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() Estas palavras, do autor, foram retiradas da dedicatória ao livro que teve
a amabilidade de me oferecer.
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() Trata‑se das quatro peças que seguem: A Repartição (redigida e levada à cena
em 1989 por Almeno Gonçalves na Comuna), Depois da Noite o Quê? (redigida como
resposta à peça A Noite, de José Saramago, e montada em 1998 pelo Teatro de Carnide,
com encenação de Paulo Ferreira), O Desportivo da Sucata (peça de humor negro enco-
mendada pelo Teatro Nacional D. Maria II em 2011) e O Largo do Coveiro (encomen-
dada em 2012 por Ângela Pinto e Hélder Gamboa, diretores da Tenda Produções,
de Carnide, e com montagem prevista para 2013, com encenação de Jorge Fraga).
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Sebastiana Fadda
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Personagens:
Primeiro Ato
(Uma empresa em falência nos anos 90. A peça passa‑se
no interior de um edifício moderno num hall largo, vazio, sujo,
com caixotes e mesas partidas a um canto. Papelões pelo chão.
Veem‑se duas portas, uma para o interior do edifício, outra
que dá acesso às escadas de serviço. Existem dois elevadores
de serviço. Não têm portas e estão sempre em movimento lento.
Os seus compartimentos desaparecem durante alguns segundos
quando dão a volta, no cimo e em baixo, voltando à mesma po-
sição. As personagens que vão nos elevadores continuam a falar
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Segundo Ato
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Terceiro Ato
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FIM
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Peça em 11 quadros
Personagens:
Alex
Judite
Barão
Criada
Lili
Toni
Enfermeiro
Homem de Escuro
Médico
Outros
NOTA
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Quadro II
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Quadro III
(Em casa do Barão. Um escritório com livros, estatuetas e
objetos científicos. Uma secretária e uma cadeira enormes, com
uma escada por onde sobe e desce constantemente. Tem um chicote
na mão. Alex entra com um saco pesado às costas, cheio de ossos.)
Alex — Foi tudo o que consegui.
Barão — A sua conduta foi execrável, falar‑me nesse tom
em sua casa foi uma afronta.
Alex — Assim ninguém desconfia.
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Quadro IV
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Quadro V
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Quadro VI
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Quadro VII
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Quadro VIII
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Quadro IX
(A criada com Alex na casa deste. De vez em quando
ouvem explosões ao longe e os uivos dos lobos.)
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Quadro X
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Quadro XI
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FIM
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Comédia dramática
Eleutério, o alquimista
Paiva, o taberneiro
Celestino, o vizinho de Paiva
Agripino, o assistente de Eleutério
Ofélia, a serva
João, criatura masculina
Três vendedores/clientes
Teófilo, ex‑padre
Bóris, diretor de programas da TV
NOTA
As citações do 2.º ato foram extraídas de «A história do
Doutor João Fausto,/o mui afamado mágico e necromante»,
edição Reclam 1975, Estugarda, citadas no livro «Fausto na
literatura europeia», edição Apáginastantas, 1984, organizada
por João Barrento.
Os versos declamados por Eleutério no 3.º ato foram ex-
traídos de «Fausto» de Fernando Pessoa (quadro viii, p. 67),
edição Relógio d’Água, 1994.
Primeiro Ato
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Segundo Ato
(Um consultório que funciona também como laboratório.
Uma secretária, um cadeirão, uma cadeira, um banco corrido
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Eleutério — Tem a certeza?
Primeiro cliente — E também porque ela deixou‑me, foi
para França.
Eleutério — Quem?
Primeiro cliente — A Mafalda.
Eleutério — A sua mulher.
Primeiro cliente — A minha namorada.
Eleutério — Fugiu?
Primeiro cliente — Disse que não queria viver com um coxo.
Eleutério — Mas por que não lhe disse que ia vender os dedos?
P rimeiro cliente — Queria fazer‑lhe uma surpresa.
Comprei‑lhe um leitor de CD portátil. Era uma coisa de que
ela não se cansava de falar. Queria um leitor, um leitor, para
ir para o jardim ouvir música, para andar nos autocarros a
ouvir, para levar para a praia, para mostrar aos amigos na
universidade. Só falava nisso. E eu não queria perdê‑la.
Eleutério — Ela chegou a ameaçá‑lo que o deixava?
Primeiro cliente — Deu a entender. Já não tinha pai,
vivia com a avó.
Eleutério — E a mãe?
Primeiro cliente — Fugiu para Espanha com um engenheiro.
Eleutério — Então é essa a razão?
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Terceiro Ato
(A criatura está pronta fisicamente, mas falta‑lhe ainda a
alma. Cada parte do corpo está vestida com um tecido diferente,
os braços, as pernas, o tronco. Tem um capacete/coroa na cabeça.
É um misto de executivo, de punk, de polícia e de guerrilheiro. Eleu-
tério, Agripino e Ofélia rodeiam a criatura e ensinam‑na a andar.)
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FIM
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PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
O TERCEIRO ANDAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
O CONSTRUTOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
QUINZE MINUTOS DE GLÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117