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ESCOLA DE ARTE DE PENACOVA

A NONA SINFONIA DE BEETHOVEN

Trabalho Realizado para a Disciplina de Instrumento – Piano

Classe do prof. Paulo Vasconcelos

Por Francesco Brito, 2º A

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LUDWIG VAN BEETHOVEN e a NONA SINFONIA

Este trabalho foi realizado para comemorar os 250 anos do nascimento de um dos mais
grandiosos compositores que já existiram: Ludwig van Beethoven.

Seguidamente irei apresentar uma breve biografia sobre este génio musical.

Ludwig van Beethoven nasceu, presumivelmente, a 16 de dezembro de 1770, na


cidade de Bonn, Reino da Prússia, atual (Alemanha). Era o mais velho de três irmãos.
A família era de origem flamenga e, mesmo tendo o von no apelido, não era de origem
nobre (o apelido significava horta de beterrabas). Este facto influenciou negativamente
a vida afetiva de Beethoven, que sempre se apaixonou por senhoras da aristocracia
que, pelo facto de ele não ser nobre, o deixavam passado algum tempo. Estes
desgostos de amor, juntamente com a infância infeliz devido aos maltratos físicos e
psicológicos que subia do pai, moldaram negativamente o caráter de Beethoven, que
era muito impulsivo e irascível.
Beethoven tinha herdado o gosto e dom pela música do avô paterno, que, por sua vez,
descendia de artistas, pintores e escultores, e era músico e foi nomeado regente da
Capela Arquiepiscopal na corte da cidade de Colónia (atual Alemanha). Contudo, foi do
pai, Johann, que Beethoven recebeu as suas primeiras lições de música. O grande
objetivo era torná-lo "menino-prodígio" no piano, como Mozart, vista a sua habilidade
musical. Por essa razão, a partir dos cinco anos, o seu pai passou a obrigá-lo a estudar
música diariamente, durante muitas horas. Este foi um período muito difícil e triste da
vida do compositor, porque o pai embriagava-se muitas vezes e batia-lhe muito. Por
causa disso, Beethoven era mais ligado à mãe e detestava o pai, e, provavelmente, foi
esta a razão da sua dedicação exclusiva à música.
Com 16 anos foi chamado à corte de Viena, onde chegou a tocar também para Mozart,
que ficou muito impressionado. Contudo, a mãe ficou doente de tuberculose e o jovem
Beethoven teve que voltar a casa para cuidar dela. Infelizmente, a mãe depois de algum
tempo faleceu e ele voltou a dedicar-se com maior paixão à música e regressou a Viena.
Aqui finalmente ficou famoso e foi reconhecido o seu génio musical, mas também o seu
mau caracter.
Por volta de 1800, Beethoven atravessou um período de grande sofrimento ao perceber
que estava a perder a audição. Foi a pior fase da vida dele. Podemos dizer que ele
passou pelo Inferno, mas conseguiu agarrar-se á vida por causa da música. Ele
percebeu que tinha muito para criar e dar à Humanidade a nível da composição musical.
Foi por causa disso que ele conseguiu superar o seu tormento interior e continuar a
compor, mesmo surdo, e a realizar a obra prima da sua vida: a Sinfonia n.º 9.

Breve Análise da Sinfonia n.º 9 em Ré menor, opera 125, Coral


Após ter ouvido algumas obras de Beethoven, escolhi a Nona Sinfonia como minha
preferida, pela musicalidade, harmonia, ritmo e força que a obra exprime. Para além
disso, descobri que a sua mensagem é portentosa e intemporal.
A Sinfonia n.º 9 em ré menor, op. 125 foi apresentada, pela primeira vez, a Viena, a 7
de maio de 1824, mas tinha começado a ser escrita alguns anos antes. O maestro
foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven uma vez que já era surdo,

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não pôde dirigir a orquestra, mas teve direito a um lugar especial no palco, junto ao
maestro.
Beethoven completou a sinfonia na última parte da sua vida, a mais dolorosa, pois
estava surdo e revoltado, mas conseguiu terminá-la, graças à sua paixão pela música e
à aproximação à fé, que lhe deu a força necessária para continuar a compor e a viver.
A grandiosidade desta obra está na mensagem forte e universal que representa: os
ideais da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) e do Iluminismo (o
homem iluminado, a ciência...).
A Nona Sinfonia foi inspirada e engloba parte do poema An die Freude ("À Alegria"),
uma ode escrita pelo escritor alemão Friedrich Schiller, com o texto cantado
por solistas e um coro. A Sinfonia está dividida em 4 andamentos:
1. Allegro ma non troppo
2. Molto vivace
3. Adagio molto e cantabile
4. Finale
Uma das inovações mais evidentes foi a introdução do Coro na parte final. Esta sinfonia
é também considerada como percursora da música do Romantismo.
Em conclusão, podemos afirmar que esta sinfonia tem um papel cultural muito
importante na atualidade. De facto, pelos sentimentos de união, liberdade e fraternidade
que suscita, foi escolhida como hino oficial da União Europeia, em 1985 e também
simbolizou o sentimento de “revolução” e esperança aquando da “Queda do Muro de
Berlim”, em 1989.

Bibliografia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_van_Beethoven#Biografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinfonia_n.%C2%BA_9_(Beethoven)
https://www.concerto.com.br/noticias/arquivo/acervo-concerto-sinfonia-no-9-de-beethoven

http://www.sinfonicaderibeirao.org.br/pagina_extra.php?id=95

https://errareumano.org/beethoven-la-nona-sinfonia-e-linno-alla-gioia-tutti-gli-uomini-
diventano-fratelli-terza-parte/

https://errareumano.org/beethoven-la-nona-sinfonia-e-linno-alla-gioia-tutti-gli-uomini-
diventano-fratelli-quarta-ed-ultima-parte/

https://www.youtube.com/watch?time_continue=38&v=TcH-oT_yjQs&feature=emb_logo

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