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CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

DISCIPLINA: GEOTECNIA AMBIENTAL

PROF: ROSE MARY GONDIM MENDONÇA

TRABALHO DE GEOTECNIA 2016-1 – BARRAGENS

ACADÊMICOS: AVERLANGE RIBEIRO MARTINS

LUCAS DE SOUZA ARAÚJO

PALMAS, 17 de Novembro de 2016


EXERCÍCIOS

1. O que a lei nº 12. 334 de 20 de setembro de 2010 estabelece? (0,25 ponto)

R= A lei 12.334 de 20 de setembro de 2010 estabelece a Política Nacional de


Segurança de Barragens (PNSB) destinadas à acumulação de água para quaisquer
usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos
industriais, cria o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens
(SNISB) e dá outras providências.

2. Quais são os órgãos fiscalizadores previstos nesta lei? E o que eles fiscalizam?
Qual o papel dos órgãos estaduais de meio ambiente nesta lei? (0,75 ponto)

R= De acordo com esta Lei, a fiscalização da segurança de barragens caberá, sem


prejuízo das ações fiscalizatórias dos órgãos ambientais integrantes do Sistema
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama):
1) à entidade que outorgou o direito de uso dos recursos hídricos, observado o domínio
do corpo hídrico, quando o objeto for de acumulação de água, exceto para fins de
aproveitamento hidrelétrico;
2) à entidade que concedeu ou autorizou o uso do potencial hidráulico, quando se
tratar de uso preponderante para fins de geração hidrelétrica;
3) à entidade outorgante de direitos minerários para fins de disposição final ou
temporária de rejeitos;
4) à entidade que forneceu a licença ambiental de instalação e operação para fins de
disposição de resíduos industriais.
Fiscalizam o uso dos recursos hídricos quando o objeto for de acumulação de água,
uso preponderante para fins de geração hidrelétrica, direitos minerários para fins de
disposição final ou temporária de rejeitos e licenças ambientais de instalação e
operação para fins de disposição de resíduos industriais.

3. Como funciona o Sistema Nacional de Informação sobre segurança de


Barragens? (0,25 ponto)
R= O Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB) é
instituído para registro informatizado das condições de segurança de barragens em
todo o território nacional e compreenderá um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de suas informações, devendo contemplar barragens em
construção, em operação e desativadas.

4. O que significa o termo PAE. Explique como ele pode ser implantado. (0,25
ponto)

R= O Plano de Ação de Emergência – PAE é parte integrante de um Programa de


Gerenciamento de Riscos (PGR), de modo que as tipologias acidentais, os recursos e
as ações necessárias para minimizar os impactos possam ser adequadamente
dimensionados. Esse documento define as responsabilidades, diretrizes e informações,
visando à adoção de procedimentos técnicos e administrativos, estruturados de forma a
propiciar respostas rápidas e eficientes em situações emergenciais. O plano implanta
os procedimentos para identificação e notificação de mau funcionamento ou de
condições potenciais de ruptura da barragem, os procedimentos preventivos e
corretivos a serem adotados em situações de emergência, com indicação do
responsável pela ação e estratégias e meio de divulgações e alertas para as
comunidades potencialmente afetadas em situação de emergência.

5. Existem barragens distintas conforme a finalidade. Observe as barragens no


anexo 1. (2,5 pontos)
a) Com base nos critérios listados identifique a sua finalidade e classifique quanto a
categoria de risco e dano potencial. (1,5)
b) Posteriormente, Observe a matriz de categoria de risco e dano potencial,
encontre a classe que ela se integra e verifique na legislação qual a periodicidade
da Revisão Periódica desta Barragem. (0,25)
c) Considerando ainda a classe indique qual a abrangência do plano de segurança
de barragem e seus volumes.(0,25)
d) O número de barragens por empreendedor afeta a implantação do Plano de
Segurança de Barragens de algum modo? (0,25)
e) Se ocorrer alguma alteração na geometria da barragem o que deve ser feito na
condição das barragens de rejeito. Qual a regulação que leva isto em
consideração?(0,25)

Grupo Barragens
Melissa e Hana AeD
Larissa e José BeE
Deyse e Amanda CeF
Averlange e Lucas AeE
Thais e Jorge BeF
Cássio C

RESPOSTA DA QUESTÃO 5:

a)

BARRAGEM E
CRI DPA
CT 4+2+10 3+5+6+3
EC 6+0+2+0
OS 8+1+2+2+4
SOMA: 41 17
FAIXA DE CLASSIF. MÉDIO ALTO
CLASSE B

BARRAGEM A
CRI DPA
CT 1+2+3+5+3+10 3+5+6+3
EC 0+0+3+5+7+0
OS 0+8+0+0+0
SOMA: 47 9
FAIXA MÉDIO BAIXO
CLASSIFICAÇÃO D
b) A barragem E pertence à classe B e a barragem A pertencia à classe D. Em
concordância com a Portaria DNPM Nº 416, de 03 de setembro de 2012, acerca da subseção
“Da Periodicidade da Revisão Periódica de Segurança de Barragem”, tem-se:

PERIODICIDADE DE REVISÃO
BARRAGEM A 10 anos
BARRAGEM E 5 anos

c) Conforme é dito na Portaria DNPM Nº 416, de 03 de setembro de 2012, o Plano de


Segurança de Barragem abrange a todas as barragens que estão cadastradas no Plano Nacional
de Segurança de Barragens, ou seja, as que atendem ao menos um dos items abaixo:
I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior
ou igual a 15m (quinze metros);
II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000m³ (três milhões
de metros cúbicos);
III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas
aplicáveis;
IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto (retificação DOU -
18/12/2012).

O Plano de Segurança de Barragem é composto, obrigatoriamente, por 4 (quatro)


volumes, podendo haver a inserção de mais um quinto volume em casos específicos. Os
quatro volumes são, respectivamente:

I - volume I- Informações Gerais;

II - volume II - Planos e Procedimentos;


III - volume III - Registros e Controles; e
IV - volume IV - Revisão Periódica de Segurança de Barragem.

d) Sim, pois cabendo ao empreendedor gerir o Plano de Segurança de duas ou mais


barragens, haverá um risco de uma gestão mais branda em função de outra(s), aumentando as
possibilidades e chances de desastres. Todos os instrumentos para o cumprimento de Plano de
Segurança de Barragem deverão estar bem atualizados e em concordância com as normas
vigentes, o que aumenta a responsabilidade do empreendedor, que deverá assumir uma
grandeza maior de riscos. É razoável inferir que se houver falhas na inspeção e
monitoramento de uma barragem, possivelmente as outras também podem apresentar as
mesmas condições de risco, já que estão sob responsabilidade de único empreendedor.
(Baseado na Norma da ANA 91)

e) Em caso de modificação nas dimensões ou geometria da barragem, o empreendedor


deverá atualizar os novos dados por meio da apresentação do Relatório Anual de
Lavra (RAL), no prazo fixado pela Portaria DNPM nº 12 , de 2011, ou mediante sua
retificação. Como consequência da atualização das informações cadastrais da
barragem, a classificação das barragens de mineração poderá ser atualizada, a qualquer
tempo, em decorrência da alteração de suas características, características do rejeito
depositado ou da ocupação do vale a jusante que requeiram a revisão da categoria de
Risco ou do Dano Potencial Associado à barragem ou por quaisquer outros motivos a
critério do DNPM.

A regulamentação que leva isto em consideração é a Portaria DNPM Nº 416, de 03 de


setembro de 2012, na seção II do capítulo 1 e seção I do capítulo II.

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