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19/11/2021
Objetivos desta visita: esta saída teve como finalidade analisar as formações rochosas na
nossa localidade, observar o impacto humano sobre as paisagens e dar uma ideia da
história geológica da região em que vivemos.
O que se observa:
⋅ Do nosso lado direito situava-se a ribeira (X) que foi encanada, que fez com que a
ribeira não saísse do seu trajeto.
⋅ Observava-se a zona de abatimento da falha (onde nós estávamos situados era a
zona abatida) e observava-se os dois blocos laterais com rochas de idades muito
distintas: rochas do cretácico (125-113 M.a.) ao lado de rochas do miocénico (24-5
M.a.). Este fenómeno deve-se ao jogo de falhas daquele local onde certas zonas
abateram que fez com que as rochas que estavam embaixo ficassem ainda mais
abaixo e as rochas mais recentes ficassem ao lado das antigas.
A(24-5Ma) Miocénico
Notas:
O que se observa:
⋅ Arribas de dois períodos completamente distantes lado a lado separado por uma
falha (miocénico // falha // cretácico). Visto de frente a arriba do miocénico está do
lado esquerdo separado pela falha, seguido da arriba cretácica do lado direito.
⋅ Mais de lado (mais a Este) vê-se uma arriba viva com as camadas de rochas
seguindo o princípio da horizontalidade e da sobreposição de estratos (as rochas
mais recentes do miocénico estão sobrepostas acima das rochas do período
cretácico). Nessa arriba não existe interrupção nos estratos.
Notas:
⋅ As arribas são todas arribas vivas pois quando a maré enche vai haver degradação
nas rochas mais abaixo da arriba.
⋅ A falha evidencia os dois tipos de rochas dos diferentes períodos: as rochas do
cretácico são rochas são calcários designados de margo-calcários do Porto Mós e
as rochas do miocénico são margas (argilas carbonatadas).
⋅ A diferença entre a posição dos estratos de um lado da falha em relação ao outro é
bastante notável para distinguir quais zonas subiram e quais desceram, quando a
zona central colapsou.
⋅ Na arriba onde as rochas do miocénico estão sobrepostos por cima das rochas do
cretácico sem interrupção existe uma plataforma de abrasão onde o mar está a
erodir a arriba e por consequência degradar as rochas situadas em baixo.
⋅ A arriba da falha obedece aos seguintes princípios: princípio da horizontalidade,
princípio da sobreposição de estratos (a falha), princípio da continuidade natural,
princípio da identidade paleontológica pois os calcários lá encontrados são calcários
biogénicos contendo bastantes fósseis.
cretácico miocénico
Paragem 2º B: lado Este da praia à frente de uma zona de colapso (orientação E)
O que se observa:
⋅ Observa-se uma estrutura de colapso: uma estrutura de colapso é uma zona onde a
arriba faz muita pressão fazendo com que a zona com mais pressão abata no meio
da arriba, esmagando a parte interna da arriba formando uma zona solta dentro da
própria arriba.
Notas:
⋅ Repara-se que existem rochas com maior resistência à erosão pelo facto de haver
rochas sobressaídas e outras mais para dentro. Isso deve-se maioritariamente aos
agentes erosivos da zona que são o mar e o vento.
O que se observa:
⋅ A primeira arriba que se via diretamente à nossa frente tinha rochas do cretácico
lado a lado com as rochas do miocénico devido ao colapso da zona central que
empurrou as rochas do miocénico para o lado das rochas do cretácico.
⋅ Depois observa-se uma arriba com diáclases interrompidas por descontinuidades
que faz baixar os estratos seguintes perante as anteriores.
⋅ Em relação à arriba mais distante destacou-se que o estrato que se situava em
baixo no Porto de Mós, se situa por cima na praia da Luz.
Notas:
Última paragem: uma pausa para comer e descansar antes de voltar para a escola.