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ANÁPOLIS
2015
1
ANÁPOLIS
2015
2
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, por ter me dado
saúde e força para superar as dificuldades ao longo de minha vida, não somente nestes anos
como universitário, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode
conhecer.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. Agradeço à minha
mãe Eva Faria, heroína que me deu apoio, incentivo nas horas mais difíceis. Ao meu pai,
José Ronaldo Muniz, que apesar de toda dificuldade me fortaleceu se fazendo indispensável
em minha vida.
A minha querida esposa, Thaís Leal, que sem seu apoio, amor e incentivo, não
teria chegado a reta final do curso.
Paulo Coelho
5
RESUMO
Este trabalho apresenta o estudo sobre o Método de Euler para resolução de equação diferencial ordinária de
primeira ordem. Para tanto, fez-se necessário apresentar um estudo de derivada, especialmente em sua
representação geométrica como reta tangente, séries de potência, séries de Taylor, polinômios de Taylor,
equações diferenciais ordinárias de primeira ordem, bem como sua resolução analítica, qualitativa e numérica
através do Método de Euler. Este tem por finalidade, a utilização e a discussão do Método de Euler para a
resolução de Equações Diferenciais Ordinárias de primeira ordem. O Método de Euler apresenta-se como um
excelente recurso, muito fascinante por sua simplicidade e agilidade em encontrar uma aproximação. Ao longo
deste trazem exemplos, gráficos, favorecendo uma maior compreensão para o leitor.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 8
2.1 Derivada........................................................................................................................14
2.1.1 Interpretação geométrica .......................................................................................14
2.1.2 Definição de Derivada ...........................................................................................16
2.1.3 Teorema do valor médio para derivadas................................................................17
Exemplo 2.1.4 .................................................................................................................17
2.2 Interpretação da derivada como um Quociente Diferencial .........................................18
2.3 Séries de Potências .......................................................................................................19
2.3.1 Convergência de uma série ....................................................................................20
Definição 2.3.2 ...............................................................................................................20
2.4 Série de Taylor..............................................................................................................21
Exemplo 2.4.1 .................................................................................................................23
2.5 Aproximações por funções polinomiais .......................................................................23
2.5.1 Polinômios de Taylor.............................................................................................24
Exemplo 2.5.2 .................................................................................................................24
ANEXO 1 ............................................................................................................................... 56
ANEXO 2 ............................................................................................................................... 57
8
INTRODUÇÃO
Visto que a temática ainda é pouco conhecida e explorada. Nesse sentido, foi
realizada uma sondagem sobre as publicações em Equações Diferenciais Ordinárias, com
vistas em aprimorar ideias, descobrir intuições, e posteriormente feito avaliação crítica delas.
9
Foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica nas bases de dados nacionais
como CAPES, SCIELO e Google Schoolar, onde foram obtidos artigos de revisão
bibliográfica, estudos de casos, livros e pesquisas de trabalho de curso.
O primeiro capítulo expõe de maneira sucinta, a história dos principais
matemáticos, assim como a importância histórica e cita suas principais contribuições para o
Cálculo Diferencial e Integral, acarretando no desenvolvimento das equações diferenciais.
A temática principal do segundo capítulo é a derivada, apresentando sua
definição, sua interpretação geométrica e interpretação como coeficiente diferencial. Ainda
nesta seção, discorreremos sobre as séries, em especial as séries de potência e séries de
Taylor com seus respectivos exemplos e demonstrações.
O terceiro capítulo é destinado às equações diferenciais ordinárias de primeira
ordem. Nele construiremos a definição e discutiremos a classificação das equações
diferenciais, algumas das propriedades de soluções de EDO e alguns dos métodos eficazes
para encontrar soluções analíticas ou aproximá-las geometricamente através dos campos de
direções.
Em seguida, delimitaremos o assunto mais importante deste, o Método de Euler,
também chamado de método da reta tangente ou método do passo simples. Notaremos que
as técnicas analíticas nos quais essas não se aplicam ou são muito complicadas para se
utilizar. Neste capítulo, proporemos uma abordagem alternativa, por meio da atualização de
métodos numéricos, para obter uma solução aproximada de um problema de valor inicial. Os
gráficos apresentados ao longo deste trabalho foram obtidos através do software Matlab®,
versão 2014a, disponível para as plataformas Windows, Linux e OS X, podemos visualizar
uma Print screen do software no Anexo 1.
Nem sempre as resoluções analíticas são possíveis ou fáceis de encontrar. Por
conseguinte, este trabalho tem por finalidade o estudo do Método Numérico de Euler, para
resolução de EDO de primeira ordem. A escolha deste deu-se a devido a sua simplicidade,
agilidade ao encontrar uma solução aproximada e ao vasto campo de aplicações das
equações que abrangem o campo das ciências físicas, biológicas, matemáticas, químicas,
engenharia e do meio ambiente.
10
DIFERENCIAL
1
É nome que se dá a uma cátedra de matemática da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
12
interesse por matemática surgiu depois dos 20 anos de idade, logo Leibniz se mostrou
eminente e autodidata, desenvolvendo e publicando resultados sobre Cálculo de forma
independente, embora tenha desenvolvido um pouco depois de Newton, mas foi o primeiro a
publica-los em 1684. As notações de derivada e integral atuais são devidas a ele. Além do
Cálculo seus principais trabalhos publicados em EDO foram: método de separação de
variáveis (1961), a redução de homogêneas a equações separáveis (1691), e o procedimento
para resolver equações lineares de primeira ordem (1694). Passou os últimos 40 anos de sua
vida na corte de Hanôver, como diplomata a serviço dos Duques, embora seu ofício o
mantivesse viajando boa parte do tempo conservava contato por correspondência com
diversos matemáticos, especialmente os irmãos Bernoulli. Passou os últimos dias de sua
vida, solitário e esquecido, pelo duque de Hanôver, pois o mesmo se tornara Rei George I,
da Inglaterra, Leibniz esperava acompanha-lo em sua trajetória e tornar-se historiador,
entretanto nem mesmo sua morte foi publicamente anunciada. Falecendo então, em 14 de
novembro de 1716.
1
𝑎3 2
𝑦’ = [ 2 ]
𝑏 𝑦 − 𝑎3
13
Leonard Paul Euler nasceu em Basileia, Suíça, filho do pastor calvinista Paul
Euler e de Margaret Brucker, filha de um pastor. Sua educação foi iniciada por seu pai Paul
que lhe ensinou matemática. Aos treze anos, Euler ingressou na pequena Universidade de
Basileia que possuía um famoso departamento de estudos da matemática liderada por Johann
Bernoulli, irmão de Jacob Bernoulli. Johann recusou-se a dar aulas particulares a Euler,
oferecendo então um valioso conselho de como estudar por conta própria. Leonhard
estudava teologia, grego e hebraico, pela vontade de seu pai, para que mais tarde se tornasse
pastor. Porém Johann Bernoulli resolveu intervir e convenceu Paul Euler que o seu filho
estava destinado a ser um grande matemático, acatando o pedido, Paul concendeu que Euler
deixasse o clero a favor dos números. Leonhard Paul Euler foi um dos maiores pensadores
no ramo da matemática, estabelecendo uma carreira com contribuições inestimáveis para os
campos da Geometria, Trigonometria e Cálculo, entre muitos outros.
Alguns trabalhos mais evidenciados de Euler foram realcionados à resolução de
problemas do mundo real analiticamente, e em descrever inúmeras aplicações do números
de Bernoulli, série de Fourier, diagramas de Venn, os números de Euler, frações contínuas e
integrais. Ele relacionou Cálculo Diferencial de Leibniz com o de Newton, e os argumentos
tornaram-se mais fácil de aplicar o Cálculo aos problemas físicos. Ele fez amplos progressos
na melhoria da aproximação numérica de integrais, desenvolvendo o que hoje é conhecido
como aproximações de Euler. A mais notável dessas aproximações são método de Euler e a
fórmula de Euler.
14
2.1 Derivada
FIGURA 2.1: Interpretação geométrica da inclinação de reta, obtido através do software Matlab®.
15
FIGURA 2.2: Interpretação geométrica da reta secante, obtido através do software Matlab®.
O coeficiente angular de
𝑓(𝑥) − 𝑓( 𝑝)
𝑚𝑠 =
𝑥− 𝑝
se fizermos a diferença 𝑥 − 𝑝 ser cada vez menor, de forma que tenda a zero, ou seja,
f ( x) f ( p )
mt lim
x p x p
16
é, por definição, a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓 no ponto (𝑝, 𝑓(𝑝)). Assim, a
derivada de 𝑓, em 𝑝, é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de 𝑓 no ponto de
abscissa 𝑝. Como podemos ver na Figura 2.3.
Exemplo 2.1.4
2
Considere uma equação para a reta tangente à curva 𝑦 = 𝑥 no ponto (2,1) dessa
curva.
18
2
−1
= 𝑙𝑖𝑚 2 + ℎ
ℎ→0 ℎ
2 − (2 + ℎ)
= 𝑙𝑖𝑚 2+ℎ
ℎ→0 ℎ
−ℎ
= 𝑙𝑖𝑚
ℎ→0 ℎ(2 + ℎ)
−1
= 𝑙𝑖𝑚
ℎ→0 2 + ℎ
1
=−
2
assim, a equação da reta tangente em (2,1) é
1
𝑦 − 1 = − (𝑥 − 2)
2
ou, equivalente a
1
𝑦 =− 𝑥+2
2
𝑑𝑦
Até então utilizamos como uma simples notação para a derivada 𝑦 = 𝑓(𝑥).
𝑑𝑥
𝑑𝑦
Faremos então a interpretação de como um quociente entre dois acréscimos. Olharemos
𝑑𝑥
𝑑𝑦
= 𝑓’(𝑥)
𝑑𝑥
𝑑𝑦
= 𝑓’(𝑥) = 𝑡𝑔 𝛼
𝑑𝑥
observe que
𝛥𝑦 = 𝑓(𝑥 + 𝑑𝑥) − 𝑓(𝑥)
é o acréscimo que a função sofre quando se passa 𝑥 a 𝑥 + 𝑑𝑥. O acréscimo 𝑑𝑦 pode então
ser olhado como um valor aproximado para Δ𝑦; evidentemente, o erro “Δ𝑦 − 𝑑𝑦” que se
comente na aproximação por 𝑑𝑦 será menor quanto menor for 𝑑𝑥.
Uma vez fixado 𝑥, podemos olhar para a função linear para cada 𝑑𝑥 𝜖 ℝ, associa
𝑑𝑦 𝜖 ℝ, onde 𝑑𝑦 = 𝑓’(𝑥)𝑑𝑥. Função esta denominada diferencial de 𝑓 em 𝑥, ou diferencial
de 𝑦 = 𝑓(𝑥).
FIGURA 2.5: Interpretação geométrica da derivada como coeficiente diferencial, obtido através do software
Matlab®.
Uma série é o somatório dos termos de uma sequência de números. Dada uma
sequência { 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 , … }, a n-ésima soma parcial 𝑆𝑛 é a soma dos primeiros n
termos da sequência, isto é:
𝑆𝑛 = ∑ 𝑎𝑘
𝑘=1
|𝑆𝑛 − 𝐿 | ≤ ℇ
Definição 2.3.2
∑ 𝑐𝑛 (𝑥 − 𝑎)𝑛
𝑛=0
Um caso especial desta série ocorre quando 𝑎 = 0, e a série torna-se uma série
de potências em 𝑥, da forma
+∞
∑ 𝑐𝑛 𝑥 𝑛 = 𝑐0 + 𝑐1 𝑥 + 𝑐2 𝑥 2 + 𝑐3 𝑥 3 + ⋯ + 𝑐𝑛 𝑥 𝑛 + ⋯
𝑛=0
+∞
𝑓(𝑥) = ∑ 𝑐𝑛 𝑥 𝑛
𝑛=0
e tem como domínio todos os valores de 𝑥 para os quais a série de potência converge.
Seja
+∞
∑ 𝑐𝑛 𝑥 𝑛
𝑛=0
uma série de potências cujo raio de convergência é 𝑅 > 0. Então, se 𝑓 for a função definida
por
+∞
𝑓(𝑥) = ∑ 𝑐𝑛 𝑥 𝑛
𝑛=0
𝑓′(𝑥) = ∑ 𝑛. 𝑐𝑛 𝑥 𝑛−1
𝑛=0
que 𝑓 tem derivadas de todas as ordens em (−𝑅, 𝑅). Dizemos que tal função é infinitamente
derivável em (−𝑅, 𝑅). Sucessivas derivações da função em (2.1) resultam em
𝑓 ′ (𝑥) = 𝑐1 + 2𝑐2 𝑥 + 3𝑐3 𝑥 2 + 4𝑐4 𝑥 3 + ⋯ + 𝑛𝑐𝑛 𝑥 𝑛−1 + ⋯ (2.2)
𝑓 ′′ (𝑥) = 2𝑐2 + 2 ∙ 3𝑐3 𝑥 + 3 ∙ 4𝑐4 𝑥 2 + ⋯ + (𝑛 − 1)𝑛𝑐𝑛 𝑥 𝑛−2 + ⋯ (2.3)
𝑓′′′(𝑥) = 2 ∙ 3𝑐3 + 2 ∙ 3 ∙ 4𝑐4 𝑥 + ⋯ + (𝑛 − 2)(𝑛 − 1)𝑛𝑐𝑛 𝑥 𝑛−3 + ⋯ (2.4)
𝑓 (𝐼𝑉) (𝑥) = 2 ∙ 3 ∙ 4𝑐4 + ⋯ + (𝑛 − 3)(𝑛 − 2)(𝑛 − 1)𝑛𝑐𝑛 𝑥 𝑛−4 + ⋯ (2.5)
e assim por diante. Como 𝑥 = 0 em (2.1),
2
A demonstração do Teorema citado pode ser encontrada no livro referenciado [10] p. 755.
22
𝑓(0) = 𝑐0
𝑓′(0) = 𝑐1
𝑓 ′′ (0)
𝑓′′(0) = 2𝑐2 ⟺ 𝑐2 =
2!
𝑓 ′′′ (0)
𝑓′′′(0) = 2 ∙ 3𝑐3 ⟺ 𝑐3 =
3!
da mesma forma que de (2.5),
𝑓 (𝐼𝑉) (0)
𝑓 (𝐼𝑉) = 2 ∙ 3 ∙ 4𝑐4 ⟺ 𝑐4 =
4!
de forma geral, temos
𝑓 𝑛 (0)
𝑐𝑛 = , para todo n inteiro e positivo
𝑛!
∎
A fórmula também é válida para 𝑛 = 0, se tomarmos 𝑓 (0) (0) como sendo 𝑓(0)
e 0! = 1. Assim, dessa fórmula e de (2.1) podemos escrever a série de potências de 𝑓 em
𝑥 como
+∞ 𝑛 ( ) ′′ 𝑛
𝑓 (0) 𝑛 ′ 𝑓 (0) 2 𝑓 (0) 𝑛 (2.6)
∑ 𝑥 = 𝑓(0) + 𝑓 (0)𝑥 + 𝑥 + ⋯+ 𝑥 +⋯
𝑛! 2! 𝑛!
𝑛=0
Exemplo 2.4.1
𝑝(𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑥 2 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥 𝑛
calcular o valor de 𝑝 em 𝑥, então 𝑝 como função real está definida para todo 𝑥 ∈ ℝ.
24
função por polinômios, de maneira que possamos usar valores dos polinômios ao invés dos
Exemplo 2.5.2
𝑦 (2) = −sen(0) = 0
𝑦 (3) = −cos (0) = −1
𝑦 (4) = sen(0) = 0
substituindo do no Polinômio de Taylor
𝑥3 𝑥5
𝑦(𝑥) = 0 + 𝑥 + 0 − + 0 +
3! 5!
𝜋 𝜋
Para 𝑥 = 12, o valor exato de 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛 (12) = 0,2588190451, enquanto os
ORDEM
𝑑𝑦 (3.1)
=𝑘
𝑑𝑥
𝑑𝑦 (3.2)
= 𝑘𝑥
𝑑𝑥
𝑑𝑦 2 (3.3)
( ) − 7𝑦 + 7 = 0
𝑑𝑥
𝜕𝑢 𝜕 2𝑢 (3.4)
𝑎2 (𝑥, 𝑡) − 2 (𝑥, 𝑡) = 0
𝜕𝑡 𝜕𝑥
A equação (3.1) significa que a derivada de 𝑦 é a constante 𝑘. Uma curva que
tem propriedade de ser uma reta, cujo coeficiente angular é 𝑘, que é a própria derivada.
A solução desta equação pode ser encontrada facilmente por integral
(antiderivada), onde 𝐶 é um constante real.
𝑑𝑦
= 𝑘 ⟹ 𝑦 = 𝑘𝑥 + 𝐶
𝑑𝑥
FIGURA 3.1: Família de curvas do Exemplo 3.2.1, obtido através do software Matlab®.
A equação (3.4) é uma Equação Diferencial Parcial, pois apresenta mais de uma
variável independente, e representa a equação da onda.
Exemplo 3.2.3
𝑑𝑦
∫ = ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥
ℎ(𝑦)
Seja
𝑑𝑦 (3.5)
= 𝑔(𝑥)ℎ(𝑦)
𝑑𝑥
Supondo 𝑔(𝑥) ≠ 0 no intervalo aberto I, a função constante 𝑔(𝑥) = 𝑎, 𝑥 ∈ 𝐼,
será a solução da equação (3.5) se for a raiz da equação ℎ(𝑦) = 0.
de fato, temos que
𝑦(𝑥) = 𝑎 ⇒ 𝑦 ′ (𝑥) = 0
logo,
𝑦 ′ (𝑥) = 𝑔(𝑥). ℎ[𝑦(𝑥)] ⇒ 0 = 𝑔(𝑥). ℎ(𝑎) ⇒ ℎ(𝑎) = 0, 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑔(𝑥) ≠ 0
ln 𝑦 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + 𝑐
𝑒 ln 𝑦 = 𝑒 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥+𝑐 ⇒ 𝑒 ln 𝑦 = 𝑒 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 . 𝑒 𝑐
30
fazendo 𝑒 𝑐 = 𝑘
𝑦 = 𝑘𝑒 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 ∎
Exemplo 3.5.1
3
Para melhor compreensão sobre solução qualitativa e campos de direções vide referências [3, 17].
32
∫ 𝑦 −2 𝑑𝑦 = − ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥
𝑦 −1
= 𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝐶
−1
1
= − [𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝐶]
𝑦
1
𝑦=
−𝑐𝑜𝑠(𝑥) − 𝐶
Uma solução de EDO no intervalo 𝛼 < 𝑡 < 𝛽 é uma função 𝜙 tal que
𝜙 ′ , 𝜙 ′′ , … , 𝜙 𝑛 existem e satisfazem
𝜙 𝑛 (𝑡) = 𝑓 [ 𝑡, 𝜙(𝑡), 𝜙 ′ (𝑡), … , 𝜙 (𝑛−1) (𝑡)]
para todo 𝑡 em 𝛼 < 𝑡 < 𝛽 é uma função.
Exemplo 3.6.1
𝑑𝑦
∫ = ∫ 6𝑑𝑥
𝑦
ln 𝑦 = 6𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝑒 6𝑥+𝐶
⇒ 𝑦 = 𝑒 6𝑥 . 𝑒 𝐶
fazendo 𝑒 𝐶 = 𝐶1 , temos
𝑦 = 𝐶1 𝑒 6𝑥
Exemplo 3.6.2
𝑢 = 𝑒 −2 𝑥 . (1 + 𝑥)2 . 𝐶1
voltando a variável original
𝑦 2 + 1 = 𝑒 −2 𝑥 . (1 + 𝑥)2 . 𝐶1
𝑦 2 = 𝑒 −2 𝑥 . (1 + 𝑥)2 . 𝐶1 − 1
𝑦 = ±√𝑒 −2 𝑥 . (1 + 𝑥)2 . 𝐶1 − 1
3.7 Modelagem
Exemplo 3.7.2
Uma bola de golfe de massa 0,5 𝑘𝑔 recebe uma tacada que lhe imprime uma
velocidade de 72 𝑘𝑚/ℎ. Supondo-se que a bola permanece em contato permanente com o
chão e sabendo-se que a força de atrito que atua sobre ela é de −5𝑁, qual a distância
percorrida pela bola até parar.
Modelando a equação e resolvendo pelo Método de Variáveis Separáveis
𝑑𝑣
𝑚⋅ =𝐹
𝑑𝑡
𝐹
𝑑𝑣 = 𝑑𝑡
𝑚
−5
𝑑𝑣 = 𝑑𝑡
0,5
−5
∫ 𝑑𝑣 = ∫ 𝑑𝑡
0,5
∫ 𝑑𝑣 = ∫ −10 𝑑𝑡
𝑣(𝑡) = −10𝑡 + 𝑐
mas
𝑣(𝑡) = 𝑎𝑡 + 𝑣0 ⇒ 𝑣(𝑡) = −10𝑡 + 𝑣0 e𝑣0 = 72 𝑘𝑚/ℎ 𝑜𝑢 20 𝑚/𝑠
∴ 𝑣(𝑡) = −10𝑡 + 20
sabemos que
𝑑𝑠
𝑣(𝑡) =
𝑑𝑡
𝑑𝑠
∫ = ∫ −10𝑡 + 20 𝑑𝑡 ⇒ 𝑠(𝑡) = −5𝑡 2 + 20𝑡 + 𝑐2
𝑑𝑡
𝑠(0) = 𝑐2 = (𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜) ⇒ 𝑠(𝑡) = −5𝑡 2 + 20𝑡
no entanto,
𝑣𝑓 = 0 , (bola parada)
𝑣(𝑡) = −10𝑡 + 20 = 0 ∴ 𝑡 = 2𝑠
Qual a distância percorrida até que a bola pare? Vimos que a bola para no
instante 𝑡 = 2𝑠. Então basta que solucionemos a equação 𝑠(𝑡) = −5𝑡 2 + 20𝑡.
𝑠(2) = −5 ⋅ 22 + 20 ⋅ 2
𝑠(2) = −5 ⋅ 4 + 40
𝑠(2) = −20 + 40 = 20𝑚
36
Exemplo 3.7.4
4
Os isótopos são dois átomos do mesmo elemento químico com números de massa (A) diferentes e números
atômicos (Z) iguais. A diferença se encontra no número de nêutrons.
37
82,04
𝑙𝑛 = 𝑙𝑛 𝑒 7𝑘
100
82,04
𝑙𝑛 = 7𝑘
100
(𝑙𝑛 0,8204)
𝑘= , 𝑙𝑛 0,8204 ≅ −0,1980
7
−19,80
𝑘= = -0,282857
7
−19,80 (3.10)
𝑘= = -0,282857
7
substituindo 𝑘 na equação (3.10), temos
𝑚(𝑡) = 100 ⋅ 𝑒 −0,28280𝑡
50
= 𝑒 −0,2828𝑡
100
50
ln = ln 𝑒 −0,2828𝑡
100
ln 0,5 = 0,2828 ⋅ 𝑡
(ln 0,5)
𝑡= ∴ 𝑡 ≅ 24,5 𝑑𝑖𝑎𝑠
0,2828
Exemplo 3.7.6
4 3000 4 3000
3000 = 𝑐 ⋅ 𝑒 4𝑘 ⇒ 𝑒 𝑘 = ⇒ 𝑒𝑘 = √
𝑐 𝑐
4
1000 4 4 3000
( ) = (√ )
𝑐 𝑐
1012
= 3.103
𝑐3
∴ 𝑐 = 693,361274
substituindo 𝑐 na equação (3.11)
1000
𝑒𝑘 =
693,361274
𝑒 𝑘 ≅ 1,4422
39
ln 𝑒 𝑘 = ln 1,4422
𝑘 = ln 1,4422 ∴ 𝑘 = 0,366204096
40
4. MÉTODO DE EULER
em algum intervalo, com o ponto inicial 𝑡 = 𝑡0. Não é possível em geral encontrar a solução
𝜙 por manipulação simbólica5 da equação diferencial. As principais exceções a essa
afirmação são: equações diferenciais que são lineares, separáveis ou exatas, ou que podem
ser transformadas a um desses tipos. Alguma das soluções de problemas de valor inicial de
primeira ordem não pode ser encontrada por métodos analíticos.
No subtítulo 2.6.1 vimos que através do polinômio de Taylor podemos obter
boas aproximações para 𝑦 = 𝜙(𝑡) da equação (4.1) perto de 𝑡 = 𝑡0. O polinômio mais
simples é o de primeira ordem, ou seja, a reta tangente no ponto dado. Sabemos que a
solução contém o ponto inicial (𝑡0 , 𝑦0 ), e também da equação diferencial sabemos que a
inclinação desse ponto é 𝑓(𝑡0 , 𝑦0 ). Podemos então escrever uma equação para a reta
5
Matemática simbólica, diz respeito ao uso de computadores para manipular equações matemáticas e
expressões em forma simbólica, em oposição à mera manipulação de aproximações a quantidades numéricas
específicas representadas por aqueles símbolos. Tal sistema pode ser usado para integração ou diferenciação,
substituição de uma expressão numa outra, simplificação de uma expressão, etc.
41
FIGURA 4.1: Aproximação pela reta tangente, obtido através do software Matlab®.
Exemplo 4.1.1
e substituindo o valor da constante na EDO temos que 𝑦 = 𝑒 𝑡−1 . Calculando o valor exato
de 𝑦(2) obtemos 2,7183.
Para obter esta aproximação linear não é necessário conhecer 𝑦(𝑡), basta saber o
valor da função e sua derivada no ponto 𝑥0 . Estes valores são dados respectivamente por
𝑦(𝑡0 ) 𝑒 𝑦 ′ (𝑡0 ) = 𝑓(𝑡0 , 𝑦0 ). Dessa forma obtemos a aproximação linear, com o auxílio da
reta tangente.
𝑦(𝑡) ≅ 𝑦(𝑡0 ) + 𝑦 ′ (𝑡0 )(𝑡 − 𝑡0 ) = 𝑦0 + 𝑓(𝑡0 , 𝑦0 )(𝑡 − 𝑡0 )
calculando a aproximação em 𝑡 = 𝑡𝑓 , temos que:
𝑦(𝑡𝑓 ) ≈ 𝑦0 + 𝑓(𝑡0 , 𝑦0 )(𝑡𝑓 + 𝑡0 ) (4.4)
FIGURA 4.2: Aproximação da função 𝑦(𝑡) = 𝑒 𝑡−1 , pelo método de Euler, obtido através do software Matlab®.
diferença do valor obtido pela solução numérica e a solução exata) de 0,47 o que equivale a
um erro relativo de 20,81%. O erro relativo é facilmente obtido, basta que tomemos o
módulo do erro absoluto e dividamos pelo valor obtido pela solução numérica.
Dependendo da aplicação, um erro desta magnitude pode não ser aceitável.
Desta forma, temos que averiguar o porquê deste erro. A resposta é imediata, já que sabemos
que só há garantia de que a reta tangente aproxima bem a função perto do ponto onde
estamos tangenciando.
Como vimos, o erro relativo de 20,81% pode ser considerado grande,
dependendo da ocasião. Para tanto podemos reduzir o intervalo dividindo em quatro partes
iguais teríamos. Utilizando a aproximação conforme a equação (4.4), teremos considerando
a condição inicial, 𝑦(1) = 1
𝑦(1,25) ≈ 1 + 1(1,25 − 1) = 1,25 (4.8)
para 𝑡𝑓 = 1,25 então, os valores aproximados e exatos seriam, respectivamente, 1,25 e
1,2840 o que corresponde a um erro relativo de 27,22%. Considerando a condição inicial,
𝑦1 = 1,25 e 𝑡1 = 1,25
𝑦(1,5) ≈ 𝑦1 = 1,25 + 1,25(1,5 − 1,25) = 1,5625 (4.9)
para 𝑡𝑓 = 1,5 então, os valores aproximados e exatos seriam, respectivamente, 1,5625 e
1,6487 o que corresponde a um erro relativo de 5,52%. Considerando a condição inicial,
𝑦2 = 1,5625 𝑡2 = 1,5
𝑦(1,75) ≈ 𝑦3 = 1,5625 + 1,5625(1,75 − 1,5) = 1,9531 (4.10)
para 𝑡𝑓 = 1,75 então, os valores aproximados e exatos seriam, respectivamente, 1,9531 e
2,1170 o que corresponde a um erro relativo de 8,39%. Considerando a condição inicial,
𝑦3 = 1,9531 𝑡3 = 1,75
𝑦(2) ≈ 𝑦4 = 1,9531 + 1,9531(2 − 1,75) = 2,4414 (4.11)
para 𝑡𝑓 = 2 então, os valores aproximados e exatos seriam, respectivamente, 2,4414 e
2,7183 o que corresponde a um erro relativo de 11,34%.
44
FIGURA 4.3: Aproximação da função 𝑦(𝑡) = 𝑒 𝑡−1 , pelo método de Euler, obtido através do software Matlab®.
Vamos utilizar a Tabela 4.1 para compararmos como se comporta o erro, quando
diminuímos o intervalo em subintervalos menores. De acordo com a tabela o valor da
solução (*) corresponde à aproximação através da reta tangente, dividindo o intervalo [1; 2]
em dois subintervalos, respectivamente, 𝑡1 = 1,5 e 𝑡2 = 2. De acordo com a tabela o valor
da solução (**), representa também a aproximação no intervalo [1; 2], mas decompondo em
quatro subintervalos, 𝑡1 = 1, 𝑡2 = 1,25, 𝑡3 = 1,75 e 𝑡4 = 2. Com isso obtemos o erro de
aproximação extraindo o módulo da diferença entre o valor da solução exata e o valor da
solução numérica. Já o erro relativo é obtido pelo quociente do erro relativo com o valor da
solução numérica.
Uma ideia simples para estimar o valor de 𝑦 (𝑡𝑓 ) para 𝑡𝑓 longe de 𝑡0 é dar vários
passos pequenos até encontrar um valor aproximado mais preciso. Para isso fazemos
aproximações lineares parecidas com a aproximação tangente em cada passo, o que é
chamado de método de Euler de passo múltiplo.
Sem perda da generalidade, consideremos 𝑡𝑓 > 𝑡0 . Primeiramente dividimos o
intervalo [𝑡0 , 𝑡𝑓 ] em 𝑛 subintervalos [𝑡𝑖 , 𝑡𝑖+1 ] de forma que 𝑡𝑛 = 𝑡𝑓 . Usualmente os pontos 𝑡𝑖
são igualmente espaçados e chamamos o tamanho de cada subintervalo de ℎ, ou seja, ℎ =
𝑡𝑖+1 − 𝑡𝑖 . No primeiro passo procedemos como no método de Euler para encontrar a
estimativa para 𝑦(𝑡1 ), ou seja, construímos a reta tangente em 𝑡0 e obtemos:
𝑦(𝑡1 ) ≈ 𝑦1 ≡ 𝑦(𝑡0 ) + 𝑦 ′ (𝑡0 )(𝑡1 − 𝑡0 ) = 𝑦0 + 𝑓(𝑡0 , 𝑦0 )h
já no segundo passo, para obter uma aproximação de 𝑦(𝑡2 ), gostaríamos de utilizar a reta
tangente em 𝑡1 .
Cuja expressão é:
𝑟1 (𝑡) = 𝑦(𝑡1 ) + 𝑦 ′ (𝑡1 )(𝑡 − 𝑡1 ) = 𝑦(𝑡1 ) + 𝑓(𝑡1 , 𝑦(𝑡1 ))(𝑡 − 𝑡1 ).
Contudo não sabemos o valor exato de 𝑦(𝑡1 ) e, portanto não podemos construir
a reta 𝑟1. Dessa forma aproximamos a reta tangente pela reta
𝑟̅ (𝑡) = 𝑦1 + 𝑓(𝑡1 , 𝑦1 )(𝑡 − 𝑡1 ),
que é obtida pela substituição de 𝑦(𝑡1 ) pela aproximação 𝑦1 no primeiro passo. Suprindo o
valor de 𝑡 por 𝑡2 nessa expressão, obtemos
𝑦(𝑡𝑖+1 ) ≈ 𝑦𝑖+1 ≡ 𝑦𝑖 + 𝑓(𝑡𝑖 , 𝑦𝑖 )h
fazemos isso até encontrarmos uma aproximação para 𝑦(𝑡𝑓 ).
Podemos perceber que este valor está mais próximo do valor exato 19,028 do
que estava o valor encontrado pelo método de Euler com um único passo, que era de 14. A
Figura 4.3 ilustra o método de passo múltiplo.
Exemplo 4.2.2
Notemos que a equação diferencial é linear, de modo que pode ser resolvida de
𝑡
maneira analítica, usando o fator integrante 𝑒 2 . A solução resultante do problema do valor
inicial é
𝑡
𝑦 = 𝜙(𝑡) = 14 − 4𝑡 − 13𝑒 −2
Para aproximar essa solução pelo método de Euler, notemos que nesse caso,
𝑦
𝑓(𝑡, 𝑦) = 3 − 2𝑡 −
2
usando os valores iniciais 𝑡0 = 0 e 𝑦0 = 1, encontramos então,
𝑓0 = 𝑓(𝑡0 , 𝑦0 ) = 𝑓(0,1) = 3 − 0 − 0,5 = 2,5
com a equação de aproximação pela reta tangente
𝑦 = 𝑦0 + 𝑓(𝑡0 , 𝑦0 )(𝑡 − 𝑡0 )
𝑦 = 1 + 2,5 (𝑡 − 0) = 1 + 2,5𝑡
a aproximação perto de 𝑡 = 0,2 é
𝑦1 = 1 + (2,5)(0,2) = 1,5
então, pela aproximação pela reta tangente perto de 𝑡 = 0,2 é
1,5
𝑓(𝑡1 , 𝑦1 ) = 3 − (2 ∙ 0,2) − = 1,85
2
𝑦 = 1.5 + 1,85(𝑡 − 0,2) = 1,13 + 1,85𝑡
calculando a expressão para 𝑡 = 0,4
𝑦2 = 1,13 + 1,85(0,4) = 1,87
e para construir a Tabela 4.2, repetimos esse processo mais três vezes.
𝑡
FIGURA 4.4: Aproximação da função 𝜙(𝑡) = 14 − 4𝑡 − 13𝑒 −2 por sua reta tangente, obtido através do
software Matlab®.
Exemplo 4.2.2
Usaremos o método de Euler, com ℎ = 0,1 para construção de uma tabela com
𝑦 ′ = 𝑥 + 𝑦, 𝑦(0) = 1
Exemplo 4.2.3
Podemos observar que neste caso, de acordo com o número de passos, o erro
relativo foi diminuindo, e que já no primeiro passo o erro é de 13,36%, ou seja, a
aproximação foi 86,64%, que nos mostra o quanto eficaz é o método de Euler para uma
aproximação simples e rápida. Vale ressaltar que esta aproximação foi feita com o auxílio de
papel e caneta, sem o uso de métodos numéricos computacionais, veja que no quinto passo o
erro relativo foi de aproximadamente 3%, e a aproximação foi de 97%.
52
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Simples, como instrumento para encontrar uma solução aproximada de EDO de primeira
ordem.
Para tanto, fez-se necessário enunciar e estabelecer os conceitos básicos de
derivada, séries de potência, séries de Taylor e polinômio de Taylor. Delinear os princípios
de EDO, classificando-as quanto ao tipo, ordem, além das soluções e problemas de valor
inicial. Estes conceitos se entrelaçam, e foi possível perceber que para resolver
analiticamente uma EDO recorremos aos preceitos da derivada. O método de Euler valer-se
de reta tangente para aproximação dos valores; ressaltamos que a reta tangente é a derivada
aplicada ao ponto. Ao passo que também podemos perceber que o método do Passo Simples
pode ser visto como a Série de Taylor com os dois primeiros termos.
Neste trabalho descrevemos que Polinômio de Taylor é uma expressão que
permite o cálculo do valor de uma função por aproximação local através de uma função
polinomial, que também as Equações Diferenciais Ordinárias podem ser usadas
frequentemente para descrever processos nos quais a mudança de uma medida ou dimensão
é causada pelo próprio processo.
Tendo em vista, o objetivo principal do trabalho, o estudo do método de Euler
para obter uma solução aproximada de uma EDO de primeira ordem, pude concluir que o
método mostrou-se eficaz na resolução numérica de Equações Diferenciais Ordinárias que
requerem agilidade, e que também exigem pouca estrutura de processamento de dados em
computadores para a resolução, atenuando o custo de uma pesquisa. Vale ressaltar, que o
uso das EDOs são imensamente aplicáveis à pesquisas para os mais diversos campos do
conhecimento. Para tanto, o Método de Euler contribui de maneira relevante as pesquisas,
como por exemplo, pesquisas exploratórias que não requerem grande precisão, pois
permitem uma margem de erro, ainda que pequena. No entanto, vimos que para algumas
equações o método de Euler precisa de um tamanho de passo muito pequeno para se obter
resultados suficientemente precisos, fazendo-se necessário uso de outros métodos
numéricos.
Para tanto, existem ainda outros métodos para solução de equações diferenciais
ordinárias, tais como método de Euler modificado, método de Runge-Kutta, método do
ponto central, método do multipasso, etc. Inclusive, objetos para futuros estudos e
respondendo aos objetivos postos na Introdução. Lembrando que a todo o momento surgem
novas tecnologias e a forma de abordar os problemas pode mudar, mas a análise
complementar de tratar os conceitos, os objetos por meio de suas representações ou
intensões continuarão evidentes e necessárias.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[3] BOYER, C. B. História da Matemática, 2ª edição. São Paulo: Revista por Uta
C. Merzbach, 1996.
[5] GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª edição, São Paulo: Atlas,
2002.
[16] STEWART, James. Cálculo, volume II, 4ª edição. São Paulo: Pioneira
Thompson Learning, 2002.
ANEXO 1
FIGURA 5.1: Print Screen da tela inicial do programa MatLab®, versão 2014a.
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ANEXO 2
Para resolver no Matlab® a EDO dada no exemplo 4.1.1, escreve-se uma função
chamada edoEuler. Essa função resolve problemas de valor inicial de primeira ordem
usando o método de Euler. Em seguida, escreve-se um programa que usa essa função para
resolver o problema proposto.
Fuction[x,y]=edoEULER(EDO,a,b,h,yINI)
% edoEULER resolve uma EDO de primeira ordem com valor inicial usando o
% método explícito de Euler.
% Variáveis de entrada:
% EDO Nome (String) de uma função em arquivo que calcula dy/dx
%a Primeiro valor de x.
%b Último valor de x.
%h Passo de integração.
% yINI Valor da solução y no primeiro ponto (valor inicial).
% Variáveis de saída:
% x Vetor com coordenada x dos pontos da solução.
% y Vetor com a coordenada y dos pontos da solução.
X(1)=a; y(1)=yINI;
N=(b-a)/h;
For i=1:N
X(i+1)=x(i)+h;
Y(i+1)=y(i)+feval(EDO,x(i),y(i))*h;
End