Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ludwig Van Beethoven (1770 – 1827), alemão com ascendência holandesa, o nome da
família derivado do nome de aldeia na Holanda e seu avô originário da Bélgica. O
pai de Beethoven, também músico, entregou-se ao alcoolismo. Desde os treze anos
o jovem gênio já ajudava na casa, atuando como organista, cravista, ensaiador do
teatro, músico de orquestra e professor, assumindo a chefia da família. Ainda
adolescente, através do Conde Waldstein, foi aluno do mestre Mozart em Viena,
mas parece que Mozart, embora reconhecendo seu talento não lhe deu a devida
atenção. Em Bonn, começou a fazer cursos de literatura, já que saíra da escola
com apenas 11 anos, e teve seus primeiros contatos com as idéias da Revolução
Francesa, com as idéias do Iluminismo, e com a literatura alemã, principalmente
de Goethe e Schiller. Esses ideais se tornariam fundamentais na arte de
Beethoven. Em 1792, partiria definitivamente para Viena. Novamente por
intermédio do Conde Waldstein, foi aceito como aluno de Haydn, outro grande
mestre da época.
Era pianista virtuose e fazia sucesso na sociedade vienense, mas acreditava nos
ideais revolucionários franceses. Surgiram os primeiros sintomas da surdez. Em
1796, começou a queixar-se e escondeu o problema. Somente após dez anos,
revelou, em uma frase anotada em uma obra: “Não guardes mais o segredo de tua
surdez, nem mesmo em tua arte!”. Em 1802, escreveu seu documento mais famoso: o
Testamento de Heilingenstadt. Trata-se de uma carta, destinada aos dois irmãos,
que nunca foi enviada, onde reflete sobre a tragédia da surdez, sobre sua vida e
sua arte. Para Beethoven, sua música era uma verdadeira missão. A Sinfonia no.
3, Eroica, sua primeira obra monumental surge em seguida a essa crise. No
terreno sentimental, outra carta sua, a Carta à Bem-Amada Imortal, escrita em
1812. Nela o compositor se derrama em sentimentos a uma “Bem-Amada Imortal”:
“Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser! Podes mudar o fato de que és inteiramente
minha e eu inteiramente teu? Fica calma, que só contemplando nossa existência
com olhos atentos e tranquilos podemos atingir nosso objetivo de viver juntos.
Continua a me amar, não duvida nunca do fidelíssimo coração de teu amado L.,
eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos”. A identidade da “Bem-
Amada Imortal” nunca ficou muito clara e suscitou grande enigma entre os
biógrafos de Beethoven.
O Beethoven Maçônico
Apesar dos textos analisados e de Beethoven ser citado como maçom em páginas da
internet de Grandes Lojas da América do Norte e da Europa, não podemos asseverar
se foi um profano com profunda identificação com a maçonaria ou se foi
verdadeiramente um maçom. O que realmente importa é o que disse Otto Maria
Carpeaux no seu livro Uma nova história da música (1950) dizendo que “música,
como a entendemos, é um fenômeno específico da civilização ocidental” e, também,
que, em nenhuma outra civilização ocupa um compositor a posição central que
Beethoven tem na história da nossa civilização.