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Propagação Radiomóvel
Difração -Propagação em terrenos irregulares
Pedro Vladimir Gonzalez Castellanos
Leni Joaquim de Mattos
Gláucio Siqueira
Ângelo Canavitsas
Introdução
• Após a reflexão e o espalhamento, a difração é um mecanismo importante, para
caracterizar seu efeito, várias teorias são frequentemente usadas para explicar
fenômenos de propagação em ambientes móveis ou usados em modelagem de
computador.
• Todas as equações derivadas até agora lidam com objetos infinitamente
estendidas. No entanto, objetos reais, como edifícios, carros, etc., têm uma
extensão finita. Um objeto de tamanho finito não cria sombras nítidas (do jeito
que a óptica geométrica faria), mas sim há difração devido à natureza ondulatória
da radiação eletromagnética.
• O tratamento abordado nessa disciplina, será limitado a situações que são
importantes para as comunicações móveis.
• Propagação em terreno montanhoso
• Propagação em em ambientes urbanos
Principio de Huygens
• Reflexões e refrações são usualmente baseadas na hipótese de
regiões refletoras ou refratoras muito maiores do que o comprimento
de onda λ do sinal transmitido.
• Quando uma frente de onda encontra um obstáculo ou
descontinuidade que não é muito maior, o efeito de este obstáculo no
sinal que o atinge, pode ser descrito através do princípio de Huygens.
• Este princípio estabelece que uma frente de onda pode ser
determinada considerando uma frente de onda anterior formada por
fontes pontuais de ondas secundárias, cuja envoltória produz uma
nova frente de onda
Principio de Huygens
Frente de onda
Fonte: http://efisica.if.usp.br/otica/universitario/difracao/huygens/
Difração sobre obstáculos
• Suponha que uma frente de onda encontre um obstáculo
de modo a bloquear algumas frentes de onda secundárias.
Deste modo, aplicando o princípio de Huygens, teremos
energia atrás do obstáculo.
• Pela teoria de raios sugere que um campo eletromagnético
existe na região de sombra C, cujas fontes são devido à
frente de onda BB’.
• A aparente curvatura das ondas através do obstáculo é
conhecida como difração.
Difração sobre obstáculos
• Considere Tx e Rx no espaço livre e um plano hipotético perpendicular ao
percurso direto.
• Neste plano são desenhados círculos concêntricos de radio arbitrário (porém
também definirá a altura do ponto de difração), lembrando que qualquer raio
passando por pontos destes círculos terão um percurso maior do que, o do
radio direto.
Difração sobre obstáculos
• A diferença de percurso de acordo com a geometria é dada por:
= 1 + 2 Percurso direto O
Percurso
= +ℎ + +ℎ via ponto O (ponto
de difração)
∆= +ℎ + +ℎ − 1 − 2 Diferença de percurso
ℎ ℎ ℎ +
= + =
2 2 2
Difração sobre obstáculos
• Onde é o raio do circulo e << 1 2.
• A diferença de fase correspondente e dada por:
Difração sobre obstáculos – Elipsoide de
Fresnel
• n=1, define o primeiro circulo, nesse casso a
diferença de percurso é de meio
comprimento de onda.
• Claramente o radio do circulo depende da
posição do transmissor e do receptor.
• O radio de um elipsoide especifico pode ser
calculado através de: T R
Difração sobre obstáculos – Elipsoide de
Fresnel
• Para 1 2 >> , pode ser utilizada a seguinte aproximação, exceto para locais
próximos dos terminais.
Com e
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
• A interpretação visual da intensidade do
campo elétrico é feiro através da espiral Cornu
ou Espiral de Euler, que é um gráfico de
versus .
• A espiral tem a propriedade de que o
comprimento do arco medido desde a origem
é igual a .
• Valores positivos de estão no primeiro
quadrante enquanto valores negativos de
caem no terceiro quadrante.
• Uma linha desenhada da origem até um ponto
na espiral com um valor particular de
fornece a magnitude e a fase da integral
complexa expressa como
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
• O modulo da equação de
perda por difração em
função do parâmetro
pode ser determinado
graficamente.
• Note que em y = - 0,8 temos
que o campo recebido
, o que corresponde
a uma liberação de 56% do
1º elipsoide de Fresnel.
=0 <0
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
• Para minimizar a perda por difração num enlace de microondas buscamos torres
com altura suficiente para desobstruir 56% do 1º elipsoide. Mesmo assim, o
campo recebido sofre flutuações devido ao comportamento aleatório do fator K
da Terra (e.g. As condições atmosféricas alteram, dinamicamente a curvatura dos
raios que atingem o RX).
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
• Considere um sistema de comunicação ponto a ponto, com d = 1km e f = 28GHz. Se
houver um prédio presente, a 300m de uma das extremidades do link, qual deve ser a
distância (em elevação ou altura) do LOS para não impedir a transmissão? (Ou seja,
encontre 60% do raio da primeira zona de Fresnel a 300m)
• Calculamos o raio da primeira zona de Fresnel
8
9
• LEE
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
• Para o calculo da integral complexa de Fresnel, há varias
aproximações que podem ser utilizadas:
≻ −0.7
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
• Considere um link de comunicação operando na faixa de 150 MHz, separados por
1 km. Entre o Tx e Rx, existe uma barreira que é perpendicular ao link e está
localizada a 5m abaixo da linha de visada . A barreira é um plano fino e sólida, e
está localizado a 200 m de uma das extremidades do link.
• Quanta perda de caminho adicional (além da perda de espaço livre) pode ser
esperada devido à difração pela barreira?
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
• Como o bloqueio está abaixo da linha de visão, os valores de e são negativos.
Calculado o parâmetro de Fresnel-Kirchhoff
8
6
Difração sobre obstáculos – Perda por
difração
•
• Do gráfico temos que a atenuação
devida à difração é em torno de 2,5
dB.
• Utilizando a aproximação de LEE:
= −20 log 0,5 − 0,62
= −20 log 0,5 − 0,62 ∗ (−0,395)
−0,395 = 2,558
• ITU-R P.526
= 6,9 + 20 log − 0,1 +1+ − 0,1
= 2,76