-se física
ou quimicamente;
Exemplos:
▪ refinarias de petróleo
▪ indústrias petroquímicas
e químicas
▪ Alimentos
▪ farmacêuticas
▪ papel e celulose
▪ Térmicas
▪ Termoelétricas
▪ estações de extração de
petróleo e gás.
NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES: INDÚSTRIAS DE PROCESSO

• CLASSES DE
EQUIPAMENTOS: duas classes
de equipamentos: estáticos e
dinâmicos. Mais a Tubulação,
Instrumentação, Equipamentos
Elétricos.

Estáticos : vasos de pressão,


reatores, colunas de destilação,
trocadores de calor, tanques de
armazenamento, fornos,
caldeiras;
VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

Visualmente:
. gás pode ser semelhante ao vapor
. às vezes nos confundimos como se
fossem o mesmo estado físico
. os estados são muito diferentes
Vapor:
. substância em um estado de equilíbrio
com o seu líquido ou sólido
. para o vapor voltar ao estado líquido é
necessário diminuir a energia ou aumentar
sua pressão br.freepik.com

. um desses dois efeitos separadamente


pode causar o efeito
Gás:
. é um dos estados fluidos das substâncias
. para ser liquefeito é necesssário
diminuição de temperatura ou aumentar a
pressão, às vezes em conjunto oxicam gases
VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

soq.com.br
VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

Qual o motivo de utilizarmos o vapor de água na indústria ?

Relativamente fácil a sua distribuição Disponibilidade a grande distância

Larga utilização industrial com Tem excelente capacidade de


pressões de trabalho perfeitamente transporte de energia sob a forma de calor
toleráveis pela tecnologia disponível, já há Capacidade de ser superaquecido e
muito tempo enriquecido energeticamente
Fluxo em altas velocidades Totalmente reaproveitável

É gerado em equipamentos de alta Pode ser utilizado em circuito fechado


confiabilidade
Não é tóxico, é extremamente
Uso em amplo intervalo de pressão e limpo, não tem odor, é insípido
temperatura Fácil distribuição e controle Aspectos de segurança:
resfriamento e extinção de incêndio;
Transportador de energia eficaz
VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

Principais aplicações e características:

▪ Transporte de Energia Térmica

▪ Transformação de Energia Térmica em Trabalho


Mecânico, Turbinas a vapor (acionadores e
geradores de eletricidade)

▪ Fluido participante em Transferência de Calor,


Indústrias de Processo

▪ Velocidades usuais: entre 60 e 100 m/s


VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

Exemplos de Aplicação em Indústrias de Processo em Geral:


▪ Bebidas (limpeza, pasteurização)
▪ Papel, celulose e laminados (digestores, secagem de celulose
(cilindros rotativos e prensas)
▪ Curtumes (aquecimento, secagem (estufas), prensas, prensas a
vácuo)
▪ Laticínios (pasteurização, esterilização, concentradores, produção
de vácuo)

▪ Frigoríficos (estufas, digestores, nas prensas para extração de óleo)


▪ Doces (aquecimento de glicose, no cozimento sob pressão, em
estufas)
▪ Vulcanização e recauchutagem (vulcanização, prensas)
▪ Indústrias químicas (nas autoclaves, tanques de armazenamento,
reatores, vasos de pressão, trocadores de calor)
VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

Outros Exemplos de Aplicação:

▪ Têxtil (alvejamento e tingimento, estufas para secagem)


▪ Petróleo e derivados (refervedores, trocadores de calor, torres de
fracionamento, fornos de pirólise, vasos de pressão, nos reatores e
turbinas a vapor)
▪ Metalúrgica (cubas galvânicas, preparo de soluções de
produtos, químicos, secagem e pintura)

▪ Outros usos: Hospitais, hotéis, Lavanderias, Refeições industriais,



Calefação e Umidificação de ambientes
VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

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VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

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VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

UNISANTA Prof. Antonio Santoro


VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

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VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

UNISANTA Prof. Antonio Santoro


VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS

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VAPOR DE ÁGUA: ASPECTOS TERMODINÂMICOS
VAPOR DE ÁGUA SATURADO E SUPERAQUECIDO

• VAPOR SATURADO:
• estado em que o título é = 1,0;
• a massa do sistema é a massa de vapor no fim da transformação de fase;
• a pressão do estado termodinâmico é a de mudança de fase;
• qualquer decréscimo de energia provoca a condensação, e deixa o
vapor impróprio para o escoamento.

• VAPOR SUPERAQUECIDO:
• estado termodinâmico em que o Vapor Saturado recebe um grau de
elevação de energia à pressão de saturação;
• pode ser escoado sem grandes prejuízos à capacidade energética.
CALDEIRAS A VAPOR

VAPOR DE ÁGUA SATURADO E SUPERAQUECIDO

• Limite de temperatura de vapor saturado é o ponto crítico


(374C e 21,8 MPa);

• Não se utiliza vapor superaquecido a pressões e temperaturas


mais altas do que este limite, pela inviabilidade técnica (custo por
unidade de massa ou volume de vapor e tecnologia de
equipamentos).
CALDEIRAS A VAPOR

➢ Equipamentos que
produzem e
acumulam vapor sob
pressão superior à
atmosférica (saturado
ou superaquecido);
➢ Utiliza qualquer fonte
de energia,
excetuando-se
refervedores e outros
conjuntos de
similares utilizados
em unidades de
processo. pt.linkedin.com
CALDEIRAS A VAPOR

Para a NR-13:

➢ 13.4.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir


e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando
qualquer fonte de energia, projetados conforme códigos
pertinentes, excetuando-se refervedores e similares.
CALDEIRAS A VAPOR

➢ Gerador de vapor:
equipamentos
destinados a
produzir vapor sob
pressão superior à
atmosférica, sem
acumulação e não
enquadrados em
códigos de vasos de
pressão.

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CALDEIRAS A VAPOR

➢ Unidades instaladas em
veículos, tais como: mecanicaindustrial.com.br

caminhões e navios
deverão respeitar esta scielo.br

norma regulamentadora
nos itens que forem
aplicáveis e para os
quais não exista
normalização ou
regulamentação mais
específica.
CALDEIRAS A VAPOR

Não são caldeiras :

▪ Trocadores de
calor refervedores
ou TLE´S, em que o
projeto de
construção tem
critérios referentes
a vasos de
pressão;
CALDEIRAS A VAPOR

Não são caldeiras :

Trocadores de
calor refervedores
ou TLE´S, em que o
projeto de
construção tem
critérios referentes
a vasos de
pressão;
CALDEIRAS A VAPOR

Não são caldeiras :

▪ Serpentina sujeita
a chama direta
ou gases
aquecidos e que
geram, porém
não acumulam
vapor, tais como:
fornos, geradores
de circulação
forçada e outros;
CALDEIRAS A VAPOR

Motor a Vapor de
Newcomen:

▪ Reservatório
esférico com
aquecimento
direto, conhecida
como Caldeira
Haycock.
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

Basicamente as caldeiras para geração de vapor


de água são classificadas em dois grupos:
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO
Flamotubulares
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO
Aquatubulares
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO
Mistas

icavi.ind.br
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

FLAMOTUBULARES:
➢ tubos envolvidos por água líquida
pelo seu lado externo;
➢ tubos pelo lado interno flui gás de
combustão;
➢ Grande maioria das caldeiras;
➢ pequenas capacidades de
produção de vapor ( da ordem de
até 10 ton/h), à pressão máxima de
20 kgf/cm²;
➢ Normalmente não têm dispositivos
para economia e superaquecimento
de vapor, mas podem ser solicitados
em projetos especiais;
➢ Baixo rendimento e não eficaz;
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

FLAMOTUBULARES:

➢ A saída da fornalha é chamada câmara de reversão:


revestida por refratários ou constituída de paredes
metálicas molhadas;
➢ Câmara de reversão molhada = melhores rendimentos
térmicos: diminuição de perdas de calor ao ambiente;
➢ Câmara de reversão molhada = mais complicadas
construtivamente e consequentemente mais caras;
➢ Fornalhas dimensionadas para combustão completamente
no seu interior para não haver reversão de chama e
diminuição de vida útil;
➢ Fornalha é um corpo cilíndrico e está completamente
imersa em líquido;
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

FLAMOTUBULARES:

➢ As caldeiras modernas só queimam combustíveis líquidos ou


gasosos (dificuldade de instalação de grelhas para
remoção de cinzas);
➢ Há caldeiras de pequena capacidade que queimam
sólidos. Adaptam-se grelhas na fornalha. Limitação do
tamanho necessário da área de grelha;
➢ Grande aplicação = baixo custo de construção;
➢ A concepção limita a pressão de trabalho;
➢ A eficiência térmica está na faixa de 80 a 90%. É difícil serem
atingidos maiores valores = dificuldade de se acrescentar
equipamentos de recuperação de calor.
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

allboiler.com.br bairral.com.br
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

AQUATUBULARES:
➢ Vapor é gerado no interior dos tubos da
caldeira;
➢ No lado externo dos tubos há a passagem
de gases de combustão;
➢ Há as regiões de transferência de calor por
radiação e convecção;
➢ Há a possibilidade de se gerar vapor
superaquecido;
➢ Têm altas capacidades de geração, até
acima de 200t/h, a pressões superiores a
100 kgf/cm²;
➢ Os tubos desse tipo de caldeira interligam
dois reservatórios cilíndricos e horizontais
denominados tubulões (de líquido e de
vapor);
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

g.d.fernandes
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

AQUATUBULARES:
➢ Tubulão Superior, onde se dá a
separação da fase líquida e do
vapor;
➢ Tubulão Inferior, onde é feita a
decantação e purga dos sólidos em
suspensão do tratamento de água,
há somente líquido;
➢ A configuração física dos tubos
obedece à geometria da caldeira;
➢ São para aplicações de maior
capacidade de produção de vapor
e pressão;
➢ Aplicações a partir de onde o custo
de fabricação do outro tipo
começa a aumentar
desproporcionalmente;
TIPOS DE CALDEIRAS
EM INDÚSTRIAS DE
PROCESSO
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

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TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

AQUATUBULARES:
➢ Aplicação industrial: capacidade é entre 15 e 200 t/h, pressões entre
10 e 200 kgf/cm2;
➢ Circulação interna = bombas de alimentação de condensado e por
diferença de densidade entre o líquido e o vapor;
➢ A circulação se dificulta a pressões de trabalho próximas ao ponto
crítico. A densidade do líquido muito próxima à densidade do vapor;
➢ Câmara de combustão: tubos tangentes e interligados por aletas
soldadas, ou espaçados, com espaçamento preenchido por
refratário re-irradiante.
TIPOS DE CALDEIRAS EM INDÚSTRIAS DE PROCESSO

Mistas:
- A concepção é função da necessidade
de utilização de combustíveis sólidos em
caldeiras de média e baixa
capacidade de produção de vapor
- Agregam uma conjunção entre as
concepções aquatubular e
flamotubular
- São mais compactas (maior flexibilidade
na montagem e disposição)
- Projeto que limita as pressões e
temperaturas de geração
- Flexíveis com relação ao combustível
- Podem ser mais customizadas
- Podem ser projetadas com
economizadores e superaquecedores togawaengenharia.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
1 - Fornalhas para queima de combustíveis em suspensão ou sobre suporte:
- câmara de combustão, transferência de calor entre a chama e as superfícies
dos tubos das “paredes de água” (risers);
- sobre suporte são as que queimam combustíveis sólidos (carvão, lenha) a
granel, grosseiramente divididos, picados ou britados;
- suporte estático ou em movimento (alimentação contínua);
- em suspensão há a queima de combustíveis líquidos, gasosos ou sólidos
pulverizados;
- o elemento responsável pela queima de combustíveis líquidos ou gasosos é o
maçarico do queimador;
- combustíveis sólidos são preparados em granulometria definida e
transportados para o interior da fornalha;
- disposição dos queimadores na fornalha.
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
Paredes de Água
- grandes caldeiras possuem fornalhas resfriadas por água (paredes de água)
que podem absorver até 60 % do calor transmitido;
- são tubos verticais que interligam o coletor superior com o inferior, ou os
tubulões superior e inferior;
- projetos econômicos de câmara de combustão devem conjugar o menor
volume possível capaz de propiciar queima completa do combustível e
direcionar os gases quentes para o restante da caldeira;
- em caldeiras de alta pressão, da ordem de 200 kgf/cm2 (ou 19,61 MPa), a
superfície de troca térmica da câmara e do economizador é suficiente para
produzir todo vapor saturado requerido;
- não há a necessidade do feixe de tubos geradores;
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
Feixe de tubos geradores de vapor do boiler bank
- a função é garantir que vazão de vapor saturado especificada seja obtida,
complementando a energia absorvida pelos tubos das paredes d’água e do
economizador;
- é um feixe tubular específico e instalado na zona de convecção, interligando
os tubulões;
- geralmente em “S”, para formarem uma base de suportação para a chicana.

Chapas divisoras de fluxo


- dividem a seção transversal de escoamento dos gases em canais menores,
alinhando o fluxo e reduzindo a vibração dos tubos;
- são paralelas ao escoamento.
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

2 - SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE
ÁGUA: disponibilizar água e
atender à demanda de vapor;
BOMBAS D’ÁGUA: recalque a uma
pt.made-in-china.com pressão que compense as perdas
de carga do sistema como um todo;
Sistema com válvula de retenção;
Normalmente bombas centrífugas
para alta vazão.

flowserv.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
3 - Alimentação de Combustível: sistema composto por vaso de acúmulo,
bomba, filtro e aquecimento (quando necessário). Exemplo de bomba
para combustíveis leves;

rudcbombas.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

4 - Tubos (líquido e vapor):


Paredes de água: tubos que interligam
os tubulões, fechando as zonas de
radiação e convecção;
Circulação ascendente (risers): gerar e
conduzir o vapor ao Tubulão
de Vapor;
Circulação descendente (downcomers):
conduzir a água líquida para o Tubulão
Inferior, de onde será elevada para a
transformação de fase.
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

5 - Economizador:
- Aproveitamento da energia dos gases de
combustão para aquecimento do
condensado de entrada no tubulão;
- É um trocador de calor gás líquido;
- Tem tubos aletados para aumentar a
eficácia da troca térmica (baixo h –
coeficiente de troca de calor por
convecção);
- Usados em médias e grandes
instalações, o custo adicional não
compensa para pequenas instalações;
- Instalado na saída dos gases de exaustão
e antes do pré-aquecedor de ar. ChemTreat, Inc.
5640 Cox Road
Glen Allen, Virginia 23060
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

Economizador:
- Os projetos de caldeiras devem ter o cuidado de se ter gases na saída do
economizador em temperaturas que não atinjam o “dew point” de
componentes químicos contidos nos gases, principalmente enxofre e vanádio,
para evitar problemas de corrosão dos tubos pelo condensado desses gases.
- Por este motivo, não se recomenda utilizar economizadores em caldeira à óleo
pesado, porque em sua composição, normalmente se encontra alto teor de
enxofre (S) que, quando queimado, forma H2S e H2SO4, que é extremamente
corrosivo aos materiais normalmente utilizados.

Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

Economizer tube cross section after cleaning,


showing surface metal loss due to burning high
sulfur #6 oil. Sulfuric acid forms on the tube
surface when operating below the H2SO4 dew
point, ~ 267 °F.

ChemTreat, Inc.
5640 Cox Road
Glen Allen, Virginia 23060
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

Tube section, cleaned in dilute inhibited hydrochloric acid Oxygen pitting evident
ChemTreat, Inc.
5640 Cox Road
after cleaning
Glen Allen, Virginia 23060
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
6 - Pré-Aquecedor de ar:
- Aquece ar de combustão antes de entrar nos queimadores trocando calor com gases de
saída da fornalha;
- Regenerativo “Ljungstron” (rotativo a placas) + usual;
- Aumenta: rendimento térmico dos queimadores e combustão, estabilidade da chama;
- Há o pré-aquecedor a vapor com o mesmo objetivo.

Lume UFRGS docplayer.com.br


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

7 - Chaminé:
propicia a
“tiragem” dos
gases de
combustão;

bremer.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

Tiragem – processo que gerencia a injeção de ar para a combustão na zona de


radiação ou fornalha da caldeira, assim como a circulação dos gases de combustão
através de todos os caminhos de troca de calor da caldeira até a sua saída pela
chaminé na atmosfera.
. Natural: diferença de pressão entre a base e o topo da chaminé provocada pela
diferença de temperatura dos gases de exaustão.
. Forçada: ventilador insuflando ar de combustão na câmara de combustão.
. Induzida: ventilador colocado a jusante da caldeira succionando os gases de
combustão para a exaustão.
. Mista: ventilador de insuflamento de ar de combustão a montante e ventilador
de exaustão de gases de combustão a jusante da caldeira.

bremer.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
8 – Tubulão de Vapor
- Caldeiras que operam a pressões subcríticas, abaixo de 225 kgf/cm2
(22,06 MPa), são equipadas com grandes vasos cilíndricos chamados
tubulões de vapor;
- A função é fazer a separação entre vapor saturado seco e a mistura de
vapor e líquido produzida pela circulação nas zonas de geração de
vapor;
- Misturar a água de alimentação com a água saturada que foi separada
do vapor;
- Misturar agentes químicos de controle de corrosão e tratamento de
água;
- Controle de sólidos da água, através da drenagem de uma fração da
água circulante (blowdown);
- Acumular quantidade de água suficiente para absorver rápidas
bremer.com.br
mudanças na carga da caldeira;
Daniel Telhado Petrobras
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
- A principal função é a separação vapor e líquido;
- A separação ocorre em dois estágios;
- Separação primária: remove quase todo vapor “dissolvido” no líquido e
o libera para recirculação nos tubos geradores junto com a água de
alimentação;
- Separação secundária: o vapor separado ainda retem traços de líquido,
acima do tolerado para serviços com superaquecedores e turbinas. Esse
fluxo é encaminhado aos scrubbers para a separação final;
- Separação gravitacional é a forma para caldeiras com taxas de geração
extremamente baixas;
- Recentemente os separadores primários são dispositivos mecânicos,
baseados no princípio de aceleração radial ciclones;
- Boa combinação de scrubbers e ciclones produzem vapor saturado
praticamente seco.
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Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

Combustion fóssil power


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

ChemTreat, Inc.
5640 Cox Road
Glen Allen, Virginia 23060 Steam drum: Extreme, excessive quantity of scale and surface deposits
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
9 - Tubulão de Líquido:
- Acumular o líquido admitido
na caldeira e o encaminha à
vaporização;
- Coleta os depósitos do
sistema de circulação em
seu fundo;
- Agente da descarga de fundo
da caldeira;
- Vaso de pressão que se
encontra na região inferior
da caldeira;
- Opera com completamente
cheio de líquido.
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PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
9 - Tubulão de Líquido:
- Acumular o líquido admitido na caldeira e o encaminha à
vaporização;
- Coleta os depósitos do sistema de circulação em seu fundo;
- Agente da descarga de fundo da caldeira;
- Vaso de pressão que se encontra na região inferior da caldeira;
- Opera com completamente cheio de líquido.
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
10 - SUPERAQUECEDOR:

- Trocador de calor instalado no


interior da Zona de Convecção da
caldeira para superaquecer o
vapor saturado;
- Há casos em que têm natureza
radiativa (no interior da Zona de
Radiação);
- O Grau de Superaquecimento
(Temperatura do Vapor
Superaquecido acima da de
Saturação), depende da carga da
Caldeira, velocidade do fluxo de
vapor e velocidade do fluxo de
gases.
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

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PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

11 - QUEIMADORES
Equipamentos destinados
a introduzir
continuamente o
combustível e o ar
dentro da fornalha, sob a
forma de uma mistura
uniformizada para
manter a combustão
dentro dos parâmetros
necessários, isto é, a
obtenção de uma queima
completa com pequenos
valores de excesso de ar.
icaterm.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

11 - QUEIMADORES
É composto principalmente
de:

Válvulas de ar: regulam o


fluxo de ar para os maçaricos.
Difusor ou Impelidor:
Dispositivo por onde o ar flui,
e onde é gerada uma
turbulência para possibilitar a
mistura mais homogênea
possível com o combustível,
promovendo uma queima mais
perfeita e estável. lojaindustria.com
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

QUEIMADORES

Bloco refratário:
conjunto de elementos
de alvenaria de forma
circular, adaptado ao
modelo da caldeira,
localizado na parte
posterior ao
queimador,
exatamente na
entrada da fornalha,
por onde a chama é
projetada. heatmec.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
QUEIMADORES

Maçaricos: equipamento por


onde é injetado o combustível
devidamente atomizado para
a queima.

NOTA: os queimadores são


projetados de tal maneira que
devem dar uma forma à
chama na fornalha de modo a
evitar a incidência da mesma
nos refratários, tubos e
suportes.

solucoesindustriais.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

MAÇARICOS
Os maçaricos mais utilizados
em caldeiras de refinarias
são:
Para combustíveis
gasosos: é um maçarico
simples, porque o
combustível é introduzido
diretamente na fornalha,
passando por uma simples
lança, sem qualquer
preparo, isto é, sem a
necessidade de ser
atomizado como
combustíveis líquidos. megasoldasgases.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

MAÇARICOS
Os maçaricos mais utilizados em
caldeiras de refinarias são:

Para combustíveis líquidos :


diferente dos gasosos, o
combustível necessita de um
tratamento chamado atomização,
que se trata da divisão do
combustível em gotículas finas,
facilitando a vaporização com o
calor e contato com o ar de
combustão. Esta atomização
pode ser mecânica, a ar e a
vapor.
solucoesindustriais.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

DIFUSOR

Designa-se por ar primário o que é


fornecido juntamente com o
MAÇARICO
combustível, e por ar secundário o
que é fornecido à zona de
combustão. Por vezes há também ar
terciário, tipicamente destinado a
envolver, proteger, arrefecer a zona
de combustão
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

inspecaoequipto.blogspot.com
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

12 - Paredes d’água
- Tubos resfriados pela água ou vapor
circulantes são usados para formar as
paredes que definem os limites físicos
da caldeira e confinam os gases de
combustão;
- Há diversos tipos de paredes d’água;
- O mais simples, e mais comum, é a
parede com tubos aletados;
- Isolamento térmico é usado na face
externa da parede para reduzir as
perdas térmicas e cobrir o metal
quente (proteção pessoal).
Daniel Telhado Petrobras
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

- Pode haver proteção


refratária interna para
prevenir erosão localizada;
- Aplicações mais comuns:
piso da câmara de
combustão, tubos dos
queimadores, paredes
d’água laterais (região
próxima aos queimadores),
tubos dos bocais de
sopradores de fuligem,
janelas e bocas de visita.

Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

- Uma variação pode


ser a substituição das
aletas entre os tubos
por uma
seção refratada,
conforme visto na
figura.

Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

- Paredes de tubos
tangentes, tubos
aproximados com
espaçamento
padrão e
refratário
externo.

Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

13 - Dessuperaquecedor
- São equipamentos destinados à redução da temperatura do vapor
superaquecido;
- Podem estar localizados em algum ponto intermediário ou na saída do
superaquecedor, melhor localização sob a ótica de processo;
- De acordo com a redução de temperatura requerida, são dispostos alguns
arranjos:
. Estágio único: um dessuperaquecedor instalado entre dois estágios do
superaquecedor.
. Tanden: um único estágio de dessuperaquecedores com dois bocais de
spray em série, instalados entre dois estágios do superaquecedor.
. Multi-Estágio: vários estágios de dessuperaquecedores usados em série.

Daniel Telhado Petrobras


PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
13 - Sistemas de Segurança (válvula de segurança) PSV:
- Descarregam vapor para a atmosfera se a pressão interna
ultrapassa um limite pré-estabelecido;
- Operação automática;
- Três dispositivos: dois calibrados acima da pressão de operação,
mas abaixo da PMTA;
- Um dispositivo com a pressão de abertura limitada na PMTA;
- Há um dispositivo, no mínimo, montada no Tubulão de Vapor, e um,
no mínimo, montado no Superaquecedor;
- A abertura é em seqüência: a primeira sempre do super, e as
demais, em função das capacidades combinadas de alívio de
pressão.
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

ASME SEC I PG 71
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

14 - CONTROLE DE NÍVEL:
- Sistemas de controle de nível com
visor de nível e transmissor de
sinal de nível no Tubulão de Vapor;
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

15 - INDICADOR DE
PRESSÃO:
- Manômetro de Bourdon
instalado em local
visível e de fácil acesso;
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

16 - DISPOSITIVOS
DE SEGURANÇA:
- Sistema de
Proteção e
Controle de
Chama:
Termoelétricos e
Fotoelétricos

vorah.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

aquavit.com.br
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA CALDEIRA

aquaquimica.pt
CÁLCULO DE CALDEIRAS
Balanço de massa:
Equação da Continuidade
Balanço de massa para um volume de controle com várias entradas e saídas é expressa por:

O termo do lado esquerdo desta equação representa a taxa de variação da massa contida dentro do volume de
controle com o tempo. Considerando que o dispositivo opera em regime permanente, esse termo é igual à
zero, sendo assim, a Equação pode ser reescrita como:

Esta equação pode ser interpretada como sendo a taxa total de massa que entra no volume de controle é igual
à taxa total de massa que sai do volume de controle.

Petrobras Daniel Telhado 104


CÁLCULO DE CALDEIRAS
Balanço de energia no VC pode ser expresso pela equação:

Os termos do lado esquerdo desta equação representam a taxa líquida de transferência de energia por calor,
trabalho e fluxo de massa e o termo do lado direito representa a taxa de variação das energias interna, cinética
e potencial com o tempo. Considerando-se Regime Permanente – RP, pode ser concluído que:

A taxa líquida de energia na entrada e taxa líquida de energia na saída do VC, ambas podem ser transferidas
por calor, trabalho e fluxo de massa.

Os termos referentes às variações de energia cinética e potencial podem ser desprezados.

105
CÁLCULO DE CALDEIRAS
Balanço de Exergia

Exergia = Disponibilidade.
Processo Termodinâmico Ideal e Reversível = máximo trabalho útil = desprezo de todas as
irreversibilidades. Para maximizar o trabalho produzido o sistema deve estar no estado “morto” ao final do
processo. Este estado pressão e temperatura do seu ambiente (equilíbrio mecânico e térmico).
É necessário contabilizar todas as formas de exergia. Na ausência de efeitos nucleares, magnéticos,
elétricos e de tensão superficial, Kotas (1985) considera que a taxa de exergia total de um volume de
controle é composta por:

106
CÁLCULO DE CALDEIRAS

Diagrama Básico de uma


Caldeira
A análise energética e
exergética da caldeira deve ser
analisado o fluxograma da
caldeira, considerando-se
todos os seus componentes e
os respectivos fluxos de água,
ar, vapor e gases.

107
ASPECTOS COMPLEMENTARES DE PROJETO E OPERAÇÃO

Causas de oscilação da temperatura nos superaquecedores:

- Variação no fluxo de vapor;

- Mudanças no combustível e processo de combustão (regime e fluxo de ar);

- Temperatura de alimentação de líquido;

- Regime de purga;

- Ajustes do queimador.
FLUXO DE VAPOR E CONDENSADO
Olefinas

Vapor SS 114 Kgf/cm2 510 °C

Proj: 17,0 MW
Fornos de nafta Dessuperaquecedor
Gerador
PIC011
GE 902
BA´s 223/224

Vapor HS 53Kgf/cm2 400ºC


PIC 9127
-
Turbinas de bombas e ventiladores
Refervedores
GT
GT GT GT GT
200 201/3 1201/3 204 1204
Dessuperaquecedor
BF900/901/902/903/905 BH 903 A/B BF 1900 Sathel
EA 280/1
280
Caldeiras Caldeira Caldeira
Vapor MS 21 Kgf/cm2 300°C
-

Condensado de
Unidades das grandes Flare
de produção máquinas
Dessuperaquecedor
BH 904 A/B Vapor AS 10 Kgf/cm2 Sat.
Unidade de
Butadieno
Vapor US 4 Kg/cm2 220°C
-
PIC 9877

EA 907 / A Sistema de condensados


Condensador de vapor FA 917/18/19 Desaerador
Unidades Desaerador EG 1901
de produção EG 901
SISTEMA TÉRMICO DE GERAÇÃO DE VAPOR E ENERGIA

Combustion Fossil Power


DESAERAÇÃO DO RETORNO DE CONDENSADO

steammaster.com.br
DESAERAÇÃO DO RETORNO DE CONDENSADO

pressurised deaerators – Spirax Sarco


DESAERAÇÃO DO RETORNO DE CONDENSADO

pressurised deaerators – Spirax Sarco


DESAERAÇÃO DO RETORNO DE CONDENSADO

pressurised deaerators – Spirax Sarco


PURGADORES
- Purga o condensado para fora do sistema;
- Permite que o vapor chegue seco ao destino;
- Variáveis: quantidade de condensado, temperatura de condensado e
pressão de condensado;
- Seleção depende de: ventilação no “start up”, remoção apenas de
condensado, desempenho com vapor seco.

• APARECIMENTO DO CONDENSADO

- Precipitação de umidade pela perda de carga;


- Perda de energia por transferência de calor durante o fluxo
(convecção, condução);
- Por arraste de condensado;
- Na entrada em operação, com o sistema frio;
- Na saída de operação do sistema de geração.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
PURGADORES

PORQUE REMOVER O CONDENSADO?

- Conservar energia e diminuir a transferência de calor;


- Evitar vibração e golpe de ariete;
- Evitar erosão de Turbinas a Vapor;
- Diminuir o efeito da corrosão pela formação de óxidos e
resíduos ácidos;
- Evitar a diminuição da seção transversal útil de escoamento;
- Evitar o resfriamento do vapor.

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


PURGADORES

PARA ELIMINAÇÃO DO CONDENSADO FORMADO NAS


TUBULAÇÕES

- Eliminar pontos baixos;


- Aumentar o número de purgadores, identificados necessários;
- Fechamento e isolamento térmico de todos os pontos em que
não haja fluxo.

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


PURGADORES

Instituto Federal do Espirito Santo


PURGADORES

VANTAGENS
•Compactos
•Uma única peça móvel
•Suportam golpes de ariete
•Sem limite de pressão de operação
•Sem necessidade de ajuste
•Livre de inundação

DESVANTAGENS
•Necessitam de pressão mínima de entrada e também
diferencial

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


PURGADORES

PURGADORES DE VAPOR

- Instalação: abaixo da geratriz inferior da linha a ser


drenada, filtro antes do purgador, descarga livre com
válvulas antes e de dreno, descarga fechada, válvula antes
e após o purgador, tubulação o mais curta possível, fácil
acesso.

Instituto Federal do Espirito Santo


PURGADORES
PURGADORES DE VAPOR
- purgador termodinâmico(para vapor);

Instituto Federal do Espirito Santo


PURGADORES
PURGADORES DE VAPOR – TÍPICO DE LOCAIS

Instituto Federal do Espirito Santo


PURGADORES
PURGADORES DE VAPOR – TÍPICO DE LOCAIS

Instituto Federal do Espirito Santo


RAMONADORES

RAMONADORES: Ramoneur, limpador de chaminé.

- Queima de combustíveis gera gera fuligem ou resíduos;


- Acúmulo de fuligem sobre a superfície dos tubos dificulta a troca
térmica, obstrui escoamento e pode nuclear corrosão;
- Ramonadores são dispositivos de limpeza utilizados durante a operação
da caldeira, que removem a fuligem depositada em certas regiões;
- Não fica comprometida a eficiência térmica da caldeira;
- O fluido utilizado na ramonagem pode ser vapor saturado, vapor
superaquecido, ar comprimido ou água líquida;
- As lanças podem ser fixas ou retráteis.

Daniel Telhado Petrobras


RAMONADORES
LANÇA DE ÁGUA

RAMONADORES: Ramoneur,
limpador de chaminé.

Lança d’água
- Depósitos formando camadas
densas têm que ser removidos por
jato de água controlado;
- É uma lança tubular, com
mecanismo de rotação e translação;

Daniel Telhado Petrobras


RAMONADORES
RAMONADORES

Combustion fóssil power


NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES PARA TUBULAÇÃO

• TUBULAÇÃO:
- Formada por tubos: condutos fechados, destinados ao
transporte de um fluxo de massa de um produto e seus
diversos acessórios;
- Terceira classe de equipamentos, considerados em uma
Indústria de Processo;
- Tubos são condutos fechados de seção circular, funciona
como conduto forçado.
NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES PARA TUBULAÇÃO

- Em indústrias de processo, tubulação representa entre


15 a 20 % do custo total da instalação;
- Válvulas são em torno de 8% do custo total da
instalação;
- Montagem representa 45 a 50% do custo total da
montagem;
- Projeto representa 20% do custo total do projeto.
NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES PARA TUBULAÇÃO

- Com a tubulação se transporta principalmente fluidos


(líquidos, gases e vapor);
- Denominações :
a) “PIPE” = TUBO DE CONDUÇÃO PROPRIAMENTE DITO,
principal elemento mecânico da tubulação;
b) “TUBE” = TUBO DESTINADO A OUTRAS FUNÇÕES QUE NÃO
A CONDUÇÃO DE FLUIDOS (Tubos de Feixes de Trocadores de
Calor, Serpentinas de Caldeiras, Tubos de Instrumentação);
c ) Duto: tubulação que interliga empresas distintas, ou duas
plantas distintas de uma mesma empresa, necessariamente
ocupando área de terreno de terceiros (duto interno e duto
externo).
NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES PARA TUBULAÇÃO
NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES PARA TUBULAÇÃO
FALHAS EM TUBULAÇÃO

Tubulações falham como resultado de :

-Propagação de defeitos oriundos dos processos de fabricação


dos materiais de construção;

-Falhas na montagem, principalmente operações de soldagem;

-Exposição dos elementos tubulares a condições operacionais


não previstas em projeto, como fadiga;

- Avarias causadas por agentes externos.


FALHAS EM TUBULAÇÃO

- A tubulação deve ser encarada como um equipamento,


merecendo a mesma atenção dada aos demais itens das
plantas de processo;

- Os tubos podem estar sujeitos aos mesmos fenômenos de


falha a que estão sujeitos os equipamentos que interligam,
e outros associados ao fluxo;

- São partes constituintes de sistemas, mais vulneráveis e


expostas a uma maior probabilidade de imprevistos como
choques ou deformações.
FALHAS EM TUBULAÇÃO
FALHAS EM TUBULAÇÃO

Flow Accelerated
Corrosion (FAC)
Mecanismo de Dano =
dissolução do óxido de
ferro rapidamente pela
ação de movimentação
do fluido e de
características de
processo.
Identificado e
pesquisado em 20 anos
(França, Alemanha e
EUA).
FALHAS EM TUBULAÇÃO

FAC e Erosão Corrosão (EC)


- Normalmente considerados os mesmos fenômenos,
errado
- Diferenças = mecanismos pelos quais o filme de camada
protetiva é removido da superfície do material
- Em EC o filme óxido é mecanicamente removido do
substrato metálico
- Em FAC o filme óxido é dissolvido ou impedido de formar,
permitindo a corrosão da superfície desprotegida.
FALHAS EM TUBULAÇÃO
FALHAS EM TUBULAÇÃO

Single-phase FAC case


FALHAS EM TUBULAÇÃO

Two-phase FAC case


FALHAS EM TUBULAÇÃO

O fenômeno se potencializa em temperaturas entre 130 e


150C, ph entre 7 e 9,5, velocidades de fluxo superiores a
20m/s , muito fortemente em Aço Carbono comum, ASTM A
106, por exemplo.

Taxa FAC também dependem de material usado, em aço


carbono FAC é máxima, enquanto que de repente diminui de
acordo com Cr (+ Mo) FAC conteúdos, assim, em aço carbono
pode mitigados com alto teor Cr.
FALHAS EM TUBULAÇÃO
FALHAS EM TUBULAÇÃO
FALHAS EM TUBULAÇÃO

power-eng.com
FALHAS EM TUBULAÇÃO

silbert.org
FALHAS EM TUBULAÇÃO

cwmcindia.com
FALHAS EM TUBULAÇÃO

cswipquestions.blogspot.com
FALHAS EM TUBULAÇÃO

inspecaoequipto.blogspot.com
FALHAS EM TUBULAÇÃO

inspecaoequipto.blogspot.com
FALHAS EM TUBULAÇÃO

inspecaoequipto.blogspot.com
FALHAS EM TUBULAÇÃO

inspecaoequipto.blogspot.com
FALHAS EM TUBULAÇÃO

ChemTreat, Inc. 5640 Cox Road


Glen Allen, Virginia 23060 FAC in an economizer tube
ASME SECTION I - POWER BOILER
- NORMA ASME SEÇÃO I – POWER BOILER CODE

1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990

Dados obtidos do trabalho: Introduction to ASME – Boiler and Pressure Vessels


ASME SECTION I - POWER BOILER
RESUMO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS NORMAS
- Frequência de acidentes no final do século XIX.
- Brockton, Massachusetts 1905 – Fábrica de sapatos.

Explosão de Caldeira: 117 trabalhadores


feridos e 58 trabalhadores mortos
ASME SECTION I - POWER BOILER
RESUMO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS NORMAS
- Frequência de acidentes no final do século XIX.
- Brockton, Massachusetts 1905.

Local onde a caldeira foi arremessada, quintal


da casa de um vizinho
ASME SECTION I - POWER BOILER
RESUMO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS NORMAS

- Publicação em 1907 da “Massachusets Rules” norma de


projeto compulsória, embrião do Código ASME.
- Em 1911nomeada a primeira Comissão do ASME.
- Primeira norma em 1914 – Seção I Caldeiras.
- Em 1924 houve a publicação da Seção VIII, Vasos de Pressão.
- Até 1960 os códigos reuniam a experiência acumulada com
procedimentos simples de avaliação, sempre para garantir
tensões circunferenciais baixas em relação à tensão de
escoamento.
- Após 1960 os códigos foram totalmente revisados, inclusive a
sua filosofia, em função do advento da construção de Usinas
Termonucleares e entendimento do comportamento
estrutural dos elementos dos vasos de pressão.
- Desenvolvimento de técnicas avançadas de Análise Estrutural
e Mecânica da Fratura.
Códigos de projeto e análise de tensões em vasos de pressão
Autores: Ediberto Tinoco – Petrobras, Nelson Patrício – Petrobras, Paulo Sérgio Freire - Petrobras
ASME SECTION I - POWER BOILER
ASME SECTION I - POWER BOILER
ASME SECTION I - POWER BOILER
ASME SECTION I - POWER BOILER
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Educação que Avenida Almirante Barroso, 52 - 21º


andar - Centro, Rio de Janeiro - RJ, Brasil
gera energia | +55 (21) 2112-9000

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