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APOSTILHA

DE
CIVISMO
E
CIDADANIA
LEI SECA
A Lei 11 .705, aprovada em 2008, ficou mais conhecida como Lei Seca por
reduzir a tolerância no nível de álcool no sangue de quem dirige. Com a sanção da
nova lei, o Código de Trânsito Brasileiro foi alterado e provocou grandes mudanças
nos hábitos da população brasileira.

A antiga legislação permitia a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro de


sangue (o equivalente a dois copos de cerveja). Quando foi sancionada, a Lei Seca
tolerava 0,1 mg de álcool por litro de sangue. Atualmente, o nível máximo é de 0,05
mg/l.

Diversas campanhas de conscientização expõem os riscos de dirigir depois de


ter tomado bebidas alcoólicas, e há um grande empenho do poder público em realizar
blitz e autuar aqueles que descumprirem a legislação. Na fiscalização, os condutores
são orientados a soprarem no bafômetro para verificar a quantidade de álcool no ar
que é expelido.

Entre tantas polêmicas que envolvem a Lei Seca, o uso do bafômetro talvez
seja a principal, pois algumas pessoas consideram o equipamento inconstitucional.
Segundo alguns juristas, o cidadão não é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Apesar de ser lícita a recusa em fazer o exame, o motorista estará sujeito às mesmas
sanções que sofreria se tivesse feito o exame com resultado positivo.

Além da investigação feita com o bafômetro, também são consideradas provas


o testemunho dos agentes policiais ou de outras pessoas que estiverem próximas e o
exame clínico, geralmente realizado no Instituto Médio Legal (IML).

Tópicos deste artigo


1 - Tolerância
2 - Beber e dirigir
3 - Punição
4 - Outras proibições da Lei Seca

TOLERÂNCIA
Como a quantidade de álcool permitida é próxima de zero, qualquer deslize do
motorista pode significar infração. No entanto, há detalhes que precisam ser
esclarecidos. Por exemplo, o enxaguante bucal e um bombom com recheio de licor
podem constar no teste do bafômetro, mas no prazo máximo de 10 ou 15 minutos.

Já as bebidas com um alto teor alcoólico gastam mais tempo para ser metabolizadas
pelo organismo, e quantidades pequenas podem ser identificadas pelos equipamentos
de fiscalização. Uma taça de vinho ou uma tulipa de chope são o suficiente para
injetarem 0,05 mg de álcool por litro de sangue.

Vale lembrar que as bebidas fermentadas, geralmente, possuem menos álcool que as
destiladas. As fermentadas, como cerveja e vinho, têm no máximo 18% de álcool, já as
destiladas podem totalizar 70%.

BEBER E DIRIGIR
Quando for sair e beber, o ideal seria usar outros métodos de locomoção, como
transporte público, táxi ou escolher um amigo que não bebeu para ser o motorista.
Entretanto, caso beba e precise conduzir um veículo, espere até que a bebida seja
metabolizada pelo organismo.

Segundo os especialistas, as técnicas usadas para acelerar a eliminação do álcool,


como ingerir café, tomar aspirina ou um banho gelado, não funcionam. O ideal é
esperar o tempo necessário para que a bebida seja eliminada naturalmente.

Veja o tempo de metabolização de algumas bebidas:"

Veja mais sobre "Lei Seca" em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/lei-seca.htm


PUNIÇÃO
Quem dirige embriagado pode ser multado em R$ 2.934,70, valor que dobra se o
motorista for flagrado novamente dentro de um ano. O valor era de R$ 1.915,40
quando a lei foi sancionada e foi atualizado em 2016 com o endurecimento das regras.

As autoridades policiais podem ainda recolher a habilitação e o veículo, conforme o


caso. Nas situações mais graves, os infratores podem ser presos, com detenção de
seis meses a três anos, e ser suspenso ou proibido de dirigir ou perder a habilitação.
Atualmente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) conta com um bafômetro para cada
122 km de rodovias. Nos estados, também existem políticas para fiscalizar as
principais estradas.

ACIDENTES DE TRÂNSITO

O número de mortes por acidentes de trânsito no Brasil está em queda consecutiva.


Desde a implementação da Lei Seca, a já taxa reduziu em 14%. Enquanto 2008
registrou 38.273 mortes no país, em 2017 foram contabilizadas 32.615 vítimas. Por
outro lado, a taxa de internações em decorrência de ferimentos aumentou 14%.
Mesmo com a queda, ainda foram 434.246 indenizações pagas para acidentados em
2017, incluindo casos de invalidez permanente e gastos com despesas médicas.
Apesar das melhorias, os dados indicam que a violência no trânsito ainda é grande e
que a consciência na direção precisa evoluir.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) classifica os


acidentes de trânsito nas estradas federais em 15 categorias. Os mais frequentes são:

 Abalroamento no mesmo sentido ou transversal;


 Saída da pista;
 Choque com objeto fixo;
 Capotagem;
 Colisão frontal
Em termos de gravidade, esses acidentes apresentam níveis de periculosidade
distintos, dependendo do potencial para causar danos fatais. Segundo dados, os
casos que mais tiram vidas são colisão frontal, atropelamento e saída da pista.

COMO EVITAR ACIDENTES NO TRÂNSITO?


Para não fazer parte das estatísticas negativas do setor, é possível tomar atitudes
simples, que diminuem consideravelmente os riscos de acidentes.
 Avalie suas condições físicas: Antes de pegar no volante, sempre se
pergunte se você está em condições de conduzir o veículo com segurança.
 Esqueça o celular: O uso do telefone ao volante aumenta as chances de
acidente em até 400%. Poucos segundos para ler ou enviar mensagens são
decisivos. Ao manipular o dispositivo, o motorista pode demorar demais para
reagir a uma freada brusca do veículo da frente ou até não ver um pedestre
atravessando fora da faixa e, assim, provocar uma colisão ou atropelamento.
 Evite mudanças repentinas de faixa: Sempre sinalize ao mudar de faixa e
só faça isso quando tiver certeza de que sua atitude não representará riscos.
Mas não confie apenas no retrovisor, pois o carro tem pontos cegos. Vire a
cabeça para observar os veículos ao seu redor.
 Não exceda a velocidade: Dirija em uma margem segura para as condições
da via, considerando fatores como iluminação, desgaste do asfalto, chuva,
quantidade de veículos e assim por diante.
 Mantenha uma distância segura do veículo à sua frente: O ideal é
calcular uma distância suficiente para reagir em casos de freadas bruscas.
Embora essa extensão possa variar conforme as condições da via, do clima e
do fluxo de trânsito.
 Faça a manutenção regular do carro: A manutenção inclui verificar a
condição dos pneus, o nível do óleo, os freios, os faróis e outras peças
mecânicas, como suspensões e amortecedores. É indicado que a revisão
seja feita de seis em seis meses, ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
 Use equipamentos de segurança: Embora obrigatórios, cinto e capacete
não evitam acidentes — mas reduzem riscos de ferimentos graves. Lembre-
se de que, ao tomar medidas preventivas, você contribui para um trânsito
mais seguro e pode até salvar vidas.
 Fuja do volante quando sob o efeito de álcool ou drogas: – Além de
respeitar a tolerância zero estipulada pela lei, é preciso ter bom senso: não
dirigir sob efeito de álcool previne muitos acidentes. Por isso, se for beber,
opte pelo transporte público ou um serviço de táxi. O mesmo alerta vale para
outras drogas, mesmo as lícitas. Isso significa que, se precisar ingerir algum
medicamento, você deve verificar se ele não causa sonolência ou diminuição
dos reflexos.
 Veículos maiores cuidam dos menores: De acordo com o Código
Brasileiro de Trânsito, os veículos maiores devem zelar pela segurança dos
demais em rodagem na via, os motorizados precisam proteger os não
motorizados e todos juntos têm obrigação de cuidar dos pedestres.
 Respeite a sinalização de trânsito: Muitas vezes, os acidentes acontecem
simplesmente pelo desrespeito a uma placa de “Pare” ou por uma
ultrapassagem feita em local proibido.

REFERÊNCIA
BATISTA, Rafael. "Lei Seca"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/lei-seca.htm. Acesso em 16 de outubro de
2022.
Veja mais sobre "Lei Seca" em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/lei-seca.htm
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