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CURSO DE
PROTEÇÃO
E DEFESA CIVIL

DISCIPLINA: AÇÕES DE GRD ENVOLVENDO BARRAGENS


INSTRUTOR: MAJ BM AQUINO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO;
2. CONCEITOS;
3. MÉTODOS CONSTRUTIVOS;
4. CLASSIFICAÇÃO DAS BARRAGENS DE REJEITO;
5. SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITO DE
MINERAÇÃO;
6. PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL DE BARRAGEM DE
MINERAÇÃO (PAEBM);
7. O PAPEL DO CBMMG NESTE CONTEXTO;
8. RECAPITULAÇÃO;
9. AVALIAÇÃO;
10. CONCLUSÃO.
1. INTRODUÇÃO
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1) Objetivos:

Ao finalizar esta lição o participante será capaz de:

- Descrever os principais conceitos relacionados às barragens de rejeito de mineração;

- Descrever os métodos construtivos de uma barragem de rejeito de mineração;

- Descrever os aspectos relacionados à segurança de barragens de rejeito de mineração;

- Descrever as características do Plano de Ação Emergencial de Barragem de Mineração;

- Explicar o papel do CBMMG no contexto das barragens de rejeito de mineração.


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2. CONCEITOS
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- Lei Nacional nº 12.334, de 20 de setembro de 2010: Política Nacional de Segurança de


Barragens (PNSB) destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição
final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais, define barragem
como sendo:

“qualquer estrutura em um curso permanente ou temporário de água para fins de contenção ou


acumulação de substâncias líquidas ou de misturas de líquidos e sólidos, compreendendo o
barramento e as estruturas associadas”.
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A Portaria nº 70. 389, de 17 de maio de 2017, do então DNPM, hoje ANM:

Art. 2º Para efeito desta Portaria consideram-se:


II. Barragens de Mineração: barragens, barramentos, diques, cavas com barramentos construídos,
associados às atividades desenvolvidas com base em direito minerário, construídos em cota superior
à da topografia original do terreno, utilizados em caráter temporário ou definitivo para fins de
contenção, acumulação, decantação ou descarga de rejeitos de mineração ou de sedimentos
provenientes de atividades de mineração com ou sem captação de água associada, compreendendo
a estrutura do barramento e suas estruturas associadas, excluindo-se deste conceito as barragens de
contenção de resíduos industriais;
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Lei Nacional nº 12.334, de 20 de setembro de 2010:

Art. 4o São fundamentos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB):

I - a segurança da barragem, consideradas as fases de planejamento, projeto, construção, primeiro


enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação, descaracterização e usos futuros;
(Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)
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Lei Nacional nº 12.334, de 20 de setembro de 2010:

Art. 4o São fundamentos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB):

III - a responsabilidade legal do empreendedor pela segurança da barragem, pelos danos


decorrentes de seu rompimento, vazamento ou mau funcionamento e, independentemente da
existência de culpa, pela reparação desses danos; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)
3. MÉTODOS
CONSTRUTIVOS
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Fonte: IBRAM
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Fonte: IBRAM
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Fonte: IBRAM
4. CLASSIFICAÇÃO
DAS BARRAGENS
DE REJEITO
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Lei 12.334/2010:

Art. 7º As barragens serão classificadas pelos agentes fiscalizadores, por categoria de risco,
por dano potencial associado e pelo seu volume, com base em critérios gerais estabelecidos
pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). - Barragem de rejeito: Portaria
70.389.
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O artigo 5º da Portaria nº 70.389/2017 do DNPM define que:

Art. 5º As barragens de mineração serão classificadas pelo DNPM em


consonância com o art. 7º da Lei nº 12.334/2010 de acordo com o quadro de
classificação quanto a Categoria de Risco e ao Dano Potencial Associado, nas
classes A, B, C, D e E, constante no Anexo I.
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- No que diz respeito à categoria de risco, “as barragens são classificadas de


acordo com a pontuação estabelecida em função dos aspectos geométricos e
estruturais que influenciam na estabilidade da estrutura” (FERNANDES, 2017, p.
124).

- Através do somatório de pontos, a categoria de risco pode ser classificada


como alta, média ou baixa.
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- Em relação ao dano potencial associado, o sistema de classificação leva


em consideração os seguintes aspectos: volume do reservatório; existência
de população à jusante; impacto ambiental e o impacto econômico.

- Através do somatório de pontos, o dano potencial associado pode ser


classificado em alto, médio ou baixo.
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Classificação da FEAM:

A norma determina os critérios para a definição do porte da barragem e do reservatório


(pequeno, médio e grande porte). Além disso, a norma define cinco critérios para
determinar a classificação de uma barragem, a saber:

a) Altura do maciço;
b) Volume do reservatório;
c) Ocupação humana a jusante da barragem;
d) Interesse ambiental na área a jusante da barragem;
e) Instalações na área a jusante da barragem.
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Considerando os valores atribuídos aos critérios acima mencionados, as


barragens podem ser classificadas nas seguintes categorias:

a) Classe I: baixo potencial de dano ambiental;


b) Classe II: médio potencial de dano ambiental;
c) Classe III: alto potencial de dano ambiental.
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5. SEGURANÇA DE
BARRAGENS DE REJEITO
DE MINERAÇÃO
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A Lei Nacional nº 12.334/2010 define segurança de barragem como “condição


que vise manter a sua integridade estrutural e operacional e a preservação da
vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente”.
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Lei 12.334/2010:

Art. 1º [...]
Parágrafo único. Esta Lei aplica-se a barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer
usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais que
apresentem pelo menos uma das seguintes características:
I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 15m (quinze
metros);
II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000m³ (três milhões de metros cúbicos);
III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis;
IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto, em termos econômicos, sociais,
ambientais ou de perda de vidas humanas, conforme definido no art. 6º.
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Art. 6 São instrumentos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB):


I - o sistema de classificação de barragens por categoria de risco e por dano potencial
associado;
II - o Plano de Segurança de Barragem;
III - o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);
IV - o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sinima);
V - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
VI - o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais;
VII - o Relatório de Segurança de Barragens.
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Art. 8º O Plano de Segurança da Barragem deve compreender, no mínimo, as seguintes


informações:
I - identificação do empreendedor;
II - dados técnicos referentes à implantação do empreendimento, inclusive, no caso de
empreendimentos construídos após a promulgação desta Lei, do projeto como construído, bem
como aqueles necessários para a operação e manutenção da barragem;
III - estrutura organizacional e qualificação técnica dos profissionais da equipe de segurança da
barragem;
IV - manuais de procedimentos dos roteiros de inspeções de segurança e de monitoramento e
relatórios de segurança da barragem;
V - regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem;
VI - indicação da área do entorno das instalações e seus respectivos acessos, a serem
resguardados de quaisquer usos ou ocupações permanentes, exceto aqueles indispensáveis à
manutenção e à operação da barragem;
VII - Plano de Ação de Emergência (PAE), quando exigido;
VIII - relatórios das inspeções de segurança;
IX - revisões periódicas de segurança.
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O Plano de Ação de Emergência (PAE), também conhecido como Plano de Ação Emergencial
de Barragem de Mineração (PAEBM), citado no inciso VII do artigo acima apresentado, deve
integrar o Plano de Segurança de Barragem quando se tratar de barragens com Dano
Potencial Associado alto, ou quando exigido pela Agência Nacional de Mineração (antigo
DNPM), conforme determina os parágrafos do artigo 9º da Portaria nº 70.389/2017 do DNPM
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A Portaria nº 70.389/2017 do DNPM define a Zona de Autossalvamento (ZAS) como sendo:

Região do vale à jusante da barragem em que se considera que os avisos de alerta à


população são da responsabilidade do empreendedor, por não haver tempo suficiente para
uma intervenção das autoridades competentes em situações de emergência, devendo-se
adotar a maior das seguintes distâncias para a sua delimitação: a distância que
corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação igual a trinta minutos ou
10 km.
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Zona de Salvamento (Segurança) Secundária - ZSS:

Região constante do Mapa de Inundação, não definida como ZAS.


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Portaria 70.389:

Art. 37. O empreendedor, ao ter conhecimento de uma situação de


emergência expressa no art. 36, deve avaliá-la e classificá-la, por intermédio
do coordenador do PAEBM e da equipe de segurança de barragens, de
acordo com os seguintes Níveis de Emergência:
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Nível 1 – Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima de 10


(dez) pontos em qualquer coluna do Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto
à Categoria de Risco (1.2 - Estado de Conservação), do Anexo V, ou seja,
quando iniciada uma Inspeção de Segurança Especial ( e para qualquer outra
situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura;
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Nível 2 – Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida no inciso


I for classificado como “não controlado”, de acordo com a definição do § 1º do art.
27 desta Portaria; ou

Nível 3 – A ruptura é iminente ou está ocorrendo.


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Art. 38. Quando a emergência for de Nível 3, estando, ao menos, em situação


de iminência de ruptura, sem prejuízo das demais ações previstas no PAEBM e
das ações das autoridades públicas competentes, o empreendedor é
obrigado a alertar a população potencialmente afetada na ZAS, de forma
rápida e eficaz, utilizando os sistemas de alerta e de avisos constantes no
PAEBM.
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§ 1º A forma rápida e eficaz a que se refere o caput, compreende, mas


não se limita, à instalação de sirenes nas áreas afetadas pela
inundação, devendo estar integrada à estrutura de monitoramento e alerta
da barragem de mineração.
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§ 2º Caso a Defesa Civil estadual ou federal solicite formalmente, o


empreendedor deve manter sistema de alerta ou avisos à população
potencialmente afetada na Zona de Segurança Secundária, de acordo
com o pactuado previamente com o citado órgão e após verificada de forma
conjunta a sua eficácia, em consonância com a Portaria nº 187, de 26 de
outubro de 2016, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil ou
normativo que venha a sucedê-lo.
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Institui a política estadual de segurança de barragens


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Art. 1º – Fica instituída a política estadual de segurança de barragens [...]

Parágrafo único – Esta lei aplica-se a barragens destinadas à acumulação ou à disposição final
ou temporária de rejeitos e resíduos industriais ou de mineração e a barragens de água ou
líquidos associados a processos industriais ou de mineração, que apresentem, no mínimo, uma
das características a seguir:

I – altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 10m
(dez metros);

II – capacidade total do reservatório maior ou igual a 1.000.000m³ (um milhão de metros


cúbicos);

III – reservatório com resíduos perigosos;

IV – potencial de dano ambiental médio ou alto, conforme regulamento.


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Art. 3º – O empreendedor é o responsável pela segurança da barragem,


cabendo-lhe o desenvolvimento das ações necessárias para garantir a
segurança nas fases de planejamento, projeto, instalação, operação e
desativação e em usos futuros da barragem.
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Art. 7º – No processo de licenciamento ambiental de barragens, deverão ser atendidas as seguintes


exigências, sem prejuízo das obrigações previstas nas demais normas ambientais e de segurança e de
outras exigências estabelecidas pelo órgão ou pela entidade ambiental competente:

I – para a obtenção da Licença Prévia, o empreendedor deverá apresentar, no mínimo:


[...]

b) plano de segurança da barragem contendo, além das exigências da PNSB, no mínimo, Plano de
Ação de Emergência – PAE –, observado o disposto no art. 9º, análise de performance do sistema e
previsão da execução periódica de auditorias técnicas de segurança;
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Art. 9º – O Plano de Ação Emergência – PAE –, a que se refere a alínea "b" do


inciso II do caput do art. 7º, será submetido à análise do órgão ou da
entidade estadual competente e a divulgação e a orientação sobre os
procedimentos nele previstos ocorrerão por meio de reuniões públicas em
locais acessíveis às populações situadas na área a jusante da barragem, que
devem ser informadas tempestivamente e estimuladas a participar das
ações preventivas previstas no referido plano.
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§ 1º – Constarão no PAE a previsão de instalação de sistema, de alerta


sonoro ou outra solução tecnológica de maior eficiência, capaz de alertar e
viabilizar o resgate das populações passíveis de serem diretamente
atingidas pela mancha de inundação, bem como as medidas específicas
para resgatar atingidos, pessoas e animais, mitigar impactos ambientais,
assegurar o abastecimento de água potável às comunidades afetadas e
resgatar e salvaguardar o patrimônio cultural.
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§ 2º – O PAE ficará disponível no empreendimento, no órgão ambiental


competente e nas prefeituras dos municípios situados na área a jusante da
barragem, e suas ações serão executadas pelo empreendedor da barragem
com a supervisão dos órgãos ou das entidades estaduais e municipais de
proteção e defesa civil.
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Art. 12 – Fica vedada a concessão de licença ambiental para construção,


instalação, ampliação ou alteamento de barragem em cujos estudos de
cenários de rupturas seja identificada comunidade na zona de
autossalvamento.
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§ 1º – Para os fins do disposto nesta lei, considera-se zona de autossalvamento a porção do


vale a jusante da barragem em que não haja tempo suficiente para uma intervenção da
autoridade competente em situação de emergência.
§ 2º – Para a delimitação da extensão da zona de autossalvamento, será considerada a maior
entre as duas seguintes distâncias a partir da barragem:

I – 10km (dez quilômetros) ao longo do curso do vale;

II – a porção do vale passível de ser atingida pela onda de inundação num prazo de trinta
minutos.
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§ 3º – A critério do órgão ou da entidade competente do Sisema, a


distância a que se refere o inciso I do § 2º poderá ser majorada para
até 25km (vinte e cinco quilômetros), observados a densidade e a
localização das áreas habitadas e os dados sobre os patrimônios
natural e cultural da região.
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Art. 13 – Fica vedada a concessão de licença ambiental para operação ou


ampliação de barragens destinadas à acumulação ou à disposição final ou
temporária de rejeitos ou resíduos industriais ou de mineração que utilizem o
método de alteamento a montante.
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Art. 14 – Além das obrigações previstas na legislação vigente, em especial no


âmbito da PNSB, cabe ao empreendedor responsável pela barragem:
[...]
II – permitir o acesso irrestrito dos representantes dos órgãos ou das
entidades competentes do Sisema e do Sistema Nacional de Proteção e Defesa
Civil – Sinpdec – ao local e à documentação relativa à barragem;
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Art. 26 – Na ocorrência de acidente ou desastre, as ações recomendadas,


a qualquer tempo, pelos órgãos ou pelas entidades competentes e os
deslocamentos aéreos ou terrestres necessários serão custeados pelo
empreendedor ou terão seus custos por ele ressarcidos,
independentemente da indenização dos custos de licenciamento e das taxas
de controle e fiscalização ambientais.
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Regulamenta os procedimentos para análise e aprovação do Plano de


Ação de Emergência – PAE, estabelecido no art. 9º da Lei nº 23.291
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Art. 2º – O PAE tem como objetivos promover a:

I – segurança das pessoas e dos animais;

II – preservação do meio ambiente;

III – salvaguarda do patrimônio cultural.


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Art. 3º – O PAE será analisado e aprovado de forma integrada pelos seguintes órgãos e
entidades:
I – Gabinete Militar do Governador e Coordenaria Estadual de Defesa Civil – GMG-Cedec;
II – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – Iepha-MG;
III – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad;
IV – Fundação Estadual de Meio Ambiente – Feam;
V – Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam;
VI – Instituto Estadual de Florestas – IEF;
VII – Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA.
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Art. 4º – Constarão no PAE a previsão de instalação de sistema de alerta sonoro ou outra


solução tecnológica de maior eficiência capaz de alertar e viabilizar o resgate das populações
passíveis de serem diretamente atingidas pela mancha de inundação, bem como as medidas
específicas para resgatar atingidos, pessoas e animais, mitigar impactos ambientais,
assegurar o abastecimento de água potável às comunidades afetadas e resgatar e
salvaguardar o patrimônio cultural.
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Art. 5º – O PAE, em observância da Política Estadual de Segurança de Barragens,


comporá um plano único e complementar da Política Nacional de Segurança de
Barragens, e será dividido em cinco seções específicas, nos seguintes termos:
I – primeira seção atenderá às exigências das entidades fiscalizadoras identificadas
pela Política Nacional de Segurança de Barragens;
II – segunda seção atenderá às exigências GMG-Cedec;
III – terceira seção atenderá as exigências dos órgãos e das entidades integrantes do
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sisema;
[...]
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Art. 6º – Compete ao GMG-Cedec, no âmbito de suas atribuições legais:

I – definir os critérios e aprovar a seção do PAE referente aos sistemas de alerta e


alarme, resgate e evacuação das pessoas na mancha de inundação;

II – definir com os titulares e concessionários do serviço de abastecimento de água


potável os critérios de abastecimento emergencial às comunidades afetadas, em
articulação com o Igam, no âmbito de suas atribuições legais, e aprovar as ações da
respectiva seção do PAE;
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III – definir, em articulação com o Sisema e o Iepha-MG, os critérios de majoração da Zona


de Autossalvamento – ZAS;

IV – definir os critérios para extensão dos elementos de autoproteção existentes na ZAS aos
locais da Zona de Segurança Secundária – ZSS nos quais os órgãos de proteção e defesa
civil não possam atuar tempestivamente em caso de vazamento ou rompimento da
barragem.
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Art. 7º – Compete aos órgãos e às entidades que compõem o Sisema, no âmbito de suas
atribuições legais:

I – estabelecer a majoração da ZAS, em articulação com os entes de proteção ao patrimônio


cultural;
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Art. 11 – O GMG-Cedec emitirá o Certificado de Conformidade do Plano de Ação de


Emergência – CCPAE, quando o PAE for analisado e aprovado estritamente no âmbito
das competências específicas previstas no art. 6º.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º do Decreto nº 48.133, de 29/1/2021.)

Parágrafo único – O empreendedor deverá apresentar no âmbito do processo


administrativo de licenciamento ambiental, em até trinta dias, contados da sua emissão,
o CCPAE e a respectiva seção do PAE aprovada pelo GMG-Cedec.
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Art. 12 – A seção do PAE referente à ação prevista nos incisos I e II do art. 6º


deverá ser revista junto ao GMG-Cedec a cada três anos, a partir da data
da publicação da LO ou de ato administrativo que autorize a operação.
§ 1º – Após a análise e aprovação pelo GMG-Cedec da seção atualizada do
PAE, será emitido novo CCPAE.
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§ 2º – O PAE deve ser revisto, sob responsabilidade do empreendedor, além das demais
hipóteses normativas aplicáveis, sempre que:

I – houver alguma mudança nos meios e recursos disponíveis para serem utilizados em
situação de emergência;
II – se fizer necessária a verificação e a atualização dos contatos e telefones constantes
no fluxograma de notificações;
III – houver mudanças nos cenários de emergência.
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§ 3º – A revisão do PAE durante o prazo de vigência do CCPAE importará aos empreendedores


na realização de testes e exercícios simulados específicos dos meios e recursos disponíveis
para serem utilizados em situação de emergência, bem como no envio de relatório comprovando
sua efetividade.
§ 4º – A verificação e atualização dos contatos telefônicos durante a vigência do CCPAE não
importará na realização de exercícios simulados durante o prazo de vigência do CCPAE.
§ 5º – O disposto nos §§ 3º e 4º não acarretará a emissão de novo CCPAE.
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Art. 13 – A inobservância do art. 12 acarretará a aplicação de embargo das


atividades, independente de outras ações civis, administrativas e penais e a
reprovação automática do PAE.
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Art. 18 – A reprovação do PAE implicará no seu arquivamento, devendo o empreendedor


protocolar novo documento com as devidas correções, no prazo de trinta dias, conforme
procedimento previsto neste decreto.

§ 1º – Para as barragens em operação, a reprovação do PAE acarretará a aplicação de


embargo das atividades, independente de outras ações civis, administrativas e penais.
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§ 2º – A reprovação do PAE não exime o empreendedor de adotar as ações


necessárias para viabilizar o resgate das populações passíveis de serem
diretamente atingidas pela mancha de inundação, bem como as medidas
específicas para resgatar atingidos, pessoas e animais, mitigar impactos ambientais,
assegurar o abastecimento de água potável às comunidades afetadas e resgatar e
salvaguardar o patrimônio cultural.
6.
PLANO DE AÇÃO
EMERGENCIAL DE
BARRAGEM DE
MINERAÇÃO (PAEBM)
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Estudo de Inundação: estudo capaz de caracterizar adequadamente os


potenciais impactos, provenientes do processo de inundação em virtude de
ruptura ou mau funcionamento da Barragem de Mineração, que deverá ser feito
por profissional legalmente habilitado para essa atividade cuja descrição e
justificativa deverá, necessariamente, constar no PAEBM, sendo de
responsabilidade do empreendedor e deste profissional a escolha da melhor
metodologia para sua elaboração. (Portaria 70.389/2017 – DNPM*)

- Mapa de Inundação / Dam Break.


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Confiabilidade da projeção
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Lei Est.
Lei Portaria 23.291/19
12.334/10 70.389/17 Dec. Est.
48.078/20

PAEBM
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GESTÃO DO RISCO - EMPREENDEDOR Preparação dos envolvidos


para uma emergência
Acompanhamento e
monitoramento da condição de Elaboração dos Planos de
estabilidade da barragem Detecção de situação de
Emergência
alerta e alarme

Análise do risco e Acionamento de sistema de


parâmetros construtivos alerta e alarme

GESTÃO DO DESASTRE
PODER PÚBLICO
Reconstrução das áreas Evacuação e salvamento das
afetadas pessoas, animais e patrimônio

Assistência aos afetados Reestabelecimento dos serviços


essenciais
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PAEBM
Empreendedor
Plano de Contingência
Município
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PAEBM
Empreendedor
Plano de Contingência
- Metodologia para organização e realização de exercícios Município
simulados.
- Apoio no relacionamento com órgãos municipais de
proteção e defesa civil, bem como com as demais - Metodologia para organização e
agências de resposta e emergência. realização de exercícios simulados.
- Disseminação de informações para a população voltadas - Metodologia para elaboração dos
a proteção e autosalvamento. Planos de Contingência.
- Padronização de placas e sinalizações de emergência - Apoio técnico quando solicitado.
Art. 12 da Lei 12.334/10 Portaria 70.389/17 ANM Lei 23.291/19

I - Identificação e análise das possíveis situações de 1. Apresentação e objetivo do PAEBM; Art. 9


emergência; 2. Identificação e contatos do Empreendedor, do § 1º – Constarão no PAE a previsão de
II - Procedimentos para identificação e notificação de Coordenador do PAE e das entidades constantes do instalação de sistema, de alerta sonoro ou
mau funcionamento ou de condições potenciais de Fluxograma de Notificações; outra solução tecnológica de maior eficiência,
ruptura da barragem; 3. Descrição geral da barragem e estruturas associadas; capaz de alertar e viabilizar o resgate das
III - Procedimentos preventivos e corretivos a serem 4. Detecção, avaliação e classificação das situações de populações passíveis de serem diretamente
adotados em situações de emergência, com emergência em níveis 1, 2 e/ou 3; atingidas pela mancha de inundação, bem
indicação do responsável pela ação; 5. Ações esperadas para cada nível de emergência. como as medidas específicas para resgatar
IV - Estratégia e meio de divulgação e alerta para as 6. Descrição dos procedimentos preventivos e corretivos; atingidos, pessoas e animais, mitigar impactos
comunidades potencialmente afetadas em situação 7. Recursos materiais e logísticos disponíveis para uso ambientais, assegurar o abastecimento de
de emergência. em situação de emergência: água potável às comunidades afetadas e
8. Procedimentos de notificação (incluindo o Fluxograma resgatar e salvaguardar o patrimônio cultural.
de Notificação) e Sistema de Alerta;
9. Responsabilidades no PAEBM (empreendedor,
coordenador do PAE, equipe técnica e Defesa Civil);
10. Síntese do estudo de inundação com os respectivos
mapas, indicação da ZAS e ZSS assim como dos pontos
vulneráveis potencialmente afetados;
PAEBM Plano de Contingência
• Descrição da barragem
• Monitoramento Evacuação das áreas Plano de Evacuação Emergencial
• Níveis de alerta e ações • Reestabelecimento dos serviços essenciais
consequentes • Assistência às pessoas
• Acionamento das sirenes

DESASTRE Tempo

Acionamento das
sirenes e Evacuação
das ZAS
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Lei 23.291 de 25 de fevereiro de 2019 – Institui a Política Estadual de Segurança de Barragens

Art. 9
§ 1º – Constarão no PAE a previsão de instalação de sistema, de alerta sonoro ou outra solução
tecnológica de maior eficiência, capaz de alertar e viabilizar o resgate das populações passíveis de
serem diretamente atingidas pela mancha de inundação, bem como as medidas específicas para
resgatar atingidos, pessoas e animais, mitigar impactos ambientais, assegurar o abastecimento de
água potável às comunidades afetadas e resgatar e salvaguardar o patrimônio cultural.

Art. 12 § 3º - área da ZAS pode ser aumentada para até 25 km.


Mas o grande desafio é .....
PAEBM

Que ele seja SIMPLES,


OBJETIVO e esteja
INTERNALIZADO pelos
funcionários e pela
comunidade.
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Status atual imposto pela legislação:

Art. 9º – O Plano de Ação Emergência – PAE –, a que se refere a alínea "b" do inciso II
do caput do art. 7º, será submetido à análise do órgão ou da entidade estadual
competente e a divulgação e a orientação sobre os procedimentos nele previstos
ocorrerão por meio de reuniões públicas em locais acessíveis às populações situadas na
área a jusante da barragem, que devem ser informadas tempestivamente e estimuladas a
participar das ações preventivas previstas no referido plano.
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7. O PAPEL DO
CBMMG NESTE
CONTEXTO
CPDEC
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CPDEC
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8. RECAPITULAÇÃO
CPDEC

1) Objetivos:

Ao finalizar esta lição o participante será capaz de:

- Descrever os principais conceitos relacionados às barragens de rejeito de mineração;

- Descrever os métodos construtivos de uma barragem de rejeito de mineração;

- Descrever os aspectos relacionados à segurança de barragens de rejeito de mineração;

- Descrever as características do Plano de Ação Emergencial de Barragem de Mineração;

- Explicar o papel do CBMMG no contexto das barragens de rejeito de mineração.


9. AVALIAÇÃO

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