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MÚSICA PROGRAMÁTICA

IESAP: LICENCIATURA EM MÚSICA


PROFESSOR: TIAGO COSTA
MÚSICA PROGRAMÁTICA E O ROMANTISMO

Estreitos laços uniam música, pintura e literatura durante o período


romântico (século XIX).
Tal fato levaram os compositores da época a desenvolverem um vivo
interesse pela música de programa (ou programática).
Este tipo de música é caracterizada por ser uma espécie de música narrativa.
Um tipo de música composta para “contar uma história”, com característica
descritiva, que pretende evocar imagens na mente do ouvinte.
Cont: Música programática
A música que é totalmente destituída deste tipo de intenção leva o nome de
música absoluta.
Durante o período em questão, surgiu uma grande quantidade de obras
programáticas, em especial para piano.
Porém foram nas obras orquestrais que este tipo de música ganhou a sua
fama até os dias de hoje.
Foi com auxílio da orquestra que os compositores conseguiram exprimir o
potencial descritivo com maior destreza.
Os três tipos de música de programa para orquestra
Existem três tipos principais de música programática compostas para
orquestra

❖ A sinfonia descritiva
❖ A abertura de concerto
❖ O poema sinfônico
A sinfonia descritiva
Como é de se imaginar uma enorme parte das sinfonias escritas durante o período
romântico eram descritivas, ou programáticas.
Muitos compositores da época buscavam inspiração em histórias e contos de outrora.
Obras da literatura, peças de teatro, histórias fantásticas e contos do folclore europeu
eram uma fonte inesgotável para os músicos daquele tempo.
Muitas das sinfonias do período tinham a intenção de descrever tais histórias na
mente dos ouvintes.
Dois exemplos de sinfonias descritivas são: A pastoral (a sexta sinfonia de Beethoven)
e a sinfonia Fantástica de Hector Berlioz.
cont: sinfonia descritiva
Segundo o próprio Beethoven a sua sexta sinfonia se tratava muito mais de uma
expressão de sentimento do que uma obra programática.
Apesar da mesma ser visivelmente pictórica nos cantos dos pássaros durante o
fechamento do movimento lento.
Na alegria pastoril entrevista no Scherzo.
E na tempestade que se arma durante o quarto movimento.
Já em sua sinfonia Fantástica, Berlioz foi muito mais direto, fornecendo um programa
detalhado da obra para ser acompanhado pelos ouvintes.
sinfonia descritiva:
sinfonia fantástica: Berlioz
A abertura de concerto
Abertura é nome que se dá a uma peça orquestral executada no início
de uma ópera.
No entanto a abertura de concerto do século XIX, nada tinha a ver com a
ópera.
Ela se trata exclusivamente de uma peça para orquestra com sentido
descritivo, composta em um único movimento, destinada simplesmente a
ser uma peça de concerto.
Cont: abertura de concerto
Nesse gênero são bem conhecidas as obras:
A Gruta de Fingal de Mendelssohn
O Carnaval de Dvorák
Romeu e Julieta de Tchaikovsky
Cockaigne de Elgar
Cont: Abertura de concerto
Romeu e Julieta: Tchaikovisky
O poema sinfônico
O poema sinfônico é um tipo de música que foi criado pelo
compositor Franz Liszt.
Assim como a abertura de concerto é uma obra escrita para
orquestra em um só movimento, com sentido descritivo, porém
geralmente mais longa e de construção livre.
Cont: poema sinfônico
A concepção de Liszt era de que em um poema sinfônico, a música tiraria sua forma
do padrão das idéias ou eventos que a engendraram.
Para trazer unidade a sua composição criando um elo por toda a obra, Liszt aplicou o
que veio a chamar de transformação temática.
Isto significa que um tema básico é composto para permear toda a obra, porém em
contínua mutação de modo a corresponder a cada situação que a música pretende
descrever.
Alguns poemas sinfônicos famosos são: Hamlet (inspirado na peça de William
Shakespeare) e Orpheus (lenda grega) ambos compostos pelo próprio Liszt.
Cont: poema sinfônico
Poema sinfônico Nº 3. LISZT
bibliografia:
Uma Breve História da Música (Autor – Roy Bennett)

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