Você está na página 1de 12

RITO

 MODERNO
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO
  Pag.
A MISSÃO  
HISTÓRICO  
No Brasil  
Total de Lojas do Rito Moderno pelo Brasil  
Rondônia  
 Lojas Simbólicas  

 Lojas Filosóficas  

 Grande Conselho Kadosch Filosófico  

OS GRAUS  
Graus Simbólicos  
Graus Filosóficos  
CORRESPONDÊNCIA DE GRAUS  
OBJETIVOS, FINALIDADE, FILOSOFIA e DOUTRINA  
Seus Princípios Fundamentais  
ALGUMAS PARTICULARIDADES DO RITO MODERNO  
DINAMICA RITUALÍSTICA  
Disposição do Templo  
Tratamento  
Triângulo dos Compromissos  
Livro da Lei  
O Uso das Espadas  
Meditações, Concentrações ou Similares  
Substituições em Loja  
Movimentação do Mestre de Cerimônia e Hospitaleiro  
Bateria do Grau de Aprendiz  
Aclamação  
Tratamento no início do uso da palavra  
A Iniciação X Provas Físicas  
CONCLUSÃO  
O Maçom como Agente de Mudança  
BIBLIOGRAFIA  
 
 RITO MODERNO OU FRANCÊS
A MISSÃO
                        Para que possamos abordar sobre o Rito Moderno, e melhor entendermos,
compreender o entendimento de sua prática, temos que considerar sobre a Sociedade
iniciática que nos une: a MAÇONARIA, diversos autores definem de várias formas, mas, o
GRANDE ORIENTE DO BRASIL, seguindo a linha do pensamento que é adotado pelo
Grande Oriente de França, define, assim:
 
“A Maçonaria é uma Instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e
progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo
aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento do
dever da prática desinteressada da beneficência  e da constante investigação da verdade.
Seus fins superiores são LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.”
                        Portanto, no Rito Moderno, estuda-se que o Maçom, fiel ao espírito da
própria Instituição, tem uma tríplice caminhada a percorrer, passando por três estados: O
Místico, o Metafísico e o Científico, uma vez que nós, os Maçons, estamos ligados ao
próprio destino da Humanidade.
HISTÓRICO
                        Foi no século 18 que a Maçonaria tornara-se Universal, expandido-se pela Inglaterra e
Escócia.
                        A Maçonaria Especulativa introduzida na França pelos Ingleses  por volta de 1725. Em
1726 instalava-se em Paris uma Loja vinda da Escócia, com o nome de São Tomás. Em 1732 fundava-se
a Loja Inglesa nº 204, em Bordéus, subordinada à Grande Loja de Londres. A Grande Loja de França, já
estabelecida em 1766, se reorganiza a partir de 1771 para formar em 22 de outubro de 1772 o Grande
Oriente de França.
                        O Rito Francês ou Moderno foi criado em Paris no ano de 1761, constituído aos 24 de
dezembro de 1772 e, finalmente, proclamado aos 09 de marco de l773, pelo Grande Oriente de França,
sendo Grão Mestre Louís Philippe Joseph, O Duque de Chartres, depois Duque de Orléans,  instalado
solenemente aos 22 de outubro de 1773. No  entanto, o Grande Colégio dos Ritos, do Grande Oriente de
França, estabelece a criação do Rito Francês somente em 1786, reconhecendo também todos os Ritos
autenticamente maçônicos (O Rito Francês com Sete Graus e o Rito Escocês Retificado, criado no
Grande Oriente em 1776 e 1781, e o Rito Escocês Antigo e Aceito, com 33 Graus, unido ao Grande
Oriente em 1804).
                        Em seu nascimento, o rito Moderno abrangia, apenas, os três primeiros graus simbólicos,
básicos e essenciais da Maçonaria e adotava as primeiras Constituições de Anderson de l723.  Numa
época havia grande paixão pelos altos graus, surgindo a cada momento novos graus e novos ritos e que
serviam como atrações para os novos iniciados, numa flagrante indisciplina. Em virtude da pressão de
irmãos.
                        Em 1774, o Grande Oriente de França se  viu  compelido a procurar uma fórmula para
harmonizar as diferentes doutrinas que vicejavam  desordenadamente  num  emaranhado  proliferar  de 
altos  graus,  por  influência da Cavalaria, da nobreza e de misticismos, o que dava origem à exploração
da vaidade, inerente àqueles que procuravam a Ordem Maçônica com a única intenção de satisfazer o
seu ego, desfigurando assim a Ordem.
                        Assim, o Grande Oriente de França nomeou uma comissão composta de maçons
esclarecidos e de elevada cultura (entre eles Bacon de la Chevalerie, Conde de Stroganoff e do barão de
Toussainct)  para estudar todos os  sistemas   existentes   e  elaborar  um  rito  composto  do  menor 
número  possível de graus  e  que  contivesse  os  ensinamentos  maçônicos.
                        Após três anos de estudos, a comissão chegou à conclusão de que o novo rito não deveria
adotar nenhum dos altos graus, que seriam, então abolidos; considerando que isso iria trazer enormes
problemas, podendo provocar movimentos cismáticos, tendo em vista o grande número de pessoas
condecoradas com esses altos graus na maçonaria européia, a comissão, para evitar isso, renunciou da
empresa, mas recomendou  manter  apenas os três graus iniciais. O Grande Oriente da França acatou as
conclusões da comissão e, partindo dessa decisão, expediu circular a todas as lojas da obediência, aos
03 de Agosto de l777, afirmando que só seriam reconhecidos  os três primeiros graus simbólicos, o que
causou uma grande reação  de alguns  irmãos, visto que, o Rito de Perfeição ou de Heredon criado por
Pirlet, em 1758, já contava com 25 graus. Cabe, aqui, um esclarecimento importante: na mesma época, o
Grande Oriente da França criou a palavra semestral, como sinal de regularidade para todos os maçons,
sendo imitado por todas as potências maçônicas, mesmo por aquelas que combatiam os Grandes
Orientes.
                        Em  razão disso, em 1782, criou  uma  nova  comissão especial, com o nome  de Câmara
dos Ritos, encarregada da formação do rito, que deveria conter a parte essencial dos altos graus. Essa
comissão, depois de mais de quatro anos de estudo e cujas conclusões foram acolhidas, surgindo então
em l786, nascia o Rito Francês ou Moderno contendo 7 graus.

NO BRASIL
                        A Maçonaria se introduziu no Brasil quando este era Província da Monarquia Portuguesa.
Remonta a cerca de 1730 a fundação em Portugal das primeiras Lojas sob influência da França e
Inglaterra.
                        Portanto, a Maçonaria do Brasil desde o século XVIII está ligada à de Portugal. Enquanto a
sede da Monarquia Portuguesa foi em Lisboa, a Maçonaria sentia ser mais fácil os movimentos
revolucionários no Brasil, daí as Inconfidências, Mineira (1789) e Baiana (1799).
                        Nos primeiros anos do século XIX, as lojas Maçônicas espalharam-se consideravelmente
nas províncias de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. Umas sob os auspícios do Grande Oriente
Lusitano, outras sob o de França.
                        No Brasil a primeira Loja do Rito Moderno, foi fundada sob o título de “Loja Reunião”, com
irmãos vindos da França, com a obediência ao Grande Oriente da França, no ano de 1800, E em 1802,
em Salvador foi instalada a Loja “Virtude e Razão”, portanto 22 anos antes da fundação do Grande
Oriente do Brasil em 17 de Junho de 1822, e fechado por D.Pedro I, Príncipe Regente, sendo restaurado
em 1832 por José Bonifácio de Andrada e Silva. Desde então o Grande Oriente do Brasil, adotou o Rito
Francês e a Constituição do Grande Oriente da França de 1826, adaptada por Gonçalves Ledo e
promulgada em 24 de outubro de 1832, passou a trabalhar sob os auspícios do Rito Moderno, nos
trabalhos dos seus Corpos legislativo e Administrativo até hoje, embora muitos Maçons ignorem.

TOTAL LOJAS DO RITO MODERNO PELO BRASIL

Amazonas   Mato Grosso   Rio Grande do Sul  


Bahia   Minas Gerais   Rio de Janeiro  
Brasília (DF)   Para   Rondônia  
Espírito Santo   Paraíba   Santa Catarina  
Goiás   Paraná   São Paulo  
Maranhão   Rio Grande Norte   Sergipe  
           
 
Triângulos: T O T A L ............
1.- Pedestal da Liberdade (+/-)...96
– Tijucas do Sul - Paraná

RONDÔNIA

LOJAS SIMBOLICAS
01 ESTUDO E TRABALHO N° 1461 – Município de Porto Velho (RO)
Fundada em 20.01.1957.
Ven\Mestre - Carlos Alberto Pereira
02 UNIÃO, TRABALHO E JUSTIÇA N° 2321 – Município de Candeias do Jamari (RO)
Fundada em 23.05.1985
Ven\Mestre: Fernando Marques dos Santos
03 ROMÃO GARCIA N° 3030 – Município de Mario Andreazza (RO)
Fundada em 28.02.1997
Ven\Mestre -  Evanildo Bezerra de Queiroz
04 UNIVERSITÁRIA FONTE DA SABEDORIA  N° 3468 – Município de Porto Velho (RO)
Fundada em 17.10.2002
Ven\Mestre – Miguel Jorge da Conceição Maltez
05 ESTRELA DO RIO MACHADO N° 3488 -  Município de Castanheira (RO)
Fundada em 13.02.2003.
Ven\Mestre - Vicente Ferreira Lima
06 LUZ DO PARAISO N° 3501 – Município do Alto Paraíso  (RO)
Fundada em 07.05.2003.
Ven\Mestre - Samuel de Jesus Valle
07 SABEDORIA e PROGRESSO 3768 - Primavera de Rondônia  (RO)
Fundada em 11.03.2006.
Ven\Mestre – Athos de Arimateia

LOJAS FILOSOFICAS
01 SUBLIME CAPÍTULO “ESTUDO E TRABALHO” – Município de Porto Velho (RO)
Revigorado em  04/09/1983.
Sapientíssimo –
02 SUBLIME CAPÍTULO “UNIÃO, TRABALHO E JUSTIÇA” – Município do Candeias do Jamari
(RO)
Fundada em 23/05/2001
Sapientíssimo –
03 SUBLIME CAPÍTULO "MARIO LUCIO TEIXEIRA" – Município de Mario Andreazza (RO)
Fundada em  28/07/2001
 Sapientíssimo -

GRANDE CONSELHO KADOSCH FILOSOFICO


 
01 Grande Conselho Kadosch Filosófico Do Rito Moderno Para o Estado de Rondônia.
Fundada em 14/12/2001.
Presidente:-
 

OS GRAUS 
 Graus simbólicos:

1º.  Grau - Aprendiz                   


2º.  Grau - Companheiro        
3º.  Grau - Mestre
 
            Para o Rito Moderno, os três graus simbólicos, representam as três grandes etapas da evolução
do pensamento humano: Intuição, análise e síntese.

 O aprendiz, pela sua inexperiência maçônica, que lhe dá situação de recém-nascido, perante a
Luz, só pode trabalhar através do processo intuitivo, ou do pressentimento;
 O Companheiro pode trabalhar de acordo com um processo analítico, já que a análise é o
processo lógico que vai do composto ao simples, é o estudo de cada uma das partes de um
todo;
 O mestre, por seu turno, que é o homem integral, na última etapa evolutiva do pensamento
humano, faz a síntese, juntando tudo o que está disperso, para concretizar a obra final. O mestre
Maçom é o homem na plenitude de sua racionalidade e de seu espírito crítico, consubstanciando
o ideal maçônico de desbastação da pedra bruta, já que a transformação desta em pedra polida,
ou cúbica, significa o próprio aperfeiçoamento moral e mental do maçom.
 Graus filosóficos:

4º.   Grau - Eleito


5º.   Grau - Eleito Escocês
6º.   Grau - Cavaleiro do Oriente ou da Espada
7º.   Grau - Cavaleiro Rosa-Cruz.
            Os quatro graus, chamados filosóficos, que substituíram e sintetizaram o emaranhado de graus de
outros sistemas (Rito de Misraim que chega a ter 90 graus e o Rito de Mênfis – 96 graus), seguem a linha
dos chamados graus históricos, ou seja, aqueles que mostram a história hebraica após a construção do
primeiro Templo de Jerusalém, erigido por ordem de Salomão, indo até o advento do cristianismo, sob a
dominação romana na pátria judaica.
            E em 28 de Maio de 1999, da E \V\, em sessão nº 1333, e promulgada, em sua redação final,
aos 03 de Setembro de 1999, da E\V\, em Sessão nº 1334, o SUPREMO CONSELHO DO RITO
MODERNO, aprovou a Constituição do Supremo Conselho do Rito Moderno, em seu Art. 1º, parágrafo
único à criação de mais 2 graus, que são:
8º. Grau – Cavaleiro da Águia Branca e Preta ou Cavaleiro Kadosh Filosófico, Inspetor do Rito
9º. Grau – Cavaleiro da Sapiência, Grande Inspetor do Rito. 
            (Já, Em l785, foram editados rituais oficiais para os três graus simbólicos,  resultado  da 
uniformização  e  da  codificação  das  práticas das Lojas Francesas  nos  anos  anteriores.  Com o
Regulador de 1801, todos  os  graus do Rito Moderno  passaram  a ter   o  seu  ritual. Houve  um 
período,  em Portugal, no  qual  o  Rito  Moderno  chegou  a  funcionar  com  um grau 8 (Kadosh Perfeito
Iniciado) e até um grau 9 (Grande Inspetor).

CORRESPONDÊNCIA DE GRAUS
            É evidente que não existe equivalência absoluta entre os Graus filosóficos dos diversos Ritos,
mas para fins de reconhecimento o Rito Moderno admite em principio, a seguinte correspondência entre
os diversos Ritos adotados pelo Grande Oriente do Brasil, conforme o Art. 110 do Regimento Interno do
Supremo Conselho do Rito Moderno:
 
MODERNO ADONHIRAMITA BRASILEIRO R.E.A.A YORK
Grau 4 7 9 9 Mestre de Marca
Grau 5 14 14 14 Past Máster
Grau 6 15 15 15 Mui Excelente Mestre
Grau 7 18 18 18 Maçom do Real Arco
Grau 8 30 30 30 Cavaleiros de Malta
Grau 9 33 33 33 Cavaleiros Templários
 
OBJETIVOS, FINALIDADE,  FILOSOFIA e DOUTRINA
            Em nossa Ordem todos os Ritos atendem ao sentimento filosófico de cada membro, de acordo
com a formação cultural de cada irmão e na formação dos diferentes Ritos. Nos ensinaram que o Rito em
maçonaria, é um conjunto de regras ou preceitos, com os quais se praticam as cerimônias e tem sua
autoridade regulada e sua hierarquia própria e com independência. Dentro dessa visão, encontra-se o
Rito Moderno praticado dentro das diretrizes que lhe foram traçados, uma vez que há de dirigir seus
passos em direção ao campo científico na formação do homem, não existindo em seus membros a
preocupação de se obter altos graus, nem tampouco a ostentação de títulos e condecorações, fazemos
nosso trabalho silencioso, humilde, porém produtivo.                                  
                        O Rito Moderno, que é fruto da Maçonaria Francesa, entende que o maçom deve ter
a faculdade de pensar livremente, de trabalhar para o bem-estar social e econômico do cidadão, de
defender  os direitos do homem e uma melhor distribuição de rendas.  Essa tendência filosófica
humanista é que parece contrapor-se aos aspectos de religião cultural.
                            O Rito Moderno não considera a Maçonaria como uma Ordem Mística, embora seus três
primeiros graus estejam impregnados da mística das civilizações antigas.  A busca da verdade, transitória
e inefável, realiza-se pelo aprendiz na intuição, pelo companheiro na análise e pelo mestre na síntese,
num processo evolutivo e racional.
                           Os padrões do pensamento da Maçonaria Francesa são racionais e  científicos, e  se
prendem à época moderna, ao Humanismo, neste padrão, o RIO MODERNO é progressista, na medida
que se propõe o progresso pensado, articulado e lógico, mas sobretudo humano. E é ao mesmo tempo e
não paradoxalmente, respeitador e estudioso das indispensáveis tradições, visto que observa
constantemente e fielmente as Constituições Andersonianas de 1723, que é caracterizada pela liberdade
de pensamento, assim, o Rito Moderno trata dos assuntos maçônicos de forma ampla, cientifica e global,
e tem sua área de interesse com abrangência. 
                        A síntese dos debates da Assembléia, em l876, que levaram à resolução de l877, mostra
bem, que: - “A franco maçonaria não é deísta, nem é atéia, nem sequer positivista. A instituição que
afirma e pratica  a solidariedade humana, é  estranha  a  todo  dogma  e  a  todo  credo  religioso. Tem 
por  princípio  único  o  respeito  absoluto  da  liberdade  de  pensamento  e  consciência.  Nenhum 
homem  inteligente  e  honesto  poderá dizer,   seriamente,  que  o  Grande  Oriente  de  França  quis 
banir  de  suas  lojas a crença em Deus e na imortalidade da alma quando, ao contrário, em nome da
liberdade absoluta de consciência, declara, solenemente, respeitar as convicções, as doutrinas e as
crenças de seus membros”.  Portanto, o Rito propõe uma promessa e não um juramento, pois é contrário
à imposição de um padrão religioso teísta, respeitando a liberdade de consciência individual e às
concepções metafísicas de foro íntimo, o rito não é deísta, nem teísta, nem positivista, ateu ou agnóstico,
mas, adogmático, e de prudente neutralidade, deixando a cada membro suas próprias convicções. 
                        Muitos escritores Maçons – Certamente, por não terem entendido o verdadeiro sentido da
reforma investem contra o Rito, pois o desconhecimento a respeito do Rito Moderno ou Francês é
intenso. Uma das mais infantis acusações (?) ou afirmativas gratuitas que se faz sobre o Rito é ser ele
agnóstico, espúrio, e acima de tudo ATEU. É lamentável que maçons, que deveriam conhecer um pouco
de filosofia e teoria do conhecimento, façam confusão entre ateísmo e agnosticismo.
O Rito Moderno, por saber que a atitude filosófica da Maçonaria é a pesquisa constante da verdade, e por
outro lado, ao ver que a verdade, para que seja considerada em todo o seu sentido, deve ser absoluta e
infinita, abraça a corrente de pensamento que reconhece a impossibilidade do conhecimento do Absoluto
pelo homem em sua finitude e relatividade, ou seja, o AGNOSTICISMO.
 Afirmando assim uma posição de humildade perante o Absoluto. O que deveria ser característica de todo
Maçom.
  Acrescente-se mais que o Gnosticismo, como teoria da possibilidade de conhecimento (não confundir
com os chamados "Gnósticos" do início da Era Cristã), afirma que é possível conhecer o absoluto.
  Meus irmãos, o Ateísmo, ao afirmar categoricamente a inexistência de Deus, pertence à corrente
gnóstica, posto que, nessa assertiva, mostra ser possível conhecer o Absoluto, donde podemos concluir
que o ateu jamais será agnóstico e o agnóstico não pode ser ateu, pois suas teorias da possibilidade do
conhecimento se chocam frontalmente.
 Por outro lado, há religiões, como o Budismo, que, em sua origem, toma uma posição agnóstica, não se
preocupando em explicar o Absoluto, reconhecendo a impossibilidade de definí-lo.
 Portanto, desta forma, o Rito Moderno acolhe em seu seio, sem nenhum constrangimento, irmãos das
mais diversas profissões religiosas e filosóficas, posto que, mesmo sendo ele agnóstico, não impõe aos
seus membros o agnosticismo, mas exige deles uma posição relativa quanto à possibilidade de que
outros Irmãos, que abraçam outra filosofia, estejam certos, ora quem é dono da verdade não tem
necessidade de pesquisá-la ou procurá-la.
             Outra afirmativa que se faz sobre o Rito Moderno é sua anti-religiosidade, o que
não passa de outra confusão.
                   “O Rito Moderno mantém-se  tolerantemente  imparcial,  ou  melhor,  respeitosamente 
neutro,  quanto  à exigência, para os seus adeptos, da crença específica em um Deus revelado, ou Ente
Supremo, bem como da categórica aceitação existencial de uma vida futura; nunca por contestante
ateísmo materialístico, mas unicamente, pelo respeito incondicional ao modo de pensar de cada  irmão,
ou postulante.  Demonstra  apenas, a  evolução das crenças estimulando os seus seguidores ao uso da
razão, para formar a  sua  própria opinião.  Procura ensinar que a  idéia de Deus resulta da consciência e
que as exteriorizações do seu culto não passam de um sentimento íntimo, que se  pode traduzir das mais
diversas maneiras.”
                       O Rito Moderno não admite a limitação do alcance da razão, pelo que desaprova o
dogmatismo e imposições ideológicas e, por ser racionalista, e, portanto, adogmático, propugna pela
busca da Verdade, ainda que provisória  e em constante mutação. 
                        A filosofia do Rito se opõe a qualquer espécie de discriminação. A não admissão de
mulheres dá-se em decorrência de tratados e não da natureza do Rito.
                        A doutrina do Rito Moderno, evidentemente, é, em sua maior parte, idêntica à doutrina
maçônica comum a todos os ritos.
Seus princípios fundamentais:
            O
Rito Moderno, coerente com seus princípios aceita como mais concernente a compilação
de Findel, que é a seguinte:

1. A obrigação de cada Maçom de professar a religião universal em que todos os homens de


bem concordam. (praticamente transcrevendo as Constituições de Anderson, primeiro
documento oficial da moderna Maçonaria)
2. Não existem na Ordem diferenças de nascimento, raça, cor, nacionalidade, credo religioso
ou político.
3. Cada iniciado torna-se membro da Fraternidade Universal, com pleno direito de visitar
outras Lojas.
4. Para ser iniciado é necessário ser homem livre e de bons costumes, ter liberdade
espiritual, cultura geral e ser maior de idade.
5. A igualdade dos Maçons em Loja.
6. A obrigatoriedade de solucionar todas as divergências entre os Maçons dentro da
Fraternidade.
7. Os mandamentos da concórdia, amor fraternal e tolerância; proibição de levar para a
Ordem discussões sobre assuntos de religião e política.
8. O sigilo sobre os assuntos ritualísticos e os conhecimentos havidos na iniciação.
9. O direito de cada Maçom de colaborar na legislação maçônica, o direito de voto e o de ser
representado no Alto Corpo.

              Como vemos, dificilmente poderemos fazer alguma ressalva a respeito desta relação, razão
porque a aceitamos como a que mais se coaduna com aquilo que possamos efetivamente chamar
de LANDMARQUE, embora também seja possível de crítica.
                   Princípios estes, comuns a todos os ritos, entretanto o Rito Moderno inscreve uma importante
idéia doutrinária:
A Maçonaria reconhece a total liberdade de investigação da verdade, dentro do espírito crítico e do
raciocínio científico; representa, também, a garantia das franquias religiosas, de acordo com o princípio
de que as concepções de ordem metafísica são de foro íntimo, pertencendo, portanto, ao domínio da
consciência individual.
É dessa forma, que o RITO MODERNO, respeitando a liberdade de crença de cada maçom, não
preconiza invocações, preces e a imposição de um definido padrão religioso.
ALGUMAS PARTICULARIDADES DO RITO MODERNO.
DINÂMICA RITUALÍSTICA
 DISPOSIÇÃO DO TEMPLO
                        O templo tem quase as mesmas características dos demais ritos. A diferença inicia nas
posições das Colunas simbólicas, triângulos, dignidades e oficiais.  Ao adentrar o Templo o irmão
encontra à sua direita a Coluna Dórica, coluna de Força, a Coluna Simbólica com a letra “B” ao sul,
comandada pelo 1º Vig\, que é composta dos 1º e 3º Expertos, Tesoureiro, Hospitaleiro, Mestre de Banq\,
Mestres e Companheiros, enquanto, que a Coluna Coríntia, coluna da Beleza, a Coluna simbólica
“J”, comandada pelo 2º Vig\, a qual é composta pelo 2º Exp\, Cobr\Interno, Mestre de Harmonia, Chanc\,
Mestre de Cerim\, Arquiteto, Mestres e Aprendizes. No Oriente estará a coluna Jônica, Coluna da
Sabedoria - o Ven\ Mestre, à sua direita encontra-se o Secretário, Secret\ Adj\ e o Porta Bandeira, e a sua
esquerda, o Orador, Orad\ Adj\ e Port\ Estand\
                        No Rito Moderno não há obrigatoriedade de haver uma determinada ordem de entrada dos
Irmãos no Templo. A única regra de entrada, quando existente uma ordem, é a entrada primeiro dos
Aprendizes, depois dos Companheiros, e, sucessivamente Mestres, Mestres que ocupam cargos, e
deverão se dirigir diretamente a seus lugares, sendo que os Irmãos de cargos mais altos na hierarquia
serão sempre os últimos a entrarem, antes do Venerável. As Autoridades Maçônicas que dispensarem a
formalidade no seu ingresso entrarão (as Estaduais antes das Federais) também antes do Venerável,
exceto o Grão-Mestre Geral e seu Adjunto e o Grão-Mestre Estadual e seu Adjunto, quando na sua
Jurisdição, que deverão entrar sempre com formalidade, conforme determina o Regulamento Geral e no
protocolo de recepção de Autoridades.

TRATAMENTO
                        No Rito Moderno, é dispensado tratamento especial aos Aprendizes e companheiro.
Em nossos templos por ocasião dos trabalhos, nossos Irmãos menores podem fazer uso da palavra.
Entendemos que devem, para exercitar o dom da palavra e o aconselhamento é praticar exercícios da
leitura, aprimorando o conhecimento e a pronuncia com trechos de boas obras, adquirindo assim a
desinibição no preparo de trabalhos escritos e lançando-se depois ao improviso.
  
TRIÂNGULO DOS COMPROMISSOS
                        O Triângulo dos Compromissos no Rito Moderno é mera referência, posto que ele
deve ser considerado parte, uma extensão da mesa do Venerável (Triângulo da Sabedoria), portanto
jamais deverá ser colocado no Ocidente. Em caso das sessões de iniciação, elevação e exaltação, no
momento da prestação do compromisso, para que os profanos, os Aprendizes e os Companheiros não
subam ao Oriente, ele poderá ser trazido até a borda do Oriente.
                        O Altar dos juramentos foi suprimido do Rito Moderno, dentro da linha de respeito às
crenças individuais, não obriga o maçom a jurar fidelidade a um padrão religioso, que pode não ser o seu.
                        No Rito Moderno, o maçom promete, e a sua promessa encerra tudo aquilo que as
diversas religiões, apoiadas em sólidos princípios morais, também prometem: amor à humanidade,
respeito as direitos individuais e coletivos, prática da moral e da virtude, socorro aos
necessitados, luta pela Pátria e pela Liberdade. A espiritualidade intrínseca dessas promessas mostra,
bem, que não existe o pretendido materialismo, de que os adversários do rito o acusam, tão injustamente.
                        As promessas dos maçons, no Rito Moderno, são feitas com o corpo erecto, não havendo
as genuflexões, durante as cerimônias de iniciação e de exaltação, em que o candidato, ajoelhado, é
“sagrado” pelo Venerável, numa reminiscência dos hábitos das antigas ordens de cavalaria, protegidas e
estipendiadas pela Igreja.

LIVRO DA LEI
                         No
Rito Moderno, o Livro da Lei (Bíblia; Corão; Tora, Etc) permanecerá fechado
durante os trabalhos, sobre o Triângulo dos Compromissos, tendo em cima o Esquadro e o Compasso.
                        Não se pode confundir o Livro da Lei, regra da Moral Maçônica, com o Livro da Lei
Sagrada de qualquer religião. Conforme determina os oitos pontos exigidos pela Grande Loja Unida da
Inglaterra, o Livro da Lei Sagrada, que ela especifica como a Bíblia deve ficar à vista e no Rito Moderno,
como no Rito Schröder, deve ficar fechada em cima da Mesa do Venerável.
                        Como Livro da Lei Maçônica determinamos o uso das Constituições de Anderson, edição
de 1723, primeiro ordenamento da Maçonaria após a sua institucionalização em 1717, na falta dela pode-
se usar a constituição da Obediência.

O USO DAS ESPADAS


                        No Rito Moderno, o Mestre de Cerimônias porta uma espada, ao contrário de outros
ritos, onde ele deve conduzir um bastão, todavia, para preservar a pureza do simbolismo original do rito,
todos os maçons, em loja, deveriam, sempre, usar uma espada embainhada, presa à cintura, pois ela
representa a igualdade entre todos os obreiros de uma Oficina.
                        Para o Rito Moderno, a espada é, também, o símbolo do combate, que o homem deve
sustentar, para defender a justiça e a verdade, pois o maçom, mais do que ninguém, deve batalhar,
constantemente, contra a injustiça e contra a mentira, lutando, sempre, com armas leais, de que a espada
é o tipo tradicional.
                        O Venerável, não usa a Espada Flamígera, ondulada, de origem mística. Para a Sagração,
deverá usar a Espada Maçônica (reta).

MALHETES
                        No início dos Trabalhos, por ocasião da verificação nas colunas, os Vigilantes devem
sair de seus triângulos segurando o malhete, na altura do coração, formando ângulo reto com o braço e
antebraço e percorrer as colunas. O Malhete é a ferramenta de trabalho do Venerável e dos Vigilantes,
portanto devem sempre estar com o malhete nas mãos, na forma indicada, salvo em situações
especificadas no Ritual.

FERRAMENTA DE TRABALHO
                        O Ir\ que porta Ferramenta de Trabalho não faz o sinal de Ordem, como o Venerável,
os Vigilantes, o Mestre de Cerimônias e o Cobridor. No caso do Ir\ que conduz o Saco de Propostas e
Informações ou o Tronco de Solidariedade, este deve fazer o sinal de ordem toda vez que estiver em pé e
parado, pois o saco de Propostas e Informações e o Tronco de Solidariedade não são ferramentas de
trabalho.

MEDITAÇÕES, CONCENTRAÇÕES OU SIMILARES


                        Esclareçamos que no Rito Moderno não existe, antes do início dos Trabalhos (quer
dentro ou fora do Templo) qualquer tipo de meditação, concentração, prece, leitura de trechos filosóficos
ou religiosos, ou algo parecido. Estas demonstrações terminam se transformando em pregação desta ou
daquela religião, o que não se deve ocorrer em um Rito que é eqüidistante das religiões, como deve ser a
autêntica Maçonaria.

SUBSTITUIÇÕES EM LOJA
                        Os aprendizes só podem ocupar cargos, (sem usar colar) que estejam na Coluna do
Norte e que não subam ao Oriente ou se dirijam à coluna do Sul, e tampouco poder ocupar o cargo de
Cobridor. Porém, podem eventualmente ocupar os cargos de Chanceler, 2º Experto e Mestre de
Harmonia.  Enquanto que, os companheiros só podem ocupar cargos (sem usar o colar) que estejam na
Coluna do Norte e do Sul, e tampouco devem ocupar o cargo de Cobridor, porém, podem eventualmente
ocupar os cargos de Chanceler, 1º, 2º e 3º Expertos, Tesoureiro, Chanceler e Mestre de Harmonia.

POSIÇÃO DO COBRIDOR
                        A
posição correta do Cobridor é na mesma linha do Venerável, ou seja, na linha
central do Templo. Quando da entrada ou saída de irmãos, ou em situações que exijam outra posição,
este poderá se deslocar com sua cadeira lateralmente para a esquerda, somente enquanto durar essa
necessidade. O cobridor faz parte da coluna do Norte.

POSIÇÃO DO IR\ EM PÉ
                        No momento em que é conferido em loja se os presentes são maçons, todos devem
estar voltados para o “triângulo com o olho quer tudo vê”, que fica na parede atrás e acima da cabeça do
Venerável. O 2° Vig\ confere a coluna do Norte, o 1° Vig\ a coluna do Sul e o Venerável confirma os do
Oriente. Quando o Venerável diz “também no Oriente”, finda a obrigação de continuar olhando para o
“triângulo com o olho que tudo vê” e todos se voltam à posição normal, ou seja, olhando para frente.

POSIÇÃO AO FALAR
                        Ao
se estar à Ordem, deve-se ficar normalmente em pé em relação à sua cadeira,
não sendo necessário permanecer o tempo todo olhando para o Oriente. Também não é necessário virar
o corpo interior, basta apenas girar a cabeça para onde se dirige a palavra.

MOVIMENTAÇÃO DO MESTRE DE CERIMÔNIA E


HOSPITALEIRO
                        Deverão executar os dois triângulos sobrepostos inversamente, ou seja, Venerável, 1º
Vigilante, 2º Vigilante (1º triângulo) e Orador, Secretário e Cobridor (2º triângulo). Somente depois de
efetuados os referidos triângulos é que irá ao Oriente buscar as propostas dos Irmãos que estejam ali
sentados, sejam quais forem seus cargos ou comendas. Somente o Grão Mestre presente é exceção,
pois ele incorpora a cabeça da Loja, juntamente com o Venerável. Estes triângulos jamais deverão deixar
de ser executados; havendo necessidade de maior celeridade, dado o grande número de Irmãos
presentes, o Venerável determinará que um Irmão colabore captando as propostas dos Irmãos que
estiverem sentados nas colunas. Durante seu trajeto levará a bolsa junto ao quadril esquerdo.

BATERIA         (00 – 0)
“Obs:- Quando no início e final dos trabalhos e o venerável diz “a mim meus irmãos, pelo sinal,
pela bateria e pela aclamação”, se faz necessário fazer o sinal, descarrega-lo corretamente para
depois iniciar a bateria”.
 

ACLAMAÇÃO
                        No Rito Moderno, atualmente,
a aclamação que é feita estando em sinal de ordem,
sem bateria alguma, e procede no início e no final dos trabalhos, após o sinal e a bateria do grau, é
composta das palavras “LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE”, trilogia vulgarizada pela
revolução Francesa. Todavia, nos rituais antigos, consignavam uma aclamação diferente, ou seja “Vivat,
Vivat, et in aeternum vivat!”, acompanhada de três estalos feitos com polegar e o médio da mão direita,
sendo, o primeiro, à altura do ombro esquerdo, o segundo, à altura do ombro direito e o terceiro sobre a
cabeça (sinal este do Rito Adonhiramita), formando os três ângulos do triângulo eqüilátero, símbolo da
sabedoria.

 TRATAMENTO NO INÍCIO DO USO DA PALAVRA


                        Com a intenção de uniformizar e como sempre foi de uso e costume nas Lojas do Rito
Moderno, recomenda-se que o Irmão, quando usar a palavra no início de sua peroração (A parte final de
um discurso; epílogo) diga: Venerável Mestre, demais Luzes(ou 1º e 2º Vigilantes), Autoridades e
Dignidades com assento no Oriente (poderão ser nomeadas), meus Irmãos,..... Quando o Grão
Mestre estiver presente, começará pelo seu nome.

ENTRADA EM LOJA
                        Antes
da Sessão, estando todos à porta do Templo (Átrio), cabe ao Mestre de
Cerimônias apenas dar os avisos de praxe: sobre o tipo de sessão; desligar os telefones celulares e,
eventualmente, outros avisos rápidos e úteis.

LUZES
                       
No triângulo do V\M\ devem estar as três luzes acesas e uma única luz acesa no triângulo de
cada vigilante. Isso em todas as sessões do simbolismo, ou seja, nos graus de Aprendiz, Companheiro e
Mestre. Não deve haver luz acesa nos triângulos dos demais cargos, a não ser aquela indispensável à
leitura, se for necessário.

A INICIAÇÃO  X  PROVAS FÍSICAS


                        A iniciação no Rito Moderno procura dar ao candidato o conhecimento dos primeiros
e fundamentais princípios da ciência e filosofia maçônica, ignorando completamente as concepções
esotéricas pertinentes à morte profana e o renascimento para a verdadeira vida espiritual. Parte do
pressuposto de que a dramatização não se faz mais necessária para o homem racionalizado e
adogmático. Suas provas são intelectuais e éticas, nunca físicas.
                        O profano que se inicia no Rito Moderno renasce para o plano mais elevado da razão,
transformando-se num livre pensador e num crítico dialético do processo histórico do homem. Aprende a
respeitar as etapas propiciatórias deste entendimento, como as provas físicas do passado cultural do
homem, mas dispensa a teatralização para induzir o agnóstico no conhecimento dos princípios
fundamentais da Maçonaria moderna.
                        O Rito Moderno entende que as provas físicas induzem o candidato a um clima de terror
desnecessário. A Morte profana não deve ser temida; é mister que seja compreendida racionalmente.
Mesmo quando da permanência na Câmara de Reflexão, os emblemas da morte e da exigüidade do
tempo, não pretendem transmitir ao recipiendário um temor quando a morte ocorre, pois enquanto há
vida, não existe morte.  
                        Os Objetivos das provas do Rito Moderno pretendem transmitir ao candidato, paz,
tranqüilidade e ausência de perturbações. Portanto, este objetivo só será alcançado com as provas
intelectuais, jamais com as provas físicas dos ritos teístas.
                        Para nós do Rito Moderno que professamos o adogmatismo não cabe definir o valor das
provas físicas dos demais ritos, apenas exercitar o nosso direito de valorizar o intelecto sobre o físico,
numa proposta muito parecida com aquela que pretende o domínio do espírito sobre a matéria.
                        No Rito Moderno, o candidato não presta juramento ajoelhado, e sim um
compromisso de pé com a mão sobre o compasso, visto que, sendo um homem livre e de bons costumes
não necessita jurar para cumprir as Leis e ser aceito nos meios maçônicos. O candidato não tem nenhum
constrangimento com provas emocionais e não é submetido à seminu dez, ao contrário, lhe é dado todas
as condições para que tenha um preparo mental para discernir os princípios da Instituição.
                        O candidato, no seu primeiro interrogatório responderá sobre temas de ordem pessoal e
entendimento da Maçonaria, tais como, se já leu e o que pensa sobre a Maçonaria? Quais as suas
qualidades e defeitos e os procedimentos pessoais sobre, moral, trabalho, direito e deveres. Findo o 1º
interrogatório, faz-se a primeira viagem que é acompanhada por dois oficiais (Experto), onde um deles
diz: Meu filho vinde conosco - esta viagem simboliza a infância, a criança vem ao mundo nua, fraca,
incapaz de prover por si só as suas necessidades, mas traz consigo o tríplice direito: Á CONSERVAÇÃO,
À EDUCAÇÃO E À INSTRUÇÃO. O homem e a mulher que lhes deram a vida têm o dever de dar
satisfação ao seu direito. Obriga-os também um para com o outro, pois é a aplicação primordial do
princípio da solidariedade, é a base jurídica da família.  Os dois Maçons que o sustenta, representa os
pais, pois junto significa a célula do agrupamento humano – a família. Durante a primeira viagem, deve
ser executado em surdina (nenhum ruídos é feito), para que o recipiendário possa meditar sobre esta
viagem.
                        O candidato, no seu segundo interrogatório responderá sobre temas de ordem familiar
(Caráter e utilidade do casamento; Casamento entre pessoas de raças, nacionalidade e religiões
diferentes; Paternidade extraconjugal; Igualdade da mulher na sociedade conjugal e fora dela;
Planejamento familiar e aborto; Deveres dos pais em relação aos filhos), A 2ª viagem  o Experto toma o
candidato pelas mãos e diz Meu discípulo, segui-me,  Esta viagem simboliza a juventude, pois é depois
da primeira idade, que continua a educação, que é a mais essencialmente obra da família, é preciso que
o adolescente receba os ensinamentos que devem torna-lo um homem útil e um bom cidadão. Durante a
segunda viagem, será ouvido um contínuo tinir de espadas.
                        O candidato, no seu terceiro interrogatório responderá sobre temas de ordem social
(Liderança e como exerce-la; Livre Pensamento; Patriotismo; Cidadania – direitos e deveres; Reação ou
acomodação contra a injustiça; Direitos Naturais e direitos derivados da lei escrita; A Vida humana e a
Pena de Morte; Guerra e Antagonismo entre as Nações; Governo democrático, absolutista e ditatorial),
em seguida o Experto oferece o ombro e diz Meu amigo, apoiai-vos em mim, é feito a terceira viagem,
que representa a idade madura, o candidato chega à plenitude de seu desenvolvimento, mesmo nesse
período da vida, o homem necessita de auxílio e apoio, pois isolado, não poderia levar a termo nenhuma
empresa importante. Durante a terceira viagem, deve ser executado em surdina (nenhum ruídos é feito),
para não distrair o recipiendário de suas meditações sobre o sentido desta viagem.
 
CONCLUSÃO
                        Meus Irmãos solicito aos prezados ouvintes para que trabalhem por uma maçonaria
forte, o mundo se evoluiu vertiginosamente e no século passado o avanço tecnológico chegou a ser
aterradores, todas as organizações culturais buscando as reformulações de seus conceitos. No princípio
do terceiro milênio, precisamos estar preparados e preparar nossos jovens obreiros para a perfeição,
elevando-os aos seus próprios níveis, para que possam permitir que a obra maçônica seja eterna como a
humanidade.
                        Em nome da LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, todos os Irmãos do
universo, devem cooperar na estabilização de uma maçonaria lúcida, evolutiva, progressista, incessante,
incentivadora de que nós  olhemos com os mesmos olhos, que nos amemos com o mesmo coração; que
nos conheçamos sempre melhor em nossas aspirações e nos compreendamos mais em nossas
limitações; que ao construirmos a própria vida, não impeçamos o nosso semelhante de tranqüilamente
viver a sua; que cada um de nós não fique alheio aos momentos de cansaço, dissabor ou desatino do
outro e sinta real e intimamente a necessidade do próximo; e finalmente que a nossa fraternidade não
seja delimitadas, más extensivas a todos os membros da grande família humana.
                        De tudo o que foi exposto, podemos tirar algumas conclusões importantes, entre elas a
não supremacia de ritos, ou de um rito, pois todos eles são importantes para a estrutura e a essência do
pensamento maçônico; pois não podemos achar que este ou aquele rito é melhor do que os demais, mas,
sim, mostrar que, apesar de nos ser atacado por quem o desconhece, o
Rito Moderno é tão maçonicamente estruturado quanto os demais ritos e não há nenhuma
incompatibilidade com a doutrina maçônica.  É um Rito totalmente, de acordo com o texto original da
Constituição de Anderson, de 1723.
                        A Maçonaria moderna, respeitando a idéia individual de cada maçom, como fez o Grande
Oriente da França, em 1877, que dizia “em nome da liberdade absoluta de consciência, declara,
solenemente, respeitar as convicções, as doutrinas e as crenças de seus membros”. O nome, a
imposição de um padrão, o dogma não importam, pois o sentimento é tudo.  Pois é essa liberdade de
consciência no tocante às concepções espirituais e religiosas que é a maior característica da Maçonaria
moderna. É a liberdade o princípio máximo da Instituição, pois ela nasceu com o início das lutas pela
emancipação física e espiritual dos homens. A Liberdade total e absoluta, direito que deve ser exercido
racionalmente e com responsabilidade, não admite a obediência passiva e rastejante, não permite o
cerceamento da livre determinação política dos povos, abomina todas as tiranias como afrontosas ao
espírito humano e prega a igualdade de direitos, sem privilégios de casta.
                        Muitas constituições maçônicas, urdidas sob a égide da antiga Maçonaria, proíbem,
totalmente, ao maçom as discussões sobre assuntos políticos e religiosos. Ora, a Maçonaria é uma
escola de civismo e de liberdade e cada maçom tem, não apenas o direito, mas, também, o dever de se
interessar pelos grandes problemas das nações, pois das tendências políticas depende o bem estar e a
estabilidade dos povos. Assim, as referidas proibições representam uma acintosa afronta à liberdade de
consciência dos maçons.
                        A Maçonaria Moderna tem como princípio básico e fundamental de sua doutrina, na luta
constante em defesa da Liberdade.
A posição de um grande maçom espanhol “Emílio Castelar”:
 
                “Sem  Liberdade a arte é irreflexiva com o a natureza, é a
imitação do passado, é vôo da ave prisioneira, que se ensangüenta nas
grades de seu cárcere. Sem Liberdade, o lar doméstico, que o anjo da
família deve guardar, está exposto às delações do espião e às violações
do esbirro. Sem Liberdade, o pensamento, alma da ciência, cai no
silêncio e morre! Sem Liberdade, toda a justiça é mentira, todo o castigo
é infâmia, toda a religião é hipócrita. E é por isso que o anelo de todas
artes, o segredo de todas as investigações cientifica, os desejos de todas
as gerações se encaminham, infalivelmente, para romper as cadeias,
sacudir as tiranias, conseguir, enfim, essa LIBERDADE, sem a qual é
triste, odiosa e impossível a vida”.
           
O MAÇOM COMO AGENTE DE MUDANÇA
  “Eles (Os Maçons) difundirão as verdades que aprenderam, farão amar
nossa Ordem pelo exemplo de suas qualidades, prepararão, através de
uma ação incessante e fecunda, o advento de uma humanidade melhor e
mais esclarecida”.
                          (Encerramento dos Trabalhos -  Ritual do 1º Grau – Aprendiz – 1998 – Pg.34 –
2º Vig\)
 

BIBLIOGRAFIA
 O Rito Francês ou Moderno – A Maçonaria do Terceiro Milênio –
Supremo Conselho do Rito Moderno, 1ª Edição, 1994; Editora Maçônica
“A TROLHA” Ltda;
 O Rito Moderno – Antonio Onias Neto (Grande Secretário Geral de
Orientação Ritualística para o Rito Moderno do G\O\B\);
 Palestra sobre o Rito Moderno – Antonio Nogueira da Silva Filho (Ex-
Delegado do Rito Moderno para o Estado de Rondônia);
 Manual de Dinâmica Ritualística do Rito Moderno  - 2000;
 Ritual do 1º Grau – Aprendiz do Rito Moderno – 1998;
 O Rito Moderno –  A Verdade Revelada; Frederico G. Costa & José
Castellani – 1990,  Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda;
 A Maçonaria Moderna – José Castellani – 1987;  Editora A Gazeta
Maçônica;
 Manual do Rito Moderno – Grau de Aprendiz – José Castellani &
Frederico G. Costa – 1991; Editora A Gazeta Maçônica;
 Fragmentos da Pedra Bruta – José Castellani, Volume 1;  1999; Editora
Maçônica “A TROLHA” Ltda;
 Uma Visão Global – Walter Pacheco Jr;  Madras Editora Ltda.

BENOIT BRITO MENDES – CIM Nº 159.492 - MESTRE INSTALADO


Membro da Academia Maçônica de Letras de Rondônia – AMLRO  e,
Grande Secretário Adjunto de Ritualística para o Rito Moderno do GOBRO
Av. Farquar, 3520 – Pedrinhas – 78903.013 – Porto Velho – Rondônia
Fone:- 69.3229.6185 (Res);  69.9981.4256 (Cel);
E-Mail:-  benoit@brturbo.com.br

Você também pode gostar