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Memorando nº 54/2021

Assunto: Consulta Pública nº 3/2021 | Minuta da Consolidação dos


Normativos de Segurança de Barragens

No dia 07/07/2021, a Agência Nacional de Mineração (ANM) publicou no Diário Oficial


da União o aviso da Consulta Pública nº 3/2021, que foi acompanhada da minuta da
Consolidação dos Normativos de Segurança de Barragens e está aberta para manifestações1 até
19/08/2021.

A Consulta Pública pretende coletar contribuições da sociedade, do setor regulado e dos


demais órgãos públicos acerca da minuta de Resolução, que, se aprovada, revogará a Portaria
DNPM nº 70.389/2017 e as Resoluções ANM nº 13/2019, 32/2020, 40/2020, 51/2020 e 56/2021,
que até então regulamentam a segurança de barragens de mineração.

Nascido em um contexto de regulamentação das alterações trazidas pela Lei nº


14.066/2020 na Política Nacional de Segurança de Barragens2, o texto proposto traz diversas
modificações e adições às normas atualmente existentes, como a conceituação de alguns
termos (por exemplo, ALARP3 e ECJ4), as alterações na Categoria de Risco (CRI) e a geração de
novas obrigações a serem observadas pelo minerador.

1
As manifestações devem ser feitas no site do Participa ANM:
https://app.anm.gov.br/ParticipaPublico/Site/AudienciaPublica/ConsultarAvisoAudienciaPublica.aspx
2
Lei nº 12.334/2010.
3
As Low As Reasonably Practicable: “tão baixo como razoavelmente exequível”, onde os esforços para a
redução de risco devem ser contínuos até que o sacrifício adicional (em termos de custo-benefício,
viabilidade técnica, tempo, esforço ou outro emprego de recursos) seja amplamente desproporcional à
redução de risco adicional alcançada.
4
Estrutura de Contenção a Jusante: estrutura construída a jusante de uma barragem de mineração, com
o objetivo de reter os efluentes dessa em caso de rompimento ou mau funcionamento.
1
Além disso, de acordo com a proposta, as barragens passarão a serem classificadas
quanto à gestão operacional, de acordo com a pontuação apresentada no Anexo I da minuta de
Resolução, podendo ser de classe AA, A, B, C e D.

Ainda em relação à gestão de segurança, a minuta da consolidação dos normativos traz


o Processo de Gestão de Risco para Barragens de Mineração (PGRBM), aplicável às estruturas
de DPA alto e que deverá ser implementado em até 1 ano, contado da publicação da Resolução.
O PGRBM será um dos volumes do PSB e parte integrante da gestão e da tomada de decisão,
vinculado às operações e processos relacionados às barragens de mineração. Ele será atualizado
com periocidade máxima de 2 anos, ou antes disso, caso ocorra alguma das situações abaixo:

a. Antes de qualquer modificação estrutural, incluindo o processo de


descaracterização.
b. Antes de mudanças nas operações, procedimentos ou instalações que possam
afetar a integridade da estrutura.
c. Sempre que houver incidentes, acidentes ou desastres.
d. Formulada exigência pela ANM.

Também foi inserida a figura do Engenheiro de Registros (EdR), profissional externo à


empresa capaz de assegurar a aplicação dos procedimentos recomendados às boas práticas de
segurança de barragens. O EdR deverá compor a equipe multidisciplinar do PGRBM, se este for
exigível, e avaliará a estrutura continuamente, emitindo relatórios que considerem se os
objetivos de desempenho, parâmetros de segurança, diretrizes, padrões aplicáveis e requisitos
legais vêm sendo alcançados, considerando todo o ciclo de vida da estrutura. Pela proposta de
Resolução, o empreendedor terá até 6 meses para o cadastramento do profissional no SIGBM,
após entrada em vigor da norma5.

Outra novidade trazida pela minuta é a criação do Cadastro Nacional Técnico em


Barragens de Mineração (CNTBM), que compreende o credenciamento de pessoas físicas e
jurídicas habilitadas a executar ações técnicas em segurança de barragens de mineração junto a
ANM. A proposta traz os requisitos mínimos a serem preenchidos pelas empresas e profissionais
para passarem a integrar o CNTBM, quais sejam:

5
O mesmo prazo de 6 meses é indicado para situações de reclassificação de barragem para DPA Alto,
contados da reclassificação.
2
Para as empresas

i. Ter equipe multidisciplinar que possua conhecimento para atuação em diversas


áreas da barragem de mineração, contendo, minimamente, profissionais com
conhecimentos em geologia, geotecnia, hidrologia, hidráulica e engenharia de
barragens com experiência profissional em serviços de consultoria, assessoria e/ou
auditoria técnica independente, elaboração, supervisão e/ou fiscalização de
projetos e/ou obras de barragens e em avaliação de segurança de barragens em
sua área de atribuição/habilitação.

ii. Ter Código de Ética implementado na empresa.

iii. Ter Certificado de Pessoa Jurídica no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia


(CREA).

Para os profissionais

i. No que se refere a habilitação profissional, ter:

a. Especialização, mestrado ou doutorado em geotecnia, ou engenharia de


barragens ou segurança de barragens ou equivalente, reconhecido pelo MEC;
ou

b. Especialização, mestrado ou doutorado em hidrologia ou hidráulica ou


equivalente, reconhecido pelo MEC.

ii. Ser membro de organização profissional reconhecida que possua Código de Ética,
devendo seguir tal Código de Ética deste Conselho.

iii. Ter experiência em estudos, projetos, planos, manuais de dimensionamento,


implantação, segurança, monitoramento, manutenção ou operação de barragens.

iv. Ter conhecimento detalhado de manuais utilizados no Brasil e em outros países


sobre “Avaliação da Segurança de Barragens” e “Inspeção de Barragens”.

3
A inscrição no CNTBM deverá ser realizada no SIGBM e a elaboração e o envio de
diversos documentos6 estarão restritos aos profissionais integrantes do CNTBM, devendo tais
estudos serem elaborados por equipe multidisciplinar composta por esses profissionais. Além
disso, os documentos deverão ser assinados por um coordenador que necessariamente tenha
especialização, mestrado ou doutorado em geotecnia, engenharia de barragens ou segurança
de barragens – ou curso equivalente reconhecido pelo MEC. A minuta de Resolução prevê que
tais disposições serão obrigatórias a partir de 30/06/2022.

Em relação ao Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM), foram


adicionados novos requisitos mínimos. Além dos que já eram exigidos pela Portaria DNPM nº
70.389/2017, a minuta de Resolução acrescentou:

a. Ciência expressa do coordenador do PAEBM sobre suas obrigações.


b. Recursos humanos disponíveis para uso em situação de emergência.
c. Procedimentos de comunicação.
d. Descrição do funcionamento geral do sistema de alerta para a população a jusante,
incluindo seu modo de acionamento.
e. Medidas específicas, em articulação com o poder público, para resgatar atingidos,
pessoas e animais, para mitigar impactos ambientais, para assegurar o
abastecimento de água potável e para resgatar e salvaguardar o patrimônio
cultural.
f. Descrição das rotas de fuga e pontos de encontro, com a respectiva sinalização,
desenvolvida em conjunto com a Defesa Civil.
Também foi o inserido o conceito de “situação de alerta”7, que ocorre quando:
i. For detectada anomalia pontuação 6 na mesma coluna em dois Extratos de
Inspeção Regular seguidos; ou
ii. For detectada anomalia que não implique em risco imediato à segurança, mas que
deve ser controlada e monitorada; ou
iii. A critério da ANM.

6
Relatório de Inspeção de Segurança Regular, Relatório Conclusivo de Inspeção Especial, Revisão
Periódica de Segurança de Barragem, Declaração de Condição de Estabilidade e estudo de
susceptibilidade à liquefação de empilhamentos drenados.
7
Quando ocorre uma situação de alerta, a barragem estará em Nível de Alerta, que não gera a interdição
da estrutura – ao contrário de qualquer um dos Níveis de Emergência.
4
Dentre as novas obrigações que o empreendedor deverá observar, destacam-se, além
das já mencionadas acima:

1. As ECJs deverão ser cadastradas no SIGBM e possuir DCE, as quais devem ser
enviadas em setembro para as ECJs com construção concluída entre 1º de outubro
e 31 de março, ou enviada em março para as ECJs construídas entre 1º de abril e
30 de setembro.
2. Os empilhamentos drenados não suscetíveis à liquefação deverão ser reavaliados
semestralmente. Atualmente, a periodicidade da reavaliação é definida pelo
projetista.
3. Os dados de responsabilidade do empreendedor contidos no SIGBM deverão ser
mantidos atualizados independentemente de solicitação da Agência.
4. O mapa de inundação deverá ser enviado via SIGBM, em formato KMZ ou outro
definido pela ANM, sempre que houver atualização, discriminando a ZAS e a ZSS.
Os mapas de inundação atualizados de todas as barragens de mineração devem ser
enviados até 30/09/2022.
5. As informações advindas do sistema de monitoramento deverão contemplar os
dados de instrumentação.
6. Inclusão dos volumes PAEBM e Processo de Gestão de Risco no conteúdo mínimo
do PSB.
7. O PSB deverá ter manifestação de ciência e concordância pela pessoa física,
brasileira ou naturalizada brasileira, de maior autoridade na hierarquia da empresa
responsável pela direção, controle ou administração no âmbito da organização
interna da citada empresa.
8. O PAEBM deverá estar disponível no empreendimento física e digitalmente.
9. Todos os estudos, projetos, relatórios e registros das previstos na norma deverão
ser anexados ao PSB.
10. As recomendações do Relatório da RPSB e do Relatório de Inspeção de Segurança
Regular (RISR) deverão ter prazos estabelecidos pelo responsável técnico para
implementação, considerando a complexidade das ações e os riscos envolvidos.
Eventual alteração ou cancelamento das recomendações será avaliado, justificado
tecnicamente e registrado por auditoria externa, sendo elaborado relatório,
acompanhado de ART, a ser anexado ao Volume IV do PSB.
5
11. O tempo de retorno mínimo a ser considerado para dimensionamento do sistema
extravasor durante o período de operação da barragem8, deverá atender aos
seguintes critérios, em consonância com o DPA:
a. DPA baixo: 500 anos.
b. DPA médio: 1.000 anos.
c. DPA alto: 1.000 anos ou PMP, o que for mais restritivo para a duração
crítica do sistema hidrológico avaliado.
12. O PAEBM deverá revisado nas seguintes situações, sem prejuízo de estar sempre
atualizado:
a. Quando o RISR, o Relatório de Conformidade e Operacionalidade do
PAEBM ou a RPSB assim o recomendar.
b. Sempre que a estrutura sofrer modificações estruturais, operacionais
ou organizacionais capazes de influenciar no risco de incidente, acidente
ou desastre.
c. Quando a execução do PAEBM em exercício simulado, incidente,
acidente ou desastre indicar a sua necessidade.
d. Quando o Processo de Gestão de Riscos para Barragens de Mineração
(PGRBM) indicar a sua necessidade.
e. Quando a mancha de inundação sofrer modificações decorrentes da
aplicação do art. 6º9 da Resolução.
f. Em outras situações, a critério da ANM.
13. O empreendedor deverá prover os recursos necessários à garantia de segurança da
barragem e, em caso de acidente ou desastre, à reparação dos danos à vida
humana, ao meio ambiente e aos patrimônios público e privado, até o
descadastramento da estrutura.
14. Notificar imediatamente ao respectivo órgão fiscalizador, à autoridade licenciadora
do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e ao órgão de proteção e defesa
civil qualquer alteração das condições de segurança da barragem que possa causar
acidente ou desastre.

8
O período de retorno mínimo a ser considerado para dimensionamento do sistema extravasor para o
período de desativação ou descaracterização da estrutura deve atender, independentemente do DPA, a
10.000 anos ou PMP, o que for mais restritivo para a duração crítica do sistema hidrológico avaliado.
9
O art. 6º estabelece a obrigação de elaboração do mapa de inundação e seu conteúdo mínimo.
6
15. O empreendedor deverá implementar Processo de Gestão de Riscos para Barragens
de Mineração (PGRBM) como parte integrante da gestão e da tomada de decisão,
vinculado às operações e processos relacionados às barragens de mineração.

16. No caso de barragem em instalação ou em operação em que seja identificada


comunidade na ZAS, deverá ser feita a descaracterização da estrutura, ou o
reassentamento da população e o resgate do patrimônio cultural, ou obras de
reforço10 que garantam a estabilidade efetiva da estrutura, ouvido o empreendedor
e consideradas a anterioridade da barragem em relação à ocupação e a viabilidade
técnico-financeira das alternativas. Para barragens que não sejam construídas pelo
método a montante ou desconhecido, o prazo para cumprir essa obrigação é até
31/12/2023.

Além das novas obrigações, a minuta de Resolução indicou alguns prazos aplicáveis,
como é o caso da Declaração de Conformidade e Operacionalidade (apenas a partir de 2022),
da admissão na ZAS apenas de trabalhadores estritamente necessários ao desempenho das
atividades de operação e manutenção da barragem ou de estruturas e equipamentos a ela
associados (até 30/06/2027), da conclusão da descaracterização das barragens alteadas pelo
método a montante ou por método declarado como desconhecido (até 25/02/202211), da
elaboração de PSB para barragens que passem a integrar a PNSB (1 ano) e da elaboração de
PAEBM para as barragens de DPA médio ou baixo (6 meses, contados da publicação da
Resolução). Em relação à ZAS, os estacionamentos foram incluídos no rol de áreas de vivência

que devem ser removidas, sendo concedido o prazo de até 30/06/2022 para a retirada.

Quanto às sanções aplicáveis ao minerador que descumprir as obrigações previstas na


futura Resolução e as providências indicadas pela fiscalização, há nove opções indicadas no art.

17-C da PNSB, que podem ser aplicadas cumulativamente:

10
Execução de intervenções que incrementem a segurança da estrutura e devem ser executadas apenas
para os casos em que os fatores de segurança estejam inferiores ao determinado na minuta, ou conforme
outros critérios determinados pelo projetista.
11
Podendo esse prazo ser prorrogado pela ANM mediante apresentação de justificativa técnica e desde
que seja referendada pela autoridade licenciadora do SISNAMA.
7
i. Advertência.
ii. Multa simples.
iii. Multa diária.
iv. Embargo de obra ou atividade.
v. Demolição de obra.
vi. Suspensão parcial ou total de atividades.
vii. Apreensão de minérios, bens e equipamentos.
viii. Caducidade do título.
ix. Sanção restritiva de direitos.

Dentre as multas previstas simples especificamente para cada tipo de infração, o valor
mínimo foi de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e o valor máximo foi de R$ 1.000.000.000,00 (um
bilhão de reais), este aplicável para aquele que concorrer, por omissão ou por ação, para o
aumento do risco e/ou eventual ruptura da estrutura de contenção de rejeitos e sedimentos.

Na fixação do valor da multa, a autoridade responsável pelo julgamento levará em


conta, fundamentadamente, a gravidade da infração, as consequências dela decorrentes para a
sociedade e para o meio ambiente, os seus antecedentes quanto ao cumprimento da legislação
referente à PNSB e sua condição econômica. Em caso de reincidência específica, que ocorre
quando o empreendedor pratica12 a mesma infração mais de uma vez num prazo de 5 anos, a
multa em será aplicada em dobro.

Há, ainda, as previsões de que a multa diária deverá ser aplicada sempre que o
cometimento da infração se prolongar no tempo e de que a pena de suspensão temporária, total
ou parcial, das atividades, terá duração de quinze dias e de trinta dias quando o infrator já tiver
sido punido com a suspensão por quinze dias. A referida penalidade será aplicada:

a. Quando a multa, em seu valor máximo, não corresponder, em razão da gravidade


da infração.

b. Em casos de segunda reincidência.

12
Para fins de reincidência, a primeira infração deve ser objeto de decisão administrativa definitiva com
imposição de pena ao empreendedor.
8
Além disso, caso as determinações estabelecidas na minuta não sejam atendidas no
prazo fixado ou caso haja comprovado risco à integridade da estrutura de contenção de rejeitos
ou sedimentos, à integridade física, à saúde, ao patrimônio público ou privado, ou à ordem
pública, a ANM poderá adotar a medida cautelar de interdição imediata de parte ou da
integralidade das operações do empreendimento, sem prejuízo da imposição das sanções
administrativas cabíveis.

Por fim, pontua-se que a minuta colocada em Consulta Pública não tratou do previsto
no art. 17, § 2º, da PNSB, incluído pela Lei nº 14.066/2020, que estabeleceu a possibilidade do
órgão fiscalizador da barragem exigir do empreendedor a apresentação não cumulativa de
caução, seguro, fiança ou outras garantias financeiras ou reais para a reparação dos danos à vida
humana, ao meio ambiente e ao patrimônio público.

A minuta pode ser lida na íntegra aqui.

No Anexo I são apresentadas as diferenças entre a redação das normas atualmente


vigentes na ANM e a minuta de Resolução.

A equipe de Direito Minerário do escritório William Freire Advogados está à disposição


para eventuais esclarecimentos.

Belo Horizonte/MG, 19 de julho de 2021.

William Freire – william@williamfreire.com.br


Tiago de Mattos – tiago@williamfreire.com.br
Bruno Costa – bruno@williamfreire.com.br
Danilo Resende Soares – danilo@williamfreire.com.br
Ana Clara Teixeira – anaclarateixeira@williamfreire.com.br
Ana Letícia Lanzoni – analeticia@williamfreire.com.br
Giovanna Carvalho – giovannacarvalho@williamfreire.com.br
Luís Felipe Euzebio – luisfelipe@williamfreire.com.br
Laryssa Candida – laryssacandida@williamfreire.com.br
Wallysson Albergaria – wallyssonalbergaria@williamfreire.com.br
9
Anexo I – Comparação entre as normas vigentes que tratam da segurança de barragens
e a minuta da Consolidação dos Normativos de Segurança de Barragens.

10
LEGENDA

Em vermelho: Disposições excluídas no texto da Consolidação dos Normativos de Segurança de


Barragens.
Em azul: Disposições já previstas nas normas vigentes, mas com redação modificada pela
Consolidação dos Normativos de Segurança de Barragens.
Em verde: Adições trazidas pela minuta da Consolidação dos Normativos de Segurança de
Barragens.

Normas da ANM atualmente vigentes Minuta de Consolidação dos Normativos

Portaria DNPM nº 70.389/2017


Art. 1º A sistemática de cadastramento das barragens Art. 1º Definir as medidas regulatórias aplicáveis para as
fiscalizadas pelo DNPM, a periodicidade de execução barragens de mineração nesta Resolução.
ou atualização, a qualificação dos responsáveis
técnicos, o conteúdo mínimo e o nível de
detalhamento do Plano de Segurança da Barragem, das
Inspeções de Segurança Regular e Especial, da Revisão
Periódica de Segurança de Barragem e do Plano de
Ação de Emergência para Barragens de Mineração são
aqueles definidos nesta Portaria.

Parágrafo único. À exceção do Capítulo I, o qual se § 1º. À exceção do Capítulo I, o qual se aplica a toda e
aplica a toda e qualquer barragem de mineração, os qualquer barragem de mineração, os demais
demais dispositivos desta Portaria aplicam-se às dispositivos desta Resolução aplicam-se aos
Barragens de Mineração abrangidas pela Política empilhamentos drenados construídos por meio de
Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), isto é, disposição hidráulica dos rejeitos e que sejam
que, de acordo com o parágrafo único do art. 1º da Lei suscetíveis a liquefação conforme definido pelo
nº 12.334/2010, apresentem pelo menos uma das projetista e as Barragens de Mineração abrangidas pela
seguintes características: Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), isto
é, aquelas que apresentem pelo menos uma das
seguintes características, conforme o parágrafo único
do art. 1º da Lei nº 12.334/2010:
I - altura do maciço, medida do encontro do pé do talude
I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da
de jusante com o nível do solo até a crista de
fundação à crista, maior ou igual a 15m (quinze
coroamento do barramento, maior ou igual a 15
metros);
(quinze) metros;
II - capacidade total do reservatório maior ou igual a
II - capacidade total do reservatório maior ou igual a
3.000.000 m³ (três milhões de metros cúbicos);
3.000.000m³ (três milhões de metros cúbicos);
III - reservatório que contenha resíduos perigosos
III - reservatório que contenha resíduos perigosos
conforme normas técnicas aplicáveis;
conforme normas técnicas aplicáveis;
IV - categoria de dano potencial associado, médio ou
IV - categoria de dano potencial associado, médio ou
alto, conforme definido no inciso XIV do artigo 2º e no
alto, conforme definido no inciso XIV do artigo 2º e no
Anexo V; e
Anexo V.

11
V - categoria de risco alto, conforme definido no art. 5º
desta Resolução.
§ 2º As estruturas que se enquadram nos critérios como
empilhamento drenado (inciso XIX do Art. 2º desta
resolução) devem possuir estudo técnico produzido por
profissional legalmente habilitado pelo CONFEA/CREA e
que esteja credenciado no CNTBM o qual deverá
concluir se a estrutura em apreço se enquadra ou não
nos critérios do mencionados e deverá ficar disponível
para a fiscalização no empreendimento.
Art. 2º Para efeito desta Portaria consideram-se: Art. 2º Para efeito desta Resolução consideram-se:

I. Acidente: comprometimento da integridade


estrutural com liberação incontrolável do conteúdo do
reservatório, ocasionado pelo colapso parcial ou total
da barragem ou de estrutura anexa;
II. ALARP: Significa “tão baixo como
razoavelmente exequível”, onde os esforços para a
redução de risco devem ser contínuos até que o
sacrifício adicional (em termos de custo-benefício,
viabilidade técnica, tempo, esforço ou outro emprego
de recursos) seja amplamente desproporcional à
redução de risco adicional alcançada;
I. Anomalia: qualquer deficiência, III. Anomalia: qualquer deficiência,
irregularidade, anormalidade ou mau funcionamento irregularidade, anormalidade ou mau funcionamento
que possa vir a afetar a segurança da barragem; que possa vir a afetar a segurança da barragem;
II. Barragens de Mineração: barragens, IV. Barragens de Mineração: barragens,
barramentos, diques, cavas com barramentos barramentos, diques, cavas com barramentos
construídos, associados às atividades desenvolvidas construídos, associados às atividades desenvolvidas
com base em direito minerário, construídos em cota com base em direito minerário, construídos em cota
superior à da topografia original do terreno, utilizados superior à da topografia original do terreno, utilizados
em caráter temporário ou definitivo para fins de em caráter temporário ou definitivo para fins de
contenção, acumulação, decantação ou descarga de contenção, acumulação, decantação ou descarga de
rejeitos de mineração ou de sedimentos provenientes rejeitos de mineração ou de sedimentos provenientes
de atividades de mineração com ou sem captação de de atividades de mineração com ou sem captação de
água associada, compreendendo a estrutura do água associada, compreendendo a estrutura do
barramento e suas estruturas associadas, excluindo-se barramento e suas estruturas associadas, excluindo-se
deste conceito as barragens de contenção de resíduos deste conceito as barragens de contenção de resíduos
industriais; industriais;
III. Barragem de mineração ativa: estrutura em V. Barragem de mineração ativa: estrutura em
operação que esteja recebendo rejeitos e/ou operação que esteja recebendo rejeitos e/ou
sedimentos oriundos de atividade de mineração; sedimentos oriundos de atividade de mineração;
VI. Barragem de mineração abandonada:
estrutura que não está recebendo aporte de efluentes
oriundos de sua atividade fim mantendo-se com
características de uma barragem de mineração, sem
medidas de controle ou monitoramento, caracterizando
o abandono da estrutura, no qual o processo de
descaracterização está incompleto ou ausente ou que

12
estejam em desconformidade geral a esta Resolução
por mais de 6 meses;
VII. Barragem de mineração em construção:
IV. Barragem de mineração em construção:
estruturas que estejam em processo de construção de
estruturas que estejam em processo de construção de
acordo com o projeto técnico, que não estejam
acordo com o projeto técnico;
recebendo rejeitos e/ou sedimentos oriundos da
atividade de mineração;
V. Barragem de mineração existente: estrutura
cujo início do primeiro enchimento ocorrer em data
anterior à do início da vigência desta Portaria;
VI. Barragem de mineração nova: estrutura cujo
início do primeiro enchimento ocorrer após a data de
início da vigência desta Portaria;
VII. Barragem de mineração em processo de
fechamento: estrutura que não opera mais com a
finalidade de contenção de sedimentos e/ou rejeitos
mas ainda mantém características de barragem de
mineração;
VIII. Barragem de mineração descaracterizada: VIII. Barragem de mineração descaracterizada:
estrutura que não recebe, permanentemente, aporte estrutura que não recebe, permanentemente, aporte
de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade
fim, a qual deixa de possuir características ou de fim, a qual deixa de possuir características ou de exercer
exercer função de barragem, de acordo com projeto função de barragem, de acordo com projeto técnico,
técnico, compreendendo, mas não se limitando, às compreendendo, mas não se limitando, às seguintes
seguintes etapas concluídas: etapas concluídas:
i. Descomissionamento: encerramento das i. Descomissionamento: encerramento das
operações com a remoção das infraestruturas operações com a remoção das infraestruturas
associadas, tais como, mas não se limitando, a associadas, tais como, mas não se limitando, a
espigotes, tubulações, exceto aquelas destinadas à espigotes, tubulações, exceto aquelas destinadas à
garantia da segurança da estrutura; garantia da segurança da estrutura;
ii. Controle hidrológico e hidrogeológico: adoção de ii. Controle hidrológico e hidrogeológico: adoção de
medidas efetivas para reduzir ou eliminar o aporte medidas efetivas para reduzir ou eliminar o aporte
de águas superficiais e subterrâneas para o de águas superficiais e subterrâneas para o
reservatório; reservatório;
iii. Estabilização: execução de medidas tomadas para iii. Estabilização: execução de medidas tomadas para
garantir a estabilidade física e química de longo garantir a estabilidade física e química de longo
prazo das estruturas que permanecerem no local; prazo das estruturas que permanecerem no local; e
e
iv. Monitoramento: acompanhamento pelo período iv. Monitoramento: acompanhamento pelo período
necessário para verificar a eficácia das medidas de determinado em projeto objetivando assegurar a
estabilização. eficácia das medidas de estabilização;

IX. Barragem de mineração inativa ou IX. Barragem de mineração inativa ou desativada:


desativada: estrutura que não está recebendo aporte estrutura que não está recebendo aporte de rejeitos
de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade e/ou sedimentos oriundos de sua atividade fim
fim mantendo-se com características de uma barragem mantendo-se com características de uma barragem de
de mineração; mineração e que não se enquadra como barragem
abandonada;

13
X. Cadastro Nacional de Barragens de X. Cadastro Nacional de Barragens de Mineração
Mineração - CNBM: cadastro de responsabilidade do – CNBM: cadastro de responsabilidade da ANM, com
DNPM, com banco de dados oficial, contendo todas as banco de dados oficial, contendo todas as barragens de
barragens de mineração declaradas pelos mineração declaradas pelos empreendedores ou
empreendedores ou identificadas pelo DNPM no identificadas pela ANM no território nacional.
território nacional; XI. Categoria de Risco - CRI: classificação da
XI. Categoria de Risco - CRI: classificação da barragem de acordo com os aspectos que possam
barragem de acordo com os aspectos que possam influenciar na possibilidade de ocorrência de acidente
influenciar na possibilidade de ocorrência de acidente, ou desastre, levando-se em conta as características
levando-se em conta as características técnicas, o técnicas, o estado de conservação e o Plano de
estado de conservação e o Plano de Segurança da Segurança da Barragem;
Barragem;
XII. Classificação por categoria de risco e dano
potencial associado: classificação que consta do anexo
V desta Portaria;
XIII. Coordenador do PAEBM: agente, designado
pelo empreendedor, responsável por coordenar as
ações descritas no PAEBM, devendo estar disponível
para atuar prontamente nas situações de emergência
da barragem;
XII. Ciclo de vida: é a sucessão de fases na vida da
estrutura de contenção de rejeitos/sedimentos,
contemplando o planejamento, projeto, construção,
primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação,
desativação, descaracterização e usos futuros.
XIII. Classificação quanto à gestão operacional:
classificação que consta do Anexo I desta Resolução;
XIV. Controles críticos: são controles de risco que
são cruciais para prevenir um evento de consequência
elevada ou mitigar as consequências de tal evento;
XIV. Dano Potencial Associado - DPA: dano que XV. Dano Potencial Associado - DPA: dano que
pode ocorrer devido ao rompimento ou mau pode ocorrer devido ao rompimento, vazamento,
funcionamento de uma barragem, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma
independentemente da sua probabilidade de barragem, independentemente da sua probabilidade de
ocorrência, a ser graduado de acordo com as perdas de ocorrência, a ser graduado de acordo com as perdas de
vidas humanas, impactos sociais, econômicos e vidas humanas, impactos sociais, econômicos e
ambientais; ambientais;
XV. Declaração de Condição de Estabilidade - XVI. Declaração de Condição de Estabilidade - DCE:
DCE: documento assinado pelo empreendedor e pelo documento assinado pelo empreendedor e pelo
responsável técnico que o elaborou, atestando a responsável técnico que o elaborou, atestando a
condição de estabilidade da estrutura em análise, com condição de estabilidade da estrutura em análise, com
cópia da respectiva ART, conforme modelo do Anexo cópia da respectiva ART, conforme modelo estabelecido
III; no SIGBM e no anexo V desta Resolução;
XVI. Declaração de encerramento de emergência: XVII. Declaração de encerramento de emergência:
declaração emitida pelo empreendedor para as declaração emitida pelo empreendedor para as
autoridades públicas competentes estabelecendo o fim autoridades públicas competentes estabelecendo o fim
da situação de emergência; da situação de emergência, conforme modelo
estabelecido no SIGBM e no anexo VI desta Resolução;

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XVIII. Desastre: resultado de evento adverso, de
origem natural ou induzido pela ação humana, sobre
ecossistemas e populações vulneráveis, que causa
significativos danos humanos, materiais ou ambientais
Resolução ANM nº 13/2019 e prejuízos econômicos e sociais;
IV - empilhamento drenado: estrutura construída XIX. Empilhamento drenado: estrutura construída
hidráulica ou mecanicamente com rejeitos, que se hidráulica ou mecanicamente com rejeitos, que se
configura como um maciço permeável, dotado de configura como um maciço permeável, dotado de
sistema de drenagem de fundo, com formação de sistema de drenagem de fundo, com formação de
espelho de água reduzido podendo ser implantada em espelho de água reduzido podendo ser implantada em
fundo de vale, encosta ou outra área. fundo de vale, encosta ou outra área.

Portaria DNPM nº 70.389/2017 s

XVII. Empreendedor: agente privado ou XX. Empreendedor: pessoa física ou jurídica que
governamental que explore a barragem para benefício detenha outorga, licença, registro, concessão,
próprio ou da coletividade; autorização ou outro ato que lhe confira direito de
operação da barragem e do respectivo reservatório, ou,
subsidiariamente, aquele com direito real sobre as
terras onde a barragem se localize, se não houver quem
os explore oficialmente;
XXI. Engenheiro de Registros (EdR): profissional
externo à empresa, com registro no CREA, capaz de
apoiar a aplicação dos procedimentos recomendados às
boas práticas de segurança, respaldado pelos
regulamentos, diretrizes e normas aplicáveis no âmbito
nacional e internacional;
XVIII. Equipe de segurança da barragem: conjunto XXII. Equipe de segurança da barragem: conjunto
de profissionais responsáveis pelas ações de segurança de profissionais responsáveis pelas ações de segurança
da barragem, podendo ser composta por profissionais da barragem, podendo ser composta por profissionais
do próprio quadro de pessoal do empreendedor ou do próprio quadro de pessoal do empreendedor ou
contratada especificamente para este fim; contratada especificamente para este fim;
XXIII. Estrutura de Contenção à Jusante – ECJ:
estrutura construída a jusante de uma barragem de
mineração com o objetivo de reter os efluentes desta
em caso de rompimento ou mau funcionamento;
XIX. Estudo de Inundação: estudo capaz de XXIV. Estudo de Inundação: estudo capaz de
caracterizar adequadamente os potenciais impactos, caracterizar adequadamente os potenciais impactos,
provenientes do processo de inundação em virtude de provenientes do processo de inundação em virtude de
ruptura ou mau funcionamento da Barragem de ruptura ou mau funcionamento da Barragem de
Mineração, que deverá ser feito por profissional Mineração, que deverá ser feito por profissional
legalmente habilitado para essa atividade cuja legalmente habilitado para essa atividade cuja descrição
descrição e justificativa deverá, necessariamente, e justificativa deverá, necessariamente, constar no
constar no PAEBM, sendo de responsabilidade do PAEBM, sendo de responsabilidade do empreendedor e
empreendedor e deste profissional a escolha da deste profissional a escolha da melhor metodologia
melhor metodologia para sua elaboração; para sua elaboração;
XX. Extrato de Inspeção Especial - EIE: item de XXV. Extrato de Inspeção Especial - EIE: item de
responsabilidade do empreendedor, constante no responsabilidade do empreendedor, constante no
SIGBM, contendo o resumo das informações SIGBM, contendo o resumo das informações relevantes

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relevantes das fichas de inspeções especiais das fichas de inspeções especiais preenchidas e
preenchidas e eventuais informações solicitadas no eventuais informações solicitadas no citado Sistema;
citado Sistema;
XXI. Extrato de Inspeção Regular - EIR: item de XXVI. Extrato de Inspeção Regular - EIR: item de
responsabilidade do empreendedor, constante no responsabilidade do empreendedor, constante no
SIGBM, contendo o resumo das informações SIGBM, contendo o resumo das informações relevantes
relevantes das fichas de inspeções regulares das fichas de inspeções regulares preenchidas e
preenchidas e eventuais informações solicitadas no eventuais informações solicitadas no citado Sistema;
citado Sistema;
XXII. Fichas de Inspeção Especial - FIE: documento XXVII. Fichas de Inspeção Especial - FIE: documento
elaborado pelo empreendedor com o objetivo de elaborado pelo empreendedor com o objetivo de
registrar as condições da barragem verificadas durante registrar as condições da barragem verificadas durante
as inspeções de campo, após a identificação de as inspeções de campo, após a identificação de
anomalia com pontuação 10 em qualquer coluna do anomalia com pontuação 10 em qualquer coluna do
Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria
de Risco (1.2- Estado de Conservação), do Anexo V, de Risco (1.2 - Estado de Conservação), do Anexo IV,
devendo conter, minimamente, o expresso no Anexo devendo conter, minimamente, o expresso no Anexo III;
IV;
XXIII. Fichas de Inspeção Regular - FIR: documento XXVIII. Fichas de Inspeção Regular - FIR: documento
elaborado pelo empreendedor com o objetivo de elaborado pelo empreendedor com o objetivo de
registrar as condições da barragem verificadas durante registrar as condições da barragem verificadas durante
as inspeções rotineiras de campo, devendo conter, as inspeções rotineiras de campo, devendo conter,
minimamente, o quadro de estado de conservação minimamente, o quadro de estado de conservação
referente a categoria de risco constante no anexo V referente a categoria de risco constante no Anexo IV
desta Portaria; desta Resolução;
XXIX. Incidente: ocorrência que afeta o
comportamento da barragem ou de estrutura anexa
que, se não controlada, pode causar um acidente;
XXIV. Inspeção de Segurança Especial - ISE: XXX. Inspeção de Segurança Especial - ISE:
atividade sob a responsabilidade do empreendedor atividade sob a responsabilidade do empreendedor que
que visa avaliar as condições de segurança da visa avaliar as condições de segurança da barragem em
barragem em situações específicas, devendo ser situações específicas, devendo ser realizada por equipe
realizada por equipe multidisciplinar de especialistas multidisciplinar de especialistas nas fases de
nas fases de construção, operação e desativação; construção, operação e desativação;
XXV. Inspeção de Segurança Regular - ISR: XXXI. Inspeção de Segurança Regular - ISR: atividade
atividade sob responsabilidade do empreendedor que sob responsabilidade do empreendedor que visa
visa identificar e avaliar eventuais anomalias que identificar e avaliar eventuais anomalias que afetem
afetem potencialmente as condições de segurança e de potencialmente as condições de segurança e de
operação da barragem, bem como seu estado de operação da barragem, bem como seu estado de
conservação, devendo ser realizada, regularmente, conservação, devendo ser realizada, regularmente, com
com a periodicidade estabelecida nesta Portaria; a periodicidade estabelecida nesta Resolução;
XXVI. Mapa de inundação: produto do estudo de XXXII. Mapa de inundação: produto do estudo de
inundação, compreendendo a delimitação geográfica inundação, compreendendo a delimitação geográfica
georreferenciada das áreas potencialmente afetadas georreferenciada das áreas potencialmente afetadas
por uma eventual ruptura da Barragem e seus possíveis por uma eventual ruptura da Barragem e seus possíveis
cenários associados, que objetiva facilitar a notificação cenários associados, que objetiva facilitar a notificação
eficiente e a evacuação de áreas afetadas por esta eficiente e a evacuação de áreas afetadas por esta
situação; situação;

16
XXVII. Matriz de Classificação: matriz que consta do
Anexo I desta Portaria, que relaciona a classificação
quanto à Categoria de Risco e ao Dano Potencial
Associado, com o objetivo de estabelecera necessidade
de elaboração do Plano de Ação de Emergência para
Barragens de Mineração- PAEBM, a periodicidade das
Inspeções de Segurança Regular- ISR, as situações em
que deve ser realizada obrigatoriamente Inspeção de
Segurança Especial - ISE, e a periodicidade da Revisão
Periódica de Segurança de Barragem- RPSB;

Resolução ANM nº 13/2019


Art. 2º Parágrafo único. Para fins desta Resolução,
entende-se por:
I - método "a montante": a metodologia construtiva de XXXIII. Método de construção ou alteamento "a
barragens onde os maciços de alteamento, se apoiam montante": a metodologia construtiva de barragens
sobre o próprio rejeito ou sedimento previamente onde os maciços de alteamento, se apoiam sobre o
lançado e depositado, estando também enquadrados próprio rejeito ou sedimento previamente lançado e
nessa categoria os maciços formados sobre rejeitos de depositado, estando também enquadrados nessa
reservatórios já implantados; categoria os maciços formados sobre rejeitos de
reservatórios já implantados;
II - método "a jusante": consiste no alteamento para XXXIV. Método de construção ou alteamento "a
jusante a partir do dique inicial, onde os maciços de jusante": consiste no alteamento para jusante a partir
alteamento são construídos com material de do dique inicial, onde os maciços de alteamento são
empréstimo ou com o próprio rejeito; construídos com material de empréstimo ou com o
próprio rejeito;
III - método "linha de centro": método em que os XXXV. Método de construção ou alteamento "linha
alteamentos se dão de tal forma que o eixo da de centro": método em que os alteamentos se dão de
barragem se mantém alinhado com o eixo do dique de tal forma que o eixo da barragem se mantém alinhado
partida, em razão da disposição do material construtivo com o eixo do dique de partida, em razão da disposição
parte a jusante e parte a montante em relação à crista do material construtivo parte a jusante e parte a
da etapa anterior. montante em relação à crista da etapa anterior;

Portaria DNPM nº 70.389/2017

XXVIII. Níveis de controle da instrumentação: níveis XXXVI. Níveis de controle da instrumentação: níveis
que delimitam os limites aceitáveis de auscultação para que delimitam os limites aceitáveis de auscultação para
cada instrumento da estrutura visando subsidiar a cada instrumento da estrutura visando subsidiar a
tomada de decisão para ações preventivas e corretivas, tomada de decisão para ações preventivas e corretivas,
utilizado como um dos elementos para avaliação de utilizado como um dos elementos para avaliação de
segurança da barragem, devendo ser definido segurança da barragem, devendo ser definido
individualmente para cada estrutura através de individualmente para cada estrutura através de
avaliações de segurança e classificados nos níveis avaliações de segurança e classificados nos níveis
normal, alerta e emergência; normal, alerta e emergência;
XXIX. Nível de emergência: convenção utilizada XXXVII. Nível de emergência: convenção utilizada
nesta Portaria para graduar as situações de emergência nesta Resolução para graduar as situações de
em potencial para a barragem que possam emergência em potencial para a barragem que possam
comprometer a segurança da barragem; comprometer a segurança da barragem;

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XXX. Órgão fiscalizador: autoridade do poder XXXVIII. Órgão fiscalizador: autoridade do poder
público responsável pelas ações de fiscalização da público responsável pelas ações de fiscalização da
gestão da segurança da barragem, esta de gestão da segurança da barragem, esta de competência
competência do empreendedor, compreendendo o do empreendedor, compreendendo o cumprimento das
cumprimento das obrigações legais em relação ao PSB obrigações legais em relação ao PSB e a verificação in
e a verificação in loco das estruturas físicas quanto ao loco das estruturas físicas quanto ao estado de
estado de conservação e da identificação de eventuais conservação e da identificação de eventuais anomalias
anomalias aparentes no momento da inspeção; aparentes no momento da inspeção;
XXXI. Plano de Ação de Emergência para Barragens XXXIX. Plano de Ação de Emergência para Barragens
de Mineração - PAEBM: documento técnico e de fácil de Mineração - PAEBM: documento técnico e de fácil
entendimento elaborado pelo empreendedor, no qual entendimento elaborado pelo empreendedor, no qual
estão identificadas as situações de emergência em estão identificadas as situações de emergência em
potencial da barragem, estabelecidas as ações a serem potencial da barragem, estabelecidas as ações a serem
executadas nesses casos e definidos os agentes a executadas nesses casos e definidos os agentes a serem
serem notificados, com o objetivo de minimizar danos notificados, com o objetivo de minimizar danos e perdas
e perdas de vida; de vida, composto, no mínimo, pelos elementos
indicados no Anexo II;

XXXII. Plano de Segurança de Barragem - PSB: XL. Plano de Segurança de Barragem - PSB:
instrumento da Política Nacional de Segurança de instrumento da Política Nacional de Segurança de
Barragens de elaboração e implementação obrigatória Barragens de elaboração e implementação obrigatória
pelo empreendedor, composto, no mínimo, pelos pelo empreendedor, composto, no mínimo, pelos
elementos indicados no Anexo II; elementos indicados no Anexo II;
XLI. Primeiro enchimento: início da disposição dos
efluentes no reservatório de forma operacional,
conforme descrito no Plano de Aproveitamento
Econômico;
XXXIII. Relatório Conclusivo de Inspeção Especial - XLII. Relatório Conclusivo de Inspeção Especial -
RCIE: documento integrante da Inspeção de Segurança RCIE: documento integrante da Inspeção de Segurança
Especial, que compila as informações coletadas em Especial, que compila as informações coletadas em
campo referentes as anomalias detectadas com campo referentes as anomalias detectadas com
pontuação 10 no quadro de estado de conservação pontuação 10 no quadro de estado de conservação
referente à categoria de risco, elaborado após a referente à categoria de risco, elaborado após a
extinção ou controle das anomalias; extinção ou controle das anomalias;
XXXIV. Relatório de Causas e Consequências do XLIII. Relatório de Causas e Consequências do
Evento de Emergência em Nível 3: documento de Evento de Emergência em Nível 3 – RCCE: documento
responsabilidade do empreendedor que deverá ser de responsabilidade do empreendedor que deverá ser
elaborado após terminada a situação de emergência elaborado exclusivamente por equipe externa
em nível 3; multidisciplinar contratada, após terminada a situação
de emergência em nível 3;
XXXV. Relatório de Inspeção de Segurança Regular - XLIV. Relatório de Inspeção de Segurança Regular -
RISR: documento integrante da Inspeção de Segurança RISR: documento integrante da Inspeção de Segurança
Regular, que compila as informações coletadas em Regular, que compila as informações coletadas em
campo e que balizará as análises técnicas sobre a campo e que balizará as análises técnicas sobre a
estabilidade da estrutura; estabilidade da estrutura;
XXXVI. Revisão Periódica de Segurança de Barragem XLV. Revisão Periódica de Segurança de Barragem -
RPSB: estudo cujo objetivo é diagnosticar o estado RPSB: estudo cujo objetivo é diagnosticar o estado geral
geral de segurança da barragem, considerando o atual de segurança da barragem, considerando o atual estado
estado da arte para os critérios de projeto, a da arte para os critérios de projeto, a atualização de

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atualização de dados hidrológicos, as alterações das dados hidrológicos, as alterações das condições a
condições a montante e a jusante do empreendimento, montante e a jusante do empreendimento, e indicar as
e indicar as ações a serem adotadas pelo ações a serem adotadas pelo empreendedor para a
empreendedor para a manutenção da segurança; manutenção da segurança;
XXXVII. Simulado: treinamento prático que tem por XLVI. Simulado: teste prático que tem por função
função permitir que a população e agentes envolvidos permitir que a população e agentes envolvidos
diretamente no Plano de Contingência da ZAS tomem diretamente no Plano de Contingência da ZAS tomem
conhecimento das ações previstas e sejam treinados conhecimento das ações previstas e sejam treinados em
em como proceder caso haja alguma situação de como proceder caso haja alguma situação de
emergência real; emergência real;
XXXVIII. Sistema Integrado de Gestão de Segurança XLVII. Sistema Integrado de Gestão de Segurança de
de Barragens de Mineração - SIGBM: Sistema Barragens de Mineração - SIGBM: Sistema operacional
operacional desenvolvido pelo DNPM com o objetivo desenvolvido pela ANM com o objetivo de gerenciar as
de gerenciar as barragens de mineração no território barragens de mineração no território nacional;
nacional;
XXXIX. Situações de emergência: situações XLVIII. Situações de emergência: situações
decorrentes de eventos adversos que afetem a decorrentes de eventos adversos que afetem a
segurança da barragem e possam causar danos à sua segurança da barragem e possam causar danos à sua
integridade estrutural e operacional, à preservação da integridade estrutural e operacional, à preservação da
vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente; vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente;
XL. Zona de Autossalvamento - ZAS: região do XLIX. Zona de Autossalvamento - ZAS: Trecho do
vale à jusante da barragem em que se considera que os vale à jusante da barragem em que se considera que os
avisos de alerta à população são da responsabilidade avisos de alerta à população são da responsabilidade do
do empreendedor, por não haver tempo suficiente empreendedor, por não haver tempo suficiente para
para uma intervenção das autoridades competente uma intervenção das autoridades competentes em
sem situações de emergência, devendo-se adotar a situações de emergência, devendo-se adotar a maior
maior das seguintes distâncias para a sua delimitação: das seguintes distâncias para a sua delimitação: a
a distância que corresponda a um tempo de chegada distância que corresponda a um tempo de chegada da
da onda de inundação igual a trinta minutos ou 10km; onda de inundação igual a trinta minutos ou 10 km; e
e
XLI. Zona de Segurança Secundária - ZSS: Região L. Zona de Segurança Secundária - ZSS: Trecho
constante do Mapa de Inundação, não definida como constante do Mapa de Inundação, não definida como
ZAS. ZAS.

CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE SEGURANÇA
SEGURANÇADE BARRAGENS DE MINERAÇÃO E DO DE BARRAGENS DE MINERAÇÃO E DO CADASTRO
CADASTRONACIONAL DE BARRAGENS DE MINERAÇÃO NACIONAL DE BARRAGENS DE MINERAÇÃO

Seção I Seção I
Da Sistemática de Cadastramento das Barragens Da Sistemática de Cadastramento das Barragens

Art. 3º As barragens de mineração serão cadastradas Art. 3º As barragens de mineração e as ECJ serão
pelo empreendedor, diretamente no Sistema cadastradas pelo empreendedor, diretamente no
Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens
Mineração - SIGBM, integrando o Cadastro Nacional de de Mineração – SIGBM, integrando o Cadastro Nacional
Barragens de Mineração. de Barragens de Mineração.

19
§ 1º O empreendedor é obrigado a cadastrar todas as § 1º O empreendedor é obrigado a cadastrar todas as
barragens de mineração em construção, em operação barragens de mineração em construção, em operação e
e desativadas sob sua responsabilidade, em desativadas sob sua responsabilidade, em consonância
consonância com o parágrafo único do art. 13 da Lei nº com o § 1º do art. 13 da Lei nº 12.334/2010 de acordo
12.334/2010 de acordo com a periodicidade expressa com a periodicidade expressa no art. 4º desta
no art. 4º desta Portaria. Resolução.
§ 2º Para o caso de descadastramento por fechamento § 2º Para o caso de descadastramento por
ou descaracterização de uma barragem de mineração, descaracterização de uma barragem de mineração, o
o empreendedor deverá apresentar ao DNPM por meio empreendedor deverá apresentar à ANM por meio do
do SIGBM, documento atestando o fechamento ou a SIGBM, documento atestando a descaracterização da
descaracterização da citada estrutura elaborado por citada estrutura elaborado por profissional legalmente
profissional legalmente habilitado acompanhado da habilitado acompanhado da respectiva anotação de
respectiva anotação de responsabilidade técnica de responsabilidade técnica de acordo com o art. 89 ou de
acordo com o art. 44, ou de cópia de documento cópia de documento expedido pelo órgão ambiental
expedido pelo órgão ambiental específico específico comprovando o que trata este parágrafo.
comprovando o que trata este parágrafo.
§ 3º Quando houver mais de uma estrutura de § 3º Quando houver mais de uma estrutura de
barramento, seja com função de fechamento de sela barramento, seja com função de fechamento de sela
topográfica ou para compartimentação interna em um topográfica ou para compartimentação interna em um
mesmo reservatório, os critérios considerados no mesmo reservatório, os critérios considerados no
segmento de barragem de maior pontuação devem ser segmento de barragem de maior pontuação devem ser
estendidos às demais estruturas, não devendo ser estendidos às demais estruturas, não devendo ser
cadastrada como uma barragem de mineração cadastrada como uma barragem de mineração
independente. independente.
§ 4º Os estudos e planos a serem executados para o § 4º Os estudos e planos a serem executados para o
barramento principal devem abranger as situações barramento principal devem abranger as situações
peculiares de cada estrutura auxiliar de contenção do peculiares de cada estrutura auxiliar de contenção do
reservatório, os mapas de inundação e as análises de reservatório, os mapas de inundação e as análises de
risco. risco.
§ 5º As ECJ devem ser cadastradas no SIGBM em campo
específico, associada a barragem de mineração objeto
de sua construção, devendo enviar DCE conforme
preconizado no § 5º art. 19 desta Resolução.

Resolução ANM nº 13/2019


Art. 12 (...)
§ 3º As estruturas que não se enquadrem nos critérios § 6º Os Empilhamentos Drenados considerados não
do caput devem ser reavaliadas periodicamente, com susceptíveis à liquefação, conforme inciso XIX do Art. 2º
periodicidade a ser definida pelo projetista, e se desta resolução, devem ser reavaliadas periodicamente,
constatada susceptibilidade a liquefação ficarão minimamente semestralmente, e se constatada
sujeitas às obrigações previstas nesta Resolução e na susceptibilidade a liquefação ficarão sujeitas às
Portaria DPM n° 70.389, de 17 de maio de 2017, obrigações previstas nesta Resolução, devendo ser
devendo ser cadastradas imediatamente no SIGBM. cadastradas imediatamente no SIGBM.
Portaria DNPM nº 70.389/2017
Seção II Seção II
Da Periodicidade de Cadastramento das Barragens Da Periodicidade de Cadastramento das Barragens

Art. 4º O cadastramento de barragens de mineração Art. 4º O cadastramento de novas barragens de


novas deverá ser efetuado pelo empreendedor, por mineração deverá ser efetuado pelo empreendedor,

20
meio do SIGBM, antes do início do primeiro por meio do SIGBM, antes do início do primeiro
enchimento. enchimento.

§ 1º As barragens de mineração em construção devem § 1º As barragens de mineração em construção devem


ser cadastradas pelo empreendedor no SIGBM em ser cadastradas pelo empreendedor no SIGBM em
campo específico. campo específico.

§ 2º As alterações dos dados de responsabilidade do § 2º Os dados de responsabilidade do empreendedor


empreendedor contidos no SIGBM, podem ser feitas a contidos no SIGBM, devem estar atualizados.
qualquer tempo ou por solicitação do DNPM.
Seção III Seção III
Da Matriz de Classificação Da Classificação das Barragens de Mineração

Art. 5º As barragens de mineração serão classificadas Art. 5º As barragens de mineração serão classificadas
pelo DNPM em consonância com o art. 7º da Lei nº pela ANM em consonância com o art. 7º da Lei nº
12.334/2010 de acordo com o quadro de classificação 12.334/2010 quanto a Categoria de Risco e ao Dano
quanto a Categoria de Risco e ao Dano Potencial Potencial Associado em alto, médio ou baixo e quanto à
Associado, nas classes A, B, C, D e E, constante no gestão operacional em AA, A, B, C e D, este conforme o
Anexo I. quadro constante no Anexo I desta Resolução.

Parágrafo único. Sempre que detectadas anomalias § 1º A barragem de mineração será automaticamente
com pontuação 10 em qualquer coluna do Quadro 3 - enquadrada como CRI alta, quando:
Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco I. detectadas anomalias com pontuação 10 em qualquer
(1.2 - Estado de Conservação), do Anexo V, ou caso a coluna do Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à
DCE enviada, conforme os prazos previstos no art. 22 Categoria de Risco (1.2 - Estado de Conservação), do
desta Portaria, não for enviada ou for enviada Anexo IV; ou
concluindo pela não estabilidade da barragem, ou se a II. caso a DCE não for enviada, conforme os prazos
DCE for enviada, em qualquer outro caso, concluindo previstos no Inciso III art. 19 desta Resolução; ou
pela não estabilidade da barragem, ou caso o fator de III. se a DCE for enviada concluindo pela não estabilidade
segurança não seja atingido a qualquer tempo, ou caso da barragem; ou
seja classificada como em Nível de Emergência 1, 2 ou IV. caso o fator de segurança não seja atingido a
3, a classificação em CRI da barragem será qualquer tempo; ou
automaticamente alterada para alta. V. caso seja classificada como em Nível de Emergência
1, 2 ou 3; ou
VI. o sistema extravasor não estiver dimensionado de
acordo com o Tempo de Retorno estabelecido no art. 24
desta Resolução.
§ 2º Sempre que barragem de mineração obtiver CRI
alto, ela estará interditada e se enquadrará em Nível de
Emergência, conforme art. 41 desta Resolução.
Art. 6º O empreendedor é obrigado a elaborar mapa de Art. 6º O empreendedor é obrigado a elaborar mapa de
inundação para auxílio na classificação referente ao inundação para auxílio na classificação referente ao
Dano Potencial Associado (DPA) e para suporte às Dano Potencial Associado (DPA) e para suporte às
demais ações descritas no PAEBM de todas as suas demais ações descritas no PAEBM de todas as suas
barragens de mineração, individualmente, de acordo barragens de mineração, individualmente.
com os seguintes prazos:

i. DPA alto: até 31/12/2020;


ii. DPA médio: 28/02/2021; e

21
iii. DPA baixo: 30/04/2021.

§ 1º O mapa de inundação a que se refere o caput deve § 1º O mapa de inundação a que se refere o caput deve
ser detalhado e deve exibir em gráficos e mapas ser detalhado e deve exibir em gráficos e mapas
georreferenciados as áreas a serem inundadas, georreferenciados as áreas a serem inundadas,
explicitando a ZAS e a ZSS, os tempos de viagem para explicitando a ZAS e a ZSS, os tempos de viagem para os
os picos da frente de onda e inundações em locais picos da frente de onda e inundações em locais críticos
críticos abrangendo os corpos hídricos e possíveis abrangendo os corpos hídricos e possíveis impactos
impactos ambientais. ambientais.
§ 2º O deslocamento da frente de onda a que se refere § 2º O deslocamento da frente de onda a que se refere
o § 1º deve ser feito considerando, minimamente, o § 1º deve ser feito considerando, minimamente,
modelos 2D contemplando o acréscimo de materiais e modelos 2D contemplando o acréscimo de materiais e
sedimentos que a onda carreará em seu deslocamento, sedimentos que a onda carreará em seu deslocamento,
onde o empreendedor deverá executar, minimamente: onde o empreendedor deverá executar, minimamente:

I. A caracterização geotécnica, físico-química e I. A caracterização geotécnica, físico-química e


mineralógica dos materiais do reservatório, mineralógica dos materiais do reservatório,
contemplando, mas não se limitando a, ângulo de contemplando, mas não se limitando a, ângulo de
repouso, peso específico, granulometria e identificação repouso, peso específico, granulometria e identificação
de superfícies preferenciais de ruptura; de superfícies preferenciais de ruptura;
II. Classificação dos rejeitos ou sedimentos II. Classificação dos rejeitos ou sedimentos
armazenados no reservatório segundo a norma armazenados no reservatório segundo a norma
ABNT/NBR 10.004 ou norma que a suceda; e ABNT/NBR 10.004 ou norma que a suceda; e
III. Batimetria atualizada do reservatório. III. Batimetria atualizada do reservatório.
§ 3º O mapa de inundação a que se refere o caput deve § 3º O mapa de inundação a que se refere o caput deve
ser elaborado por responsável técnico com ART de ser elaborado por responsável técnico com ART de
acordo com o expresso no art. 44, respeitando as boas acordo com o expresso no art. 89, respeitando as boas
práticas de engenharia e explicitando o método práticas de engenharia e explicitando o método
adotado para sua elaboração. adotado para sua elaboração.
§ 4º Nas situações em que houver barragens § 4º Nas situações em que houver barragens localizadas
localizadas a jusante da estrutura objeto da avaliação e a jusante da estrutura objeto da avaliação e que estejam
que estejam dentro da área de influência da inundação, dentro da área de influência da inundação, o estudo e o
o estudo e o mapa de inundação devem considerar mapa de inundação devem considerar também uma
também uma análise conjunta das estruturas. análise conjunta das estruturas.
§ 5º Os modos de ruptura constantes do estudo e do § 5º Os modos de ruptura constantes do estudo e do
mapa de inundação devem considerar o cenário de mapa de inundação devem considerar o cenário de
maior dano, sendo que para o caso de modo de falha maior dano, sendo que para o caso de modo de falha
por liquefação, a totalidade do maciço e do volume por liquefação, a totalidade do maciço e do volume
contido no reservatório devem ser considerados no contido no reservatório devem ser considerados no
cálculo do volume mobilizável. cálculo do volume mobilizável.
§ 6ºOs mapas de inundação devem ser executados com § 6ºOs mapas de inundação devem ser executados com
base topográfica atualizada em escala apropriada, de base topográfica atualizada em escala apropriada, de
acordo com as Instruções Reguladoras das Normas acordo com as Instruções Reguladoras das Normas
Técnicas da Cartografia Brasileira constantes do Técnicas da Cartografia Brasileira constantes no Decreto
Decreto nº 89.817, de 20 de junho de 1984 ou norma nº 89.817, de 20 de junho de 1984 ou norma que a
que a suceda, para a representação da tipologia do vale suceda, para a representação da tipologia do vale a
a jusante devendo identificar e manter atualizada: jusante devendo identificar e manter atualizada:
Residências com o quantitativo de população existente I. Residências com o quantitativo de população
e com identificação de vulnerabilidades sociais, tais existente e com identificação de vulnerabilidades

22
como portadores de necessidades especiais, idosos, sociais, tais como portadores de necessidades especiais,
crianças, dentre outros: idosos, crianças, dentre outros;
I. Infraestruturas de mobilidade tais como ferrovias, II. Infraestruturas de mobilidade tais como ferrovias,
estradas de uso local, rodovias municipais ou estaduais estradas de uso local, rodovias municipais ou estaduais
ou federais; ou federais;
II. Equipamentos urbanos tais como, mas não se III. Equipamentos urbanos tais como, mas não se
limitando a, escolas, hospitais, presídios, subestações limitando a, escolas, hospitais, presídios, subestações
de energia, estações de tratamento de água ou de de energia, estações de tratamento de água ou de
esgoto; esgoto;
III. Equipamentos com potencial de contaminação, tais IV. Equipamentos com potencial de contaminação, tais
como, mas não se limitando a, postos de gasolina, como, mas não se limitando a, postos de gasolina,
indústrias ou depósitos químicos/radiológicos; indústrias ou depósitos químicos/radiológicos;
IV. Infraestruturas de interesse cultural, artístico, V. Infraestruturas de interesse cultural, artístico,
histórico e de outra natureza que integrem ou sejam histórico e de outra natureza que integrem ou sejam
relevantes ao patrimônio cultural; relevantes ao patrimônio cultural;
V. Sítios arqueológicos e espeleológicos; VI. Sítios arqueológicos e espeleológicos;
VI. Unidades de conservação, áreas de interesse VII. Unidades de conservação, áreas de interesse
ambiental relevante ou áreas protegidas em legislação ambiental relevante ou áreas protegidas em legislação
específica; específica;
VII. Existência de comunidades indígenas tradicionais VIII. Existência de comunidades indígenas tradicionais
ou quilombolas; e ou quilombolas; e
VIII. Estações de captação de água para abastecimento IX. Estações de captação de água para abastecimento
urbano. urbano.

§ 7º O mapa de inundação deve refletir o cenário atual § 7º O mapa de inundação deve refletir o cenário atual
da barragem de mineração e estar em conformidade da barragem de mineração e estar em conformidade
com sua cota licenciada. com sua cota licenciada.

§ 8º O mapa de inundação, de responsabilidade do


empreendedor, deve ser enviado a ANM via SIGBM, em
formato KMZ ou outro definido pela ANM, sempre que
houver atualização, discriminando a ZAS e a ZSS.
Seção IV Seção IV
Do Sistema de Monitoramento Do Sistema de Monitoramento

Art. 7º. O empreendedor é obrigado a implementar Art. 7º. O empreendedor é obrigado a manter sistema
sistema de monitoramento de segurança de barragem de monitoramento de segurança de barragem.
em até 24 meses após a data de início da vigência desta
Portaria.
§ 1º O nível de complexidade do sistema de
monitoramento dependerá da classificação em DPA da
barragem de mineração.
jhjh
§ 2º Para as barragens de mineração classificadas com § 1º Para as barragens de mineração classificadas com
DPA alto, existência de população a jusante com DPA alto, o empreendedor é obrigado a manter sistema
pontuação 10 e características técnicas com método de monitoramento automatizado de instrumentação,
construtivo contendo pontuação 10, o empreendedor adequado à complexidade da estrutura, com
é obrigado a manter sistema de monitoramento acompanhamento em tempo real e período integral,
automatizado de instrumentação, adequado à incluindo redundância no sistema de alimentação,

23
complexidade da estrutura, com acompanhamento em seguindo os critérios definidos pelo projetista, sendo de
tempo real e período integral, seguindo os critérios responsabilidade do empreendedor a definição da
definidos pelo projetista. tecnologia, dos instrumentos e dos processos de
§ 3º As informações advindas do sistema de monitoramento.
monitoramento, devem estar disponíveis para as § 2º As informações advindas do sistema de
equipes ou sistemas das Defesas Civis estaduais e monitoramento, contemplando os dados de
federais e do DNPM, sendo que para as barragens de instrumentação, devem ser armazenadas e estar
mineração com DPA alto, estas devem manter vídeo- disponíveis para a fiscalização das equipes ou sistemas
monitoramento 24 horas por dia de sua estrutura das Defesas Civis estaduais e federais e da ANM, sendo
devendo esta ser armazenada pelo empreendedor pelo que para as barragens de mineração com DPA alto, estas
prazo mínimo de noventa dias. devem manter vídeo-monitoramento 24 horas por dia
de sua estrutura devendo esta ser armazenada pelo
Resolução ANM nº 13/2019 empreendedor pelo prazo mínimo de noventa dias.
Art. 7º As barragens de mineração que necessitam ter
PAEBM, conforme § 2º do art. 9º da Portaria DNPM nº Art. 8º As barragens de mineração com DPA alto ou DPA
70.389, de 17 de maio de 2017, devem contar com médio quando o item “existência de população a
sistemas automatizados de acionamento de sirenes jusante” atingir 10 pontos conforme o Anexo IV desta
instaladas fora da mancha de inundação e outros Resolução, devem contar com sistemas automatizados
mecanismos adequados ao eficiente alerta na ZAS, de acionamento de sirenes instaladas fora da mancha
instalados em lugar seguro, e dotados de modo contra de inundação e outros mecanismos adequados ao
falhas em caso de rompimento da estrutura, eficiente alerta na ZAS, instalados em lugar seguro, e
complementando os sistemas de acionamento manual dotados de modo contra falhas em caso de rompimento
no empreendimento e o remoto. da estrutura, complementando os sistemas de
§ 1º Para os casos em que a mancha de inundação seja acionamento manual no empreendimento e o remoto.
demasiadamente larga ou em outros casos § 1º Para os casos em que a mancha de inundação seja
excepcionais em que não seja possível a instalação das demasiadamente larga ou em outros casos excepcionais
sirenes fora da mancha de inundação, estas podem ser em que não seja possível a instalação das sirenes fora da
instaladas dentro da citada mancha desde que mancha de inundação, estas podem ser instaladas
devidamente justificado pelo projetista no PAEBM. dentro da citada mancha desde que devidamente
§ 2º Os sistemas de alerta de acionamento automático justificado pelo projetista no PAEBM.
e manual, referidos no caput, deverão ser projetados e § 2º Os sistemas de alerta de acionamento automático
implementados conforme definido na Portaria DNPM e manual, referidos no caput, deverão ser projetados e
nº 70.389, de 17 de maio de 2017, em consonância com implementados em consonância com as características
as características da barragem e com os critérios de da barragem e com os critérios de acionamento
acionamento relacionados a parâmetros de relacionados a parâmetros de deformação e
deformação e deslocamentos, cujos limites deverão ser deslocamentos, cujos limites deverão ser definidos pelo
definidos pelo projetista da barragem. projetista da barragem.
§ 3º O prazo para implementação do sistema
automatizado a que se refere o caput é até 15 de
dezembro de 2020.
§ 4º O não atendimento, no prazo indicado, ao disposto
neste artigo, implicará na interdição da barragem até § 3º O não atendimento, ao disposto neste artigo,
que se cumpram os requisitos dispostos. implicará na interdição da barragem até que se
cumpram os requisitos dispostos.
Portaria DNPM nº 70.389/2017
CAPÍTULO II CAPÍTULO II
DO PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS DO PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

Seção I Seção I

24
Da Estrutura e do Conteúdo Mínimo do Da Estrutura e do Conteúdo Mínimo do
Plano de Segurança da Barragem Plano de Segurança da Barragem

Art. 8º O Plano de Segurança da Barragem é Art. 9º O Plano de Segurança da Barragem é


instrumento da Política Nacional de Segurança de instrumento da Política Nacional de Segurança de
Barragens, de implementação obrigatória pelo Barragens, de implementação obrigatória pelo
empreendedor, cujo objetivo é auxiliá-lo na gestão da empreendedor, cujo objetivo é auxiliá-lo na gestão da
segurança da barragem. segurança da barragem.
Art. 9º O PSB deverá ser composto ordinariamente por Art. 10º O PSB deverá ser composto ordinariamente por
4 (quatro) volumes, respectivamente: 6 (seis) volumes, respectivamente:
I. Volume I- Informações Gerais; I. Volume I - Informações Gerais;
II. Volume II - Planos e Procedimentos; II. Volume II - Planos e Procedimentos;
III. Volume III - Registros e Controles; e III. Volume III - Registros e Controles;
IV. Volume IV - Revisão Periódica de Segurança de IV. Volume IV - Revisão Periódica de Segurança de
Barragem. Barragem;
V. Volume V - Plano de Ação de Emergência para
Barragens de Mineração; e
VI. Volume VI - Processo de Gestão de Risco.
§ 1º Quando se tratar de barragens com DPA alto, nos
termos do Anexo V, ou quando exigido pelo DNPM, o
PSB deverá, ainda, ser composto pelo volume V,
referente ao PAEBM.
§ 2º Para as barragens com DPA médio, nos termos do
Anexo V, quando o item "existência de população a
jusante" atingir10 pontos ou o item "impacto
ambiental" atingir 10 pontos, o PSB deverá, também,
ser composto pelo volume V, referente ao PAEBM.
§ 3º A extensão e o detalhamento de cada volume do
PSB, devem ser proporcionais à complexidade da
barragem e suficientes para garantir as condições
adequadas de segurança.
§ 4º O conteúdo mínimo e o nível de detalhamento de § 1º O conteúdo mínimo e o nível de detalhamento de
cada volume são especificados no Anexo II. cada volume são especificados no Anexo II.
§ 5º O PSB de toda barragem de mineração construída § 2º O PSB de toda barragem de mineração construída
após a promulgação da Lei n.º 12.334, de 2010, deve após a promulgação da Lei n.º 12.334, de 2010, deve
conter projeto "como construído" - "as built". conter projeto “como construído” – “as built”.
§ 6º O PSB de toda barragem de mineração construída § 3º O PSB de toda barragem de mineração construída
antes da promulgação da Lei n.º 12.334, de 2010, que antes da promulgação da Lei n.º 12.334, de 2010, que
não possua o projeto "as built", deverá conter o projeto não possua o projeto "as built", deverá conter o projeto
"como está" - "as is", no prazo máximo de dois anos, a "como está" - "as is".
partir da data de início da vigência desta Portaria.
§ 4º Conforme o inciso V, art. 17 da Lei nº 12.334/2010,
o empreendedor deverá prover acesso ao PSB
atualizado, sempre que solicitado pelo órgão
fiscalizador, assim como deve ser inserido no SNISB,
conforme § 4º, art. 8º, seguindo orientações da Agência
Nacional de Águas e em consonância com o inciso XX,
art. 21 da referida Lei.
Seção III Seção II

25
Da Elaboração e Atualização do Da Elaboração e Atualização do
Plano de Segurança da Barragem Plano de Segurança da Barragem

Art. 10. Ressalvado o disposto nos artigos 16, III e § 1.º, Art. 11. O PSB devem ser elaborado, organizado e
24, III, 40, § 1.º, 45, § 1.º, e 50, § 1.º, todos os assinado por responsável técnico com registro no
documentos que compõem o PSB devem ser respectivo conselho profissional, bem como possuir
elaborados e organizados pelo empreendedor, por manifestação de ciência e concordância pela pessoa
meio de equipe composta de profissionais integrantes física, brasileira ou naturalizada brasileira, de maior
de seu quadro de pessoal ou por equipe externa autoridade na hierarquia da empresa responsável pela
contratada para esta finalidade. direção, controle ou administração no âmbito da
organização interna da citada empresa.
Art. 11. O PSB deverá ser elaborado até o início do Art. 12. O PSB deverá ser elaborado até o início do
primeiro enchimento da barragem, a partir de quando primeiro enchimento da barragem, a partir de quando
deverá estar disponível para utilização pela Equipe de deverá estar disponível para utilização pela Equipe de
Segurança de Barragem e para serem consultados Segurança de Barragem e para serem consultados pelos
pelos órgãos fiscalizadores e da Defesa Civil. órgãos fiscalizadores e pela Defesa Civil.

§ 1º O PSB deverá estar disponível no Parágrafo único. O PSB deverá estar disponível no
empreendimento, preferencialmente no escritório da empreendimento, preferencialmente no escritório da
equipe de segurança de barragem, ou em local mais equipe de segurança de barragem, ou em local mais
próximo à estrutura. próximo à estrutura, até o seu descadastramento,
§ 2º O PSB deverá estar disponível em formato físico ou sendo que o volume V, deverá ser obrigatoriamente
eletrônico, excetuando-se o volume V, o qual deverá físico e digital.
ser obrigatoriamente físico.
Art. 12. O PSB deverá ser atualizado em decorrência Art. 13. O PSB deverá ser atualizado em decorrência das
das ISR e ISE e das RPSB, incorporando os seus registros ISR e ISE e das RPSB, incorporando os seus registros e
e relatórios, assim como suas exigências e relatórios, assim como suas exigências e
recomendações. recomendações.
Art. 14. Todos os estudos, projetos, relatórios e registros
SEM CORRESPONDENTE das obras relacionados a esta Resolução deverão ser
anexados ao Plano de Segurança de Barragens.
CAPÍTULO III CAPÍTULO III
DA REVISÃO PERIÓDICA DE SEGURANÇA DA DA REVISÃO PERIÓDICA DE SEGURANÇA DA
BARRAGEM BARRAGEM
Seção I Seção I
Da Estrutura e do Conteúdo Mínimo Da Estrutura e do Conteúdo Mínimo

Art. 13. A Revisão Periódica de Segurança de Barragem Art. 15. A Revisão Periódica de Segurança de Barragem
deverá indicar as ações a serem adotadas pelo deverá indicar as ações a serem adotadas pelo
empreendedor para a manutenção da segurança, empreendedor para a manutenção da segurança,
compreendendo, para tanto: compreendendo, para tanto:
I. O exame de toda a documentação da barragem, em I. O exame de toda a documentação da barragem, em
particular dos relatórios de inspeção; particular dos relatórios de inspeção;
II. O exame dos procedimentos de manutenção e II. O exame dos procedimentos de manutenção e
operação adotados pelo empreendedor; operação adotados pelo empreendedor;
III. A análise comparativa do desempenho da barragem III. A análise comparativa do desempenho da barragem
em relação às revisões efetuadas anteriormente; em relação às revisões efetuadas anteriormente;
IV. A realização de novas análises de estabilidade; IV. A realização de novas análises de estabilidade;

26
V. A análise da segurança hidráulica em função das V. A análise da segurança hidráulica em função das
condições atuais de enchimento do reservatório; condições atuais de enchimento do reservatório;
VI. Análise da aderência entre projeto e construção; e VI. Análise da aderência entre projeto e construção;
VII. Revisar a documentação "as is", a depender do VII. Revisão da documentação “as is”, a depender do
caso. caso; e
VIII. Análise dos resultados dos estudos para redução da
categoria de risco da barragem.
§ 1º Ao ser concluída a RPSB, deve ser emitida uma DCE
que será anexada ao PSB e inserida no SIGBM.
§ 2º Caso as conclusões da RPSB indiquem a não § 1º Caso as conclusões da RPSB indiquem a não
estabilidade da estrutura, esta informação deve ser estabilidade da estrutura ou caso não seja enviada a DCE
transmitida ao DNPM imediatamente por meio do deste estudo nos prazos estabelecidos nesta Resolução,
sistema SIGBM, o que ocasionará, de imediato, a a estrutura estará interditada.
interdição da estrutura e a suspensão, pelo
empreendedor, do lançamento de efluentes e/ou
rejeitos no reservatório.
§ 3º O conteúdo mínimo da RPSB é detalhado no Anexo § 2º O conteúdo mínimo da RPSB é detalhado no Anexo
II. II.
Art. 14. O produto final da RPSB é um Relatório que Art. 16. O produto final da RPSB é um Relatório que deve
deve contemplar os elementos indicados no Volume IV contemplar os elementos indicados no Volume IV -
- Revisão Periódica de Segurança de Barragem do Plano Revisão Periódica de Segurança de Barragem do Plano
de Segurança da Barragem (Anexo II), que inclui uma de Segurança da Barragem (Anexo II), que inclui uma
DCE e deve indicar a necessidade, quando cabível, de: DCE, a qual deverá ser anexada ao PSB e inserida no
I. Elaboração ou alteração dos planos de operação, SIGBM.
manutenção, instrumentação, testes ou inspeções;
II. Dispositivos complementares de vertimento,
quando houver;
III. Implantação, incremento ou melhoria nos
dispositivos e frequências de instrumentação e
monitoramento;
IV. Obras ou reformas para garantia da estabilidade
estrutural da barragem; e
V. Outros aspectos relevantes indicados pelo
responsável técnico pelo documento.
Art. 17 As recomendações do Relatório de Revisão
Periódica de Segurança de Barragens deverão ter prazos
estabelecidos para implementação, considerando a
complexidade das ações e os riscos envolvidos.
§ 1º As recomendações referenciadas no caput devem
ser atendidas pelo empreendedor dentro dos prazos
SEM CORRESPONDENTE
estipulados pelo responsável técnico.
§ 2º A eventual alteração ou cancelamento das
recomendações deverá ser avaliada, justificada
tecnicamente e registrada pela auditoria externa por
meio de relatório específico, acompanhado da ART,
anexado ao volume IV do PSB.
Seção II Seção II
Da Periodicidade da Revisão Periódica de Segurança Da Periodicidade da Revisão Periódica de Segurança de
de Barragem Barragem

27
Art. 15. A periodicidade máxima da RPSB será definida Art. 18. A periodicidade máxima da RPSB será definida
em função do DPA, sendo: em função do DPA, sendo:
I.DPA alto: a cada 3 (três) anos; I. DPA alto: a cada 3 (três) anos;
II.DPA médio: a cada 5 (cinco) anos; e II. DPA médio: a cada 5 (cinco) anos; e
III.DPA baixo: a cada 7 (sete) anos. III. DPA baixo: a cada 7 (sete) anos.

§ 1º Sempre que ocorrerem modificações estruturais, § 1º Sempre que ocorrerem modificações estruturais,
como alteamentos ou modificações na classificação como alteamentos ou modificações na classificação dos
dos rejeitos depositados na barragem de mineração de rejeitos depositados na barragem de mineração de
acordo com a NBR ABNT nº 10.004, no prazo de seis acordo com a NBR ABNT nº 10.004/2004, no prazo de
meses contados da conclusão da modificação, o seis meses contados da conclusão da modificação, o
empreendedor ficará obrigado a executar e concluir empreendedor ficará obrigado a executar e concluir
nova RPSB. nova RPSB.
§ 2º Para o caso de barragens de mineração alteadas § 2º Para o caso de barragens de mineração alteadas
continuamente, independente do DPA, a RPSB será continuamente, independente do DPA, a RPSB será
executada a cada dois anos ou a cada 10 metros executada a cada dois anos ou a cada 10 metros
alteados, prevalecendo o que ocorrer antes, com prazo alteados, prevalecendo o que ocorrer antes, com prazo
máximo de seis meses para a conclusão da citada máximo de seis meses para a conclusão da citada
Revisão. Revisão.
§ 3º No caso de retomada de Barragens de Mineração § 3º Nos casos de reaproveitamento de rejeitos ou de
por processo de reaproveitamento de rejeitos ou no remoção dos rejeitos ou sedimentos, ou de
caso de remoção dos rejeitos ou sedimentos, ou no empilhamento de rejeitos desaguados ou qualquer tipo
caso de empilhamentos de rejeitos desaguados ou de material, temporariamente ou permanentemente,
qualquer outro tipo de material, temporariamente ou assentados sobre o reservatório existente, o
permanentemente, sobre o reservatório previamente empreendedor deverá executar previamente a RPSB,
existente, o empreendedor deverá executar sob pena de interdição imediata da estrutura.
previamente a RPSB, sob pena de interdição imediata
da estrutura.

§ 4º Em caso de barragem em processo de


descaracterização, fica estabelecido a periodicidade
disposta nos incisos do caput.

28
CAPÍTULO IV CAPÍTULO IV
DAS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA REGULARES DAS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA REGULARES

Seção I Seção I
Da Estrutura, do conteúdo mínimo e da periodicidade Da Estrutura, do conteúdo mínimo e da periodicidade

Art. 16. A Inspeção de Segurança Regular de Barragem Art. 19. A Inspeção de Segurança Regular de Barragem
deve ser realizada pelo empreendedor, observadas as deve ser realizada pelo empreendedor, observadas as
seguintes prescrições: seguintes prescrições:

I. Preencher, quinzenalmente, as Fichas de Inspeção I. Preencher, quinzenalmente ou em menor período, a


Regular, por meio de equipe composta de profissionais seu critério, as Fichas de Inspeção Regular.
integrantes de seu quadro de pessoal ou por
intermédio de equipe externa contratada para esta
finalidade;
II. Preencher, quinzenalmente, o Extrato da Inspeção II. Preencher, quinzenalmente, o Extrato da Inspeção de
de Segurança Regular da Barragem no SIGBM, por meio Segurança Regular da Barragem no SIGBM; e
de equipe composta de profissionais integrantes de
seu quadro de pessoal ou por intermédio de equipe
externa contratada para esta finalidade; e
III. Elaborar, semestralmente, o Relatório de Inspeção III. Elaborar, semestralmente, o Relatório de Inspeção
de Segurança Regular da barragem (RISR) com a DCE, de Segurança Regular da barragem (RISR) com a DCE
onde esta deverá ser enviada ao DNPM via sistema por que deverá ser enviada à ANM via SIGBM, entre 1º e 31
meio do SIGBM, entre 1º e 31 de março e entre 1º e 30 de março e entre 1º e 30 de setembro.
de setembro.

§ 1º Os documentos mencionados no inciso III, com § 1º Os documentos mencionados no inciso III, com
entrega prevista entre 1º e 30 de setembro de cada entrega prevista entre 1º e 30 de setembro de cada ano,
ano, devem ser elaborados obrigatoriamente por devem ser elaborados obrigatoriamente por equipe
equipe externa contratada, e os documentos com externa contratada.
entrega prevista entre 1º e 31 de março podem ser
elaborados por equipe composta de profissionais do
quadro de pessoal do empreendedor.
§ 2º O DNPM poderá exigir do empreendedor, a § 2º A ANM poderá exigir do empreendedor, a qualquer
qualquer tempo, a realização de nova análise de tempo, a realização de nova análise de estabilidade,
estabilidade, para fins de apresentação de DCE da para fins de apresentação de DCE da barragem.
barragem.
§ 3º A não apresentação da DCE, ensejará a interdição § 3º A não apresentação da DCE assim como o envio da
imediata da barragem de mineração. DCE não atestando a estabilidade, ensejará a interdição
§ 4º A interdição a que se refere o caput compreende imediata da barragem de mineração.
o não lançamento de efluentes e/ou rejeitos no
reservatório, devendo ser mantida a equipe de
segurança de barragens com o fim de preservar a
segurança da estrutura.
§ 4º Os períodos quinzenais a que se referem os itens I
e II do caput devem ser entendidos como aqueles
compreendidos entre o primeiro e o décimo-quinto dia
de cada mês e entre o décimo-sexto e o último dia de
cada mês.

29
§ 5º Para as ECJ o empreendedor deverá enviar a DCE
via SIGBM, entre 1º e 31 de março e entre 1º e 30 de
setembro.
§ 6º A DCE da ECJ poderá ser elaborada conforme o
preconizado neste artigo ou de acordo com a definição
do projetista seguindo as melhores práticas de
engenharia.
§ 7º A não apresentação da DCE da ECJ assim com o
envio da DCE da ECJ não atestando sua estabilidade,
ensejará a interdição imediata do complexo minerário
associado à ECJ.

Art. 17. Durante as vistorias de rotina, caso seja


constatada anomalia com a pontuação máxima de 10
(dez) pontos, em qualquer coluna do Quadro 3 - Matriz VIDE ARTIGO 27 DA MINUTA
de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 -
Estado de Conservação), do Anexo V, o empreendedor
deverá realizar ISE, observado o disposto no Capítulo V.
Art. 18. O empreendedor deve realizar,
quinzenalmente, ou em menor período, a seu critério,
inspeções de rotina na barragem sob sua SEM CORRESPONDENTE
responsabilidade, ocasiões em que deve preencher a
Ficha de Inspeção Regular.
Art. 19. A FIR tem seu modelo definido pelo Art. 20 A FIR tem seu modelo definido pelo
empreendedor e deverá abranger todos os empreendedor e deverá abranger todos os
componentes e estruturas associadas à barragem e componentes e estruturas associadas à barragem e
conter, obrigatoriamente, o Quadro 3 - Matriz de conter, obrigatoriamente, o Quadro 3 – Matriz de
Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado
de Conservação), do Anexo V. de Conservação), do Anexo IV.
Parágrafo único. As FIR devem ser anexadas ao PSB no Parágrafo único. As FIR devem ser anexadas ao PSB no
Volume III - Registros e Controles - e serão objeto de Volume III – Registros e Controles – e serão objeto de
análise no caso de RPSB. análise no caso de RPSB.
Art. 20. O Extrato de Inspeção Regular de Barragem Art. 21. O Extrato de Inspeção Regular de Barragem
deverá ser preenchido quinzenalmente no sistema deverá ser preenchido quinzenalmente no sistema
SIGBM, compreendendo as informações da inspeção SIGBM, compreendendo as informações da inspeção
quinzenal realizada. quinzenal realizada.
§ 1º O preenchimento do EIR deverá ser realizado até § 1º O preenchimento do EIR deverá ser realizado até o
o final da quinzena subsequente à inspeção em campo final da quinzena subsequente à inspeção em campo
que gerou o preenchimento da FIR. que gerou o preenchimento da FIR.
§ 2º O não preenchimento dos extratos durante o § 2º O não preenchimento dos extratos durante o
período de quatro quinzenas subsequentes, ensejará a período de quatro quinzenas subsequentes, ensejará a
interdição da barragem de mineração além das interdição da barragem de mineração.
penalidades administrativas.
§ 3º O envio de EIR com pontuação 6 na mesma coluna
no Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à
Categoria de Risco (1.2 - Estado de Conservação), do
Anexo IV, durante o período de quatro quinzenas
subsequentes, ensejará a interdição da barragem de
mineração.
30
Art. 21. O Relatório de Inspeção de Segurança Regular Art. 22. O Relatório de Inspeção de Segurança Regular
(RISR) da barragem deverá conter, no mínimo, os (RISR) da barragem deverá conter, no mínimo, os
elementos indicados no Anexo II. elementos indicados no Anexo II.

Parágrafo único. O RISR deve ser acompanhado da Parágrafo único. O RISR deve ser acompanhado da
respectiva anotação de responsabilidade técnica do respectiva anotação de responsabilidade técnica do
profissional que o elaborar, conforme constante no art. profissional que o elaborar, conforme constante no art.
44 e deverá ser anexado ao PSB em seu Volume III. 89 e deverá ser anexado ao PSB em seu Volume III.
Resolução ANM nº 13/2019
Art. 5º Cabe ao auditor, profissional legalmente Art. 23. Cabe ao auditor, profissional legalmente
habilitado pelo CONFEA/CREA, calcular os fatores de habilitado pelo CONFEA/CREA, calcular os fatores de
segurança para as barragens de mineração inseridas na segurança para as barragens de mineração inseridas na
PNSB, independentemente do método construtivo PNSB, independentemente do método construtivo
adotado, com base na ABNT NBR 13.028/2017, nas adotado, com base na ABNT NBR 13.028/2017 ou norma
normas internacionais e nas boas práticas de que a suceda, nas normas internacionais e nas boas
engenharia, sendo exigido, para as análises de práticas de engenharia, sendo exigido, para as análises
estabilidade e estudos de susceptibilidade à liquefação de estabilidade e estudos de susceptibilidade à
na condição não drenada, valor igual ou superior a 1,3 liquefação na condição não drenada, global ou local,
para resistência de pico. valor igual ou superior a 1,3 para resistência de pico.

§ 1º Os Fatores de Segurança mencionados no caput § 1º Os Fatores de Segurança mencionados no caput


devem ser considerados para a elaboração do Relatório devem ser considerados para a elaboração do Relatório
de Inspeção de Segurança Regular e Especial, Revisão de Inspeção de Segurança Regular e Especial, Revisão
Periódica de Segurança da Barragem e demais Periódica de Segurança da Barragem e demais relatórios
relatórios técnicos, assim como para fins de técnicos, assim como para fins de dimensionamento das
dimensionamento das estruturas necessárias para estruturas necessárias para estabilização das barragens
estabilização das barragens a serem descaracterizadas, a serem descaracterizadas, contemplando o período de
contemplando o período de execução das obras. execução das obras.

§ 2º Os parâmetros de resistência mencionados no § 2º Os parâmetros de resistência mencionados no


caput devem ser obrigatoriamente definidos a partir da caput devem ser obrigatoriamente definidos a partir da
análise e interpretação de resultados de ensaios análise e interpretação de resultados de ensaios
geotécnicos atualizados e representativos, conforme geotécnicos atualizados e representativos, conforme
definido pelo projetista, realizados no próprio material definido pelo projetista, realizados no próprio material
constituinte do barramento e do reservatório. constituinte do barramento e do reservatório.

§ 3º Para casos em que o fator de segurança, nas § 3º Para casos em que o fator de segurança, nas
condições drenada ou não drenada, esteja condições drenada ou não drenada, esteja
momentaneamente abaixo dos valores mínimos momentaneamente abaixo dos valores mínimos
estabelecidos pela norma ABNT NBR 13.028/2017 e estabelecidos pela norma ABNT NBR 13.028/2017 e
conforme descrito no caput, fica a barragem de conforme descrito no caput, fica a barragem de
mineração imediatamente interditada, sendo o mineração imediatamente interditada, sendo o
empreendedor obrigado a suspender o aporte empreendedor obrigado a suspender o aporte
operacional na barragem e a notificar a ANM por meio operacional na barragem e a notificar a ANM por meio
do SIGBM, bem como a implementar ações de controle do SIGBM, bem como a implementar ações de controle
e mitigação para garantir a segurança da estrutura e e mitigação para garantir a segurança da estrutura e
avaliar a necessidade de evacuação da área à jusante, avaliar a necessidade de evacuação da área à jusante,
até que o fator de segurança retorne aos valores até que o fator de segurança retorne aos valores
mínimos. mínimos.

31
Art. 24. A RISR deve levar em consideração séries
históricas de precipitação, estudos hidrológicos e
estudos de capacidade dos dispositivos de vertimento
existentes, visando atestar a segurança hidráulica da
estrutura.
§ 1º A verificação da capacidade de escoamento do
vertedouro dos reservatórios, de acordo com o tempo
de retorno previsto, deve ser reavaliada com base nos
dados disponíveis de precipitação e vazão da bacia
hidrográfica do reservatório, considerando as incertezas
dos estudos de vazão máxima de projeto.
§ 2º O tempo de retorno mínimo a ser considerado para
dimensionamento do sistema extravasor durante o
período de operação da barragem, deve atender aos
SEM CORRESPONDENTE seguintes critérios, em consonância com o DPA:
I. DPA baixo: 500 anos;
II. DPA médio: 1.000 anos; e
III. DPA alto: 10.000 anos ou PMP, a que for mais
restritiva para a duração crítica do sistema
hidrológico avaliado.
§ 3º O período de retorno mínimo a ser considerado
para dimensionamento do sistema extravasor para o
período de desativação ou descaracterização da
estrutura, deve atender, independentemente do DPA, a
10.000 anos ou PMP, a que for mais restritiva para a
duração crítica do sistema hidrológico avaliado.
§ 4º Os sistemas vertedouros de barragens existentes
deverão ser adequados aos tempos de retorno
determinados nesse artigo até 31 de dezembro de 2023.
§ 5º Quando o volume para amortecimento de cheias
atingir o valor do volume de espera, fica interditada a
barragem até que a manutenção da segurança da
estrutura frente à cheia de projeto seja restaurada.
§ 6º O empreendedor deve calibrar os dados das bacias
e das sub-bacias de sua barragem com dados obtidos de
instrumentos com tempo adequado para calibração
visando o adequado dimensionamento dos vertedouros
com dados reais 2 ciclos hidrológicos com eventos de
máxima significativos.
Art. 25. As recomendações dos Relatórios de Inspeção
de Segurança Regular deverão ter prazos estabelecidos
para implementação, considerando a complexidade das
ações e os riscos envolvidos.
§ 1º As recomendações referenciadas no caput devem
SEM CORRESPONDENTE
ser atendidas pelo empreendedor dentro dos prazos
estipulados pelo responsável técnico.
§ 2º A eventual alteração ou cancelamento das
recomendações deverá ser avaliada, justificada
tecnicamente e registrada pelo responsável técnico por

32
meio de relatório específico, acompanhado da ART,
anexado ao volume III do PSB.
Portaria DNPM nº 70.389/2017
Art. 22. O empreendedor deve encaminhar ao DNPM, Art. 26. O empreendedor deve encaminhar à ANM, por
por meio do SIGBM, a Declaração de Condição de meio do SIGBM, a Declaração de Condição de
Estabilidade da Barragem com cópia da respectiva ART Estabilidade da Barragem com cópia da respectiva ART
na forma do Anexo III, individualizada por barragem, na forma do modelo estabelecido no SIGBM,
semestralmente, entre os dias 1º e 31 de março e 1º e individualizada por barragem, semestralmente, entre os
30 de setembro. dias 1º e 31 de março e 1º e 30 de setembro.

Parágrafo único. A DCE da barragem deverá ser Parágrafo único. A DCE da barragem de mineração ou
assinada pelo responsável técnico por sua elaboração da ECJ deverá ser assinada pelo responsável técnico por
e pela pessoa física, brasileira ou naturalizada sua elaboração e pela pessoa física, brasileira ou
brasileira, de maior autoridade na hierarquia da naturalizada brasileira, de maior autoridade na
empresa responsável pela direção, controle ou hierarquia da empresa responsável pela direção,
administração no âmbito da organização interna da controle ou administração no âmbito da organização
citada empresa, conforme as regras de acesso da conta interna da citada empresa, conforme as regras de
única do Governo - gov.br, ou regra de acesso ou acesso da conta única do Governo - gov.br, ou regra de
sistema que a suceder. acesso ou sistema que a suceder.
CAPÍTULO V CAPÍTULO V
DAS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA ESPECIAIS DAS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA ESPECIAIS

Seção I Seção I
Da Estrutura, do conteúdo mínimo e da periodicidade Da Estrutura, do conteúdo mínimo e da periodicidade

Art. 23. Sempre que detectadas anomalias com Art. 27. Sempre que detectadas anomalias com
pontuação 10 em qualquer coluna do Quadro 3 - Matriz pontuação 10 em qualquer coluna do Quadro 3 - Matriz
de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 -
Estado de Conservação), do Anexo V, devem ser Estado de Conservação), do Anexo IV, devem ser
realizadas Inspeções de Segurança Especiais (ISE) na realizadas Inspeções de Segurança Especiais (ISE) na
forma desta Portaria. forma desta Resolução.
Parágrafo único. As ISE também devem ser realizadas a Parágrafo único. As ISE também devem ser realizadas a
qualquer tempo, quando exigidas pelo DNPM, bem qualquer tempo, quando exigidas pelo ANM, bem
como, independentemente de solicitação formal pela como, independentemente de solicitação formal pela
autarquia, após a ocorrência de eventos excepcionais autarquia, após a ocorrência de eventos excepcionais
que possam significar impactos nas condições de que possam significar impactos nas condições de
estabilidade. estabilidade.
Art. 24. A Inspeção de Segurança Especial de Barragem Art. 28. A Inspeção de Segurança Especial de Barragem
deve ser realizada pelo empreendedor, observadas as deve ser realizada pelo empreendedor, observadas as
seguintes prescrições: seguintes prescrições:
I. Preencher, diariamente, as Fichas de Inspeção I. Preencher, diariamente, as Fichas de Inspeção
Especial, por meio de equipe composta de profissionais Especial, até que a anomalia detectada na ISE tenha sido
integrantes de seu quadro de pessoal ou por classificada como extinta ou controlada;
intermédio de equipe externa contratada para esta
finalidade, até que a anomalia detectada na ISE tenha
sido classificada como extinta ou controlada;
II. Preencher, diariamente, o Extrato da Inspeção II. Preencher, diariamente, o Extrato da Inspeção
Especial da barragem, por meio de equipe composta de Especial da barragem, até que a anomalia detectada na
profissionais integrantes de seu quadro de pessoal ou

33
por intermédio de equipe externa contratada para esta ISE tenha sido classificada como extinta ou controlada;
finalidade, até que a anomalia detectada na ISE tenha e
sido classificada como extinta ou controlada; e
III. Avaliar as condições de segurança e elaborar
Relatório Conclusivo de Inspeção Especial da III. Avaliar as condições de segurança e elaborar
barragem, exclusivamente por meio de equipe externa Relatório Conclusivo de Inspeção Especial da barragem,
multidisciplinar de especialistas contratada para esta por meio de equipe multidisciplinar de especialistas,
finalidade, quando a anomalia detectada na ISR da quando a anomalia detectada na ISE da barragem for
barragem for classificada como extinta ou controlada. classificada como extinta ou controlada.
Art. 25. A Ficha de Inspeção Especial da barragem terá Art. 29. A Ficha de Inspeção Especial da barragem terá
seu modelo definido pelo empreendedor e deverá seu modelo definido pelo empreendedor e deverá
abranger os componentes e estruturas associadas à abranger os componentes e estruturas associadas à
barragem que tenham motivado a ISE da barragem e, barragem que tenham motivado a ISE da barragem e, no
no mínimo, os tópicos existentes no Anexo IV. mínimo, os tópicos existentes no Anexo III.

Parágrafo único. A FIE deverá ser anexada ao PSB no Parágrafo único. A FIE deverá ser anexada ao PSB no
Volume III - Registros e Controles. Volume III - Registros e Controles.
Art. 26. O Extrato de Inspeção Especial da barragem Art. 30. O Extrato de Inspeção Especial da barragem
deverá ser preenchido diretamente via sistema SIGBM, deverá ser preenchido diretamente via sistema SIGBM,
diariamente. diariamente.
Art. 27. O Relatório Conclusivo de Inspeção Especial Art. 31. O Relatório Conclusivo de Inspeção Especial
(RCIE) da barragem deve conter, no mínimo, os (RCIE) da barragem deve conter, no mínimo, os
elementos indicados no Anexo II. elementos indicados no Anexo II.
§ 1º As anomalias que resultem na pontuação máxima § 1º As anomalias que resultem na pontuação máxima
de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna do Quadro 3 - de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna do Quadro 3 -
Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2
(1.2 - Estado de Conservação), serão classificadas de - Estado de Conservação), serão classificadas de acordo
acordo com definições a seguir: com definições a seguir:

I. Extinto: quando a anomalia que resultou na I. Extinto: quando a anomalia que resultou na
pontuação máxima de 10 (dez) pontos for pontuação máxima de 10 (dez) pontos for
completamente extinta, não gerando mais risco que completamente extinta, não gerando mais risco que
comprometa a segurança da barragem; comprometa a segurança da barragem;
II. Controlado: quando a anomalia que resultou na II. Controlado: quando a anomalia que resultou na
pontuação máxima de 10 (dez) pontos não for pontuação máxima de 10 (dez) pontos não for
totalmente extinta, mas as ações adotadas eliminarem totalmente extinta, mas as ações adotadas eliminarem
o risco de comprometimento da segurança da o risco de comprometimento da segurança da
barragem, não obstante deva ser controlada, barragem, não obstante deva ser controlada,
monitorada e reparada ao longo do tempo; e monitorada e reparada ao longo do tempo; e
III. Não controlado: quando a anomalia que resultou na III. Não controlado: quando a anomalia que resultou na
pontuação máxima de 10 (dez) pontos não foi pontuação máxima de 10 (dez) pontos não foi
controlada e tampouco extinta, necessitando de novas controlada e tampouco extinta, necessitando de novas
ISE e de novas intervenções a fim de eliminá-la. ISE e de novas intervenções a fim de eliminá-la.
§ 2º A extinção ou o controle da anomalia que gerou a § 2º A extinção ou o controle da anomalia que gerou a
inspeção especial de segurança de barragem deverá inspeção especial de segurança de barragem deverá ser
ser informada ao DNPM por meio do sistema SIGBM. informada ao ANM por meio do sistema SIGBM.
§ 3º O RCIE deverá ser acompanhado da respectiva § 3º O RCIE deverá ser acompanhado da respectiva
anotação de responsabilidade técnica do profissional anotação de responsabilidade técnica do profissional
que o elaborar. que o elaborar, conforme estabelecido no art. 87.

34
§ 4º A anomalia encontrada que ocasionou a IES deverá § 4º A anomalia encontrada que ocasionou a ISE deverá
ser reclassificada individualmente. ser reclassificada individualmente.
Art. 28. O RCIE deverá ser anexado ao PSB no Volume Art. 32. O RCIE deverá ser anexado ao PSB no Volume III
III - Registros e Controles. – Registros e Controles.
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VI
DO PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA DO PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA
BARRAGENSDE MINERAÇÃO BARRAGENS DE MINERAÇÃO

Seção I Seção I
Da estrutura e do conteúdo mínimo Da estrutura e do conteúdo mínimo

Art. 29. O Plano de Ação de Emergência para Barragens Art. 33. O Plano de Ação de Emergência para Barragens
de Mineração deverá ser elaborado para todas as de Mineração deverá ser elaborado para todas as
barragens enquadradas no disposto nos § § 1.º e 2.º do barragens de mineração inseridas na PNSB.
art. 9.º
Art. 30. O PAEBM deverá contemplar o previsto no art. Art. 34. O PAEBM deverá contemplar o previsto no art.
12 da Lei nº 12.334/2010 e seu nível de detalhamento 12 da Lei nº 12.334/2010 e seu nível de detalhamento
deve seguir o estabelecido no Anexo II desta Portaria. deve seguir o estabelecido no Anexo II desta Resolução.

Parágrafo único. O documento físico do PAEBM deverá Parágrafo único. O documento físico do PAEBM deverá
ter capa vermelha e o nome da barragem em destaque, ter capa vermelha e o nome da barragem em destaque,
visando fácil localização no momento de sinistro e visando fácil localização no momento de sinistro e
deverá estar em local de fácil acesso no deverá estar em local de fácil acesso no
empreendimento, preferencialmente no escritório da empreendimento, preferencialmente no escritório da
equipe de segurança de barragem, ou em local mais equipe de segurança de barragem, ou em local mais
próximo à estrutura. próximo à estrutura.
Art. 31. Devem ser entregues cópias físicas do PAEBM Art. 35. Devem ser entregues cópias físicas atualizadas
para as Prefeituras e aos organismos de defesa civil. do PAEBM para os órgãos de proteção e defesa civil dos
municípios inseridos no mapa de inundação ou, na
inexistência destes órgãos, na prefeitura municipal.
§ 1º Quando solicitados, os empreendedores devem
fornecer às autoridades citadas no caput informações
complementares que esclareçam o conteúdo do
PAEBM.
§ 2º O PAEBM deve conter em seus anexos relação das
autoridades públicas que receberão a cópia do citado
Plano, sendo que os respectivos protocolos de § 1º Os respectivos protocolos de recebimento devem
recebimento devem ser inseridos no PAEBM. ser inseridos no PAEBM.

§ 2º O empreendedor deverá, antes do início do


primeiro enchimento do reservatório da barragem,
elaborar, implementar e operacionalizar o PAEBM e
realizar reuniões com as comunidades para a
apresentação do plano e a execução das medidas
preventivas nele previstas, em trabalho conjunto com as
prefeituras municipais e os órgãos de proteção e defesa
civil.
§ 3º Para as barragens de mineração já existentes e que
após nova classificação passem a se enquadrar na PNSB,

35
o empreendedor terá um ano para se adequar ao
disposto no § 2º deste artigo.
Seção II Seção II
Da atualização e revisão do PAEBM Da atualização e revisão do PAEBM

Art. 32. O PAEBM deve ser atualizado, sob Art. 36. O PAEBM deve ser atualizado, sob
responsabilidade do empreendedor, sempre que responsabilidade do empreendedor, sempre que
houver alguma mudança nos meios e recursos houver alguma mudança nos meios e recursos
disponíveis para serem utilizados em situação de disponíveis para serem utilizados em situação de
emergência, bem como no que se refere a verificação emergência, bem como no que se refere a verificação e
e à atualização dos contatos e telefones constantes no à atualização dos contatos e telefones constantes no
fluxograma de notificações ou quando houver fluxograma de notificações ou quando houver
mudanças nos cenários de emergência. mudanças nos cenários de emergência.
Art. 33. O PAEBM deve ser revisado por ocasião da Art. 37. O PAEBM deverá ser revisado nas seguintes
realização de cada RPSB. situações, sem prejuízo de estar sempre atualizado:

I. quando o Relatório de Inspeção de Segurança Regular,


Relatório de Conformidade e Operacionalidade do
PAEBM ou a Revisão Periódica de Segurança de
Barragem assim o recomendar;
II. sempre que a estrutura sofrer modificações
estruturais, operacionais ou organizacionais capazes de
influenciar no risco de incidente, acidente ou desastre;
III. quando a execução do PAEBM em exercício
simulado, incidente, acidente ou desastre indicar a sua
necessidade;
IV. quando o PGRBM indicar a sua necessidade;
V. quando a mancha de inundação sofrer modificações
decorrentes da aplicação do art. 6º desta Resolução; e
VI. em outras situações, a critério da ANM.

Parágrafo único. A revisão do PAEBM, a que se refere o Parágrafo único. A revisão do PAEBM, a que se refere o
caput, implica reavaliação das ocupações a jusante e caput, implica reavaliação das ocupações a jusante e dos
dos possíveis impactos a ela associado, assim como possíveis impactos a ela associado, assim como
atualização do mapa de inundação. atualização do mapa de inundação.
Seção III Seção III
Das responsabilidades no PAEBM Das responsabilidades no PAEBM

Art. 34. Cabe ao empreendedor da barragem de Art. 38. Cabe ao empreendedor da barragem de
mineração, em relação ao PAEBM: mineração, em relação ao PAEBM:

I. Providenciar a elaboração do PAEBM, incluindo o I. Providenciar a elaboração do PAEBM, incluindo o


estudo e o mapa de inundação; estudo e o mapa de inundação;
II. Disponibilizar informações, de ordem técnica, para à II. Disponibilizar informações, de ordem técnica, para a
Defesa Civil as prefeituras e demais instituições Defesa Civil as prefeituras e demais instituições
indicadas pelo governo municipal quando solicitado indicadas pelo governo municipal quando solicitado
formalmente; formalmente;

36
III. Promover treinamentos internos, no máximo a cada III. Promover treinamentos internos, no máximo a cada
seis meses, e manter os respectivos registros das seis meses, e manter os respectivos registros das
atividades; atividades;
IV. Apoiar e participar de simulados de situações de IV. Apoiar e participar de simulados de situações de
emergência realizados de acordo com o art. 8.º XI, da emergência realizados de acordo com o art. 8.º XI, da Lei
Lei n.º 12.608, de 19 de abril de 2012, em conjunto com n.º 12.608, de 19 de abril de 2012, em conjunto com
prefeituras, organismos de defesa civil, equipe de prefeituras, organismos de defesa civil, equipe de
segurança da barragem, demais empregados do segurança da barragem, demais empregados do
empreendimento e a população compreendida na ZAS, empreendimento e a população compreendida na ZAS,
devendo manter registros destas atividades no Volume devendo manter registros destas atividades no Volume
V do PSB; IV do PSB;
V. Designar formalmente o coordenador do PAEBM e V. Designar formalmente o coordenador do PAEBM e
seu substituto; seu substituto;
VI. Possuir equipe de segurança da barragem capaz de VI. Possuir equipe de segurança da barragem capaz de
detectar, avaliar e classificar as situações de detectar, avaliar e classificar as situações de emergência
emergência em potencial, de acordo com os níveis de em potencial, de acordo com os níveis de emergência,
emergência, descritos no art. 37; descritos no art. 40;
VII. Declarar situação de emergência e executar as VII. Declarar situação de emergência e executar as ações
ações descritas no PAEBM; descritas no PAEBM;
VIII. Executar as ações previstas no fluxograma de VIII. Executar as ações previstas no fluxograma de
notificação; notificação;
IX. Notificar a defesa civil estadual, municipal e IX. Notificar a defesa civil estadual, municipal e nacional,
nacional, as prefeituras envolvidas, os órgãos as prefeituras envolvidas, os órgãos ambientais
ambientais competentes e o DNPM em caso de competentes e o ANM em caso de situação de
situação de emergência; emergência;
X. Emitir e enviar via SIGBM, a Declaração de X. Emitir e enviar via SIGBM, a Declaração de
Encerramento de Emergência de acordo com o modelo Encerramento de Emergência de acordo com o modelo
do Anexo VI, em até cinco dias após o encerramento da do estabelecido no citado sistema, em até cinco dias
citada emergência; após o encerramento da citada emergência;
XI. Providenciar a elaboração do Relatório de Causas e XI. Providenciar a elaboração do Relatório de Causas e
Consequências do Evento de Emergência em Nível 3, Consequências do Evento de Emergência em Nível 3,
conforme art. 40, com a ciência do responsável legal da conforme art. 43, com a ciência do responsável legal da
barragem, dos organismos de defesa civil e das barragem, dos organismos de defesa civil e das
prefeituras envolvidas; prefeituras envolvidas;
XII. Fornecer aos organismos de defesa civil municipais XII. Fornecer aos organismos de defesa civil municipais
os elementos necessários para a elaboração dos Planos os elementos necessários para a elaboração dos Planos
de Contingência em toda a extensão do mapa de de Contingência em toda a extensão do mapa de
inundação; inundação;
XIII. Prestar apoio técnico aos municípios XIII. Prestar apoio técnico aos municípios
potencialmente impactados nas ações de elaboração e potencialmente impactados nas ações de elaboração e
desenvolvimento dos Planos de Contingência desenvolvimento dos Planos de Contingência
Municipais, realização de simulados e audiências Municipais, realização de simulados e audiências
públicas; públicas;
XIV. Estabelecer, em conjunto com a Defesa Civil, XIV. Estabelecer, em conjunto com a Defesa Civil,
estratégias de alerta, comunicação e orientação à estratégias de alerta, comunicação e orientação à
população potencialmente afetada na ZAS sobre população potencialmente afetada na ZAS sobre
procedimentos a serem adotados nas situações de procedimentos a serem adotados nas situações de
emergência auxiliando na elaboração e implementação emergência auxiliando na elaboração e implementação
do plano de ações na citada Zona; do plano de ações na citada Zona;

37
XV. Alertar a população potencialmente afetada na XV. Alertar a população potencialmente afetada na ZAS,
ZAS, caso se declare Nível de Emergência 3, sem caso se declare Nível de Emergência 3, sem prejuízo das
prejuízo das demais ações previstas no PAEBM e das demais ações previstas no PAEBM e das ações das
ações das autoridades públicas competentes; autoridades públicas competentes;
XVI. Ter pleno conhecimento do conteúdo do PAEBM, XVI. Ter pleno conhecimento do conteúdo do PAEBM,
nomeadamente do fluxo de notificações; nomeadamente do fluxo de notificações;
XVII. Assegurar a divulgação do PAEBM e o seu XVII. Assegurar a divulgação do PAEBM e o seu
conhecimento por parte de todos os entes envolvidos; conhecimento por parte de todos os entes envolvidos;
XVIII. Orientar, acompanhar e dar suporte no XVIII. Orientar, acompanhar e dar suporte no
desenvolvimento dos procedimentos operacionais do desenvolvimento dos procedimentos operacionais do
PAEBM; PAEBM;
XIX. Avaliar, em conjunto com a equipe técnica de XIX. Avaliar, em conjunto com a equipe técnica de
segurança de barragem, a gravidade da situação de segurança de barragem, a gravidade da situação de
emergência identificada; emergência identificada;
XX. Acompanhar o andamento das ações realizadas, XX. Acompanhar o andamento das ações realizadas,
frente à situação de emergência e verificar se os frente à situação de emergência e verificar se os
procedimentos necessários foram seguidos; procedimentos necessários foram seguidos;
XXI. Executar as notificações previstas no fluxograma XXI. Executar as notificações previstas no fluxograma de
de notificações; notificações;
XXII. Elaborar, junto com a equipe de segurança da
barragem, a Declaração de Encerramento de
Emergência de acordo com o modelo do Anexo VI.
XXIII. Instalar, nas comunidades inseridas na ZAS, XXII. Para as barragens de mineração com DPA alto ou
sistema de alarme, contemplando sirenes e outros DPA médio, quando a itens de “população a jusante”
mecanismos de alerta adequados ao eficiente alerta na obtiver 10 pontos no quadro de Dano Potencial
ZAS, tendo como base o item 5.3, do "Caderno de Associado constante do Anexo IV, instalar, nas
Orientações para Apoio à Elaboração de Planos de comunidades inseridas na ZAS, sistema sonoro ou outra
Contingência Municipais para Barragens" instituído solução tecnológica de maior eficácia, com
pela Portaria nº 187, de 26 de outubro de 2016 da redundância, visando alertar a ZAS, tendo como base o
Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do item 5.3, do "Caderno de Orientações para Apoio à
Ministério da Integração Nacional ou documento legal Elaboração de Planos de Contingência Municipais para
que venha sucedê-lo. Barragens" instituído pela Portaria nº 187, de 26 de
outubro de 2016 da Secretaria Nacional de Proteção e
Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional ou
documento legal que venha sucedê-lo.
XXIII. Para os casos não contemplados no inciso XXIII, e
quando o item de “população a jusante” obtiver
pontuação 3 ou 5, instalar sistema sonoro ou outra
solução tecnológica de maior eficácia no entorno da
estrutura, preferencialmente fora da mancha de
inundação de modo a alertar as pessoas possivelmente
afetadas;
XXIV. Prover os recursos necessários à garantia de
segurança da barragem e, em caso de acidente ou
desastre, à reparação dos danos à vida humana, ao meio
ambiente e aos patrimônios público e privado, até o
descadastramento da estrutura.
XXV. Notificar imediatamente ao respectivo órgão
fiscalizador, à autoridade licenciadora do Sisnama e ao

38
órgão de proteção e defesa civil qualquer alteração das
condições de segurança da barragem que possa implicar
acidente ou desastre;
§ 1º A designação a que se refere o inciso V não exime § 1º A designação a que se refere o inciso V não exime o
o empreendedor da responsabilidade legal pela empreendedor da responsabilidade legal pela
segurança da barragem. segurança da barragem.
Art. 35. O coordenador do PAEBM deve ser Art. 39. O coordenador do PAEBM deve ser profissional,
profissional, designado pelo empreendedor da designado pelo empreendedor da barragem, com
barragem, com autonomia e autoridade para autonomia e autoridade para mobilização de
mobilização de equipamentos, materiais e mão de obra equipamentos, materiais e mão de obra a serem
a serem utilizados nas ações corretivas e/ou utilizados nas ações corretivas e/ou emergenciais,
emergenciais, devendo estar treinado e capacitado devendo estar treinado e capacitado para o
para o desempenho da função. desempenho da função, e estar disponível para atuar
Art. 2º Para efeito desta Portaria consideram-se: prontamente nas situações de emergência da
XIII. Coordenador do PAEBM: agente, designado pelo barragem.
empreendedor, responsável por coordenar as ações
descritas no PAEBM, devendo estar disponível para
atuar prontamente nas situações de emergência da
barragem.
Seção V Seção IV
Das Situações de Emergência Das Situações de Alerta e Emergência

Art. 36. Considera-se iniciada uma situação de Art. 40. Considera-se iniciada uma situação de alerta ou
emergência quando: emergência quando:

I. Situação de Alerta:
i. For detectada anomalia pontuação 6 na mesma
coluna em 2 EIR seguidos; ou
ii. For detectada anomalia que não implique em
risco imediato à segurança, mas que deve ser
controlada e monitorada; ou
iii. A critério da ANM.

II. Situação de Emergência:


I. Iniciar-se uma Inspeção Especial de Segurança da i. Iniciar-se uma Inspeção Especial de Segurança da
Barragem de Mineração; ou Barragem de Mineração; ou
II. Em qualquer outra situação com potencial ii. Em qualquer outra situação com potencial
comprometimento de segurança da estrutura. comprometimento de segurança da estrutura; ou
iii. A critério da ANM.
Art. 37. O empreendedor, ao ter conhecimento de uma Art. 41. O empreendedor, ao ter conhecimento de uma
situação de emergência expressa no art. 36, deve situação de alerta ou de emergência expressa no art. 40,
avaliá-la e classificá-la, por intermédio do coordenador deve avaliá-la e classificá-la, por intermédio do
do PAEBM e da equipe de segurança de barragens, de coordenador do PAEBM e da equipe de segurança de
acordo com os seguintes Níveis de Emergência: barragens, de acordo com os seguintes Níveis:

I. Nível de Alerta:
a. Quando identificada situação descrita no inciso I
do art. 40.

39
I. Nível 1 - Quando detectada anomalia que resulte na II. Nível de Emergência 1:
pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer i. Quando a barragem de mineração estiver com
coluna do Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco Alta; ou
Categoria de Risco (1.2 - Estado de Conservação), do ii. Quando for detectada anomalia pontuação 6 na
Anexo V, ou seja, quando iniciada uma ISE e para mesma coluna em 4 EIR seguidos; ou
qualquer outra situação com potencial iii. Quando for detectada anomalia com pontuação
comprometimento de segurança da estrutura; 10 no EIR; ou
iv. Qualquer situação elencada no § 1º do art. 5º
desta Resolução; ou
v. Quando o Fator de Segurança drenado 1,3 ≤ FS
< 1,5 ou Fator de Segurança não drenado de pico
1,2 ≤ FS < 1,3; ou
vi. Para qualquer outra situação com potencial
comprometimento de segurança da estrutura.

II. Nível 2 - Quando o resultado das ações adotadas na III. Nível de Emergência 2:
anomalia referida no inciso I for classificado como "não i. Quando o resultado das ações adotadas na
controlado", de acordo com a definição do § 1º do art. anomalia referida no inciso I for classificado como
27 desta Portaria; ou “não controlado”, de acordo com a definição do §
1º do art. 31 desta Resolução; ou
ii. Quando o fator de Segurança drenado estiver
1,1 ≤ FS < 1,3 ou Fator de Segurança não drenado
de pico estiver 1,0 ≤ FS < 1,2.

III. Nível 3 - A ruptura é iminente ou está ocorrendo. IV. Nível de Emergência 3:


i. A ruptura é inevitável ou está ocorrendo; ou
ii. Quando o fator de Segurança drenado abaixo de
1,1 ou Fator de Segurança não drenado de pico
cxcxcxcx estiver abaixo de 1,0.

§ 1º Após a classificação quanto aos Níveis de § 1º Após a classificação quanto aos Níveis de
Emergência, o coordenador do PAEBM deve declarar Emergência, o coordenador do PAEBM deve declarar
Situação de Emergência e executar as ações descritas Situação de Emergência e executar as ações descritas no
no PAEBM. PAEBM.
§ 2º Declarada a situação de emergência, o § 2º Declarada a situação de emergência, o coordenador
coordenador do PAEBM deve comunicar e estar à do PAEBM deve comunicar e estar à disposição dos
disposição dos organismos de defesa civil por meio do organismos de defesa civil por meio do número de
número de telefone constante do PAEBM para essa telefone constante do PAEBM para essa finalidade.
finalidade. § 3º A barragem de mineração que estiver em nível de
emergência será interditada.
§ 4º Caso a barragem esteja com CRI alto ela
minimamente estará em NE1 podendo estar em NE 2 ou
3 a depender de cada caso.
Art. 38. Quando a emergência for de Nível 3, estando, Art. 42. Quando a emergência for de Nível 3, sem
ao menos, em situação de iminência de ruptura, sem prejuízo das demais ações previstas no PAEBM e das
prejuízo das demais ações previstas no PAEBM e das ações das autoridades públicas competentes, o
ações das autoridades públicas competentes, o empreendedor é obrigado a alertar a população
empreendedor é obrigado a alertar a população potencialmente afetada na ZAS de forma rápida e eficaz,
potencialmente afetada na ZAS, de forma rápida e objetivando sua evacuação, utilizando os sistemas de

40
eficaz, utilizando os sistemas de alerta e de avisos alerta e de avisos constantes no PAEBM, assim como se
constantes no PAEBM. articular com a Defesa Civil e informar a ANM.
§ 1º Quando a emergência for de Nível 2, o
empreendedor é obrigado a se articular com a Defesa
Civil objetivando à evacuação preventiva da população
inserida na ZAS.
§ 1º A forma rápida e eficaz a que se refere o caput, § 2º A forma rápida e eficaz a que se refere o caput,
compreende, mas não se limita, à instalação de sirenes compreende, mas não se limita, a instalação de sirenes
nas áreas afetadas pela inundação, devendo estar nas áreas afetadas pela inundação, devendo estar
integrada à estrutura de monitoramento e alerta da integrada à estrutura de monitoramento e alerta da
barragem de mineração. barragem de mineração.
§ 2º Caso a Defesa Civil estadual ou federal solicite § 3º Caso a Defesa Civil solicite formalmente, o
formalmente, o empreendedor deve manter sistema empreendedor deve manter sistema de alerta ou avisos
de alerta ou avisos à população potencialmente à população potencialmente afetada na Zona de
afetada na Zona de Segurança Secundária, de acordo Segurança Secundária, de acordo com o pactuado
com o pactuado previamente com o citado órgão e previamente com o citado órgão e após verificação de
após verificada de forma conjunta a sua eficácia, em forma conjunta da sua eficácia, em consonância com a
consonância com a Portaria nº 187, de 26 de outubro Resolução nº 187, de 26 de outubro de 2016, da
de 2016, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil ou
Civil ou normativo que venha a sucedê-lo. normativo que venha a sucedê-lo.
Art. 39. O planejamento das atividades previstas no
artigo 38 deve constar no PAEBM e servirá de
orientação para os organismos de defesa civil em SEM CORRESPONDENTE
observância à Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012, que
instituiu a Política Nacional de Defesa Civil - PNPDEC.
Art. 40. Uma vez terminada a situação de emergência Art. 43. Uma vez terminada a situação de emergência
Nível 3, o empreendedor fica obrigado a apresentar ao Nível 3, o empreendedor fica obrigado a apresentar ao
DNPM, Relatório de Causas e Consequências do Evento ANM, Relatório de Causas e Consequências do Evento
de Emergência em Nível 3, que deve ser anexado ao de Emergência em Nível 3, que deve ser anexado ao
Volume V do Plano de Segurança de Barragem, Volume V do Plano de Segurança de Barragem,
contendo, no mínimo, o expresso no Anexo II desta contendo, no mínimo, o expresso no Anexo II desta
Portaria: Resolução.
§ 1º O relatório citado no caput deve ser elaborado por § 1º O relatório citado no caput deve ser elaborado por
profissional habilitado, externo ao quadro de pessoal equipe multidisciplinar especializada, externa ao
do empreendedor. quadro de pessoal do empreendedor.
§ 2º O citado relatório deve ser apresentado ao DNPM § 2º O citado relatório deve ser enviado via SIGBM ao
em até seis meses após o acidente. ANM em até seis meses após o acidente, ou após
retirada da Emergência de Nível 3.
Resolução ANM nº 51/2020 Seção V
Da Avaliação de Conformidade e Operacionalidade do
PAEBM

Art. 1º O empreendedor detentor de barragens de Art. 44. O empreendedor detentor de barragens de


mineração enquadradas no disposto nos § 1º e 2º do mineração enquadradas na PNSB, fica obrigado a
art. 9º da Portaria nº 70.389, de 17 de maio de 2017, executar, para cada barragem, anualmente, Avaliação
fica obrigado a executar, para cada barragem, de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM - ACO.
anualmente, Avaliação de Conformidade e
Operacionalidade do PAEBM - ACO.

41
Art. 2º A Avaliação de Conformidade e Art. 45. A ACO da barragem deve ser realizada
Operacionalidade do PAEBM - ACO da barragem deve observadas as seguintes prescrições:
ser realizada observadas as seguintes prescrições: I. Elaborar, anualmente, o Relatório de
I - Elaborar, anualmente, o Relatório de Conformidade Conformidade e Operacionalidade do PAEBM -
e Operacionalidade do PAEBM - RCO; e RCO; e
II - Emitir, anualmente, a Declaração de Conformidade II. Emitir, anualmente, a Declaração de
e Operacionalidade do PAEBM - DCO. Esta deverá ser Conformidade e Operacionalidade do PAEBM -
enviada à ANM via sistema por meio do SIGBM, entre DCO. Esta deverá ser enviada à ANM via sistema
1º e 30 de junho. por meio do SIGBM, entre 1º e 30 de junho, a partir
§ 1º O RCO e a DCO devem ser anexadas ao PSB, no de 2022.
Volume V. § 1º O RCO e a DCO devem ser anexadas ao PSB, no
§ 2º O conteúdo mínimo da RCO é detalhado no Anexo Volume V.
I desta Resolução. § 2º O conteúdo mínimo da RCO é detalhado no Anexo
§ 3º O modelo da DCO é descrito no Anexo II desta VII desta Resolução.
Resolução. § 3º O modelo da DCO é descrito no Anexo VIII desta
Resolução.
Art. 3º O ACO deve ser realizado por equipe externa Art. 46. O ACO deve ser realizado por equipe externa
contratada multidisciplinar com competência nas contratada multidisciplinar com competência nas
diversas disciplinas que envolvam a segurança da diversas disciplinas que envolvam a segurança da
barragem em estudo e seu vale a jusante. barragem em estudo e seu vale a jusante.
§ 1º A equipe externa contratada para a elaboração do § 1º O responsável técnico pela emissão da DCO deverá
RCO deve ser distinta da equipe elaboradora do PAEBM ser distinto dos responsáveis técnicos pela elaboração
da barragem. do PAEBM e do estudo de ruptura hipotética vigentes
da barragem.
§ 2º A ANM poderá exigir do empreendedor, a § 2º A ANM poderá exigir do empreendedor, a qualquer
qualquer tempo, a realização de novo RCO, para fins de tempo, a realização de novo RCO, para fins de
apresentação de nova DCO da barragem. apresentação de nova DCO da barragem.
§ 3º A não apresentação da DCO, ensejará a interdição § 3º A não apresentação da DCO, ensejará a interdição
imediata da barragem de mineração. imediata da barragem de mineração.
Art. 4º O DCO deve ser emitida por profissional Art. 47. O DCO deve ser emitida por profissional
legalmente habilitado. legalmente habilitado.
Art. 5º O mapa e o estudo de inundação da barragem Art. 48. O mapa e o estudo de inundação da barragem
devem ser validados pela equipe externa contratada devem ser validados pela equipe externa contratada
devendo estar em consonância com os parâmetros devendo estar em consonância com os parâmetros
estabelecidos no art. 6º da Portaria nº 70.389/2017 ou estabelecidos no art. 6º desta Resolução ou normas
normas supervenientes. supervenientes.
Parágrafo único. A análise citada no caput deve Parágrafo único. A análise citada no caput deve concluir
concluir por uma sugestão de classificação em Dano por uma sugestão de classificação em Dano Potencial
Potencial Associado. Associado.
Art. 6º Os treinamentos internos a serem realizados Art. 49. Os treinamentos internos a serem realizados
pelo empreendedor, no máximo a cada seis meses, em pelo empreendedor, no máximo a cada seis meses, em
consonância com o inciso III do art. 34 da Portaria nº consonância com o inciso III do art. 38 dessa Resolução,
70.389/2017, com participação da equipe externa com participação da equipe externa contratada para
contratada para esta finalidade devem ser realizar a ACO e emitir a DCO devem ser acompanhados
acompanhados e aprovados pelo empreendedor, e aprovados pelo empreendedor, compreendendo:
compreendendo:

42
I - Exercícios expositivos internos: são apresentações I. Exercícios expositivos internos: são apresentações
expositivas em salas de treinamento, onde são expositivas em salas de treinamento, onde são
explicados os procedimentos descritos no PAEBM. explicados os procedimentos descritos no PAEBM.
II - Exercícios de fluxo de notificações internos: II. Exercícios de fluxo de notificações internos: exercício
exercício conduzido pelo empreendedor com o conduzido pelo empreendedor com o objetivo de testar
objetivo de testar os procedimentos de notificação os procedimentos de notificação interna presentes no
interna presentes no PAEBM. PAEBM.
III - Exercícios simulados internos: III. Exercícios simulados internos:
a) Hipotético: é um teste hipotético e lúdico de a. Hipotético: é um teste hipotético e lúdico de
efetividade e operacionalidade do PAEBM feito efetividade e operacionalidade do PAEBM feito em
em sala de treinamento, com situações de tempo sala de treinamento, com situações de tempo
próximas ao real previsto. É feito para avaliar a próximas ao real previsto. É feito para avaliar a
capacidade e o tempo de resposta do capacidade e o tempo de resposta do
empreendedor em caso de emergência; e empreendedor em caso de emergência; e
b) Prático: compreende exercícios de campo b. Prático: compreende exercícios de campo
simulando uma situação de emergência simulando uma situação de emergência
envolvendo a ativação e mobilização dos centros envolvendo a ativação e mobilização dos centros
de operação internas de emergências, pessoal e de operação internas de emergências, pessoal e
recursos disponíveis, inclusive dos recursos disponíveis, inclusive dos procedimentos
procedimentos de evacuação internos. de evacuação internos.
§ 1º Os incisos I e II e III, devem ser executados na § 1º Os incisos I e II e III, devem ser executados na
periodicidade descrita no caput pelo empreendedor. periodicidade descrita no caput pelo empreendedor.
§ 2º O inciso III deve ser executado optando-se pelas § 2º O inciso III deve ser executado optando-se pelas
alíneas a) ou b), sendo que a alínea b) deve ser alíneas a) ou b), sendo que a alínea b) deve ser
executada, obrigatoriamente, pelo menos uma vez executada, obrigatoriamente, pelo menos uma vez
durante o ano calendário para composição da ACO. durante o ano calendário para composição da ACO.
§ 3º Os treinamentos internos têm por objetivo § 3º Os treinamentos internos têm por objetivo
contribuir para manter o estado de prontidão, uma vez contribuir para manter o estado de prontidão, uma vez
que permitem uma maior familiarização dos que permitem uma maior familiarização dos envolvidos
envolvidos com os seus elementos e atribuições com os seus elementos e atribuições inerentes ao
inerentes ao PAEBM concluindo pela evolução PAEBM concluindo pela evolução operacional do citado
operacional do citado Plano. Plano.
Art. 7º O empreendedor, com participação da equipe Art. 50. O empreendedor, com participação da equipe
externa contratada e após validação do mapa de externa contratada e após validação do mapa de
inundação, fica obrigado a promover e realizar inundação, fica obrigado a promover e realizar
Seminário Orientativo anuais, com a participação das Seminário Orientativo anuais, com a participação das
prefeituras, organismos de defesa civil, equipe de prefeituras, organismos de defesa civil, equipe de
segurança da barragem, demais empregados do segurança da barragem, demais empregados do
empreendimento, a população compreendida na ZAS empreendimento, a população compreendida na ZAS e,
e, caso tenha sido solicitado formalmente pela defesa caso tenha sido solicitado formalmente pela defesa civil,
civil, a população compreendida na ZSS, também. a população compreendida na ZSS, também.
Parágrafo único. O citado Seminário Orientativo Parágrafo único. O citado Seminário Orientativo
referenciado no caput deve compreender a exposição referenciado no caput deve compreender a exposição
do mapa de inundação envolvendo participantes do mapa de inundação envolvendo participantes
internos e externos visando a discussão de internos e externos visando a discussão de
procedimentos não abrangendo um teste real. procedimentos não abrangendo um teste real.
Art. 8º Caso seja solicitado formalmente pela defesa Art. 51. Caso seja solicitado formalmente pela defesa
civil, o empreendedor é obrigado a apoiar e participar civil, o empreendedor é obrigado a apoiar e participar
de simulados de situações de emergência realizados de de simulados de situações de emergência realizados de

43
acordo com o art. 8.º XI, da Lei nº 12.608, de 19 de abril acordo com o art. 8º, XI, da Lei nº 12.608, de 19 de abril
de 2012, em conjunto com prefeituras, organismos de de 2012, em conjunto com prefeituras, organismos de
defesa civil, equipe de segurança da barragem, demais defesa civil, equipe de segurança da barragem, demais
empregados do empreendimento e a população empregados do empreendimento e a população
compreendida na ZAS, devendo manter registros compreendida na ZAS, devendo manter registros destas
destas atividades no Volume V do PSB. Caso seja atividades no Volume V do PSB. Caso seja solicitado
solicitado formalmente pela Defesa Civil, o formalmente pela Defesa Civil, o empreendedor deverá
empreendedor deverá apoiar e participar de simulados apoiar e participar de simulados de situações de
de situações de emergência na Zona de Segurança emergência na Zona de Segurança Secundária (ZSS).
Secundária (ZSS).
Art. 9º A equipe externa responsável pela elaboração Art. 52. A equipe externa responsável pela elaboração
do RCO e pela emissão da DCO, deve ser do RCO e pela emissão da DCO, deve ser multidisciplinar
multidisciplinar e a responsabilidade destes e a responsabilidade destes documentos deve ser
documentos deve ser confiada a profissionais confiada a profissionais legalmente habilitados, com
legalmente habilitados, com registro no Conselho registro no Conselho Regional de Engenharia e
Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, e ser Agronomia - CREA, e ser objeto de anotação de
objeto de anotação de responsabilidade técnica - ART, responsabilidade técnica - ART, consoante exigido pela
consoante exigido pela Lei nº 6.496, de 7 de dezembro Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977, com indicação
de 1977, com indicação explícita, no campo de explícita, no campo de atividade técnica da ART, da
atividade técnica da ART, da atribuição profissional atribuição profissional para prestação de serviços ou
para prestação de serviços ou execução, conforme o execução, conforme o caso.
caso, de projeto, construção, operação ou manutenção
de barragens, observados critérios definidos pelo
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
(CONFEA).
Parágrafo único. A ART que não estiver de acordo com Parágrafo único. A ART que não estiver de acordo com o
o art. 44 da Portaria DNPM nº 70.389, de 17 de maio art. 87 dessa Resolução não será aceita e o
de 2017 não será aceita e o empreendedor está sujeito empreendedor está sujeito as sanções previstas na
as sanções previstas na citada norma infra legal. citada norma infra legal.
CAPÍTULO II Seção VI
DA ESTRUTURA, DO CONTEÚDO MÍNIMO E DA Da Estrutura, Do Conteúdo Mínimo e Da Periodicidade
PERIODICIDADE

Art. 10. A Avaliação de Conformidade e Art. 53. A ACO do PAEBM da Barragem deve ser
Operacionalidade do PAEBM da Barragem deve ser realizada pelo empreendedor, observadas as seguintes
realizada pelo empreendedor, observadas as seguintes prescrições:
prescrições: I. Validar o mapa e estudo de inundação da barragem
I - Validar o mapa e estudo de inundação da barragem em consonância com os parâmetros estabelecidos no
em consonância com os parâmetros estabelecidos no art. 6º dessa Resolução;
art. 6º da Portaria nº 70.389/2017; II. Realizar treinamentos internos, no máximo a cada
II - Realizar treinamentos internos, no máximo a cada seis meses, em consonância com o inciso III do art. 38
seis meses, em consonância com o inciso III do art. 34 dessa Resolução, com apoio de equipe externa
da Portaria DNPM nº 70.389/2017, com apoio de contratada para esta finalidade;
equipe externa contratada para esta finalidade; III. Promover e realizar Seminário Orientativo anual,
III - Promover e realizar Seminário Orientativo anual, com a participação das prefeituras, organismos de
com a participação das prefeituras, organismos de defesa civil, equipe de segurança da barragem, demais
defesa civil, equipe de segurança da barragem, demais empregados do empreendimento e a população
empregados do empreendimento e a população compreendida na ZAS;
compreendida na ZAS;

44
IV - Apoiar e participar de simulados de situações de IV. Apoiar e participar de simulados de situações de
emergência realizados de acordo com o art. 8º, XI, da emergência realizados de acordo com o art. 8º, XI, da Lei
Lei n.º 12.608, de 19 de abril de 2012, em conjunto com n.º 12.608, de 19 de abril de 2012, em conjunto com
prefeituras, organismos de defesa civil, equipe de prefeituras, organismos de defesa civil, equipe de
segurança da barragem, demais empregados do segurança da barragem, demais empregados do
empreendimento e a população compreendida na ZAS, empreendimento e a população compreendida na ZAS,
devendo manter registros destas atividades no Volume devendo manter registros destas atividades no Volume
V do PSB; V do PSB;
V - Elaborar, anualmente, o Relatório de Conformidade V. Elaborar, anualmente, o RCO, concluindo por uma
e Operacionalidade do PAEBM - RCO, concluindo por DCO. Esta deverá ser enviada à ANM via sistema por
uma Declaração de Conformidade e Operacionalidade meio do SIGBM, entre 1º e 30 de junho, a partir de 2022.
do PAEBM - DCO. Esta deverá ser enviada à ANM via
sistema por meio do SIGBM, entre 1º e 30 de junho.
Parágrafo único. Os períodos semestrais a que se refere Parágrafo único. Os períodos semestrais a que se refere
o inciso III devem ser entendidos como aqueles o inciso II devem ser entendidos como aqueles
compreendidos entre o primeiro e o sexto mês de um compreendidos entre o primeiro e o sexto mês de um
ano e entre o sétimo e décimo segundo mês do ano. ano e entre o sétimo e décimo segundo mês do ano.
CAPÍTULO VII
PROCESSO DE GESTÃO DE RISCO

Seção I
Da Estrutura, do conteúdo mínimo

Art. 54. O empreendedor deve implementar Processo


de Gestão de Riscos para Barragens de Mineração -
PGRBM como parte integrante da gestão e da tomada
de decisão, integrado nas operações e processos
relacionados às barragens de mineração.
§ 1º O PGRBM deverá ser aplicado para barragens com
DPA alto.
SEM CORRESPONDENTE
§ 2º O PGRBM deverá anteceder cada fase do ciclo de
vida da estrutura e estar implementado antes do
primeiro enchimento.
§ 3º O PGRBM deverá conter a identificação, análise,
avaliação e classificação dos riscos em aceitável, ALARP
e não aceitável, utilizando metodologias reconhecidas
nacionalmente e internacionalmente.
§ 4º Cada etapa do PGRBM deverá ser realizada por
equipe multidisciplinar, sendo que o líder da equipe
deverá ter conhecimento das atividades, experiência
em análises de riscos e amplo conhecimento da técnica
de análise de riscos a ser utilizada, além de ser capaz de
realizá-la de forma objetiva e imparcial.
Art. 55. O PGRBM deve ser elaborado e documentado,
SEM CORRESPONDENTE
seguindo o estabelecido no Anexo II desta Resolução.
Art. 56. O PGRBM deve conter manifestação de ciência
SEM CORRESPONDENTE pela pessoa física, brasileira ou naturalizada brasileira,
de maior autoridade na hierarquia da empresa

45
responsável pela direção, controle ou administração no
âmbito da organização interna da citada empresa.
Art. 57. Caso a barragem seja classificada como risco
inaceitável, a mesma estará imediatamente interditada,
SEM CORRESPONDENTE
até que seja reclassificada para o nível ALARP ou
aceitável.
Seção II
Da Periodicidade do Processo de Gestão de Riscos

Art. 58. O PGRBM deve ser atualizado nas seguintes


situações:
I. Antes de qualquer modificação estrutural, incluindo o
processo de descaracterização;
II. Antes de mudanças nas operações, procedimentos ou
SEM CORRESPONDENTE
instalações que possam afetar a integridade da
estrutura;
III. Sempre que houver incidentes, acidentes ou
desastres; e
IV. Por exigência da ANM.
Parágrafo único. Não ocorrendo nenhum dos casos
acima mencionados deverá ser atualizado com
periodicidade máxima de dois anos.
CAPÍTULO VIII
DAS MEDIDAS REGULATÓRIAS LOCACIONAIS PARA
BARRAGENS DE MINERAÇÃO

Art. 59. Fica vedada a implantação de novas barragens


de mineração cujo mapa de inundação identifique a
existência de comunidade na ZAS, o qual deve ser
executado pelo empreendedor previamente a
construção da barragem.
§ 1º No caso de barragem em instalação ou em
operação em que seja identificada comunidade na ZAS,
deverá ser feita a descaracterização da estrutura, ou o
reassentamento da população e o resgate do
SEM CORRESPONDENTE patrimônio cultural, ou obras de reforço que garantam
a estabilidade efetiva da estrutura, ouvido o
empreendedor e consideradas a anterioridade da
barragem em relação à ocupação e a viabilidade
técnico-financeira das alternativas.
§ 2º As obras de reforço citadas no § 1º se referem a
execução de intervenções que incrementem a
segurança da estrutura e devem ser executadas apenas
para os casos em que os fatores de segurança estejam
inferiores ao determinado nesta Resolução, ou
conforme outros critérios determinados pelo projetista.
§ 3º Para as barragens não enquadradas no art. 63, o
prazo para o atendimento do previsto no caput até
31/12/2023.

46
Resolução ANM nº 13/2019
Art. 3º Ficam os empreendedores responsáveis por Art. 60. Ficam os empreendedores responsáveis por
quaisquer barragens de mineração, proibidos de quaisquer barragens de mineração, proibidos de
conceber, construir, manter e operar, nas localidades conceber, construir, manter e operar, nas localidades
pertencentes a poligonal da área outorgada ou em pertencentes a poligonal da área outorgada ou em áreas
áreas averbadas no respectivo título minerário e averbadas no respectivo título minerário e inseridos na
inseridos na Zona de Autossalvamento - ZAS: Zona de Autossalvamento - ZAS:
I - Instalações destinadas a atividades administrativas, I. Instalações destinadas a atividades administrativas, de
de vivência, de saúde e de recreação; vivência, de saúde e de recreação;
II - Barragens de mineração ou estruturas vinculadas ao II. Barragens de mineração ou estruturas vinculadas ao
processo operacional de mineração para processo operacional de mineração para
armazenamento de efluentes líquidos, situadas armazenamento de efluentes líquidos, situadas
imediatamente à jusante da barragem de mineração imediatamente à jusante da barragem de mineração
cuja existência possa comprometer a segurança da cuja existência possa comprometer a segurança da
barragem situada à montante, conforme definido pelo barragem situada à montante, conforme definido pelo
projetista; e projetista; e
III - Qualquer instalação, obra ou serviço que manipule, III. Qualquer instalação, obra ou serviço que manipule,
utilize ou armazene fontes radioativas. utilize ou armazene fontes radioativas.
§ 1º Para barragens de mineração novas a proibição a § 1º Para novas barragens de mineração a proibição a
que se refere o inciso I será aplicável a partir do que se refere o inciso I será aplicável a partir do primeiro
primeiro enchimento do reservatório. enchimento do reservatório.
§ 2º Consideram-se áreas de vivência referenciadas no § 2º Consideram-se áreas de vivência referenciadas no
inciso I as seguintes instalações: inciso I as seguintes instalações:
a) instalações sanitárias, exceto aquelas essenciais a) instalações sanitárias, exceto aquelas essenciais
aos trabalhadores que atuam nas áreas à jusante aos trabalhadores que atuam nas áreas à jusante
de barragem; de barragem;
b) vestiário; b) vestiário;
c) alojamento; c) alojamento;
d) local de refeições; d) local de refeições;
e) cozinha; e) cozinha;
f) lavanderia; f) lavanderia;
g) área de lazer; e g) área de lazer;
h) ambulatório. h) ambulatório; e
i) estacionamentos.
§ 3º O prazo para cumprimento da remoção do item i é
até 30/06/2022.
Art. 61. Somente se admite na ZAS das localidades
pertencentes a poligonal da área outorgada ou em áreas
averbadas no respectivo título minerário a permanência
de trabalhadores estritamente necessários ao
desempenho das atividades de operação e manutenção
da barragem ou de estruturas e equipamentos a ela
SEM CORRESPONDENTE associados.
§ 1º Consideram-se estruturas e equipamentos
associados à barragem de mineração, todo o processo
de beneficiamento e lavra mineral já existente,
excetuados os itens constantes do inciso I do art. 60.
§ 2º O prazo para atendimento ao disposto no caput é
até 30/6/2027.

47
Resolução ANM nº 13/2019
Art. 4º As estruturas a que se refere o art. 3º desta
Resolução deverão:

I - até 12 de outubro de 2019, ser desativadas ou


removidas as instalações, obras e serviços
referenciadas nos incisos I e III do art. 3º; e

II - até 15 de agosto de 2022, ser descaracterizadas as Art. 62. Até 15 de agosto de 2022, deverão ser
barragens de mineração referenciadas no inciso II do descaracterizadas as barragens de mineração
art. 3º. referenciadas no inciso II do art. 60 desta Resolução.
Parágrafo único. O não atendimento ao disposto neste Parágrafo único. O não atendimento ao disposto neste
artigo, implicará na interdição da barragem de artigo, implicará na interdição da barragem de
mineração até que se cumpra os prazos e requisitos mineração até que se cumpra os prazos e requisitos
dispostos. dispostos.
Art. 6º O empreendedor responsável por barragem de
mineração inserida na PNSB com Dano Potencial
Associado alto, mas não enquadrada no § 2º do art. 7º
da Portaria DNPM nº 70.389, de 17 de maio de 2017,
deverá implementar, até 15 de dezembro de 2020,
sistema de monitoramento automatizado de
instrumentação com acompanhamento em tempo real VIDE ARTIGO 7º DA MINUTA
e período integral, seguindo os critérios definidos pelo
projetista.
Parágrafo único. É de responsabilidade do
empreendedor, conforme definição técnica do
projetista, a definição da tecnologia, dos instrumentos
e dos processos de monitoramento.
Art. 8º Com vistas a minimizar o risco de rompimento, Art. 63. Com vistas a minimizar o risco de rompimento,
em especial por liquefação, das barragens alteadas em especial por liquefação, das barragens alteadas pelo
pelo método a montante ou por método declarado método a montante ou por método declarado como
como desconhecido, o empreendedor deverá: desconhecido, o empreendedor deverá:

I - até 15 de dezembro de 2019, concluir a elaboração I. Possuir projeto técnico executivo de


de projeto técnico executivo de descaracterização da descaracterização da estrutura, o qual deverá
estrutura, que deverá contemplar, no mínimo, contemplar, também, sistemas de estabilização da
sistemas de estabilização da barragem existente ou a barragem existente ou a construção de nova estrutura
construção de nova estrutura de contenção situada à de contenção situada à jusante, ambos conforme
jusante, ambos conforme definição técnica do definição técnica do projetista, com vistas a minimizar o
projetista, com vistas a minimizar o risco de risco de rompimento por liquefação ou reduzir o dano
rompimento por liquefação ou reduzir o dano potencial potencial associado, tendo como balizador a segurança
associado, tendo como balizador a segurança e e obedecendo a todos os critérios de segurança
obedecendo a todos os critérios de segurança descritos descritos nesta Resolução e na norma ABNT NBR 13.028
na Portaria nº 70.389, de 17 de maio de 2017 e na e ou normativos que venham a sucedê-las;
norma ABNT NBR 13.028 e ou normativos que venham
a sucedê-las;
II - até 15 de setembro de 2021, concluir as obras do II. Ter executado as obras do sistema de estabilização da
sistema de estabilização da barragem existente ou a barragem existente ou a construção de nova estrutura

48
construção de nova estrutura de contenção situada à de contenção situada à jusante, conforme definição
jusante, conforme definição técnica do projetista; técnica do projetista;

III - concluir a descaracterização da barragem nos III. Concluir pela descaracterização da barragem no
seguintes prazos: prazo determinado no § 2º, art. 2-A da Lei 12.334/2010,
podendo ser prorrogado pela ANM mediante
apresentação de justificativa técnica e desde que seja
referendada pela autoridade licenciadora do Sisnama.
i. Até 15 de setembro de 2022, para barragens com
volume £ 12 milhões de metros cúbicos, conforme
Cadastro Nacional de Barragens de Mineração do
SIGBM;
ii. Até 15 de setembro de 2025, para barragens
com volume entre 12 milhões e 30 milhões de
metros cúbicos, conforme Cadastro Nacional de
Barragens de Mineração do SIGBM; e
iii. Até 15 de setembro de 2027, para barragens
com volume ³ 30 milhões de metros cúbicos,
conforme Cadastro Nacional de Barragens de
Mineração do SIGBM.

§ 1º O projeto técnico referido no inciso I deverá ser § 1º O projeto técnico referido no inciso I deverá ser
elaborado por equipe externa e independente, elaborado por equipe externa e independente,
legalmente habilitada pelo CONFEA/CREA. legalmente habilitada pelo CONFEA/CREA.
§ 2º É vedada a realização de novos alteamentos, § 2º É vedada a realização de novos alteamentos, exceto
exceto se assim exigido no projeto técnico executivo se assim exigido no projeto técnico executivo referido
referido no inciso I para fins de descaracterização, no inciso I para fins de descaracterização, devendo a
devendo a obra ser executada sob supervisão de obra ser executada sob supervisão de profissional
profissional legalmente habilitado pelo CONFEA/CREA. legalmente habilitado pelo CONFEA/CREA.
§ 3º O não atendimento, no prazo indicado, ao disposto § 3º O não atendimento, no prazo indicado, ao disposto
neste artigo, implicará na interdição da barragem até neste artigo, implicará na interdição da barragem até
que se cumpram os requisitos dispostos. que se cumpram os requisitos dispostos.
CAPÍTULO IX
DO CREDENCIAMENTO TÉCNICO EM SEGURANÇA DE
BARRAGENS DE MINERAÇÃO E DA QUALIFICAÇÃO
TÉCNICA MÍNIMA

SEM CORRESPONDENTE Art. 64. Fica criado o Cadastro Nacional Técnico em


Barragens de Mineração – CNTBM, conforme Art. 18-B
da Lei nº 12.334/2010, o qual compreende o
credenciamento de pessoas físicas e jurídicas
habilitadas a executar ações técnicas em segurança de
barragens de mineração junto a ANM.
Art. 65. Para integrar o CNTBM, as empresas devem
atender aos seguintes requisitos mínimos:
I. Ter equipe multidisciplinar que possua conhecimento
SEM CORRESPONDENTE
para atuação em diversas áreas da barragem de
mineração, contendo, minimamente, profissionais com
conhecimentos em geologia, geotecnia, hidrologia,

49
hidráulica e engenharia de barragens com experiência
profissional em serviços de consultoria, assessoria e/ou
auditoria técnica independente, elaboração, supervisão
e/ou fiscalização de projetos e/ou obras de barragens e
em avaliação de segurança de barragens em sua área de
atribuição/habilitação.
II. Ter Código de Ética implementado na empresa; e
III. Ter Certificado de Pessoa Jurídica no Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia – CREA.
Art. 66. Para integrar o CNTBM, os profissionais devem
atender aos seguintes requisitos mínimos, além de:
I. No que se refere a habilitação profissional, ter:
a. Especialização, mestrado ou doutorado em
geotecnia, ou engenharia de barragens ou
segurança de barragens ou equivalente,
reconhecida pelo MEC; ou
b. Especialização, mestrado ou doutorado em
hidrologia ou hidráulica ou equivalente,
reconhecida pelo MEC; e
II. Ser membro de organização profissional reconhecida
que possua código de ética devendo seguir tal Código de
Ética deste Conselho.
III. Ter experiência em estudos, projetos, planos,
manuais de dimensionamento, implantação, segurança,
monitoramento, manutenção ou operação de
barragens; e
IV. Ter conhecimento detalhado de manuais utilizados
no Brasil e em outros países sobre “Avaliação da
SEM CORRESPONDENTE
Segurança de Barragens” e “Inspeção de Barragens”.
§ 1º A elaboração e o envio, quando couber, do RISR, do
RCIE, da RPSB, da DCE e estudo de susceptibilidade à
liquefação de empilhamentos drenados são restritos
aos profissionais integrantes do CNTBM e deve ser
elaborado por equipe multidisciplinar composta,
minimamente, por profissionais que atendam os
requisitos das alíneas “a” e “b” e assinado pelo
coordenador que deve cumprir os requisitos da alínea
“a” do inciso I deste artigo.
§ 2º A elaboração e o envio, quando couber, do estudo
e do mapa de inundação são restritos aos profissionais
integrantes do CNTBM e deve ser elaborado por equipe
multidisciplinar composta, minimamente, por
profissionais que atendam os requisitos das alíneas “a”
e “b” e assinado pelo coordenador que deve cumprir os
requisitos da alínea “a” ou “b” do inciso I deste artigo.
§ 3º A inscrição no CNTBM deverá ser realizada no
SIGBM.

50
Art. 9º As barragens de mineração alteadas pelo
método a montante ou desconhecido que estejam em
operação na data de entrada em vigor desta Resolução
poderão permanecer ativas até 15 de setembro de
2021, desde que o projeto técnico executivo referido
no inciso I do art. 8º garanta expressamente a
segurança das operações e a estabilidade da estrutura,
inclusive enquanto as obras e ações nele previstas são
SEM CORRESPONDENTE
executadas.
§ 1º Este artigo não se aplica às barragens de
mineração em situação operacional inativa na data de
entrada em vigor desta Resolução, as quais deverão ser
obrigatoriamente descaracterizadas nos termos do art.
8º.
§ 2º O não atendimento, no prazo indicado, ao disposto
neste artigo, implicará na interdição da barragem até
que se cumpram os requisitos dispostos.
CAPÍTULO X
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 67. O empreendedor é obrigado a permitir o acesso


SEM CORRESPONDENTE irrestrito do órgão fiscalizador, da autoridade
licenciadora do Sisnama, do órgão de proteção e defesa
civil e dos órgãos de segurança pública ao local da
barragem e das instalações associadas e à sua
documentação de segurança.
Portaria DNPM nº 70.389/2017
Art. 41. As melhorias e complementações a serem
incorporadas ao PAEBM advindas dos treinamentos e
simulados devem ser implementadas em folhas de
controle para serem anexadas ao PSB em seu Volume
V - Plano de Ação de Emergência para Barragens de
Mineração.
Art. 43. A elaboração do PSB, o preenchimento das FIR SEM CORRESPONDENTE
e das FIE, assim como o preenchimento dos EIR e dos
EIE, deverão ser efetuadas por equipe de segurança de
barragem composta de profissionais integrantes de seu
quadro de pessoal ou por equipe externa de
profissionais qualificados e capacitados contratada
para esta finalidade.

51
Art. 47. O empreendedor é obrigado a manter o Art. 68. O empreendedor é obrigado a manter o
barramento com revestimento vegetal controlado, barramento com revestimento vegetal controlado,
quando aplicado, livre de vegetação arbustiva e quando aplicável, livre de vegetação arbustiva e arbórea
arbórea permitindo inspeção visual adequada da permitindo inspeção visual adequada da estrutura.
estrutura.

Parágrafo único. Em caso de descumprimento da Parágrafo Único. Em caso de descumprimento da


obrigação prevista no caput, impossibilitando a obrigação prevista no caput impossibilitando a inspeção
inspeção visual da estrutura, os itens "Percolação", visual da estrutura, pelo princípio da precaução, os itens
"Deformações e Recalques" e "Deterioração dos “Percolação”, “Deformações e Recalques” e
Taludes/Paramentos", do Quadro 3 - Matriz de “Deterioração dos Taludes/Paramentos”, do Quadro 3 -
Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2
de Conservação), serão classificados automaticamente - Estado de Conservação), serão classificados
com pontuação 10, ensejando ISE, sem prejuízo das automaticamente com pontuação 10, ensejando ISE,
demais sanções cabíveis. sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
Art. 42. Para o acesso ao sistema SIGBM, tanto o Art. 69. Para o acesso ao sistema SIGBM, tanto o
empreendedor quanto o responsável técnico pela empreendedor quanto o responsável técnico pela
equipe externa contratada, deverão, individualmente e equipe externa contratada, deverão, individualmente e
independentemente, assinar deforma eletrônica, independentemente, assinar de forma eletrônica,
Termo de Compromisso de Responsabilidade. Termo de Compromisso de Responsabilidade.

Art. 44. (...) Parágrafo único. As DCE deverão ser Parágrafo único. As DCE deverão ser assinadas
assinadas eletronicamente no sistema SIGBM, tanto eletronicamente no sistema SIGBM, tanto pelo
pelo empreendedor quanto pelo responsável técnico. empreendedor quanto pelo responsável técnico.
Art. 44. A elaboração do documento referido no § 2.º Art. 70. Os documentos e ações técnicas referenciadas
do art.3.º, do estudo e do mapa de inundação, do RISR, nesta Resolução devem ser confiados a profissionais
do RCIE, da RPSB, da DCE e do PAEBM deve ser confiada legalmente habilitados, com registro no Conselho
a profissionais legalmente habilitados, com registro no Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, e serem
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, objeto de anotação de responsabilidade técnica - ART,
e ser objeto de anotação de responsabilidade técnica - consoante exigido pela Lei nº 6.496, de 7 de dezembro
ART, consoante exigido pela Lei nº 6.496, de 7 de de 1977, com indicação explícita, no campo de atividade
dezembro de 1977, com indicação explícita, no campo técnica da ART, da atribuição profissional para
de atividade técnica da ART, da atribuição profissional prestação de serviços ou execução, conforme o caso, de
para prestação de serviços ou execução, conforme o projeto, construção, operação ou manutenção de
caso, de projeto, construção, operação ou manutenção barragens, observados critérios definidos pelo Conselho
de barragens, observados critérios definidos pelo Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
(CONFEA).

52
Art. 50. A primeira Revisão Periódica de Segurança de
Barragens de que tratam os artigos 13 e 14, relativa às
estruturas que estejam submetidas à PNSB na forma
prevista no parágrafo único do art. 1.º, deve ser
elaborada de acordo com os seguintes prazos,
contados a partir do início da vigência desta Portaria:

I.DPA alto: 6 meses;


II.DPA médio: 12 meses;
III.DPA baixo: 18 meses. SEM CORRESPONDENTE

§ 1º A citada RPSB deve ser elaborada por equipe


externa contratada pelo empreendedor e ocasionará a
emissão de uma Declaração de Condição de
Estabilidade a ser enviada ao DNPM, via SIGBM, até o
termo final do prazo fixado no caput.

§ 2º As revisões seguintes deverão observar a


periodicidade estabelecida no art. 15.
Art. 45. A RPSB deve ser realizada por equipe Art. 71. A RPSB e o Processo de Gestão de Risco deve ser
multidisciplinar com competência nas diversas realizada por equipe multidisciplinar com competência
disciplinas que envolvam a segurança da barragem em nas diversas disciplinas que envolvam a segurança da
estudo. barragem em estudo.
§ 1º A equipe a que se refere o caput deve ser § 1º A equipe para realização da RPSB deve ser
composta de profissionais externos ao quadro de composta de profissionais externos ao quadro de
pessoal do empreendedor, contratada para este fim. pessoal do empreendedor, contratada para este fim.
Art. 72. Deve ser designado um Engenheiro de Registro
(EdR) para todas as barragens que possuírem DPA alto.
§ 1º O EdR deverá avaliar a estrutura continuamente,
emitindo relatórios, com ART, que considerem se os
objetivos de desempenho, parâmetros de segurança,
diretrizes, padrões aplicáveis e requisitos legais vem
sendo alcançados, considerando todo seu ciclo de vida.
§ 2º O EdR deverá ser externo à empresa, não deverá
SEM CORRESPONDENTE
compor a equipe de manutenção e operação da
barragem, não poderá ser o projetista de estrutura e
tampouco o emissor da RPSB.
§ 3º O EdR deverá estar inscrito no CNTBM e deverá
cumprir os requisitos previstos na alínea “a” do inciso I
do art. 66.
§ 4º O EdR deverá compor a equipe multidisciplinar do
Processo de Gestão de Risco.
Art. 16 (...)
§ 5º As barragens de mineração sem previsão de Art. 73. As barragens de mineração em situação de
retorno das operações e em situação de abandono, abandono, devem ser recuperadas, desativadas ou
devem ser recuperadas ou desativadas pelo descaracterizadas pelo empreendedor, que comunicará
empreendedor, que comunicará ao órgão fiscalizador ao órgão fiscalizador as providências adotadas nos
as providências adotadas nos termos do art. 18, caput termos do art. 18, caput e § 1.º, da Lei nº 12.334, de
e § 1.º, da Lei nº 12.334, de 2010. 2010.

53
Parágrafo Único. Quando identificada situação de
abandono em que não há mais empreendedor
responsável pela barragem de mineração, aplicar-se-á o
previsto no § 2º, Art. 18 da Lei nº 12.334/2010.
CAPÍTULO XI
DAS PENALIDADES E MEDIDAS CAUTELARES

Art. 46. O não cumprimento das obrigações previstas Art. 74. O não cumprimento das obrigações previstas
nesta Portaria sujeitará o infrator às penalidades nesta Resolução e às providencias relativas à segurança
estabelecidas no art. 10 da Resolução nº 7, de 11 de de barragens de mineração, indicadas pela fiscalização
abril de 2019, publicada em 12 de abril de 2019, da ANM e de outros órgãos da administração pública
independente do regime minerário associado à sujeitará o infrator às penalidades estabelecidas no Art.
barragem de mineração, sem prejuízo da aplicação de 17-C da Lei nº 12.334/2010 e normas correlatas,
outras sanções legalmente previstas. independente do regime minerário associado à
barragem de mineração, sem prejuízo da aplicação de
outras sanções legalmente previstas.
§ 1º As penalidades previstas neste artigo poderão ser
aplicadas cumulativamente.
§ 1º O preenchimento incorreto das informações a § 2º O preenchimento incorreto das informações a
serem reportadas no SIGBM acarretará aplicação da serem reportadas no SIGBM acarretará aplicação da
sanção estabelecida no caput. sanção estabelecida no caput.
§ 2º O não atendimento às providencias relativas à
segurança de barragens de mineração, indicadas pela
fiscalização da ANM e de outros órgãos da
administração pública, sujeitará o infrator,
independente do regime minerário, às penalidades
estabelecidas no art. 7º da Resolução nº 7, de 11 de
abril de 2019, publicada em 12 de abril de 2019 ou
norma que a suceda.
Art. 75. A pena de multa prevista na hipótese do inciso
II do art. 17-C da Lei nº 12.334/2020, será aplicada na
ocorrência das infrações e nos limites seguintes:

I - Não cadastrar no sistema oficial vigente barragens de


mineração ou empilhamentos drenados suscetíveis a
liquefação em construção, em operação e desativadas;
Multa - de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a R$
1.000.000,00 (um milhão de reais)
SEM CORRESPONDENTE
II - Não possuir ou deixar de manter atualizados os
documentos e informações de acordo com a legislação
aplicável ou não os apresentar quando solicitados em
ação fiscalizatória;
Multa - de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a R$
500.000,00 (quinhentos mil reais)

III - Prestar declarações ou informações inverídicas,


falsificar, adulterar, inutilizar, simular ou alterar

54
registros e outros documentos exigidos na legislação
aplicável;
Multa - de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a R$
5.000.000,00 (cinco milhões de reais)

IV - Não apresentar, na forma e no prazo estabelecidos


na legislação aplicável, os documentos e informações
relacionados à segurança e/ou estabilidade da estrutura
previstos na legislação vigente;
Multa - de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a R$
5.000.000,00 (cinco milhões de reais)

V - Deixar de atender às normas de segurança previstas


na Política Nacional de Segurança de Barragens ou
normas complementares, comprometendo a
integridade da estrutura, a integridade física ou a saúde,
o patrimônio público ou privado, a ordem pública;
Multa - de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$
5.000.000,00 (cinco milhões de reais);

VI - Deixar de atender as providências indicadas pela


fiscalização da ANM no âmbito da Política Nacional de
Segurança de Barragens ou normas complementares;
Multa - de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a R$
1.000.000,00 (um milhão de reais);

VII - Construir ou operar instalações e equipamentos


necessários ao exercício das atividades a que se refere a
esta Resolução ou normas complementares, em
desacordo com a legislação aplicável;
Multa - de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais);

VIII - Concorrer por omissão ou por ação para o aumento


do risco e/ou eventual ruptura da estrutura de
contenção de rejeitos e sedimentos;
Multa - de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) a R$
1.000.000.000,00 (um bilhão de reais).
Art. 76. Na fixação do valor da multa a autoridade
responsável pelo julgamento levará em conta,
fundamentadamente, a gravidade da infração, as
SEM CORRESPONDENTE consequências dela decorrentes para a sociedade e para
o meio ambiente, os seus antecedentes quanto ao
cumprimento da legislação referente à Política Nacional
de Segurança de Barragens e sua condição econômica.
Art. 77. Na hipótese de reincidência específica no prazo
de até cinco anos, a multa será cobrada em dobro.
SEM CORRESPONDENTE
§ 1º Verifica-se a reincidência quando o infrator pratica
uma infração depois da decisão administrativa definitiva

55
que o tenha apenado pela mesma infração prevista
nesta Resolução.
§ 2º Pendendo ação judicial na qual se discuta a
imposição de penalidade administrativa, não haverá
reincidência até o trânsito em julgado da decisão.
Art. 78. A multa diária prevista no inciso III do art. 17-C
SEM CORRESPONDENTE da Lei nº 12.334/2010, deve ser aplicada sempre que o
cometimento da infração se prolongar no tempo.
Art. 79. A pena de suspensão temporária, total ou
parcial, das atividades, prevista no inciso VI do art. 17-C
da Lei nº 12.334/2010, será aplicada, sem prejuízo da
imposição das demais sanções administrativas cabíveis:
I. quando a multa, em seu valor máximo, não
corresponder, em razão da gravidade da infração;
SEM CORRESPONDENTE
II. em casos de segunda reincidência.
§ 1º A pena de suspensão temporária será aplicada pelo
prazo de quinze dias.
§ 2º A suspensão temporária será de trinta dias quando
aplicada a infrator já punido com a penalidade prevista
no parágrafo anterior.
Art. 46 (...) Art. 80. No caso de não atendimento no prazo fixado das
§ 3º No caso de não atendimento, no prazo fixado, das determinações estabelecidas nesta Resolução ou
determinações estabelecidas nesta Portaria, a ANM comprovado risco à integridade da estrutura de
poderá adotar outras medidas acautelatórias, tais contenção de rejeitos ou sedimentos, à integridade
como interdição imediata de parte ou da integralidade física ou à saúde, ao patrimônio público ou privado, à
das operações do empreendimento, sem prejuízo da ordem pública, e, quando for o caso, das de natureza
imposição das sanções administrativas cabíveis. civil ou penal, a ANM poderá adotar a medida cautelar
de interdição imediata de parte ou da integralidade das
operações do empreendimento, sem prejuízo da
imposição das sanções administrativas cabíveis.
§ 1º A interdição compreende, no mínimo, o não
lançamento de efluentes e/ou rejeitos no reservatório,
devendo ser mantidos pelo empreendedor os serviços
de monitoramento, manutenção e conservação da
estrutura de contenção de rejeitos e sedimentos, bem
como a realização de intervenções para
restabelecimento das condições de segurança.
§ 2º Comprovada a cessação das causas determinantes
da interdição, a autoridade competente da ANM, em
despacho fundamentado, determinará a desinterdição
da estrutura.

56
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 81. Para o cumprimento do § 8º art. 6 desta


Resolução, o empreendedor deve enviar o mapa de
inundação de todas as barragens de mineração no
SEM CORRESPONDENTE SIGBM até 30/09/2022, mantendo-o atualizado no
sistema.
Parágrafo único. Para novas barragens de mineração
cadastradas após 30/09/2022, o empreendedor deve
enviar o mapa de inundação no SIGBM antes do
primeiro enchimento, mantendo-o atualizado no
sistema.
Art. 82. O envio da primeira DCE para as ECJ, conforme
§ 5º do art. 19, deverá ocorrer:
§ 1º Na campanha de entrega de setembro, se a ECJ
tiver sua construção concluída entre 1º de outubro e 31
SEM CORRESPONDENTE
de março.
§ 2º Na campanha de entrega de março do ano seguinte,
se a ECJ tiver sua construção concluída entre 1º de abril
e 30 de setembro.
Art. 83. Para o cumprimento do art. 33 desta Resolução,
o empreendedor disporá de 6 meses para a elaboração
do PAEBM, a partir da publicação desta resolução, no
SEM CORRESPONDENTE
caso de barragens que passaram a ter a obrigatoriedade
de possuir o PAEBM, na forma da Lei 14.066 de 30 de
setembro de 2020.
Art. 49. Quando, em decorrência de reclassificação Art. 84. Quando, em decorrência de reclassificação
promovida pelo DNPM, a barragem passar a ser promovida pelo ANM, a barragem passar a ser
considerada como abrangida pela PNSB segundo o considerada como abrangida pela PNSB segundo o
disposto no parágrafo único do art. 1.º, deve o disposto no parágrafo único do art. 1.º, deve o
empreendedor, no prazo de um ano, elaborar o PSB. empreendedor, no prazo de um ano, elaborar o PSB,
incluindo o PAEBM.
I – O envio da primeira DCE, para os casos previstos no
caput, deverá ocorrer:
§ 1º na campanha de entrega de setembro, se o
enquadramento ocorrer entre 1º de outubro e 31 de
março;
§ 2º na campanha de entrega de março do ano seguinte,
se o enquadramento ocorrer entre 1º de abril e 30 de
setembro.
II – O envio da primeira DCO, para os casos previstos no
caput, deverá ocorrer na campanha de entrega seguinte
após 1 ano do enquadramento.
Art. 85. Para o cumprimento do art. 54 desta Resolução,
SEM CORRESPONDENTE o empreendedor disporá de 1 ano para a implantação
do PGRBM, a partir da publicação desta resolução.

57
Parágrafo único. Quando ocorrer a reclassificação da
barragem para DPA Alto, o empreendedor disporá de 1
ano para a implantação do PGRBM.
Art. 86. As disposições previstas nos artigos 65 e 66
SEM CORRESPONDENTE
passam a ser obrigatórias a partir de 30/06/2022.
Art. 87. Para cumprimento do art. 72 desta Resolução, o
empreendedor disporá de 6 meses para o
cadastramento do EdR no SIGBM.
SEM CORRESPONDENTE
Parágrafo único. Quando ocorrer a reclassificação da
barragem para DPA Alto, o empreendedor disporá de 6
meses para o cadastramento do EdR no SIGBM.
Art. 48. Constatada a existência de barragem abrangida Art. 88. Constatada a existência de barragem abrangida
pela PNSB segundo o disposto no parágrafo único do pela PNSB, segundo o disposto no parágrafo único do
art. 1.º, não incluída no CNBM, deve o empreendedor, art. 1.º, não cadastrada pelo empreendedor no CNBM,
no prazo de um ano, elaborar o PSB, sem prejuízo da conforme exigido no art. 3º desta Resolução, o prazo
aplicação das sanções cabíveis. para elaboração do PSB, incluindo o PAEBM, será
definido pela fiscalização da ANM.
Art. 89. Todos estudos, planos, projetos, construções,
inspeções e demais relatórios citados nesta Resolução,
devem conter anotação de responsabilidade técnica,
SEM CORRESPONDENTE
por profissional habilitado pelo Sistema Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)/Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Art. 6 (...)
§ 8º A ANM poderá, a seu critério, em casos Art. 90. A ANM poderá, a seu critério, em casos
excepcionais e quando devidamente justificado pelo excepcionais e quando devidamente justificado pelo
interessado, estabelecer prazos e obrigações distintas interessado, estabelecer prazos e obrigações distintas
das previstas nesta Resolução, nos termos do art. 2º, das previstas nesta Resolução, nos termos do art. 2º,
inciso XI, da Lei 13.575, de 26 de dezembro de 2017. inciso XI, da Lei 13.575, de 26 de dezembro de 2017.
Art. 91. Fica estabelecido o SIGBM e o e-mail
institucional segurancadebarragens@anm.gov.br como
SEM CORRESPONDENTE meios de comunicação para o recebimento de
denúncias e de informações sobre segurança de
barragens de mineração.
Art. 92. Esta Resolução entra em vigor trinta dias após a
SEM CORRESPONDENTE
data de sua publicação.
Art. 93. Ficam revogadas a Portaria DNPM nº
70.389/2017, a Resolução ANM nº 13/2019, a
SEM CORRESPONDENTE Resolução ANM nº 32/2020 e a Resolução ANM nº
40/2020, a Resolução ANM nº 51/2020 e a Resolução
ANM nº 56/2021.

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