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NORTEC-09/DPC
1ªREVISÃO
- 2017 -
MARINHA DO BRASIL
Distribuição:
Listas: 003, 0031, 0032, 5 (exceto: DPC), 80, CIABA, CIAGA, DGN, EGN, EMA, PEM, TM,
SEC-IMO e DPC-24.
PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO E
À PREVENÇÃO DE ACIDENTES E FATOS DA NAVEGAÇÃO (IAFN) E À
INVESTIGAÇÃO DE SEGURANÇA DOS ACIDENTES E INCIDENTES
MARÍTIMOS (ISAIM)
FOLHA DE REGISTRO
DE MODIFICAÇÕES
- III-
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Mod 1
ÍNDICE
Páginas
- IV-
NORTEC-09/DPC
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0109 - PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA CADA ACIDENTE OU FATO 1-8
DA NAVEGAÇÃO
- VI -
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CAPÍTULO 2 – PROCEDIMENTOS RELATIVOS À INVESTIGAÇÃO DE SEGURANÇA
DOS ACIDENTES E INCIDENTES MARÍTIMOS (ISAIM)
Páginas
- VII -
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ANEXOS
Páginas
- VIII - NORTEC-09/DPC
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1-AA - ASSENTADA DO TERMO DE ACAREAÇÃO 1-AA-1
1-AB - CARTA PRECATÓRIA 1-AB-1
1-AC - DESPACHO DO ENCARREGADO DO INQUÉRITO 1-AC-1
1-AD - MODELO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA 1-AD-1
1-AE - RELATÓRIO DO ENCARREGADO DO IAFN 1-AE-1
1-AF - NOTIFICAÇÃO 1-AF-1
1-AG - CERTIDÃO 1-AG-1
1-AH - DESPACHO 1-AH-1
1-AI - DESPACHO 1-AI-1
1-AJ - DESPACHO 1-AJ-1
1-AK - DESPACHO 1-AK-1
1-AL - MODELO DE OFÍCIO PARA REMESSA DE AUTOS 1-AL-1
1-AM - CAPEAÇÃO DOS AUTOS (FOLHA DE ROSTO) 1-AM-1
1-AN - GUIA DE JULGADO 1-AN-1
1-AO - TERMO DE MUDANÇA DE ENCARREGADO, DE PERITOS E DE 1-AO-1
ESCRIVÃO
-X-
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CAPÍTULO 1
0101 - PROPÓSITO
a) estabelecer os procedimentos para instauração e instrução de Inquérito
Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), suas formalidades e
tramitação até a conclusão final, inclusive com a notificação dos indiciados e envio ao
Tribunal Marítimo (TM); e
b) estabelecer os procedimentos para a promoção da prevenção de Acidentes e
Fatos da Navegação.
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participando tal prorrogação, devendo constar na mensagem o período em que se
propõe a referida prorrogação. Na mensagem constará informação ao Tribunal Marítimo
(TM), à Diretoria de Portos e Costas (DPC) e à Procuradoria Especial da Marinha
(PEM), que por meio do SISIAF (Sistema de Inquéritos sobre Acidentes e Fatos da
Navegação) acompanha todo esse fluxo, prestando assessoria jurídica, quando
necessário. Cópia da mensagem deverá ser anexada aos autos do IAFN.
As Delegacias solicitarão a prorrogação do IAFN por mensagem à Capitania
dos Portos a que estiverem subordinadas, com informação ao DN, TM, DPC e PEM. O
Capitão dos Portos, se autorizar a prorrogação, enviará mensagem ao DN, com
informação ao TM, DPC, PEM e DL. Cópia da mensagem deverá ser anexada aos autos
do IAFN;
f) prorrogação excepcional
Situações excepcionais em que o IAFN não tenha sido concluído no prazo
máximo de 1 (um) ano, a prorrogação será apreciada pelo Comandante do DN, que
avaliará o pedido devidamente circunstanciado e decidirá a respeito; e
g) atualização de informações
Sempre que houver novos dados disponíveis, as CP/DL deverão atualizar por
mensagem os dados que tenham sido informados na mensagem de instauração como “a
ser apurado” ou dados que estejam incorretos, tais como: alteração de nº de vítimas
fatais, feridos e desaparecidos, atividade, navegação, natureza, descrição da natureza,
etc.
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ou sujeitas às convenções internacionais tais como SOLAS ou MARPOL, é recomendável
que seja designado como Perito pelo menos um Vistoriador Naval/Inspetor Naval
pertencente ao GVI das CP/DL. Caso a DL não possua tais profissionais em seu efetivo,
poderá solicitar à CP de jurisdição. Caso a CP não possua tais profissionais em seu
efetivo, poderá solicitar apoio ao DN que analisará a possibilidade de atendimento por
meio de outra CP de sua jurisdição ou por solicitação de apoio da DPC. Nesses casos,
deve ser realizada, imediatamente, a perícia conforme estabelecido no item 5 do artigo
0107 desta norma, em virtude do tempo necessário ao deslocamento dos Peritos que,
assim que possível, complementarão os dados colhidos;
g) poderão, também, ser requisitados os serviços de elementos extra-MB, desde
que disponham de reconhecida idoneidade e de comprovada experiência técnica
relacionada à natureza do exame. Os Peritos extra-MB prestarão o compromisso de bem
e fielmente desempenhar o encargo;
h) as CP/DL devem manter uma relação de profissionais lotados nas OM da
área que poderão ser solicitados ao DN como Peritos, tais como engenheiros e
mergulhadores. Esses profissionais devem ter conhecimento do contido nas NORMAM
relacionadas aos casos que irão periciar; e
i) caso haja necessidade de mudança do Encarregado de Inquérito, de Perito ou
Escrivão, o Capitão dos Portos ou Delegado que os designou procederá conforme
descrito no artigo 0128.
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10) enviar mensagem de instauração do IAFN conforme artigo 0104; e
11) atentar para o sigilo contido no artigo 0108, dando as instruções pertinentes
ao pessoal subordinado.
b) do Encarregado do Inquérito
Ao ser designado, o Encarregado do Inquérito deverá:
1) assumir a condução das coletas de provas materiais e documentais
conforme o contido nos artigos 0107 a 0115;
2) conforme o contido no artigo 0111 e anexo 1-D, emitir o rol de quesitos
(anexo 1-E) e orientar a ação dos Peritos;
3) notificar as testemunhas, conforme o contido no artigo 0116, para, tão logo
possível, iniciar a tomada de depoimentos; e
4) atentar para o sigilo contido no artigo 0108, dando as instruções pertinentes
aos Peritos e Escrivão.
c) dos Peritos
Perito é aquela pessoa capaz que, por suas qualidades ou conhecimentos, está
em condições de esclarecer os fatores contribuintes e a causa determinante do acidente e
ou fato da navegação em investigação, devendo obedecer ao que prevê o artigo 0105,
alínea d, o qual cita os requisitos a serem preenchidos pelos Peritos nomeados.
Ao serem designados, os Peritos devem:
1) guarnecer os materiais necessários, tais como máquina fotográfica,
preferencialmente digital, extrato dos artigos 0107 e 0111 e do anexo 1-D desta norma, as
fichas de incêndio (anexo 1-F), abalroamento (anexo 1-G), naufrágio, encalhe, colisão,
água aberta, varação, etc., (anexo 1-H), avarias (anexo 1-I), conforme o caso, Normas da
Autoridade Marítima (NORMAM) referentes às embarcações acidentadas, NPCP, listas de
verificação para a execução da vistoria para emissão de laudo pericial nas embarcações
envolvidas, Normas do Ministério do Trabalho e Emprego (NR-MTE), capacetes, luvas e
lanterna;
2) receber o rol de quesitos (anexo 1-E) e as orientações do Encarregado do
Inquérito;
3) ao chegar ao local do acidente, iniciar o registro fotográfico e a elaboração
de croqui ilustrativo;
4) proceder a perícia direta, isto é, o exame técnico, a pesquisa, a investigação
direta do objeto (embarcação, máquinas, motores, equipamentos, estabilidade, etc.) e do
local onde ocorreu o evento, conforme contido no artigo 0111;
5) colher dados pessoais das possíveis testemunhas, a serem inquiridas pelo
Encarregado do Inquérito, que se encontrem no local e que tenham presenciado ou
participado do acidente ou fato da navegação, colher os documentos da embarcação e
Livros de Bordo, as Vistorias e os Certificados emitidos pela Autoridade Marítima ou pelas
Sociedades Classificadoras, inclusive os Certificados de Classe dos equipamentos de
bordo. Caso não seja possível apresentar a conclusão do Laudo Pericial por meio de
perícia direta, utilizar tais documentos para proceder à perícia indireta. Quando não forem
encontrados os dados, isto é, a embarcação e ou seus documentos, nem for possível
examinar os vestígios do evento e o local do mesmo, que possibilitem a realização da
perícia direta ou da indireta, a lei admite o suprimento destas pela prova testemunhal
supletiva;
6) verificar a habilitação dos envolvidos, informando se está de acordo com a
área de navegação e tipo de atividade autorizada à embarcação;
7) proceder a vistoria para emissão de Laudo de Exame Pericial, anotando as
discrepâncias apresentadas;
8) colher todas as provas que sejam pertinentes conforme o artigo 0107, tais
como seguro DPEM, relatório do Comandante de participação do acidente, caso ainda
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não tenha sido feito, etc.; e
9) agir de acordo com o contido no artigo 0111 e anexo 1-D, de forma a emitir
o laudo de exame pericial, preencher as fichas atinentes ao caso, apontar a causa
determinante do acidente ou fato da navegação e a causa da fatalidade, caso tenha
ocorrido.
d) do Escrivão
Ao ser designado, o escrivão deverá:
1) efetuar juntada de todos os documentos mencionados no artigo 0107 e
outros determinados pelo Encarregado do Inquérito, conforme contido no artigo 0115,
iniciando-se pela portaria de instauração e pelos documentos disponíveis na OM; e
2) redigir as notificações determinadas pelo Encarregado do Inquérito.
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Boletim de Informações Ambientais expedido pelo Centro de Hidrografia da Marinha
(CHM) ou outro correspondente, desde que expedido por órgão oficial;
7) para verificar a possibilidade de ter sido o evento praticado de determinado
modo, a Autoridade competente, quando couber, for possível e/ou achar conveniente,
procederá à reprodução simulada dos fatos (reconstituição), desde que esta não contrarie
a moralidade, a ordem pública e não traga evidente dano material ou pessoal aos
envolvidos;
8) juntada da cópia de CIR, documentos pessoais dos envolvidos (inclusive
comprovação do endereço residencial, como contas de luz, gás ou telefone), cópia do
Cartão de Tripulação de Segurança (CTS) da embarcação e mencionar se, na viagem em
que se deu o acidente ou fato da navegação em estudo, o número de tripulantes estava de
acordo com o da tripulação aprovada, especialmente, nos casos de embarcações com
licença especial para operar em mar aberto;
9) nos casos possíveis, os objetos que interessem à prova, acompanharão os
autos do Inquérito;
10) juntada da cópia do Seguro Obrigatório (DPEM) à época do acidente ou fato
da navegação, Certificado de Segurança da Navegação contendo o resultado das últimas
vistorias a que foi submetida a embarcação, antes do acidente ou fato da navegação a ser
apurado, bem como cópia da Provisão de Registro, Atestado de Inscrição Temporária (AIT)
e Título de Inscrição da Embarcação (TIE), caso a embarcação não seja registrada no TM
e demais documentos que esclareçam os dados técnicos da embarcação, bem como os
da sua propriedade e armação, na ocasião do acidente. Das embarcações que não forem
obrigadas a vistorias, juntar a cópia autenticada do Termo de Responsabilidade;
11) juntada do Manifesto de Carga ou do Plano de Carregamento se graneleiro,
com esclarecimento sobre a forma pela qual se achava estivada, se tiver havido
alijamento, se foi afetada ou se a mesma tiver contribuído para o fato ou acidente da
navegação;
12) juntada aos autos de documentos considerados pertinentes à natureza do
acidente/fato da navegação, tais como relatório da prova de inclinação, estudo de
estabilidade definitivo, planos de linhas, curvas hidrostáticas, curvas cruzadas de
estabilidade e certificado de borda-livre; e informações sobre calados AV, MN e AR, antes
e depois do acidente, quando se tratar de naufrágio, emborcamento, adernamento,
encalhe, varação ou colisão com o fundo;
13) certidão de óbito ou laudo necrológico em caso de falecimento por acidente a
bordo, devendo ser solicitadas as cópias do Relatório Conclusivo da Autoridade Policial e,
se for o caso, das manifestações do Ministério Público ou do Juízo competentes;
14) requisição a qualquer outra autoridade de informações e documentos que não
possam ser obtidos das autoridades navais;
15) juntadas de fichas, devidamente preenchidas, conforme anexo 1-F, no caso
de ocorrência de incêndio a bordo, de acordo com os anexos 1-G e 1-H, respectivamente,
quando ocorrer abalroação, encalhe, naufrágio, água aberta, colisão e varação e conforme
anexo 1-I, em caso de avarias;
16) sempre que possível e julgado necessário, juntada de fotos, croquis da
derrota da embarcação até o momento do acidente e a cópia da Carta Náutica realmente
usada, fotocópias de páginas de manuais técnicos e vídeos; e
17) em caso de acidente de trabalho ocorrido a bordo, deve ser requisitado junto
ao Ministério do Trabalho e Emprego o fornecimento de documentos alusivos à
investigação administrativa neste Órgão eventualmente instaurada.
b) determinações específicas do Tribunal Marítimo
O TM poderá baixar Provimento em que fixe, para cada acidente ou fato da
navegação, a matéria a ser apurada pela CP ou DL que proceder ao inquérito.
c) acidente ou fato da navegação que preceda ao evento do IAFN
Quando qualquer acidente ou fato da navegação for precedido por outro acidente
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e/ou fato, o inquérito deverá apurar também o precedente, pois, as ocorrências que
precedem ao apurado no inquérito, poderão ter importância na causa determinante ou no
fator contribuinte do que se está apurando.
d) causa determinante
O êxito de um processo no TM depende, essencialmente, do conhecimento da
causa determinante do acidente ou fato da navegação tecnicamente analisado. Tal
conhecimento implica na elaboração de um Inquérito revestido de todos os requisitos
técnicos que o formalizem como peça instrutória básica.
e) juntada de documentos a requerimento das partes interessadas
Ao ser requerida a juntada por partes interessadas, poderão ser juntados aos autos
do IAFN documentos relativos ao evento ou à prova dele e suas circunstâncias. Cabe,
entretanto, ao Encarregado do Inquérito, segundo seu critério, deferir ou indeferir tais
requerimentos. No caso em que a juntada de documentos possa vir a servir,
presumivelmente, à apuração do fato ou suas circunstâncias, deve deferir o pedido; caso
contrário, o indeferimento deverá ser motivado.
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ou fato da navegação. Verificação, pelos Peritos nomeados, dos elementos ligados
diretamente ao evento, sendo, portanto, a análise técnica a concluir sobre a causa
determinante do evento, resultando no Laudo Pericial. A perícia direta só pode ser
baseada no exame direto dos objetos e do local do acidente ou fato da navegação,
constando desta a análise técnica dos fatores que contribuíram para a eclosão do
evento. Tem como objetivo estabelecer a causa determinante que levou a ocorrência do
acidente ou do fato sob investigação;
b) Perícia Indireta e Prova Testemunhal Supletiva
Na impossibilidade de avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por
meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências, quando,
então, será lavrado o Laudo Pericial Indireto.
Para este fim, deverão examinar os documentos, tais como: inscrição,
certificados e demais documentos da embarcação; habilitação formal do Comandante,
Mestre e tripulação; normas de navegação da região do evento expedidas pela
Autoridade Marítima (NORMAM, NPCP, Roteiro, Aviso aos Navegantes - com citação
dos dispositivos infringidos - e Cartas Náuticas). Deverão, ainda, considerar as demais
normas expedidas pelas pessoas jurídicas responsáveis pelos portos, hidrovias e
corredores de transportes nas bacias hidrográficas brasileiras, além dos usos e
costumes da navegação na região do evento.
Deverão realizar o estudo e reconstituição da derrota efetuada pela
embarcação, de preferência sobre a Carta Náutica local e anexar fotografias, filmes,
croquis, reconstituindo os fatos que levaram à eclosão do evento.
Quando não existirem dados que possibilitem a perícia direta ou indireta,
será admitido o suprimento pela prova testemunhal. Nestes casos, o Laudo Pericial será
substituído pela Prova Testemunhal Supletiva, devendo constar nos autos as razões da
substituição do laudo pericial pela prova supletiva.
Prova Testemunhal Supletiva, portanto, é o laudo baseado na prova
testemunhal, onde as testemunhas afirmam que viram alguns aspectos ou vestígios do
evento, (exemplo: embarcação que sumiu no mar: ouvir testemunhas que a viram partir,
inclusive familiares dos tripulantes; outras que com suas embarcações cruzaram com a
desaparecida no mar, e outras, ainda, que descrevam as más condições de tempo no
rumo em que a investigada se dirigia), com a conclusão dos peritos, através de análise
criteriosa, sobre a materialidade do acidente e ou fato da navegação que se pretende
apurar. Estes depoimentos formarão a Prova Testemunhal Supletiva, prevista no art.
167 do código de processo penal (Art. 167: Não sendo possível o exame de corpo de
delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a
falta). Neste tipo de prova os Peritos limitar-se-ão a entrevistar as testemunhas, sem
emitirem qualquer tipo de avaliação sobre o evento em apuração. As testemunhas a
serem entrevistadas serão aquelas que possam sustentar indícios de que o evento em
investigação tenha ocorrido. O Encarregado do Inquérito deve inquirir as testemunhas já
entrevistadas pelos Peritos.
Deve-se ter atenção em não confundir as testemunhas utilizadas na prova
testemunhal supletiva, que não estão diretamente envolvidas com o acidente ou fato da
navegação em análise, com aquelas testemunhas entrevistadas na perícia direta ou na
indireta, pois nestes dois últimos casos as testemunhas, normalmente, possuem
interesses diversos e tendem a desvirtuar como os fatos realmente ocorreram,
afastando os peritos da real causa determinante do evento em investigação.
Na impossibilidade de se definir a causa determinante, por exame pericial
direto, ou de não haver nas demais provas anexadas aos autos, em especial a
documental, ou na testemunhal supletiva, condições de se apontar tal causa
determinante, deverão os peritos informar as razões pelas quais chegaram a tal
conclusão, consignando no Laudo de Exame Pericial que o acidente ou fato
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da navegação não teve a sua causa determinante apurada com precisão;
c) quesitos a serem formulados aos Peritos
Os quesitos a serem formulados aos Peritos serão tantos quantos forem
julgados necessários e devem ser feitos de forma objetiva, de acordo com as
circunstâncias e o que se deseja esclarecer, conforme contido no anexo 1-E, devendo o
Encarregado do Inquérito tomar como base o contido no anexo 1-D, com as adaptações
necessárias ao evento a ser apurado;
d) participação das partes interessadas
Durante a fase de instrução do IAFN, por ser este peça investigatória, a perícia
deverá ser realizada pelos Peritos oficiais, indicados pelo Capitão dos Portos ou
Delegado, sem a presença ou participação, nem mesmo através de quesitos, de
assistentes técnicos das partes interessadas;
e) circunstâncias para execução da perícia
1) O Exame Pericial é o elemento essencial do Inquérito, devendo ser
realizado, sempre que exequível, imediatamente após o Agente da Autoridade Marítima
ter tomado conhecimento da ocorrência de um acidente ou fato da navegação. Deverá a
Autoridade que tiver conhecimento do evento providenciar imediatamente para que não
se altere o estado das coisas até a chegada dos Peritos e conclusão da Perícia;
2) Se tiver havido modificação no estado da coisas, os Peritos registrarão tais
alterações e determinarão, no laudo pericial, as consequências dessas alterações na
dinâmica dos fatos;
3) Nos casos de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que
houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida, patrimônio alheio,
navegação local, além da extensão do dano e as demais circunstâncias que
interessarem à elucidação do evento;
4) Nos IAFN instaurados para apurar eventos com destruição ou rompimento
dos obstáculos por meio de escalada (roubo ou furto de carga ou bens a bordo de
embarcação) e nos em que houver danos à coisa, os Peritos, além de descreverem os
vestígios, devem indicar com que instrumentos, por que meios e em que época
presumem ter sido o fato praticado. Se impossível a avaliação direta, os Peritos
procederão à avaliação por meio dos elementos existentes nos autos e dos que
resultarem de diligências;
5) O êxito do julgamento do processo no TM depende, essencialmente, da
apuração da causa determinante do acidente ou fato da navegação; e
6) Os Peritos devem seguir as orientações contidas no anexo 1-D.
f) necessidade de exames periciais complementares
1) Nos casos em que forem necessários exames periciais complementares
para apuração de fatores contribuintes ou causa determinante do evento, estes deverão
ser solicitados aos órgãos governamentais, de acordo com suas competências (INPM,
INMETRO, IPT, IML, Universidades Públicas, etc.) devendo os Peritos guardar material
suficiente para a eventualidade de nova perícia - contraprova - (ex.: tinta retirada de
embarcações, pedaços de cabo etc.);
2) Todo condutor de embarcação envolvido em acidente ou fato da
navegação sob suspeita de estar alcoolizado, deverá ser encaminhado ao Instituto Médico
Legal, se houver na área do evento, a fim de ser submetido a teste de alcoolemia,
conforme disposto no anexo 1-L; e
3) Caso o envolvido se recuse a atender ao encaminhamento do Agente da
Autoridade Marítima para a realização do exame, esse deverá certificar a recusa nos autos
do procedimento, observado o modelo constante do anexo 1-M .
g) conteúdo do laudo de exame pericial
1) fotos e croquis - O laudo, sempre que possível, será ilustrado com fotografias,
desenhos ou croquis (esquemas ilustrativos), podendo estes, inclusive,
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serem realizados em cópia da Carta Náutica da região do acidente, fazendo constar, nesta
cópia, a Rosa dos Ventos, com o posicionamento igual ao determinado na original, quando
se tratar de reconstituição da navegação que a embarcação realizava. Fotos e croquis da
situação são elementos valiosos e devem ser feitos o mais rapidamente possível, para que
não ocorra a perda de indícios e evidências importantes. O croqui da situação deve
apresentar a disposição geral das embarcações envolvidas, tal qual foram encontradas no
local do acidente e a dinâmica da ocorrência que a antecedeu. Devem ser mostrados no
croqui os seguintes dados, caso sejam pertinentes:
I) os sobreviventes e corpos dos falecidos, se no interior da embarcação ou
fora;
II) partes e peças da embarcação, material de salvatagem, etc.;
III) norte verdadeiro e magnético;
IV) avaria das embarcações;
V) a direção e intensidade do vento;
VI) margem, profundidade, construções, pontes, rede elétrica, bancos de areia,
etc., e tudo que for considerado digno de nota;
VII) a distância da margem;
VIII) direção e intensidade da corrente;
IX) o rumo de aproximação provável das embarcações;
X) o ponto de colisão, abalroamento, emborcamento, naufrágio, etc.;
XI) qualquer outro detalhe julgado importante e pertinente; e
XII) nos casos de abalroação ou colisão, gráficos da situação e da dinâmica do
acidente, estabelecendo-se nestes os ângulos de choque.
2) manuais e assentamentos - deverão vir acompanhados de cópias de manuais
técnicos, assentos oficiais da embarcação (Diários da Navegação e de Máquinas, de
Certificados emitidos pela Sociedade Classificadora etc.) e da Carta Náutica original;
3) causa determinante - os peritos não poderão concluir por uma ou várias
possíveis ou prováveis causas, não podendo, também, apontar alternativas para a causa
determinante do evento, pois a realização da perícia é exatamente para determinar a causa
do acidente ou fato da navegação. Não deverão, ainda, apontar nominalmente os
responsáveis pelo evento, visto ser esta atribuição do Encarregado do Inquérito, em seu
relatório, após analisar o conjunto das provas produzidas no IAFN. Poderão apontar a sua
função (comandante, imediato, proprietário, etc.).
A causa determinante deve ser uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia,
negligência, caso fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada. No caso de
imprudência, imperícia ou negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas
determinantes. A definição de cada uma das causas determinantes consta na alínea c do
artigo 0119;
4) exames laboratoriais - tendo sido realizado exame laboratorial, anexá-lo ao
Laudo de Exame Pericial, efetuando a respectiva menção de sua existência, bem como de
sua conclusão;
5) fadiga do material - concluir pela fadiga do material somente quando tiver
certeza, visto que tal fato está relacionado com as características físicas do material, à
tensão de ruptura e o número de ciclos máximos para vida finita. Esta fadiga pode ter sido
causada por imperícia, imprudência ou negligência do operador, por meio de
desalinhamento de eixos rotativos, frequentes impactos por operação descuidada etc.;
6) embarcação não inscrita - no caso de embarcação não inscrita nas CP/DL/AG, os
peritos deverão providenciar, além dos exames ordinários, as medidas necessárias visando
determinar suas características de arqueação e outros dados afins, bem como o tipo de
serviço e/ou atividade em que a embarcação melhor se aplique, em função do tipo de
construção, material do casco etc., ensejando com isso obter subsídios para um maior
esclarecimento dos fatos;
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7) embarcações marítimas classificadas - maior cuidado deve ser observado nas
perícias de embarcações classificadas onde deve ser verificado o cumprimento do contido no
Código de Gerenciamento de Segurança - ISM e sua relação com o acidente ou fato. Nas
embarcações dotadas de "Voyage Data Recorder" (VDR), caso necessário para a elucidação
do acidente, deve ser solicitado o registro de informações das horas anteriores ao acidente e,
se possível, reprodução das informações no monitor para que sejam fotografadas. O perito
deverá registrar nomes e bandeiras anteriores do navio, caso existam;
8) laudo de exame pericial - (anexo 1-N ) deve ser conclusivo, positivo ou negativo,
ressaltando detalhadamente:
I) Dados de cada Embarcação:
(a) Características, tais como nome, bandeira, porto de inscrição, tipo,
propulsão, comprimento, atividade (caso não seja inscrita, identificar a atividade na qual
vinha sendo utilizada e se era apropriada para tal), proprietário, armador, sociedade
classificadora, número IMO, número de inscrição na CP/DL, Arqueação Bruta (caso não
seja inscrita, a AB deve ser calculada), área de navegação autorizada para a embarcação,
fotos, de preferência digitais, que devem ser anexadas ao Laudo;
(b) Documentos da embarcação, relacionando toda a documentação que
deveria portar e a que foi apurada, mencionando a validade;
(c) Condição em que se encontrava a embarcação, resultado da Vistoria
Especial para Emissão de Laudo Pericial, relacionando as discrepâncias observadas,
principalmente no tocante ao material de salvatagem e descrevendo o estado da
embarcação, avarias, perda parcial, perda total, etc. Para embarcações igual ou superior a
25 metros, deve ser preenchida e anexada a Ficha Registro de Avarias (anexo 1-I);
II) Dados Pessoais dos entrevistados:
(a) qualificação de aquaviários, amadores, tripulantes, profissionais não
tripulantes, armadores, proprietários, agentes e engenheiros envolvidos direta ou
indiretamente na ocorrência do acidente (ou fato) com nome, função, CIR (mencionando se
válida e de acordo com a função exercida), identidade, endereço, telefone, empresa para a
qual trabalha e tarefa que executava no momento da ocorrência ou anterior a ela, mas que
esteja relacionada com a mesma. As cópias dos documentos devem ser anexadas aos autos
por termo de juntada, de acordo com o artigo 0115 desta norma;
(b) qualificação de passageiros e quaisquer pessoas que possam testemunhar
a respeito do ocorrido com nome, identidade, endereço e telefone, mencionando de que
forma testemunhou e/ou participou da ocorrência;
III) Dados do local do acidente (ou fato) da navegação:
(a) identificação - latitude e longitude, região geográfica, nome, profundidade,
área de navegação (interior ou mar aberto), distância de terra, distância da cidade mais
próxima e outros dados julgados pertinentes à elucidação da ocorrência;
(b) condições ambientais no momento da ocorrência - citando direção e
intensidade do vento e da corrente, o estado do mar, condições de visibilidade e outras
julgadas pertinentes à elucidação da ocorrência, mencionando a fonte de informação;
IV) Sequência dos Acontecimentos:
Sumário cronológico, se possível com horários de ocorrência, onde constem os
eventos, circunstâncias, ações e omissões que redundaram no acidente (ou fato), inclusive
socorro e/ou salvamento por parte das embarcações próximas, confeccionando croqui
ilustrativo, caso necessário ao perfeito entendimento. Devem ser incluídas nesse
sumário todos os resultados da investigação realizada e todas as consequências do
acidente ou fato, principalmente os acidentes pessoais e a ocorrência de poluição,
indicando as ações realizadas para evitá-lo e se foram utilizados equipamentos de
salvatagem adequados. Todos os eventos, atos, fatos, ações, omissões, decisões e
condições são apresentados na sequência cronológica e devem estar relacionados com as
provas periciais e documentais colhidas, inclusive com as declarações obtidas nas
entrevistas. Caso a obtenção da informação tenha sido indireta, citar o nome da fonte;
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V) Consequências do acidente ou fato da navegação:
(a) acidentes pessoais - qualificação das vítimas com nome, idade e sexo,
descrevendo lesões e causa mortis (de acordo com a Certidão de Óbito ou Laudo de
Necropsia, obrigatoriamente juntado aos autos) ou desaparecimento do corpo;
(b) danos materiais - descrição das avarias da embarcação, naufrágio com
perda parcial ou perda total, avarias da carga, da sinalização náutica, da infraestrutura
portuária ou quaisquer outras decorrentes do acidente ou fato da navegação em questão;
(c) poluição - indicação do material poluente e a quantidade apurada por
sondagem de tanques ou estimada;
VI) Análise dos dados obtidos:
Argumentação concatenada sobre a investigação realizada, baseada em fatos
importantes já citados no item IV) SEQUÊNCIA DOS ACONTECIMENTOS, de forma a
facilitar o entendimento completo da ocorrência para responder nos itens seguintes o Rol
de Quesitos do Encarregado do Inquérito e concluir acerca dos fatores contribuintes e da
causa determinante;
VII) Resposta ao Rol de quesitos do Encarregado do Inquérito;
VIII) Fatores contribuintes:
Assinalar os que concorreram para o evento inicial do acidente ou fato da
navegação e os que concorreram para as consequências, separados metodicamente,
devendo ser analisados conforme abaixo:
(a) Fator Humano - o agente causador sob o ponto de vista biopsicológico – ex.:
audição e/ou visão deficiente, sob efeitos de entorpecentes, embriaguez, fadiga, sob
severas perturbações mentais etc.;
(b) Fator Material - a embarcação, o complexo da engenharia naval e os
materiais homologáveis afins sob os aspectos de fabricação, projeto e manutenção e
disponibilidade - ex.: condições estruturais, estado de conservação e manutenção, fadiga
de material, falta ou inadequabilidade do material de salvatagem, falta ou inadequabilidade
das luzes de navegação etc.; e
(c) Fator Operacional - as ações e/ou omissões dos profissionais, e/ou
aquaviários, e/ou amadores, ou a eles equiparados no desempenho de suas respectivas
atividades – ex.: erro de navegação, erro de manobra, violação a normas, falta de
manutenção, falta de uso efetivo de coletes salva-vidas, excesso de lotação, etc.).
Ressalte-se que o fator operacional pode estar correlacionado com o fator humano, e vice-
versa, assim como o fator material pode ter concorrido para o acidente devido ao fator
operacional, por meio de negligência na manutenção, imperícia na operação, etc.;
IX) Causa Determinante:
Após a análise dos dados obtidos, da descrição das avarias e dos fatores
contribuintes, deverá ser apontada a causa determinante ou indicadas as razões da
impossibilidade do seu estabelecimento. A causa determinante é a causa do evento inicial
(primeira ocorrência indesejável na sequência de eventos que redundou no acidente ou
fato da navegação e suas consequências). Assim, embora o naufrágio seja classificado
como acidente da navegação, o evento inicial pode ter sido uma colisão, um abalroamento,
um emborcamento, a água aberta, o alagamento por abertura de válvula de fundo, etc.
Também o abalroamento e a colisão podem ter sido fruto de uma avaria de máquinas, por
exemplo.
A causa determinante é uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia,
negligência, caso fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada; no caso de
imprudência, imperícia ou negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas
determinantes; a definição de cada uma das causas determinantes consta na alínea c do
artigo 0119. A causa determinante deve estar relacionada com a argumentação efetuada
no item VI) Análise dos dados obtidos.
Os peritos não poderão concluir por uma ou várias possíveis ou prováveis
causas, não podendo, também, apontar alternativas para a causa determinante do evento,
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pois a realização da perícia é exatamente para determinar a causa do acidente ou fato da
navegação. Não deverão, ainda, nomear possíveis responsáveis pelo evento, visto ser
esta atribuição do Encarregado do Inquérito, em seu relatório, após analisar o conjunto das
provas produzidas no IAFN. Poderão apontar a sua função: comandante, proprietário, etc.;
X) Infrações Cometidas:
Os Peritos, em seu relatório, deverão também apontar eventuais infrações às
normas decorrentes da LESTA, mesmo que não tenham nexo de causalidade com o
acidente ou fato da navegação, e o não cumprimento de leis, normas, regulamentos e
convenções, caso tenha ocorrido; e
XI) Outras Informações Julgadas Pertinentes:
Informar o agente consignatário da embarcação. Nos casos de dano ao meio
ambiente, fazer constar nome e endereço do Agente Consignatário da carga, extraído do
conhecimento de embarque ("Bill of Lading"), do representante no Brasil da embarcação
estrangeira e consignar a Agência do Banco do Brasil S.A., onde tenha sido feita a caução.
Observações:
- As ações dos Peritos não se encerram com a entrega do Laudo de Exame
Pericial ao Encarregado do Inquérito, porque ele, após conhecer o Laudo, fará a inquirição
das testemunhas. Nesta ocasião, fatos novos poderão ensejar novas questões que serão
esclarecidas com nova perícia adicional a bordo da embarcação. Assim, o Laudo de
Exame Pericial será complementado. Estas ações serão repetidas até o Encarregado do
Inquérito estar satisfeito com as informações existentes e puder iniciar o preparo do seu
Relatório.
- Os peritos não poderão usar qualquer inquirição formal de testemunha na
perícia porque isto irá anular todo o inquérito no TM, o qual será arquivado;
h) diferença entre vistoria e exame pericial
Vistoria e Perícia são atos distintos. Vistoria é a ação técnico-administrativa,
eventual ou periódica, pela qual é verificado o cumprimento de requisitos estabelecidos em
normas nacionais e internacionais, referentes à prevenção da poluição ambiental e às
condições de segurança e habitabilidade de embarcações e plataformas. A Perícia, mesmo
ao se utilizar da Vistoria Especial para Emissão de Laudo Pericial para verificar a
documentação e as condições em que se encontravam as embarcações, buscará no
entanto a determinação da causa determinante do acidente ou fato da navegação, da
capacidade de operação segura das embarcações e tripulações envolvidas e sua relação
com a causa determinante. A simples constatação do evento não se constitui em um
Exame Pericial; e
i) prorrogação de prazo para perícia
O Encarregado do Inquérito deverá fixar o prazo para a conclusão da perícia no
rol de quesitos. Se os peritos pedirem prorrogações para a apresentação do Laudo de
Exame Pericial, a solicitação poderá ser atendida, desde que seja apresentada justificativa,
devendo este fato ser consignado no Laudo, sempre tendo em mente o prazo de noventa
dias para processamento do IAFN.
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g) juntada aos autos
Por medida de economia e, sempre que possível, observar a inclusão em uma
mesma página dos Termos de Juntada, Conclusão, Despachos do Encarregado do
Inquérito, etc. Nenhum documento será juntado aos autos sem a ordem do Encarregado do
Inquérito, exarada no próprio documento, pela expressão "junte-se aos autos" ou "por meio
de Despacho". Além dos documentos descritos no artigo 0107, só devem ser juntados aos
autos do Inquérito os documentos que, realmente, sirvam para esclarecer o acidente ou
fato da navegação (ou apontar prejuízos decorrentes) sempre precedidos do Termo de
Juntada (anexo 1-R );
h) despachos do Encarregado do Inquérito
O Encarregado do Inquérito determinará ao Escrivão as providências a serem
tomadas por meio de Despacho (anexo 1-P);
i) cumprimento dos despachos do Encarregado do Inquérito
O Escrivão lavrará, após o cumprimento do Despacho, uma Certidão (anexo 1-
Q), na qual definirá perfeitamente a maneira como foram cumpridas as determinações do
Encarregado do Inquérito ou justificará as razões que impediram o seu cumprimento;
j) solicitações do Encarregado às Autoridades e Entidades
Todas as determinações ou solicitações do Encarregado do Inquérito às
Autoridades e Entidades deverão ser feitas por meio de Ofício por ele assinado; e
k) numeração de páginas
As folhas dos autos do Inquérito deverão ser numeradas e rubricadas pelo
Escrivão, à proporção que forem sendo juntadas, inclusive o Relatório, Laudo de Exame
Pericial, Notificações e Defesas Prévias, e serão parte integrante dos autos. Se houver
espaços em branco, inutilizá-los por meio de linhas sinuosas verticais.
0116 - DEPOIMENTO
a) notificação
A convocação de depoente será realizada por meio de Notificação ou, no caso
de funcionário público, civil ou militar, por meio de Requisição, assinada pelo Encarregado
do Inquérito (anexos 1-S e 1-T), para que compareça à CP, DL ou AG, no dia e hora
designados, a fim de ser inquirido na qualidade de testemunha (anexo 1-U). O recebedor
da Notificação ou Requisição firmará o recibo numa cópia, ficando com o original. O recibo
deverá conter, além da assinatura do notificado ou recebedor, a sua identificação (nome
legível e sua relação com o notificado, quando não for o próprio), o local, a data e a hora do
recebimento, sendo firmado de próprio punho. No caso de a pessoa notificada ou
requisitada ser analfabeta, esta condição deverá ser expressa no recibo, que será então
firmado por duas (2) testemunhas, perfeitamente identificadas, e conterá a impressão digital
do polegar direito do notificado ou requisitado, ou outra digital com a qual seja identificado;
b) qualificação das testemunhas
Nome e apelido, nacionalidade, filiação, estado civil, profissão, identidade,
número de inscrição pessoal e local de inscrição, categoria funcional, Capitania de
Inscrição, função a bordo ou na empresa ou entidade relacionada com o Acidente ou Fato
da Navegação, residência e/ou domicílio, telefone, logradouro, bairro, cidade, Estado e o
Código de Endereçamento Postal (CEP); se o depoente for estrangeiro, deverá informar
também quem é o Agente de sua embarcação, bem como o Armador ou operador,
fazendo também constar a qualificação do intérprete (anexo 1-W), que verterá as
perguntas ao depoente estrangeiro e as respostas deste para o Encarregado do Inquérito.
É importante, na qualificação das testemunhas (pessoas físicas), ou na
qualificação das Empresas (pessoas jurídicas), a aposição do Cadastro de Pessoa Física
(CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), respectivamente;
c) compromisso de dizer a verdade
Como testemunha, poderá ser ouvida qualquer pessoa, desde que não seja
incapaz. Porém, só dos maiores de dezoito (18) anos se exigirá o compromisso de dizer
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a verdade, em razão de eventual caraterização do crime de falso testemunho, capitulado
no art. 342 do Código Penal Brasileiro; este compromisso deve ser formalizado pela
testemunha no início da inquirição, sendo citado este artigo 342 do Código Penal referente
ao falso testemunho;
d) depoimento de adolescentes
Os adolescentes entre doze (12) e dezoito (18) anos incompletos, poderão ser
ouvidos nos autos do IAFN na qualidade de informantes, sem prestar o compromisso de
dizer a verdade, devidamente acompanhados pelo pai, responsável ou curador, que
assistirá ao depoimento e assinará o termo de inquirição. De acordo com o preconizado na
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o IAFN não
poderá conter identificação do menor, como: nome, apelido, filiação, parentesco, endereço,
identidade, foto e assinatura. Todos os dados lançados serão do seu pai, responsável ou
curador;
e) conhecimento da conclusão do relatório
No curso dos depoimentos, deverá o Encarregado, alertar aos depoentes para
que compareçam à OM, no prazo fixado para o término do Inquérito, a fim de que tomem
conhecimento da conclusão do relatório, onde poderão vir a constar como possíveis
responsáveis. Neste caso, o indiciado será notificado para apresentar sua defesa prévia;
f) perguntas do Encarregado do Inquérito
O Encarregado do Inquérito fará as perguntas, tomando por base as constantes
do anexo 1-Y e dos PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA CADA ACIDENTE OU
FATO DA NAVEGAÇÃO (anexo 1-D), e outras que julgar convenientes e necessárias, em
razão do evento em investigação, cujas respostas contribuam para o perfeito
esclarecimento dos fatos, considerando de máxima importância ficar bem pormenorizadas
as circunstâncias e antecedentes e, na impossibilidade de se levantar dados na Perícia,
procurará obter das testemunhas as informações precisas, relativas ao estado do material,
dos instrumentos de navegação, rumos, cargas e estivação, pontos marcados na derrota
antes do acidente, velocidade, etc.
Com perguntas aos depoentes, o encarregado procurará confirmar os dados
colhidos (perícia, fichas registro de acidente, documentos, etc.) e estabelecer os fatores
que contribuíram para o acidente ou fato, a extensão das consequências e os possíveis
responsáveis;
g) alegações de mau tempo
1) Sempre que a testemunha alegar mau tempo ou condições atmosféricas
adversas, o Encarregado do Inquérito deverá oficiar ou transmitir mensagem ao Centro de
Hidrografia da Marinha (CHM), solicitando o Boletim de Informações Ambientais (anexo 1-
X ou 1-Y), voltado para as condições alegadas e relativo ao período compreendido entre o
dia anterior até o dia posterior ao do acidente, solicitando informações sobre as condições
de tempo, mar, vento, visibilidade e correnteza no local do acidente, bem como indagando,
ainda, se a referida embarcação manteve em dia, desde a saída do último porto, as
previsões meteorológicas e se transmitiu ao citado Centro a mensagem, informando as
condições adversas alegadas, na forma prevista nas instruções a respeito.
2) Quando a área do acidente não for coberta pelo CHM, o pedido do Boletim
de Informações Ambientais deverá ser feito junto a outro órgão oficial que cubra a área
considerada. Mesmo quando não houver meios de cumprir o acima estabelecido, deve-se
procurar saber a situação meteorológica, através de “MENSAGEM SHIP” de outras
embarcações, que trafegavam pelas áreas próximas, na ocasião do acidente. Tal situação
deverá ser, também, analisada com a verificação do respectivo lançamento no Diário de
Navegação, nas pastas especiais relacionadas com o assunto e, até mesmo, com a
solicitação de informações ao Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo
(COMCONTRAM), quando houver necessidade de conhecimento das embarcações que
navegavam naquela área, por ocasião do acidente, para a devida confirmação.
3) Em locais distantes, onde a navegação é interior, buscar informações com
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os profissionais que navegam naquela área;
h) citações a pessoas, documentos ou fatos
Deverá o Encarregado do Inquérito, quando o depoente se referir a outra
pessoa, a documentos ou fatos, notificar a testemunha referida para oitiva, juntar aos autos
os novos documentos e, em se tratando de fatos, apurá-los devidamente. Evitar que as
testemunhas já inquiridas se comuniquem com as que ainda serão ouvidas;
i) acompanhamento de advogado
1) Na tomada de depoimento, é facultado ao depoente fazer-se acompanhar de
advogado, comprovadamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), exibindo
a respectiva carteira e legitimamente constituído pelo depoente (por procuração ou
mediante nomeação, no ato da oitiva). Este não tem o direito de interferir na oitiva,
podendo atuar, apenas, no sentido de orientar seu cliente para apresentar protesto na
eventualidade de seus direitos estarem sendo preteridos, ou de correções não serem
consignadas. Caso o advogado insista em prejudicar o depoimento com interferências
diretas, ele será convidado a se retirar;
2) O instrumento de procuração assim outorgado não necessita de firma
reconhecida, considerando o disposto no art. 38 do Código de Processo Civil (a dispensa
do reconhecimento de firma na procuração foi autorizada pela Lei 8.952, de 13/12/94);
j) cópia do depoimento
É facultado ao depoente o recebimento de cópia daquilo que assinou, por
requerimento, diretamente ou por meio de seu advogado. Conforme a redação dada pela
Lei nº 11.719, de 20 de junho de 2008, ao Art. 405 do Código do Processo Civil, no caso
de também haver registro do depoimento por meio audiovisual, uma cópia deve ser
fornecida ao depoente, se requerida.
k) depoimento de estrangeiros
1) A versão para o português dos depoimentos de estrangeiros que não dominem
o português por Intérprete Comercial é exigência legal, conforme estabelece o art. 23 do
Decreto nº 13.609, de 21 de outubro de 1942, correndo as despesas por conta do
armador, proprietário ou agente. Caso o depoente saiba falar fluentemente a língua
portuguesa, este deverá declarar sua habilitação inicialmente no depoimento. As CP, DL e
AG deverão ter um cadastro com relação nominal desses profissionais, a qual poderá ser
obtida nas Juntas Comerciais dos Estados.
2) Compete as CP, DL e AG providenciar a intimação dos intérpretes Comerciais,
por mandado, a ser cumprido por um funcionário da OM, ou pelos interessados, conforme
o modelo constante do anexo 1-J.
3) O prazo para o atendimento à intimação é de três dias úteis, conforme
estabelece o art. 26 §2º da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
4) Se três Intérpretes Comerciais, devidamente intimados, por qualquer motivo
não atenderem à referida intimação que se dará na forma sucessiva, ou não houver na
localidade o referido profissional, o Encarregado nomeará pessoa idônea, capacitada para
traduzir os documentos em idioma estrangeiro.
5) O intérprete não oficial deverá ser qualificado nos autos, prestando o
compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, conforme definido no Termo
de Compromisso (anexo 1-K).
6) Também, não poderá exercer as funções de intérprete o militar ou civil que
pertença ao quadro de pessoal da ativa ou da reserva da Marinha do Brasil.
7) Deverá ser feita a juntada das cópias dos documentos pessoais do
estrangeiro, como passaporte e o certificado de marítimo (SEAFARER`S
REGISTRATION CERTIFICATE, SEAMAN´S RECORD BOOK ou SEAFARER´S
IDENTITY DOCUMENT);
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l) circunstâncias para a realização dos depoimentos
Os depoimentos devem ser obtidos pelo Encarregado do Inquérito, tão logo
seja possível. É muito comum o acréscimo ou supressão de fatos, fruto de fantasia e
da imaginação de cada indivíduo, motivo pelo qual o fator tempo, para a tomada de
depoimentos, torna-se importante. Quanto mais cedo forem obtidos os depoimentos,
mais próximos da realidade eles estarão. Quanto mais demorar, maiores serão as
possibilidades dos relatos virem acompanhados de conclusões e deduções pessoais
ou da interferência de terceiros. Além disso, é comum testemunhas retornarem para
suas residências, por vezes distantes das sedes das Agências da Autoridade Marítima,
dificultando a realização dos depoimentos; e
m) despacho do Encarregado do Inquérito
Restando alguém a ser inquirido, o Escrivão fará conclusão dos autos ao
Encarregado do Inquérito, que, por despacho, designará novo dia e hora, ordenando as
intimações e diligências necessárias.
0117 - ACAREAÇÃO
Se as circunstâncias, no inquérito, indicarem a necessidade de acareação de
testemunhas com depoimentos divergentes e conflitantes, o Encarregado do Inquérito
fará a Acareação tantas vezes quantas forem necessárias, que se restringirá aos
pontos de divergência. A acareação será efetuada entre testemunhas que tenham
depoimentos divergentes. O Escrivão abrirá o termo respectivo (anexo 1-Z) precedido
de assentada (anexo 1-AA).
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1) descrição das diligências realizadas;
2) descrição das características da embarcação;
3) resultado de exames periciais (transcrever do Laudo de Exame Pericial);
I) Seguro Obrigatório DPEM, mencionando se estava em vigor e anexando-o
aos autos (Lei 8.374/91 para as embarcações brasileiras, observando o que dispõe o
seu art. 15);
II) Documentação das embarcações, mencionando validade;
III) Causa determinante, consequências e todas as evidências que corroborem
a conclusão dos Peritos;
4) depoimentos;
I) resumo de cada um dos depoimentos, principalmente dos trechos que
corroborem a conclusão;
II) os meios legais utilizados para localizar e ouvir depoimentos de
testemunhas e a razão pela qual não puderam ser ouvidas;
III) testemunhas que não foram inquiridas, com o endereço onde possam ser
encontradas.
5) sequência dos acontecimentos - descrição minuciosa e cronológica do
Acidente ou Fato da Navegação, com data, hora e local, relatando toda e qualquer
circunstância que, de alguma forma, se relacione com o evento em si ou com suas
consequências, como peculiaridades da região do evento, faina de resgate, etc.;
6) análise dos dados obtidos - argumentação concatenada sobre a investigação
realizada de forma a facilitar o entendimento completo da ocorrência e fundamentar a
conclusão;
7) conclusão –
(neste item é feita a indicação dos fatores contribuintes e suas
consequências, da extensão das avarias, dos acidentes pessoais, da poluição hídrica,
do não cumprimento de leis, normas, regulamentos e convenções, caso tenha ocorrido,
da indicação da causa determinante do evento e, se for o caso, de possíveis
responsáveis quando um Acidente ou Fato da Navegação ocorreu em consequência de
dolo ou culpa dos indiciados. A conclusão não poderá conter informações que não
tenham sido mencionadas anteriormente no relatório).
Para a conclusão, devem ser considerados os seguintes conceitos e
orientações:
I) fatores contribuintes:
Assinalar os que contribuíram para o evento inicial do acidente ou fato da
navegação e os que concorreram para as consequências, separados metodicamente,
devendo ser analisados conforme abaixo:
(a) fator humano - o agente causador sob o ponto de vista biopsicológico –
ex.: audição e/ou visão deficiente, sob o efeito de entorpecentes, embriaguez, fadiga,
sob severas perturbações mentais etc.;
(b) fator material - a embarcação, o complexo da engenharia naval e
os materiais homologáveis afins sob os aspectos de fabricação, projeto e manutenção e
disponibilidade - ex.: condições estruturais, estado de conservação e manutenção,
fadiga de material, falta ou inadequabilidade do material de salvatagem, das luzes de
navegação, etc.; e
(c) fator operacional - as ações e/ou omissões dos profissionais, e/ou
aquaviários, e/ou amadores, ou a eles equiparados no desempenho de suas respectivas
atividades – ex.: erro de navegação, erro de manobra, violação a normas, falta de
manutenção, falta de uso efetivo de coletes salva-vidas, excesso de lotação, etc.).
Ressalte-se que o fator operacional pode estar correlacionado com o fator humano, e
vice-versa, assim como o fator material pode ter concorrido para o acidente devido ao
fator operacional, por meio de negligência na manutenção, imperícia na operação, etc.;
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II) extensão das avarias, dos acidentes pessoais, da poluição e legislação
não atendida - que, em consequência, houve...................(prejuízos ocorridos ou danos
causados às embarcações, à carga, passageiros ou a elementos outros, tais como: cais,
boias, etc., conforme consta às fls. ..................................., poluição hídrica .........,
apontando o não cumprimento de leis, normas, regulamentos e convenções, caso tenha
ocorrido......) e eventuais infrações às normas decorrentes da LESTA, mesmo que não
tenham nexo de causalidade com o acidente ou fato da navegação......;
III) causa determinante:
Após análise dos fatores contribuintes e da descrição das avarias, deverá
ser apontada a causa determinante ou indicadas razões da impossibilidade do seu
estabelecimento. Os nomes e funções dos possíveis responsáveis diretos e indiretos
devem ser citados.
A causa determinante é a causa do evento inicial (primeira ocorrência
indesejável na sequência de eventos que redundou no acidente ou fato da navegação e
suas consequências). Assim, embora o naufrágio seja classificado como acidente da
navegação, o evento inicial pode ter sido uma colisão, um abalroamento, um
emborcamento, a água aberta, o alagamento por abertura de válvula de fundo, etc.
Também o abalroamento e a colisão podem ter sido fruto de uma avaria de máquinas,
por exemplo.
A causa determinante é uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia,
negligência, caso fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada; no caso de
imprudência, imperícia ou negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas
determinantes; a definição de cada uma das causas determinantes é:
- dolo - vontade deliberada e consciente, ou livre determinação da pessoa,
na prática do fato ou ato causador do dano. O dolo é a forma mais grave que tipifica uma
conduta ilícita, uma vez que havia a intenção da pessoa em produzir o fato ou
resultado danoso.
- culpa - não há vontade deliberada e consciente na prática do fato ou ato
causador do dano. As modalidades de culpa são as seguintes e pode ser necessário
apontar mais de uma:
(a) imprudência - o mesmo que imprevidência e consiste na inobservância
de medidas de precaução e segurança, de consequências previsíveis, que se faziam
necessárias no momento, para evitar o acidente ou fato da navegação. Há o risco
consciente assumido pelo agente. Exemplo: o comandante decidiu efetuar a atracação
da embarcação com mau tempo e colidiu com o cais;
(b) imperícia - falta de habilitação, experiência ou aptidão necessárias,
reveladas pela pessoa no exercício de sua função. É o erro. Também se caracteriza por
erro a ação de todo aquele que é habilitado para um serviço e que não o faz com
habilidade; Exemplos: comandante não habilitado; comandante habilitado deixou de
cumprir corretamente o RIPEAM e provocou o abalroamento; e
(c) negligência - omissão de diligência ou cuidado; falta ou demora, ou,
ainda, inoportunidade na aplicação de meios e ações mais aptas ou adequadas, que a
técnica, prudência ou bom senso aconselham. Exemplos: o comandante deixou de
providenciar a manutenção preventiva necessária do motor de propulsão antes da saída
da embarcação; falta de atenção na condução ou na navegação da embarcação;
- força maior, caso fortuito ou fortuna do mar:
Caso o Encarregado do Inquérito conclua que o Acidente ou Fato da
Navegação se deu por força maior, caso fortuito ou fortuna do mar, deverá ter em
mente os seguintes conceitos:
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(a) força maior - acontecimento inopinado, previsto ou previsível, não
podendo ser evitado pela vontade ou pela ação do homem, se caracteriza
precipuamente pela irresistibilidade, não se levando em conta, quanto ao
acontecimento que se registra, se era previsto ou não; exemplo: efetuar o encalhe
proposital (varação) para evitar o naufrágio da embarcação que sofre um alagamento.
(b) caso fortuito - acontecimento possível, mas estranho à ação e a
vontade humana, de efeito imprevisível, inevitável e irresistível. São assim todos os
acidentes que ocorrem, sem que a vontade do homem os possa impedir ou sem que
tenha ele participado de qualquer maneira para a sua efetivação; exemplo: morte natural
de pessoa; e
(c) fortuna do mar - fenômeno natural de caráter excepcional, inevitável
e irresistível, geralmente ligado a bruscas alterações meteorológicas.
- causa indeterminada
Na hipótese de não restar apurada a causa determinante do evento,
deverá o Encarregado do Inquérito fundamentar tal conclusão.
IV) outras informações julgadas pertinentes
Informar o agente consignatário da embarcação. Nos casos de dano ao
meio ambiente, fazer constar nome e endereço do Agente Consignatário da carga,
extraído do conhecimento de embarque ("Bill of Lading"), do representante no Brasil da
embarcação estrangeira e consignar a Agência do Banco do Brasil S.A., onde tenha sido
feita a caução;
Observação: a causa determinante estabelecida pelos Peritos pode ser
diferente daquela do Encarregado do Inquérito porque este, após tomar conhecimento
do Laudo de Exame Pericial, efetuará a inquirição das testemunhas. Nesta ocasião,
novas informações poderão surgir que alterem as conclusões e a causa determinante
do acidente ou fato da navegação ocorrido.
d) divulgação do relatório
1) Para a Autoridade Policial e/ou Ministério Público
Encerrada a fase de coleta de provas, o relatório de IAFN, elaborado pelo
encarregado do IAFN, pode ou não indicar possíveis responsáveis, diretos ou indiretos,
pelo acidente ou fato da navegação, a serem julgados pelo Tribunal Marítimo, em
conformidade com o que estabelece a Lei 2.180/54. Apurada a possível existência de
crime (morte, lesão corporal etc.), a autoridade instauradora do IAFN deverá solicitar
autorização ao DN para encaminhar à Autoridade Policial (Distrito Policial responsável
pela apuração da ocorrência) e/ou ao Ministério Público, se solicitado, cópia do Relatório
e do Laudo Pericial, a fim de instruir o competente Inquérito Policial ou ação penal, em
conformidade com o art. 129 da Constituição Federal e art. 27 do Código de Processo
Penal.
2) Para a Imprensa
Ao serem requisitados pela Imprensa acerca das conclusões da apuração
de acidente ou fato da navegação, os Agentes da Autoridade Marítima e Encarregados
de Inquérito devem observar o contido no Plano de Comunicação Social da Marinha
(PCSM) ao estabelecer que “no âmbito regional, a divulgação de eventos para a mídia
será coordenada pelo respectivo Comandante do Distrito, observado o que preconiza o
Manual de Comunicação Social da Marinha - EMA-860”. A lei nº 2.180, de 5 de
fevereiro de 1954, não estabelece qualquer impedimento à publicidade ou divulgação
do relatório do inquérito. Por outro lado, o inciso LX do art 5º da Constituição Federal cita
que “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais, quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem”, entendendo-se como defesa da intimidade o
resguardo da vida íntima envolvendo questões pessoais concernentes ao decoro, à
honra, a anomalias de ordem física, psíquica ou moral.
- 1-22 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
Assim sendo, os seguintes procedimentos deverão ser adotados:
I) O Encarregado do Inquérito não deve emitir opinião ou divulgar conclusões
sem a concordância e aprovação do Capitão dos Portos/Delegado da área de jurisdição;
II) Quando o relatório do inquérito não atinge o direito subjetivo público à
intimidade das pessoas ou o interesse social, não há como se sustentar a recusa de sua
divulgação, devendo o Agente da Autoridade Marítima fazê-lo, após autorização do DN; e
III) Quando o relatório do inquérito atinge o direito subjetivo público à
intimidade das pessoas, ou o interesse social, ao invés de expressar uma recusa formal
à imprensa, o Agente da Autoridade Marítima deverá submeter à aprovação do DN, nota
oficial contendo os pontos principais do relatório e despacho final do IAFN, registrando,
ainda, os limites da estrita competência da Autoridade Marítima na apuração em nível local
e o posterior julgamento pelo TM, a quem estão sendo encaminhados os autos com a
urgência que a lei determina.
- 1-25 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
0125 - DELEGAÇÃO DE ATRIBUIÇÃO DO TRIBUNAL MARÍTIMO
Cumprir o mais rápido possível para não retardar o andamento do processo;
a) Quando a testemunha não for encontrada e o advogado for da cidade sede da
OM, deverá este último ser intimado para esclarecer o endereço daquele. Caso não o faça, no
prazo de 5 dias, restituir o expediente com o que foi conseguido realizar, comprovando as medidas
tomadas;
b) Quando a testemunha estiver em viagem, observar os procedimentos do artigo
0124, conforme a situação, sendo, neste último caso, dada a transferência da delegação
para outra OM; e
c) Informar ao TM quinzenalmente sobre o andamento da Delegação de Atribuições
ou qualquer outra providência requerida pelo TM.
- 1-28 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
V) Controle da eficácia – consiste em verificar os resultados das medidas
preventivas empregadas. Caso se perceba a ineficácia de alguma delas, deve-se retornar
à etapa de formulação;
3) Os CP, DL e AG devem utilizar o ciclo da prevenção em suas jurisdições,
de forma a estimular e coordenar os esforços de toda comunidade aquaviária na
prevenção de acidentes e fatos da navegação;
c) Mapa de Acompanhamento de Medidas Preventivas
As CP, DL e AG deverão manter acompanhamento dos acidentes, fatos e riscos à
navegação observados e das respectivas medidas preventivas empreendidas em sua área
de jurisdição por meio do Mapa de Acompanhamento de Medidas Preventivas (anexo 1-
AR). O Mapa deverá conter também os resultados obtidos com a adoção das medidas
preventivas. Tal procedimento permitirá às CP, DL e AG acompanhar o processo desde a
implantação de tais medidas até a obtenção dos resultados finais. O Mapa atualizado
deverá ser encaminhado à DPC por comunicação eletrônica e assinado digitalmente pelo
Capitão dos Portos, Delegado ou Agente, com cópia para o DN, até 31 de janeiro de cada
ano.
d) questionário de prevenção de acidentes
1) Visando o aperfeiçoamento das Normas da Autoridade Marítima e a cooperação
com a IMO na prevenção de acidentes, o Questionário de Prevenção de Acidentes (QPA),
anexo 1-AS, deve ser preenchido (um para cada embarcação envolvida) e enviado à DPC,
juntamente com as cópias do relatório de IAFN, do laudo de exame pericial e das fichas
registro de acidente;
2) Em acidentes envolvendo embarcações sujeitas às convenções SOLAS e
MARPOL, o QPA deve ser respondido por Inspetor ou Vistoriador Naval do GVI da CP ou
DL, preferencialmente com curso de Investigação e Prevenção de Acidentes, caso esta
tenha esses profissionais em sua lotação; e
3) Sempre que, fruto de análise do acidente ou fato da navegação, for vislumbrada
pela CP ou DL uma possível alteração de requisitos, especificações e procedimentos das
Normas da Autoridade Marítima como medida preventiva de cunho normativo, esta deve ser
encaminhada à DPC, a título de sugestão, por meio do QPA, para que seja analisada pelo
Departamento de Inquéritos e Investigações de Acidentes de Navegação e pelo corpo
técnico da DPC quanto à sua adequabilidade e exequibilidade. Caso sejam pertinentes, as
propostas de alteração serão encaminhadas ao Diretor de Portos e Costas para aprovação.
- 1-29 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
CAPÍTULO 2
0201 - PROPÓSITO
Estabelecer os procedimentos para condução da Investigação de Segurança dos
Acidentes e Incidentes Marítimos (ISAIM) e envio para a Diretoria de Portos e Costas
(DPC). A investigação abrange a coleta e a análise de provas, a identificação dos fatores
causais e a elaboração das recomendações de segurança que forem necessárias.
- 2-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
As definições de acidente marítimo muito grave, grave e incidente marítimo
constam do Código de Investigação de Acidentes (CIA), anexo 2-A.
b) prazo para instauração
A ISAIM deve ser iniciada até 5 (cinco) dias, contados da data em que um dos
Agentes da Autoridade Marítima houver tomado conhecimento da ocorrência de
acidente marítimo muito grave, envolvendo embarcações de bandeira brasileira, em sua
área de jurisdição. O mesmo prazo será observado quando determinada a instauração
de ISAIM pela DPC por conta da ocorrência de um acidente marítimo muito grave ou
incidente marítimo envolvendo embarcações de bandeira estrangeira, e de acidentes ou
incidentes marítimos envolvendo embarcações nacionais que não sejam classificados
como muito grave.
O início da ISAIM será comunicado por meio de mensagem, anexo 2-B
(MENSAGEM PADRÃO DE INSTAURAÇÃO DE ISAIM), desta NORTEC. Após o envio
da mensagem de instauração da ISAIM a OM responsável por sua condução deverá
encaminhar à DPC com cópia ao Comando do Distrito Naval da área de jurisdição, a
mensagem mencionada no Item 0214 desta NORTEC, tão logo sejam obtidas as
informações pertinentes.
c) prazo para a conclusão
A ISAIM deverá ser concluída no prazo máximo de 90 dias a contar da data de
sua instauração.
Em situações especiais e excepcionais, em que a ISAIM não tenha sido
concluída no prazo máximo de noventa (90) dias, a prorrogação poderá ser solicitada à
DPC por mensagem e autorizada pelo Diretor de Portos e Costas, que avaliará o pedido
devidamente circunstanciado e decidirá a respeito.
0204 - DEFINIÇÕES
Deverão ser observadas as definições constantes no Código de Normas
Internacionais e Práticas Recomendadas para uma investigação de segurança dos
Acidentes e Incidentes Marítimos (“Código de Investigação de Acidentes” CIA), anexo
2-A.
- 2-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
0206 - NOTIFICAÇÃO SOBRE INVESTIGAÇÃO DE SEGURANÇA DE ACIDENTE
MARÍTIMO
Conforme disposto no Código de Investigação de Acidentes (CIA) quando um
acidente marítimo ocorre em Alto-Mar ou uma Zona Econômica Exclusiva, o Estado da
Bandeira do navio ou navios envolvidos, deverá notificar outros Estados
substancialmente interessados logo que for razoavelmente possível. No caso do
acidente marítimo ocorrer no território, incluindo o mar territorial, de um Estado
Costeiro, o Estado da Bandeira e o Estado Costeiro deverão notificar um ao outro e
juntos notificar outros Estados substancialmente interessados, logo que for
razoavelmente possível. Essa notificação não deverá ser retardada devido à falta de
informações completas.
A Notificação será elaborada pela DPC com base nos dados informados pelas
mensagens de instauração da ISAIM.
O anexo 2-C apresenta o Formato e conteúdo da Notificação Sobre Investigação de
Segurança de Acidente Marítimo que deverá ser encaminhada pela DPC,
preferencialmente por meio eletrônico, para a Embaixada ou representação consular do
Estado de Bandeira solicitando posterior encaminhamento à Autoridade Marítima de
seu Estado, com cópias para o Comando do Distrito Naval da Área de Jurisdição do
acidente e para a Capitania dos Portos ou Delegacia responsável pela condução da
investigação. A Capitania dos Portos ou Delegacia providenciará a entrega da
notificação à Agência Marítima que representa o armador do(s) navio(s) envolvido(s) na
investigação e ao(s) Comandante(s) do(s) navio(s).
0207- ACORDO DO ESTADO DA BANDEIRA COM OUTRO ESTADO
SUBSTANCIALMENTE INTERESSADO PARA REALIZAR UMA
INVESTIGAÇÃO DE SEGURANÇA MARÍTIMA
As consultas para buscar um acordo sobre qual Estado, ou Estados, será ou
serão os Investigadores da Segurança Marítima, em conformidade com o disposto no
CIA, serão conduzidas pela DPC. Independente disso, nada prejudica o direito de um
Estado substancialmente interessado realizar separadamente sua própria Investigação
de Segurança Marítima.
O Estado Investigador da Segurança Marítima deverá ser capaz de cumprir
suas obrigações de acordo com o CIA, e deverá procurar coordenar o ritmo das suas
investigações com a conduzida pelos Estados substancialmente interessados para
evitar, quando possível, que haja demandas conflitantes sobre testemunhas e acesso às
provas.
0208 - COOPERAÇÃO
Todos os Estados substancialmente interessados deverão cooperar, na medida
do possível, com o Estado Investigador da Segurança Marítima. A participação na
ISAIM de Investigadores de Acidentes Marítimos de Estados substancialmente
interessados será coordenada pela DPC, para onde deverão ser endereçadas
quaisquer solicitações de tal natureza, caso recebidas pelas CP/DL.
- 2-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
obter uma prova deverá ter permitido acesso a uma assessoria jurídica, além de ser
informado dos seguintes aspectos:
.1 qualquer possível risco de que possam se incriminar em quaisquer processos
posteriores à investigação de segurança marítima;
.2 o direito de não se incriminar ou de permanecer em silêncio;
.3 é vedada a promessa de qualquer proteção ao marítimo para impedir que a
prova seja usada contra ele, caso seja fornecida à investigação de segurança marítima.
- 2-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
0213 - CANCELAMENTO DE ISAIM.
Após sua instauração, a ISAIM somente poderá ser cancelada com autorização
da DPC.
- 2-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
PREFERENCIAL
P-
DE: CP/DL
PARA: COMDN
INFO: PRTCOS TRIBAR PROCTM
(1) - No caso de abalroamento com outra embarcação, repetir na mensagem a indicação das
características desta outra, acompanhando a formatação da primeira, no que for pertinente.
Todas as informações não disponíveis no momento da instauração devem ser informadas
como “A SER APURADO”.
(2) - Não preceder ao nome as abreviaturas de NM, NT, Rb ou outros, bem como somente
utilizar a informação de nacionalidade com o nome do País.
- 1-A-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
- 1-A-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
(4) - Propulsão:
Motor, Vela, Mista (vela e motor), Remo ou Sem Propulsão.
(5) - Atividades ou Serviços:
Passageiro e Carga;
Passageiro;
Carga;
Rebocador/empurrador;
Pesca;
Esporte e Recreio;
Outra atividade ou serviço; e
Sem atividade definida.
OBS: Se a embarcação não for inscrita, deve ser lançada como “sem atividade definida”.
Posteriormente, os Peritos verificarão a atividade ou serviço que está sendo empregada
esta embarcação.
(6) - Embarcações não inscritas devem ser preenchidas como "NÃO INSCRITA".
- 1-A-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
leme é movimentado, que ponha em risco a embarcação, as vidas e fazendas de bordo;
A008 - RUPTURA DE CABOS
Acidente devido à ruptura de cabos de amarração ou de reboque que ponha
em risco a embarcação, as vidas e fazendas de bordo;
A009 - AVARIA NA CARGA
É a deterioração da carga, provocada por ação física ou química, decorrente
de deficiência em seu manuseio, arrumação, condicionamento e operação;
A010 - AVARIA OU DETERIORAÇÃO DAS MERCADORIAS DAS CÂMARAS
É a avaria ou deterioração de carga frigorificada, provocada por deficiência
de refrigeração, manuseio, condicionamento ou peiação;
A011 - AVARIAS NO CASCO
É a deterioração por deformação excessiva ou ruptura de partes da estrutura
resistente do casco e seus reforços que ponha em risco a embarcação, as vidas e fazendas
de bordo;
A012 - COLISÃO
Choque mecânico da embarcação e/ou seus apêndices e acessórios, contra
qualquer objeto que não seja outra embarcação ou, ainda, contra pessoa (banhista,
mergulhador). Assim, haverá colisão se a embarcação se chocar com um corpo fixo ou
flutuante insusceptível de navegar ou manobrar, tal como: recife, cais, casco soçobrado,
boia, cabo submarino etc. Caso seja conhecido, no momento da instauração do IAFN, o
objeto contra o qual a embarcação colidiu, deve ser citado na mensagem (ex.: colisão com
pedra, colisão com tronco submerso, colisão com rede de transmissão elétrica; colisão com
pessoa, colisão com cais etc.);
A013 - EMBORCAMENTO
Emborcamento é a virada total da embarcação que se põe a flutuar com o
fundo fora da água, por perda de estabilidade inicial ou adernamento;
A014 - ENCALHE
Contato das obras vivas da embarcação com o fundo, provocando
resistências externas que dificultam ou impedem a movimentação da embarcação;
A015 - EXPLOSÃO
Combustão brusca provocando a deflagração de ondas de pressão de
grande intensidade;
A016 - INCÊNDIO
Destruição provocada pela ação do fogo por: combustão dos materiais de
bordo, ou sobre as águas, em decorrência de derramamento de combustível ou inflamável,
curto-circuito elétrico, guarda ou manuseio incorretos de material inflamável ou explosivo;
A017 - NAUFRÁGIO
Afundamento total ou parcial da embarcação por perda de flutuabilidade,
decorrente de embarque de água em seus espaços internos devido a adernamento,
emborcamento ou alagamento;
A018 - VARAÇÃO
Ato deliberado de fazer encalhar ou pôr em seco a embarcação, para evitar
que evento mais danoso sobrevenha;
A019 - QUEDA DE CARGA E/OU EQUIPAMENTO N’ÁGUA
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados.
A020 - ALIJAMENTO
É o ato deliberado de lançar n’água, no todo ou em parte, carga ou outros
bens existentes a bordo, com a finalidade de salvar a embarcação, parte da carga ou
outros bens;
A021 - ACIDENTE COM BALEEIRA
É qualquer tipo de acidente envolvendo baleeira, com ou sem vítima.
- 1-A-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
- 1-A-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
motivo apenas de inquérito policial por autoridade competente;
F013 - MÁ ESTIVAÇÃO DA CARGA
Má peação, colocação em local inadequado ou a má arrumação no porão,
no convés ou mesmo no interior do container, quer no granel, quer na carga geral, sem
observar, ainda, a adequabilidade da embalagem, pondo em risco a estabilidade do navio,
a integridade da própria carga e das pessoas de bordo.
F014 - MAU APARELHAMENTO DA EMBARCAÇÃO
A falta ou a impropriedade de aparelhos, equipamentos, peças
sobressalentes, acessórios e materiais, quando em desacordo com o projeto aprovado, as
exigências da boa técnica marinheira e demais normas e padrões técnicos recomendados;
F015 - RECUSA INJUSTIFICADA DE SOCORRO A EMBARCAÇÃO EM PERIGO
Somente quando a recusa for o próprio fato a ser apurado como no caso de
recusa injustificada de socorro por embarcação de bandeira brasileira a embarcação
estrangeira fora da AJB. Caso contrário, havendo acidente ou fato a ser apurado, a
recusa injustificada será apurada no mesmo IAFN;
F016 - EXPOR A RISCO
Expor a risco a incolumidade/segurança da embarcação ou a vida;
F017 - QUEDA DE PESSOA A BORDO
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F018 - QUEDA DE VEÍCULO NA ÁGUA
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F019 - QUEDA DE PESSOA NA ÁGUA
Somente quando a queda não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F020 - AVARIA EM REDES SUBMARINAS
Somente quando houver indício de ter sido causada por embarcação;
F021 - MORTE DE PESSOA
Somente quando a morte não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados, tais como queda na água, acidente com estivador,
acidente de mergulho etc. (ex. morte por parada cardíaca).
F022 - DESAPARECIMENTO DE PESSOA
Somente quando o desaparecimento não for motivado, a princípio, por
qualquer dos demais acidentes ou fatos listados.
F023 - ATO DE PIRATARIA / ASSALTO / FURTO / ROUBO
ATO DE PIRATARIA - Constituem pirataria quaisquer dos seguintes atos:
a) Todo ato ilícito de violência ou de detenção ou todo ato de depredação
cometidos para fins privados, pela tripulação ou pelos passageiros de um navio ou de
uma aeronave privados e dirigidos contra:
I - um navio ou uma aeronave, em alto mar, ou pessoas ou bens a bordo dos
mesmos;
II - um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar não submetido
à jurisdição de algum Estado;
b) Todo ato de participação voluntária na utilização de um navio ou de uma
aeronave, quando aquele que o pratica tenha conhecimento de fatos que deem a esse
navio ou a essa aeronave o caráter de navio ou aeronave pirata; e
c) Toda ação que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer
um dos atos enunciados nas alíneas a ou b.
ASSALTO - Ataque ou acometimento inopinado, ou traiçoeiro, contra pessoa,
ou penetração violenta em habitação ou propriedade alheia, ordinariamente à mão armada,
com o objetivo de um roubo.
FURTO - É a subtração ilícita de coisa móvel, sem violência contra a pessoa,
- 1-A-6 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
sem o consentimento do dono, para si ou para terceiro.
FURTO QUALIFICADO - É o efetuado com destruição ou rompimento do
obstáculo à subtração da coisa; com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada
ou destreza; com emprego de chave falsa, mediante concurso de duas ou mais pessoas.
(Art. 155, § 4o do Código Penal).
ROUBO - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência. Podemos resumir dizendo que roubo é o furto em que há
violência contra a pessoa.
O campo deve ser preenchido com a natureza do fato a ser apurado;
F024 - DERIVA DA EMBARCAÇÃO
Somente quando a deriva não for motivada, a princípio, por qualquer dos
demais acidentes ou fatos listados;
F025 - FUNDEAR EM LOCAL PROIBIDO QUE POSSA PROVOCAR DANOS
Somente quando representar risco para a embarcação, vidas ou fazendas de
bordo;
F026 - BARATARIA, REBELDIA OU MOTIM
É todo e qualquer ato, por sua natureza ilícita, praticado pelo Comandante,
no exercício de sua função, ou pela tripulação, ou por um e outra conjuntamente, do qual
aconteça dano grave ao navio ou a sua carga, em oposição à presumida vontade legal do
armador;
F027 - ABANDONO
É o ato ou efeito de abandonar a embarcação, pela impossibilidade das
pessoas se manterem a bordo em segurança, em virtude de perigo real ou iminente.
Somente deve ser enquadrado nesta natureza quando o abandono não for motivado, a
princípio, por qualquer dos demais acidentes ou fatos listados;
F028 - DESAPARECIMENTO DE EMBARCAÇÃO
Somente quando desaparecida em viagem, sendo assim considerada ao
encerramento das buscas.
F029 - PRESENÇA DE CLANDESTINO A BORDO
Deverá necessariamente ser instaurado IAFN quando detectada a presença
de clandestino a bordo. No curso do IAFN deverá ser apurado se houve exposição a risco,
da própria embarcação, das vidas e fazendas de bordo, capitulado no artigo 15, alínea e, da
Lei no 2.180/54 e se houve participação culposa da tripulação.
Quando ficar caracterizada a prática de ilícito penal envolvendo a presença
do clandestino a bordo, tipificado, por exemplo, como maus tratos (art. 136 do Código
Penal) ou atentado contra a segurança de transporte marítimo (art.261 do Código Penal), o
evento deverá ser caracterizado como fato da navegação capitulado na alínea f do art. 15
da Lei no 2.180/1954.
F030 – ACIDENTE COM PESSOAS EM ESPAÇOS CONFINADOS
Espaço confinado, conforme definido na Resolução A.864(20) da
Organização Marítima Internacional (IMO), significa um espaço que possui uma das
seguintes características: possui meios limitados de entrada e saída; possui ventilação
inadequada; não foi projetado para ocupação humana continua; ou pode ter sido
contaminado por substância perigosa anteriormente. Os espaços confinados incluem
espaços de carga, duplos fundos, tanques de combustíveis, tanques de lastro, tanques de
esgoto, compartimentos de bombas, compartimentos de compressores, cofferdans,
espaços vazios, receptores de ar dos motores, fornos de caldeiras, cilindros de vapor das
caldeiras, espaços não ventilados para armazenamento de ferramentas e/ou suprimentos,
e espaços conectados adjacentes. Estes espaços conectados adjacentes são espaços não
ventilados que normalmente não são usados para carga, mas que podem partilhar as
mesmas características da atmosfera com o espaço de carga.
- 1-A-7 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-A
(12) - Latitude e Longitude e nome do Rio, Baía, Lagoa etc., com milhagem (ex: .............S-
..........W - Rio Solimões – 20 milhas náuticas a montante de Coari) ou, quando em Mar
Aberto, Latitude e Longitude com distância de Terra (ex: .............S-..........W – 12 milhas de
Cabo Frio - RJ). Em ambos os casos a informação da Latitude e Longitude é obrigatória.
EXEMPLO 1 - ABALROAMENTO
PREFERENCIAL
P-
DE: CFAREM
PARA: QRTDIS
INQUÉRITO Nº 03/2016
EXEMPLO 2 - COLISÃO
PREFERENCIAL
P-
DE: CPNAUS
PARA: NOVDIS
INFO: TRIBAR/PRTCOS/PROCTM
GRNC
BT
INQUÉRITO BIPT
- 1-A-9 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-B
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Gr. Indicador
- 1-B-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-C
TERMO DE AUTUAÇÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-C-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A002 - ADERNAMENTO
É a inclinação para um dos bordos, assumida pela embarcação em
decorrência de distribuição de pesos ou perda de estabilidade inicial. O Encarregado do
Inquérito e os peritos devem verificar:
1) defeito de construção e/ou projeto;
2) má estivação da carga, particularmente carga no convés (peso alto);
3) deslizamento da carga para um dos bordos, por rompimento de peias,
má amarração ou a falta destas;
4) manobra errada de líquidos;
5) anteparas de tanques de combustíveis com rachadura ou furos,
acarretando alagamento de compartimentos contíguos e afetando a estabilidade. Verificar o
contido em A003;
6) superfície livre em tanques ou porões que, combinados com o estado
do mar, possa provocar o adernamento ou emborcamento da embarcação;
7) excesso de pessoas ou carga a bordo;
8) sistema de controle de válvulas dos tanques; e
9) dados do VOYAGE DATA RECORDER (VDR), se houver.
NORTEC-09/DPC
- 1-D-2 -
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A004 - ALAGAMENTO
Verificar a orientação de A003, no que couber.
A005 - ARRIBADA
É o ato deliberado de fazer entrar a embarcação num porto ou lugar não
previsto para a prevista travessia, isto é, que não seja o porto ou local de escala
programada ou de destino. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) a necessidade que a impôs e as despesas decorrentes;
2) o maior número possível de dados técnicos e numéricos, quando se
tratar de embarcações estrangeiras de pesca ou de pesquisa, tais como: características da
embarcação; capacidade de aguada víveres e combustível; capacidade de produção de
água; consumo diário de água; de víveres e de combustível; número de pessoas a bordo;
quantidade de água; de combustível e de víveres existentes a bordo por ocasião do último
abastecimento e da arribada; bem como onde foi efetuado;
3) se a embarcação executava faina escoteira ou com outras da mesma
nacionalidade e armação;
4) se houve mau tempo não suportável pela embarcação;
5) se foi realizada para atender interesses particulares do Comandante
ou tripulação;
6) se houve treinamento inadequado da tripulação;
7) se houve falta de habilitação para desempenhar funções;
8) se houve acidente com a carga, navio ou suas máquinas, equipamentos
que impossibilitassem o prosseguimento da viagem;
9) se foram lançados no Diário de Navegação, a Ata de Deliberação e o
Protesto Marítimo;
10) se foram tomadas providências para colocar, de imediato, a
embarcação em condições de prosseguir viagem normal; e
11) se o acidente se enquadra naqueles dispensados de IAFN pela
NORMAM-09/DPC.
12) as arribadas a portos nacionais de embarcações de pesca
estrangeiras não autorizadas a operar em AJB, são consideradas não justificadas, tornando
obrigatória a instauração de IAFN, conforme previsto no artigo 0107 b) 1) da NORMAM-
09/DPC. Informações complementares também poderão ser observadas nas NORMAM-
07/DPC e NORMAM-08/DPC.
NORTEC-09/DPC
- 1-D-3 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-4 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-5 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A012 - COLISÃO
Choque mecânico da embarcação e/ou seus apêndices e acessórios,
contra qualquer objeto que não seja outra embarcação ou, ainda, contra pessoa (banhista,
mergulhador). Assim, haverá colisão se a embarcação se chocar com um corpo fixo ou
flutuante insusceptível de navegar ou manobrar, tal como: recife, cais, casco soçobrado,
boia, cabo submarino etc. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) condições de visibilidade;
2) velocidade e direção do vento e da corrente;
3) maré e estado do mar na ocasião da manobra;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-6 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A013 - EMBORCAMENTO
Emborcamento é a virada total da embarcação que se põe a flutuar com o
fundo fora da água, por perda de estabilidade inicial ou adernamento. O Encarregado do
Inquérito e os Peritos devem verificar:
1) defeito de construção;
2) má estivação da carga, particularmente carga no convés (peso alto);
3) deslizamento da carga para um dos bordos, por rompimento de peias,
má amarração ou a falta destas;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-7 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A014 - ENCALHE
Contato das chamadas obras vivas da embarcação com o fundo,
provocando resistências externas que dificultam ou impedem a movimentação da
embarcação. O Encarregado do Inquérito e os Peritos devem verificar:
1) condições em que ocorreu;
2) as profundidades da área do acidente;
3) posição exata da embarcação, por marcações e alinhamento de pontos
fixos, pelo GPS (receptor do sistema global de navegação por satélites) e radar;
4) calados a vante e a ré;
5) croqui, localizando o ponto de contato com o fundo;
6) natureza do fundo;
7) estado do mar, do tempo e da visibilidade, situação, direção e velocidade
da correnteza, ventos e condições de maré;
8) indicação do barômetro, termômetro e psicrômetro;
9) sondagem antes e após o encalhe; diagrama do ecobatímetro
(Ecograma);
10) indicações do odômetro;
11) diários dos cronômetros;
12) exame da navegação astronômica, estimada, costeira, eletrônica e de
praticagem;
13) rumos verdadeiros, rumos das agulhas giroscópica e magnética,
padrão e governo, diagrama do registrador de rumos, certificado de compensação das
agulhas padrão e de governo, livro de registro de azimute, incluindo, pelo menos, os das
vinte e quatro (24) horas anteriores ao evento;
14) Carta Náutica pela qual se fazia a navegação, mantido o traçado da
derrota original, sem alteração após o encalhe;
15) na aproximação de águas rasas, a inobservância da ultrapassagem
de determinada isóbata adequada ao calado da embarcação;
16) resultado das manobras para o desencalhe;
17) em caso de cerração, descrição das providências acerca de: redução
da marcha; velocidade; e rumo em que navegava, etc.;
18) sinais sonoros emitidos por estações terrestres, barcas faróis e outras
embarcações;
19) sinais de bandeiras, semafóricos, telegráficos, luminosos e detonantes;
20) se houve falha no aparelho de fundeio, nos equipamentos de
navegação e comunicação, nos dispositivos de sinalização sonora;
21) se houve falha no fornecimento pelo Encarregado da Navegação, de
instrumentos, cartas ou publicações náuticas;
22) se houve falha em obter a posição do navio e em determinar o rumo;
23) se houve impropriedade de vigilância ou cuidados;
24) se houve operação incorreta de máquinas, equipamentos de
navegação, comunicação e aparelhos de fundeio e de governo;
25) socorros prestados por outras embarcações, rebocadores e por
estação de salvamento da costa;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-8 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A015 - EXPLOSÃO
É a combustão brusca, provocando a deflagração de ondas de pressão de
grande intensidade. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) em equipamentos sob pressão, verificar se os indicadores e válvulas de
segurança funcionavam normalmente e de acordo com as instruções dos fabricantes e
sociedades classificadoras;
2) em equipamentos elétricos e eletrônicos, verificar o componente do
sistema que apresentou falha;
3) se houve falha na operação ou na manutenção;
4) em navios-tanque, verificar se o sistema de gás inerte funcionava
normalmente;
5) em navios transportadores de cargas perigosas, verificar se havia
segregação regulamentar de cargas incompatíveis;
6) se houve estivagem de carga perigosa em local impróprio;
7) se houve vazamento de combustível em tanques e equipamentos;
8) se houve vazamento de gás explosivo;
9) se houve defeito de isolamento nas instalações;
10) em navios graneleiros, se houve formação de gases provenientes de
carga;
11) se houve formação de gases em tanque de óleo vegetal;
12) se houve faina sem equipamentos de segurança em locais fechados
sujeitos a acúmulo de gases;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-9 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A016 - INCÊNDIO
É a destruição provocada pela ação do fogo por combustão dos materiais
de bordo, ou sobre as águas, em decorrência de derramamento de combustível ou
inflamável, curto-circuito elétrico, guarda ou manuseio incorretos de material inflamável ou
explosivo;
Trata-se de um dos tipos de acidentes cuja causa é das mais difíceis de
ser identificada. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) local onde irrompeu o fogo ou se deu a explosão;
2) providências adotadas para a extinção do incêndio ou, em caso de
explosão, para minimizar o seu efeito;
3) instalações ou aparelhos preventivos ou de combate a incêndio
existentes a bordo, seu estado de conservação e operatividade;
4) adestramento da tripulação, conforme normas em vigor;
5) conduta da tripulação durante a emergência e se esta era
adequadamente treinada;
6) causa do incêndio ou explosão;
7) natureza do material que inflamou ou explodiu;
8) condições de estivagem do material e precauções apropriadas ao seu
Manuseio;
9) licença para o transporte de carga perigosa e carga no convés,
informando se a carga era passível de combustão espontânea, mencionando, neste caso, as
condições de tempo, por ocasião do embarque, e o controle de umidade. E se havia
segregação regulamentar de cargas incompatíveis, se houve estivagem incorreta;
10) quantidade de carga avariada, espécie e valor, se estava segurada,
indicando a seguradora e valor do seguro, juntar cópia da apólice de seguro;
11) estado da instalação elétrica, se algum componente apresentou falha;
12) se nos motores e máquinas, os indicadores de temperatura
funcionavam normalmente, verificando se algum componente apresentou defeito;
13) se houve operação incorreta da tripulação e inclusive dos
equipamentos de combate a incêndio;
14) se houve vazamento de combustível em tanques e equipamentos;
15) se houve vazamento de gás inflamável;
16) se houve defeito de isolamento nas instalações;
17) se houve falha de projeto ou construção na classificação de anteparas
e dispositivo de fechamento à prova de fogo;
18) se houve falha na operação do sistema de gás de cozinha;
19) se houve impropriedade no uso das garrafas de oxigênio e acetileno,
em faina de corte e solda;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-10 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
A017 - NAUFRÁGIO
Afundamento total ou parcial da embarcação por falta de flutuabilidade,
decorrente de embarque de água em seus espaços internos: devido a adernamento,
emborcamento ou alagamento.
O naufrágio, normalmente é consequência de um outro acidente tal como
água aberta, colisão, emborcamento, etc. No levantamento de dados a respeito da
sequência dos acontecimentos, devem ser consultadas as orientações para os eventos que
precederam o naufrágio. É importante definir o evento inicial (a primeira ocorrência
indesejável da sequência de acontecimentos), para que seja apurada a causa do naufrágio.
Por exemplo, na colisão com objeto submerso com posterior água aberta, seguindo-se da
perda da embarcação, a causa do naufrágio será a causa da colisão. Nesse caso, devem
ser observadas também as orientações contidas em A012 e A003, a fim que seja realizada
correta apuração. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) condições em que ocorreu;
2) posição exata da embarcação por distâncias, marcações e alinhamentos
de pontos fixos, pelo radiogoniômetro, radar, ômega, quintante, sextante, alidade, ou
qualquer instrumento de posicionamento resultante em coordenadas;
3) profundidade, sondagens e tipo de fundo;
4) croqui da derrota, demonstrando a dinâmica do acidente;
5) estado do mar, do tempo e da visibilidade; situação, direção e
velocidade dos ventos, da correnteza e condições da maré;
6) indicações do barômetro, termômetro e psicrômetro;
7) diagrama do ecobatímetro (Ecograma);
8) registrador de rumos;
9) indicações do odômetro;
10) diários dos cronômetros;
11) se houve falha no equipamento de navegação ou comunicação;
12) se houve falha nas máquinas principais, auxiliares e do leme;
13) se houve falha no funcionamento do aparelho de fundeio;
14) exame da navegação astronômica, estimada, costeira, eletrônica e de
praticagem;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-11 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
15) rumos verdadeiros, rumos das agulhas giroscópica e magnética, padrão e
governo;
16) Carta Náutica pela qual se fazia a navegação, mantido o traçado da
derrota original, sem alteração após naufrágio;
17) se a tripulação era adequadamente treinada;
18) resultado útil das tentativas de resgate;
19) se houve falha no bombeamento das dalas;
20) funcionamento dos faróis e balizamento (croqui do posicionamento das
boias, caso o naufrágio seja em canal);
21) socorros prestados;
22) acidentes pessoais;
23) se a carga estava devidamente peada e se houve ruptura do material
de peiação e deslocamento da carga;
24) se houve estivagem imprópria ou carregamento impróprio e/ ou sobre-
carga;
25) nos casos de naufrágio provocado por emborcamento, em que haja
indício de falta de estabilidade por deficiência de projeto, construção, modificações
estruturais, condução ou situações técnicas mais complicadas, poderão ser
encaminhadas cópias de planos à Diretoria de Portos e Costas, que permitam a elaboração
de um parecer técnico e, se necessário, a recomendação de novas diligências;
26) se a embarcação naufragada estava segurada, em qual seguradora e o
valor do seguro, bem como cópia da respectiva apólice; e
27) preencher a FICHA REGISTRO DE NAUFRÁGIO.
A018 - VARAÇÃO
É o ato deliberado de fazer a embarcação encalhar ou pôr em seco a
embarcação, para evitar que evento mais danoso sobrevenha. O Encarregado do Inquérito
e os peritos devem verificar:
1) apurar o motivo que levou à varação e se havia a real necessidade
para realizá-la;
2) se houve avaria ou perda de carga em consequência da varação;
3) se a embarcação e a carga estavam seguradas, verificando;
principalmente, o nome da Seguradora, juntando aos autos cópia da respectiva apólice;
4) verificar se a embarcação é associada a P & I CLUB (Protection and
Indemnity Club), bem como se essa entidade dá cobertura para remoção de casco
soçobrado (WRECK REMOVAL); juntando aos autos o documento respectivo;
5) se houve treinamento inadequado da tripulação;
6) se houve falta de habilitação para desempenhar funções;
7) se a embarcação estava segurada, juntar cópia da Apólice de Seguros;
8) o contido em A014, no que couber; e
9) preencher a FICHA REGISTRO DE VARAÇÃO.
A020 - ALIJAMENTO
É o ato deliberado de lançar n’água, no todo ou em parte, carga ou outros
bens existentes a bordo com a finalidade de salvar a embarcação ou parte da carga ou de
outros bens. O Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) verificar a real necessidade do alijamento motivo que o determinou;
2) se foi alijada apenas a quantidade de carga ou bens necessárias(os);
3) se a carga alijada estava devidamente manifestada;
4) precisar o local de alijamento determinando possíveis perigos à
navegação;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-12 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
5) verificar ser foram tomados todos os cuidados e precauções
necessárias, quando se tratar de alijamento de carga perigosas;
6) se a embarcação e a carga estavam seguradas;
7) se foi feito o Protesto Marítimo;
8) estado do mar e do tempo, situação, direção e velocidade da
correnteza, ventos e condições de maré; e
9) indicação do barômetro, termômetro e psicrômetro.
A021 – ACIDENTE COM BALEEIRA
Qualquer tipo de acidente envolvendo baleeira, com ou sem vítima. O
Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) Bandeira e nome da embarcação a qual pertencia a baleeira
acidentada;
2) Qual o fabricante, modelo, capacidade de pessoas a bordo,
autoridade que emitiu o certificado de homologação e número do certificado da baleeira;
3) Qual o fabricante, modelo, autoridade que emitiu o certificado de
homologação e número do certificado do equipamento de liberação e travamento da
baleeira instalada no navio/ plataforma descrito no Manual de Treinamento?
4) Condições ambientais locais no momento do acidente, com destaque
para estado do mar e ventos;
5) Estado de conservação da baleeira acidentada e de sua palamenta
(comparar com outras baleeiras semelhantes existentes a bordo);
6) Se a baleeira possuía instalado algum equipamento de prevenção
contra quedas (“fall preventer devices” – FPD) e, nesse caso, se eram seguidas as
orientações constantes no parágrafo 3 da Circular nº 1327 de 11 de Junho de 2009 da
Organização Marítima Internacional (OMI) que diz que nos casos de existirem, esses
equipamentos deverão estar apropriadamente instalados antes do início de qualquer
exercício, teste, inspeção ou manutenção quando pessoas estão a bordo da baleeira?
7) Se durante a faina de lançamento/ içamento da baleeira havia pessoal
operando cabos de apoio conectados na proa e popa da mesma que atenuassem o seu
balanço provocado pela ação das condições de vento;
8) Se havia a bordo do navio/ plataforma, um manual para o treinamento
da tripulação conforme previsto no Capítulo III, Seção V, Regra 35, da Convenção
Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS), no idioma de
domínio da tripulação, incluindo o uso de baleeiras, com diagramas e fotos da operação
do equipamento de liberação e travamento da baleeira, para as fainas de arriamento e
içamento;
9) Se as instruções de operação do equipamento de liberação e
travamento das baleeiras estão descritas claramente passo-a-passo, particularmente sobre
o posicionamento da baleeira quando do seu recolhimento;
10) Se as inspeções e verificações do equipamento de liberação e
travamento das baleeiras de bordo são conduzidas por pessoal devidamente qualificado
para tal e na periodicidade descrita no Capítulo III, Seção I, Regra 20 da Convenção
SOLAS (inspeções semanais e mensais);
11) Se o armador estabeleceu procedimentos para assegurar que o navio/
plataforma é mantido (a) em conformidade com as disposições das normas e regras
relevantes e com quaisquer exigências adicionais que podem ser estabelecidos pelo
próprio armador, assegurando que: as inspeções sejam efetuadas em intervalos
apropriados; qualquer não-conformidade seja relatada, com sua possível causa (se
conhecida); ações corretivas apropriadas sejam tomadas; e que registros dessas
atividades sejam mantidos, conforme disposto no Código Internacional de Gerenciamento
de Segurança (Código ISM) art. 10;
NORTEC-09/DPC
- 1-D-13 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-14 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
4) O programa de manutenção, caso haja, especifica como é feita a
inspeção, revisão e lubrificação dos vários componentes da escada de portaló?
5) Como é feita a manutenção da escada de portaló (atenção porque em
alguns casos observou-se que essa manutenção de escadas era limitada a retirada de
ferrugem e pintura)?
6) Existem a bordo informações técnicas que permitem a realização da
manutenção das escadas de portaló?
7) Qual foi a última vez em que o patim superior da escada de portaló foi
desmontado e revisado? existe uma rotina para essa faina?
8) O navio estava tripulado e equipado de acordo com as
regulamentações existentes para o seu tipo e para o comércio para o qual foi contratado?
9) O navio possui um sistema de gestão de segurança e procedimentos de
auditoria interna em conformidade com o ISM Code, onde são identificadas as não-
conformidades e registrados os procedimentos de ação corretiva iniciados e executados?
10) O navio possui um certificado de Gestão da Segurança? quem o emitiu?
qual a data?
11) Qual o peso máximo suportado pela escada de portaló de acordo com o
seu manual do fabricante?
12) Havia alguma rede de proteção contra quedas instalada abaixo da
escada de portaló?
13) A escada possuía corrimão ou outro meio de apoio para o pessoal
que ajudasse a manter o equilíbrio?
14) A Sociedade Classificadora do navio inspecionou a escada de portaló
acidentada? quando?
F001 - ALTERAÇÃO OU DESVIO DA ROTA
É o fato da navegação que se caracteriza quando é realizada a supressão
ou inclusão voluntária de porto na escala, que não constava no despacho da embarcação,
para atendimento de interesses comerciais ou particulares do Armador, do Comandante ou
da Tripulação, sem que tenha havido a ocorrência de caso fortuito ou força maior. Para
melhor distinção entre arribada e alteração da rota, tem-se que a primeira é, geralmente,
forçada por uma necessidade; e a segunda é um ato voluntário. O Encarregado do Inquérito
e os peritos devem verificar:
1) se houve alteração para atender interesses particulares do
Comandante ou tripulação; e
2) se houve o desvio para atender interesses comerciais do Armador e se
tal fato foi comunicado às autoridades competentes.
NORTEC-09/DPC
- 1-D-15 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-16 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-17 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-18 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
- tubulações;
- hélices; e
- explosões ou demolições nas proximidades.
5) Perfil do Mergulho:
- história dos mergulhos recentes;
- história do mergulho em questão;
- profundidade e duração;
- presença de acompanhante no mergulho (parceiro);
- velocidade de subida;
- paradas na subida e incidentes;
- ocorrências pré-mergulho;
- ingestão de alimentos, álcool ou medicamentos;
- uso de drogas;
- comportamento pré-mergulho; e
- ocorrências na recuperação-resgate, ressuscitação e tratamento ou
recompressão.
6) Equipamento de Mergulho:
- roupas e luvas;
- capacete;
- válvulas dos “lungs” (tanques de ar);
- cinto de lastro;
- os tanques de ar (“garrafas”);
- misturas de gases e fluxo;
- qualidade do gás;
- máscaras;
- colete flutuador;
- profundímetro; e
- “linha de vida” (liga o mergulhador à superfície).
7) Cronologia:
- estabelecer a ordem precisa dos eventos.
F011 - IMPROPRIEDADE DA EMBARCAÇÃO PARA O FIM EM QUE É
UTILIZADA
Utilização da embarcação em desacordo com sua destinação, área de
navegação ou atividade estabelecida em seu Título de Inscrição. O Encarregado do
Inquérito e os Peritos devem verificar:
1) se a embarcação está de acordo com os critérios de classificação
previstos na regulamentação da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA); e
2) se a embarcação possuir mais de um sistema de propulsão, verificar
qual o que era utilizado no momento da ocorrência.
NORTEC-09/DPC
- 1-D-19 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-20 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
1) a velocidade e direção do vento, velocidade e direção da corrente;
estado do mar e as condições de maré;
2) as condições de visibilidade;
3) se havia consumo de bebidas alcoólicas ou outras drogas capazes de
alterar as condições psicológicas das pessoas;
4) se por ocasião de fainas realizadas no convés ou próximo da borda, as
pessoas faziam uso de coletes salva-vidas e outras precauções de segurança;
5) no caso de Prático, se as escadas utilizadas pelo mesmo estavam de
acordo com as regras da Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no
Mar;
6) se havia a bordo equipamentos de salvamento adequados ao tipo de
navegação empreendida e em número suficiente para a lotação autorizada pela autoridade
competente;
7) se os equipamentos de salvatagem estavam dentro do prazo de validade
e eram homologados pela DPC;
8) se foram empreendidas tentativas de resgatar a pessoa; e
9) se foram cumpridas as Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e do Emprego (NR-MTE), caso pertinentes.
F027 - ABANDONO
É o ato ou efeito de abandonar a embarcação, pela impossibilidade das
pessoas se manterem a bordo em segurança, em virtude de perigo real ou iminente. O
Encarregado do Inquérito e os peritos devem verificar:
1) coordenadas do ponto em que a embarcação foi abandonada;
2) avaria ou motivo que impôs o abandono;
3) se o abandono foi realizado com o material de salvatagem de bordo ou
através de outras embarcações;
4) medidas postas em prática para a tentativa do salvamento da embarcação
antes do abandono;
5) conduta do comandante da embarcação e sua tripulação;
6) local para onde for conduzida a tripulação;
7) se ficaram a bordo tripulantes suficientes para garantir a segurança da
navegação aquaviária;
8) se a embarcação permaneceu com as luzes regulamentares acesas; e
9) se havia procedimento previamente estabelecido.
NORTEC-09/DPC
- 1-D-22 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
2) dados com familiares e amigos dos desaparecidos;
3) por meio de perícia indireta, o estado da embarcação, material do casco,
habilitação dos tripulantes, se possuía EPIRB, material de salvatagem etc.;
4) condições ambientais; por meio de boletim; e
5) se as embarcações que trafegaram na área têm informações a respeito.
NORTEC-09/DPC
- 1-D-23 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-24 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-25 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-D
NORTEC-09/DPC
- 1-D-26 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-E
NORTEC-09/DPC
- 1-E-1 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-F
FICHA REGISTRO DE INCÊNDIO
LOCAL E DATA:
- 1-F-1 - NORTEC-09/DPC
REV 1
Mod 1
ANEXO 1-G
LOCAL E DATA:
- 1-G-1 - NORTEC-09/DPC
REV 1
Mod 1
ANEXO 1-G
OBS:
1) No item 4 do presente modelo, quando se tratar de comboio integrado, formado
por empurrador com balsas, considerar o comprimento, a AB e a TPB total do comboio;
2) No item 1, no caso de comboio de empurrador com balsas, preencher com nome do
empurrador e das balsas; e
3) Preencher uma para cada embarcação.
- 1-G-2 - NORTEC-09/DPC
REV 1
Mod 1
ANEXO 1-H
FICHA REGISTRO DE
(ENCALHE, NAUFRÁGIO, ÁGUA ABERTA, COLISÃO, VARAÇÃO)
- 1-H-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-H
15- Instalações de navegação: (equipamentos eletrônicos tais como radar, ecobatímetro
etc.); equipamentos manuais: alidade, estadímetro e o estado de conservação e de
funcionamento.
16- Equipamentos que influenciaram no acidente: (sistema do leme, telégrafo de
manobra, máquinas, etc.).
17- Ação objetiva exercida pela tripulação par a tentar evitar o acidente ( largou ferro, dar
máquinas atrás, emitir sinais para chamar a atenção etc.).
18- Prestação de ajuda à outra embarcação ou a membro de sua tripulação.
19- Tempo decorrido do primeiro contato até o instante do acidente (plotagem dos
contatos).
20- Estado das Agulhas (compensação)
Magnéticas - (ERRO)
Giroscópica - (ERRO)
21- Adestramento dos tripulantes
22- O acidente ocorreu em zona de praticagem?
a) Com Prático –
b) Sem Prático -
c) A Praticagem era obrigatória -
23- Situação das publicações utilizadas na navegação. (Estão em dia? E corretas? )
Cartas Náuticas
Listas de faróis
Roteiro
RIPEAM
Outras
Quadro de balizamento
Quadro das regras para evitar abalroamento no mar
Quadro de regra de socorro e navegação
24- Funcionamento do ecobatímetro
Tipo
Tem registro
Em que escala estava operando no momento do acidente?
25- Funcionamento do radar
Tipo
Estava operando no instante do acidente?
Escala
26- Carta náutica utilizada
Está correta?
Plotagem correta?
Marcação estão sendo plotadas?
27- Sistema de navegação utilizado (Mais de um, dizer quais)
28- Situação do ferro:
29 - OBSERVAÇÕES:
LOCAL E DATA:
- 1-H-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-I
NAVIO AVARIADO
Nome (º) (ou número).
Tipo (*) (passageiro, cargueiro, graneleiro, petroleiro, pesqueiro, etc. )
Comprimento entre perpendiculares (*) L =
Boca moldada (*) B =
Pontal Moldado (*) D =
Altura do Convés de Subdivisão =
Calado antes da avaria: meia-nau d = ( ou a avante e a ré)
Abalroado /Abalroador
LEGENDA:
AP - Perpendicular de Ré
FP - Perpendicular de Vante
L - Comprimento Entre Perpendiculares
D - Pontal Moldado
d - Calado antes da avaria (meia-nau)
X - Distância entre a Perpendicular de Ré e o centro da avaria
Z - Distância a partir da linha de Base até o ponto inferior da avaria
h - altura total da avaria
h1 - altura da avaria até o Convés das Anteparas (ou de Borda-Livre)
1 - comprimento da avaria
11 - comprimento da avaria até o Convés das Anteparas (ou de Borda-livre)
- 1-I-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-I
Bombordo ou Boreste?
Comprimento da avaria Largura da avaria
Área Altura da avaria
SEGUNDO NAVIO
(preencher no caso de abalroação entre dois navios)
Nome (º) (ou número)
Comprimento entre perpendiculares L =
Boca moldada B =
Pontal Moldado D=
Calado antes da avaria: meia-nau d = (ou a avante e a ré)
Abalroado / Abalroador
NOTAS
1. As Fichas Registros de Avaria devem ser preenchidas para embarcações de aço com
convés, empregadas em serviço oceânico, com comprimento igual ou superior a 25 metros.
2. O termo “NAVIO AVARIADO” se refere ao navio para o qual a presente ficha foi
preenchida.
3. É recomendável a apresentação de um croqui indicando a localização da avaria e das
anteparas transversais principais.
4. O Pontal D deve ser medido até o Convés das Anteparas para navios de passageiros e
até o Convés de Borda-Livre para as demais embarcações ( ou, se esses conveses não
estiverem especificados, até o mais elevado convés completo).
5. No caso de abalroação com outro navio, é recomendável a apresentação das fichas para
cada navio.
6. Todas as medidas devem ser fornecidas em metros.
7. Os dados marcados com um asterisco (*) são os mais importantes.
8. A apresentação dos dados assinalados com (º) é opcional.
DADOS ADICIONAIS
(a serem fornecidos, se disponíveis)
3. Ângulo de encontro.
Caso afirmativo, indicar o tempo decorrido até o naufrágio após a abalroação e a forma de
naufrágio.
- 1-I-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-I
9. Ocorreu qualquer circunstância especial que influenciou nos resultados da avaria (e.g.
portas estanques, escotilhões ou vigias abertas, ruptura de redes, etc.) ..............................
X3
X1 X2
LOCAL E DATA:
- 1-I-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-J
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Ciente, em ........../........../..........
- 1-J-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-K
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
SETOR DA OM
- 1-K-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-L
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Respeitosamente,
- 1-L-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-M
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
CERTIDÃO
TERMO DE COMPROMISSO
Aos dias do mês de do ano de, eu, (qualificação completa do indiciado), indiciado no
inquérito administrativo instaurado, tendo sido intimado pelo Capitão dos Portos a
realizar exame de alcoolemia necessário ao prosseguimento das investigações,
declaro que me recusei a cumpri-lo e estou ciente das consequências que meu ato
pode acarretar.
(Assinatura do Indiciado)
2º)
- 1-M-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Aos .................... dias do mês de .................. do ano de ........, nesta cidade ........
(ou o lugar onde for), presentes os Peritos................(qualificação completa), designados
pelo Sr. (Capitão dos Portos/Delegado) e prestados pelos aludidos Peritos o compromisso
legal de bem e fielmente desempenharem os deveres dos seus encargos, declarando com
verdade o que encontrarem e em sã consciência entenderem, encarregou-os aquela
autoridade de proceder a exame pericial ........................... (referir minuciosamente o fato
que constitui objeto da Perícia), havendo os Peritos procedido ao exame ordenado e as
diligências que julgaram necessárias, declarando o seguinte:
I) DADOS DA(S) EMBARCAÇÃO(ÕES):
(a) Características: tais como nome, bandeira, porto de inscrição, tipo, propulsão,
comprimento, atividade (caso não seja inscrita, identificar a atividade na qual vinha sendo
utilizada e se era apropriada para tal), proprietário, armador, sociedade classificadora,
número IMO, número de inscrição na CP/DL, Arqueação Bruta (caso não seja inscrita, a AB
deve ser calculada), área de navegação autorizada para a embarcação, fotos, de preferência
digitais, que devem ser anexadas ao Laudo;
(b) Documentos das embarcações: deve ser citada toda a documentação que
deveria portar e a que foi apurada, mencionando a validade; as cópias dos documentos
devem ser anexadas aos autos por termo de juntada, de acordo com o artigo 0115 desta
norma;
(c) Condição em que se encontrava cada embarcação: resultado da Vistoria
Especial para Emissão de Laudo Pericial, relacionando as discrepâncias observadas,
principalmente no tocante ao material de salvatagem e descrevendo o estado de cada
embarcação, avarias, perda parcial, perda total, etc. Para embarcações iguais ou superiores
a 25 metros, deve ser preenchida e anexada a Ficha Registro de Avarias;
II) DADOS PESSOAIS DOS ENTREVISTADOS:
(a) Qualificação de aquaviários, amadores, tripulantes, profissionais não
tripulantes, armadores, proprietários, agentes e engenheiros envolvidos direta ou
- 1-N-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
- 1-N-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
(b) danos materiais - descrição das avarias da (s) embarcação(ões), naufrágio
com perda parcial ou perda total, avarias da (s ) carga(s), da sinalização náutica, da
infraestrutura portuária ou quaisquer outras decorrentes do acidente ou fato da navegação
em questão;
(c) poluição - indicação do material poluente e a quantidade apurada por
sondagem de tanques ou estimada;
VI) ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS:
Argumentação concatenada sobre a investigação realizada, baseada em fatos
importantes já citados no item IV) SEQUÊNCIA DOS ACONTECIMENTOS,de forma a
facilitar o entendimento completo da ocorrência para responder nos itens seguintes o ROL
de Quesitos do Encarregado do Inquérito e concluir acerca dos fatores contribuintes e da
causa determinante;
VII) RESPOSTA AO ROL DE QUESITOS DO ENCARREGADO DO INQUÉRITO;
Citar cada pergunta e a sua resposta.
VIII) FATORES CONTRIBUINTES:
(Que concorreram para o evento inicial do acidente ou fato da navegação e os
que concorreram para as consequências, separados metodicamente, devendo ser
analisados a vista do citado no item VI) Análise dos dados obtidos)
- 1-N-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
IX) CAUSA DETERMINANTE:
(após a análise dos dados obtidos, da descrição das avarias e dos fatores
contribuintes, deverá ser apontada a causa determinante ou declarada, aduzindo as
razões, a impossibilidade do seu estabelecimento. A causa determinante é a causa do
evento inicial, primeira ocorrência indesejável na sequência de eventos que redundaram
no acidente ou fato da navegação e nas suas consequências. Assim, embora o naufrágio
seja classificado como acidente da navegação, o evento inicial pode ter sido uma
colisão, um abalroamento, um emborcamento, água aberta, alagamento por abertura de
válvula de fundo, etc. Também o abalroamento e a colisão podem ter sido fruto de uma
avaria de máquinas, por exemplo.
A causa determinante é uma das seguintes: dolo, imprudência, imperícia,
negligência, caso fortuito, força maior, fortuna do mar ou indeterminada; no caso de
imprudência, imperícia ou negligência, pode ser citada mais de uma destas três causas
determinantes; a definição de cada uma das causas determinantes consta na alínea c do
artigo 0119. A causa determinante deve estar relacionada com a argumentação efetuada
no item VI) Análise dos dados obtidos.
Os peritos não poderão concluir por uma ou várias possíveis ou prováveis
causas, não podendo, também, apontar alternativas para a causa determinante do evento,
pois a realização da perícia é exatamente para determinar a causa do acidente ou fato da
navegação. Não deverão, ainda, nomear responsáveis pelo evento, visto ser esta atribuição
do Encarregado do Inquérito, em seu relatório, após analisar o conjunto das provas
produzidas no IAFN; poderão apontar a sua função: comandante, proprietário, etc.)
Conclui-se, portanto, que a causa determinante foi ...............................................
X) INFRAÇÕES COMETIDAS:
Os Peritos, em seu relatório, deverão também apontar eventuais infrações às
normas decorrentes da LESTA, mesmo que não tenham nexo de causalidade com o
acidente ou fato da navegação, e o não cumprimento de leis, normas, regulamentos e
convenções, caso tenha ocorrido;
XI) OUTRAS INFORMAÇÕES JULGADAS PERTINENTES:
(Informar o agente consignatário da embarcação. Nos casos de dano ao meio
ambiente, fazer constar nome e endereço do Agente Consignatário da carga, extraído do
conhecimento de embarque ("Bill of Lading"), do representante no Brasil da embarcação
estrangeira e consignar a Agência do Banco do Brasil S.A., onde tenha sido feita a caução);
- 1-N-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-N
E, por nada mais terem a examinar e a declarar, deu-se por findo o exame, do
qual lavrei o presente LAUDO que, lido e achado conforme, vai assinado pelos peritos
acima mencionados e de tudo dou fé. Eu, ................................................. (posto ou
graduação, quadro, número e assinatura) servindo de Escrivão, o subscrevi.
OBS:
Os Peritos devem observar o contido no artigo 0111 e os procedimentos específicos para
cada Fato ou Acidente constantes do anexo 1-D, bem como a confecção de um croqui e
obtenção de fotografias do local do acidente a fim de instruir uma perícia criteriosa.
- 1-N-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-O
TERMO DE CONCLUSÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-O-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-P
OBS.:
Depois de o Encarregado do Inquérito lavrar este termo, o Escrivão fará imediatamente a
notificação ou requisição das testemunhas, de acordo com os anexos 1-S e 1-T.
- 1-P-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-Q
TERMO DE CERTIDÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-Q-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-R
TERMO DE JUNTADA
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-R-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-S
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
TERMO DE NOTIFICAÇÃO
Ciente:
NORTEC-09/DPC
- 1-S-1 -
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-T
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
TERMO DE REQUISIÇÃO
OBS.: Feitas pelo Escrivão as notificações e requisições, de que extrairá cópias, lavrará o
seguinte termo, de acordo com o anexo 1-Q.
- 1-T-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-U
1) Nome CPF
2) Nome CPF
3) Nome CPF
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-U-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-V
TERMO DE INQUIRIÇÃO/REINQUIRIÇÃO (PRIMEIRA OU... TESTEMUNHA)
Aos ...... dias do mês de ......... do ano de .......... nesta cidade .................. (ou o
lugar onde for), ................(nome completo e apelido, se tiver), .............. (nacionalidade),
filho de ....... (pai) e de ........... (mãe), com ......... anos de idade, ............... (casado, solteiro,
separado, divorciado, viúvo), ................. (profissão permanente, identidade, CPF, número
de inscrição (CPF ou CNPJ, no caso de pessoa jurídica) e local de inscrição, se for
aquaviário, categoria funcional, Capitania de inscrição e a função que estava exercendo na
ocasião do acidente ou fato), residente ........................................................ (logradouro
exato, com as indicações, para ser facilmente encontrado, inclusive o CEP e telefone, (caso
estrangeiro, qualificar a agente da embarcação, o armador e o intérprete), caso esteja
acompanhado de advogado constituído, qualificar o advogado com o nome e n° de inscrição
na OAB), depois de prestar o compromisso de dizer a verdade, passou a ser inquirido pelo
Sr. Encarregado do Inquérito, na seguinte forma: onde o depoente se encontrava no
momento do acidente ou fato, objeto do inquérito? Respondeu que
................................... (exatamente o que a testemunha responder). Que sabe a respeito?
Respondeu que ................................. (referir, com a possível precisão, as palavras da
testemunha. Reproduzir sempre as perguntas e as respostas). E nada mais disse, nem lhe
foi perguntado, pelo que se deu por findo o presente depoimento que, lido e achado
conforme, assina (se a testemunha não souber assinar, assinará a rogo uma pessoa
estranha ao processo, cujo nome será mencionado com profissão e residência) com o
Encarregado do Inquérito ................. (se estiver presente qualquer parte mencionada na
assentada, ou intérprete, assinará o depoimento), comigo, ........ Escrivão, que o escrevi.
Testemunha - CPF
- 1-V-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-W
LISTA DE PERGUNTAS AOS DEPOENTES
(EXEMPLO)
5 - Há quanto tempo que exerce dita função a bordo nesta ou noutra embarcação?
7 - A testemunha é habilitada para o(s) tipo(s) de função(ões) que exerce a bordo e desde
quando?
9 - Se o depoente não viu o Acidente, mas ouviu comentário sobre o mesmo, quais foram
esses comentários? Citar quem os comentou. (nome, alcunha ou apelido, se tiver).
10 - O que a testemunha acha que deveria ter sido feito para evitar o Acidente ou Fato da
Navegação?
16 - A testemunha sabe informar o que deveria ter sido feito e não se fez para evitar o
Acidente, ou Fato da Navegação?
- 1-W-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-X
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Gr. Indicador
Nº
Local e Data
Do: CP/DL
Ao: Sr. Diretor do Centro de Hidrografia da Marinha
2. Outrossim, solicito a V. Sa. que seja informado se por ocasião do acidente (ou fato da
navegação aquaviária), o citado navio transmitiu a esse Centro as informações meteorológicas, como
auxílio à previsão do tempo, na forma prevista nas instruções, bem como outros navios assim o fizeram
quando na área, em ocasião próxima.
NOME
Posto
Capitão dos Portos/Delegado
Cópias:
- 1-X-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-Y
ROTINA
R-
DE (OM)
PARA CENHID
INFO
GRNC
BT
ACIDENTE DE NAVEGAÇÃO
Fim prosseguir instrução Inquérito Administrativo, SOL remeter Boletim Ambiental REF
(DATA-HORA) e (LOCAL). SOL INF se (NOME DO NAVIO) transmitiu a esse Centro como
auxílio previsão tempo REF (DATA E LOCAL) e quais foram BT
- 1-Y-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-Z
TERMO DE ACAREAÇÃO
Primeiro Acareado
Segundo Acareado
- 1-Z-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AA
Aos ............. dias do mês de ............... de 20 ........., nesta cidade (local) onde se
está realizando o inquérito e na sala ......... (citar) ...................., onde se encontra o
Encarregado do Inquérito (ou Capitão dos Portos ou Delegado, se for o caso) ..............
sobre (citar o acidente ou fato que motivou o inquérito), comigo ................... Escrivão,
estando presente o advogado (ou advogados) ................... da testemunha ......................
(ou quem estiver presente) ......................, o Sr. Encarregado do Inquérito declarou aberta
a audiência da acareação anteriormente marcada, entre as testemunhas já qualificadas
às folhas ...................., em face das divergências nos seus depoimentos. Apregoadas,
compareceram. Para constar, lavrei o presente termo, que vai assinado pelo Sr.
Encarregado do Inquérito. Eu, .........................., Escrivão, o escrevi. E eu,
........................................, Encarregado do Inquérito, o subscrevi.
NORTEC-09/DPC
- 1-AA-1 - REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AB
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Gr. Indicador
Nº
Local e Data
NOME
POSTO
Capitão dos Portos/Delegado
Cópias:
- 1-AB-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AC
- 1-AC- NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AD
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
Local e Data
ASSINATURA,
NOME
1-AD-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AE
MARINHA DO BRASIL
(NOME DA OM)
RELATÓRIO DE IAFN
- 1-AE-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AE
- 1-AE-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AF
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
NOTIFICAÇÃO
Assinatura do notificado
CPF ou CNPJ
- 1-AF-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AG
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
CERTIDÃO
Assinatura do Escrivão
Nome
Posto/Grad.
- 1-AG-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AH
DESPACHO
- 1-AH-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AI
DESPACHO
1) ..............................................................................................;
2) ..............................................................................................;
3) ..............................................................................................;
4) ...........................................................................................; e
5) ...............................................................................................
OBS.: O despacho deste anexo deverá ser digitado e firmado pela autoridade que o
exarou.
- 1-AI-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AJ
DESPACHO
(quando for o caso)
OBS.: Caso tenha sido o Capitão dos Portos ou Delegado o Encarregado do Inquérito, o
despacho determinará, apenas, o encaminhamento ao TM.
- 1-AJ-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AK
DESPACHO
- 1-AK-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AL
ESPECIAL
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Gr. Indicador
Nº
Local e Data
Administrativo
Cópias:
ComDN c/anexo (cópia do Relatório e Laudo de Exame Pericial)
DPC c/anexo (cópia do Relatório, Laudo de Exame Pericial, Fichas Registro de Acidente,
se for o caso, Fichas Registro de Avaria, se for o caso, e Questionário de Prevenção de
Acidentes)
CP........... c/anexo
- 1-AL-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AM
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
No MENSAGEM:
ARQUEAÇÃO(ÕES) BRUTA(S):
BANDEIRA(S):
PORTO(S) DE INSCRIÇÃO:
ENCARREGADO DO INQUÉRITO:
- 1-AM-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AN
TRIBUNAL MARÍTIMO
GUIA DE JULGADO
O JUIZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL MARÍTIMO, na forma da Lei, faz saber ao
Sr. ................................................................................................... que este Tribunal, pelo
Acórdão de ........... de .................................. de 20 .........., publicado no Diário Oficial da
União nº ................. de ........... de .......................... de 20 ........, proferido os autos do
Processo nº ..........., referente ao.......................................................................................
..................................................................................................................................................
julgou ........................................................................................................................................
Juiz-Presidente
- 1-AN-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AN
OBSERVAÇÃO
1. O item “b” desta Guia somente terá aplicação quando o infrator residir na Jurisdição
dessa Capitania.
“Art. 131 - A multa deverá ser paga dentro de dez (10) dias, depois da ciência da Guia
de Sentença, prazo esse que, no entanto poderá ser excepcionalmente dilatado.
Parágrafo Único - Caso a multa seja elevada para as posses do infrator, poderá ser
permitido que o pagamento se efetue em quotas mensais, até dentro de um ano, no
máximo”.
“Art. 133 - Não se executará a pena de multa quando ela incidir sobre os recursos
indispensáveis à manutenção do infrator e sua família”.
CERTIDÃO
Local e data.
- 1-AN-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AO
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
- 1-AO-1 NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AP
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Data : ..................
Assinatura do recebedor..............................................
Nome:.............................................................................
CPF ..........................
- 1-AP-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
1- REFERÊNCIAS
a) Disposições do Decreto-lei nº 1.608, de 18 de setembro de 1939 (Código de
Processo Civil de 1939), mantidas em vigor pelo art. 1.218 do Código de Processo Civil;
b) Código Comercial Brasileiro, Lei nº 556, de 25/06/1850; e c) Lei no 6.780, de 12
de maio de 1980.
2- EMBASAMENTO
Registra De Plácido e Silva em sua conhecida obra Vocábulo Jurídico, Vol. III,
Rio de Janeiro, Forense, 1987, p 486:489, o significado jurídico de vocábulo, onde retira-
se as acepções jurídicas da palavra "protesto":
- 1-AQ-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
“Art. 504. No terceiro livro, que será denominado – Diário de Navegação – se assentarão,
diariamente, enquanto o navio se achar em algum porto, os trabalhos que tiverem
lugar a bordo, e os consertos ou reparos do navio. No mesmo livro se assentará também
toda a derrota da viagem, notando-se diariamente as observações que os capitães e os
pilotos são obrigados a fazer, todas as ocorrências interessantes à navegação,
acontecimentos extraordinários que possam ter lugar a bordo, e com especialidade os
temporais, e os danos ou avarias que o navio ou a carga possam sofrer, as deliberações
que se tomarem por acordo dos oficiais da embarcação, e os competentes protestos.”
(grifos nossos)
“Art. 726. O protesto ou processo testemunhável será escrito pelo piloto, datado e
assinado pelo capitão, pelos maiores da tripulação – imediato, chefe de máquina, médico,
pilotos, mestres e por igual número de passageiros, com a indicação dos respectivos
domicílios.
- 1-AQ-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
Dispõe o Código Civil, no seu art. 145, ser nulo o ato jurídico quando não revestir
a forma prescrita em lei, ou ainda quando for preterida alguma solenidade que a
lei considere essencial para a sua validade. A forma para os protestos marítimos é aquela
conferida pelo art. 726 supra transcrito, pena de ser considerado nulo e,. por conseguinte,
inexistente. Ainda, para reputar-se ato jurídico perfeito, deverá o protesto observar, além
dos requisitos apresentados, a regra determinada no art. 727, verbis:
“Art. 727. Dentro das vinte e quatro horas (24) horas úteis da entrada do navio no porto, o
capitão se apresentará ao juiz, fazendo-lhe entrega do protesto, ou processo
testemunhável, formado a bordo, e do diário de navegação.
O juiz não admitirá a ratificação, se a ata não constar do diário.”
- 1-AQ-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AQ
no Código Comercial e Código do Processo Civil Antigo (1939). O representante da
Autoridade Marítima não é a autoridade competente para ratificar dito protesto, e sim
a autoridade judiciária, na forma da lei. Quando muito poderá utilizar-se dos documentos
apresentados para instaurar um procedimento administrativo visando apurar o
cometimento de infrações. As infrações administrativas (ofensas à LESTA, RLESTA,
NORMAM) que eventualmente se configurem, serão punidas na forma prevista
nesses instrumentos (em se tratando de embarcações estrangeiras, somente caberá a
multa).
3- PROCEDIMENTO
Em todos os casos de "PROTESTOS MARÍTIMOS", o procedimento a ser
adotado deverá ser o de acolhê-los como documentos informativos, buscando
complementá-los com lançamentos no Diário de Navegação e, em parecendo conveniente
e oportuno, em face de indícios de irregularidades, instaurar procedimento administrativo
objetivando o amplo esclarecimento. Naturalmente o procedimento deverá observar o
devido processo legal, com o contraditório e a ampla defesa, nos termos das normas
administrativas pertinentes.
- 1-AQ-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AR
MARINHA DO BRASIL
(CP/DL/AG)
MAPA DE ACOMPANHAMENTO DE MEDIDAS PREVENTIVAS – ANO 20....
Nº IAFN Natureza do Acidente ou Medidas Preventivas Resultados
ou Risco/ Fato da navegação / Nome das Local Causa (Educativas/Normativas/ obtidos
Data Risco à navegação embarcações Determinante Restritivas)
Nº IAFN:
Data:
Nº IAFN:
Data:
Risco XXX XXX
Data:
Local e data
NOME
Posto Capitão dos Portos/ Delegado/Agente
ASSINADO DIGITALMENTE
ANEXO 1-AS
(OM)
I-CARACTERÍSTICAS DA EMBARCAÇÃO
1. Nome:
2. Bandeira:
3. Porto de Inscrição:
4. Nº de Inscrição:
5. N° IMO:
6. Tipo de Navio: (usar tabela do anexo 1-A)
( ) Balsa ( ) Barco (de construção artesanal) ( ) Barcaça ( ) Bote
( ) Cabrea ( ) Caíque ( ) Canoa ( ) Chata ( ) Cisterna
( ) Dique flutuante ( ) Draga ( ) Empurrador ( ) Empurrador com balsa
(comboio) ( ) Escuna ( ) Ferry boat ( ) Flutuante ( ) Hovercraft
( ) Jangada ( ) Motoaquática ( ) Lancha ( ) Lancha do prático
( ) Navio – Fábrica ( ) Navio de Pesquisa ( ) Navio Pesqueiro ( ) Navio –
Sonda ( ) Navio supridor de plataformas marítimas (supply) ( ) N M de Carga
geral ( ) NM de Carga refrigerada ( ) NM de gases liquefeitos
( ) NM graneleiro ( ) NM graneleiro (ore - oil) ( ) NM graneleiro auto-
descarregável ( ) NM petroleiro (oil tanker) ( ) NM porta-contentor (full container)
( ) NM químico ( ) NM de passageiro/carga geral ( ) NM de passageiro/roll-on roll-
off ( ) NM de passageiros ( ) NM roll-on - roll-off ( ) Plataforma
( ) Quebra-gelo ( ) Rebocador ( ) Saveiro ( ) Traineira ( ) Veleiro
( ) Outras embarcações (citar o tipo):
7. Propulsão:
( ) Motor ( ) Vela ( ) Mista (vela e motor) ( ) Remo ( ) Sem Propulsão
8. Atividade:
( ) Passageiro e Carga ( ) Passageiro ( ) Carga ( ) Rebocador/Empurrador
( ) Pesca ( ) Esporte e Recreio ( ) Outra ( ) Sem Atividade definida
9. Arqueação Bruta (AB):
10. Comprimento:
11. Sociedade Classificadora:
12. Proprietário Registrado:
13. Operador do Navio:
14. Nome anterior:
15. Bandeira anterior:
16. Sociedade Classificadora anterior:
17. Data do contrato de arrendamento (se houver):
18. Área de Navegação Autorizada:
( ) Mar Aberto-Longo Curso ( ) Mar Aberto-Cabotagem ( ) Mar Aberto-
Apoio Marítimo ( ) Interior ( ) Apoio Portuário
19. Porte Bruto (deadweight):
- 1-AS-1 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
- 1-AS-2 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
37-Eventos que se seguiram ao evento inicial (numerar na ordem cronológica dos
eventos)
( ) Abalroamento ( ) Encalhe ( ) Colisão ( ) Incêndio / explosão ( ) Avaria de
casco
( ) Avaria de Máquinas na qual necessitou de reboque ou assistência de
terra
( ) Avaria da Embarcação ou Equipamento ( ) Emborcamento ou
adernamento
( ) Acidente de Mergulho ( ) Acidente com Estivador ( ) Queda de pessoa a
bordo
( ) Queda de pessoa na água ( ) Acidente pessoa a bordo ( )
Morte de pessoa ( )
( ) Desaparecimento ( ) Outros: Quais?
38 - Consequências do Acidente para o navio envolvido:
( ) perda total ( ) incapaz de prosseguir ( ) capaz de prosseguir ( )sem
avarias
39 - Consequências do Acidente/Fato para pessoas envolvidas
tripulação - vítimas fatais: feridos: desaparecidos:
passageiros - vítimas fatais: feridos: desaparecidos:
outros- vítimas fatais: feridos: desaparecidos:
40 - Consequência ao meio ambiente (poluição):
Óleo de bordo
( ) Pesado ( ) Diesel ( ) Lubrificante
Quantidade: ton.
Óleo (Carga)
( ) Cru ( ) Refinado ( ) Outros
Quantidade: ton
Granel Químico
( ) Categoria A ( ) B ( )C ( )D
Quantidade: ton
Carga Perigosa embalada
Classe IMDG: Nome: N° UN: Quant. perdida:
41 - Causa do Evento Inicial:
( ) Causas Internas (relacionadas ao navio onde ocorreu o acidente) ( )Falha Humana
( ) do comandante/condutor ( )de tripulante ( )do prático ( )do mergulhador
( ) do estivador ( )do supervisor ( ) do passageiro ( )de profissional não tripulante
Tipo de falha humana
( ) decisão deliberada de agir (ou se omitir) contra normas, regras e procedimentos
( ) distração ( )esquecimento ( )erro de julgamento ou avaliação de risco (
) incorreta operação de controle/equipamento ( )erro de cálculo ou escolha
de rumo
( ) outras falhas humanas: ( ) falha material
( ) falha estrutural da embarcação ( )falha no aparelho de governo
( ) falha de máquinas auxiliares essenciais ( )falha de bomba de incêndio
( ) falha ou inadequação de equipamentos de comunicação ( )falha da
propulsão
( ) falha ou inadequação de material de salvatagem ( )falha de instalação elétrica
( ) falha de projeto da embarcação (exemplo: estabilidade insuficiente)
( ) movimentação de carga ( ) incêndio / explosão da carga
- 1-AS-3 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
( ) má estivação da carga ( ) combustão espontânea da carga
( ) liquefação da carga ( ) outras falhas materiais: ( ) Causas
Externas (fora do navio)
( ) Falha de outro navio ou navios (exceto o rebocador) ( ) Condições ambientais
adversas
( ) Estado do Mar:
( ) Corrente: ( ) Infraestrutura da Navegação ( ) Vento: ( ) Visibilidade:
( ) Deficiência de auxílios à navegação ( ) Cartas ou publicações náuticas
inexatas
( ) Cartas ou publicações náuticas indisponíveis para o trecho
( ) Atos Ilícitos
( ) Operações do rebocador (quando do reboque da embarcação em análise)
( ) Defeito ou operação incorreta em equipamento ou instalação de terra
( ) Outras causas externas
( ) Causa Desconhecida
42 - Falhas que contribuíram para a causa do evento inicial:
( ) Relativas ao elemento humano
( ) Fadiga ( ) Stress ( ) Ingestão de Álcool ( ) Ingestão de
Medicamentos
( ) Excessiva carga de trabalho ( ) Comunicação deficiente ( ) Aborrecimento
( ) Falta de conhecimento profissional ( ) Falta de experiência
( ) Pânico / medo diante de situação adversa ( ) Desordem mental ou emocional
( ) Problema visual ( ) Problema de audição ( ) Doenças e ferimentos
( ) Outras. Quais?
( )Relativas ao suporte técnico e material
( ) Equipamento não disponível ( ) Aspectos ergonômicos deficientes
( ) Erro de projeto (outros que não ergônomicos) ( ) Manutenção e reparo
inadequados
( ) Outras. Quais?
( ) Relativas a procedimentos organizacionais
( ) Gestão da segurança deficiente ou inexistente ( ) Supervisão deficiente
( ) Procedimentos e instruções deficientes ou inexistentes ( ) Treinamento
deficiente
( ) Seleção inadequada de pessoal ( ) Planejamento deficiente
( ) Outras. Quais?
( )Relativa ao ambiente de trabalho
( ) Movimento do navio(balanço e caturro) ( ) Ruído excessivo ( ) Vibração
excessiva
( ) Tripulação de segurança reduzida ( ) Temperatura excessiva ( ) Umidade
excessiva
( ) Outras. Quais?
43 - Tipo de fatalidade /ferimento(quando aplicável):
( ) Afogamento ( ) Traumatismo ( ) Queimadura ( ) Choque elétrico
( ) Escalpelamento ( ) Fratura ( ) Escoriação ( ) Intoxicação
( ) Indeterminada ( ) Outro. Qual?.........................................................................
44 - Falhas que contribuíram para a fatalidade/desaparecimento/ferimento (quando
aplicável):
( ) falta de colete salva-vidas a bordo ( ) difícil acesso a colete salva-vidas
( ) falta de uso efetivo de colete salva-vidas em embarcações miúdas
- 1-AS-4 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
( ) excesso de lotação (falta de coletes salva-vidas para todos)
( ) uso de colete salva-vidas em desacordo com as normas
( ) desconhecimento sobre manuseio de colete salva-vidas/embarcação de
sobrevivência
( ) não guarnecimento do colete salva-vidas por falta de tempo
( ) falta de embarcação de sobrevivência ( ) difícil acesso à saída da embarcação
em perigo
( ) falta de equipamento de proteção individual
( ) falta de extintor portátil
( ) dificuldade de transitar a bordo devido ao projeto
( ) dificuldade de transitar a bordo devido ao excesso de carga
( ) falta de procedimentos de emergência previamente estabelecidos
( ) desconhecimento de normas de segurança do trabalho pelo
comandante/responsável
( ) inobservância de normas de segurança do trabalho pelo comandante/responsável
( ) desconhecimento de normas de segurança do trabalho pela própria vítima
( ) inobservância de normas de segurança do trabalho pela própria vítima
( ) falta de atenção da própria vítima ( ) excesso de confiança da própria vítima
( ) ato voluntário da própria vítima ( ) ausência de normas sobre o assunto
( )inobservância do contido no SOLAS (quando aplicável). Regra:
( ) desconhecimento de requisitos, especificações ou procedimentos previstos em
NORMAM
( ) inobservância de requisitos, especificações ou procedimentos previstos em
NORMAM. Qual?
( ) nenhuma ( ) indeterminada ( ) outras. Quais?
45- Falhas que contribuíram para a ocorrência de poluição (quando aplicável):
( ) inobservância do contido na MARPOL (quando aplicável). Regra:
( ) desconhecimento de requisitos, especificações ou procedimentos previstos em
NORMAM
( ) inobservância do requisitos, especificações ou procedimentos contidos nas
NORMAM
( ) ausência de normas sobre o assunto
( ) nenhuma ( ) outras. Quais?
46- Medidas Preventivas adotadas: (descreva-as)
( ) educativa
( ) normativa
- 1-AS-5 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 1-AS
( ) restritiva
OBS.:
1) Responder somente os itens que se aplicarem à embarcação objeto de análise.
2) Deve ser preenchido um QPA para cada embarcação envolvida no
acidente/fato.
3) Devem ser anexadas fotos esclarecedoras, quando disponíveis.
- 1-AS-6 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
- 2-A-1 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
Prefácio
Histórico
3. Essas resoluções foram reunidas e ampliadas pela Organização com a adoção do Código
para a Investigação de Acidentes e de Incidentes Marítimos. A Resolução A.884(21)
(Emendas ao Código para a Investigação de Acidentes e de Incidentes Marítimos,
Resolução A.849(20)), adotada em novembro de 1999, ampliou o Código, fornecendo
diretrizes para a investigação de fatores humanos.
5. A soberania de um Estado costeiro se estende além das suas terras e das suas águas
interiores, por toda a extensão do seu mar territorial.* Essa jurisdição dá ao Estado Costeiro
um direito inerente de investigar acidentes marítimos, e incidentes marítimos, relacionados
com o seu território. A maioria das Administrações nacionais possui dispositivos legais que
tratam da investigação de um acidente marítimo ocorrido dentro de suas águas interiores e
do seu mar territorial, independentemente da bandeira do navio.
- 2-A-2 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
* É feita referência à Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar (UNCLOS), Artigo
2, ou às exigências do direito internacional e consuetudinário.
Adoção do Código
1.1 O propósito deste Código é proporcionar uma abordagem comum a ser adotada pelos
Estados na realização de investigações de segurança marítima de acidentes marítimos e de
incidentes marítimos. As investigações de segurança marítima não procuram atribuir culpa
nem determinar responsabilidades. Em vez disto, uma investigação de segurança marítima,
como definido neste Código, é uma investigação realizada com o propósito de impedir que
no futuro ocorram acidentes marítimos e incidentes marítimos. Este Código considera que
este propósito será alcançado através dos Estados:
1.3 Este Código reconhece que de acordo com os instrumentos da Organização, todo
Estado de Bandeira tem o dever de realizar uma investigação de qualquer acidente que
ocorra a qualquer dos seus navios, quando julgar que aquela investigação pode ajudar a
determinar que alterações podem ser desejáveis que sejam feitas nas presentes regras, ou
se aquele acidente produziu um efeito danoso de grandes proporções ao meio ambiente. O
Código leva em conta também que um Estado de Bandeira deverá * fazer com que seja
aberta uma investigação, por uma ou mais pessoas adequadamente qualificadas, de certos
acidentes marítimos, ou de certos incidentes marítimos de navegação em alto-mar. No
entanto, o Código reconhece também que quando ocorre um acidente marítimo, ou um
incidente marítimo, no território, incluindo o mar territorial, de um Estado, aquele Estado tem
o direito ** de investigar a causa daquele acidente marítimo, ou incidente marítimo, que
possa oferecer um risco à vida humana ou ao meio ambiente, envolver as autoridades de
busca e salvamento do Estado costeiro, ou afetá-lo de outra maneira.
* É feita referência à Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar (UNCLOS), Artigo
94, ou às exigências do direito internacional e consuetudinário.
** É feita referência à Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar (UNCLOS), Artigo
2, ou às exigências do direito internacional e consuetudinário.
Capitulo 2
DEFINIÇÕES
Quando forem empregados nas normas obrigatórias e nas práticas recomendadas para
investigações de segurança marítima os termos a seguir, eles possuem o seguinte
significado:
2.2 Um fator causal significa ações, omissões, acontecimentos ou condições sem as quais:
2.4 Zona Econômica Exclusiva significa a zona econômica exclusiva como definida
pelo Artigo 55 da Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar.
2.5 Estado de Bandeira significa um Estado cuja bandeira um navio está autorizado a
arvorar.
2.6 Alto-Mar significa o alto-mar como definido no Artigo 86 da Convenção das Nações
Unidas sobre Direito do Mar.
2.7 Parte Interessada significa uma organização, ou uma pessoa, que, como determinado
pelo Estado ou pelos Estados que estão realizando uma investigação de segurança
marítima, possui interesses significativos, direitos ou expectativas legítimas com relação
ao resultado de uma investigação de segurança marítima.
- 2-A-5 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
colocar em perigo a segurança do navio, dos seus ocupantes, de qualquer pessoa ou o
meio ambiente. Um incidente marítimo não inclui, entretanto, um ato ou uma omissão
deliberada com a intenção de causar danos à segurança de um navio, de uma pessoa ou ao
meio ambiente.
.5 uma análise e comentários sobre fatores causais, incluindo quaisquer fatores mecânicos,
humanos e organizacionais;
.1 um dano que:
2.18 Um ferimento grave significa um ferimento que seja sofrido por uma pessoa,
resultando numa incapacitação em que a pessoa fique incapaz de trabalhar normalmente
por mais de 72 horas, a partir de sete dias após a data em que foi sofrido o ferimento.
2.19 Um dano grave ao meio ambiente significa um dano ao meio ambiente que,
como avaliado pelo Estado ou Estados afetados ou pelo Estado da Bandeira, como for
adequado, produza um grande efeito danoso ao meio ambiente.
.2 que seja o Estado Costeiro envolvido num acidente marítimo, ou num incidente marítimo;
ou
.3 cujo meio ambiente tenha sido danificado gravemente, ou de maneira significativa, por um
acidente marítimo (inclusive o meio ambiente de suas águas e de seus territórios
reconhecidos de acordo com o direito internacional); ou
.6 possua à sua disposição informações importantes que o Estado ou os Estados que estão
investigando a segurança marítima considerem úteis para a investigação; ou
.7 que por alguma outra razão crie um interesse que seja considerado significativo pelo
Estado ou Estados que estão investigando a segurança marítima.
2.21 Mar territorial significa o mar territorial como definido pela Seção 2 da Parte II da
Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar.
2.22 Um acidente marítimo muito grave significa um acidente marítimo envolvendo a perda
total do navio ou uma morte, ou danos graves ao meio ambiente.
Capítulo 3
APLICAÇÃO DOS CAPÍTULOS CONTIDOS NAS PARTES II E III
3.1 A Parte II deste Código contém normas obrigatórias para as investigações de segurança
marítima. Algumas cláusulas só se aplicam em relação a certas categorias de acidentes
marítimos e só são obrigatórias para as investigações de segurança marítima daqueles
acidentes marítimos.
3.2 As cláusulas contidas na Parte III deste Código podem se referir a cláusulas contidas
nesta parte que só se aplicam a certos acidentes marítimos. As cláusulas contidas na
Parte III podem recomendar que essas cláusulas sejam aplicadas nas investigações de
segurança marítima de outros acidentes marítimos, ou de outros incidentes marítimos.
Capítulo 4
AUTORIDADE DE INVESTIGAÇÃO DE SEGURANÇA MARÍTIMA
4.1 O Governo de cada Estado deverá fornecer à Organização informações detalhadas para
contato com a Autoridade, ou Autoridades, de investigação de segurança marítima que estão
realizando investigações de segurança marítima em seu Estado.
Capítulo 5
NOTIFICAÇÃO
5.1 Quando um acidente marítimo ocorre em alto-mar ou uma zona econômica exclusiva, o
Estado da bandeira de um navio, ou de navios envolvidos, deverá notificar outros Estados
substancialmente interessados logo que for razoavelmente possível.
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NORTEC-09/DPC
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Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
5.2 Quando um acidente marítimo ocorre no território, incluindo o mar territorial, de um
Estado costeiro, o Estado da Bandeira e o Estado Costeiro deverão notificar um ao outro e
juntos notificar outros Estados substancialmente interessados, logo que for razoavelmente
possível.
5.3 A notificação não deverá ser retardada devido à falta de informações completas.
5.4 Formato e conteúdo: a notificação deverá conter a maior quantidade das seguintes
informações, uma vez que são facilmente disponíveis:
Capítulo 6
EXIGÊNCIA DE INVESTIGAR ACIDENTES MARÍTIMOS MUITO GRAVES
6.1 Deve ser realizada uma investigação de segurança marítima na ocorrência de qualquer
acidente marítimo muito grave.
Capítulo 7
ACORDO DO ESTADO DA BANDEIRA COM OUTRO ESTADO SUBSTANCIALMENTE
INTERESSADO PARA REALIZAR UMA INVESTIGAÇÃO DE SEGURANÇA MARÍTIMA
7.1 Sem restringir o direito dos Estados realizarem separadamente a sua própria
investigação de segurança marítima quando ocorrer um acidente marítimo no território,
incluindo o mar territorial de um Estado ou Estados da Bandeira envolvidos no acidente
marítimo e o Estado Costeiro deverão realizar consultas para buscar um acordo no qual o
Estado ou Estados serão os Estados Investigadores de Segurança Marítima de acordo com
uma exigência, ou com uma recomendação para investigar, feita com base neste Código.
7.2 Sem restringir o direito dos Estados realizarem separadamente a sua própria
investigação de segurança marítima se ocorrer um acidente marítimo em alto-mar ou na
zona econômica exclusiva de um Estado, e aquele incidente envolver mais de um Estado da
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NORTEC-09/DPC
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Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
Bandeira, os Estados deverão realizar consultas para buscar um acordo no qual o Estado ou
Estados serão Estados Investigadores de Segurança Marítima de acordo com uma
exigência, ou com uma recomendação para investigar, feita com base neste Código.
7.3 Para um acidente marítimo mencionado no parágrafo 7.1 ou 7.2, pode ser obtido um
acordo pelos Estados pertinentes com outro Estado substancialmente interessado, para que
aquele Estado ou Estados sejam Estados Investigadores de Segurança Marítima.
7.5 Participando plenamente de uma investigação de segurança marítima realizada por outro
Estado substancialmente interessado, o Estado da Bandeira será considerado como
cumprindo as suas obrigações de acordo com este Código, com a Regra I/21 da SOLAS e
com o Artigo 94, seção 7 da Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar.
Capítulo 8
PODERES DE UMA INVESTIGAÇÃO
8.1 Todos os Estados deverão assegurar que as suas leis nacionais proporcionem ao
investigador, ou investigadores, que estão realizando uma investigação de segurança
marítima, a capacidade de entrar a bordo de um navio, entrevistar o comandante e a
tripulação e qualquer outra pessoa envolvida, e obter material relativo a provas para os
efeitos de uma investigação de segurança marítima.
Capítulo 9
INVESTIGAÇÕES PARALELAS
9.1 Quando o Estado ou Estados que estão investigando a segurança marítima estiverem
realizando uma investigação de segurança marítima de acordo com este Código, nada
prejudica o direito de outro Estado substancialmente interessado realizar separadamente a
sua própria investigação de segurança marítima.
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NORTEC-09/DPC
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Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
Capítulo 10
COOPERAÇÃO
Capítulo 11
INVESTIGAÇÃO NÃO SUJEITA A UMA DIREÇÃO EXTERNA
Capítulo 12
OBTENÇÃO DE PROVAS DE MARÍTIMOS
12.1 Quando uma investigação de segurança marítima precisar que um marítimo forneça a
ela uma prova, a prova deverá ser obtida na primeira oportunidade possível. Deverá ser
permitido que o marítimo volte para o seu navio, ou que seja repatriado na primeira
oportunidade possível. Os direitos humanos dos marítimos deverão ser sempre preservados.
12.2 Todos os marítimos dos quais se pretende obter uma prova deverão ser informados da
natureza e da base da investigação de segurança marítima. Além disto, um marítimo do qual
se pretende obter uma prova deverá ser informado dos seguintes aspectos, e deverá ser
permitido que tenha acesso a uma assessoria jurídica com relação a esses aspectos:
.1 qualquer possível risco de que possam incriminar-se em quaisquer processos posteriores
à investigação de segurança marítima;
.3 qualquer proteção concedida ao marítimo para impedir que a prova seja usada contra ele,
se fornecer a prova à investigação de segurança marítima.
Capítulo 13
MINUTA DOS RELATÓRIOS DE INVESTIGAÇÕES DE SEGURANÇA MARÍTIMA
13.1 Sujeito ao disposto nos parágrafos 13.2 e 13.3, e quando for solicitado, o Estado ou
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NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
Estados Investigadores de Segurança Marítima deverão enviar uma minuta do relatório a um
Estado substancialmente interessado, para permitir que aquele Estado faça
comentários sobre a minuta do relatório.
Capítulo 14
RELATÓRIOS DAS INVESTIGAÇÕES DE SEGURANÇA MARÍTIMA
Capítulo 15
RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVAS
15.2 Qualquer investigador que faça parte de uma investigação de segurança marítima
deverá ser designado com base nos conhecimentos apresentados na Resolução A.996(25)
para investigadores.
15.4 Qualquer pessoa que seja um investigador numa investigação de segurança marítima,
ou que esteja auxiliando uma investigação de segurança marítima, deve ser obrigada a
trabalhar de acordo com este Código.
Capítulo 16
PRINCÍPIOS DA INVESTIGAÇÃO
16.1 Independência: Uma investigação de segurança marítima não deve ter opiniões
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NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
preconcebidas, para assegurar que haja um fluxo livre de informações para ela.
16.1.1 Para obter o resultado mencionado no parágrafo 16.1, o investigador ou
investigadores que estiverem realizando uma investigação de segurança marítima devem
ter independência funcional:
.2 de qualquer pessoa que possa tomar uma decisão de adotar uma medida administrativa
ou disciplinar contra uma pessoa ou organização envolvida num acidente marítimo, ou num
incidente marítimo; e
.3 de processos judiciais.
16.4.2 As provas para as quais deve ser proporcionado um pronto acesso abrangem:
.1 vistorias e outros registros mantidos pelo Estado da Bandeira, pelos armadores e pelas
sociedades classificadoras;
.3 provas que possam ser fornecidas por vistoriadores do governo, oficiais da guarda
costeira, operadores do serviço de tráfego de embarcações, práticos ou outro pessoal
marítimo.
Capítulo 17
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES MARÍTIMOS
(EXCETO DE ACIDENTES MARÍTIMOS MUITO GRAVES) E DE INCIDENTES
MARÍTIMOS
17.1 Deve ser realizada uma investigação de segurança marítima de acidentes marítimos
(exceto de acidentes marítimos muito graves, que são tratados no Capítulo 6 deste Código)
e de incidentes marítimos pelo Estado da bandeira de um navio envolvido, se for
considerado provável que aquela investigação vá fornecer informações que possam ser
utilizadas para impedir que no futuro ocorram acidentes marítimos e incidentes marítimos.
Capítulo 18
FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO AO PROCURAR OBTER
UM ACORDO COM BASE NO CAPÍTULO 7 DA PARTE II
18.1 Quando o Estado ou Estados da Bandeira, um Estado costeiro (se estiver envolvido),
ou outros Estados substancialmente interessados estiverem procurando chegar a um
acordo, de acordo com o Capítulo 7 da Parte II, pelo qual um Estado ou Estados irão realizar
a investigação de segurança marítima com base neste Código, os seguintes fatores devem
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NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
ser levados em consideração:
Capítulo 19
ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA
Capítulo 20
NOTIFICAÇÃO ÀS PARTES ENVOLVIDAS E INÍCIO DE UMA INVESTIGAÇÃO
20.1 Quando tem início uma investigação de segurança marítima de acordo com este
Código, o comandante, o armador e o agente de um navio envolvido no acidente marítimo,
ou no incidente marítimo, que está sendo investigado devem ser informados logo que
possível sobre:
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NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
.2 a hora e o local em que terá início a investigação de segurança marítima;
20.3 Reconhecendo que qualquer navio envolvido num acidente marítimo, ou num incidente
marítimo, pode continuar em serviço, e que um navio não deve ser retardado mais do que
for absolutamente necessário o Estado ou Estados que estiverem realizando a
investigação de segurança marítima devem dar início àquela investigação o mais cedo
que for razoavelmente possível, sem retardar desnecessariamente o navio.
Capítulo 21
COORDENAÇÃO DE UMA INVESTIGAÇÃO
21.1 As recomendações apresentadas neste capítulo devem ser aplicadas de acordo com os
princípios estabelecidos nos Capítulos 10 e 11 deste Código.
.3 fazer sugestões com relação às provas, fazer comentários e ter suas opiniões
adequadamente expressas no relatório final; e
* A referência feita a “na medida do possível” deve ser interpretada como significando, por
exemplo, que a cooperação ou a participação é limitada porque a legislação nacional faz
com que seja impossível cooperar ou participar plenamente.
21.5 O Estado da bandeira de um navio envolvido num acidente marítimo, ou num incidente
marítimo, deve colaborar de modo a facilitar que tripulação fique à disposição do
investigador, ou investigadores, que estiverem realizando a investigação de segurança
marítima.
Capítulo 22
COLETA DE PROVAS
.1 os recursos disponíveis;
Capítulo 23
SIGILO DAS INFORMAÇÕES
.1 for necessário ou desejável fazê-lo para fins de segurança do transporte, sendo levado
em consideração qualquer impacto sobre a disponibilidade futura de informações de
segurança para uma investigação de segurança marítima; ou
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NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
marítimo.
23.2 Os Estados envolvidos numa investigação de segurança marítima de acordo com este
Código devem assegurar que qualquer registro de segurança marítima que esteja em seu
poder não seja divulgado em processos criminais, cíveis, disciplinares ou administrativos, a
menos que:
* Os exemplos de quando pode ser adequado divulgar informações contidas num registro
de segurança marítima em processos criminais, cíveis, disciplinares ou administrativos
podem abranger:
- quando uma pessoa que for objeto do processo tiver realizado a ação com a intenção
de causar um resultado nocivo; ou
- quando uma pessoa que for objeto do processo estivesse ciente de que iria haver um
risco significativo de que ocorresse um resultado nocivo e, levando em consideração as
circunstâncias conhecidas para ele ou para ela, tivesse conhecimento de que era
injustificável correr o risco.
.2 quando for adequado nas circunstâncias, o Estado que forneceu o registro de segurança
marítima para a investigação de segurança marítima autorizar a sua divulgação.
23.3 Os registros de segurança marítima só devem ser incluídos no relatório final, ou nos
seus apêndices, quando forem pertinentes à análise do acidente marítimo, ou do incidente
marítimo. As partes dos registros que não forem pertinentes e que não forem incluídas no
relatório final não devem ser divulgadas.
Capítulo 24
PROTEÇÃO A TESTEMUNHAS E A PARTES ENVOLVIDAS
24.1 Se for exigido por lei que uma pessoa forneça provas que possam incriminá-la, com a
finalidade de serem utilizadas numa investigação de segurança marítima, deve ser impedido,
até onde a legislação nacional permitir, que as provas sejam admitidas em processos cíveis
- 2-A-20 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
ou criminais contra aquela pessoa.
24.2 Uma pessoa da qual se procure obter provas deve ser informada sobre a natureza e a
base da investigação. Deve ser permitido que essa pessoa tenha acesso a um
assessoramento jurídico, e que seja informada sobre:
Capítulo 25
MINUTA DO RELATÓRIO E RELATÓRIO FINAL
25.2 Quando for solicitado, e quando for possível, o Estado ou Estados que estão
investigando a segurança marítima devem enviar uma cópia da minuta de um relatório da
investigação de segurança marítima às partes interessadas, para comentários. Esta
recomendação não será aplicada, entretanto, quando não houver garantias de que a parte
interessada não vá disseminar, fazer com que seja disseminado, publicar ou dar acesso à
minuta do relatório da investigação de segurança marítima, ou a qualquer parte daquele
relatório, sem a autorização expressa do Estado ou Estados que estão investigando a
segurança marítima.
25.4 Quando for permitido pela legislação nacional do Estado que está elaborando o
relatório da investigação de segurança marítima, deve ser impedido que a minuta e o
- 2-A-21 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-A
RESOLUÇÃO MSC.255(84)
relatório final sejam admissíveis como prova em processos relacionados ao acidente
marítimo, ou ao incidente marítimo, que possam levar a medidas disciplinares, condenação
criminal ou determinação de responsabilidade cível.
Capítulo 26
REABERTURA DE UMA INVESTIGAÇÃO
26.1 O Estado ou Estados que estavam investigando a segurança marítima, e que tiverem
concluído aquela investigação, devem reconsiderar as suas conclusões e considerar a
reabertura das investigações quando for apresentada uma nova prova que possa alterar
substancialmente a análise e as conclusões a que chegaram.
26.2 Quando for apresentada ao Estado ou Estados que estavam investigando a segurança
marítima, e que a tinham concluído, uma nova prova significativa relativa a qualquer acidente
marítimo, ou incidente marítimo, a prova deve ser bem analisada e enviada para outros
Estados substancialmente interessados para que tomem as medidas adequadas.
*******************
- 2-A-22 -
NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-B
PREFERENCIAL
P-
DE (OM)
PARA PRTCOS
INFO COMDN
GRNC
BT
ALFA – Nº IMO, nome, tipo de navio, tonelagem bruta, comprimento total, sociedade
classificadora, proprietário, operador e Estado de Bandeira;
- 2-B-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-C
MARINHA DO BRASIL
ASSINATURA
NOME
POSTO
Superintendente de Segurança do Tráfego Aquaviário
- 2-C-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
Anexo 2-D
b) Lista de Abreviaturas
d) Sinopse
e) Informações Gerais
- 2-D-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
Anexo 2-D
indicativo de chamada internacional, comprimento total, comprimento entre
perpendiculares, comprimento de regra, boca, pontal, arqueação bruta, arqueação
líquida, calado carregado, deslocamento carregado, porte bruto, deslocamento leve,
altura máxima, capacidades dos tanques de carga, detalhes das dimensões das
máquinas e combustível empregado;
- Fotografia (s) da(s) embarcação (ões)
- Dados do proprietário, armador e operador
- Companhia identificada no certificado de gerenciamento da segurança
- Sociedade classificadora e notação de classe
- P&I
- Certificação da(s) Embarcação (ões) envolvida(s) no acidente
- Detalhes da Viagem (Porto de partida e data, porto de destino e data prevista
para chegada, tipo de viagem (Internacional ou cabotagem), carga a bordo, prático a
bordo)
- condições da viagem prévias ao acidente ou incidente, destacando se foi
inspecionado, quando, onde e por quem
- 2- D-2- NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
Anexo 2-D
contribuir para o perfeito entendimento da descrição).
j) Consequências do Acidente
- Danos Pessoais
- Danos ambientais
- Danos materiais
- 2- D-3- NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-E
MARINHA DO BRASIL
NOME DA OM
Gr. Indicador
No
Local e Data
NOME
POSTO
CARGO
ASSINADO DIGITALMENTE
Cópias:
ComDN c/anexo
- 2-E-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
O conteúdo desta seção devem ser tratado como orientações para auxiliar os investigadores
cooperando na investigação. Os investigadores devem ter em mente as informações exigidas
no âmbito da IMO sobre comunicação de acidentes e incidentes marítimos.
- 2-F-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
1.2 Documentos a serem produzidos
(Nota: Todos os documentos que possam ter relevância para o inquérito devem ser
produzidos. Sempre que possível os documentos originais devem ser mantidos, caso
contrário uma fotocópia autenticada e datada deve ser tomada.
Registo do navio
Porto no qual a viagem começou e porto onde a viagem deveria terminar (e datas) Detalhes
da carga, paióis, água fresca, água de lastro e de consumo
Último porto e data da partida
Calados (AV, AR e meio-navio) e bandas
Porto de destino no momento da ocorrência
Qualquer incidente durante a viagem que possa ter influenciado materialmente o
acidente/ incidente em investigação, ou qualquer ocorrência incomum que possa ou não
parecer relevante para o acidente/ incidente Planos e layout do navio, incluindo os espaços
de carga, tanques de resíduos, tanques de combustível, de lastro e de óleo lubrificante
(diagramas do Certificado IOPP - International Oil Pollution Prevention)
- 2-F-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
Quaisquer outros fatores, a bordo ou pessoais, que podem ter afetado o sono
Se fumante, e em caso afirmativo, a quantidade
Uso habitual de álcool
O consumo de álcool imediatamente antes do incidente e nas últimas 24 horas
Qualquer medicação em uso
Qualquer ingestão de remédios não prescritos
Registros de testes de drogas e álcool
- 2-F-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
- 2-F-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
Gravador de rumos
Luzes e sinais diurnos conduzidos e operados a bordo, e aqueles observados no outro navio
Sinais sonoros, incluindo sinais de nevoeiro, transmitidos pelo navio e quando, e os
ouvidos do outro navio e quando foram transmitidos e/ou percebidos
Se uma escuta foi mantida no VHF canal 16, ou em outras frequências, e quaisquer
mensagens enviadas, recebidas ou ouvidas
Número de radares de bordo e quantos estavam operacionais no momento do acidente,
juntamente com os alcances utilizados em cada radar
Se navegando manualmente ou em automático
Verificar se o governo estava funcionando corretamente
Detalhes da vigilância – havia ou não, quem estava escalado
As partes de cada navio que primeiro entraram em contato e o ângulo entre os navios naquele
instante
Natureza e extensão dos danos
Conformidade com a exigência legal de dar o nome e a nacionalidade do navio e aguardar
após colisão
2.3 Encalhe
- 2-F-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
observações celestes ou terrestres, GPS, rádio, radar ou outra, ou por linhas de sondagens
e, se não foram tomadas, porque não Plotagem na Carta Náutica e Datum
Condições do tempo, marés e outras correntes experimentadas posteriormente
Efeitos sobre a agulha magnética de quaisquer cargas magnéticas, perturbações elétricas ou
atração local
Radar (es) em uso e alcances utilizados, e evidências de monitoramento do desempenho do
radar
Cartas Náuticas, roteiros e avisos aos navegantes relevantes mantidos, se as correções
foram efetuadas e quando e, se for o caso, se os alertas que eles continham foram
observados
Sondagens de profundidades realizadas, quando e por que meios Sondagens dos tanques
realizadas, quando e por que meios Calados do navio antes do encalhe e como foram
determinados Posição do encalhe e como foi determinada
Causa e natureza de qualquer falha de máquinas ou do governo antes do encalhe
Prontidão dos ferros, seu uso e se foi efetivo
Natureza e extensão das avarias
Ações tomadas e movimentos do navio após o encalhe
(Nota: as informações exigidas em casos de naufrágio também podem ser exigidas para o
encalhe)
2.4 Naufrágio
Tipo de poluente.
Número UN e classe do perigo (se aplicável). Tipo de embalagem (se aplicável). Quantidade
- 2-F-6 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
a bordo.
Quantidade perdida.
Método de estiva e armazenamento.
Onde arrumadas e as quantidades em cada compartimento / container. Tanques / espaços
violados.
Tanques / espaços susceptíveis de ser violados. Medidas tomadas para evitar novas perdas.
Medidas tomadas para reduzir a poluição.
Dispersante ou neutralizador utilizado, se foi o caso. Restrições/ controle da expansão, se
aplicável.
2.6 Podem surgir ocasiões onde provas físicas podem estar disponíveis e que poderão
requerer uma análise científica. Alguns exemplos são o petróleo, tinta, peças de máquinas
e equipamentos e partes ou peças da estrutura.
2.7 Antes da remoção, essas provas devem ser primeiramente fotografadas “in situ”. A
amostra deve em seguida ser fotografada em um fundo claro antes de ser acondicionada em
um recipiente apropriado limpo (garrafas de vidro, saco plástico, recipiente de lata, etc). Os
recipientes devem ser selados e claramente marcados, mostrando o conteúdo, nome do
navio, localização onde a prova foi coletada, a data e o nome do investigador. Para os itens
de equipamentos e máquinas, cópias dos respectivos certificados devem ser obtidos.
2.8 Onde amostras de tinta forem coletadas para fins de identificação em casos de
abalroamento e colisão, uma amostra da tinta do balde utilizado na pintura utilizada pelo
navio na data do acidente também deve ser obtida, se possível.
- 2-F-7 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
Os investigadores devem ter em mente que outros órgãos e/ou agências governamentais,
como a alfândega, vigilância sanitária, ANTAQ, Receita Federal, Polícia Federal e outras
autoridades do Estado, podem ter informações úteis relativas às listas de tripulantes, o
estado geral do navio, as listas de carga (incluindo o álcool a bordo), os certificados do navio,
etc.
O modelo a seguir deve ser utilizado pelos investigadores de acidentes marítimos para a
coleta das atividades realizadas pelo pessoal diretamente envolvido com o acidente/
incidente em questão (ver item 1.4). Para cada envolvido deverá ser preenchido um modelo
separadamente.
Dados do envolvido
Nome:
Posto/
Graduação:
Qualificações:
Cursos/ Treinamentos:
Endereço, telefones,
email:
Empresa contratante: (nome, endereço, telefones, email): Data e Local de Embarque:
Tempo de viagem:
D X = dia do acidente
X - Hora do acidente
A – Alimentação
S – Serviço
M – Manutenção
D – Descanso Dormindo)
C – Carregamento
R – Recreação, incluindo tempo em terra
A – Ingestão de bebida alcoólica
- 2-F-8 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-F
Saúde:
Assuntos pessoais:
- 2-F-9 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
1.3 A análise de acidentes e incidentes marítimos que têm ocorrido nos últimos 30 anos levou
a comunidade marítima internacional, e os vários setores envolvidos com a segurança da
navegação, a evoluir a partir de uma abordagem que se centra sobre os requisitos técnicos
para a concepção de navios e equipamentos para outra que visa reconhecer e mais
plenamente abordar o papel dos fatores humanos na segurança marítima no âmbito de
toda a indústria naval. Essas análises indicaram que, dado o envolvimento do ser humano
em todos os aspectos da atividade marítima, incluindo a concepção, fabricação, gestão,
operação e manutenção das embarcações de todos os tipos, quase todos os acidentes e
incidentes envolvem fatores humanos.
1.4 Uma forma que a comunidade marítima tem procurado abordar a contribuição do fator
humano com os acidentes e incidentes marítimos tem sido a de enfatizar o treinamento
adequado e a certificação das tripulações dos navios. Tornou-se cada vez mais claro, no
entanto, que a formação é apenas um aspecto do fator humano. Há outros fatores que
contribuem para acidentes e incidentes marítimos que deve ser entendida, investigada e
tratada, como por exemplo as comunicações, competência, cultura, experiência, fadiga,
saúde, consciência situacional, stress e condições de trabalho.
1.5 Os fatores humanos que contribuem para acidentes e incidentes podem ser amplamente
definido como os atos ou omissões, intencionais ou não, que prejudicam o bom
funcionamento de um sistema ou o bom desempenho de uma. Compreender os fatores
humanos, portanto, requer um estudo e análise do projeto do equipamento, a interação do
operador humano com os equipamentos e os procedimentos seguidos pela tripulação
e pela gestão.
1.6 Foi reconhecido que há uma necessidade crítica de orientação para os investigadores de
acidentes, que irá ajudá-los a identificar os fatores humanos específicos que contribuíram
para acidentes e incidentes marítimos. Há também a necessidade de fornecer
informações práticas sobre as técnicas e procedimentos para a coleta e análise
sistemáticas de informações sobre fatores humanos durante as investigações. Essas
orientações procuram para satisfazer essas necessidades. Eles incluem uma lista de
- 2-G-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
1.7 Estas orientações devem resultar em uma maior sensibilização por todos os envolvidos na
indústria naval do papel que os fatores humanos desempenham em acidentes e incidentes
marítimos. Esta consciência deve levar a medidas pró-ativas por parte da comunidade
marítima, que por sua vez, deverá resultar na preservação de vidas, navios, carga e na
proteção do ambiente marinho.
1.8 Estas orientações aplicam-se, tanto quanto a legislação nacional permitir, para a
Investigação de Segurança de Acidentes e Incidentes Marítimos (ISAIM) em que um ou
mais Estados têm um interesse substancial porque o acidente ou incidente envolve um
navio de sua bandeira ou ocorreu em sua área de sua jurisdição.
2.1.1 Uma abordagem sistemática para a Etapa 1 é fundamental para garantir que as
informações críticas não sejam esquecidas ou perdidas, e que uma análise detalhada
possa ser feita. Essa primeira etapa de investigação de fatores humanos é a coleta de
informações relacionadas com o trabalho relativas ao pessoal, tarefas, equipamentos e
às condições ambientais envolvidas na ocorrência. Uma abordagem sistemática para
esta etapa é crucial para garantir que uma análise detalhada seja possível e que as
exigências logísticas de coletar, organizar e manter um banco de dados relevantes
relacionados com a ocorrência sejam cumpridas.
2.1.2 A Etapa 2 envolve a organização dos dados coletados na Etapa 1 para desenvolver
uma sequência de eventos e circunstâncias.
acidente. Pode haver vários atos, decisões e / ou condições inseguras que são
potenciais candidatos a provocar um acidente.
2.1.4 A Etapa 4 é iniciada de forma a especificar o tipo de erro ou violação envolvido em cada
ato ou decisão insegura. Esta parte do processo é realizada com a colocação da simples
pergunta "O que está equivocado ou errado sobre a ação ou decisão que eventualmente
se tornou insegura?". A identificação do tipo de erro ou violação envolve duas sub-etapas
a saber:
O engano é uma ação involuntária que a falha envolve atenção. O lapso é uma
ação involuntária que a falha envolve memória. O engano e o lapso são considerados
erros na execução.
Um erro é uma ação intencional, mas não há decisão deliberada de agir contra uma
regra ou plano. É considerado um erro no planejamento.
Já uma transgressão é uma falta de planejamento, onde uma decisão deliberada de
agir contra uma regra ou plano foi feita. Transgressões de rotinas ocorrem todos os dias
quando as pessoas regularmente modificam ou não cumprem rigorosamente os
procedimentos de trabalho, muitas vezes por causa de serem mal formuladas ou mal
definidas. Em contraste, uma transgressão excepcional tende a ser uma violação única
de uma prática de trabalho, tal como onde os regulamentos de segurança são
ignorados para se realizar uma tarefa. Mesmo assim, a intenção não era a cometer um
ato maligno, mas apenas para fazer o trabalho.
2.1.5 Na Etapa 5 o foco está em descobrir os fatores fundamentais (ou subjacentes) do ato,
decisão ou condição insegura de um indivíduo ou grupo. Importante para o processo é a
noção de que para cada fator fundamental pode haver um ou mais atos, decisões ou
- 2-G-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
Todas as alusões feitas a acidente marítimo nestas orientações também referem-se aos
incidentes marítimos. Um acidente pode resultar em lesão grave, doença, dano ou
impacto ambiental e, por vezes, todos os quatro.
Estudos têm demonstrado que os acidentes podem ter muitos fatores contribuintes e que
muitas vezes existem causas distantes do local do acidente. A correta identificação das
causas requer uma investigação oportuna e metódica, que vai muito além da evidência
imediata.
Uma investigação deve ser conduzida imediatamente após o acidente. A qualidade das
provas, em especial a precisão das recordações das testemunhas, pode se deteriorar
rapidamente com o tempo. Segundo disposto no item 0203 alínea b da NORTEC-
09/DPC, a ISAIM deve ser iniciada até 5 (cinco) dias, contados da data em que um dos
Agentes da Autoridade Marítima houver tomado conhecimento da ocorrência de acidente
marítimo muito grave em sua área de jurisdição. O mesmo prazo será observado no caso
de ISAIM para acidente grave ou incidente marítimo.
Sempre que possível, o local da ocorrência deve ser deixado inalterado até que a equipe
de investigação o inspecione. Se isso não for possível devido à necessidade de fazer
reparos essenciais e imediatos após danos estruturais graves por exemplo, o cenário
deverá ser documentado por fotografias, gravações em vídeo, desenhos ou quaisquer
outros meios relevantes disponíveis com o objetivo de preservação da prova e possibilitar
recriar as condições em data posterior. De particular importância é o registro da posição
dos indivíduos no local, a condição e posição dos equipamentos.
Resumidamente é de suma importância a preservação da “memória” do acidente.
- 2-G-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
As informações básicas devem ser obtidas antes de visitar o local da ocorrência. Essas
informações podem incluir no mínimo:
procedimentos para o tipo de operação;
registros de instruções ou binformações específicas dadas sobre o trabalho a ser
investigado;
planos e diagramas do navio com a localização do acidente;
estrutura de comando e as pessoas envolvidas;
mensagens, instruções, etc, transmitidos a partir da sede da empresa em relação
ao trabalho;
particularidades do navio; e
quaisquer outras informações relevantes que possam permitir ao investigador
entender o contexto do acidente.
2.2.5.1 O método de busca dos fatos (Fact-finding), enquanto conduzindo uma investigação
inclui, mas não está limitado, às seguintes atividades:
inspecionar o local;
coleta ou gravação de evidências físicas;
entrevista de testemunhas, tendo em conta as diferenças culturais e de linguagem
(locais e externas);
análise dos documentos, procedimentos e registros;
realização de estudos especializados (quando necessário);
identificação de conflitos nas evidências;
identificação das informações que faltam, e
registro dos fatores fundamentais e das possíveis causas.
2.2.5.2 Seguindo-as à busca dos fatos a ISAIM inclui a sua análise, conclusões e
recomendações de segurança.
2.2.6.1 O objetivo desta fase da investigação é recolher tantos fatos quanto possível, que
possam auxiliar na compreensão do acidente e os acontecimentos ao seu redor. O
âmbito de qualquer investigação pode ser dividido em cinco áreas:
pessoas;
ambiente;
equipamentos;
procedimentos; e
organização.
- 2-G-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
2.2.6.2 Condições, ações ou omissões de cada uma dessas áreas devem ser identificadas, já
que poderiam ser fatores contribuintes para o acidente ou para uma lesão posterior,
perdas ou danos.
2.2.6.4 Listas de Verificação (Checklists) para a investigação são muito úteis nas fases iniciais
para manter toda a gama de possibidades em mente, mas elas geralmente não cobrem
todos os aspectos possíveis de uma investigação. Quando Listas de Verificação são
utilizadas suas limitações devem ser claramente entendidas.
2.2.6.5 Nos estágios iniciais de uma investigação normalmente o foco está sobre as condições e
atividades próximas ao acidente e apenas as causas primárias, também conhecidas
como "falhas ativas", são geralmente identificadas nesta fase. No entanto, condições ou
circunstâncias subjacentes a estas causas, conhecidas como "falhas latentes", também
devem ser investigadas.
2.2.6.6 Um fator a ser considerado durante uma investigação é uma mudança recente. Em
muitos casos, verificou-se que alguma mudança ocorreu antes de um acidente que,
combinando com outros fatores causais já está presentes, serviu para iniciar a
ocorrência. Mudanças de pessoal, organização, processos, procedimentos e
equipamentos devem ser investigados, especialmente a entrega do controle e instruções,
bem como a comunicação de informações sobre a mudança para aqueles que
precisavam saber.
2.2.6.7 O efeito de ciclos e pressões de trabalho pode ter um impacto sobre o desempenho de
um indivíduo antes de uma ocorrência. O impacto das pressões sociais e domésticas (o
chamado erro de execução) relacionadas ao comportamento de um indivíduo não deve
ser menosprezado.
2.2.6.8 A informação deve ser verificada sempre que possível. Declarações prestadas por
testemunhas diferentes podem entrar em conflito e mais provas podem ser necessárias.
Para garantir que todos os fatos serão descobertos, as perguntas "quem?, o quê?,
quando?, onde?, por quê? e como?" devem ser feitas.
2.2.7 Condução de entrevistas
2.2.7.1Uma entrevista deve começar com a apresentação pelo entrevistador, do propósito da
investigação e da entrevista, e o possível uso futuro que pode ser feito do conhecimento
e material obtido durante a entrevista. Os investigadores devem pautar-se pelo disposto
na legislação nacional e nas NORMAM e NORTEC-09/DPC sobre a presença dos
advogados ou terceiros, durante uma entrevista.
2.2.7.2As pessoas devem ser entrevistadas individualmente e ser convidadas a discorrer passo-
a-passo sobre os eventos em torno do acidente, descrevendo tanto as suas próprias
ações e as ações de terceiros. O entrevistador deve ter em conta a cultura e a
- 2-G-6 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
língua do entrevistado.
2.2.7.4Se a investigação é um esforço de equipe, grande cuidado deve ser tomado para não
fazer com que a testemunha se sinta intimidada por entrevistadores demais. A
experiência internacional tem demonstrado que as entrevistas podem ser efetivamente
realizadas por dois entrevistadores.
2.2.7.7Ao final de uma entrevista as declarações prestadas devem ser resumidas para se
certificar de que não existem mal-entendidos. Uma declaração por escrito pode ser
feita e isso pode ser discutido com a testemunha para esclarecer eventuais
anomalias. Com relação a entrega de cópias das declarações às testemunhas, caso
sejam prestadas por escrito, valem as mesmas orientações sobre entrega de cópias
de depoimentos da NORMAM E NORTEC-09/DPC, aplicáveis aos Inquéritos
Administrativos sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN).
2.2.8 Seleção dos entrevistados
Não existem regras rígidas e rápidas para a seleção de quem entrevistar, e o que se
segue é apresentado somente a título de exemplo:
- 2-G-7 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
O diagrama a seguir apresenta uma série de fatores que podem impactar direta
ou indiretamente no comportamento humano e na performance em potencial para
realizar tarefas
- 2-G-8 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
atitude
habilidade, perícia e conhecimento (resultado de treinamento e experiência)
personalidade/ condição psicológica (condições mentais e estado emocional)
condição física (aptidão física, drogas, medicamentos, álcool, fadiga, stress,
alimentação...)
atividades exercidas anteriormente ao acidente
tarefas atribuídas na hora do acidente
comportamento / atitude na hora do acidente
- 2-G-9 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
Projeto
Estado da manutenção
Equipamentos (disponibilidade e confiabilidade)
Características da carga, incluindo armazenagem, manuseio e cuidados
Certificados
Política de recrutamento
Política de segurança e filosofia (cultura, atitude e confiança)
Compromisso da Administração com a segurança
Programação dos períodos de licença
Política geral de gestão
Programação dos Portos
Acordos e convênios contratuais e/ ou trabalhistas
Atribuição de direitos
Comunicações Navio-Terra
2.4 Análise
Uma vez que os fatos foram coletados, eles precisam ser analisados para ajudar a
estabelecer a sequência de eventos na ocorrência, e para chegar a conclusões sobre as
deficiências de segurança detectadas pela investigação. A análise é uma atividade
disciplinada que emprega a lógica e o raciocínio para construir uma ponte entre a
informação factual e as conclusões.
Numa investigação, as lacunas na informação que não podem ser preenchidas são
geralmente respondidas por extrapolação lógica e por hipóteses racionais. Nesse caso o
que for extrapolação e/ou hipótese deve ser claramente mencionado. Apesar dos melhores
esforços, a análise pode não conduzir a conclusões firmes. Nestes casos, as hipóteses
mais prováveis devem ser apresentadas.
- 2-G-10 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
Após a busca dos fatos e a análise deve ser possível apresentar uma descrição da
ocorrência, seus antecedentes, a hora em que aconteceu e os eventos que levaram a
ela. A descrição deve incluir os seguintes elementos:
as condições meteorológicas;
a operação envolvida no evento;
o equipamento em uso, as suas capacidades, desempenho e eventuais falhas;
a localização do pessoal-chave e suas ações imediatamente antes do incidente;
os regulamentos e instruções pertinentes;
os perigos fora de controle;
mudanças de pessoal, procedimentos, equipamentos ou processos que possam
ter contribuído para a ocorrência;
que garantias estavam ou não estavam em vigor no local para evitar o acidente;
resposta à ocorrência (primeiros socorros, desligamento de equipamentos,
combate a incêndios, evacuação, busca e salvamento);
ações de tratamento médico tomadas para atenuar os efeitos da ocorrência
e da condição das pessoas feridas, especialmente se lesões incapacitantes ou
mortes aconteceram;
controle de avarias incluindo salvamento;
inventário de todas as consequências da ocorrência (lesões, perdas, avarias ou
danos ambientais); e
condição geral do navio.
desvios operacionais;
aspectos do projeto de falha estrutural do casco;
defeitos em recursos e equipamentos;
uso inadequado dos recursos e equipamentos;
níveis relevantes de habilidade do pessoal e sua aplicação;
fatores fisiológicos (por exemplo, fadiga, estresse, álcool, drogas ilegais,
medicamentos sob prescrição);
porque as salvaguardas em vigor foram inadequados ou falharam;
papel dos programas de segurança;
problemas relativos à eficácia dos regulamentos e instruções;
questões de gestão; e
problemas de comunicação.
Em resumo os fatores ativos são os eventos finais ou circunstâncias que levaram a uma
ocorrência. Seu efeito é muitas vezes imediato, pois ocorrem diretamente na defesa do
sistema (por exemplo, sistema de alarme desativado) ou no local das atividades
produtivas, que resulte indiretamente na violação das defesas do sistema (por exemplo, o
uso de um procedimento errado).
Já os fatores fundamentais (ou subjacentes) podem residir tanto no pessoal quanto nos
níveis organizacionais, pois eles podem estar presentes nas condições que existem
- 2-G-11 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-G
- 2-G-12 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-H
QUESTÕES DE BORDO
1 Política de segurança
Há quanto tempo você foi designado para este navio? Você pediu que sua
permanência fosse prolongada ou encurtada?
Há quanto tempo você ocupa sua função na tripulação? Que outras funções
você já exerceu neste navio?
Há quanto tempo você recebeu o certificado indicando as suas qualificações?
Antes de ser designado para este navio, você trabalhou em outros navios? Se
assim for, que funções você exerceu?
Qual foi o tempo mais longo que você passou no mar em uma única viagem?
Quanto tempo você tem estado no mar nesta viagem? Qual foi a sua viagem mais longa?
6 Condições físicas
Quando foi a última vez que você se sentiu alegre e contente a bordo do
navio, e quais foram as circunstâncias que geraram essa emoção?
Quando foi a última vez você estava triste ou deprimido ou desanimado, a bordo
do navio? Por quê? Você quis falar sobre isso com mais alguém?
- -2 -H-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2-H
Você tem tido que tomar decisões pessoais difíceis recentemente? Você já teve
alguma preocupação financeira ou familiar em sua mente recentemente?
Você tem sido criticado pela forma como você está fazendo seu trabalho
ultimamente? Por quem?
A crítica foi justificada?
Qual foi a situação mais constrangedora que você teve que lidar durante a
viagem? Foi a menos de 12 meses do acidente? Quando é que a situação que você
relatou melhorou e como foi resolvida?
Quais são as disposições contratuais para os membros da tripulação?
Têm havido quaisquer reclamações ou ações trabalhistas nos últimos meses?
Você considera sua área pessoal a bordo do navio confortável? Se não, como
você gostaria que ela fosse melhorada?
Antes do acidente, você teve alguma dificuldade para repousar por causa de
mau tempo, níveis de ruído, calor ou frio, movimentos do navio, etc.?
12 Tripulação
17 Tripulação
19 Designação de tarefas
21 Política de segurança
23 Instalações de recreação
- -2 -H-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
A ASSEMBLÉIA,
- 2-I-1 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
acidentes e resultam em medidas corretivas, incluindo um melhor treinamento, com o
propósito de melhorar a segurança da vida humana no mar e a proteção do ambiente
marinho,
- 2-I-2 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
1 INTRODUÇÃO
2 DEFINIÇÕES
- 2-I-3 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
Evento Uma ação, omissão ou outros acontecimentos.
2.2 O diagrama a seguir ilustra como uma sequência de eventos que levam a uma
ocorrência de acidente seria classificada usando os termos acima.
- 2-I-4 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
AE AE CE E AE E CE
CF
CF CF
acoplamento Falta de
Vibração falha manutenção
Questão de
segurança
CF
Falta de
manutenção AE = EVENTO DO ACIDENTE
CE = EVENTO CAUSAL DO
ACIDENTE
CF = FATOR CONTRIBUINTE
E = EVENTO
SD SD = DEFICIÊNCIA DE
SEGURANÇA
- 2-I-5 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
3.2 Todos os investigadores que atendem a um local de acidente marítimo deve
ter conhecimento suficiente em segurança pessoal, e em especial, observa que
os riscos presentes no local do acidente podem estar bem além daqueles
encontrados em operações normais de navios.
3.3 A autoridade responsável pelas investigações de segurança marítima deve
considerar o desenvolvimento de um programa de treinamento formal para garantir que
os seus investigadores adquiram o conhecimento necessário, entendimento e
proficiência na investigação de segurança marítima.
4 NOTIFICAÇÃO E COOPERAÇÃO
4.3 Se um acordo segundo o capítulo 7 do Código não pode ser alcançado, os Estados
envolvidos devem procurar compartilhar informações factuais, na maior medida do
possível, sendo guiados pelas práticas recomendadas no Código.
5 INVESTIGAÇÃO
5.1.1 Acidentes e incidentes marítimos podem ter muitos fatores causais e existem as
questões de segurança subjacentes muitas vezes distantes do local de acidente. A
identificação adequada desses problemas exige investigação oportuna e metódica,
indo muito além da evidência imediata na busca de condições que podem causar
- 2-I-6 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
futuras ocorrências. A investigação de acidentes ou incidente marítimos, portanto, deve
ser vista como um meio de identificar não apenas os eventos do acidentes, mas
também as deficiências de segurança na gestão geral de operação da política até a
sua implementação, bem como na regulamentação, vistoria e inspeção. Por esta razão
as investigações de segurança devem ser amplas o suficiente para atender a esses
imperiosos critérios.
.1 Pessoal;
.2 Meio Ambiente;
.3 Equipamento;
.4 Os processos e procedimentos; e
Uma investigação deve ser realizada o mais cedo possível depois de uma
ocorrência de modo a limitar a perda de provas perecíveis incluindo a testemunhal pela
degradação da memória de testemunhas. Para estar preparado para iniciar
prontamente uma investigação é essencial o Estado investigador tenha um plano de
preparação básico que, entre outras coisas, irá facilitar:
- 2-I-7 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
.3 Identificação das particularmente vulneráveis evidências que devem ser protegidas
logo que possível, incluindo Voyage Data Recorder (VDR), informação, documentação
de locais que por boa razão devem ser deixadas inalteradas até que a equipe chegue,
e repatriação dos tripulantes; e
5.3.3 Ao chegar ao local de acidente, a avaliação do perigo e do risco deve ser revista
para identificar quaisquer riscos adicionais para a equipe e para pôr em prática as
medidas corretivas necessárias antes de a equipe começar seu trabalho.
5.5.2 Coleta de provas também precisa ser ampla o suficiente para cobrir os fatores
humanos, organizacionais e ambientais em relação ao acidente ou incidente. Se um
especialista em fator humano ou organizacional é necessário, é essencial incluir este
especialista o mais cedo possível na equipe de investigação.
- 2-I-8 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
.1 Consulte listas genéricas mantendo-se flexível porque uma prova uma vez recolhida
irá apontar para novas áreas de pesquisa; e
.2 Use um sistema de registo das provas recolhidas (log provas). Isto é particularmente
valioso em investigações complexas ou quando mais de um Estado está envolvido.
5.6.3 Se houver evidências perecíveis e o investigador (s) for se atrasar para chegar ao
local do acidente, pode ser necessário dar instruções para que as evidências sejam
preservadas.
5.7.1 Evidência física pode incluir dados do VDR e outros dispositivos eletrônicos a
bordo, como sistemas eletrônicos de gráficos, unidades centrais de alarme de incêndio,
bem como cartas náuticas, as previsões meteorológicas obtidas a bordo e diários de
bordo. Evidência física pode também incluir amostras técnicas de resíduos de óleo,
tinta ou fogo e peças de máquinas quebradas ou outras peças avariadas.
5.7.2 É essencial que a pessoa que recolha uma evidência eletrônica, documental ou
material seja hábil em aplicar as técnicas de coleta e armazenamento desse tipo de
evidência para evitar a contaminação, uma maior deterioração ou perda.
5.7.3 Algumas informações de grande valor também podem ser obtidas a partir de
fontes externas, tais como CCTV, sistemas de radar da costa e vigilância de rádio e
centros de coordenação de salvamento marítimo. Centros de Serviços de Tráfego
Marítimo (VTS) podem ser capazes de fornecer informações valiosas, incluindo
gravações de tráfego de rádio e informações de AIS.
- 2-I-9 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
.1 Hora e localização;
5.8.3 A entrevista pode ser gravada ou ter registros escritos que podem ser feitos
durante a entrevista. Um registro escrito deve ser discutido com a testemunha para
esclarecer quaisquer anomalias. As informações da testemunha devem ser verificadas
sempre que possível. As declarações feitas por diferentes testemunhas podem entrar
em conflito e pode ser necessária uma entrevista complementar para confirmar os fatos
reais.
- 2-I-10 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
5.10.1 Por vezes, pode ser necessário realizar testes especializados para estabelecer
como acidente ou incidente aconteceu. Isso pode incluir, por exemplo, estudos de
especialistas metalúrgicos de peças de máquinas quebradas, análise de resíduos de
óleo ou tinta, cálculo e reconstrução de uma característica de estabilidade do navio, os
cálculos de amarração, a análise especializada das condições meteorológicas e de mar
no momento e lugar do acidente ou incidente, bem como a utilização de simuladores
para analisar e reconstruir uma sequência de eventos.
- 2-I-11 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
.3 Análise de Segurança e desenvolvimento de recomendações.
5.12 Reconstrução dos eventos de acidentes e suas condições associadas
5.12.1 O primeiro passo na análise é rever a informação factual para esclarecer o que é
ou não é relevante, para assegurar que a informação seja tão completa quanto possível
ou viável. Esta colocação da análise deve ter como objetivo determinar a forma como o
acidente ou incidente marítimo ocorreu. A reconstrução é preferencialmente feita por
meio de um método que permite uma descrição gráfica da sequência de eventos. Isso
é benéfico, uma vez que permite ao investigador discutir e apresentar o caso e em
particular:
- 2-I-12 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
6 RELATÓRIOS
6.2.2 Uma linguagem de não julgamento deve ser usada no relatório, o que reflete o
propósito de reforçar a segurança e a proteção do ambiente marinho. Nomes das
testemunhas e informações pessoais que possam identificá-las devem permanecer
confidenciais.
6.2.3 Na prática normal de investigação, as lacunas na informação que não podem ser
resolvidas normalmente são preenchidas por extrapolação lógica e suposições
razoáveis. Tal extrapolação e suposições devem ser identificadas e uma declaração da
medida de segurança proporcionada. Apesar dos melhores esforços, a análise não
pode levar a conclusões firmes. Nestes casos, as hipóteses mais prováveis devem ser
apresentadas.
6.2.5 Sempre que se verifique durante uma investigação que há uma deficiência de
segurança que apresenta um sério risco potencial a vidas, a navios ou ao ambiente,
devem ser tomadas medidas para informar as pessoas ou organizações responsáveis
pela gestão do risco. Isto pode assumir a forma de uma recomendação de segurança
provisória ou algum outro meio de correspondência. É importante não atrasar a
divulgação de medidas para enfrentar esses riscos de segurança até a conclusão da
investigação.
- 2-I-13 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
6.3 Consulta
6.4 Publicação
- 2-I-14 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
APÊNDICE
QUESTÕES A BORDO
- 2-I-15 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
7 A saúde física
• Os sintomas da doença experimentada nas 72 horas antes da ocorrência.
• Medicamentos tomados (prescritos e não prescritos).
• Descrição da última refeição consumida antes da ocorrência; o que comeu e
quando.
• Descrição da existência e regularidade da rotina de exercícios.
• Detalhes de quaisquer recentes exames médicos, doenças ou lesões.
• Detalhes de qualquer medicação regular ou irregular, tanto prescritos e não
prescritos.
• Descrição da qualidade da visão (por exemplo, lentes corretivas).
• Descrição da qualidade da audição (por exemplo, aparelhos auditivos).
• Nome e contato do seu médico pessoal.
8 A saúde mental
• Período de tempo gasto longe da família ou entes queridos.
• Emoções extremas em qualquer momento nos dias antes da ocorrência; por
exemplo, sentimentos de extrema tristeza, raiva, preocupação, medo (perguntas
com uso de escala (1 a 10) para determinar o nível.
- 2-I-17 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
9 Relações de trabalho
• As amizades e / ou apoio de outros membros da tripulação.
• Os conflitos e / ou conflitos com outros membros da tripulação ou supervisores.
• A confiança nos outros membros da tripulação.
• As barreiras linguísticas que interferem no desempenho do trabalho.
• Clareza de funções e responsabilidades com outros membros da tripulação.
10 As condições de emprego
• Os acordos contratuais.
• As reclamações ou ação industrial e sistemas para a resolução destas
reclamações.
• As recentes alterações das condições de trabalho.
11 Política de Segurança
• Consciência da política de segurança da empresa.
• Procedimentos do navio para lidar com questões de segurança; métodos de
comunicação de informações e para abordar questões de segurança.
• O treinamento de segurança; tipo, natureza e frequência.
• Exercícios de emergência; tipo, natureza e frequência.
• Equipamento de proteção individual (EPI) fornecido.
• Registros e / ou conhecimento de acidentes pessoais ou lesões antes da
ocorrência.
12 Níveis de pessoal
• Suficiência de pessoal / equipagem níveis a bordo.
• Alocação adequada de membros da tripulação a direitos.
• Alterações aos níveis normais de pessoal / equipagem.
13 Ordens permanentes
• Ordens permanentes do Comandante; para todos ou parte dos membros da
tripulação.
• Como são as ordens comunicadas.
- 2-I-18 - NORTEC-09/DPC
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Mod 1
ANEXO 2- I
• As ordens estão de acordo com as políticas da companhia?
18 Níveis de pessoal
• Políticas e práticas para a determinação dos níveis de capacitação dos tripulantes
a bordo do navio da empresa.
• A eficácia destas políticas e práticas.
19 Cessão de direitos
• Políticas da empresa para determinar práticas de serviço de quarto e outros
deveres a bordo do navio.
• As práticas de serviço reais.
- 2-I-19 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1
ANEXO 2- I
22 Instalações recreativas
• Políticas e práticas da empresa para a prestação de assistência social e serviços
de lazer a bordo.
24 Exigências nacionais/internacionais
• Adequação das convenções internacionais aplicáveis e regulamentos do Estado
de bandeira.
• Eficácia da implementação pelo Estado de bandeira dos requisitos e
recomendações das convenções internacionais aplicáveis.
• O cumprimento dos requisitos e recomendações das convenções internacionais
aplicáveis e regulamentos do Estado de bandeira.
*********************************
- 2-I-20 - NORTEC-09/DPC
REV. 1
Mod 1