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Por Arthur Torelly Franco

torelly@polors.com.br

O Expressionismo e Schoenberg
Arnold Schoenberg revolucionou a música moderna, ao escrever em 1909 suas
Três peças para piano, Opus 11, a primeira obra completamente atonal,
indiscutivelmente a mais significativa composição do século XX. Nestes três
epigramáticos trabalhos, Schoenberg abandonou os métodos tradicionalmente
aplicados de harmonia e expressão musical. Como pode se imaginar, muitas
pessoas julgaram esta composição e as obras subseqüentes do compositor
vienense como violentas e incompreensíveis. Acusado e criticado tanto pelos
conservadores como pelos radicais, explica-se porque ele não triunfou perante o
público como Stravinsky e Bartók, também da escola modernista.

Schoenberg viveu na época de uma revolução artística, no mesmo período em


que Freud divulgava suas primeiras teorias. Os artistas expressionistas, entre
eles Oskar Kokoschka, tentavam pintar os abismos do inconsciente freudiano.

O impressionismo, nascido na França, retratou o ar livre, os campos e os


oceanos. É o exterior refletido desde o interior. O Expressionismo, nascido na
Alemanha é a maior expressão da arte que tem o seu olhar voltado para o
oculto, para o interior.

Arnold Franz Walter Schoenberg nasceu em Viena, no dia 13 de setembro de


1874. Ele pertencia a uma família de judeus ortodoxos, e enfrentou uma época
em que a sociedade era declaradamente anti-semita. Forçado pelas
circunstâncias ele converteu-se ao catolicismo e mais tarde ao luteranismo
(1898). Mesmo assim, sua origem judaica sempre o perseguiu e ele jamais
conseguiu um emprego público. Anos mais tarde, Schoenberg retornaria ao
nacionalismo religioso judaico, compondo a ópera Moses und Aron, que nunca
foi finalizada.

Quando jovem Arnold aprendeu a tocar piano e cello e aos vinte anos foi
aprender noções de composição e contraponto com Alexander Zemlinsky. As
duas primeiras composições de Schoenberg, praticamente as únicas bem
recebidas pelo público, foram Verklärte Nacht, um sexteto de cordas e o
poderoso coral Gurrelieder. Estas obras levam ao extremo o cromatismo
wagneriano, já que o autor era um grande admirador do estilo do mestre de
Bayreuth.

Richard Strauss encaminhou Schoenberg para Berlim, aonde ele assumiu por
três anos o posto de professor de música do Conservatório Stern. Durante esse
período, numa homenagem ao amigo e benfeitor, ele escreveu o poema
sinfônico Pelleas und Melisande, obra que leva o mesmo nome da ópera de
Claude Debussy.

A devastação física e espiritual provocada pelos horrores da primeira guerra


mundial abalou não só a política, como a estética. O período romântico chegou
ao seu final e o movimento expressionista deu impulso a musica moderna.
Schoenberg lança as suas Três peças para piano e o Quarteto de cordas nº 2
fugindo totalmente do estilo tonal. Em 1909 ele lança a primeira opera atonal, a
sombria Erwartung e passa a ser objeto de escárnio e desprezo por parte das
platéias e de outros compositores que se mantiveram fiéis aos cânones da
harmonia. Anton Webern e Alban Berg são alunos e apoiadores fiéis de
Schonberg. Os três fundam a chamada Segunda Escola Vienense de Música.

Em 1924, Schoenberg cria o método serial dodecafônico, que traria ordem ao


potencial caos do atonalismo. O dodecafonismo encontrou uma imensa
receptividade na Itália, principalmente junto ao compositor Luigi Dallapicolla.

Schoenberg também dedicava parte de seu tempo à pintura e exibiu alguns


trabalhos na famosa exposição Blaue Reiter, organizada por Kandinski em 1911.
A maioria de suas telas está voltada para imagens de pesadelos, representados
por máscaras que revelam olhares desvairados.
A devastação física e espiritual provocada pelos horrores da primeira guerra mundial abalou não só a
política, como a estética. O período romântico chegou ao seu final e o movimento expressionista deu
impulso a musica moderna. Schoenberg lança as suas Três peças para piano e o Quarteto de cordas nº
2 fugindo totalmente do estilo tonal. Em 1909 ele lança a primeira opera atonal, a sombria Erwartung e
passa a ser objeto de escárnio e desprezo por parte das platéias e de outros compositores que se
mantiveram fiéis aos cânones da harmonia. Anton Webern e Alban Berg são alunos e apoiadores fiéis de
Schonberg. Os três fundam a chamada Segunda Escola Vienense de Música.

Em 1924, Schoenberg cria o método serial dodecafônico, que traria ordem ao potencial caos do atonalismo.
O dodecafonismo encontrou uma imensa receptividade na Itália, principalmente junto ao compositor Luigi
Dallapicolla.

Schoenberg também dedicava parte de seu tempo à pintura e exibiu alguns trabalhos na famosa exposição
Blaue Reiter, organizada por Kandinski em 1911. A maioria de suas telas está voltada para imagens de
pesadelos, representados por máscaras que revelam olhares desvairados.

Foi nessa época que a atriz Albertine Zehme lhe encomendou a composição de um melodrama vocal,
baseado em poemas de Albert Giraud. O resultado foi a peça Pierrot Lunaire, composta dentro do novo
estilo expressionista. A interpretação requer poucos instrumentos – Flauta, clarinete, violino, viola, cello e
piano. A soprano interpreta o texto usando a técnica do Sprechgesang, que pode ser definida como um
discurso cantado, uma espécie de terra de ninguém situada entre a canção e a fala.

No ano seguinte Schoenberg volta a residir em Berlim, para assumir a cátedra de composição na Academia
de Artes. Com o advento do nazismo o músico perde o cargo, abandona a Alemanha e converte-se de novo
ao judaísmo. Em 1933, ele fixa residência nos Estados Unidos, aonde passa a lecionar na Universidade de
Los Angeles.

Em 1944, o compositor inscreveu-se para receber uma doação da Fundação Guggenheim, que lhe
permitiria completar a ópera Moses und Aron iniciada em 1930. Seu pedido foi recusado e o compositor
faleceu em 1951, sem concluir o terceiro ato desta fascinante ópera.

Durante a maior parte de sua vida a personalidade do artista era angustiada por não conseguir comunicar-
se com Deus.

A ópera Moses und Aron reflete a busca da fé, o estabelecimento de uma crença religiosa e não deixa de
ser uma reflexão metafórica de sua própria vida. O libreto escrito pelo próprio músico é uma interpretação
da história bíblica de Moisés, transfigurado pela imagem de Deus e sua mensagem, mas incapaz de
transmitir o que aprendeu, para seu povo e seu irmão Aron. Este tem a fluência para transmitir a mensagem
para as multidões. Enquanto o papel de Moisés é interpretado num gutural estilo sprechgesang, Aron é
interpretado por um tenor cujas palavras são claras e se elevam às alturas. O diálogo entre ambos pode ser
considerado como a luta primitiva entre o visionário e o pragmático. Schoenberg está
perfeitamente identificado em Moisés e sua ópera além de ser um espetáculo cênico musical encerra uma
lição de dialética filosófica.

O trabalho é estático em termos de ação, estando mais para oratório do que para uma ópera. Os momentos
mais admiráveis são representados pelos corais, já presentes no início da obra, na cena da sarça ardente.
Eles também fazem um contraste chocante. Após vários diálogos em sprechgesang, eles voltam com todo o
vigor nas cenas de orgia, aonde virgens desnudas dançam ao redor do Bezerro de Ouro. Muitos críticos
preferem a obra sem o terceiro ato, dizendo que ela se completa ao final do segundo, com o grito de
desespero de Moisés: "Oh palavra, tu palavra que me faltas"

http://www.artnet.com.br/pmotta/bibliol.htm
Alban Berg
Alban Maria Johannes Berg (Viena, 9 de Fevereiro de 1885 – Viena, 24 de Dezembro de 1935)
foi um compositor austríaco.
Foi apelidado "o romântico do dodecafonismo", pois nas obras que escreveu esse estilo sobrevive
na expresividade e dramatismo. Compôs as óperas Wozzeck e a incompleta Lulu.
Autodidacta musical até ser aluno de Arnold Schoenberg (entre 1904 e 1911), acaba por interessar-
se por composição e pelo dodecafonismo. Junto com o seu mestre Schoenberg e o seu amigo e
condiscípulo Anton Webern pertence à chamada Segunda Escola de Viena (sendo a primeira o trio
formado por Haydn, Mozart e Beethoven).
A mais conhecida peça de Berg é o concerto para violino, que, tal como a maior parte do seu
trabalho, emprega a técnica dos doze tons que combina a atonalidade com as passagens harmónicas
tradicionais da música européia.
Berg fazia parte da elite cultural de Viena durante o início do século XX. No seu círculo de amigos
encontram-se os músicos Alexander von Zemlinsky e Franz Schreker, o pintor Gustav Klimt, o
escritor e sátiro Karl Kraus, o arquitecto Adolf Loos, e o poeta Peter Altenberg. A estréia em 1924
de Wozzeck, ópera composta a partir da peça Woyzeck de Georg Büchner, é um enorme êxito em
Viena.
Faleceu provavelmente devido a picada de insecto e consequente envenenamento sanguíneo.

Arnold Franz Walter Schönberg, ou Schoenberg, (Viena, 13 de setembro de 1874 — Los


Angeles, 13 de julho de 1951) foi um compositor austríaco de música erudita e criador do
dodecafonismo, um dos mais revolucionários e influentes estilos de composição do século XX.
Suas primeiras obras, apesar de ligadas à tradição pós-romântica, já prenunciavam um método
composicional inovador, que evoluiu para a atonalidade e, mais tarde, para um estilo próprio, o
dodecafonismo. Schönberg foi também pintor e importante teórico musical, autor de Harmonia e
Exercícios Preliminares em Contraponto.

[editar] Vida
Primogênito de uma família judaica ortodoxa natural da Hungria, Arnold Schönberg desde cedo
entrou em contato com as artes, influenciado por seu tio Fritz Nachod, grande admirador da poesia e
da literatura francesas. Aos oito anos de idade, iniciou sua educação musical e passou a ter aulas de
violino, compondo, nessa época, suas primeiras músicas. Mais tarde, tornou-se autodidata na
aprendizagem de piano e violoncelo.
Com a morte do patriarca, em 1889, a família passou a enfrentar dificuldades financeiras e
Schönberg, para ajudar, tornou-se empregado de um banco, onde trabalhou até 1895. Seu interesse
pela arte, entretanto, não diminuiu nesse meio tempo: David Josef Bach, cunhado de seu primo,
acompanhava-o em discussões sobre música, filosofia e literatura. Bach encorajou-o a seguir a
carreira de músico e despertou-lhe o interesse em buscar ideais artísticos próprios.
Em 1894, passou a ter aulas de composição com Alexander von Zemlinsky. Referência importante
em toda a carreira de Schönberg, Zemlinsky foi o responsável por sua formação teórica e musical,
além de dar-lhe os princípios gerais de composição.
No final do século XIX, começa a dar aulas e a trabalhar em companhias musicais e conservatórios.
Data dessa época (mais especificamente de 1899) sua primeira composição de relevo, o sexteto de
cordas Verklärte Nacht. Em 1898, converte-se ao luteranismo. Em 1933, depois de deixar a
Alemanha devido à ascensão do nazismo ao poder, retorna ao Judaísmo em Paris.
Várias de suas obras remetem a temas do Judaísmo, como sua ópera inacabada Moses und Aron,
Um sobrevivente de Varsóvia, para recitante, coro e orquestra, e as suas últimas obras, os três coros
do opus 50 (Dreimal tausend Jahre - Três vezes mil anos, Salmo 130 e Salmo Moderno n. 1). O
segundo desses coros foi dedicado ao Estado de Israel. Ele ainda estava a trabalhar no terceiro
deles, quando morreu, e o coro ficou inconcluso.

[editar] Lista de Composições


[editar] Com número de Opus
 Verklärte Nacht, p/ sexteto de cordas, Op. 4 (1899)
 Kammersymphonie No. 1 em Mi maior, op. 9 (1906)
 Cinco Peças para Orquestra, Op. 16 (1909)
 Sechs Kleine Klavierstücke, p/ piano solo, Op. 19 (1911)
 Pierrot Lunaire, p/ narrador e orquestra de câmara, Op. 21 (1912)
 Concerto para Violino, Op. 36 (1936)
 Concerto para Piano, Op. 42 (1942)
 Um Sobrevivente de Varsóvia, p/ orquestra, narrador e coro masculino, Op. 46 (1947)
 Fantasia para Violino e Piano, Op. 47 (1949)
 3 Canções, Op. 48 (1933)
 3 Canções Folclóricas, Op. 49 (1948)
 Dreimal tausend Jahre, Op. 50a (1949)
 Psalm 130 “De profundis”, Op. 50b (1950)
 Modern psalm, Op. 50c (1950, inacabada)

Anton Webern
Anton Webern (Viena, 3 de dezembro de 1883 – Mittersill, Salzburgo, 15 de setembro de 1945),
compositor austríaco pertencente à chamada Segunda Escola de Viena, liderada por Arnold
Schoenberg, cujo estilo e poética musical foi chamada de música dodecafônica, Música
expressionista ou Música pontilhista. Ele se tornou conhecido e admirado entre os músicos pós-
modernos pelas inovações rítmicas, timbrísticas e dinâmicas que formariam o estilo musical
conhecido como serialismo.

[editar] Biografia
Nascido Anton Friedrich Wilhelm von Webern, nunca usou seus nomes intermediários e descartou
o von em 1918. Ingressou na Universidade de Viena em 1902. Estudou musicologia com Guido
Adler e composição com Arnold Schoenberg, escrevendo sua Passacaglia op. 1 como peça de
graduação em 1908.
Schoenberg, Webern e Alban Berg, que Webern conheceu tempo depois, revolucionariam a música
do século XX nas décadas seguintes com a produção dodecafônica.
Como maestro, passou por Ischl, Teplitz, Danzig, Stettin e Praga antes de voltar a Viena. Conduziu
a Orquestra Sinfônica dos Trabalhadores de Viena entre 1922 e 1934.
Anton Webern morreu em Mittersill, Salzburgo, morto por um soldado norte-americano durante a
invasão dos Aliados durante um incidente que envolveu o seu genro, suspeito de actividades de
mercado negro.

[editar] Obras
[editar] Obras com número de opus
 Op. 1 – Passacaglia para orquestra (1908)
 Op. 2 – Entflieht auf Leichten Kähnen, para coral a cappella com texto de Stefan George
(1908)
 Op. 3 – Cinco Lieder sobre Der Siebente Ring, para voz e piano (1907-08)
 Op. 4 – Cinco Canções com texto de Stefan George, para voz e piano (1908-09)
 Op. 5 – Cinco movimentos para quarteto de cordas (1909)
 Op. 6 – Seis peças para grande orquestra (1909-10, revisado em 1928)
 Op. 7 – Quatro peças para violino e piano (1910)
 Op. 8 – Duas Canções com texto de Rainer Maria Rilke, para voz e oito instrumentos (1910;
segunda versão sem data, terceira versão 1921 com nova instrumentação, quarta versão
revisada para publicação 1925)
 Op. 9 – Seis bagatelas para quarteto de cordas (1913)
 Op. 10 – Cinco peças para orquestra (1911-13)
 Op. 11 – Três pequenas peças para violoncelo e piano (1914)
 Op. 12 – Quatro Canções para voz e piano (1915-17)
 Op. 13 – Quatro Canções para voz e piano (1914-18)
 Op. 14 – Seis Canções para voz, clarinete, clarinete baixo, violino e violoncelo (1917-21)
 Op. 15 – Cinco Canções Sagradas para voz e pequena orquestra (1917-22)
 Op. 16 – Cinco cânons sobre textos em latim, para alto soprano, clarinete, e clarinete baixo
(1923-24)
 Op. 17 – Três Rimas Tradicionais, para voz, violino (alternando com viola), clarinete e
clarinete baixo (1924)
 Op. 18 – Três Canções para voz, clarinete em Mi bemol e violão (1925)
 Op. 19 – Duas Canções para coro misto, celesta, violão, violino, clarinete e clarinete baixo
(1926)
 Op. 20 – Trio de cordas (1927)
 Op. 21 – Sinfonia (1928)
 Op. 22 – Quarteto para violino, clarinete, saxofone tenor e piano (1930)
 Op. 23 – Três canções sobre Viae inviae de Hildegard Jone, para voz e piano (1934)
 Op. 24 – Concerto para flauta, oboé, clarinete, trompa, trompete, violino, viola e piano
(1934)
 Op. 25 – Três Canções sobre textos de Hildegard Jone, para voz e piano (1934-35)
 Op. 26 – Das Augenlicht, para coro misto e orquestra, sobre um texto de Hildegard Jone
(1935)
 Op. 27 – Variações para piano (1936)
 Op. 28 – Quarteto de cordas (1937-38)
 Op. 29 – Cantata Nº 1, para soprano, coro misto e orquestra (1938-39)
 Op. 30 – Variações para orquestra (1940)
 Op. 31 – Cantata Nº 2, para soprano, baixo, coro e orquestra (1941-1943)

[editar] Obras sem número de opus


 Duas Peças para violoncelo e piano (1899)
 Três Poemas, para voz e piano (1899-1902)
 Oito Primeiras Canções, para voz e piano (1901-1903)
 Três Canções, sobre poema de Ferdinand Avenarius (1903-1904)
 No Vento do Verão - ("Im Sommerwind"), para grande orquestra - sobre poema de Bruno
Wille (1904)
 Movimento lento para quarteto de cordas (1905)
 Quarteto de Cordas (1905)
 Peça para piano (1906)
 Rondó para piano (1906)
 Rondó para quarteto de cordas (1906)
 Cinco Canções, sobre poema de Richard Dehmel (1906-1908)
 Quinteto de piano (1907)
 Quatro Canções, sobre poema de Stefan George (1908-1909)
 Cinco peças para orquestra (1913)
 Três Canções, para voz e orquestra (1913-1914)
 Sonata de Violoncelo (1914)
 Peça para crianças, para piano (1924)
 Peça para piano, em tempo de minueto (1925)
 Peça para Trio de cordas (1925)
 "Deutsche Tänze" (Danças Alemãs) por Schubert (1824), orquestrado por Webern (1932)

O dodecafonismo (do grego dodeka: 'doze' e fonos: 'som') é um estilo composicional, englobado na
música erudita e criado na década de 1920 pelo compositor austríaco Arnold Schoenberg.
O dodecafonismo é uma técnica de composição na qual as 12 notas da escala cromática são tratadas
como equivalentes, ou seja, sujeitas a uma relação ordenada e não hierárquica.
Schoenberg foi o expoente da atonalidade no modernismo musical. Ainda que vários outros
compositores experimentassem abandonar o esquema arraigado da tonalidade jamais o
abandonaram completamente fosse pela bitonalidade ou pela politonalidade. Igor Stravinsky é
exemplo dessas últimas.
Schoenberg, porém, logo considerou a linguagem atonal, ou seja, a não estruturação da composição
sobre um eixo harmônico central, demasiadamente sem regras. Construiu então um método para
organizar os doze tons da escala cromática igualmente. Essa técnica foi apresentada como "sistema
dos 12 tons" que logo ficou conhecida como dodecafonismo serial.
Através de séries preestabelicidas de 12 sons diferentes e independentes entre si é que eram feitas as
composições.

Wozzeck
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Wozzeck
Nome em português (personagem-título)
Ir para: navegação, pesquisa Idioma original Alemão
Wozzeck é a primeira e mais famosa ópera de Alban Compositor Alban Berg
Berg. Libretista Alban Berg
Esta ópera na peça (incompleta) do dramaturgo Tipo do enredo Trágico
alemão Georg Büchner intitulada Woyzeck. Berg Número de atos 3
Número de cenas 15
Ano de estreia 1925
Local de estreia Ópera de Berlim
trabalhou num libretto para três actos com cinco cenas cada.
O trabalho foi iniciado em 1917 após Berg ter sido autorizado a deixar o seu regimento durante a
Primeira Guerra Mundial. Completou a ópera em 1922. Erich Kleiber foi o maestro da estreia de
Wozzeck na Ópera de Berlim em 14 de Dezembro de 1925.
Wozzeck é um dos mais famosos exemplos de atonalidade (música que evita estabelecer uma
tónica). O estilo atonal ajuda à dramatização dos temas da alienação e loucura. Berg seguiu as
pisadas do seu mestre Arnold Schoenberg ao usar a atonalidade livre para expressar emoções e os
processos de pensamento das personagens em palco.

[editar] Personagens
 Wozzeck, soldado
 Marie, sua amante e prostituta
 Capitão Hauptmann
 Andres, outro soldado
 Um médico
 Tocador de tambor (Tambourmajor)
 Margret

[editar] Sinopse
[editar] Acto I
Cena 1: Wozzeck faz a barba ao Capitão que o repreende por levar uma vida imoral. Wozzeck
protesta que é difícil ser virtuso quando se é pobre.
Cena 2: Wozzeck e Andres cortam madeira ao fim do dia. Wozzeck tem visões assustadoras e
Andres tenta acalmá-lo, mas sem êxito.
Cena 3: Uma parada militar passa perto da casa de Marie. Margret repreende Marie por namorar
com os soldados. Surge Wozzeck em cena e conta a Marie as terríveis visões.
Cena 4: O Médico culpa Wozzeck por não seguir as suas instruções sobre dieta e comportamento.
Contudo, quando o Dr. ouve o relato das aberrações mentais de Wozzeck, fica encantado e
congratula-se a si mesmo pelo êxito da sua experiência.
Cena 5: Marie observa o tocador de tambor a partir do seu quarto. Este tenta uma aproximação, à
qual ela resiste de início, e depois entrega-se.

Lulu (ópera) Nome em


Lulu
(personagem-título)
português
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Idioma
Alemão
original
Ir para: navegação, pesquisa Compositor Alban Berg
Lulu é uma ópera em três atos, do compositor Libretista Frank Wedekind e Berg
austríaco Alban Berg. O libreto foi adaptado das Tipo do enredo Dramático
peças Erdgeist (1895), de Frank Wedekind e A Caixa Número de 3 (um deles terminado após a
de Pandora (em alemão: Die Büchse der Pandora), atos morte do compositor)
(1903), do próprio Berg.
Número de
7
cenas
Ano de estreia 1937
Local de
em Viena, Áustria
estreia
] Concepção e composição
Berg viu pela primeira vez "A Caixa de Pandora" em 1905, na produção feita por Karl Kraus, mas
só começou a trabalhar na obra que seria intitulada Lulu em 1929, depois de ter terminado sua outra
ópera Wozzeck. Berg trabalhou firme na composição até 1935, até que a morte de Manon Gropius,
filha de Walter Gropius e Alma Mahler induziu-o a interromper o trabalho para escrever seu
Concerto para Violino, sua peça mais conhecida.
Berg concluiu o mencionado concerto rapidamente, mas o tempo gasto com ele significou a
impossibilidade de terminar Lulu antes de sua morte, ocorrida na véspera do Natal de 1935 – ele
tinha completado a obra até o compasso 268 do Terceiro Ato, Cena 1, deixando o resto da peça em
notação resumida, com indicações de instrumentação para a maior parte.
A ópera foi encenada em sua forma incompleta em 1937. Erwin Stein fez a parte vocal de todo o
Terceiro Ato, em seguida à morte de Berg. Com relação à orquestração, Helene Berg, viúva de
Alban, acercou-se de Arnold Schoenberg para que ele a completasse. Apesar de ter aceito (aceite)
inicialmente, Schoenberg – depois de ter visto cópias dos rascunhos de Berg – mudou de idéia,
dizendo que seria tarefa muito mais demorada do que imaginava. Após a desistência de Schoenberg,
Helene Berg não deu permissão a mais ninguém para completar a ópera e, assim, por mais de 40
anos, somente os primeiros 2 atos puderam ser encenados, algumas vezes com trechos da “Suite
Lulu” tocados no lugar do Terceiro Ato.
A ópera Lulu estreou nos Estados Unidos na Ópera de Santa Fe (Novo México), na temporada
1961-62, com a soprano estadunidense Joan Carroll no papel-título.
A morte de Helene Berg em 1976 pavimentou o caminho para que uma versão completa pudesse ser
feita por Friedrich Cerha. Publicada em 1979, essa versão teve estréia em 24 de fevereiro do mesmo
ano na Ópera Garnier, em Paris, e foi dirigida pelo maestro Pierre Boulez.

[editar] Personagens
Estréia, 2 de junho de 1937
Personagem Registro de voz
(Robert Denzler)
Lulu alto soprano Nuri Hadzic
Condessa Geschwitz dramático mezzo-soprano Maria Bernhard
Um jovem estudante contralto Feichtinger
Um vestidor de teatro
contralto
Um noivo
O Banqueiro alto baixo
O Pintor, segundo marido de Lulu tenor lírico Paul Feher
Um negro tenor lírico
Dr. Schön, editor-chefe barítono heróico Asger Stig
Alwa, Filho do Dr. Schön, um compositor jovem tenor heróico Peter Baxevanos
Schigolch, um velho homem baixo de elevado carácter Schigolch
Um domador de animais um baixo "buffo" heróico
Rodrigo, um atleta um baixo "buffo" heróico Emmerich
O Príncipe, um viajante na África /
O Servente / tenor "buffo"
O Marquês
O Diretor de Teatro baixo "buffo"
O Professor
Um palhaço papel mudo
Um ajudante de palco
O Comissário de Polícia
papel falado
O Doutor, O marido de Lulu
Uma menina de quinze anos ópera soubrette
A mãe dela contralto
Uma mulher artista mezzo-soprano
Uma jornalista barítono alto
Um servente barítono baixo
Jack, o estripador barítono heróico
Pianista, diretor de cena, ajudantes do príncipe, policiais, enfermeiras, camareiras, dançarinos,
convidados da festa, serventes, trabalhadores

[editar] Sinopse
Prólogo: Um mestre do tablado de circo apresenta os diversos animais de sua companhia. A última
é a própria Lulu, que é carregada até o palco e apresentada como uma cobra.

[editar] Primeiro Ato


Cena 1: Lulu, a esposa do Dr. Goll, um médico envelhecido, está posando para o Pintor fazer seu
retrato. O Dr. Schön, editor de jornal que salvou Lulu da sarjeta e com quem ela está tendo um caso,
também está presente. Nesse momento, chega Alwa, o filho dele, desculpa-se e os dois partem. O
Pintor toma grandes liberdades com Lulu. O Dr. Goll entra inesperadamente, encontrando os dois
sozinhos, imediatamente desmaia e morre de um ataque cardíaco.
Cena 2: Lulu está agora casada com o Pintor. Ela recebe um telegrama anunciando o compromisso
do Dr. Schön, o que parece perturbá-la. Ela é visitada por Schigolch, um vagabundo que parece ter
exercido um papel não esclarecido em seu passado. O Dr. Schön chega, tratando Schigolch como o
pai de Lulu. Ele veio para pedir a Lulu para ficar fora da vida dele dali por diante. Ela não se
comove com este pedido, e quando o Pintor, seu marido, chega, ela sai. Dr. Schön conta ao Pintor
sobre o caso deles, e insiste que ele fale com sua mulher sobre isso. O Pintor parte, ostensivamente
para tratar do assunto com Lulu, mas, em vez disso, ele corta sua própria garganta. Lulu parece
estar impassível com esse suicídio e simplesmente diz ao Dr. Schön "você vai casar comigo de
qualque forma."
Cena 3: Lulu, trabalhando como dançarina, está sentada em quarto de vestir com Alwa. Os dois
discutem várias coisas, incluindo um Príncipe que está enamorado dela e quer desposá-la. Lulu
parte para o palco, mas recusa-se a ir adiante ao constatar que o Dr. Schön e sua prometida estão na
platéia. O Dr. Schön entra para tentar convencê-la a atuar. Quando os dois são deixados a sós, ela
diz a Schön que está pensando em partir com o Príncipe para a África. Dr. Schön dá-se conta de que
não pode viver sem ela, que o convence a escrever carta para sua prometida terminando o
compromisso, com palavras ditadas por ela mesma. Lulu então, calmamente, continua com o
espetáculo.

[editar] Segundo Ato


Cena 1: Lulu está agora casada com o Dr. Schön, cheio de ciúmes por causa de tantos admiradores.
Um deles, a Condessa lésbica Geschwitz, visita-a para convidá-la a um baile, mas recebe no ato a
desaprovação do Dr. Schön. Quando os dois saem, a Condessa retorna e esconde-se. Os dois
admiradores, o Acróbata e o Jovem Estudante entram também, e todos começam a falar com Lulu
quando ela regressa. Nesse momento, Alwa chega, e os admiradores escondem-se enquanto Alwa
declara seu amor por Lulu. O Dr. Schön retorna, descobre o Acróbata, e começa uma longa
discussão com Lulu, durante a qual ele descobre os outros admiradores. Ato contínuo, entrega a
Lulu um revolver, e ordena a ela que se mate, mas, em vez disso, ela atira em Schön. A polícia
chega para prender Lulu pelo assassinato.
Intervalo: O intervalo consiste de um filme mudo (acompanhado por música de Berg). Nele, vemos
a prisão de Lulu, o julgamento, a condenação e a prisão. Então vemo-la contrair deliberadamente
cólera e ser transferida para o hospital. A Condessa Geschwitz visita-a e dá-lhe suas roupas, e
disfarçada como a Condessa, Lulu foge.

Cena 2: A Condessa Geschwitz, Alwa e o Acróbata estão reunidos no mesmo ambiente do Segundo
Ato, Cena 1. Estão esperando por Schigolch, que vai levar a Condessa ao hospital. Ela vai sacrificar
sua própria liberdade tomando o lugar de Lulu, de maneira que ninguém descubra a fuga até que
seja tarde demais. O Acróbata diz que vai casar com Lulu e mudar-se com ela para Paris, onde os
dois trabalharão em uma peça juntos. Schigolch parte com a Condessa, e retorna com Lulu, que está
tão enferma que o Acróbata abandona seu plano, e sai para avisar a polícia. Schigolch é enviado
para comprar bilhetes de trem e, deixados sozinhos, Alwa e Lulu declaram seu amor um para o
outro e concordam em partir juntos.

[editar] Terceiro Ato


Cena 1: Lulu e Alwa estão agora vivendo em Paris. A cena é uma festa em um cassino. Lulu é
chantageada pelo Acróbata e por uma prostituta a trabalhar num cabaré no Cairo; ela ainda é
procurada pelo assassinato do Dr. Schön e eles ameaçam denunciá-la se não fizer o que estão
pedindo. Schigolch chega, perguntando por dinheiro. Ela é eventualmente convencida a atrair o
Acróbata para um hotel e matá-lo. Depois de saírem, chegam notícias de que a empresa ferroviária,
de que todos os convidados eram acionistas, tinha falido. A festa rapidamente se desfaz, e, na
confusão, Lulu consegue trocar de roupas com um jovem. Ela foge com Alwa pouco antes de a
polícia chegar para recapturá-la.

Cena 2: Lulu e Alwa estão agora vivendo na pobreza e como fugitivos em Londres, em companhia
de Schigolch. Lulu trabalha como prostituta. Ela chega com um cliente, um professor (papel
desempenhado pelo mesmo ator que faz o Dr. Goll, o primeiro marido de Lulu). A Condessa
Geschwitz chega então com o retrato de Lulu, que trouxe de Paris. Alwa dependura-o na parede.
Lulu sai e retorna com outro cliente, o Homem Negro (papel feito pelo mesmo ator do Pintor,
segundo marido de Lulu). Ele recusa-se a pagar adiantado, e mata Alwa em uma luta. Schigolch
retira o corpo enquanto Geschwitz pensa em suicídio, idéia de que, no entanto, desiste quando se dá
conta de que Lulu não se emocionou com ela. Eventualmente, Lulu sai e retorna com um terceiro
cliente (outra vez desempenhado pelo mesmo ator de outro marido de Lulu, nesse caso, o terceiro,
Dr. Schön). Ele discute sobre o preço e está a ponto de partir quando Lulu decide que vai se deitar
com ele por menos do que a tarifa costumeira. Esse cliente, que é, de fato, Jack, o Estripador,
assassina Lulu, e, quando está saindo, mata igualmente a Condessa, que jura seu amor por Lulu
enquanto as cortinas caem.

[editar] Estrutura
A estrutura de grande alcance de “Lulu” é por vezes avaliada como sendo um espelho - a
popularidade de Lulu no Primeiro Ato é espelhada pela decadência que vive no Terceiro Ato, e isso
é enfatizado pelo fato de os maridos de Lulu no Primeiro Ato serem os mesmos cantores de seus
clientes no Terceiro Ato.
Essa estrutura especular é além disso enfatizada pelo filme no intervalo do Segundo Ato, no exato
centro da obra. Os eventos mostrados no filme são uma versão miniaturizada da estrutura de
espelho da ópera como um todo (Lulu entra na prisão e depois sai dela) e a música que acompanha
o filme é um rigoroso palíndromo - soa igual de trás para a frente. O ponto de inflexão desse
palíndromo é indicado por um arpejo tocado no piano, que primeiro sobe, depois declina.

[editar] As seqüências de tom


Embora alguma parte de Lulu tenha sido livremente composta, Berg também faz uso da técnica
dodecafônica de seu professor Arnold Schoenberg. Mas, em vez de usar uma única seqüência tonal
seqüência tonal para a obra inteira, Berg, ao contrário, dá a cada papel sua própria seqüência tonal,
que funciona como o leitmotiv nas óperas de Richard Wagner.
Da seqüência tonal de Lulu, Berg deriva seqüências tonais para alguns dos outros papéis. A
seqüência tonal associada com Alwa, por exemplo, é conseguida repetindo continuamente a
seqüência tonal de Lulu e tomando cada sétima nota.
De modo semelhante, a seqüência tonal associada com o Dr. Schön é produzida com a repetição da
seqüência tonal de Lulu, mas tomando a primeira nota, falhando uma nota, tomando a seguinte,
falhando duas, tomando a seguinte, falhando três, tomando a seguinte, falhando três, tomando a
seguinte, falhando duas, tomando a seguinte, falhando uma, tomando a seguinte, falhando uma,
tomando a seguinte, falhando duas, tomando a seguinte, e assim por diante.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Lulu_%28%C3%B3pera%29"
Categoria: Óperas de Alban Berg

Música atonal
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Música atonal, em terminologia musical, é toda a música que não segue a escala musical de sete
sons específica do estilo tonal, não tendo, portanto, uma tonalidade preponderante. O termo é
utilizado geralmente em referência à música não tonal produzida após a Era romântica e raramente
em referência à música produzida antes do surgimento do sistema tonal.

[editar] Ligações externas


 Improvisação Atonal (Jazz) Na música tonal, as alterações de um acorde são geralmente
consideradas meramente notas de colorido que não afetam a função básica de um acorde. Na
música atonal, entretanto, um acorde é geralmente pedido especificamente por causa de sua
sonoridade única, e não por causa da função dele numa progressão.

ARNOLD SCHOEMBERG
PIERROT LUNAIRE
 http://www.youtube.com/watch?v=rkSMwKFKbyw

SOBREVIVENTE DE VARSÓVIA
 http://www.youtube.com/watch?v=rGWai0SEpUQ

Lied der Waldtaube


 http://www.youtube.com/watch?v=8KJ1qjCIYFA

ALBAN BERG

WOZZECK
 http://www.youtube.com/watch?v=DHb_4zvIHw8

LULU
 http://www.youtube.com/watch?v=1Sq1UQ79H-c

Anton Webern
Vier Stucke Op.7
 http://www.youtube.com/watch?v=F7ktc7esGb8

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