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MODERNO
SUMÁRIO
Pag.
A MISSÃO
HISTÓRICO
No Brasil
Total de Lojas do Rito Moderno pelo Brasil
Rondônia
Lojas Simbólicas
Lojas Filosóficas
OS GRAUS
Graus Simbólicos
Graus Filosóficos
CORRESPONDÊNCIA DE GRAUS
OBJETIVOS, FINALIDADE, FILOSOFIA e DOUTRINA
Seus Princípios Fundamentais
ALGUMAS PARTICULARIDADES DO RITO MODERNO
DINAMICA RITUALÍSTICA
Disposição do Templo
Tratamento
Triângulo dos Compromissos
Livro da Lei
O Uso das Espadas
Meditações, Concentrações ou Similares
Substituições em Loja
Movimentação do Mestre de Cerimônia e Hospitaleiro
Bateria do Grau de Aprendiz
Aclamação
Tratamento no início do uso da palavra
A Iniciação X Provas Físicas
CONCLUSÃO
O Maçom como Agente de Mudança
BIBLIOGRAFIA
RITO MODERNO OU FRANCÊS
A MISSÃO
Para que possamos abordar sobre o Rito Moderno, e melhor entendermos,
compreender o entendimento de sua prática, temos que considerar sobre a Sociedade
iniciática que nos une: a MAÇONARIA, diversos autores definem de várias formas, mas, o
GRANDE ORIENTE DO BRASIL, seguindo a linha do pensamento que é adotado pelo
Grande Oriente de França, define, assim:
“A Maçonaria é uma Instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e
progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo
aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento do
dever da prática desinteressada da beneficência e da constante investigação da verdade.
Seus fins superiores são LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.”
Portanto, no Rito Moderno, estuda-se que o Maçom, fiel ao espírito da
própria Instituição, tem uma tríplice caminhada a percorrer, passando por três estados: O
Místico, o Metafísico e o Científico, uma vez que nós, os Maçons, estamos ligados ao
próprio destino da Humanidade.
HISTÓRICO
Foi no século 18 que a Maçonaria tornara-se Universal, expandido-se pela Inglaterra e
Escócia.
A Maçonaria Especulativa introduzida na França pelos Ingleses por volta de 1725. Em
1726 instalava-se em Paris uma Loja vinda da Escócia, com o nome de São Tomás. Em 1732 fundava-se
a Loja Inglesa nº 204, em Bordéus, subordinada à Grande Loja de Londres. A Grande Loja de França, já
estabelecida em 1766, se reorganiza a partir de 1771 para formar em 22 de outubro de 1772 o Grande
Oriente de França.
O Rito Francês ou Moderno foi criado em Paris no ano de 1761, constituído aos 24 de
dezembro de 1772 e, finalmente, proclamado aos 09 de marco de l773, pelo Grande Oriente de França,
sendo Grão Mestre Louís Philippe Joseph, O Duque de Chartres, depois Duque de Orléans, instalado
solenemente aos 22 de outubro de 1773. No entanto, o Grande Colégio dos Ritos, do Grande Oriente de
França, estabelece a criação do Rito Francês somente em 1786, reconhecendo também todos os Ritos
autenticamente maçônicos (O Rito Francês com Sete Graus e o Rito Escocês Retificado, criado no
Grande Oriente em 1776 e 1781, e o Rito Escocês Antigo e Aceito, com 33 Graus, unido ao Grande
Oriente em 1804).
Em seu nascimento, o rito Moderno abrangia, apenas, os três primeiros graus simbólicos,
básicos e essenciais da Maçonaria e adotava as primeiras Constituições de Anderson de l723. Numa
época havia grande paixão pelos altos graus, surgindo a cada momento novos graus e novos ritos e que
serviam como atrações para os novos iniciados, numa flagrante indisciplina. Em virtude da pressão de
irmãos.
Em 1774, o Grande Oriente de França se viu compelido a procurar uma fórmula para
harmonizar as diferentes doutrinas que vicejavam desordenadamente num emaranhado proliferar de
altos graus, por influência da Cavalaria, da nobreza e de misticismos, o que dava origem à exploração
da vaidade, inerente àqueles que procuravam a Ordem Maçônica com a única intenção de satisfazer o
seu ego, desfigurando assim a Ordem.
Assim, o Grande Oriente de França nomeou uma comissão composta de maçons
esclarecidos e de elevada cultura (entre eles Bacon de la Chevalerie, Conde de Stroganoff e do barão de
Toussainct) para estudar todos os sistemas existentes e elaborar um rito composto do menor
número possível de graus e que contivesse os ensinamentos maçônicos.
Após três anos de estudos, a comissão chegou à conclusão de que o novo rito não deveria
adotar nenhum dos altos graus, que seriam, então abolidos; considerando que isso iria trazer enormes
problemas, podendo provocar movimentos cismáticos, tendo em vista o grande número de pessoas
condecoradas com esses altos graus na maçonaria européia, a comissão, para evitar isso, renunciou da
empresa, mas recomendou manter apenas os três graus iniciais. O Grande Oriente da França acatou as
conclusões da comissão e, partindo dessa decisão, expediu circular a todas as lojas da obediência, aos
03 de Agosto de l777, afirmando que só seriam reconhecidos os três primeiros graus simbólicos, o que
causou uma grande reação de alguns irmãos, visto que, o Rito de Perfeição ou de Heredon criado por
Pirlet, em 1758, já contava com 25 graus. Cabe, aqui, um esclarecimento importante: na mesma época, o
Grande Oriente da França criou a palavra semestral, como sinal de regularidade para todos os maçons,
sendo imitado por todas as potências maçônicas, mesmo por aquelas que combatiam os Grandes
Orientes.
Em razão disso, em 1782, criou uma nova comissão especial, com o nome de Câmara
dos Ritos, encarregada da formação do rito, que deveria conter a parte essencial dos altos graus. Essa
comissão, depois de mais de quatro anos de estudo e cujas conclusões foram acolhidas, surgindo então
em l786, nascia o Rito Francês ou Moderno contendo 7 graus.
NO BRASIL
A Maçonaria se introduziu no Brasil quando este era Província da Monarquia Portuguesa.
Remonta a cerca de 1730 a fundação em Portugal das primeiras Lojas sob influência da França e
Inglaterra.
Portanto, a Maçonaria do Brasil desde o século XVIII está ligada à de Portugal. Enquanto a
sede da Monarquia Portuguesa foi em Lisboa, a Maçonaria sentia ser mais fácil os movimentos
revolucionários no Brasil, daí as Inconfidências, Mineira (1789) e Baiana (1799).
Nos primeiros anos do século XIX, as lojas Maçônicas espalharam-se consideravelmente
nas províncias de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. Umas sob os auspícios do Grande Oriente
Lusitano, outras sob o de França.
No Brasil a primeira Loja do Rito Moderno, foi fundada sob o título de “Loja Reunião”, com
irmãos vindos da França, com a obediência ao Grande Oriente da França, no ano de 1800, E em 1802,
em Salvador foi instalada a Loja “Virtude e Razão”, portanto 22 anos antes da fundação do Grande
Oriente do Brasil em 17 de Junho de 1822, e fechado por D.Pedro I, Príncipe Regente, sendo restaurado
em 1832 por José Bonifácio de Andrada e Silva. Desde então o Grande Oriente do Brasil, adotou o Rito
Francês e a Constituição do Grande Oriente da França de 1826, adaptada por Gonçalves Ledo e
promulgada em 24 de outubro de 1832, passou a trabalhar sob os auspícios do Rito Moderno, nos
trabalhos dos seus Corpos legislativo e Administrativo até hoje, embora muitos Maçons ignorem.
RONDÔNIA
LOJAS SIMBOLICAS
01 ESTUDO E TRABALHO N° 1461 – Município de Porto Velho (RO)
Fundada em 20.01.1957.
Ven\Mestre - Carlos Alberto Pereira
02 UNIÃO, TRABALHO E JUSTIÇA N° 2321 – Município de Candeias do Jamari (RO)
Fundada em 23.05.1985
Ven\Mestre: Fernando Marques dos Santos
03 ROMÃO GARCIA N° 3030 – Município de Mario Andreazza (RO)
Fundada em 28.02.1997
Ven\Mestre - Evanildo Bezerra de Queiroz
04 UNIVERSITÁRIA FONTE DA SABEDORIA N° 3468 – Município de Porto Velho (RO)
Fundada em 17.10.2002
Ven\Mestre – Miguel Jorge da Conceição Maltez
05 ESTRELA DO RIO MACHADO N° 3488 - Município de Castanheira (RO)
Fundada em 13.02.2003.
Ven\Mestre - Vicente Ferreira Lima
06 LUZ DO PARAISO N° 3501 – Município do Alto Paraíso (RO)
Fundada em 07.05.2003.
Ven\Mestre - Samuel de Jesus Valle
07 SABEDORIA e PROGRESSO 3768 - Primavera de Rondônia (RO)
Fundada em 11.03.2006.
Ven\Mestre – Athos de Arimateia
LOJAS FILOSOFICAS
01 SUBLIME CAPÍTULO “ESTUDO E TRABALHO” – Município de Porto Velho (RO)
Revigorado em 04/09/1983.
Sapientíssimo –
02 SUBLIME CAPÍTULO “UNIÃO, TRABALHO E JUSTIÇA” – Município do Candeias do Jamari
(RO)
Fundada em 23/05/2001
Sapientíssimo –
03 SUBLIME CAPÍTULO "MARIO LUCIO TEIXEIRA" – Município de Mario Andreazza (RO)
Fundada em 28/07/2001
Sapientíssimo -
OS GRAUS
Graus simbólicos:
O aprendiz, pela sua inexperiência maçônica, que lhe dá situação de recém-nascido, perante a
Luz, só pode trabalhar através do processo intuitivo, ou do pressentimento;
O Companheiro pode trabalhar de acordo com um processo analítico, já que a análise é o
processo lógico que vai do composto ao simples, é o estudo de cada uma das partes de um
todo;
O mestre, por seu turno, que é o homem integral, na última etapa evolutiva do pensamento
humano, faz a síntese, juntando tudo o que está disperso, para concretizar a obra final. O mestre
Maçom é o homem na plenitude de sua racionalidade e de seu espírito crítico, consubstanciando
o ideal maçônico de desbastação da pedra bruta, já que a transformação desta em pedra polida,
ou cúbica, significa o próprio aperfeiçoamento moral e mental do maçom.
Graus filosóficos:
CORRESPONDÊNCIA DE GRAUS
É evidente que não existe equivalência absoluta entre os Graus filosóficos dos diversos Ritos,
mas para fins de reconhecimento o Rito Moderno admite em principio, a seguinte correspondência entre
os diversos Ritos adotados pelo Grande Oriente do Brasil, conforme o Art. 110 do Regimento Interno do
Supremo Conselho do Rito Moderno:
MODERNO ADONHIRAMITA BRASILEIRO R.E.A.A YORK
Grau 4 7 9 9 Mestre de Marca
Grau 5 14 14 14 Past Máster
Grau 6 15 15 15 Mui Excelente Mestre
Grau 7 18 18 18 Maçom do Real Arco
Grau 8 30 30 30 Cavaleiros de Malta
Grau 9 33 33 33 Cavaleiros Templários
OBJETIVOS, FINALIDADE, FILOSOFIA e DOUTRINA
Em nossa Ordem todos os Ritos atendem ao sentimento filosófico de cada membro, de acordo
com a formação cultural de cada irmão e na formação dos diferentes Ritos. Nos ensinaram que o Rito em
maçonaria, é um conjunto de regras ou preceitos, com os quais se praticam as cerimônias e tem sua
autoridade regulada e sua hierarquia própria e com independência. Dentro dessa visão, encontra-se o
Rito Moderno praticado dentro das diretrizes que lhe foram traçados, uma vez que há de dirigir seus
passos em direção ao campo científico na formação do homem, não existindo em seus membros a
preocupação de se obter altos graus, nem tampouco a ostentação de títulos e condecorações, fazemos
nosso trabalho silencioso, humilde, porém produtivo.
O Rito Moderno, que é fruto da Maçonaria Francesa, entende que o maçom deve ter
a faculdade de pensar livremente, de trabalhar para o bem-estar social e econômico do cidadão, de
defender os direitos do homem e uma melhor distribuição de rendas. Essa tendência filosófica
humanista é que parece contrapor-se aos aspectos de religião cultural.
O Rito Moderno não considera a Maçonaria como uma Ordem Mística, embora seus três
primeiros graus estejam impregnados da mística das civilizações antigas. A busca da verdade, transitória
e inefável, realiza-se pelo aprendiz na intuição, pelo companheiro na análise e pelo mestre na síntese,
num processo evolutivo e racional.
Os padrões do pensamento da Maçonaria Francesa são racionais e científicos, e se
prendem à época moderna, ao Humanismo, neste padrão, o RIO MODERNO é progressista, na medida
que se propõe o progresso pensado, articulado e lógico, mas sobretudo humano. E é ao mesmo tempo e
não paradoxalmente, respeitador e estudioso das indispensáveis tradições, visto que observa
constantemente e fielmente as Constituições Andersonianas de 1723, que é caracterizada pela liberdade
de pensamento, assim, o Rito Moderno trata dos assuntos maçônicos de forma ampla, cientifica e global,
e tem sua área de interesse com abrangência.
A síntese dos debates da Assembléia, em l876, que levaram à resolução de l877, mostra
bem, que: - “A franco maçonaria não é deísta, nem é atéia, nem sequer positivista. A instituição que
afirma e pratica a solidariedade humana, é estranha a todo dogma e a todo credo religioso. Tem
por princípio único o respeito absoluto da liberdade de pensamento e consciência. Nenhum
homem inteligente e honesto poderá dizer, seriamente, que o Grande Oriente de França quis
banir de suas lojas a crença em Deus e na imortalidade da alma quando, ao contrário, em nome da
liberdade absoluta de consciência, declara, solenemente, respeitar as convicções, as doutrinas e as
crenças de seus membros”. Portanto, o Rito propõe uma promessa e não um juramento, pois é contrário
à imposição de um padrão religioso teísta, respeitando a liberdade de consciência individual e às
concepções metafísicas de foro íntimo, o rito não é deísta, nem teísta, nem positivista, ateu ou agnóstico,
mas, adogmático, e de prudente neutralidade, deixando a cada membro suas próprias convicções.
Muitos escritores Maçons – Certamente, por não terem entendido o verdadeiro sentido da
reforma investem contra o Rito, pois o desconhecimento a respeito do Rito Moderno ou Francês é
intenso. Uma das mais infantis acusações (?) ou afirmativas gratuitas que se faz sobre o Rito é ser ele
agnóstico, espúrio, e acima de tudo ATEU. É lamentável que maçons, que deveriam conhecer um pouco
de filosofia e teoria do conhecimento, façam confusão entre ateísmo e agnosticismo.
O Rito Moderno, por saber que a atitude filosófica da Maçonaria é a pesquisa constante da verdade, e por
outro lado, ao ver que a verdade, para que seja considerada em todo o seu sentido, deve ser absoluta e
infinita, abraça a corrente de pensamento que reconhece a impossibilidade do conhecimento do Absoluto
pelo homem em sua finitude e relatividade, ou seja, o AGNOSTICISMO.
Afirmando assim uma posição de humildade perante o Absoluto. O que deveria ser característica de todo
Maçom.
Acrescente-se mais que o Gnosticismo, como teoria da possibilidade de conhecimento (não confundir
com os chamados "Gnósticos" do início da Era Cristã), afirma que é possível conhecer o absoluto.
Meus irmãos, o Ateísmo, ao afirmar categoricamente a inexistência de Deus, pertence à corrente
gnóstica, posto que, nessa assertiva, mostra ser possível conhecer o Absoluto, donde podemos concluir
que o ateu jamais será agnóstico e o agnóstico não pode ser ateu, pois suas teorias da possibilidade do
conhecimento se chocam frontalmente.
Por outro lado, há religiões, como o Budismo, que, em sua origem, toma uma posição agnóstica, não se
preocupando em explicar o Absoluto, reconhecendo a impossibilidade de definí-lo.
Portanto, desta forma, o Rito Moderno acolhe em seu seio, sem nenhum constrangimento, irmãos das
mais diversas profissões religiosas e filosóficas, posto que, mesmo sendo ele agnóstico, não impõe aos
seus membros o agnosticismo, mas exige deles uma posição relativa quanto à possibilidade de que
outros Irmãos, que abraçam outra filosofia, estejam certos, ora quem é dono da verdade não tem
necessidade de pesquisá-la ou procurá-la.
Outra afirmativa que se faz sobre o Rito Moderno é sua anti-religiosidade, o que
não passa de outra confusão.
“O Rito Moderno mantém-se tolerantemente imparcial, ou melhor, respeitosamente
neutro, quanto à exigência, para os seus adeptos, da crença específica em um Deus revelado, ou Ente
Supremo, bem como da categórica aceitação existencial de uma vida futura; nunca por contestante
ateísmo materialístico, mas unicamente, pelo respeito incondicional ao modo de pensar de cada irmão,
ou postulante. Demonstra apenas, a evolução das crenças estimulando os seus seguidores ao uso da
razão, para formar a sua própria opinião. Procura ensinar que a idéia de Deus resulta da consciência e
que as exteriorizações do seu culto não passam de um sentimento íntimo, que se pode traduzir das mais
diversas maneiras.”
O Rito Moderno não admite a limitação do alcance da razão, pelo que desaprova o
dogmatismo e imposições ideológicas e, por ser racionalista, e, portanto, adogmático, propugna pela
busca da Verdade, ainda que provisória e em constante mutação.
A filosofia do Rito se opõe a qualquer espécie de discriminação. A não admissão de
mulheres dá-se em decorrência de tratados e não da natureza do Rito.
A doutrina do Rito Moderno, evidentemente, é, em sua maior parte, idêntica à doutrina
maçônica comum a todos os ritos.
Seus princípios fundamentais:
O
Rito Moderno, coerente com seus princípios aceita como mais concernente a compilação
de Findel, que é a seguinte:
Como vemos, dificilmente poderemos fazer alguma ressalva a respeito desta relação, razão
porque a aceitamos como a que mais se coaduna com aquilo que possamos efetivamente chamar
de LANDMARQUE, embora também seja possível de crítica.
Princípios estes, comuns a todos os ritos, entretanto o Rito Moderno inscreve uma importante
idéia doutrinária:
A Maçonaria reconhece a total liberdade de investigação da verdade, dentro do espírito crítico e do
raciocínio científico; representa, também, a garantia das franquias religiosas, de acordo com o princípio
de que as concepções de ordem metafísica são de foro íntimo, pertencendo, portanto, ao domínio da
consciência individual.
É dessa forma, que o RITO MODERNO, respeitando a liberdade de crença de cada maçom, não
preconiza invocações, preces e a imposição de um definido padrão religioso.
ALGUMAS PARTICULARIDADES DO RITO MODERNO.
DINÂMICA RITUALÍSTICA
DISPOSIÇÃO DO TEMPLO
O templo tem quase as mesmas características dos demais ritos. A diferença inicia nas
posições das Colunas simbólicas, triângulos, dignidades e oficiais. Ao adentrar o Templo o irmão
encontra à sua direita a Coluna Dórica, coluna de Força, a Coluna Simbólica com a letra “B” ao sul,
comandada pelo 1º Vig\, que é composta dos 1º e 3º Expertos, Tesoureiro, Hospitaleiro, Mestre de Banq\,
Mestres e Companheiros, enquanto, que a Coluna Coríntia, coluna da Beleza, a Coluna simbólica
“J”, comandada pelo 2º Vig\, a qual é composta pelo 2º Exp\, Cobr\Interno, Mestre de Harmonia, Chanc\,
Mestre de Cerim\, Arquiteto, Mestres e Aprendizes. No Oriente estará a coluna Jônica, Coluna da
Sabedoria - o Ven\ Mestre, à sua direita encontra-se o Secretário, Secret\ Adj\ e o Porta Bandeira, e a sua
esquerda, o Orador, Orad\ Adj\ e Port\ Estand\
No Rito Moderno não há obrigatoriedade de haver uma determinada ordem de entrada dos
Irmãos no Templo. A única regra de entrada, quando existente uma ordem, é a entrada primeiro dos
Aprendizes, depois dos Companheiros, e, sucessivamente Mestres, Mestres que ocupam cargos, e
deverão se dirigir diretamente a seus lugares, sendo que os Irmãos de cargos mais altos na hierarquia
serão sempre os últimos a entrarem, antes do Venerável. As Autoridades Maçônicas que dispensarem a
formalidade no seu ingresso entrarão (as Estaduais antes das Federais) também antes do Venerável,
exceto o Grão-Mestre Geral e seu Adjunto e o Grão-Mestre Estadual e seu Adjunto, quando na sua
Jurisdição, que deverão entrar sempre com formalidade, conforme determina o Regulamento Geral e no
protocolo de recepção de Autoridades.
TRATAMENTO
No Rito Moderno, é dispensado tratamento especial aos Aprendizes e companheiro.
Em nossos templos por ocasião dos trabalhos, nossos Irmãos menores podem fazer uso da palavra.
Entendemos que devem, para exercitar o dom da palavra e o aconselhamento é praticar exercícios da
leitura, aprimorando o conhecimento e a pronuncia com trechos de boas obras, adquirindo assim a
desinibição no preparo de trabalhos escritos e lançando-se depois ao improviso.
TRIÂNGULO DOS COMPROMISSOS
O Triângulo dos Compromissos no Rito Moderno é mera referência, posto que ele
deve ser considerado parte, uma extensão da mesa do Venerável (Triângulo da Sabedoria), portanto
jamais deverá ser colocado no Ocidente. Em caso das sessões de iniciação, elevação e exaltação, no
momento da prestação do compromisso, para que os profanos, os Aprendizes e os Companheiros não
subam ao Oriente, ele poderá ser trazido até a borda do Oriente.
O Altar dos juramentos foi suprimido do Rito Moderno, dentro da linha de respeito às
crenças individuais, não obriga o maçom a jurar fidelidade a um padrão religioso, que pode não ser o seu.
No Rito Moderno, o maçom promete, e a sua promessa encerra tudo aquilo que as
diversas religiões, apoiadas em sólidos princípios morais, também prometem: amor à humanidade,
respeito as direitos individuais e coletivos, prática da moral e da virtude, socorro aos
necessitados, luta pela Pátria e pela Liberdade. A espiritualidade intrínseca dessas promessas mostra,
bem, que não existe o pretendido materialismo, de que os adversários do rito o acusam, tão injustamente.
As promessas dos maçons, no Rito Moderno, são feitas com o corpo erecto, não havendo
as genuflexões, durante as cerimônias de iniciação e de exaltação, em que o candidato, ajoelhado, é
“sagrado” pelo Venerável, numa reminiscência dos hábitos das antigas ordens de cavalaria, protegidas e
estipendiadas pela Igreja.
LIVRO DA LEI
No
Rito Moderno, o Livro da Lei (Bíblia; Corão; Tora, Etc) permanecerá fechado
durante os trabalhos, sobre o Triângulo dos Compromissos, tendo em cima o Esquadro e o Compasso.
Não se pode confundir o Livro da Lei, regra da Moral Maçônica, com o Livro da Lei
Sagrada de qualquer religião. Conforme determina os oitos pontos exigidos pela Grande Loja Unida da
Inglaterra, o Livro da Lei Sagrada, que ela especifica como a Bíblia deve ficar à vista e no Rito Moderno,
como no Rito Schröder, deve ficar fechada em cima da Mesa do Venerável.
Como Livro da Lei Maçônica determinamos o uso das Constituições de Anderson, edição
de 1723, primeiro ordenamento da Maçonaria após a sua institucionalização em 1717, na falta dela pode-
se usar a constituição da Obediência.
MALHETES
No início dos Trabalhos, por ocasião da verificação nas colunas, os Vigilantes devem
sair de seus triângulos segurando o malhete, na altura do coração, formando ângulo reto com o braço e
antebraço e percorrer as colunas. O Malhete é a ferramenta de trabalho do Venerável e dos Vigilantes,
portanto devem sempre estar com o malhete nas mãos, na forma indicada, salvo em situações
especificadas no Ritual.
FERRAMENTA DE TRABALHO
O Ir\ que porta Ferramenta de Trabalho não faz o sinal de Ordem, como o Venerável,
os Vigilantes, o Mestre de Cerimônias e o Cobridor. No caso do Ir\ que conduz o Saco de Propostas e
Informações ou o Tronco de Solidariedade, este deve fazer o sinal de ordem toda vez que estiver em pé e
parado, pois o saco de Propostas e Informações e o Tronco de Solidariedade não são ferramentas de
trabalho.
SUBSTITUIÇÕES EM LOJA
Os aprendizes só podem ocupar cargos, (sem usar colar) que estejam na Coluna do
Norte e que não subam ao Oriente ou se dirijam à coluna do Sul, e tampouco poder ocupar o cargo de
Cobridor. Porém, podem eventualmente ocupar os cargos de Chanceler, 2º Experto e Mestre de
Harmonia. Enquanto que, os companheiros só podem ocupar cargos (sem usar o colar) que estejam na
Coluna do Norte e do Sul, e tampouco devem ocupar o cargo de Cobridor, porém, podem eventualmente
ocupar os cargos de Chanceler, 1º, 2º e 3º Expertos, Tesoureiro, Chanceler e Mestre de Harmonia.
POSIÇÃO DO COBRIDOR
A
posição correta do Cobridor é na mesma linha do Venerável, ou seja, na linha
central do Templo. Quando da entrada ou saída de irmãos, ou em situações que exijam outra posição,
este poderá se deslocar com sua cadeira lateralmente para a esquerda, somente enquanto durar essa
necessidade. O cobridor faz parte da coluna do Norte.
POSIÇÃO DO IR\ EM PÉ
No momento em que é conferido em loja se os presentes são maçons, todos devem
estar voltados para o “triângulo com o olho quer tudo vê”, que fica na parede atrás e acima da cabeça do
Venerável. O 2° Vig\ confere a coluna do Norte, o 1° Vig\ a coluna do Sul e o Venerável confirma os do
Oriente. Quando o Venerável diz “também no Oriente”, finda a obrigação de continuar olhando para o
“triângulo com o olho que tudo vê” e todos se voltam à posição normal, ou seja, olhando para frente.
POSIÇÃO AO FALAR
Ao
se estar à Ordem, deve-se ficar normalmente em pé em relação à sua cadeira,
não sendo necessário permanecer o tempo todo olhando para o Oriente. Também não é necessário virar
o corpo interior, basta apenas girar a cabeça para onde se dirige a palavra.
BATERIA (00 – 0)
“Obs:- Quando no início e final dos trabalhos e o venerável diz “a mim meus irmãos, pelo sinal,
pela bateria e pela aclamação”, se faz necessário fazer o sinal, descarrega-lo corretamente para
depois iniciar a bateria”.
ACLAMAÇÃO
No Rito Moderno, atualmente,
a aclamação que é feita estando em sinal de ordem,
sem bateria alguma, e procede no início e no final dos trabalhos, após o sinal e a bateria do grau, é
composta das palavras “LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE”, trilogia vulgarizada pela
revolução Francesa. Todavia, nos rituais antigos, consignavam uma aclamação diferente, ou seja “Vivat,
Vivat, et in aeternum vivat!”, acompanhada de três estalos feitos com polegar e o médio da mão direita,
sendo, o primeiro, à altura do ombro esquerdo, o segundo, à altura do ombro direito e o terceiro sobre a
cabeça (sinal este do Rito Adonhiramita), formando os três ângulos do triângulo eqüilátero, símbolo da
sabedoria.
ENTRADA EM LOJA
Antes
da Sessão, estando todos à porta do Templo (Átrio), cabe ao Mestre de
Cerimônias apenas dar os avisos de praxe: sobre o tipo de sessão; desligar os telefones celulares e,
eventualmente, outros avisos rápidos e úteis.
LUZES
No triângulo do V\M\ devem estar as três luzes acesas e uma única luz acesa no triângulo de
cada vigilante. Isso em todas as sessões do simbolismo, ou seja, nos graus de Aprendiz, Companheiro e
Mestre. Não deve haver luz acesa nos triângulos dos demais cargos, a não ser aquela indispensável à
leitura, se for necessário.
BIBLIOGRAFIA
O Rito Francês ou Moderno – A Maçonaria do Terceiro Milênio –
Supremo Conselho do Rito Moderno, 1ª Edição, 1994; Editora Maçônica
“A TROLHA” Ltda;
O Rito Moderno – Antonio Onias Neto (Grande Secretário Geral de
Orientação Ritualística para o Rito Moderno do G\O\B\);
Palestra sobre o Rito Moderno – Antonio Nogueira da Silva Filho (Ex-
Delegado do Rito Moderno para o Estado de Rondônia);
Manual de Dinâmica Ritualística do Rito Moderno - 2000;
Ritual do 1º Grau – Aprendiz do Rito Moderno – 1998;
O Rito Moderno – A Verdade Revelada; Frederico G. Costa & José
Castellani – 1990, Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda;
A Maçonaria Moderna – José Castellani – 1987; Editora A Gazeta
Maçônica;
Manual do Rito Moderno – Grau de Aprendiz – José Castellani &
Frederico G. Costa – 1991; Editora A Gazeta Maçônica;
Fragmentos da Pedra Bruta – José Castellani, Volume 1; 1999; Editora
Maçônica “A TROLHA” Ltda;
Uma Visão Global – Walter Pacheco Jr; Madras Editora Ltda.