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“A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não
compreende”.
Arthur Schopenhauer
Biografia
Obras Cinematográficas
No filme Copying Beethoven (2003) foi feito um relato ficcional do último ano de
vida do compositor. A personagem Anna Holtz (Diane Kruger) é uma jovem de 23
anos que sonha em se tornar uma compositora. Como estudante do Conservatório
de Música, ela é escolhida para trabalhar junto a Ludwig van Beethoven (Ed
Harris), o mais notável artista vivo da época. Inicialmente descrente, Beethoven
faz a Anna um desafio de improvisação, no qual ela demonstra sua sensibilidade
musical. Beethoven a aceita como escriba, dando início a um forte relacionamento
entre os dois, no qual a jovem passa a ocupar um lugar fundamental na obra do
compositor. Entre outras coisas, o filme mostra Anna guiando o artista, já surdo,
na regência de sua grande obra, a 9ª Sinfonia.
Beloved Immortal (1994) leva o espectador a Viena, 1827. Ludwig Von Beethoven
(Gary Oldman) morre e um grande amigo do compositor, Anton Felix Schindler
(Jeroen Krabbé), decide cumprir o último desejo do maestro, que deixava em
testamento tudo para a sua "Amada Imortal", sem especificar o nome desta
mulher. Assim, o amigo empreende uma jornada tentando encontrá-la,
deparando-se com uma faceta desconhecida de Beethoven.
Os dois filmes retratam Beethoven como um homem rude, grosseiro e com pouca
preocupação com a cordialidade. Não tem muitos amigos e, os poucos que possui,
trata-os com rudeza. O compositor é apontado como alguém totalmente inábil nas
relações afetivas. Beethoven tem um sobrinho, que vem a ficar sob a sua tutela
após a morte do irmão. Apesar de sua boa intenção, de munir o menino de muitas
regalias materiais e de instruí-lo pessoalmente para a música, não percebe que o
sobrinho não tem vocação musical e que sofre com sua insistência. Mais tarde, na
vida adulta o sobrinho passa a odiá-lo. Quanto às mulheres Beethoven não agiu de
maneira diferente. Apesar do amor que sente por sua amada imortal, nunca
conseguiu realizar esse amor. Há um mistério em torno da identidade dessa
mulher, porém em função de um desencontro que gerou um mal-entendido, não
lhes foi possível viver o que pretendiam. Ele morre com esse segredo e o mal-
entendido somente se desfaz após a sua morte com a ajuda do amigo. Anna Holtz
(a figura da anima) não recebe maior consideração do compositor, não obstante a
sua dedicação. É somente com muito esforço e depois de muito tempo que
Beethoven a leva a sério, então sua obra adquire um refinamento.
Discussão
Bibliografia:
Beloved Immortal. Direção Bernard Rose. Produção Bruce Davey, 1994. 1 DVD
(123 min.) color.
Copying Beethoven. Direção Agnieszka Holland. Produção Sidney Kimmel, Stephen
J. Rivele, Michael Taylor e Christopher Wilkinson, 2006. 1 DVD (104 min.) color.
Franz, Marie-Louise Von. (2002) “Anima”: o elemento feminino. O Processo de
individuação in JUNG, C. G. (et al) "O Homem e seus Símbolos". Tradução de
Maria Lúcia Pinho, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 177-188.
Jung, Carl G. (1921/1991). Tipos Psicológicos. vol. VI. Petrópolis: Vozes.
___________. (1934/2000). Os arquétipos e o inconsciente coletivo. vol. IX/I.
Petrópolis: Vozes.
___________. (2002). Cartas de de C. G. Jung. Vol. 2. Tradução de Edgard Orth;
editado por Aniela Jaffé. Petrópolis: Vozes.
Solomon, Maynard. Beethoven, Vida e Obra. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, 1987.