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Mais um,
mais dois,
mais mil
Neste ano em que se recupera do maior baque de sua história, o cancelamento da edição
que em 2018 comemoraria meio século deste que é um dos mais antigos festivais de teatro
da América Latina, o Festival Internacional de Londrina (FILO) retorna enfrentando um desafio
que o acompanha desde sempre: realizar um festival enxuto, com poucos recursos, garantindo
a excelência artística que construiu o seu prestígio e investindo no que é a essência de sua
sobrevivência e sucesso, o seu profundo e amoroso envolvimento com a vida das pessoas e a
história de Londrina.
O FILO é um patrimônio intangível. Ele não se mede apenas pelos valores que agrega ao mercado
e à economia de produtos e serviços ou pela afirmação da marca Londrina como referência
internacional do fazer cultural e inovação. Nascido no Ano da Graça de 1968, ano que pautou
a atualização dos costumes do século XX, o FILO é epiderme, pele colada ao corpo da cidade:
faz parte da vida de gerações de londrinenses, materializa sonhos, tradições, modos de viver.
Contam-se em milhares os impactados pelo alcance transversal desse contínuo fazer da cultura
e dos trabalhadores da cultura.
Por tudo isso, neste FILO 50 + 1, o número zero representa o vazio da ausência que é agora
indelével, histórica – como haverá de ser permanente também essa infinita resiliência, essa incrível
capacidade de reexistir pelo esforço e pela paixão pelo diverso, pelo múltiplo, pelo legítimo Outro.
Festival Internacional de Londrina: mais um, mais dois, mais meio século nos espera. FILO 50 + 1,
+ 2, + 1.000. Mais um é cada um de nós.
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Índice
3 A CABEÇA GOSTA DE PENSAR, MAS OS 18 HABITAT – 6 SOLOS / ESTUDOS
PASSOS TECEM A EXISTÊNCIA DO CORPO COMO CASA Súbita
Cia. do Tijolo Companhia de Teatro
34 LANÇAMENTOS
17 O PÁSSARO AZUL Cirko Volonte
FÓRUM DE VOLTA A MAIO
35
2
Alécio Cezar
Tijolo por tijolo
em um discurso
mágico De Patativa a Dom Hélder, de Lorca a
Paulo Freire, a magia da música e da
poesia para celebrar a liberdade
Classificação indicativa 12
A CABEÇA GOSTA DE PENSAR, MAS Duração: 120 min
OS PASSOS TECEM A EXISTÊNCIA
Cia. do Tijolo 15 e 16 de agosto - 20h30
São Paulo - SP Teatro Ouro Verde
(Rua Maranhão, 85)
Um show de texto e poesia em que atores e músicos como Concerto de Ispinho e Fulô, inspirado na obra
da Cia. do Tijolo invocam personalidades marcantes do poeta Patativa do Assaré, e Cantata para um
do mundo das artes e das ideias para celebrar a bastidor de utopias, que tem como fonte a vida de
amizade e o encontro. Um pé na terra, outro pé nas outro poeta: Federico García Lorca. Ambos, poetas
nuvens, um olho na realidade e outro na utopia: a arraigados em sua terra e cronistas de seu tempo.
construção coletiva de um ambiente em que seja
Os pensamentos e práticas do educador Paulo Freire,
possível conjugar liberdade e amor com inquietação
que foi homenageado pela companhia em Ledores
e inconformismo.
do breu, também iluminam o caminho proposto
Esse é o cimento que assenta A cabeça gosta de pelo espetáculo. Nessa espécie de ágora pública,
pensar, mas os passos tecem a existência, espetáculo ela ainda reverencia a escritora e teóloga feminista
que o grupo paulistano preparou para a abertura Ivone Gebara e o arcebispo Dom Hélder Câmara,
do FILO 2019. Em seus 11 anos de fazer teatral, defensor de causas sociais e ferrenho opositor da
a companhia vem construindo uma linguagem Ditadura Militar brasileira, que foi retratada em O
bastante singular no teatro musical brasileiro avesso do claustro, última e celebrada montagem
trabalhando a proximidade da poesia como forma do Tijolo.
de discurso, um discurso poético em que vivências
Com o trabalho que a companhia traz para o FILO,
cotidianas se transformam em experiências
seus integrantes evocam personagens reais, que,
humanas universais.
com seus versos, foram e ainda são capazes de fazer
A cabeça gosta de pensar... surge como um panorama soprar ventos que animam a nossa capacidade
cênico-musical em que o público é convidado a de existir em liberdade e inventar novos mundos
revisitar o repertório de espetáculos da companhia, possíveis.
Direção José Maria Silva Lima | Músicos Lincoln Antônio (acordeon, sopros), Clara Kok Martins (sopros), Marcos Coin de Carvalho
(violão), Alexandre Maldonado (percussão) e Anderson dos Santos Areias (acordeon) | Elenco Rebeka Teixeira, Ana Maria Pires
de Carvalho, Rodrigo Mercadante, Lucas da Silva Vedovoto, Fabiana Vasconcelos Barbosa, Iraci Tomiatto, José Maria Silva Lima,
Rogério Tarifa e Thais Pimpão Ferreira | Iluminação Giovanna Kelly Matias Gonçalves | Assistência de produção Lucas da Silva
Vedovoto | Produção Suelen Garcez Maciel | Técnico de som Eduardo Gomes Rodrigues da Silva
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Divulgação
Os jovens
contrastes de
Beckett Jovens das Artes Cênicas da UEL
celebram os 20 anos do curso
revisitando clássicos de Samuel Beckett
A obra de Samuel Beckett é o ponto de partida dos ambientes hostis, onde o tempo passa e nada
para Apenas as velhas respirações, espetáculo acontece.
que encerra a trilogia com que os alunos de Artes
No palco, restos de objetos, fragmentos de
Cênicas da Universidade Estadual de Londrina
memória, palavras desconexas e ações repetitivas
comemoraram os 20 anos do curso, criado em 1998.
expõem as dificuldades de dar sentido à existência
A encenação promove raro contraste entre o jovem
nestes tempos que vivemos – tempos que anunciam
elenco e a densidade madura de Beckett, em textos
o fim que nunca chega, como se a incapacidade
como Ato sem palavras, Fim de partida, Dias felizes,
Eu não, Aquela vez e Cadeira de balanço. de morrer fosse o que nos mantém vivos, e novas
possibilidades se esgotassem em tentativas sem
A montagem traz personagens emblemáticos fim, como ressalta Laura Franchi, diretora da peça e
que desafiam a lógica das “soluções que não professora do curso de Artes Cênicas da UEL.
solucionam”, bem ao espírito do dramaturgo
irlandês, prêmio Nobel de Literatura e um dos mais Surgido há 20 anos, o curso nasceu para disseminar
influentes escritores do século XX. Em Beckett, a a linguagem teatral, valorizando a tradição
tensão dramática surge da inércia, e a abordagem londrinense do teatro de grupo, que revelou nomes
do humano esbarra, sempre, na falta de sentido da importantes no movimento teatral brasileiro nos
existência. É esse vazio que parece ocupar, com a anos 1980, como o Delta e o PROTEU, que em 2019
ausência, todos os espaços da cena – minimalismo está comemorando os seus 40 anos de fundação.
Direção Laura Franchi | Elenco Bianca Ribeiro, Carol Papi, Fábio Dias, Gabriel Paleari, Giovanna Fernanda Montagnini, João
Mosso, Laiz Roberta Ferreira, Tatiana Oliveira e Giovana Alves de Oliveira | Iluminação Carol Papi e João Mosso | Supervisão de
iluminação Jorginho de Carvalho | Maquiagem Larissa Yumi | Fotos Janayna Leite Rolim e Ricardo Molina
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Divulgação
40 anos no
palco, 20 anos
no Latão
Classificação indicativa 14
O ATOR DIALÉTICO: 20 ANOS DE Duração: 90 min
APRENDIZADO NA COMPANHIA DO LATÃO
Aula-Espetáculo com Ney Piacentini 16 de agosto - 19h30
São Paulo - SP Canto do MARL
(Av. Duque de Caxias, 3241)
5
Tantos
parabéns, tantas
primaveras As mágicas revelações de
uma data querida que nos
Divulgação
Direção Cleiton Echeveste | Elenco Warley Goulart, Edison Mego e Cadu Cinelli | Cenários Os
Tapetes Contadores de Histórias | Luz Rodrigo Menezes | Fotos Renato Mangolin | Stand-in
de Cadu Cinelli Rosana Reátegui | Assistência de direção Eduardo Almeida | Assistência de
cenografia Manoel Gonçalves
6
César Augusto
Dois
palhaços
numa lona
suja
No encontro antológico de
Menelão com Bobo Plin, a eterna
inquietação do artista
Texto Plínio Marcos | Direção Luiz Eduardo Pires | Elenco Luiz Eduardo Pires e Mario Fragoso | Cenografia Gelson Amaral | Figurino
Luiz Eduardo Pires | Trilha sonora Gabriel Kruczeviski e Silvio Ribeiro | Iluminação Luiz Eduardo Pires | Operação de som e luz
Pedro Pessotti | Arte Daniele Stegmann | Fotos Celso Pacheco e Cesar Augusto | Produção Camila Sampaio
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O palhaço da
beleza e do
ridículo
Edinho Irizawa
Criação e atuação Tiago Marques | Iluminação Borracha Souza | Adereços Tiago Marques e Vanessa Yamamoto | Costura
Rosimeire Teixeira | Fotografia Thaís Fujarra e Jorge Mariano | Registro em vídeo Lafaiete do Vale | Design gráfico Carlos Nacci |
Consultoria de produção Daniele Sampaio – SIM! Cultura | Técnica stand-in Carol Vaccari
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Uma rapsódia
chamada
Brasil
Marika Sawaguti
De Shakespeare a Noel Rosa, a força
da oralidade e a vocação do Brasil
para a mistura
Os “rapsodos” foram os primeiros contadores aos livros por meio das histórias orais e canções.
de história performáticos da humanidade. Esses
Ao longo da exposição/apresentação, Renato
poetas transitavam de cidade em cidade na Grécia
aborda temas como o nascimento indistinto
Arcaica apresentando recitais cênico-musicais em
da poesia, da música e do teatro; a força das
que lançavam mão de uma costura de narrativas
manifestações orais e da musicalidade no Brasil: a
épicas, mitos e cantigas, misturando conteúdos e
dando novo significado a modelos já existentes. “mistura” como identidade do país, suas matrizes
Seu nome vem de rhaptein, termo grego que étnicas formadoras, as características do samba,
significa costurar, juntar pedaços. Dele deriva a sua potência dionisíaca e trágica, dentre outros.
rapsódia, esse gênero em que os fragmentos estão Tais assuntos têm como fio condutor o seu livro-
sempre pedindo uma linha que os una. CD Samba de uma noite de verão, contemplado
Na aula-espetáculo Costuras poéticas pelo fio com o 59º Prêmio Jabuti (2017), e outros textos
da voz, Renato Forin Jr. conduz o público por autorais, como OVO, além de poemas e canções
uma viagem desde a Grécia Arcaica até o Brasil de escritores, compositores e intérpretes que
contemporâneo, passando pela África mítica. forjaram um retrato do Brasil. Renato Forin Jr., que
O que interliga esses universos é a força da é doutor em Letras, entende a cultura brasileira
oralidade, o poder da palavra falada e cantada como propriamente “rapsódica”, por sua vocação
na configuração de seu modo de vida e de sua para as misturas de várias ordens – étnicas,
filosofia. Uma história que também se confunde religiosas, culturais –, na linha da antropofagia e
com a trajetória pessoal do escritor, que chegou do tropicalismo.
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Um tempo
de memórias
partidas
Arthur Amaral
Classificação indicativa 14
KINTSUGI, 100 MEMÓRIAS Duração: 120 min
LUME Teatro
18 e 19 de agosto - 20h30
Campinas – SP
Teatro Ouro Verde
(Rua Maranhão, 85)
Kintsugi é uma palavra japonesa que significa maneiras distintas a partir de diferentes olhares.
“emenda em ouro”. É a técnica que os artesãos
No começo da peça um vaso é quebrado, e,
japoneses utilizam no restauro de peças de
conforme ela transcorre, os atores se revezam
cerâmicas quebradas, empregando uma mistura
para reconstruir o objeto, que ganha mais valor
de laca, pó de ouro, prata ou platina. No novo
ao mostrar suas cicatrizes e memórias. No palco,
espetáculo do sempre inquieto grupo LUME Teatro, a dança das recordações é sempre alimentada por
kintsugi se transforma em uma espécie de metáfora uma cenografia emotiva: pedaços de cenários,
sobre a reconstrução dos afetos e relações humanas adereços, figurinos, objetos presentes em décadas
que precisam ser restauradas depois de rupturas. de montagens e que, também eles, detonam
O ponto de partida é a própria história do grupo. Em memórias – memórias que, para o LUME, são
cena, os atores-criadores Ana Cristina Colla, Jesser um exercício do presente para revisitar as crises
de Souza, Raquel Scotti Hirson e Renato Ferracini passadas, os erros, as cicatrizes pessoais e coletivas,
relembram seu encontro em um tumultuado um reencontro com a dor como forma de superação.
“jantar japonês” regado a sushi e saquê em 2009. O LUME existe há 34 anos. Vinculado ao Núcleo
Nessa noite, o grupo quase se desfaz por conta Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da
de uma discussão aparentemente fugaz – mas o Universidade de Campinas (Unicamp), o grupo
entrevero deixa marcas, como se verá. O episódio é estuda o trabalho do ator enquanto corpo, reflexão
narrado em diferentes versões, mostrando o quanto e memória. Kintsugi, 100 memórias estreou no
um mesmo acontecimento pode ser revivido de último maio.
Criação Ana Cristina Colla, Emilio García Wehbi, Jesser de Souza, Pedro Kosovski, Raquel Scotti Hirson e Renato Ferracini |
Direção Emilio García Wehbi | Dramaturgia Pedro Kosovski | Atuação Ana Cristina Colla, Jesser de Souza, Raquel Scotti Hirson e
Renato Ferracini | Desenho sonoro Janete El Haouli e José Augusto Mannis | Projeção acústica José Augusto Mannis | Iluminação
Eduardo Albergaria | Orientação coreográfica Jussara Miller | Operação de som e luz Daniel Salvi | Fotografia Alessandro Soave
e Arthur Amaral | Design gráfico Arthur Amaral – Zumbido Cultural | Administração Giselle Bastos | Assessoria de imprensa
Nossa Senhora da Pauta | Direção de produção Cynthia Margareth – Aflorar Cultura | Produção executiva Simone Veloso – Aflorar
Cultura | Produção LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais – Unicamp
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Os palhaços
vikings
apresentam
suas armas
Direção, dramaturgia, maquiagem e sonoplastia Cia. Os Palhaços de Rua | Elenco Adriano Gouvella e Lucas Turino | Figurino e
adereços Alex Lima | Cenário Alex Lima, Caio Blanco e Cia. Os Palhaços de Rua | Arte gráfica Dovinho Feitosa | Fotos Valéria
Félix | Filmagem Luiz Mioto | Pintura do caixote e estandarte Dani Stegmann | Costureiras Inêz Zeidel e Sueli Pezenti | Produção
Adriano Gouvella
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Quando a
força vem
do coletivo
Música eletrônica e arte de rua dão o
tom e o ritmo dessas reflexões sobre o
Divulgação
Classificação indicativa 14
MEU NOME É LEGIÃO Duração: 50 min
Grupo Andaime - Artes Cênicas UEL 19 de agosto - 20h00
Londrina - PR Divisão de Artes Cênicas
(Av. Celso Garcia Cid, 205)
Direção, concepção e roteiro Sandra Parra | Elenco Amanda Moura, Erick Santos, Guilherme Garrote e Maria
Julia Esteves | Iluminação Leonardo Alves | Sonoplastia Nathalia Diovanna e Victoria Lucas | Maquiagem Marcus
Cunha | Produção Grupo Andaime e Erick Santos | Apoio Divisão de Artes Cênicas (DAC) – Casa de Cultura UEL
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À deriva,
num mar de
estranhamento
Divulgação
Um povoado perdido em suas próprias tramas, um
misterioso mar que vaza seu mau humor constante
Classificação indicativa 14
O MAR DO TEMPO PERDIDO Duração: 45 min
À Deriva Grupo de Teatro - Artes
Cênicas UEL 20 de agosto - 20h00
Londrina - PR Divisão de Artes Cênicas
(Av. Celso Garcia Cid, 205)
Direção Ceres Vittori | Elenco Bruno Prado, Guilherme Gomes, Maria Clara Villela, Mariana Chinchilla e Nathan Stuchi | Iluminação
Carol Vaccari | Maquiagem Júlia Mansur | Figurino Rhafael Magalhães
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Nova Dramaturgia
Francesa e Brasileira
ONDE E QUANDO NÓS MORREMOS (OÙ Classificação indicativa 18
ET QUAND NOUS SOMMES MORTS)
Leitura dramática
22 de agosto - 19h30
Lançamento da Editora Cobogó
Centro Cultural SESI / AML
(Rua Maestro Egídio Camargo do Amaral, 130)
O Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Ainda integram o projeto os artistas brasileiros
Cênicas do Brasil, La Comédie de Saint-Étienne, Alexandre Dal Farra, que traduz J’ai pris mon
Instituto Francês e Embaixada da França no Brasil père sur mes épaules, de Fabrice Melquiot; Grace
lançam o projeto A Nova Dramaturgia Francesa e Passô, que traduz Poings, de Pauline Payrade;
Brasileira. a Jezebel de Carli cabe La brûlure, de Hubert
O projeto bilateral prevê duas etapas: na primeira, Colas; Márcio Abreu se debruça sobre Pulvérisés,
em 2019, oito textos de autores franceses de Alexandra Badea; Pedro Kosovski traduz J’ai
contemporâneos serão traduzidos por diretores- bien fait?, de Pauline Sales; e, finalmente, Renato
Forin Jr., que é de Londrina, traduz Des hommes
autores brasileiros. As obras serão publicadas
qui tombent, de Marion Aubert.
pela Editora Cobogó e encenadas nos festivais
que compõem o Núcleo. Em 2020, os autores Em 2020, as plateias francesas conhecerão
brasileiros terão seus trabalhos traduzidos e Amores surdos, de Grace Passô; Jacy, de Henrique
publicados na França, e encenados no Théâtre Fontes, Pablo Capistrano e Iracema Macedo;
National de La Colline, em Paris, no Festival Caranguejo overdrive, de Pedro Kosovski; Maré
Actoral, em Marselha, e na Comédie de Saint- e, também, Vida, de Márcio Abreu; Mateus 10,
Étienne. de Alexandre Dal Farra; OVO, de Renato Forin Jr.;
Adaptação, de Gabriel F.; e Ramal 340, de Jezebel
O projeto foi lançado na Mostra Internacional de
De Carli, que serão dirigidos pelos artistas
Teatro de São Paulo (MITsp) com a publicação e
franceses.
leitura dramática da obra É a vida (C’est la vie), do
dramaturgo francês Mohamed El Khatib, traduzida O projeto de Internacionalização da Dramaturgia
pelo artista Gabriel F., de Brasília. dá continuidade à iniciativa do Núcleo de criar
projetos de intercâmbio e internacionalização.
No FILO acontece o lançamento da publicação e Em 2015, criado pelo TEMPO_FESTIVAL
a leitura dramática da obra Onde e quando nós com a colaboração do Núcleo de Festivais
morremos (Où et quand nous sommes morts), do Internacionais de Artes Cênicas do Brasil,
dramaturgo francês Riad Gahmi, com tradução o projeto Coleção Dramaturgia Espanhola,
de Quitéria Kelly e direção de Henrique Fontes, parceria com a Editora Cobogó, divulgou a
ambos do Grupo Carmin, de Natal (RN). dramaturgia contemporânea do país e gerou
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desdobramentos: três montagens teatrais, a socioeconômico das artes da cena e contribuem
produção de um longa-metragem premiado para o crescimento do país através de processos
no Brasil e no exterior, além da indicação, na de internacionalização.
Categoria Especial, ao 5º Prêmio Questão de Nessa perspectiva, o Núcleo dos Festivais
Crítica (2016). Internacionais de Artes Cênicas do Brasil dá
Consciente do potencial de articulação continuidade na efetivação da exportação
internacional deste tipo de projeto, o Núcleo, das Artes Cênicas por meio do projeto de
muitas vezes, cumpre o papel de “embaixador” Internacionalização da Dramaturgia. Para os
da cultura. Ações desta natureza também próximos anos, estão previstas ações com obras
são um espaço de desenvolvimento da Holanda e da Argentina.
GRUPO CARMIN O Grupo Carmin foi fundado pelas atrizes Quitéria Kelly e Titina Medeiros em 2007. Sua primeira
montagem foi Pobres de marré, escrita e dirigida por Henrique Fontes. Em seguida, encenou Jacy, teatro documentário
que em 2016 realizou turnê no Brasil através do programa Palco Giratório, do SESC. Em 2017 o grupo estreou A invenção
do Nordeste, escrito por Henrique Fontes e Pablo Capistrano, e dirigido por Quitéria Kelly. O trabalho conquistou a Melhor
Dramaturgia na 31ª edição do Prêmio Shell de Teatro, principal premiação do segmento no país.
RIAD GAHMI é autor e ator. A partir de 2003, passou a frequentar a Comédie de Saint-Etienne, onde se formou em 2006.
A Comédie coproduziu sua peça Gonzoo (Pornodrame), que também foi traduzida para o inglês. Em 2016, escreveu Du
sang aux lèvres, que foi dirigida por Mathias Moritz. Atualmente, Gahmi realiza dois trabalhos para o diretor Kheireddine
Lardjam. Integra, desde 2015, o coletivo Traverse, com o qual coescreveu a última peça do coletivo Os’o. Riad Gahmi é
membro do conjunto artístico da Comédie de Saint-Étienne.
Texto Onde e quando nós morremos (Où et quand nous sommes morts), de Riad Gahmi (França), com tradução e direção
de Quitéria Kelly e Henrique Fontes, do Grupo Carmin (Natal-RN) | Leitura dramática com os atores Donizetti Buganza,
Nathan Sinval e Camila Martinez (Cia. FUNCART de Teatro), Thais Regina (Grupo Vocal Entre Nós), Luiz Eduardo Pires e
Douglas Mesquita (Londrina-PR)
APOIO
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O Nordeste
em tempo de
fake news
Em meio ao preconceito da xenofobia,
grupo potiguar inventa um Nordeste
para além dos clichês
Classificação indicativa 12
A INVENÇÃO DO NORDESTE Duração: 60 min
Grupo Carmin
20 e 21 de agosto - 20h30
Natal - RN
Teatro Ouro Verde
(Rua Maranhão, 85)
Direção e figurino Quitéria Kelly | Assistência de direção, dramaturgia audiovisual e desenho de luz Pedro Fiuza | Consultoria
intelectual Durval Muniz Jr. | Direção de arte e cenografia Mathieu Duvignaud | Dramaturgia Henrique Fontes e Pablo Capistrano
| Elenco Henrique Fontes, Mateus Cardoso e Robson Medeiros | Preparação corporal Ana Claudia Albano Viana | Preparação
vocal Gilmar Bedaque | Produção executiva Mariana Hardi | Trilha original Gabriel Souto | Design gráfico Teo Viana | Xilogravura
Erick Lima | Costureira Kátia Dantas | Cenotécnico Irapuã Junior | Assistência técnica Anderson Galdino | Editor de vídeo
Juliano Barreto | Imagens de apoio Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha – Todos os direitos reservados – Copyrights
Consultoria LTDA | Produção de palco Daniel Torres
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Uma
viagem nas
asas dos
livros
Janayna Leite
Os livros têm o poder de nos levar para bem a partir de uma cena simples, com o boneco-
longe. Eles nos colocam em contato com protagonista ganhando vida e interagindo com
outros mundos, personagens, seres fantásticos, o espaço e os objetos ao seu redor. O simbólico
transpõem barreiras e podem nos conduzir ao da literatura é reforçado pela magia do teatro de
encontro de novos significados para a nossa animação. O boneco visita cenários, descobre
própria existência. ambientes e logo está interagindo com os
animadores.
Neste O pássaro azul, espetáculo do Cirko Volonte,
o poder da leitura aparece na forma de uma ave, O Cirko Volonte usa as técnicas da animação de
que nos guia para uma viagem cheia de aventuras maneira clara e fixa, com uma simbologia aberta.
e por lugares fantásticos. A trama é conduzida por Um terreno fértil para a imaginação das crianças
uma personagem que, encantada pela leitura, e que também encanta os adultos. A iluminação
descobre que é possível conciliar imaginação se torna o elemento que contribui para o jogo
e realidade. A montagem trata a leitura como o cênico e a criação da fantasia; um impulso a mais
prazer do encontro consigo e com a criatividade para a busca das emoções perdidas dentro de
que existe em cada um de nós. cada um. Uma viagem nas asas de um pássaro da
cor do céu ao mundo dos sonhos e da fantasia,
Em cena, atores e bonecos percorrem, com onde tudo é possível e a felicidade sempre está
sensibilidade, o universo dos livros e dos sonhos ao alcance das mãos.
Direção Hanny Reis e Gustavo Bertin | Elenco Hanny Reis e Gustavo Bertin | Trilha sonora Gustavo Bertin | Bonecos e adereços
Gustavo Bertin e Hanny Reis | Operação técnica Renata Ichisato | Fotografia Janayna Leite Rolim e Ricardo Molina | Vídeo
Anderson Aguiar
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Seis corpos sob o mesmo habitat
HABITAT – 6 SOLOS / ESTUDOS DO Classificação indicativa 18
CORPO COMO CASA Duração: 180 min
A trajetória do grupo combina formação e Direção Maíra Lour | Dramaturgia de performance Conde
intercâmbio em trabalhos sempre coletivos. Baltazar | Orientação em dramaturgia Camila Bauer |
Interlocução artística Gladis Trdapalli | Assessoria em
A pesquisa continuada é a principal marca
dramaturgia Ligia de Souza Oliveira | Treinamento de voz
da companhia. “Ter a chance de mostrar Babaya | Trilha sonora/desenho de som Álvaro Antonio |
a versatilidade dos atores, a diversidade Cenário Guenia Lemos | Iluminação Beto Bruel | Figurino
temática e as propostas estéticas e cênicas que Val Salles | Direção de produção Michele Menezes
estamos trabalhando, é muito gratificante”, diz
a diretora, Maíra Lour.
Em Habitat – 6 solos, cada trabalho é uma T ao cubo / Cleydson Nascimento
peça única, embora as montagens façam
O solo autoral do ator Cleydson Nascimento
referência ao “corpo como casa”. São dois
é um convite para conhecer o corpo/casa de
dias de espetáculos, com três solos diferentes alguém que deseja expandir-se no tempo-
a cada sessão. Conde Baltazar (Alexandre espaço. No seu habitat, ele se multiplica, joga
Zampier) apresenta Uma história só; Cleydson com as possibilidades do universo, ri e se
Nascimento mostra T ao cubo; Helena de Jorge espanta com o caos.
Portela traz Foi assim que o oceano invadiu a
Direção Maíra Lou | Dramaturgia de performance
minha casa; Janaína Matter mostra Mulher, Cleydson Nascimento | Assistência de direção e
como você se chama?; Pablito Kucarz monta O preparação corporal Suzuki Janaina Matter | Trilha
arquipélago; e Victor Hugo apresenta Pirataria. sonora/desenho de som Álvaro Antonio | Cenário Guenia
Lemos | Iluminação Beto Bruel | Projeções Eli Firmeza/
WTF filmes | Direção de produção Michele Menezes
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Elenize Dezgenizki e Hana Lidia
Celebrando 12 anos de montagens e pesquisas
continuadas, a Súbita Companhia de Teatro
apresenta seis solos que têm o corpo como mote
Foi assim que o oceano invadiu a minha casa / O arquipélago / Pablito Kucarz
Helena de Jorge Portela
O arquipélago leva à cena a história de uma mãe,
Uma história sobre duas atrizes que, em uma tarde uma mulher comum que sai de sua casa muito
como qualquer outra, tiveram suas vidas separadas jovem para trabalhar na cidade grande. A narrativa
pelo mar. O mar que carrega o luto e a dor. Um ganha ares de fábula pessoal ao lançar mão de uma
trabalho solo que tenta agarrar o tempo com as metáfora poderosa: a família é um arquipélago.
mãos. Espetáculo em português e em Libras.
Direção Maíra Lour | Dramaturgia de performance Pablito
Direção Maíra Lour | Dramaturgia de performance Helena de Kucarz | Orientação em dramaturgia Camila Bauer |
Jorge Portela | Orientação em dramaturgia Camila Bauer | Interlocução artística Lígia Souza Oliveira | Colaboração
Interlocução artística Katia Drumond | Treinamento de voz movimento Ane Adade | Assessoria em canto Paola Pagnosi
Babaya | Trilha sonora/desenho de som Álvaro Antonio | | Treinamento de voz Babaya | Trilha sonora/desenho de som
Cenário Guenia Lemos | Iluminação Beto Bruel | Figurino Val Álvaro Antonio | Cenário Guenia Lemos | Iluminação Beto
Salles | Direção de produção Michele Menezes Bruel | Figurino Val Salles | Direção de produção Michele
Menezes
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Corpos
políticos,
corpos
poéticos
Fagner Bruno de Souza
Classificação indicativa 18
TRANSTORNADA EU Duração: 60 min
Os seus corpos vivenciaram histórias que deixaram desses corpos – que aqui se movimentam numa
marcas, pegadas, impressões – tudo em forma de espécie de teatro de revista futurista. O espetáculo
fragmentos que só podem ser recompostos como tem todo o glamour das inumeráveis noites em que
experiência comum quando as suas histórias são os desejos desimpedidos pulsam, brilham cheios
recuperadas, reconstituídas, partilhadas. Então de luzes e alegrias. Mas suas histórias não podem
surgem as perguntas: “o que é um corpo?”, “o que ser contadas com a linearidade dos romances água
pode um corpo trans?”, “pode uma travesti falar?’, “o com açúcar – pois suas histórias transtornam e, na
que é ser normal?”. proposta desta dramaturgia coletiva, o transtorno
Nessa arrojada montagem em que traz à cena o viver pode ser inevitável quando perguntas e respostas
de uma perspectiva LGBTQ, a Cia. Translúcidas vê confluem: afinal, o que é ser “normal”?
mais verdade nas perguntas do que nas respostas. O corpo como instrumento político e poético
Transtornada eu é narrada a partir de lembranças de ganha voz. E, diante dos estereótipos e clichês
diferentes histórias que são comuns a transexuais, que patologizam modos de vida desviantes,
perseguidxs e humilhadxs por suas escolhas – Transtornada eu convida e instiga no público novas
o Brasil é um dos países do mundo onde mais leituras, novos olhares, dando visibilidade ao
violência se comete contra pessoas LGBTQs, com corpo trans e a todas as questões que o cercam. A
índices de assassinatos alarmantes. montagem propõe: os caminhos são muitos – e o
Mas a violência não apaga o brilho nem o poder teatro, território do corpo, é um deles.
Concepção geral criação coletiva | Elenco Linaê Mello, Mel Campus, Rafael Avansini e Herbert Proença | Participação em vídeo
Christiane Lemes | Direção Herbert Proença | Texto criação coletiva a partir de textos pessoais e textos de Susy Shok, Linn da
Quebrada, Fauzi Arap e José Régio | Figurino criação coletiva com participação de Josyane Barandão | Arte visual Carolina
Sanches | Registro audiovisual Fagner Bruno de Souza e Lucas Godoy | Operadora de luz Daniele Stegmann | Contrarregragem e
operação de som Maria Rita Pereira
20
Sandro Branco
No balcão
do Hotel
Esplanada
O ilustre Nobel Willian Faulkner
abandona as convenções e vai
molhar as palavras no balcão do bar
Classificação indicativa 14
Duração: 60 min
UM BOURBON PARA FAULKNER
Apolo Theodoro, Donizetti Buganza 25 de agosto - 20h30
e Bruno Bazé Teatro Ouro Verde
(Rua Maranhão, 85)
Londrina - PR
Direção Silvio Ribeiro | Elenco Apolo Theodoro, Donizetti Buganza e Bruno Bazé | Assistência de direção Igor Castro | Figurino
Ana Carolina Ribeiro | Cenografia Caco Piacenti | Iluminação Luiz Eduardo Pires | Sonoplastia Fabrício Martins | Fotografia Sandro
Branco | Filmagem Carlos Fofaun | Produção Christine Vianna
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Um
banquinho,
Valéria Felix
um violão, um
calçadão Movimento que renovou a música, a Bossa Nova
é saudada em espetáculo que traz as ondas de
Copacabana para o Calçadão de Londrina
Estamos no final dos anos 1950. É época de grandes a jardinagem do Lago Igapó, cartão postal
mudanças no Brasil. No momento, um furacão vem londrinense). A fusão de culturas está também
arrastando compositores e intérpretes ávidos para no repertório, que conduz toda a narrativa e
experimentar um novo jeito de fazer música. Nasce, que promove o encontro de canções inéditas
assim, a Bossa Nova. Uma sonoridade inédita e de compositores londrinenses com os grandes
envolvente, com a cor do Brasil, que começa a clássicos da Bossa Nova – de “Garota de Ipanema”
despertar olhares curiosos e ouvidos atentos. a “O barquinho”, avançando até Baden Powel e
Nesse cenário, quatro personagens se fundem Jorge Benjor.
a duas cidades brasileiras. De um lado, um Rio No ano em que o Brasil perde João Gilberto, o
de Janeiro badalado, centro de uma revolução gênio que ao lado de seus irmãos-gênios Jobim e
musical – berço de Maria Tereza e Antônio, jovem Vinícius inaugurou o movimento com o disco de
casal apaixonado que se vê diante de um obstáculo 1958, Chega de saudade traz para a edição 50 + 1 do
imprevisto. De outro, Londrina, uma jovem cidade FILO uma rara reunião de grandes músicos da cena
no Norte do Paraná, crescendo e se desenvolvendo sonora de Londrina, que acompanham ao vivo as
a todo vapor. Terra dos irmãos Glorinha e Beto. peripécias de Maria Tereza, Antonio, Glorinha e
O cenário plasma o petit-pavê do Calçadão de Beto, personagens que contam e cantam as suas
Londrina (e seu traçado indígena baseado na histórias. Com essa nova produção, o Coletivo
cestaria Kaingang) com as ondas da pedraria AntiQu4’Rio celebra todos que se dedicaram a
portuguesa de Copacabana, desenho do paisagista fazer da Bossa Nova um marco na história da
Burle Marx (aliás, o mesmo que planejou música mundial.
Realização Coletivo AntiQu4’Rio | Dramaturgia Camila Taari, com adaptação de Thais Regina | Direção musical e arranjos vocais
Bruno Bazé | Direção cênica Thais Regina | Identidade visual Nayara Souza | Figurino Alex Lima | Costureiras Maria Higa (figurino)
e Cida Fernandes (cenário) | Cenário Caco Piacenti | Pintura do tapete (artesanal) Bruno Bazé | Idealização e direção de produção
Camila Taari | Assistente de produção Eduardo Peralta | Fotografia Valéria Felix | Audiovisual AlmA Londrina Rádio Web | Elenco
Bruno Bazé, Caco Piacenti, Camila Taari e Thais Regina | Músicos convidados Bruno Cotrim (bateria), Fabrício Martins (teclado),
Filipe Barthem (contrabaixo), Júlio Erthal (flauta e sax), Noel Carvalho (flauta e sax) e Thiago Marconato (teclado)
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Divulgação
O amor e
suas cartas
marcadas
Classificação indicativa 18
QUIERO DECIR TE AMO Duração: 50 min
Grupo Humo Negro 26 e 27 de agosto - 20h00
San Martín de Los Andes - Argentina Divisão de Artes Cênicas
(Av. Celso Garcia Cid, 205)
Texto Mariano Tenconi Blanco | Direção Juan Parodi | Elenco Jorgelina Balsa e Nidia Casis | Cenografia Valéria Conte Mac Donell
| Figurino Jorgelina Balsa e Juan Parodi | Assistente de direção Santiago Ferreria | Técnica Jesus Hernandez | Produção Grupo
Humo Negro
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Ravel e a ópera
do menino
encantado
Um dos grandes compositores do século XX, mais humana e generosa, iluminando o seu lento
Maurice Ravel é dos raros músicos do mundo amadurecimento.
erudito a ter suas peças disseminadas no
O Pequeno Teatro do Mundo é uma companhia
universo da cultura popular – e um dos mais
itinerante que roda o Brasil levando seus
raros ainda a escrever ópera para crianças. Ele se
espetáculos. Surgiu do encontro de Fabiana
interessou pela música aos sete anos de idade,
Vasconcelos Barbosa e Fábio Retti, a partir da
mas só na velhice, entusiasmado com a comédia
experiência de Fabiana com teatro de bonecos,
musical norte-americana, concluiu O menino e
e de Fábio, com iluminação de espetáculos de
os sortilégios. Baseada em poemas de uma outra
ópera.
artista visionária – a escritora Colette –, a obra
desmistifica a ideia da ópera como assunto de Concebida pelo duo, a montagem da obra de
gente séria e ambientes vetustos. Ravel ganhou vida como teatro de bonecos e corre
o Brasil se adaptando a dois cenários: ou em uma
Fantasia lírica de beleza comovente, O menino
“carroça” (na verdade, um trailer adaptado), no
e os sortilégios conta a história de um garoto
melhor estilo do teatro mambembe, ou em salas
que enfrenta suas emoções em uma jornada
fechadas, em um “teatro de bambu” facilmente
de descobertas. Através dos sortilégios e
montável e adaptável a qualquer ambiente. São
encantamentos, ele assiste os objetos ganharem
14 marionetes bailando em cena e encantando
vida e, deslumbrado com os prodígios da
gerações de crianças e adultos.
existência, vai construindo uma forma de viver
Concepção e realização do projeto, direção do espetáculo, criação e confecção das marionetes e interpretação Fábio Retti e
Fabiana Vasconcelos Barbosa | Cenário e iluminação Fábio Retti | Pintura do cenário Charles Paixão | Pintura da boca de cena
Carmen Barbosa e Rinaldo Escudeiro | Figurino Mila Reily | Fotos Alécio Cezar e Michael Dantas
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Divulgação
Vivas, aplausos.
O PROTEU está Vinte anos depois de sua última
Classificação indicativa 14
TANGO Duração: 150 min
Grupo PROTEU 28 e 29 de agosto - 20h30
Londrina – PR Teatro Ouro Verde
(Rua Maranhão, 85)
Foi lindo de ver. Durante três dias seguidos, em maio O premiado diretor William Pereira começou sua
deste ano, o Cine Teatro Ouro Verde esteve lotado. Nas história no grupo, e foi dele a sugestão da montagem
poltronas, no balcão e nos corredores, três gerações de que trouxe o PROTEU de volta à ribalta: Tango, texto do
londrinenses celebravam o retorno aos palcos (20 anos dramaturgo polonês Slawomir Mrozek.
depois de sua última montagem) do mais icônico dos Ao lado dele, na empreitada, outros quatro “clássicos”
grupos de teatro do Paraná, o PROTEU, uma ousada da cena londrineira: Maria Fernanda Coelho, Poka
experiência do teatro independente brasileiro, escola Marques, Mira Roxo e Remir Trautwein, o Mi, falecido
de centenas de atores e atrizes, diretores, cenógrafos em pleno processo de montagem – e mais quatro
– enfim, trabalhadores da cultura, como sempre se convidados de uma nova geração: Luan Valero, Maíra
referiu a eles a inventora de toda essa magia, grande Kodama, Rogério Costa e Sergio Mello.
alma da cultura brasileira, a diretora Nitis Jacon,
fundadora do FILO. Tango mostra um conflito de gerações às avessas,
uma família de qualquer tempo, em uma casa onde
Criado em 1978, o Projeto Experimental de Teatro quem se incomoda com a falta de regras e valores
Universitário produziu espetáculos memoráveis. Foi é o jovem Arthur. Uma releitura contemporânea e
com o PROTEU que o escritor Mario Prata estreou na nada convencional de Hamlet – em que o príncipe
dramaturgia (Salto alto fez história). Foi do PROTEU é substituído por um adolescente conservador
a primeira encenação da então proibida Calabar, o que desaprova a promiscuidade dos pais. Na curta
elogio da traição, de Chico Buarque e Ruy Guerra. O temporada de estreia naquele Teatro Ouro Verde
PROTEU contou a história de Londrina com Bodas de lotado e comovido, um encontro não apenas com um
Café e ZYDrina. O PROTEU formou plateias e artistas grande espetáculo, mas também o reencontro com
que, além das montagens anuais, produziam um uma tradição estética e ética.
festival, o FILO.
Tradução e adaptação William Pereira | Encenação William Pereira | Assistência de direção José Claudio Rodrigues | Elenco Poka Marques,
Maria Fernanda Coelho, Mira Roxo, Remir Trautwein, Sergio Mello, Luan Valero, Maíra Kodama e Rogério Francisco Costa | Direção técnica e
iluminação Raquel Balekian | Assistência de iluminação Josy Galvão | Trilha sonora William Pereira | Montagem da trilha sonora Sara Delallo
| Operação de som e contrarregragem Paulo Castro | Cenotécnica Igor de Castro Santos e Jeniton da Silva Stein (Coringa) | Cenografia William
Pereira e Gelson Amaral | Pintura de arte Manoel Cavalcante de Souza Neto | Confecção de cenografia Poka Marques, Jacqueline Almada,
Igor de Castro Santos, Jeniton da Silva Stein (Coringa), Edna Aguiar e Paulo Castro | Figurino Nélio Pinheiro | Preparação vocal Silvio Ribeiro |
Direção de produção Jacqueline Almada | Produção Patrícia Braga Alves | Registro videográfico e fotografia Emerson Scada – AlmA Londrina
Rádio Web | Assessoria de imprensa/Mídias Sociais DOC Comunicação – Emília Miyazaki e Maria Eduarda Oliveira | Projeto gráfico Visualitá
Casa de Design | Curadoria da Exposição “PROTEU 40 Anos” Maria Carla Araujo Moreira, João Darwin Rodrigues e PROPOCULT/UEL
ESTE ESPETÁCULO É DEDICADO A NITIS JACON, PAULO BRAZ, REMIR TRAUTWEIN, EUNILSON BEZERRA E A TODOS QUE CONSTRUÍRAM A HISTÓRIA DO GRUPO PROTEU.
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Um passeio
pelo Ouro
Verde Declaração de amor pelo Cine Teatro Ouro
Divulgação
Em abril de 2017, ainda sob o impacto do grande Nascia ali, da leitura da crônica de Célia Musilli
incêndio que cinco anos antes havia destruído pelos alunos da Escola Municipal de Teatro
as instalações do Cine Teatro Ouro Verde, e às (FUNCART), o trabalho de formatura da turma
vésperas da reinauguração do prédio restaurado, 2019. A montagem leva o texto e o público a
Célia Musilli escreveu uma crônica antológica passearem entre rampas e corredores, hall e
sobre esse monumento da singular cultura do camarins do cinema que se tornou teatro em
Norte do Paraná. Jornalista, poeta, escritora, Célia 1978, quando foi comprado pela Universidade
tem uma longa história de amor com a cidade – e Estadual de Londrina e transformado na casa de
com os seus signos e ícones. espetáculos que entraria para a história de vida de
centenas de artistas.
“No começo era arte pelas mãos de Artigas, o
arquiteto dos sonhos em concreto” – dizia o texto No roteiro desse tour, além do prédio, muitas
logo nas primeiras linhas. Inaugurado em 1952, lembranças de momentos mágicos em seus quase
o Ouro Verde foi projetado por Villanova Artigas, 70 anos de existência – como a inauguração em
arquiteto pioneiro do modernismo no país e que technicolor com a presença dos chefões dos
deixou edificadas em Londrina obras históricas, estúdios de Hollywood, ou as performances de
como a Estação Rodoviária (hoje Museu de Arte) grandes artistas como Elis Regina, Kazuo Ohno,
e a Casa da Criança, primeiro prédio com rampas Antunes Filho e Astor Piazzolla.
construído no Brasil.
Coordenação Silvio Ribeiro | Direção José Silva | Elenco Augusto, Paulo Galdin, Pedro Maluf, Nathalia Maluf, Danny Miasato,
Vivian Sayuri Muramoto, Rulio Nicolella e Ana Carolina de Souza
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Valéria Felix
O passado,
uma invenção
do presente Estórias onde a poesia se suja de
terra, dança com o vento e escorre
nas águas da memória
Classificação indicativa: 12
POÉTICAS DE TERRA E CÉU Duração: 50 min
Cia. Um Só de Teatro 30 de agosto - 20h00
Londrina - PR Divisão de Artes Cênicas
(Av. Celso Garcia Cid, 205)
Concepção, direção, texto e atuação Murilo de Andrade | Orientação musical Paulo Vitor Poloni | Canções “Menino” e “Mãe”
Murilo de Andrade | Iluminação, concepção e operação Danilo Neiva | Figurino, caracterização e objetos Murilo de Andrade |
Produção executiva Eddie Mansan | Fotos do programa Vitor Pedrassoni, Nilton Russo e Valéria Felix
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Um trio que
vale por um
circo inteiro
Francinelli Valdeira
O grande circo chegou! E com ele uma trupe de gags e as tradicionais entradas circenses populares.
palhaços. Mas eles são apenas três e são a única A trupe curitibana é formada pelos palhaços Abel
atração. Para dar conta de um circo tão grande, o (Paulo Carneiro), Pelúcia (Bruno Mancuso) e Tropo
trio terá que se virar como pode. Para começar, um (Mateus Tropo). São oriundos de diferentes escolas
número musical, mistura de carreira com arrasta- circenses e desenvolvem trabalhos diversos,
pé na base da zabumba, do trompete e da sanfona. apresentando-se em ruas, praças, salas, lonas e
Mas isso não basta, a plateia quer mais. teatros, valorizando sempre a interatividade. Os três
Aí o clima de romance invade o picadeiro: “quer também trabalham como palhaços em hospitais.
namorar comigo?”. O distinto público é exigente – e O Circo Rodado vem se apresentando com
então a impávida trinca se arrisca em um território regularidade nas ruas e praças de Curitiba,
que exige muita habilidade e destreza: alguém em eventos sociais (ocupações e movimentos
vai ter de encarar um chicoteador. E, como nos populares), em festivais (4º Festival Curitibano de
antigos circos, a plateia poderá conhecer a incrível Circo e FESTPAR), em mostras (Mostra Chapéu,
aberração da natureza, exclusiva, fantástica: o Mostra Seu Nariz e Mostra de Teatro Infantil) e em
homem que vira galinha caipira. encontros de palhaços (8º Encontro de Palhaços
Em Reprises pareadas, a Cia. Circo Rodado em Todo Lugar e outros), além de apresentações
desenvolve uma curiosa pesquisa sobre reprises, independentes.
Direção Cia. Circo Rodado | Elenco Bruno Mancuso (Palhaço Pelúcia), Mateus Tropo (Palhaço
Tropo) e Paulo Henrique Carneiro (Palhaço Abel) | Figurino Paulo Henrique Carneiro | Produção
Cia. Circo Rodado | Assessoria musical Igor Ribeiro
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Divulgação
Mergulho
multimídia no mar
de Júlio Verne Atores e cenário digital
contracenam em releitura do
clássico da ficção científica
O capitão Nemo e o seu submarino Náutilus novos heróis que ousavam confrontar o futuro.
encantaram gerações com suas incríveis aventuras Multimídia, o espetáculo retoma e atualiza temas
no fundo dos mares. Desde que a história surgiu, em da relação entre homem e natureza, atravessando
1869, ainda em forma de folhetim nas páginas de questões relacionadas ao meio ambiente, à ecologia
uma revista parisiense, Vinte mil léguas submarinas e a problemas existenciais importantes, a partir de
vem se prestando a incontáveis adaptações – do um ponto de vista social.
cinema à TV, dos quadrinhos à animação, pioneira
Esses temas urgentes se potencializam no trabalho
do gênero ficção científica.
interdisciplinar entre teatro, música, cenografia
Nos 250 anos de seu surgimento, o clássico de Júlio digital e videoarte. O resultado, no palco, é uma
Verne chega a Londrina em uma inusitada versão simbiose entre as ações dos atores e os componentes
teatral do Teatro Potlach. Pelas mãos do grupo interativos proporcionados pelas novas tecnologias.
italiano, os efeitos de imagens visionárias sugeridas
Os recursos multimídia permitem ao ator se
pelas páginas do livro são reconstruídos a partir da integrar à estrutura dramatúrgica. Para isso, as
união de narrativas próprias do teatro dramático narrativas de Júlio Verne ganharam uma nova
com as técnicas de cenografia digital. escritura, conduzida por Pino Di Buduo, diretor do
As descobertas científicas, suas aplicações Teatro Potlach, com a colaboração dos estudiosos
e implicações são o substrato das invenções de teatro Raimondo Guarino e Stefano Geraci,
propostas pelo Potlach para contar a saga daqueles docentes da Universidade de Roma Três.
Direção Pino Di Buduo | Elenco Daniela Regnoli, Nathalie Mentha, Marcus Acauan, Giovanni Di Lonardo e Gabriel Delfino Marques
| Técnica de som e imagens Zsofia Gulyas | Cenografia e iluminação Luca Ruzza | Cenografia digital Aesop Studio e Mopstudio |
Maquiagem e figurino Laura Colombo | Assistência de direção Zsofia Gulyas
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Um encontro
com a
memória
Divulgação
O prédio da antiga estação ferroviária de Londrina Avenida Paraná e, depois, queriam ver Os Mutantes
guarda histórias malucas, e por sua plataforma em um show tipo Woodstock, que rolou no ano
multicultural já passou gente de todo o tipo, de 1973 na vizinha cidade de Cambé. Pode topar,
falando mil línguas, vestida de todo o jeito, no mais também, com os meeiros que ganharam terras aqui
de meio século em que seus trilhos conectaram perto e estavam sendo expulsos de seus sítios por
Londrina ao mundo. jagunços, e fizeram a famosa guerra de Porecatu
– todo o mundo passou ali, até as prostitutas que
Aquele lugar já viu muita gente estranha, muita certo dia saíram em uma marcha de protesto pelo
cena esquisita – portanto, não se espante caso centro da cidade.
surgirem à sua frente os personagens fugidos da
memória de Lucy, a protagonista cuja trajetória A história de Procure a menina... conta as peripécias
conduz esse Procure a menina com o sol em seus de Lucy, uma mulher que está perdendo a
olhos, texto de Francismar Lemes dirigido por Carol memória. Ela acredita que toda a sua vida está em
Ribeiro. uma gaveta, onde guarda suas lembranças e onde
vivem as figuras marcantes da cidade. Porém, um
Você pode se deparar com o Circuito, já ouviu falar? dia suas lembranças começam a se apagar ainda
Tinha um tique nervoso, as crianças zombavam mais, porque os personagens resolvem fugir.
dele; mas o Circuito passava o dia vagando pela
Nessa singela montagem da FUNCART/Escola
estação, tirando dos dedos flores, girafas, cirandas
Municipal de Teatro, personagens e plateia fazem,
– ele fazia kirigamis.
juntos, um passeio pela memória viva da cidade: a
Ou você pode topar com aqueles jovens hippies memória das histórias e dos personagens de uma
que assistiram ao filme Woodstock no Cinerama da comunidade multicultural.
Coordenação Silvio Ribeiro | Texto Francismar Lemes | Direção Carol Ribeiro | Produção Cláudio Rodrigues | Design gráfico Renan
Cavalari | Figurino e objetos de cena o grupo | Elenco Ana Curotto, Nalu Geiger, Jhonattan Toniatto, Larissa Silva, Maria Clara
Serigato, Maíra Kodama, Rodrigo Guerrier e Simone Fles | Músicos convidados Flávio Collins, Marina Madi e Thiago Barcelos
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FÓRUM
Curando
Coordenação: Comissão Organizadora do FILO e Divisão de Artes Cênicas da Casa
de Cultura da Universidade Estadual de Londrina / Laura Franchi
Na sua edição 50 + 1, o Festival Internacional de Londrina promove, pela primeira vez
em sua história, o Fórum de Curadores, uma reunião de profissionais renomados
da área das artes cênicas que, em conjunto com a Comissão Organizadora do FILO,
PARALELAS
vai ajudar a PENSAR, REFLETIR E ELABORAR a linha curatorial da próxima edição
do Festival. Pensar a realidade do país, mudanças e horizontes da cena cultural,
em um debate ativo e aberto. Oxigenar é a pedra de toque.
PROGRAMAÇÃO
16 DE AGOSTO (SEXTA-FEIRA)
Casa de Cultura da UEL (Rua Souza Naves, 9 – 11º andar) – 10h às 12h
Reunião: Curadores e representantes da Comissão Organizadora do FILO
para alinhamento de ações e conceitos
17 DE AGOSTO (SÁBADO)
Casa de Cultura da UEL (Rua Souza Naves, 9 – 11º andar) – 10h às 12h
Reunião: Curadores e representantes da Comissão Organizadora do FILO.
18 DE AGOSTO (DOMINGO)
Casa de Cultura da UEL (Rua Souza Naves, 9 – 11º andar) – 14h30 às 16h
Encontro: Curadores, Comissão Organizadora do FILO e comunidade
artística londrinense. Em pauta, a relação do Festival com a cidade e os
produtores culturais.
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CURADORES
Fabio Alcover
pela Universidade de em Educação Artística pela
São Paulo (USP), a atriz Universidade Estadual de
e diretora Stela Fischer Londrina (UEL) e especialista
recebeu o Prêmio CAPES 2018 de melhor em Ensino de Artes Cênicas pela Faculdade de
tese em Artes do Brasil, com seu trabalho de Artes do Paraná (FAP). Desde 1993 é docente no
doutorado Mulheres, performance e ativismo: a Departamento de Música e Teatro da UEL, tendo
ressignificação dos discursos feministas na cena ajudado a criar a graduação de Artes Cênicas, na
latino-americana. Em São Paulo, é responsável qual atua nas áreas do aprendizado de teatro,
recepção teatral e do teatro de formas animadas.
pelo Coletivo Rubro Obsceno, agrupamento
É criador e diretor da Cia. Imago de Teatro de
de mulheres artistas que tratam de gênero e
Animação.
ativismos feministas nas artes da cena.
Marcos Damaceno
Marcos Damaceno é diretor
Valmir Santos
e dramaturgo, formado pela
Jornalista, crítico, Faculdade de Artes do Paraná
pesquisador, idealizou e (FAP). Idealizou e coordenou
edita o site Teatrojornal – o Núcleo de Dramaturgia do
Divulgação
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FÓRUM
Festivais em Transe já consolidados no calendário cultural de Londrina
possa ampliar seu alcance, estimulando uma
Coordenação: Comissão Organizadora do FILO e interação cada vez maior entre eles. Nesta edição,
Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da o FILO se propõe como impulsionador dessas
Universidade Estadual de Londrina reflexões e ações. O Fórum terá participação de
Londrina é a cidade dos festivais. Ao longo de décadas, representantes de festivais, mostras e eventos
todos os setores das artes e da cultura da cidade vêm culturais da cidade.
organizando a sua produção em eventos dos mais
diversos formatos, de simples mostras a festivais que 23 agosto - Centro Cultural SESI / AML (Rua
começaram pequenos, cresceram e hoje ocupam Maestro Egídio Camargo do Amaral, 130) –
lugar de destaque no calendário cultural do Brasil. 14h30 às 17h30
Cada um, à sua maneira, mobiliza um entorno Mesa: “Festivais: tradição, inovação e
que começa na família e entre amigos, envolve formatos. Como potencializar as relações
a vizinhança, a escola, a comunidade, a mídia, o com a cidade?”
mercado do entretenimento e uma extensa rede
de prestadores de serviços, que inclui transporte, 24 agosto - Centro Cultural SESI / AML (Rua
restaurantes, hotéis, locação de equipamentos, Maestro Egídio Camargo do Amaral, 130) –
profissionais da criação, entre tantos outros. 14h30 às 17h30
O objetivo do Fórum FESTIVAIS EM TRANSE é Mesa: “Formas de colaboração e agendas
promover uma agenda em que cada um dos eventos bem-casadas: como otimizar os festivais”
OFICINAS
“Abertura de processo” “E se eu fizesse um solo”
Com: Diego Aramburo (Bolívia) Com: Súbita Companhia de Teatro (Curitiba-PR)
22 a 25 agosto | 8h às 12h | Local: Divisão de Artes 22 de agosto | 8h às 12h | Local: Prédio de Artes Cênicas -
Cênicas (DAC) e Prédio de Artes Cênicas – Campus Campus UEL | Público-alvo: artistas do teatro e da dança,
UEL | Público-alvo: artistas do teatro e da dança, diretores, dramaturgos, pesquisadores e estudantes
diretores e estudantes A oficina ministrada por artistas da Súbita Companhia de
Um dos grandes nomes do teatro boliviano, com longa Teatro propõe uma experiência prática de compartilhamento
trajetória no exterior, o ator e diretor Diego Aramburo com a intenção de identificar, junto com os participantes,
desenvolve, nesta oficina, a conceituação da cena e questões importantes sobre o fazer teatral hoje. O trabalho
a criação de material cênico e/ou performático para tem base na experiência criativa dos seis solos que compõem
atores, bailarinos, performers e diretores. o projeto Habitat, em cartaz no FILO 50 + 1.
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LANÇAMENTOS
Ney Piacentini lança O ator dialético O livro foi premiado na categoria Adaptação da 59ª
edição do Prêmio Jabuti. Acompanhado de um CD
16 de agosto | 19h30 | Canto do MARL (Av. Duque
com canções autorais, o livro vem sendo utilizado
de Caxias, 3241)
no Ensino Médio como material paradidático
Comemorando seus 40 anos de teatro, Ney especialmente para trabalhar conteúdos como a
Piacentini traz para o FILO a aula-espetáculo e formação étnica da sociedade brasileira, gêneros
o lançamento do livro O ator dialético: 20 anos literários, música popular e cultura afro-brasileira.
de aprendizado na Companhia do Latão (Hucitec
Editora), indicado ao Prêmio Aplauso Brasil
2018/19 na Categoria Destaque, ganhando o
reconhecimento da imprensa e dos leitores.
Clássico do PROTEU ganha edição em livro
Mestre e doutor pela Universidade de São Paulo,
28 de agosto | 19h | Saguão do Teatro Ouro
Ney conta, nesse livro, suas experiências nos
Verde (Rua Maranhão, 85)
espetáculos e na formação do ator dialético na
Companhia do Latão, desde a sua fundação em No ano em que faz aniversário de 40 anos, o grupo
1997. PROTEU ganha um presente pra lá de especial:
Sobre o livro, a a reedição do texto de uma de suas montagens
historiadora e crítica mitológicas, Bodas de Café, momento marcante
teatral carioca Tânia do teatro independente brasileiro. A peça foi
Brandão escreveu escrita por Nitis Jacon, em modelo colaborativo
no Folias Teatrais: “O com o grupo que ela fundou em 1978.
título dimensiona uma
O espetáculo, que fez temporadas em São Paulo
interessante atitude
e Rio de Janeiro pelo projeto Mambembão,
existencial de pesquisa:
da Funarte, celebrou as bodas de 50 anos de
O ator dialético – 20
Londrina, em 1984, época em que a cafeicultura
anos de aprendizado na
era substituída pela agricultura mecanizada e
Companhia do Latão. Isto
a colonização brilhante dos primeiros anos já
significa a abordagem
mostrava o lado perverso do modelo agrícola
do processo, mas visto
que se instalava.
segundo a visão singular,
individual, de uma O livro Bodas de Café (Eduel) foi organizado,
prática que é coletiva”. traz notas e textos críticos da professora Sonia
Pascolati, docente do departamento de Letras da
Universidade Estadual de Londrina desde 2007.
É resultado de pós-doutorado no Programa
Shakespeare vai à favela de Pós-Graduação
em Literatura e
17 de agosto | 19h30 | Centro Cultural SESI / AML
Interculturalidade da
(Rua Maestro Egídio Camargo do Amaral, 130)
Universidade Estadual
Na Vila de Vera Cruz, favela habitada por uma da Paraíba (UEPB -
gente humilde e alegre, os deuses gregos, duendes 2018). Dramaturgia
e fadas de Sonhos de uma noite de verão, de e teatro moderno
Shakespeare, encontram perfeitos paralelos em e contemporâneo
lendas brasileiras e nos orixás africanos. Essa é a têm sido o foco de
trama de Samba de uma noite de verão (Editora seus projetos de
KAN), em que Renato Forin Jr., jornalista, mestre pesquisa desde o
e doutor em Letras pela Universidade Estadual de doutoramento.
Londrina (UEL), lança a sua metáfora da formação
do Brasil a partir de suas misturas étnicas,
religiosas e culturais.
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FÓRUM
De volta a maio
Coordenação: Comissão Organizadora do FILO e Divisão de Artes
Cênicas da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina
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15 DE AGOSTO A 01 DE SETEMBRO - 2019
REALIZAÇÃO
FILO 50 + 1
COMISSÃO ORGANIZADORA EQUIPE DE PRODUÇÃO João Ribeiro, José Cláudio Rodrigues,
Patrícia Braga Alves, Maria Fernanda Coelho, Maria Helena Ribeiro Renata Ichisato, Roselene Leite (Toko)
Bueno, Patrícia de Castro Santos, Luiz Bertipaglia,
Jackeline Seglin, Vanerli Beloti APOIO/PRODUÇÃO Amanda Micheletti, Anthony Terencio,
Beatriz Amaro, Clarice Treml, Gabriel Goulart, Gabriel Rafael,
PRESIDENTE DE HONRA Gabrielly Arcas, Kariny Costa, Lavínia Oliveira, Letícia Pocaia,
Nitis Jacon de Araujo Moreira Ligia Luca, Matheus Mendes, Maria Julia Ferretti, Nicole Sganzela
COORDENAÇÃO TÉCNICA Raquel Balekian EQUIPE TÉCNICA Antonio Carlos de Souza (Toninho), Benedito
Luciano da Silva (Bene), Jeniton Stein (Coringa), Derle de
COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Jackeline Seglin Oliveira, Maria Madalena de Souza, Paulo Santos.
LOGÍSTICA João Darwin Rodrigues APOIO TÉCNICO Carol Vaccari, Igor de Castro Santos, Larissa
Yumi, Laura Helena Garcia, Leticia Conde, Maicom Neves,
CONTROLLER Luiz Roberto Meira
Matheus Batista, Melissa Anjos, Milena de Oliveira, Nara Motta,
PARALELAS Laura Franchi Raíssa Bessa
Remir Trautwein
(Cambará 1961 – Londrina 2019).
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