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Carl Maria Von Weber:

Biografia:
Nascido no dia 18 de dezembro de 1786, Carl Maria Friedrich Ernest von
Weber, foi um compositor alemão de renome, tendo também exercido
outras profissões/ocupações como pianista, diretor de orquestra e crítico.
Para além disso, foi-lhe atribuído o título de barão.
Faleceu aos 39 anos no dia 5 de junho de 1826 em Londres com
tuberculose (doença bastante comum naquela época).
O seu corpo foi repatriado para Dresden, a 15 de Dezembro de 1844,
tendo, nessa ocasião, Richard Wagner tecido o seu elogio fúnebre. Weber
parte, mas fica todo o seu legado. Foi na ópera que Weber se revelou com
toda a sua genialidade e a Alemanha deve-lhe isso mesmo: a ópera alemã.

História de vida profissional e pessoal:

Filho de um aristocrata empobrecido que se tornou diretor de teatro


ambulante, Weber viajou imenso e adquiriu conhecimentos cênicos
preciosos – nas suas óperas, valorizou a cenografia e serviu-se dos
recitativos com admirável senso teatral. Antecedendo Wagner, concebeu
a música dramática sob a perspetiva romântica de fusão harmoniosa entre
as artes.
Formado na Universidade de Música e Performances Artísticas de Viena,
desde sempre com interesse pela pesquisa de timbres, Weber compôs
obras concertantes para variados instrumentos: flauta, fagote, trompete,
trompa, viola, violoncelo, harpa, violão e, especialmente, para clarinete,
devido à sua amizade com o clarinetista Baermann. Duas sinfonias, duas
missas, cantatas religiosas ou profanas, numerosas canções, música de
câmara e uma grande produção pianística comprovam a riqueza e
variedade de sua inspiração.
No ano de 1810, dedicou-se essencialmente a compor concertos para
piano.
Já a partir de 1813 começa a dedicar-se inteiramente ao lírico e torna-se
diretor da ópera de Praga.
Finalmente em 1817, torna-se diretor da ópera de Dresden dominada pelo
estilo italiano.
Aos 39 anos, com a saúde comprometida pela tuberculose, Weber,
preocupado em assegurar o futuro da mulher e dos dois filhos, aceitou
compor uma nova ópera para o Covent Garden de Londres. Contrariando
recomendações médicas, partiu para a Inglaterra, onde, ciente do pouco
tempo que lhe restava, dedicou-se inteiramente à composição. Terminou
a Abertura da sua última obra-prima três dias antes da estreia, que ele
próprio regeu, com enorme sucesso, a 12 de abril de 1826, dois meses
antes de falecer.
Apesar da grande divulgação e prestígio de algumas das obras do
compositor alemão, comparativamente a outros com igual importância na
História da Música, Weber é, infelizmente, um dos menos compreendidos
e conhecidos.

Características musicais:
De facto, Weber inovou (sem esquecer os antecedentes mozartianos) ao
utilizar elementos populares germânicos no âmbito da música operística.
Como diretor da Ópera de Dresden, idealizou o teatro lírico genuinamente
alemão, opondo-se ao massacrante predomínio italiano (durante os
últimos 10 anos da sua vida). Estudou o folclore da sua terra, as suas
lendas e mitos; escolheu enredos que falavam diretamente aos anseios do
povo e criou melodias inesquecíveis que se tornavam facilmente
populares. Retratou a Natureza, revelando os mistérios de uma Floresta
fantástica, sombria, impregnada dos temores supersticiosos da mitologia
germânica. Vários aspetos do Romantismo dominam a sua obra ousada e
inovadora que se manteve, entretanto, fiel à tradição vienense de Haydn e
Mozart. Weber foi um romântico que encontrou no classicismo a melhor
forma para se expressar. Com uma orquestra pouco maior que a de
Mozart e sempre mantendo um admirável equilíbrio sonoro, o compositor
criou efeitos fascinantes, de grande poder sugestivo, conduzindo o
ouvinte ao mundo fantástico das suas histórias.
Principais obras:
O auge da sua fama surgiu com óperas como Der Freischütz (1821),
Euryanthe (1823) e Oberon (1826).
Esta primeira é considerada um singspiel e é também considerada a
primeira ópera romântica alemã. A sua história, derivada do folclore, fala
de um homem que vendeu a sua alma ao Diabo por algumas balas
mágicas que o farão ganhar um concurso de tiro e com ele a mão da sua
amada.
Em Euryanthe, encomendada para ser apresentada em Viena, Weber faz
uso pioneiro do leitmotiv – ou motivo condutor, técnica composicional
que consiste em associar um motivo melódico a cada personagem.
Classificada como grande ópera romântico-heroica, Euryanthe baseia-se
em uma história medieval francesa na qual a dupla malévola Lysiart e
Eglantine trama contra o amor e a fidelidade do casal Adolar e Euryanthe.
Oberon, ou o juramento do rei dos elfos, ópera estreada no ano da sua
morte, une a Idade Média cavaleiresca, o exotismo do Oriente e os
personagens shakespearianos de Sonho de uma noite de verão. A ação
acontece entre a França, a Arábia e o Mundo das Fadas: Oberon, rei dos
elfos, briga com sua esposa Titânia, rainha das fadas. Para ser perdoado
ele deve encontrar um casal de namorados cujos sentimentos suplantem
todos os obstáculos à sua paixão, demonstrando, assim, a força invencível
do amor.

Conclusão:
De facto, o compositor, deu um lugar de destaque às obras para clarinete,
fazendo com que este se transforma-se num instrumento romântico por
excelência.

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