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Verdi escreveu 28 óperas sobre temas que vão desde histórias bíblicas a
maneiras modernas. Muitas das suas óperas tinham um significado para além
da história superficial. Em Nabucco, os hebreus mantidos em cativeiro no Egipto
e o famoso coro dos escravos hebreus, foi visto como uma alusão ao domínio
austríaco da Itália, enquanto La Traviata, explora a moralidade. Com base no
romance de Dumas La Dame aux Camelias,a ópera foi, surpreendentemente,
um fracasso na sua primeira apresentação(1853). O título traduz-se como "A
mulher que se perdeu" e a heroína é uma cortesã, (prostituta). Isto foi
considerado tão chocante que quando La Traviata foi representada pela primeira
vez em Inglaterra em 1856, foi-lhe dado um cenário histórico e não
contemporâneo para evitar ofender as sensibilidades do público vitoriano.
Nos finais do século XIX, a ópera era vista como a última forma de arte,
adequada para retratar as grandes aspirações não só dos homens e mulheres
heroicos, mas também dos povos e nações. A ópera russa Boris Godunov
(1874), escrita pelo Modesto Mussorgsky (1839-1881), dramatiza um período
tempestuoso na história russa e dá especial ênfase ao coro de pessoas que se
aglomeram à volta do mundo cintilante do czar. Embora “Catherine the Great”
tenha promovido a ópera italiana e até escrito alguns dos seus próprios libretos,
a ópera russa foi em grande parte uma invenção do século XIX, um sinal de
fermento social, bem como de nacionalismo crescente.
III. Oboé
Por volta do ano 1825, os oboés com quinze buracos de tom e dez chaves
estavam a ser fabricados tanto na Alemanha como em França. Apesar disso, os
instrumentos tinham uma diferença fundamental, uma vez que as diferentes
estéticas sonoras que governavam a produção de oboés tinham levado ao
aparecimento de dois tipos diferentes. Mais tarde ficaram conhecidos como o
oboé "francês" e o oboé "alemão".