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De Philip Glass

Baseado no filme de Jean Cocteau

BALLET E ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO


Temporada Outubro 2019
De Philip Glass
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Baseado no filme de Jean Cocteau

Governador Orphée Leonardo Neiva


Wilson Witzel
Princesa Carla Caramujo**
Eurydice Ludmilla Bauerfeldt
Vice-Governador
Cláudio Castro Heurtebise Giovanni Tristacci
Cégeste Geilson Santos*
Aglaonice Lara Cavalcanti*
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA Juiz/Poeta Murilo Neves
E ECONOMIA CRIATIVA DO RIO DE JANEIRO Reporter/Glazier Ivan Jorgensen*
Comissário/Policial Patrick Oliveira*
Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa
* solistas TMRJ | ** o soprano apresenta-se graças ao apoio do Instituto Camões e do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro
Ruan Fernandes Lira

Bailarinos Áurea Hämmerli, Francisco Timbó, Roberto Lima, Tereza Ubirajara, Mauro Sá,
Subsecretário de Planejamento e Gestão
Richard Rodrigues Nina Rita Farah, Mônica Barbosa, Mateus Dutra, Deborah Ribeiro
EEDMO Michael William, Marcelo Soares, Romilton Santana
Subsecretário de Projetos e Inovação
Direção Cênica Felipe Hirsch
Franklin Jorge Santos
Direção de Arte Daniela Thomas e Felipe Tassara
Direção de Movimento e Coreografia Priscila Albuquerque e Bruno Fernandes
Iluminação Beto Bruel | Figurinos Marcelo Pies
FUNDAÇÃO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Assistente de Direção Antônio Ventura
Assistente de Iluminação Paulo Ornellas
Presidente Assistente de Figurino Paulo Barbosa
Aldo Mussi Pianista e Maestro Interno Ramon Theobald
Pianista Juliana Coelho
Vice-presidente
Ciro Pereira da Silva Confecção de Figurino Acontecimentos Produções Artísticas | Cenotécnico Antônio Lima
Confecção de Cenografia Camuflagem Cenografia

Diretor Artístico
André Heller-Lopes Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Direção Musical e Regência Priscila Bomfim

25, 26, 29 e 31/10 20h / 27/10 17h


A hipnose de Orphée

Abrigar a estreia na América Latina, no Theatro Municipal, O mito de Orfeu está ligado à própria gênese da ópera como Ao longo de seus 110 anos de história, o Theatro Municipal Mais importante ainda, a união de um elenco de excelentes
da obra de um dos maiores expoentes em atividade da mú- espetáculo. Foi com o mito de Orfeu que ele veio a lume, foi palco de inúmeras estreias latino-americanas e outras vozes, verdadeiros “atores líricos” e a oportunidade de ver
sica de concerto mundial seria, por si só, motivo de grande em 1607, provavelmente na Sala dei Fiumi do Palazzo Du- tantas criações nacionais. Era uma tradição — uma honra regressar à cena importantes figuras do Ballet do TMRJ.
orgulho para a Secretaria de Estado de Cultura e Economia cale di Mantova, quando o L'Orfeo de Claudio Monteverdi — a que o Rio de Janeiro estava bem acostumado e que hoje Finalmente, a possiblidade do maior teatro do Rio de Ja-
Criativa. Mas nosso contentamento com a première de Or- foi representado pela primeira vez. Foi com o mito de Or- renova-se, com a música de nosso tempo. neiro ser palco para uma grande variedade de estéticas, da
phée vai mais adiante: Philip Glass já se apresentou inúme- feu que o gênero operístico conheceu sua primeira grande beleza do mais clássico balé à teatralidade de vanguarda
ras vezes no nosso país e com ele tem laços intensos, criati- revolução, em 1762, com o Orfeo ed Euridice de Christoph De fato, os teatros do Império, onde hoje é a Praça Tiraden- trazida por Daniela Thomas, Felipe Hirsch, Marcelo Pies,
vos e afetivos. Willibald Gluck. Entre Monteverdi e Gluck, cerca de trin- tes e suas cercanias, viram estrear um punhado de óperas Felipe Tassara & Beto Bruel. Meu mais profundo agradeci-
ta óperas em torno de Orfeu foram compostas. Ao todo, importantíssimas. E se a quase estreia absoluta de Tristão mento a estes artistas, assim como à Orquestra Sinfônica do
Uma dessas ligações pôde ser testemunhada, ainda no iní- temos em torno de setenta óperas baseadas neste mito. É e Isolda pela mãos de D. Pedro II é um pouco lenda, o não TMRJ e sua Maestra Assistente, Priscila Bomfim, que mer-
cio do mês passado, no próprio palco do Theatro Munici- uma das histórias mais adaptadas, recontadas, parodia- menos importante Ernani, de Verdi teve o Rio de Janei- gulham e apostam nesta ópera do nosso tempo — e provam
pal: o Grupo Corpo dançou Sete ou Oito Peças para um Bal- das e atualizadas em todas as artes e, particularmente, no ro como terceira cidade no mundo a escutar sua música. como esta é uma arte mais viva do que nunca!
let, música de Glass com arranjos feitos pelo grupo mineiro mundo da ópera. Composta em 1993, Orphée é uma ópera do nosso tempo,
Uakti. dotada de uma música verdadeiramente hipnótica; suas Tenham um bom espetáculo!
E por que Orfeu? Como diz Joseph Kerman, “os mitos infinitas repetições demandando um mergulho profundo
O compositor norte-americano assinou diversas obras com duradouros contém em si os problemas duradouros” e é e completo neste universo sonoro. Estamos diante de uma André Heller-Lopes
temática brasileira, como o ballet orquestral Dias e Noites possível ver, na figura do Bardo da Trácia, uma antevisão obra que demanda uma verdadeira entrega tanto dos intér- Diretor Artístico da Fundação Teatro Municipal
na Rocinha e a cantata sinfônica Itaipu, que, ao contrário do compositor de ópera e seus “problemas peculiares”, pretes quanto dos ouvintes, assim como era séculos antes
do que muitos julgam, não é sobre a hidrelétrica de mesmo especialmente o “problema da emoção e do seu controle, no período barroco.
nome, mas se refere à lenda tupi-guarani da pedra que can- a concentração de sentimentos numa intensidade, comu-
ta e pretende, no seu conjunto, exaltar a relação do indígena nicabilidade e forma que a ação da vida observa e a mor- E não menos contemporâneas são as questões levantadas
com a natureza. te temporariamente respeita”, nas palavras luminosas de por Jean Cocteau em seu filme de 1950, no qual baseia-se a
Kerman. ópera. Ali, discute-se a grosso modo o papel do artista face
Músico de vanguarda, que soube atrair enorme audiência à sua própria criatividade e modernidade. E assim foi mi-
popular, Philip Glass também deixou sua marca no cinema, Esse Orfeu, esse modelo supremo, foi imitado e emulado nha jornada pessoal, quando em 2005 tive a oportunidade
com a trilha do filme experimental Koyaanisqatsi, dirigido por Jean Cocteau, que, em suas próprias palavras, infundiu de trabalhar na montagem da Royal Opera House Covent
por Godfrey Reggio. Ele também assinou trilhas que foram “sangue novo no quadro antigo”. Este filme de 1950, que Garden, de Londres; um processo de verdadeira descober-
indicadas para o Oscar, dos filmes As Horas, Notas Sobre representa aquilo que o cinema francês tem de melhor, ta, marcado por 3 semanas de ensaios que demandavam
Um Escândalo e Kundun. Novamente, também encontra- com sua peculiar mistura de classicismo, surrealismo e toda concentração da equipe. Não menos surpreendente
mos uma parceria brasileira nesse campo: é de Glass a mú- vaudeville, temperado por uma pitada de existencialismo foi a reação eufórica do público da estreia. Foi ali que deci-
sica do filme nacional Nosso Lar. beatnik, foi, por sua vez, emulado por Philip Glass em 1994, di que um dia deveria trazer esta obra ao Brasil, ampliando
quase quatrocentos anos depois daquele Orfeu de Mântua, a diversidade de cultura e apostando num repertório cria-
Morador do Rio de Janeiro por temporadas, nas décadas mito-fundador da ópera. tivo. Hoje, Orphée soma-se a uma temporada marcada por
de 80 e 90, Glass não só afirmou em entrevistas que vinha grandes protagonistas masculinos — Hoffmann, Fausto,
para a nossa cidade para fugir do frio de Nova York em feve- Do mito primitivo à gênese de uma forma, da ópera ao cine- Côndor e até mesmo Franz e o Dr Coppelius, ou o próprio
reiro, mas que também gostava do povo e da nossa alegria ma e do cinema de volta à ópera: é nesta linhagem que a obra Berlioz — num desenho dramatúrgico que propus para
de viver, que proporcionavam a ele um ambiente propício de Glass se insere. O Theatro Municipal aposta simultanea- temporada 2019 do Theatro Municipal.
para a criação. Em Orphée temos, ainda, oportunidade de mente na ousadia e na tradição, promovendo a estreia lati-
revisitar a obra de Jean Cocteau, um dos intelectuais mais no-americana de Orphée, ópera contemporânea feita com
influentes da França no século XX. Tenho certeza que a “música de estruturas repetitivas” – nas palavras do próprio
plateia fluminense saberá apreciar calorosamente a ópera Glass – mas que remete à uma tradição tão antiga quanto a
Orphée, mais uma obra de Glass caracterizada pela inova- própria ópera.
ção e singularidade artística.
Estão todos convidados para esta viagem às raízes do mito
Ruan Fernandes Lira e da ópera, via poética surrealista francesa e minimalismo
Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa nova-iorquino.

Aldo Mussi
Presidente da Fundação Teatro Municipal
GLASS E O MINIMALISMO

O decano dos compositores minimalistas foi Steve Reich. A reputação de Glass ampliou-se com sua participação na Glass escreveu música para filmes premiados como The
Na década de 1960 do século passado,
A princípio, seu uso do minimalismo era radical, mas rea- downtown scene, grupo de artistas contracorrente que, em Hours e Kundun. Koyaanisqatsi, sua colaboração cinema-
um grupo de compositores norte-americanos,
lizando que ele poderia gerar monotonia, passou a usá-lo suas várias formas de arte, se inspiravam no jazz, no rock, tográfica inicial com o cineasta Godfrey Reggio, talvez
mais precisamente nova-iorquinos, reagiram
harmônica e timbricamente de forma mais rica, afastando- no rap, sem fronteiras entre o “culto” e o “popular”. Impor- possa ser considerada a mais radical e influente combi-
contra o serialismo, na época obrigatório,
-se de se basear em músicas distantes da tradição ocidental tante foi sua participação no grupo de teatro experimental nação de som e imagem desde Fantasia. Suas associa-
considerando-o “didático e feio”. Recusaram
e orientando-se em direção à harmonia e à orquestração de sua primeira mulher JoAnne Akalaitis, época em que ções, pessoais e profissionais, com os principais artistas
a música atonal, aleatória e passaram a compor peças
ocidental. Sua obra mais conhecida e popular é a ópera The conheceu Robert Wilson, um dos mais ousados diretores de rock, pop e world music datam da década de 1960.
construídas com pequenas células melódicas que eram
Cave (1989). teatrais daquela época. Os dois escreveram Einstein on the Colaborou com Twyla Tharp, Allen Ginsberg, Woody
repetidas obsessivamente, quase sem desenvolvimento,
Beach, projeto de Wilson em seu “teatro de imagens” e cha-
mas que progrediam por modulações mínimas, quase Allen, David Bowie, Paul Simon, Linda Ronstadt, Yo-Yo
Mas o principal representante do minimalismo é PHILIP mado “ópera” pelo músico. Estreada no MET nova-iorqui-
imperceptíveis. Ma e Doris Lessing, entre muitos outros.
GLASS, um dos compositores americanos mais executados no, em 1976, lançou ambos para a fama.
em todo o mundo, pois sua imensa obra é composta por pe-
ças orquestrais, 12 sinfonias, 14 concertos, oito quartetos A partir daí suas composições se destinaram, em boa par- Bruno Furlanetto
de cordas, cinco balés, 15 óperas, 14 peças de music thea- te, para o teatro, entre elas duas óperas de grande sucesso
tre, 19 músicas incidentais para teatro, 47 trilhas sonoras até hoje: Satyagraha, de 1980, onde em três atos se conta a
para cinema e televisão, além de canções. Possui também luta pacífica de Gandhi contra os colonizadores britânicos
um estúdio de gravações chamado Looking Glass. Glass da Índia via um episódio na África do Sul e sua política ra-
desenvolveu um estilo de escrita próprio, facilmente iden- cista. A outra, Akhnaten (1984), fala do faraó que impôs o
tificável, usando ritmos da música indiana e ingredientes monoteísmo no Egito e foi derrotado pelos sacerdotes po-
melódicos e ritmos próprios da música popular americana. liteístas. Em ambas o enredo é de fácil compreensão e há
Glass descrevia a si próprio como “um compositor de mú- uma tendência a uma escrita mais melódica da linha vocal.
sica com estruturas repetitivas”.
Após estas três figuras que representavam a ciência, a po-
Glass nasceu em 1937 em Baltimore, onde descobriu a mú- lítica e a religião, Glass escreveu mais nove obras, algumas
sica na loja de discos de seu pai. Começou a estudar violino chamadas de “óperas” e outras de music theater, a prin-
aos seis anos, mas o trocou pela flauta aos oito. Aos dezeno- cipal sendo The Voyage sobre Colombo e a descoberta da
ve formou-se em Matemática e Filosofia na Universidade América, estreada no MET em 1992. Depois desta se segui-
de Chicago, porém determinado a tornar-se compositor ram mais nove e uma de grande repercussão: The Perfect
foi para a Juliard School, em Nova Iorque, e em Aspen com American, sobre Walt Disney (Madri, 2013). Sua última é
Darius Milhaud. Encontrando-se insatisfeito com grande The Lost , de 2014.
parte do que era considerado como música moderna, mu-
dou-se para Paris em 1965, onde estudou intensivamente Entre 1993-1996 Glass dedicou-se a uma trilogia, can-
harmonia e composição com a lendária pedagoga Nadia tada em francês, extraída de três filmes escritos e diri-
Boulanger (que também ensinou Aaron Copland, Virgil gidos pelo escritor-cineasta Jean Cocteau. No primeiro,
Thomson e Quincy Jones) e técnica da música indiana com Orphée, musicou o roteiro do filme como libreto da
o virtuoso citarista Ravi Shankar, razão de suas pesquisas ópera, escrito por ele em francês (1993). No segundo, La
musicais na Índia e no Himalaia, além do Norte da África. Belle et la Bête (1994), se projeta o filme onde Glass eli-
Retornou a Nova York em 1967 e formou o Philip Glass En-
minou a música original de Georges Auric substituindo-a
semble - sete músicos tocando teclados e uma variedade de
pela sua. Os cantores na frente da tela cantam a história,
instrumentos de sopro, amplificados e alimentados através
reagindo com os atores do filme. O terceiro, Les Enfants
de um mixer.
Terribles (1996), uma ópera-balé, onde cantores e baila-
rinos contam a história do filme, baseado num romance
do próprio Cocteau.
JEAN COCTEAU 1889-1963 Foi durante a Primeira Guerra que conheceu celebrida-
des que o influenciaram, como o poeta Apollinaire, os
Poeta, romancista, libretista, cineasta, designer, pintores Picasso e Modigliani e o músico Erik Satie, com
dramaturgo e encenador francês que começou quem colaborou no balé Parade para os Ballets Russes de
a escrever aos dez anos de idade e aos dezesseis já Sergei Diaghilev, que os lançou para a fama. A atmosfera
publicava suas primeiras poesias. Aos 19 anos, publicou de fermento criativo da época encorajou a vasta gama
seu primeiro livro de poesias. Aliás, ele insistia que era artística em que Cocteau, nos 43 anos seguintes, atuou.
fundamentalmente um poeta e Sua enorme produtividade trouxe-lhe fama internacio-
que toda a sua obra era poesia. nal. Foram 23 livros de poesia, cinco romances, 17 peças
de teatro (sendo Orphée, de 1926, a sua quarta), dois
libretos para ópera e nove para o balé. Dirigiu cinco fil-
mes (Orphée seu quinto, em 1950) e escreveu sete rotei-
ros para longas-metragens e uma infinidade para curtas-
-metragens. Aliás, ele preferia ser roteirista, pois não
queria criar uma reputação de diretor comercial.

A ópera de Glass, Orphée, foi encomendada pelo Ameri-


can Repertory Theater e estreou em Cambridge (Massa-
chusetts) em 14/05/1993. A ópera segue o simbolismo
do texto de Cocteau em sua versão moderna do mito de
Orfeu como uma parábola da vida de um artista. Assim o
jovem Orfeu é um poeta já consagrado (Glass?). O chofer
Heurtebise é a personificação de um anjo da guarda (ins-
piração?). Os símbolos explicam as suas sugestões por si
próprios.

Como a ópera é baseada num roteiro de filme, a nar-


rativa tem uma dinâmica cinematográfica que a torna
extremamente ágil, mas é construída de maneira tra-
dicional. Não há, porém, árias, nem duetos ou cenas
corais, mas sim "recitativos' ágeis, num ritmo de teatro
falado". Não esqueçamos que Orphée tem como origem
primeira uma peça teatral, a tragicomédia de Cocteau
que Glass, com sua música, deu um tom mais amargo.

Bruno Furlanetto
RESUMO DA ÓPERA ATO I ATO II
Orfeu, um famoso poeta, conversa no “Café dos Poetas” Ali, a mulher de Orfeu, Eurídice, está preocupada No mundo subterrâneo, a Princesa está sendo julgada
com um poeta velho enquanto olha, invejosamente, um esperando a volta do desaparecido Orfeu. Uma amiga, por um painel de juízes sem nome por ter tirado a
grupo de jovens que se aglomeram em torno de Cégeste, Aglaonice, espera com ela e com o Comissário de Polí- vida de Eurídice sem “ordens”. Durante o estranho
cia. Finalmente, chega Orfeu para alívio de Eurídice, o julgamento, Cégeste, a Princesa, Orfeu, Heuertebise e
um novo e jovem poeta. Orfeu fica fascinado com sua
qual despede, rudemente, o Comissário e Aglaonice. Eurídice, são interrogados e no interrogatório fica claro
protetora, a Princesa, mas o encanto é quebrado quando
Desatento e preocupado, Orfeu interrompe sua mulher que a Princesa está amando Orfeu e que Heurtebise
Cégeste, bêbado, começa uma briga, ocasionando a che-
quando ela tenta dizer-lhe que está grávida e se tranca ama Eurídice. Os juízes se retiram para estudar o caso
gada da polícia, que acaba com o tumulto. Cégeste con-
deixando Orfeu e a Princesa sozinhos. Orfeu confessa
segue fugir, mas, na rua, é atropelado por dois moto- no seu escritório com o rádio, deixando Eurídice com
seu amor pela Princesa e jura se juntar a ela não
ciclistas. A multidão, chocada, olha quando os motoci- Heurtebise, o qual entrou discretamente e viu toda a
interessando o que possa acontecer. Voltam os juízes
clistas entram carregando o corpo sem vida de Cégeste. cena. O tempo passa, Orfeu fica obcecado em ouvir pelo
e pronunciam a sentença: à Princesa é dada liberdade
Quando a polícia tenta remover o corpo, a Princesa e seu rádio mensagens misteriosas. Negligenciando Eurídice,
provisória e Eurídice pode voltar à vida com Orfeu
chofer, Heurtebise, interveem, e os participantes se dis- ele trabalha febrilmente, transcrevendo as palavras, que
com a condição dele nunca mais poder olhar para ela.
persam. Ela se volta para Orfeu e pede-lhe que a acom- ele interpreta como inspiração poética. Eurídice se volta
Heuertebise, por sua própria sugestão, é designado para
panhe enquanto eles transportam o corpo. Orfeu, em para Heurtebise para consolo. acompanhá-los. Eles voltam para casa, mas acham ser
estado de choque, concorda, mas fica surpreso quando quase impossível obedecer à condição imposta. Para
vê a Princesa aparentemente trazer Cégeste de volta à A morte e o desaparecimento de Cégeste continuam um evitar Eurídice, Orfeu se refugia no seu escritório junto
vida e o levar embora através de um espelho. Heurtebise mistério. Na delegacia, o velho poeta, amigo de Orfeu, com o misterioso rádio, mas, eventualmente, seu olhar
retorna carregando um rádio que dá ao pasmado e con- junto com Aglaonice, acusa Orfeu de plagiar a obra do cai em sua mulher e ela desaparece, imediatamente,
fuso Orfeu, e que o acompanha até em casa. falecido Cégeste. O Comissário lembra-lhes que Orfeu para o mundo subterrâneo.
é um poeta célebre, um tesouro nacional, e despede-os.
Eles o ameaçam de fazer sua própria justiça. Pouco depois, um grupo de irados jovens aparece e con-
fronta Orfeu sobre a morte de Cégeste. Heurtebise dá a
Orfeu uma pistola. Durante a confrontação Orfeu é atin-
Entretanto, Eurídice, desesperadamente infeliz, decide
gido. Retornando ao mundo subterrâneo, Orfeu reúne-se
visitar Aglaonice. Quando está saindo ouve-se, outra
com a Princesa, mas ela ordena Heuertebise a devolver,
vez, as motocicletas, e Heurtebise sai rápido para voltar,
para sempre, a sua vida. Apesar de seus protestos ela é
momentos mais tarde, com a moribunda Eurídice, que
irredutível, explicando que "a morte de um poeta deve
ele estende, com cuidado, sobre a cama.
ser o sacrifício para torná-lo imortal".

Quando ele tenta dizer a Orfeu que sua mulher está mor-
Orfeu retorna através do espelho e reencontra Eurídice
rendo, o poeta o ignora preferindo escrever. Finalmente
descansando. Conversam sobre o filho que estão espe-
Orfeu levanta os olhos de seu trabalho e Heuertebise lhe
rando antes que Orfeu volte ao trabalho, aparentemente
informa que sua mulher está, agora, morta. Se ele o quiser
sem consciência de ter estado no mundo subterrâneo. A
seguir, Orfeu poderá reclamar sua mulher à Princesa, que
Princesa e Heurtebise são levados para seus terríveis jul-
Heurtebise revela ser a Morte. Seguindo as instruções de
gamentos.
Heurtebise, eles partem juntos através do espelho.

B.F.
Quando faço um filme, ele é um adormecer no qual O realismo na irrealidade é uma armadilha constante. As Com Orphée, decidi correr o risco de fazer um filme como Os três temas básicos de Orphée são:
estou sonhando. Somente as pessoas e os lugares do pessoas sempre podem me dizer que isto é possível ou se o cinema se permitisse o luxo de esperar - como se ele
sonho importam. Tenho dificuldade em fazer contato que isto é impossível; mas o que sabemos sobre o funcio- fosse a arte que deveria ser. 1. As sucessivas mortes pelas quais um poeta deve
com outras pessoas, como acontece quando estamos namento do destino? Esse é o mecanismo misterioso que passar antes que ele se seja, como naquele admirável
quase dormindo. Se alguém está dormindo e outra tentei tornar tangível. Por que a Morte de Orphée se veste A beleza odeia idéias. Ela é suficiente para si mesma. Nossa verso de Mallarmé, lui-même enfin l'éternité le change**
pessoa entra em seu quarto, essa outra pessoa não desta ou daquela maneira? Por que ela viaja em um Rolls era está ficando seca de idéias. É a filha dos Enciclopedis- - transformado finalmente em si mesmo pela
existe. Ele ou ela existe apenas se for introduzido nos Royce e por que Heurtebise aparece e desaparece à vonta- tas. Mas não basta ter uma idéia: a idéia deve nos ter, nos eternidade.
eventos do sonho. Domingo não é um verdadeiro dia de em algumas circunstâncias, mas se submete às leis hu- assombrar, nos obcecar, tornar-se insuportável para nós.
de descanso para mim, tento voltar a dormir o mais manas em outras? Este é o eterno "por que" que obceca os 2. O tema da imortalidade: a pessoa que representa a
rápido possível. pensadores, de Pascal ao menor dos poetas. Le Sang d'un poète foi inspirado na necessidade do poeta de Morte de Orphée se sacrifica e se anula para tornar o
passar por uma série de mortes e renascer em uma forma poeta imortal.
Eu queria tocar levemente em problemas mais sérios, sem mais próxima do seu verdadeiro ser. Lá, o tema foi tocado
teorizações ociosas. Portanto, o filme é um thriller que, por com um único dedo, inevitavelmente, porque tive que in- 3. Espelhos: observamos-nos envelhecer em espelhos.
um lado, lida com o mito, e por outro, com o sobrenatural. ventar um ofício que eu não conhecia. Em Orphée eu or- Eles nos aproximam da morte.
questrei o tema e é por isso que, com um intervalo de vinte
Eu sempre gostei da terra de ninguém do crepúsculo, onde anos, os dois filmes estão relacionados. Os outros temas são uma mistura de mitos órficos e mo-
os mistérios florescem. Penso também que o cinema se dernos: por exemplo, carros que falam (os receptores de
adapta soberbamente a ela, desde que se aproveite o míni- Muitas vezes me perguntam sobre a figura do vendedor de rádio nos carros).
mo daquilo que as pessoas chamam de sobrenatural. Quan- vidro: ele é o único capaz de ilustrar o ditado de que não há
to mais você se aproxima de um mistério, mais importante nada tão difícil de quebrar quanto a rotina do trabalho, uma Orphée é um filme realista; ou, para ser mais preciso, ob-
é ser realista. Rádios em carros, mensagens codificadas, vez que, embora tenha morrido muito jovem, ele ainda per- servando a distinção de Goethe entre realidade e verdade,
sinais de ondas curtas e cortes de energia são familiares a siste em anunciar suas mercadorias em um lugar onde as vi- um filme em que expresso uma verdade peculiar para mim.
todos e me permitem manter os pés no chão. draças não fazem sentido. Se essa verdade não é a do espectador e se a sua personali-
dade entra em conflito com a minha e a rejeita, ele me acu-
Ninguém pode acreditar em um poeta famoso cujo nome Depois que o mecanismo foi acionado, todos tiveram que sa de mentir. Estou mesmo surpreso de que tantos ainda
foi inventado por um escritor. Eu tive que encontrar um acompanhá-lo para que, na cena em que ele voltasse para possam ser penetrados pelas idéias dos outros, em um país
bardo mítico, o bardo dos bardos, o Bardo da Trácia. E a a casa, Marais conseguisse ser cômico sem transgredir os conhecido por seu individualismo.
história dele é tão fascinante que seria uma loucura pro- limites do gosto e sem separar o lirismo da opereta.
curar outra. Ela me fornece o pano de fundo no qual eu Embora parte do público seja indiferente, Orphée também
costuro. Não faço mais do que seguir a cadência de todas O mesmo se aplica a François Périer*, cuja zombaria nun- encontra um público aberto ao meu sonho e que aceita
as fábulas que são modificadas ao longo dos tempos, de ca se torna desagradável ou faz com que ele pareça estar adormecer para sonhar comigo (aceitando a lógica pela
acordo com quem conta a história. Racine e Moliére fi- se aproveitando de seus poderes sobrenaturais. Nada me qual os sonhos operam, que é implacável, embora não seja
zeram melhor. Eles copiaram a antiguidade. Eu sempre parecia mais exigente do que o papel de Orphée, lutando governada por nossa lógica).
aconselho as pessoas a copiar um modelo. É pela impos- contra as injustiças da juventude da literatura. Ele não me
sibilidade de fazer a mesma coisa duas vezes e pelo san- parece ter segredos que ele desvenda e que o enganam. Ele Falo apenas da mecânica, já que Orphée não é de todo um
gue novo que é infundido no quadro antigo, que o poeta prova sua grandeza apenas através da grandeza do ator. sonho em si: através de uma riqueza de detalhes semelhan-
é julgado. Aqui, novamente, Marais ilumina o filme para mim com te a que encontramos nos sonhos, ele resume meu modo de
sua alma. viver e minha concepção de vida.
A Morte e Heurtebise de Orphée censuram Orphée por fa-
zer perguntas. Querer compreender é uma obsessão pecu- Entre os equívocos que foram escritos sobre Orphée, ainda Jean Cocteau
liar da humanidade. Não há nada mais vulgar do que obras vejo Heurtebise descrito como um anjo e a Princesa como Extraído de The Art of Cinema (1992)
que se propõem a provar algo. Orphée, naturalmente, evita Morte. No filme, não há Morte nem anjo. Não pode haver. Tradução Jayme Chaves
até a impressão de tentar provar alguma coisa. "O que você Heurtebise é uma jovem Morte servindo em uma das nu-
estava tentando dizer?" Esta é uma pergunta elegante. Eu merosas subordens da Morte, e a Princesa não é mais Mor- *Ator que interpretou Heurtebise no filme de Cocteau.
estava tentando dizer o que disse. Todas as artes podem e te do que uma aeromoça é um anjo. ** Tel qu’en Lui-même enfin l’éternité le change: primeiro verso
devem esperar. Eles devem até mesmo esperar para viver do poema Le tombeau d’Edgar Poe, de Stéphane Mallarmé.
depois da morte do artista. Apenas os ridículos orçamen- Eu nunca toco em dogmas. O lugar que eu descrevo é um limi- Literalmente: "tal como em si-mesmo enfim a eternidade o
tos do cinema o forçam ao sucesso instantâneo, por isso se te, uma terra de ninguém onde se paira entre a vida e a morte. transforma"
satisfaz em ser um mero entretenimento. Quando Marais é elogiado por sua atuação em Orphée, ele res-
ponde: "O filme interpreta meus papéis para mim".
PHILIP GLASS
NO MUNICIPAL DO RIO

A primeira vez em que a música de Philip Glass foi execu-


tada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi em 1989,
no espetáculo Mattogrosso, uma criação do diretor Gerald
Thomas. A partitura, composta especialmente para a peça
– que era chamada de “ópera”, apesar de não conter canto e
assemelhar-se mais ao assim chamado teatro-dança – pro-
vavelmente refletiu as impressões de Glass durante uma
visita à usina hidrelétrica de Itaipu. Na época, a Orquestra
Sinfônica de Atlanta havia encomendado uma nova obra,
que viria a ser uma peça coral-sinfônica intitulada justa-
mente Itaipu. Como está registrado nas notas da gravação
pela Sony Classical, “Glass visitou o canteiro de obras da
represa com seus amigos Gerald e Daniela Thomas em
1988. Viajando pelos imensos dutos e turbinas gigantes-
cas, maravilhou-se com o ato de imaginação através do
qual a humanidade estava transformando a natureza, um
empreendimento comparável em ousadia e inventividade
à construção das pirâmides egípcias. Ele soube imediata-
mente que o trabalho coral-sinfônico para a comissão de
Atlanta seria inspirado na represa de Itaipu: 'Eu olhei para
ela e disse: encontrei!' ” O primeiro movimento de Itaipu
chama-se “Mato Grosso”.

Anos depois, no fatídico 11 de setembro de 2001, o Philip


Glass Ensemble esteve no TMRJ para executar ao vivo a
nova trilha sonora que Glass havia composto para o clássi-
co filme Drácula (1931), estrelado por Bela Lugosi e dirigi-
do por Tod Browning. Podemos apenas imaginar o estado
de espírito do conjunto novaiorquino em face da catástrofe
e tendo que tocar música para o sinistro personagem.

Em 2004, o Ballet do Theatro Municipal apresentou o es-


petáculo Tríptico, composto por três coreografias, sendo a
terceira, “M.E.T.A.F.I.S.I.C.A.”, elaborada sobre o Concerto
n°1 para violino e orquestra, executado pela OSTM e com
o violinista Gustavo Menezes como solista. Finalmente,
em 2011, o próprio Glass apresentou-se no Municipal com
o violinista Tim Fain, ocasião em que foram executadas as
peças Três estudos para piano, Metamorphosis, Partita para
violino solo, Music from The Screens e Pendulum. O mesmo
Tim Fain, um ano depois, voltou ao Municipal como solista
do Concerto n°1 para violino e orquestra, acompanhado pela
Orquestra Petrobras Sinfônica.

Jayme Chaves
Agradecimentos à Fátima Cristina Gonçalves,
Chefe do Centro de Documentação, CEDOC/FTM
Felipe Hirsch
Direção Cênica
Diretor de teatro e cinema, um dos fundadores da Sutil
Companhia (1993-2012). Trabalhou com grandes atores
como Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Paulo José,
Renato Borghi, entre outros. Seu primeiro filme, Insolação,
estreou no Festival de Veneza. Desde 2013, dirige o
coletivo Ultralíricos, criado na Frankfurter Buchmesse
com a tetralogia Puzzle, que foi seguida pelos trabalhos
A Tragédia e Comédia Latino-Americana, Selvageria e
FIM, apresentados no Brasil, Alemanha, Portugal, Chile
e Argentina. Em 2017, Severina, seu segundo longa-
Annemone Taake

metragem, estreou no Festival de Locarno.

Daniela Thomas
Direção de Arte
Cenógrafa, diretora de cinema e teatro, agraciada com os Priscila Bomfim Beto Bruel Iluminação
principais prêmios nacionais e internacionais em ceno- Direção Musical e Regência Iluminador, começou sua carreira nos anos 70 com o
grafia, incluindo o APCA pelo conjunto da obra e o Triga Pianista e regente assistente da Orquestra Sinfônica no Grupo Margem, dirigido por Manoel Carlos Karam.
de Ouro da Quadrienal de Cenografia de Praga. Foi um dos Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi a primeira mu- Colaborou com Felipe Hirsch em mais de quarenta
diretores da Abertura das Olimpíadas Rio 2016 e cenógrafa lher a reger óperas nas temporadas do Theatro Municipal produções. Recebeu diversos prêmios, como a Medalha de
do espetáculo. Como cineasta, realizou os longas O Ban- - Serse, de Händel, com elenco da Academia de Ópera Bidu Ouro no World Stage Desing e quatro vezes o Prêmio Shell.
quete, Vazante, que abriu a mostra Panorama do Festival Sayão (2016) e La Tragédie de Carmen, de Bizet/Constant Trabalhou com Ademar Guerra, Enrique Diaz, Hector
de Berlim em 2017, Terra Estrangeira e Linha de Passe (co- (2017). Como assistente, regeu récitas das óperas Un Ballo Babenco, Guilherme Weber, Paulo José, Aderbal Freire-
-dirigidos com Walter Salles). A parceria nos espetáculos in Maschera, de Verdi (2018) e Fausto, de Gounod (2019), Filho, Christiane Jatahy, Daniela Thomas, José Celso
dirigidos por Felipe Hirsch completou 18 anos em 2019. além da ópera Os Contos de Hoffmann, de Offenbach (2019). Martinez Correa.
Em 2018, dirigiu concertos com a Orquestra Sinfônica da
Bahia, a Orquestra Académica Bomfim (Portugal) e a ópera
felipe tassara de câmara Piedade, de João Guilherme Ripper, na Sala Ce-
Direção de Arte cília Meireles. As óperas Piedade e Serse foram espetáculos
Arquiteto pela FAU/ USP, especializado em design de ex- eleitos pela crítica entre destaques do ano na cidade do Rio
posições, arquitetura cenográfica e direção de arte aplicada de Janeiro, em 2016 e 2018. Também nesse ano, Priscila foi
ao cinema e ao teatro. Criou a expografia do Museu do Fu- uma das seis regentes escolhidas internacionalmente para
tebol (Estádio do Pacaembú) e de exposições com Brésil In- participar da 4ª Residência do Linda and Mitch Hart Ins-
dien (Grand Palais, Paris); Picasso na Oca (acervo do Musée titute para Mulheres Regentes, promovida por The Dallas
Picasso, Paris); China – Os Guerreiros de Xi’an e os Tesouros Opera (Texas/EUA). Em 2019, regeu também os concertos
da Cidade Proibida; 50 anos de Arte Britânica na Tate (prê- de lançamento da Orquestra Sinfônica de Mulheres do Rio
mio APCA); 500 anos de Arte Russa (Prêmio APCA); De Pi- de Janeiro, orquestra que marca a representatividade fe-
casso a Barceló (acervo Museu Reina Sofia, Madrid, no Mu- minina no meio musical e artístico. Apresentou-se em con-
seu de Bellas Artes, Buenos Aires); Arte Espanhola do séc. certos à frente das Orquestras Sinfônica Nacional do Chile
XVIII e Esplendores da Espanha (acervo Museu do Prado); (Chile), Sinfônica Jovem de São Petersburgo (Rússia), Fi-
Brasil Profundo (Museu de Bellas Artes de Santiago, Chile) larmônica de Minas Gerais (MG), Sinfônica de Santo An-
e Imagens do Inconsciente, Mostra do Redescobrimento. É dré (SP), Sinfônica Cesgranrio (RJ) e Järvi Academy Sinfo-
autor dos cenários de espetáculos como Hell (Hector Ba- nietta (Estônia), ao final de masterclasses com os maestros
marcelo pies Figurino
benco) e Rancor (Otavio Frias Filho). Criou a ambientação Leonid Grin, Alexander Polianychko, Fabio Mechetti, Abel
Figurinista de cinema, TV, teatro, ópera e balé. No tea-
dos espaços públicos nas últimas 8 edições do São Paulo Rocha, Isaac Karabtchevsky, Neeme Järvi e Paavo Järvi.
tro, fez Hamlet, Sonata de Outono, Tio Vânia e Macbeth
Fashion Week. Como diretor de arte participou da reali- Priscila iniciou seus estudos musicais em Portugal, onde
com Aderbal Freire Filho, Os Sete Afluentes do Rio Ota
zação de longa-metragens, como Brincando nos Campos nasceu. Na UFRJ, graduou-se em Piano com o título Suma
com Monique Gardenberg, Hedda Gabler com Walter
do Senhor (Hector Babenco), curtas e média-metragens, e cum lauda, em Regência Orquestral na classe do maestro
lima Jr, Sweet Charity, Despertar da Primavera e Gypsy
mais de uma centena de filmes publicitários. Ernani Aguiar, e concluiu o seu Mestrado em Performance
com C. Moeller e C. Botelho e Tom e Vinicius com Da-
com uma relevante dissertação sobre Leitura à Primeira
niel Herz. Com Hair ganhou os prêmios Shell e ABCT.
Vista ao Piano.
Em ópera fez Baile de Máscara com Aderbal Freire Filho e
Tristão e Isolda com Gerald Thomas. Em dança e balé fez
Lago dos Cisnes de Sandro Borelli e Hip Hop Loves the Beat
of Music de Bruno Beltrão.
Rafael Berezinski

Ana Castro
leonardo neiva carla caramujo Ludmilla Bauerfeldt Giovanni Tristacci
Barítono Soprano Soprano Tenor
Natural de Brasília estudou com Francisco Frias na Escola Diplomada pelas Guildhall School of Music and Drama Natural do Rio de Janeiro, formou-se atriz pela Escola Téc- Aclamado pelo público e crítica especializada, Giovanni
de Música de Brasília e UnB antes de aprimorar-se Itália de Londres e Royal Conservatoire of Scotland. Em ópera nica de Teatro Martins Pena em 2005. No mesmo ano co- Tristacci cantou vários papéis principais em todos os tea-
com Rita Patané e Ernesto Paláci na Itália. Em 2013 obteve desstacam-se as suas interpretações de Contessa Folleville meçou a estudar Técnica vocal no Conservatório Brasileiro tros importantes do país e vários da América Latina. Den-
muito sucesso com musical Ça Ira do astro do rock Roger em Il viaggio a Reims, Clorinda em La cenerentola, Gilda de Música do Rio de Janeiro, sob a orientação do professor tre seus últimos sucessos destacam-se: Tamino (A Flauta
Waters. Dentre seus principais trabalhos estão Falstaff em Rigoletto, D. Anna em Don Giovanni, Adele em Die Fle- Sergio Lavor. Em 2008, foi admitida no curso de Bachare- Mágica) no Theatro Municipal de São Paulo, o papel título
(Ford), na OSESP, Les pêcheurs de perles (Zurga), I Pagliac- dermaus, Lisette em La Rondine e Princesse em L’enfant lado em Canto pela UNIRIO na classe da professora Carol em Candide, de Bernstein, na Colômbia; Kudrjáš (Kátia
ci (Silvio) e Thaïs (Athanael) no Teatro Municipal de San- et les Sortilèges de Ravel (Teatro Nacional de S. Carlos); McDavit. Integrou a Academia de Aperfeiçoamento para Kabanová) no Theatro São Pedro (SP), Duque de Mân-
tiago do Chile, ll Barbieri di Siviglia (Figaro) na estreia da Valetto em L’Incoronazione di Poppea (Traverse Theatre, Cantores Líricos do Teatro Alla Scala em Milão, Itália. No tua (Rigoletto) no Palácio das Artes, Belo Horizonte. Suas
Cia. Brasileira de Ópera, Wozzeck e Carmina Burana para Edimburgo); Violetta em La traviata (Festival de Sintra, período de 2011 a 14 se apresentou em vários teatros da Eu- participações em repertório sinfônico também incluem
o Teatro São Carlos de Lisboa, de Dialogues des Carmeli- Portugal); Adina em L’elisir d’Amore, Nena em Lo frate ropa e EUA, tais como: Teatro de Ópera de Avignon (Fran- a Missa no. 1 (Schubert), O Messias (Händel), A Criação
tes (Marquis de La Force) e Tristan und Isolde (Kurwenal) ‘nnamorato de Pergolesi e Herz em Der Schauspieldirek- ça), Fundação Theocharakis em Atenas (Grécia), Teatro (Haydn) e a Nona Sinfonia (Beethoven) junto à sinfônicas
e Hänsel und Gretel (Vater) no Festival Amazonas de Ope- tor de Mozart (CCB, Lisboa), Armida em Rinaldo de Hän- Krisanke em Ljubliana (Eslovênia), Harris Theatre, Chi- importantes como a OSESP, Filarmônica de Luxemburgo
ra, Ariadne auf Naxos (Musikleher), Götterdämmerung del (Festival Theater, Edimburgo); Rainha da Noite em cago e Strathmore Hall, Washington-DC (EUA). No Teatro e Orquestra Sinfônica da Bélgica. Estudou em consagradas
(Gunther). Participou, em 2013, da estreia brasileira de Die Zauberflöte (Trinity theatre, Londres), Controller em Alla Scala, estreou na ópera Don Pasquale (Norina), de Do- escolas de música, como a Chapelle Musicale Reine Eli-
A midsummer night's dream de Britten, criado o papel de Flight de J. Dove (Royal Th. Glasgow), Salomé na estreia nizetti em 2012, sob a regência de Enrique Mazzola e, na zabeth (Bruxelas - Bélgica), Centro de perfeccionamento
Bottom com grande sucesso. Recentemente, estreou na de O sonho de Pedro Amaral (London Sinfonietta, Gulben- temporada 2013, estreou em La Scala di Seta (Giulia), de Placido Domingo (Valência - Espanha) e Conservatorio
França na ópera Rienzi, de Wagner no Teatro Capitole de kian e The Place, Londres), Lady Sarashina de Peter Eötvös Rossini, sob a regência de Christophe Rousset. Retornou del Liceu (Barcelona – Espanha); além de ser bacharel em
Toulouse, sob direção do veterano Jorge Lavelli, espetá- (Teatro S.Luiz, Lisboa), Iara em Onheama (Festival Terras ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro como Norina na música pela UFRJ.
culo lançado internacionalmente em DVD pelo selo OPUS sem Sombra, Portugal) e Domitila de J.G.Ripper (FIMU- ópera Don Pasquale, de Donizetti, regência de Silvio Viegas
ARTE. Recentemente gravou junto a OSESP a Sinfonia Nº PA, Festival Cistermúsica, Portugal). Foi solista em grandes e direção cênica de André Heller-Lopes. Em 2019, também
10 -“Ameríndia” de Villa-Lobos sob regência de Isaac Kara- obras de repertório coral-sinfónico em salas como: Heidel- no Municipal RJ, interpretou Antonia em Os Contos de
btchevsky. É especialista em Teatro Musical, ministra au- berg Hall, Smetana Hall (Praga), Barbican (Londres), Ópera Hoffmann.
las de canto e interpretação no Sesi – Vila Leopoldina. Em de Bologna, SODRE (Montevideu), Teatro San Martin (Cór-
2018, foi protagonista no musical O Fantasma da Ópera. dova, Argentina), Theatro da Paz (Belém), e em vários fes-
tivais internacionais. Trabalhou sob a direção de maestros
e encenadores como Anne Teresa De Keersmaeker, Emilio
Sagi, Paul Curran, Katharina Thalbach, André Heller-Lo-
pes, Annilese Miskimmon, James Bonas, Antonio Pirolli,
Julia Jones, Domenico Longo, Joana Carneiro, Tobias Volk-
mann, José Miguel Esandi, Johannes Stert, Nicholas Krae-
mer, Marc Tardue, Alexander Polyanichko, Pedro Carneiro,
Nuno Coelho, Christian Curnyn, entre outros. Gravou para
as etiquetas Naxos e Framart e ainda para a RTP. A sua gra-
vação do Requiem Inês de Castro de Pedro Macedo Camacho
integra a lista de nomeados ao Grammy 2019.
murilo neves
Baixo
Bacharel em Canto Lírico pela UFRJ, entre seus trabalhos
estão Raimondo em Lucia di Lammermoor (Donizetti)
no Festival Amazonas de Ópera, Colline em La Bohème
(Puccini) no Theatro Municipal de São Paulo, Pistola em
Falstaff (Verdi) no Teatro Solís em Montevideo e Peter
Quince em A Midsummer Night’s Dream (Britten), no
TMRJ e Parque Lage. Fez sua estreia profissional em 2000
com Die Dreigroschenoper (Brecht/Weill) no CCBB RJ.
Estreou no TMRJ em 2002 como Comissario imperiale em
Madama Butterfly (Puccini). Participou de diversas edições
do Festival Amazonas de Ópera, em Carmen (Bizet), Un
Ballo in Maschera (Verdi), Acis and Galathea (Haendel),
A Raposinha Astuta (Janacek), Lulu (Berg), I Puritani
(Bellini), Tannhäuser (Wagner), Florencia em el Amazonas
(Catán), Kawah-Ijen (Ripper), entre outros. Ainda no
geilson santos lara cavalcanti Teatro Amazonas participou da primeira performance
Tenor Mezzo-soprano brasileira da obra Sinfonia de Luciano Berio.
Bacharel em canto pela Uni-Rio e Conservatório Brasi- Lara Cavalcanti formou-se pela escola de música da UFRJ
leiro de Música do Rio de Janeiro. Formou-se no Conser- com diploma de dignidade acadêmica Magna cum laude
vatório de Música de Rouen/ França em 2013 em Licence e fez parte da Academia de ópera Bidu Sayão no Theatro Ivan Jorgensen
d'interprète. No Theatro Municipal do RJ, interpretou o Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente cursa pós-gra- Tenor
papel de Elvino, da ópera La Sonnambula, de Bellini, sob duação com ênfase em canto lírico. Dentre suas atuações Tenor carioca, integra o Coro do TMRJ. Com a OSB
a regência do maestro Luiz Fernando Malheiro. Atuou no no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, destacam-se, La Ópera&Repertório, atuou em Il Re Pastore, Ariadne auf
Festival de Opera em Manaus nas Operas Ça Ira de Rogers Tragédie de Carmen (Carmen), Bodas de Fígaro (Marcelli- Naxos, Il Pirata, O Rapto do Serralho e The Rake's Progress.
Waters e Ariadne auf Naxos de Strauss no papel de Tanz- na), A menina das nuvens (Mãe), Dido and  Aeneas (Dido), No Municipal, merecem destaque suas atuações como so-
meister sob regência do maestro Luiz Fernando Malheiro. Cavalleria Rusticana (Lola), Faust (Siebel), Serse (Arsame- lista na Petite Messe Solenelle, Rigoletto, Madama Butterfly,
Na Temporada do Theatro São Pedro em São Paulo atuou ne), La Cenerentola (Tisbe), João e Maria (João) e Salomé Concerto de Comemoração aos 80 anos do Coro do TMRJ,
na Opera Porgy and Bess de Gershwin no papel do Sporting (Pajem de Herodias). Em outros teatros destaca, Cosi fan Homenagem a Carlos Gomes, Norma e, ainda, em Billy Budd
life, sob regência de Felipe Senna. Em 2014, participou das tutte (Dorabella), Die Zauberflöte (segunda dama – Wei- e Salomé, no papel de Narraboth. Em 2017 cantou Števa na
montagens no Theatro Municipal do RJ as obras Carmem mar – Alemanha), O Mambembe encantado (Ana Beleza), aclamada montagem de Jenufa, de Janáček, e Don José em
de Bizet, sob regência do maestro Silvio Viegas e do maes- Carmen (Mercedes), Tia Principessa (Suor Angelica). Foi La tragédie de Carmen, ambos no Municipal do Rio, onde,
tro Isaac Kabtchevsky. Participou também das montagens solista também em obras como a Petite Messe Solennelle de em 2018, foi solista em Nona Sinfonia de Beethoven e Mis-
de Billy Budd de Britten e Salomé de Strauss. Em 2019 can- Rossini, Te Deum de Bruckner e Les nuits d’été de Berlioz sa da Coroação, de Mozart; e, em 2019, do concerto Trilogia
tou a obra Les Nuits d’été de Hector Berlioz, como parte do junto à Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio Tudor, com o soprano Maria Pia Piscitelli.
balé Be-Marche, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, de Janeiro, Missa em Mib do Padre José Maurício Nunes
com o Maestro Carlos Prazeres e participou da ópera Os Garcia junto à Orquestra Sinfônica Brasileira, Fantasia co-
contos de Hoffmann, também no TMRJ. ral de Beethoven junto à FEMUSC, Matinas da Ressurrei- Patrick Oliveira
ção do Padre José Maurício e Vésperas do Sábado Santo de Baixo
Manuel Dias de Oliveira junto à Associação de Canto Co- Bacharel em canto pela URFJ. Em 2013, com a OSB Ópe-
ral, Maria na cantata sacra Il pianto di Maria de Ferrandini ra e Repertório, interpretou Snug em Sonho de uma Noite
junto a ORSEM. Foi premiada no concurso Maria Callas e de Verão de Benjamin Britten, no Parque Lage e no TMRJ,
no concurso de música de câmara Francisco Mignone. Re- onde participou também da estreia brasileira de Billy Budd
cebeu junto ao espetáculo A modinha que não sai de moda também de Britten, interpretando Arthur Jones. Em 2016
o Troféu de reconhecimento na categoria advento cultural ingressou na Academia de Ópera Bidu Sayão do TMRJ,
não governamental no Congresso da Sociedade de Cultura participando da ópera Serse de Händel, em que interpretou
Latina (seção Brasil) no ano de 2016. Gravou como solista o o personagem Ariodate e interpretou o Sargento na ópera
Magnificat de João Guilherme Ripper, junto ao Coro Brasil La Bohème de Giacomo Puccini no TMRJ. Em 2019, parti-
Ensemble e Ladainha de Francisco Braga junto ao Coro de cipou de Os Contos de Hoffmann, também no TMRJ.
Câmara Sacra Vox.
Antônio Ventura Paulo Ornellas
priscila albuquerque Bruno Fernandes Assistente de Direção Assistente de Iluminação
Direção de Movimento/Coreografia Direção de Movimento/Coreografia
Primeira Solista do Ballet do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro, formada pela Escola Estadual de Danças Maria
Olenewa e Bacharela em Artes Cênicas pela Uni-Rio. In-
gressou no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
em 2000 e trabalhou com nomes como Natalia Makarova,
Jean-Yves Lormeau, Márcia Haydée, Elizabeth Platel, Ri-
chard Cragun, Tatiana Leskova. Atuou em grandes papéis
como Myrtha, Fada Lilás, Gamzatti, Zobeide de Schehe-
razade, A Bandida de Carmen, A Eleita de A Sagração da
Primavera, como também em obras como: Age of Innocen-
ce de Edward Liang, Serenade de Balanchine, Maple Leaf
Rag de Martha Graham, Le Spectre de La Rose, Criação
de Uwe Scholz , Romeu e Julieta de Cranko, Canções de
R.Pederneiras, e Erosão de Luiz Fernando Bongiovanni.
Como coreógrafa, foi convidada para a mostra Coreógra-
fos Brasileiros; na temporada oficial do Ballet do Theatro
Municipal RJ de 2006, compartilhando o programa com Paulo Barbosa
Henrique Rodovalho (Quasar Cia de Dança), João Salda-
Assistente de Figurino
nha e Roseli Rodrigues (Grupo Raça Cia de Dança). No ano
seguinte, coreografa e dança Alma Brasileira para o Gru-
po de Dança D.C., direção de João Wlamir. Lecionou em
2012/2013 no projeto Teatro em comunidades da Uni-Rio
associada à Redes de Desenvolvimento da Maré. Desde
2017 já assinou a direção de movimento de mais de 5 de pe-
ças teatrais nos teatros do Rio de Janeiro.
Torne-se Amigo Associe-se! Associação
dos Amigos do Teatro Municipal
do Theatro Municipal Você recebe descontos especiais, do Rio de Janeiro

programação em primeira mão


PRESIDENTE Gustavo Martins de Almeida
e atendimento preferencial na compra de ingressos.
associados beneméritos
João Pedro Gouvêa Vieira (IN MEMORIAN), Wagner Victer

associados ouro
Alberto Flores Camargo, Alex Haegler, Ana Luisa de Souza
Lobo Horta, Beatriz Frening, Bento Gabriel Fontoura, Eduardo
Mariani, Hélio Noronha Junior, Ilza Giestas Tristão, Marcos
Fernando de Moraes, Peter Dirk Siemsen, Ricardo Backheuser,
Vittório Tedescchi

associados prata
Adriana Salituro, Alberto Fabiano de Oliveira, Alexandre
Magalhães da Silva, Alvaro Loureiro, Ana Lucia Albuquerque
Souza Silva, Ana Lucia Borda, Carlos José de Souza Guimaraes,
Carlos José Middeldorf, Claudia Christina Schulz, Cookie
Richers, Eduardo Prado, Eduardo Weaver, Edith Klien, Gustavo
Tepedino, Kátia Pope, Lavínia Cazzani, Luiz Dilermando de
Castello Cruz, Maria Lucia Cantidiano, Maria Cecília Cury,
Marie Christiane M. Meyers, Marlit Silva Cavalcanti Bechara,
Moysés Liberbaum, Neuza Ayres de Mendonça, Paulo Antonio
de Paiva, Regina Célia Sampaio Vieira, Renato Peixoto Garcia
Justo, Soerensen Garcia Advogados Associados, Timoteo
Naritomi, Ulisses Breder, Walter Monken

associados bronze
Amin Murad, Ana Maria Pedrosa, Ângela Poci, Antonio Carlos
Vidigal, Beatriz Dias de Sousa, Carmen Baldo, Carmen Valéria
Soares Muniz, Cláudio Gonçalves Jaguaribe, Cleusa Khair,
Déa Marques Santos, Ema Mercedes Anita S. Larragoite,
Gerda Poppinga, Gilberto Bulcão, Gloria Percinoto, Gucia
Fiszman, Heloisa Francisca Carvalho, Jean Lyra, Julia Adão
Bernardes, Laila Melo, Lena Bulcão Vianna, Liana Pettengill,
Lielson Olivieri, Luiz Carlos Ritter, Maria do Carmo Cintra,
Maria do Carmo Inocêncio/Fabio Peluso, Maria do Rosario
Trompieri, Maria José Lopes, Maria Thereza Williams, Marta
Nolding, Nelson de Franco, Nelson Eizirik, Nora Lopes Lanari,
Odilza Vital, Paulo Braga Galvão, Pedro Avvad Associados,
Pompeu Lino, Sebastiana Maria Cesário, Shirley Coutinho,
Solange Domingo Torres, Sonia Maibon Sauer, Telma Javoski,
Thais de Almeida Seabra, Thereza Guimarães, Vânia Tepedino
Hernandez, Vera Lucia Kazniakowski, Walter D' Agostino,
Wilton Queiroz

ASS. Executiva DA PRESIDÊNCIA, Coord. Geral de


Projetos Incentivados e Captações Ana Paula
R Macedo | ASSISTENTES Ana Carolina Constantino
Nunes (Administrativo), Marlene Alves de Albuquerque
(Administrativo), Thiago Alves Serra (Administrativo
Financeiro)

Entidade sem fins lucrativos fundada em 1984.


aatm.com.br | associados@aatmrj.com.br
2239 9612 e 2259 8726
FUNDAÇÃO TEATRO MUNICIPAL ORQUESTRA SINFÔNICA BALLET
DO RIO DE JANEIRO DO THEATRO MUNICIPAL DO THEATRO MUNICIPAL
DO RIO DE JANEIRO DO RIO DE JANEIRO
PRESIDENTE Aldo Mussi
Maestro Titular Ira Levin
VICE-PRESIDENTE Ciro Pereira da Silva
Maestrina Assistente Priscila Bomfim
DIRETOR ARTÍSTICO André Heller-Lopes

Maestro Titular da Orquestra Sinfônica Ira Regina Coeli * | PERUCARIA Divina L. Suarez (encarregada) Primeiros Violinos Ricardo Amado (spalla), Gustavo Mene- Assistente de Corpo Artístico Zelia Iris | Ensaiadores
Levin | MAESTRO TITULAR DO CORO Jésus Figueiredo | | ASSISTENTE DE PERUCARIA Sheiller de Araújo*, Luciana zes (spalla), Carlos R. Mendes (spalla), Andréa Moniz, Antonella Áurea Hämmerli, Celeste Lima, César Lima, Marcelo Misailidis,
ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA PARA ÓPERA Marcos Menescal Santos* | DIRETORIA ADMINISTRATIVA FINANCEIRA | Pareschi, Erasmo Carlos F. Junior, Angelo Dell’ Orto, Ayran Nico- Norma Pinna, Teresa Augusta | Assistente de Ensaios
| ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA PARA BALLET E MÚSICA DIRETORIA Sandra Varanda e Rayana Fontes (Estagiária) | demo, Fernando Matta, Suray Soren, William Doyle, Ivan Schein- Paulo Arguelles / Cristiane Quintan | Professores César
Eduardo Pereira | MAESTRA ASSISTENTE DA OSTM Priscila CONTABILIDADE ANALÍTICA Gustavo Bispo da Silva (Chefe var, Nataly Lopez, Ruda Issa, Maressa Carneiro | Segundos Lima, Manoel Francisco, Marcelo Misailidis, Nora Esteves,
Bomfim | CHEFE DA DIVISÃO DE ÓPERA Bruno Furlanetto | Contábil) | DIVISÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS Michelle Violinos Marluce Ferreira, Marcio Sanches, Ricardo Menezes, Ronaldo Martins, Teresa Augusta | Bailarinos Principais/
CHEFE DA DIVISÃO DE MÚSICA Antonella Pareschi | Chefe Botelho (Chefe de Divisão), Valeria Sampaio (Chefe de Camila Bastos Ebendinger, Pedro Mibielli, Tamara Barquette, Primeiros Bailarinos Ana Botafogo, Áurea Hämmerli,
da Divisão de Dança Manoel Francisco | ASSESSORIA Serviço), João Victor da Silva (Estagiário) e Pedro Henrique Oswaldo Luiz de Carvalho, Thiago Lopes Teixeira, Flávio Gomes, Cecilia Kerche, Claudia Mota, Nora Esteves. Cícero Gomes,
ARTÍSTICA Jayme Soares Chaves | DIRETORA OPERACIONAL | DIVISÃO DE MATERIAL, PATRIMÔNIO E SERVIÇOS Rosane Pedro Henrique Amaral, José Rogério Rosa, Glauco Fernandes, Filipe Moreira, Francisco Timbó, Paulo Rodrigues*** |
Adriana Rio Doce | DIRETOR DA ESCOLA ESTADUAL DE Gomes (Chefe do Serviço de Patrimônio e Serviços), Clayton Léo Ortiz | Violas José Volker Taboada, Daniel Albuquerque, Primeiros Solistas Deborah Ribeiro, Fernanda Martiny,
DANÇA MARIA OLENEWA Hélio Bejani | ASSESSORIA DE Azevedo, Crisane Marcia, Marcio Ferreira Angelo, Marcus Luiz Fernando Audi, Geraldo Monte, Isabela Passaroto, Eduardo Juliana Valadão, Priscila Albuquerque, Priscilla Mota*, Renata
COMUNICAÇÃO Ricardo Rochfort, Arthur da Rocha Tezolim Vinicius Mendes Azevedo, Maria Augusta Henrique Oliveira, Pereira, Carlos Eduardo Santos** | Violoncelos Marcelo Sal- Tubarão. Alef Albert, Edifranc Alves*, Joseny Coutinho,
e Van Ferreira (estagiária) | ASSESSORIA DE IMPRENSA Erica Nunes (Estagiária) e Pablo Leonardo (Estagiário) | les, Pablo Uzeda, Marie Bernard, Claudia Grosso Couto, Eduardo Rodrigo Negri | Segundos Solistas Carla Carolina, Melissa
Marcia Bahia e Camila Lamoglia | ASSESSORA DE PROJETOS DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS Tatiana Silva (Chefe J. de Menezes, Fiorella Solares, Lylian Moniz** | Contrabai- Oliveira, Rachel Ribeiro, Vanessa Pedro, Viviane Barreto.
ESPECIAIS Bruna de Carvalho | Assessoria Jurídica da Divisão), Alex Machado (Chefe de Serviço), Solange xos José Luiz de Souza, Leonardo de Uzeda, Tony Botelho, Anderson Dionísio, Carlos Cabral, Ivan Franco, Paulo Ricardo,
Cristiane Pereira Lima (chefe), Guilherme Alfradique Klausner Rocha (Chefe de Serviço), Priscila Castelo Branco, Yara Tito, Antônio Arzolla | Flautas/Flautim Rubem Schuenck, Eugê- Santiago Júnior, Wellington Gomes | Bailarinos Adriana
| CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO Fátima Cristina Gonçalves | Jonathan Moraes (Estagiário) | DIVISÃO DE ENGENHARIA, nio Kundert Ranevsky, Sofia Ceccato, Sammy Fuks | Oboés/ Duarte*, Ana Luiza Teixeira*, Bianca Lyne, Flávia Carlos, Inês
SECRETÁRIA Helene Nascimento e Vanessa da Silveira G. dos ARQUITETURA E MANUTENÇÃO Luciano Ferreira (Chefe da Corne Inglês Janaína Botelho, Adauto V. João | Clarine- Pedrosa*, Isabel Torres, Karen Mesquita*, Karin Schlotterbeck,
Santos | ARQUIVO MUSICAL Neder Nassaro (chefe) e Bruno Divisão), Marisa Assumpção (Chefe de Serviço de Arquitetura tes/Clarone Moisés A. dos Santos, Marcos Passos, Ricardo Marcella Gil, Márcia Antunes, Márcia Jaqueline*, Marjorie
Reis (encarregado) | COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Izabel e Conservação), Ednaldo Menezes (Encarregado da Brigada Silva Ferreira | Fagote/Contrafagote Márcio Zen, Ariane Morrison, Mônica Barbosa, Nina Farah*, Paula Mendes*, Paula
de Vilhena | PRODUTORES OPERACIONAIS Claudia Marques de Incêndio), Alex Ribeiro (Encarregado), Aécio de Oliveira, Petri, Carlos Henrique Bertão | Trompas Philip Doyle, Daniel Passos*, Regina Ribeiro, Rita Martins, Sandra Queiroz, Sueli
e Simone Lima | ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – TÉCNICA Alan Carvalho, Allan Victor Carvalho, Alberto da Silva, Soares, Ismael de Oliveira, Eduardo de Almeida Prado, Fran- Fernandes*, Tereza Cristina Ubirajara. Bruno Fernandes, João
André Luiz Santana | COORDENADORES DE PALCO Nilton Alberto Souza, Alexandre Costa, Alexandre Sousa, Antônio cisco de Assis | Trompetes Jailson Varelo de Araújo, Jessé Wlamir*, Mateus Dutra, Mauro Sá Earp, Moacir Emanoel*,
Farias, Manoel dos Santos e Marcelo Gomes | CAMAREIRAS de Oliveira, Carlos Eduardo Cartaxo, Flavio Ribeiro, Gessi de Sadoc do Nascimento, Wellington Gonçalves de Moura, Tiago Murilo Gabriel*, Roberto Lima, Saulo Finelon, Sérgio Martins
Leila Melo (chefe), Vera Matias, Joice Assis, Cassia de Andrade, Jean da Silva, Jefferson da Cruz, João de Oliveira, Viana | Trombones Adriano Garcia, Gilmar Ferreira | Trom- | Assistente Administrativo Margheritta Tostes, Zeni
Souza, Barbara Alves**, Gilsara Alves**, Katia Esteves** | Jorge da Cruz, Jordão Brazil, João Paulo Lourenço, Claudio bone baixo Gilberto da Conceição Oliveira, Leandro Dantas Saramago | Assistentes Artísticos Margarida Mathews*,
CONTRARREGRAS Francisco Almeida, Gilson Sacramento, Correa, Lucio Mauro Rufino, Luiz Carlos Sardinha, Luiz | Tuba Fábio de Lima Bernardo | Harpas Silvia Braga | Tím- Lourdes Braga* | Pianistas Gelton Galvão, Gladys Rodrigues,
Fernando Santos**, Yan Dantas** | MAQUINISTAS José de Carlos Gonçalves, Marco Aurélio Ribeiro, Manoel da Silva, panos/Xilofone/Percussão Philipe Galdino Davis, Eli- Itajara Dias, Valdemar Gonçalves, Mariza Tortori Seixas*** |
Sant’anna (encarregado), Antônio Figueiredo, Antônio da Silva, Marcos Serafim, Max de Souza, Meire Mescouto, Roberto seu Costa, Edmere Sales, Paraguassú Abrahão, Sérgio Naidin | Coreóloga Cristina Cabral | Produção Ana Quevedo,
Cesar Clay, Clementino Santos, Flavio Azevedo, Jorge Antunes, Feliciano, Tania Martins, Tiago Dias, Luiz Claudio Estevam | PIANO Elisa Wiermann** | Coordenação do Corpo Artís- Élida Brum, Inês Schlobach*, Irene Orazem, Shirley Pereira
Roberto Celestino, Severino Félix, Damião Sant’anna**, Ronaldo DIVISÃO ADMINISTRATIVA Neilton Serafim Ferreira (Chefe da tico Rubem Calazans | Assistentes do Corpo Artístico | Pesquisa e Divulgação Elisa Baeta | Assistente
Garcia**, Cláudio Lucio**, Elias da Silva**, Robson Almeida**, Divisão), Francisco José Mota, Felipe Lemos, Kelly Krugger | Maria de Fátima M. Mota | Auxiliar Operacional João Cló- de Cenografia Renê Salazar | Médico Danny Dalfeor |
Luiz Carlos Alves**, Elizangela de Moraes**, Guaracy Lima** | Informações Giliana Sampaio e Silva, Isaulina Maria Correa, vis Guimarães | Assistente de Montagem Teatral Carlos Fisioterapeuta Roberta Lomenha | Bailarinos Cedidos
ELETRICISTAS CÊNICOS Noel Loretti (encarregado), Fabiano Eduarda Pinheiro (Estagiária), Raphaela da Silva (Estagiária), Tadeu Soares Ana Paula Siciliano, Barbara Lima, Cristina Costa, Hélio Bejani,
Brito, Igor Scoralick, Paulo Ignácio, Ricardo Brito, Vitor Yasmin Teixeira (Estagiária) | BILHETERIA Celso Luiz Telles João Carvalho, Karina Dias, Laura Prochet, Márcia Faggioni,
Terra** | OPERADORES DE LUZ Daniel Ramos, Jairo Martins, (Chefe de Bilheteria), Ana Paula dos Santos (Supervisão de Paulo Ernani, Renata Gouveia, Rosinha Pulitini, Sabrina German
Paulo Ornellas | OPERADORES DE SISTEMA WB Wilson Bilheteria), Janaina Anjos, Jaqueline Brandão, Jorge Luiz
Junio (encarregado), Samuel Fernandes** | Operador de Braga | Portaria Adilson dos Santos (Encarregado), Mario Agradecimento
Som Ricardo Santos, Roney Torres** | CENTRAL TÉCNICA Torres, Zulena Gomes da Cunha, Claudia Abreu | RECEPÇÃO Hervé Éric Lagaert, professor de francês dos solistas
DE PRODUÇÕES | GAMBOA ADMINISTRAÇÃO Luis Carlos Giuliano Coelho, Hallayane Sampaio, Andre Gomes, João
Licenciado* Contratado** Cedido***

Santos, Mauro Dunham | INHAÚMA ADMINISTRAÇÃO Diego Wagner Pereira, Thomas Victor, Leandro Santos, Leonardo da
Antônio Silva | ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Claudenir de Silva, Natacha de Freitas, Nicolas Rafik Rodrigues, Thiago de
Souza | ADEREÇO DE CENA Edson Silvério, Jonas Carvalho Carvalho, Paulo Couto, Pedro Oliveira, Rayane Araújo, Ronan
| ADEREÇO DE FUGURINO Manuel Proa, Marcia Cristina Souza, Robson de Mello, Wellington Aquino, Rafael Mazzini,
Machado | CARPINTARIA Francisco Gomes (encarregado), Mariana de Queiroz (Estagiária), Fabiana Marques (Estagiária)
Geraldo dos Santos | CONTRARREGRA Josias dos Santos
| CENOGRAFIA José Medeiros (encarregado), Antônio
Pinto, Elias dos Santos | CORTINA E ESTOFAMENTO Nilson Os funcionários do Theatro Municipal RJ estudam inglês na Cultura
Guimarães | GUARDA ROUPA Sergio Pereira da Silva, Inglesa, francês na Aliança Francesa e espanhol no Instituto Brasil-
Florisvaldo Evangelista | MAQUIAGEM Ulysses Rabelo *, Argentina.
Theatro Municipal do Rio de Janeiro

revisão de textos Manoel Francisco | Design Carla Marins


Praça Floriano, s/nº Cinelândia Rio de Janeiro
Teatro B: Av. Almirante Barroso, 14-16, Tel 2332-9191 / 2332-9134
Bilheteria 10h às 18h (em dia de espetáculo até o horário da apresentação)
ingresso.com 4003 2330

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