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NR 13
CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO,
TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS
DE ARMAZENAMENTO
Vasos de pressão
Instrutor: Gabriel Tonette Teixeira
Engenheiro Mecânico
VASO DE PRESSÃO
• INTRODUÇÃO:
As plantas químicas normalmente são plantas de elevado investimento em capital e
projetadas para capacidades econômicas. Muitos processos químicos contém fontes de
energia concentradas e utilizam materiais que sob condições anormais podem ser
prejudiciais ao meio ambiente, a equipamentos de processos e a pessoas.
As plantas com potencial de causar danos devem ser construídas com múltiplos e
independentes níveis de proteção os quais são projetados para evitar e mitigar os efeitos
nocivos de cada potencial evento perigoso.
Dentro de cada processo, a redução dos riscos deve começar com o mais fundamental
elemento de projeto de processo: a seleção do processo, a escolha do local e decisões
sobre o inventário de perigos e arranjo da unidade.
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• INTRODUÇÃO:
A utilização de um inventário mínimo de substâncias perigosas, montagem de tubulações
e sistemas de troca de calor que fisicamente evitem a mistura inadvertida de reagentes
químicos, uso de vasos de pressão que possam resistir a máxima pressão possível são
decisões de projeto de processo que reduzem os riscos operacionais. Este enfoque sobre
a redução dos riscos pela cuidadosa seleção dos parâmetros básicos de processo é
fundamental no projeto de um processo seguro.
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VASO DE PRESSÃO
• INTRODUÇÃO:
Contrariamente ao que acontece com quase todos os outros equipamentos, máquinas,
veículos, objetos e materiais de uso corrente, a grande maioria dos vasos de pressão não
é item de linhas de fabricação, salvo raras exceções, os vasos são, quase todos, projetados
e construídos por encomenda, sob medida, para atenderem, em cada caso, a
determinada finalidade ou a determinadas condições de desempenho. Como
consequência, o projeto é quase sempre feito individualmente para cada vaso a ser
construído.
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• INTRODUÇÃO:
Nas indústrias de processo existem três condições específicas que tornam necessário um
alto grau de confiabilidade para os equipamentos em comparação com as demais
industrias em geral:
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• VASOS DE PRESSÃO:
São todos os reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou finalidades, não sujeitos à
chama, fundamentais nos processos industriais que contenham fluidos e sejam projetados
para resistir com segurança a pressões internas diferentes da pressão atmosférica, ou
submetidos à pressão externa, cumprindo assim a função básica de armazenamento.
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1. Classe A:
• Fluidos inflamáveis;
• Fluidos combustíveis com temperatura superior ou
igual a 200 °C;
• Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou
inferior a 20 ppm (partes por milhão);
• Hidrogênio; Classe A
• Acetileno.
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2. Classe B:
• Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 °C;
• Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
Classe B
3. Classe C:
• Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
4. Classe D:
• Outro fluido não enquadrado acima. Classe C
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!
inflamabilidade e concentração.
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ITEM COMPONENTES
1 Válvula de segurança
2 Dispositivo de segurança de vácuo
3 Dispositivo contra bloqueio inadvertido
4 Manômetro
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1. Fabricante;
2. Numero de identificação;
3. Ano de fabricação;
4. Pressão máxima de trabalho admissível;
5. Pressão de teste hidrostático de fabricação;
6. Código de projeto e ano de edição.
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b) Registro de segurança;
c) Projeto de alteração ou reparo;
d) Relatórios de inspeção;
e) Certificados de calibração dos dispositivos de segurança.
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• REGISTRO DE SEGURANÇA:
Registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas
ou sistema informatizado do estabelecimento com segurança da informação onde
serão registradas:
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Quando o estabelecimento não puder atender aos itens acima, devem ser adotadas
medidas formais complementares de segurança que permitam a atenuação dos
riscos.
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• FORMATOS E POSIÇÕES:
O casco dos vasos de pressão tem sempre o formato de uma superfície de revolução.
Quase todos os vasos, com raras exceções, tem o casco com uma das três formas
básicas:
▪ Cilíndrica;
▪ Cônica;
▪ Esférica;
▪ Combinações dessas formas;
▪ O formato esferoidal é comum também.
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• FORMATOS E POSIÇÕES:
• FORMATOS E POSIÇÕES:
Na maioria das vezes o formato e a posição de instalação de um vaso decorrem ou
são uma imposição da finalidade ou do serviço do mesmo.
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• FORMATOS E POSIÇÕES:
Vasos de Pressão Horizontais:
Os vasos horizontais, muito comuns, são usados, entre outros casos, para trocadores
de calor e para a maioria dos vasos de acumulação.
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• FORMATOS E POSIÇÕES:
Vasos de Pressão Inclinados:
Os vasos em posições inclinadas são exceções, empregados somente quando o
serviço exigir, como, por exemplo, para o escoamento por gravidade de materiais
difíceis de escoar.
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• FORMATOS E POSIÇÕES:
Condições para Vasos de Pressão:
a) Armazenamento de gases sob pressão:
Os gases são armazenados sob pressão, para que se possa ter uma grande massa
num volume relativamente pequeno.
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• CONSTRUÇÃO:
Envolve uma série de cuidados especiais relacionados a seu projeto, fabricação,
montagem e testes, porque um vaso de pressão representa grande risco e alto
investimento.
• Grande Risco porque normalmente opera com grandes pressões e temperaturas
elevadas;
• Alto Investimento, pois é um equipamento de custo unitário elevado;
• Continuidade Operacional, um papel importante para o processo.
Exemplo de Aplicação:
• Indústrias químicas e petroquímicas;
• Refinarias;
• Terminais de armazenagem e distribuição de petróleo e derivados;
• Estações de produção de petróleo em terra e no mar.
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• CONSTRUÇÃO:
Para a maior parte dos vasos o casco é cilíndrico. Essa preferência deve-se ao fato de
que o formato cilíndrico é o mais fácil de se fabricar e transportar, presta-se bem a
maioria dos serviços, e é o que permite o aproveitamento de chapas inteiras para a
fabricação do vaso. Tornando um projeto mais barato e viável.
Quando, entretanto, houver grande diferença de vazão entre uma seção e outra do
mesmo vaso devido a existência de vários pontos importantes de entrada e saída de
fluidos, faz-se o casco como um cilindro composto, com dois ou mais corpos
cilíndricos de diâmetros diferentes interligados por seções cônicas ou toroidais de
concordância, de tal maneira que a velocidade geral de escoamento dos fluidos ao
longo do vaso seja aproximadamente constante, aumentando-se o diâmetro onde a
vazão for maior, e vice-versa.
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• CONSTRUÇÃO:
Teoricamente, o formato ideal para um vaso de pressão é em formato de esfera, com
o qual se chega a menor espessura de parede e ao menor peso, em igualdade de
condições de pressão e de volume contido. Entretanto, os vasos esféricos, além de
somente se prestarem como vasos de armazenamento, são caros e difíceis de
fabricar, ocupam muito espaço e raramente podem ser transportados inteiros. Por
esses motivos, os vasos esféricos são econômicos para grandes dimensões, sendo
empregados, nesses casos, para a armazenagem de gases sob pressão.
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• CONSTRUÇÃO:
Condições de Operação:
▪ Pressão Normal de Operação;
▪ Pressão Máxima de Operação;
▪ Pressão Mínima de Operação;
▪ Pressão de Projeto;
▪ Pressão de Abertura da Válvula de Segurança;
▪ Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA);
▪ Pressão de Teste Hidrostático.
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• CONSTRUÇÃO:
Componentes estruturais:
a) O Casco:
O casco dos vasos de pressão tem sempre o formato de uma superfície de revolução.
Quase todos os vasos, com raras exceções, tem o casco com uma das três formas
básicas: cilíndricas, cônicas e esféricas, ou combinações dessas formas.
b) Tampos:
São peças de fechamento dos cascos cilíndricos dos vasos de pressão. Os tampos
podem ter vários formatos, dos quais os mais usuais são os seguintes: semi-elípticos,
toro-esféricos, cônicos, hemisférico e planos. A escolha do tipo de tampo é função de
determinados fatores, como por exemplo:
• Exigência de Serviço;
• Diâmetro;
• Pressão de Operação.
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• CONSTRUÇÃO:
Componentes estruturais:
b) Tampos:
Semi-elíptico Hemisférico
Plano
Toro-esférico
Cônico
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• CONSTRUÇÃO:
Aberturas:
Todos os vasos de pressão têm várias aberturas, com diversas finalidades.
1. Bocais:
São as aberturas feitas nos vasos, para promover:
• Ligação com tubulações de entrada e saída de produtos;
• Instalação de válvulas de segurança;
• Instalação de instrumentos, drenos e respiros.
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• CONSTRUÇÃO:
Aberturas:
1. Bocais:
2. Bocas de Visita:
São as portas de acesso ao interior dos vasos. Na maioria dos casos, são construídas
de modo similar a um bocal flangeado, sendo a tampa um flange cego.
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• CONSTRUÇÃO:
Aberturas:
Podem ainda existir aberturas feitas para permitir a ligação entre o corpo do vaso e
outras partes do mesmo vaso, por exemplo, ligação a potes de drenagem.
Reforços:
▪ Disco de chapa soldado ao redor da abertura;
▪ Utilização de maior espessura de parede para o vaso ou bocal;
▪ Peças forjadas integrais;
▪ Pescoço tubular com maior espessura.
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• CONSTRUÇÃO:
Reforços:
• Peças Internas dos Vasos de Pressão:
A variedade de tipos e detalhes de peças internas em vasos de pressão é muito
grande, dependendo essencialmente do serviço para o qual o vaso se destina.
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• CONSTRUÇÃO:
Reforços:
• Acessórios Externos dos Vasos de Pressão:
Dentre os diversos tipos de acessórios externos, pode-se citar:
a) Reforços de vácuo;
b) Anéis de suporte de isolamento térmico externo;
c) Cantoneiras para suportes de tubulação e escadas;
d) Turcos para as tampas das bocas de visita e outros flanges cegos.
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• CONSTRUÇÃO:
Reforços:
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• CONSTRUÇÃO:
Reforços:
• Suportes:
1. Vasos Verticais:
São usualmente sustentados por uma saia de chapa, embora vasos verticais de
pequenas dimensões possam ser sustentados em sapatas ou colunas.
• CONSTRUÇÃO:
Reforços:
• Suportes:
1. Vasos Verticais:
Suportação Tipo
Colunas
Vasos Sobrepostos
Suportação Tipo Saia
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• CONSTRUÇÃO:
Reforços:
• Suportes:
2. Vasos Horizontais:
São suportados, em sua maioria, por dois berços (selas), sendo que para permitir a
dilatação do vaso, em um dos berços os furos para os chumbadores são ovalados.
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• CONSTRUÇÃO:
Reforços:
• Suportes:
2. Vasos Horizontais:
• CONSTRUÇÃO:
Pressões para Vasos de Pressão:
• Pressão Máxima de Trabalho Permitida - PMTP:
É a máxima pressão manométrica permissível no topo do vaso, em sua posição
normal de operação, na temperatura designada para aquela pressão.
Esta pressão é a menor dos valores para pressão interna ou externa determinada
pelas regras de projeto para cada elemento do vaso, usando-se a espessura nominal
real, excluindo-se espessuras adicionais para corrosão e outras cargas além da
pressão.
O vaso não deve ser operado acima dessa pressão; assim, ela é a maior pressão na
qual a válvula de segurança e alívio primária deverá estar ajustada para abrir.
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• CONSTRUÇÃO:
Pressões para Vasos de Pressão:
• Pressão de Operação:
Pressão efetiva, atuando nas condições de trabalho.
• Pressão de Projeto:
Pressão utilizada, juntamente com a temperatura de projeto, para determinar a
espessura mínima de cada componente do vaso.
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a) Sempre que o vaso de pressão for danificado por acidente ou por outra
ocorrência que comprometa sua segurança;
b) Quando o vaso de pressão for submetido a reparo ou alterações importantes,
capazes de alterar suas condições de segurança;
c) Antes do vaso de pressão ser recolado em funcionamento, quando permanecer
inativo por mais de 12 meses;
d) Quando houver alteração do local de instalação do vaso de pressão, exceto para
vasos móveis.
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A concentração tóxica máxima admissível que um indivíduo pode inalar, sem risco de
efeitos reversíveis, depende do tempo de exposição à esta concentração.
Consequência de Explosão:
Uma explosão é um evento onde ocorre uma liberação brutal de energia associada a
uma expansão rápida de gás.
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▪ Química:
Quando ocorre mudança na composição dos produtos envolvidos.
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Existem dois efeitos associados com a combustão de uma grande nuvem de vapores
ou gases não confinados:
▪ Efeito térmico;
▪ Efeito de pressão.
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A força física que causa o BLEVE deve-se à grande taxa de expansão líquido/vapor do
líquido contido no recipiente.
O propano sofre uma expansão de 2500 vezes o seu volume quando passa de líquida
a vapor e a água 1700 vezes o seu volume original. E esse processo de expansão que
fornece a energia para a propagação de fendas na estrutura do recipiente, propulsão
do recipiente ou de seus fragmentos, e a rápida mistura do vapor da recipiente com
o ar, resultando na característica bola de fogo, quando líquidos inflamáveis estão
envolvidos.
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REFERÊNCIAS
• CASCALHO, Marcelo Soares. Caldeiras Aquatubulares. LINKEDIN. 2017. Acesso em 28 de Março de 2020. Disponível
em <https//:www.linkedin.com/pulse/caldeiras-aquatubulares-marcelo-soares-/>
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