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Orquestra

Sinfónica
do Porto Casa da Música
Baldur Brönnimann direcção musical
Jörg Widmann clarinete

19 Out 2019 · 18:00 Sala Suggia

CONCERTO ASSOCIAÇÃO
PORTUGUESA DE OSTEOPOROSE

MECENAS ORQUESTRA SINFÓNICA


DO PORTO CASA DA MÚSICA
Maestro Baldur Brönnimann
sobre o programa do concerto.

https://vimeo.com/366797510

A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE


1ª PARTE
Richard Wagner
Abertura da ópera Os Mestres Cantores de Nuremberga (1868; c.18min)

Jörg Widmann
Elegie, para clarinete e orquestra (2006; c.19min)*

2ª PARTE
Jörg Widmann
Babylon­‑Suite (2014; c.30min)*

*Estreias em Portugal

JÖRG WIDMANN – ARTISTA EM RESIDÊNCIA

Foyer Poente, 17:15


Conversa com Baldur Brönnimann e Jörg Widmann

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Richard Wagner tura de um judeu. E é certo que umas décadas
LEIPZIG, 22 DE MAIO DE 1813 depois, como é bem sabido, os nazis utilizariam
VENEZA, 13 DE FEVEREIRO DE 1883 abundantemente música de Wagner para glori­
ficar a figura de Hitler e a “raça ariana”.
Abertura da ópera Mas será que podemos culpar Wagner pelos
Os Mestres Cantores de Nuremberga actos genocidas de alguns dos seus “fãs”?
Muitos têm questionado essa ideia, como é
O concerto de hoje começa e termina com o caso do maestro Harry Kupfer, para quem
música de ópera: a Abertura de uma ópera de “devemos finalmente deixar de pedir descul­
Richard Wagner, no início; e, no fim, uma Suite pas pelos Mestres Cantores”, notando que
instrumental retirada de uma ópera de Jörg a ênfase da ópera na cultura germânica não
Widmann. Ambas as óperas foram, curiosa­ precisa de ser vista como um ataque a outras
mente, estreadas em Munique, e exactamente culturas. Além disso, Kupfer vê em Os Mestres
com 150 anos de diferença: a de Wagner a 2 de Cantores, e em particular na figura de Hans
Novembro de 1862, no Königliches National­ Sach (o mais famoso dos tais mestres canto­
‑Theater; a de Widmann a 27 de Outubro de res), “a mais utópica e optimista das obras de
2012, na Bayerische Staatsoper. Num certo Wagner, (...) mostrando como seria possível
sentido, porém, as temáticas são diametral­ as pessoas viverem democraticamente umas
mente opostas: enquanto a ópera de Widmann com as outras”. E David B. Dennis demonstrou,
descreve (e de algum modo celebra) um mundo num artigo de 2003, que “a ópera foi primaria­
multicultural, a de Wagner tem muitas vezes mente utilizada [pelos nazis] como um ícone do
sido vista como uma apologia (possivelmente conservadorismo cultural e não como propa­
racista e até anti­‑semita) da nação germânica. ganda para fomentar o ódio racial”. E Dennis
Embora já em 1845 Wagner tivesse ela­­ mostra também como essa leitura, enfatizando
borado um primeiro rascunho do libreto de princípios de disciplina e tradição associados à
Os Mestres Cantores de Nuremberga, foi figura de Hans Sach, implicou já uma deturpa­
entre 1862 e 1867 que efectivamente compôs ção do sentido original da ópera de Wagner; os
a ópera. Por essa época, aderira, como muitos nazis, de facto, ignoraram a presença na ópera
dos seus conterrâneos, a uma perspectiva de uma outra personagem, Walther von Stol­
assumidamente nacionalista, defendendo zing, que aparece como um defensor da livre
os valores germânicos contra um suposto expressão artística e um verdadeiro revolu­
ataque de um “elemento totalmente estra­ cionário, defensor – como Wagner – da “arte
nho” – os Judeus – de cuja presença resul­ do futuro”.
tava “uma caricatura repugnante do espírito
germânico” (Wagner, 1865, Was ist deutsch?). A acção da ópera situa­‑se no século XVI, em
Para muitos, esse anti­‑semitismo de Wagner torno de uma associação de poetas e músi­
reflecte­‑se em Os Mestres Cantores, em parti­ cos amadores (os tais “mestres cantores”) em
cular na personagem de Sixtus Beckmesser, Nuremberga. O evento central da narrativa é
expulsa da comunidade no final da narrativa, e uma competição de canto à qual concorre o
que seria, em particular para os espectadores tal Walther von Stolzing, um jovem cavaleiro
da época, uma clara (e estereotipada) carica­ que pretende trazer novas ideias estéticas e

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musicais, entrando em choque com o conser­ Jörg Widmann
vadorismo de muitos dos jurados. A ele se opõe MUNIQUE, 19 DE JUNHO DE 1973
Sixtus Beckmesser, o mais pedante e reaccio­
nário dos mestres cantores. Ajudado por Hans Elegie, para clarinete e orquestra
Sachs, Walther acaba por vencer, ganhando o
prémio mais cobiçado de todos: a mão da bela Jörg Widmann é um dos casos mais extraordi­
donzela Eva Pogner. nários de um verdadeiro músico completo. Não
A música traduz essa oposição entre é só o facto de ser simultaneamente instrumen­
conservadorismo e vanguardismo, ordem e tista, compositor e maestro – muitos reúnem
espontaneidade, razão e emoção. O primeiro essas características – mas o facto de se apre­
tema, por exemplo, traz­‑nos uma marcha sentar em todas essas vertentes (e em espe­
solene e ostentativa, sugerindo o conser­ cial na performance e na composição) ao mais
vadorismo disciplinado da corporação dos elevado nível internacional. É reconhecido como
mestres cantores. À frente, um motivo ligeiro um dos maiores virtuosos do clarinete (tocando
e gracioso na flauta sugere o despontar dos música de todas as épocas, como solista, com
sentimentos amorosos (necessariamente as melhores orquestras do mundo) e é um dos
livres e espontâneos, na concepção wagne­ compositores mais requisitados (por institui­
riana de amor romântico) entre Eva e Walther. ções como o Carnegie Hall, a Filarmónica de
Segue­‑se uma fanfarra militar, muito pomposa, Berlim e a Orquestra do Concertgebouw).
nos metais, sugerindo o poder da corporação Essa junção de extremo virtuosismo perfor­
mas também algo de rígido e quase caricato. A mativo e composicional é rara na actualidade, em
isso se opõe a música intensa e calorosa que que os músicos tendem (ainda) a especializar­
se segue, centrada nas cordas, descrevendo o ‑se mais num ou noutro domínio. Mais comum
assumir da paixão entre os dois heróis. No final é a junção compositor­‑maestro (por exemplo
da Abertura, todos os temas principais apare­ Peter Eötvös e Mattias Pintscher), mas a junção
cem combinados, em sobreposição, como compositor­‑performer – a tão elevado nível –
que sugerindo uma síntese entre tradição e parece ser mais rara. Um exemplo é o oboísta­
progresso, disciplina e liberdade. ‑compositor­‑maestro Heinz Holliger, igualmente
conhecido do público da Casa da Música. No
caso do clarinete, porém, praticamente não há
precedentes. Widmann não é, claro, o primeiro
virtuoso do clarinete que é também composi­
tor. Exemplos conhecidos do passado incluem
Franz Tausch (1762­‑1817), Ernesto Cavallini
(1807­‑1874), Paul Jeanjean (1874­‑1928) e Louis
Cahuzac (1880­‑1960), mas enquanto que estes
últimos compuseram essencialmente para o seu
instrumento, o repertório de Widmann é muito
mais diversificado, abrangendo uma multiplici­
dade de géneros e formações, do instrumento
solo (não só clarinete, mas também piano, violino

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e trompa) à ópera (Babylon, 2012). Só a nível de acaba por se tornar bastante acessível, mesmo
concertos para instrumento solista e orquestra para o público menos habituado aos experi­
Widmann conta já, aos 46 anos de idade, com mentalismos da música contemporânea. Uma
obras para flauta, clarinete, oboé, piano, violino, sonoridade do clarinete que ele usa recorrente­
violoncelo e trompete. mente ao longo desta peça, por exemplo, são os
chamados “multifónicos”, um tipo de sonoridade
Elegie é o primeiro de dois concertos para clari­ muito explorado na música das últimas déca­
nete e orquestra compostos por Widmann – o das, em que em vez de ouvirmos uma só nota
outro é Echo­‑Fragmente, obra curiosamente de cada vez ouvimos várias ao mesmo tempo.
também de 2006. Ambos os concertos são Mas enquanto outros compositores exploram
frequentemente identificados pela crítica essas sonoridades por si mesmas e de modo
como exemplificando uma das abordagens relativamente isolado, Widmann integra­‑as em
características de Widmann ao meio concer­ verdadeiras linhas melódicas e cria ecos da
tante, enfatizando a cooperação entre solista sua sonoridade metálica noutros instrumen­
e orquestra e o trabalho tímbrico e textural. tos (no acordeão e nas cordas, por exemplo),
Essa abordagem opõe­‑se à de outros concer­ tornando­‑as um elemento de expressão musi­
tos seus (como ab absurdum, de 2002, para cal tão directa quanto a mais simples melodia.
trompete), que exploram extremos de veloci­ Essa preocupação com uma expressão
dade e virtuosismo e o conflito dramático entre emocional directa é central na música de
o solista e a orquestra. Widmann, parecendo prolongar, nesse aspecto,
Isso não significa que seja fácil a parte do as preocupações de dois dos seus professo­
solista – longe disso! Particularmente impres­ res de composição: Hans Werner Henze (com
sivo é o uso sistemático de quartos de tom, quem estudou entre 1994 e 1996) e Wolfgang
explorando, para além das 12 notas habituais Rihm (1997­‑1999). Mas comparando com o
da escala cromática (as notas que se encon­ neo­‑expressionismo exacerbado desses
tram num piano), todas as notas intermédias dois mestres (muito devedor de Alban Berg),
(por exemplo a nota entre o Mi e o Fá, que pode há em Widmann também um certo sentido
ser designada como “Mi ¼ tom acima” ou “Fá ¼ de contenção e restrição (mais próximo de
tom abaixo”). Widmann toca todas essas notas Anton Webern), a par de uma vontade de explo­
como se fossem as mais fáceis do mundo. Mas rar novos sons e timbres (talvez influenciada
não se trata de uma mera exibição de virtuo­ pelo mais experimental dos seus professo­
sismo, já que Widmann trata esses sons, que res, Heiner Goebbels, e por vezes próxima do
a maior parte de nós está ainda pouco habi­ mundo de Helmut Lachenmann). A originali­
tuado a ouvir, como parte integrante do seu dade de Widmann está na síntese que faz entre
discurso, e não como mero efeito. O resul­ esses elementos tão díspares.
tado é um carácter melódico oscilante, muitas Como já referido, a obra foi composta em
vezes hesitante e algo surreal, que ajuda a criar 2006, tendo sido encomendada pela Orques­
o ambiente muito próprio da peça. tra Sinfónica da Rádio do Norte da Alemanha
É característico de Widmann, de resto, inte­ e estreada por essa orquestra, com Widmann
grar os supostos “efeitos” ou sonoridades alter­ como solista, na Laeiszhalle em Hamburgo, a 11
nativas num discurso musical expressivo que de Junho de 2006.

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Babylon­‑Suite O libreto da ópera, de autoria do conhe­
cido filósofo Peter Sloterdijk, retrata a vida
“Ouvi esta obra a noite passada nos num espaço multi­‑cultural e multi­‑religioso,
BBC Proms. Que obra fantástica, espaço esse baseado na Babilónia antiga mas
suficientemente tonal para os que (como o indica Widmann) remete também
tradicionalistas, experimental o suficiente para o nosso mundo contemporâneo. Desse
para os mais aventureiros… Tenho estado ambiente cénico geral retirou o compositor
a pensar na obra desde que a ouvi.” duas consequências gerais que se manifes­
− Comentário de um utilizador do YouTube tam claramente na música que hoje ouvimos:
a Babylon­‑Suite.1 por um lado, um carácter de grandiosidade e
monumentalidade, reflectido nas gigantescas
“As intervenções tonais que Widmann faz forças instrumentais envolvidas e na escrita
emergir em pleno meio de um magma orquestral predominantemente massiva,
sonoro são belas ou são kitsch?” indo ao encontro da grandiosidade da própria
− Subtítulo de um artigo de Dionysios Dervis­‑Bournias Babilónia e da dimensão épica dos cataclis­
sobre Babylon­‑Suite, disponível no blog “Huffpost”.2 mos aí ocorridos (em particular o célebre dilú­
vio); por outro lado, uma abordagem musical
“É realmente uma ópera sobre a Babilónia poli­‑estilística, traduzindo a heterogeneidade
antiga, mas penso que tem também social da Babilónia antiga (e do nosso mundo
muito que ver com o nosso tempo, contemporâneo) através da convivência e do
pois a Babilónia foi uma das primeiras confronto de estilos musicais diversificados.
sociedades multiculturais, com muitas Esses estilos vão desde gigantescas avalan­
religiões e culturas, e também choques ches sonoras dissonantes e ruidosas às sonori­
[entre elas]”. dades mais inocentes e tonais. A música tanto
− Entrevista a Jörg Widmann sobre a ópera Babylon.3 evoca a atonalidade de Schoenberg como as
mais convencionais marchas militares; tanto
Babylon­‑Suite é isso mesmo que anuncia o os ruídos (a “música concreta instrumental”)
título: uma suite orquestral retirada de uma de Lachenmann como a música de cinema de
obra mais extensa. Babylon é a mais ambi­ Ennio Morricone (uma passagem lembra irre­
ciosa das três óperas de Widmann, tendo sida sistivelmente o Cinema Paraíso).
estreada em 2012, com reacções mistas, na
Bayerische Staatsoper de Munique. A suite é
de 2014, adaptando (e condensando) o original
operático (cerca de duas horas e meia) numa
versão de concerto puramente instrumental
(de meia hora).

1 https://www.youtube.com/watch?v=kYDy2jKsSqc.
2 https://www.huffingtonpost.fr/dionysios­
‑dervisbournias/la­‑bouleversante­‑babylon­‑suite­‑de­
‑jorg­‑widmann­‑par­‑lorchestre_a_21701939/
3 https://www.youtube.com/watch?v=Kd7KWgLJySs.
7
“Eu diria que o som desta cidade [da
Babilónia] é similar ao som de hoje em dia:
a justaposição e sobreposição de muitas
culturas, povos e regiões diferentes,
que traz a uma esfera trivial uma
simultaneidade selvagem e fascinante de
sons patéticos e sagrados. Podemos ouvir
uma confusão linguística na música, que
podia apenas ser ouvida na Babilónia e
que pode também ser ouvida hoje.”
− Descrição da peça, por Jörg Widmann,
disponível no site da Schott.4

DANIEL MOREIRA, 2019

4  https://en.schott­‑music.com/shop/babylon­
‑suite­‑no319346.html.

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Baldur Brönnimann direcção musical Fura dels Baus e Barrie Kosky; Death of Klin‑
ghoffer de John Adams na English Nacional
Baldur Brönnimann é considerado um dos Opera; L’Amour de Loin de Saariaho na Ópera
melhores maestros de música contemporâ­ Norueguesa e no Festival de Bergen; e Index of
nea do mundo. Desenvolveu estreitas cola­ Metals de Romitelli com Barbara Hannigan no
borações com compositores de topo tais Theater an der Wien. No Teatro Colón, dirigiu
como John Adams, Kaija Saariaho, Harrison também Erwartung de Schoenberg, Hagith
Birtwistle, Unsuk Chin, Helmut Lachenmann, de Szymanowski, The Little Match Girl de
Magnus Lindberg, Georg Friedrich Haas e Lachenmann (com o compositor no papel de
outros, e dirigiu obras importantes de Ligeti, narrador) e Die Soldaten de Zimmermann.
Romitelli, Boulez, Vivier e Zimmermann. Apre­ Enquanto Maestro Titular da Orquestra
sentou­‑se em festivais como BBC Proms, Sinfónica do Porto Casa da Música e da Basel
Wien Modern, Darmstadt e Mostly Mozart no Sinfonietta, Baldur Brönnimann continua a
Lincoln Center. Maestro de grande versatili­ dirigir programas onde combina de uma forma
dade com uma abordagem aberta à progra­ inesperada obras contemporâneas e desco­
mação e à interpretação musical, acredita nhecidas com o repertório corrente. Entre
firmemente na importância das activida­ 2011 e 2015, foi Director Artístico do principal
des de âmbito educativo e comunitário e na ensemble norueguês de música contemporâ­
necessidade de questionar as fronteiras tradi­ nea, BIT20. Foi Director Musical da Orquestra
cionais da música clássica. É Maestro Titu­ Sinfónica Nacional da Colômbia em Bogotá
lar da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da entre 2008 e 2012.
Música e da Basel Sinfonietta. Natural da Suíça, Baldur Brönnimann estu­
Das temporadas passadas, destacam-se dou na Academia de Música da Basileia e no
colaborações com as Filarmónicas de Seul, Royal Northern College of Music em Manches­
Oslo, Bergen, Luxemburgo e Real Escocesa, ter, onde foi posteriormente nomeado Profes­
a Sinfónica WDR e as Orquestras de Câmara sor Convidado de Direcção de Orquestra.
de Aurora e Munique. Em 2019/20, é convi­ Actualmente vive em Madrid.
dado a regressar às Sinfónicas das Rádios
de Frankfurt e Viena – para uma interpreta­
ção da épica Décima Sinfonia de Schnebel
no Musikverein. Estreia-se com a Orquesta y
Coro de la Comunidad de Madrid. Trabalha
frequentemente com ensembles de música
contemporânea de todo o mundo: dirigiu o
Klangforum Wien em Viena e em digressão e
o Ensemble Intercomporain nos BBC Proms,
homenageando a música de Boulez.
No domínio da ópera, Brönnimann dirigiu
Le Grand Macabre de Ligeti na English Natio­
nal Opera, na Komische Oper de Berlim e no
Teatro Colón (Argentina), em produções de La

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Jörg Widmann clarinete giante Prémio Elise L. Stoeger (Lincoln Center,
2009), o Prémio Paul Hindemith (2001), o
Clarinetista, compositor e maestro, Jörg Prémio Arnold Schoenberg (Viena/Berlim,
Widmann é um dos artistas mais fascinan­ 2004), o Prémio da Sinfónica SWR de Baden­
tes da sua geração. Na temporada de 2018/19 ‑Baden e Freiburg e o Prémio Claudio Abbado
tocou como solista com a Sinfónica da Rádio (Berlim, 2006). São apresentadas regularmente
Bávara com Susanna Mälkki, a Sinfónica Nacio­ por maestros como Daniel Barenboim, Daniel
nal de Taiwan com Shao Chia Lu, a Filarmónica Harding, Valery Gergiev, Kent Nagano, Christian
da Rádio NDR de Hanôver com Andrew Manze Thielemann, Mariss Jansons, Andris Nelsons e
e a Orquestra de Câmara da Basileia com Heinz Simon Rattle, e estreadas por orquestras como
Holliger. Foi Artista em Residência na Sinfónica as Filarmónicas de Viena, Berlim e Nova Iorque,
Nacional de Taiwan e na Orchestre de Paris. a Orchestre de Paris e a Sinfónica da BBC. É
Em música de câmara, ao longo de 2018/19 Daniel R. Lewis Young Composer Fellow na
Widmann apresentou­‑se pela Europa com o Orquestra de Cleveland, que estreou o seu
Quarteto Hagen e em trio com Tabea Zimmer­ Concerto para flauta Flûte en suite em 2011.
mann e Dénes Várjon. Fez a estreia da obra A sua ópera Babylon foi estreada em 2012/13
Joyce de Peter Eötvös. Como maestro, cola­ na Ópera Estatal da Baviera sob a direcção de
borou com a Orchestra della Svizzera Italiana, Kent Nagano. Am Anfang de Anselm Kiefer e
a Sinfónica Metropolitana de Tóquio, o Boulez Jörg Widmann foi estreada em 2009, no âmbito
Ensemble de Berlim, a Kammerakademie Pots­ do 20º aniversário da Ópera da Bastilha, com
dam e a Junge Deutsche Philharmonie. Como Widmann no papel de maestro pela primeira
maestro titular da Orquestra de Câmara da vez na sua carreira.
Irlanda, dirige­‑a em digressões na Europa e na Widmann teve residências em importantes
América do Sul. Em 2018, dirigiu a estreia do seu festivais e orquestras: Festivais de Lucerna e
Concerto para violino n.º 2, interpretado por Salzburgo, Sinfónica de Bamberg, Orquestra
Carolin Widmann e a Sinfónica Metropolitana da Tonhalle de Zurique, BOZAR e Elbphilar­
de Tóquio. A obra será tocada nesta temporada monie. A sua obra foi colocada em foco pela
pela Orchestre de Paris, a hr­‑Sinfonieorchester Konzerthaus de Viena, a Alte Oper de Frankfurt,
e a Filarmónica Real de Estocolmo. a Philharmonie de Colónia, o Carnegie Hall de
Jörg Widmann estudou clarinete com Nova Iorque e a Gewandhaus de Leipzig.
Gerd Starke em Munique e Charles Neidich na Membro do Wissenschaftskollegs em
Juilliard School em Nova Iorque. Fez a estreia Berlim, da Academia de Belas Artes da Baviera
mundial do Concerto para clarinete über de e, desde 2007, da Academia Livre das Artes de
Mark Andre no Donauerschinger Musiktage Hamburgo, da Academia Alemã de Artes Plás­
2015. Outros concertos para clarinete foram­ ticas e da Academia de Ciências e Literatura de
‑lhe dedicados, entre os quais Musik für Klari‑ Mainz, Jörg Widmann é professor de composi­
nette und Orchester de Wolfgang Rihm (1999) ção na Academia Barenboim­‑Said em Berlim.
e Cantus de Aribert Reimann (2006).
Widmann estudou composição com Kay
Westermann, Wilfried Hiller e Wolfgang Rihm.
As suas obras foram premiadas com o presti­

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Violino I Violoncelo Trompa
James Dahlgren Nikolai Gimaletdinov Nuno Vaz
Veliyana Yordanova* Vicente Chuaqui Hugo Carneiro
Radu Ungureanu Feodor Kolpachnikov Eddy Tauber
Emília Vanguelova Bruno Cardoso Bohdan Sebestik
Andras Burai Sharon Kinder
Roumiana Badeva Gisela Neves Trompete
Evandra Gonçalves Hrant Yeranosyan Stephen Mason*
Tünde Hadadi Aaron Choi Ivan Crespo
Vadim Feldblioum Luís Granjo
Vladimir Grinman Contrabaixo Rui Brito
José Despujols Rui Rodrigues
Alan Guimarães Florian Pertzborn Trombone
Jorman Hernandez* Joel Azevedo Severo Martinez
Sara Veloso* Tiago Pinto Ribeiro André Conde*
Nadia Choi Faustino Núñez Pérez*
Violino II Altino Carvalho Gonçalo Dias*
Ana Madalena Ribeiro Slawomir Marzec
Tatiana Afanasieva Georges Pereira* Tuba
Lilit Davtyan Luís Oliveira*
José Paulo Jesus Flauta
Francisco Pereira de Sousa Paulo Barros Tímpanos
Domingos Lopes Ana Maria Ribeiro Jean­‑François Lézé
Paul Almond Alexander Auer
Ana Luísa Carvalho* Angelina Rodrigues Percussão
Nikola Vasiljev Bruno Costa
Diogo Coelho* Oboé Paulo Oliveira
Raquel Santos* Aldo Salvetti Nuno Simões
Pedro Carvalho* Tamás Bartók André Dias*
Eldevina Materula
Viola Roberto Henriques Harpa
Mateusz Stasto Wolfgang Schottstädt* Ilaria Vivan
Isabel Pereira* Emanuela Nicoli*
Anna Gonera Clarinete
Theo Ellegiers Luís Silva Celesta
Luís Norberto Silva Carlos Alves Luís Filipe Sá*
Jean Loup Lecomte João Moreira
Rute Azevedo Gergely Suto Acordeão
Biliana Chamlieva Fernando Brites*
Emília Alves Fagote
Hazel Veitch Gavin Hill
Robert Glassburner *instrumentistas convidados
Roberto Erculiani*
Vasily Suprunov

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MECENAS ORQUESTRA SINFÓNICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL
DO PORTO CASA DA MÚSICA CASA DA MÚSICA

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