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HISTÓRIA DA ÓPERA - ATIVIDADE 2

Paulo Sergio Silva - Matrícula: 1219285

Baseado nos seguintes ques onamentos, argumento a seguir:

1 - Até que ponto a Ópera é especificamente um fenômeno italiano e mais inerente à cultura daquele país de outros
tempos?

Por ter não somente o berço na cidade de Firenze, em Florença, no século XVI, mas também toda sua trajetória, e em
grande parte a sua língua falada e cantada, os grandes compositores, cantores e libre stas, a ópera faz a Itália muito
importante, e fonte de tudo que viria posteriormente para a ascensão de outras tradições operís cas, como a alemã e
a francesa. Mesmo assim, a ópera italiana con nua a ser uma parte importante da cultura musical e teatral do país.

Na segunda fase da história da ópera, em Veneza, ela deixa de ser exclusiva da alta corte para começar a se tornar
popular, com teatro público, e seus temas começam a ser mais abrangentes, e com a profissionalização do cantor de
ópera, treinado para altas performances, inclusive com a figura do Castra . Roma aperfeiçoou os coros. Nápoles
desenvolveu o bel canto, a arte de cantar.

Claudio Monteverdi, Francesco Cavalli, e Antonio Ces , Alessandro Scarla , foram alguns dos grandes nomes italianos
e para referência mundial até hoje.

Tentaram definir este novo gênero dramá co, para aceitar a combinação entre texto e música e para compreender as
qualidades próprias da ópera. Mesmo não sendo exatamente uma forma, a mesma teve diversas sistema zações com
o tempo, e durante o Renascimento, a Itália testemunhou o surgimento das primeiras formas de ópera, com destaque
para as obras de Claudio Monteverdi, como "Orfeo" (1607), que são consideradas marcos na história da ópera. A ópera
italiana con nuou a prosperar nos séculos seguintes, com compositores como Giuseppe Verdi, Gaetano Donize e
Giacomo Puccini, que criaram algumas das óperas mais icônicas do repertório mundial.

Ao longo do século XX e XXI, a ópera italiana enfrentou desafios e viu a ascensão de outras tradições operís cas, como
a alemã e a francesa. Mesmo assim, a ópera italiana con nua a ser uma parte importante da cultura musical e teatral
do país.

2 - Quais influências você detecta da Ópera em nossa cultura local?

Música Clássica Brasileira: A ópera desempenhou um papel importante no desenvolvimento da música clássica
brasileira. Compositores brasileiros, como Carlos Gomes, considerado o mais importante compositor de ópera do
Brasil, escreveram óperas que incorporaram elementos da música tradicional brasileira, bem como influências
europeias. Suas óperas, como "O Guarani" e "Fosca," são exemplos notáveis desse sincre smo musical.

Teatro: A ópera também influenciou o teatro brasileiro, especialmente no século XIX, na época de Dom Pedro II, quando
o país estava sob forte influência europeia. Espetáculos de ópera frequentemente atraíam a elite cultural brasileira, e
companhias de ópera estrangeiras visitavam o país para apresentações. Isso contribuiu para o desenvolvimento do
teatro de ópera no Brasil, assim como a cultura.

Literatura e Poesia: A ópera muitas vezes servia como fonte de inspiração para escritores e poetas brasileiros. As
histórias dramá cas e român cas das óperas europeias influenciaram a literatura brasileira do século XIX,
especialmente o movimento literário do Roman smo.

Incorporação de Elementos Locais: Alguns compositores brasileiros que escreveram óperas incorporaram elementos
da cultura e da natureza brasileira em suas composições. Isso ajudou a criar uma ponte entre a tradição operís ca
europeia e a cultura local, resultando em óperas com temas brasileiros e exó cos.
Formação da Iden dade Cultural: A ópera desempenhou um papel na formação da iden dade cultural brasileira,
especialmente durante o período colonial e imperial. As apresentações de ópera eram eventos sociais importantes, e
a elite cultural frequentava os teatros para apreciar a música e o teatro. Isso contribuiu para a construção da imagem
de uma elite cultural sofis cada no Brasil.

A ópera influenciou até a MPB. Tanto quanto a poesia urbana de Noel Rosa, com configuração dramá ca, como com
Caetano Veloso e Gilberto Gil, que usaram seu lirismo pessoal em crônicas de lutas culturais, no desafio de uma arte
altamente sofis cado com o potencial de a ngir a um grande público, assim como Chico Buarque, que com seu lirismo,
escreveu a “Ópera do Malandro”, com a forma de uma comédia musical. O compositor estava plenamente consciente
das tradições italianas e germânicas. Citou e fez sá ra do es lo operís co, ao mesmo tempo fazendo um tributo ao
gênero.

3 - Em que sen dos a Ópera pode ser interessante ou boa para nós hoje?

Não há como se falar em ópera sem se emocionar, tal qual como vi na personagem de “Uma linda mulher”, interpretada
pela Julia Roberts, se emocionando vendo Puccini, através de Madame Bu erfly. A história reflete o que vemos face a
face nas pessoas que ouvem uma ópera pela primeira vez. É como ver a Torre Eiffel na sua frente. Não tem como não
se emocionar. Eu já cheguei à conclusão de que, quem não se emociona, é porque nunca viu ao vivo. E esta cultura de
ver uma obra operís ca pela televisão, que já era absurdamente precária, em celular então, vira potencialmente mo vo
de grande piada, ou até de choro. E as pessoas gostam quando veem. Elas amam, mas tem poucas oportunidades de
presenciarem um espetáculo deste. Vez ou outra, alguns eventos da modernidade, como os 3 tenores, um ou outro
cantor pop que veio da música lírica, lembram à população o quão lindo tudo isto pode ser. Lembro que quando o Fred
Mercury, em uma pequena amostra grá s com Montserrat Caballé, com um mínimo de atuações, fez as pessoas
vibrarem e se interessarem mais pelo trabalho operís co tradicional. Mesmo embora os mais conservadores
desmerecerem o evento, é fac vel de ver, até em analogia ao saxofonista Kenny G, que trouxe o povo ao interesse pelo
Jazz, o quão importante isso foi para trazer o público comum à curiosidade e à audição para a ópera.

Os grandes musicais da Brodway, da Disney, com sua estrutura proveniente e referenciada das grandes obras
operís cas, tem sido um prato cheio para esta grande experiência.

A grande verdade é que sempre estamos sendo massacrados pela música mercadológica, como inclusive a ópera
também já foi em épocas passadas, e o resgate sim, é sempre di cil, mas não nunca impossível, e jamais a ópera
deixará de ser bela.

Referências

1 Introdução à Ópera Italiana (de 1600 a 1800) - INSTITUTO DE MÚSICA CLARITASPULCHI. Disponível em:
h ps://claritaspulchri.com.br/introducao-a-opera-italiana-de-1600-a-1800/. Acesso em 25/09/2023

2 Ópera - Wikipédia. Disponível em h ps://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93pera. Acesso em 27/09/2023

3 Ópera Italiana e Poé ca: Precep vas E Reformas No Final Do Século Xviii – Portal da Universidade Federal de Goiás.
Disponível em: h ps://revistas.ufg.br/musica/ar cle/view/22042/13104. Acesso em 27/09/2023

4 Ópera Brasileira – Expressão do Futuro. Disponível em: h p://operabrasileira.com/a-tradicao-da-opera-brasileira/.


Acesso em 31/08/2023

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