Responsabilidade civil, segundo Sérgio Cavalieri, é o dever jurídico sucessivo que serve para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico primário. o CDC já veio permeado com os valores da nova ordem constitucional, tendo como centro a dignidade da pessoa humana, não mais o patrimônio.
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL AO CONSUMIDOR
A proteção do consumidor é datada de 2300 A.C., no Código de
Hamurabi, já havia traços de proteção ao adquirente/comprador, que vedava o lucro abusivo e exigia que o construtor de barcos refizesse a embarcação em até um ano, em caso defeitos No ano de 1962, o discurso do Presidente John Kennedy no Congresso dos Estados Unidos, atribui-se origem da preocupação do direito do consumidor tal qual conhecemos hoje: ao enunciar a necessidade de proteção do consumidor, referiu como direitos básicos o direito à segurança, o direito à informação, o direito de escolha e o direito a ser ouvido. Nos anos 60 diversas leis foram aprovadas nos Estados Unidos, contendo normas de proteção dos consumidores norte-americanos. Em 1972, foi realizada em Estocolmo/Suécia a Conferência Mundial do Consumidor e Em 1973 a Comissão da ONU sobre os Direitos do Homem deliberou que os quatro direitos então anunciados por Kennedy deveriam ser considerados direitos fundamentais dos consumidores. SEGURANÇA INFORMAÇÃO ESCOLHA E SER OUVIDO. Em 1985, a ONU estabeleceu a Resolução 39/248 para garantir a proteção do consumidor aos riscos à saúde e à segurança, bem como o direito a uma informação adequada por parte dos consumidores Em 1988, os direitos do consumidor chegaram ao Brasil, com a Constituição Federal.
Antes as relações privadas entre consumidores e fornecedores eram
reguladas pelo Código Civil. Inexistia qualquer privilégio da parte hipossuficiente na relação negocial, pois consumidores e fornecedores eram tratados de forma similar, como se estivessem no mesmo patamar negocial.
DIREITO DO CONSUMIDOR
Art. 1º -O presente Código estabelece normas de proteção e defesa do
consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5º, Inc. XXXII, 170, V da CF e art. 48 de suas disposições transitórias .
As normas protetivas do consumidor são de ordem pública e interesse
social, logo não podem ser afastadas por vontade das partes. É uma cláusula pétrea, não se admite o retrocesso.
A proteção e defesa é uma das garantias e direitos fundamentais.