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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

Queridos alunos!!

Sabemos que os resumos das disciplinas são fundamentais para fixação de conteúdos e,

também, para realização de revisões. Um resumo bem feito garante que os principais pontos

de cada matéria sejam revisados de forma rápida, aumentando a produtividade dos estudos

e a eficiência das revisões.

Além disso, sabemos que, principalmente para os grandes concursos, o número de

matérias cobradas no edital é muito grande. Dessa forma, além de revisar os pontos marcados

em seus materiais, um bom resumo pode encurtar o tempo de revisão, garantindo, assim, que

todo o material possa ser revisado em um período de tempo mais curto.

Com isso em mente, apresentamos a vocês o Resumo de Direito Constitucional -

Administração Pública. Trata-se de um material pensado para lhe ajudar em todo esse

processo, visando, inclusive, uma economia de tempo de confecção de materiais, tempo que é

o bem mais precioso de um concurseiro, não é mesmo?

Esperamos poder ajudá-los!

Conte sempre com o Estratégia em sua caminhada!

Estratégia Concursos

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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL

Administração Pública

● A expressão “Administração Pública” não se refere apenas ao Poder Executivo,

mas a todo o conjunto de órgãos e entidades governamentais dos três Poderes.

● O Estado exerce suas tarefas administrativas centralizadamente (Administração

direta) ou descentralizadamente (Administração indireta). A Administração

direta é composta pelos órgãos públicos. A Administração indireta é composta

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pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de

economia mista.

● Órgãos públicos: São entes despersonalizados. Não possuem personalidade

jurídica própria.

(*) Emenda Constitucional no 109/2021: Os órgãos e entidades da administração

pública, individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas,

inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na

forma da lei.

● Entidades da Administração indireta:

○ Autarquias: São pessoas jurídicas de direito público que exercem atividade

típica da Administração pública. São criadas por lei.

○ Fundações públicas: Existem fundações públicas de direito público

(criadas por lei) e fundações públicas de direito privado (autorizadas por

lei).

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○ Empresas públicas: São pessoas jurídicas de direito privado. Em regra,

exploram atividades econômicas. Podem também prestar serviços

públicos. O capital social é 100% público. Sua criação é autorizada por lei.

○ Sociedades de economia mista: São pessoas jurídicas de direito privado.

Em regra, exploram atividades econômicas, mas também podem prestar

serviços públicos. São constituídas sob a forma de sociedade anônima. A

maioria das ações é do Estado. Sua criação é autorizada por lei.

Art. 37 (...)

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição

de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei

complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das

entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer

delas em empresa privada;

Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem

realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser

avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei (art. 37, § 16).

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● Regime jurídico da Administração x Regime jurídico administrativo:

○ O regime jurídico da Administração é o conjunto de normas às quais se

submete à Administração, o que engloba o regime de direito público e o

regime de direito privado.

○ O regime jurídico-administrativo, por sua vez, é o regime de direito público

ao qual se submete a Administração Pública. Há 2 (dois) princípios que

fundamentam o regime jurídico-administrativo: i) a supremacia do

interesse público e; ii) a indisponibilidade do interesse público.

● Princípios explícitos da Administração Pública: Segundo o art. 37, CF/88, são

princípios da Administração Pública os seguintes: legalidade, impessoalidade,

moralidade, publicidade e eficiência.

○ Legalidade: A Administração Pública somente pode fazer o que está

expressamente previsto em normas jurídicas. Os particulares podem

fazer tudo o que a lei não lhes proíbe.

○ Impessoalidade: Possui 4 (quatro) acepções diferentes. A primeira

acepção (finalidade) determina que toda a atuação administrativa deve

buscar a satisfação do interesse público. A segunda acepção veda que o

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agente público utilize as realizações da Administração para sua promoção

pessoal. Na terceira acepção, a impessoalidade se revela como uma

obrigação de tratamento isonômico (ex: exigência de concurso público;

pagamento dos precatórios na ordem cronológica). Por último, a quarta

acepção da impessoalidade é a que considera que os atos praticados pelo

agente público não são imputáveis a ele, mas ao órgão ou entidade em

nome do qual ele age.

○ Moralidade: A moralidade administrativa é princípio que impõe aos

agentes públicos a atuação ética e honesta na gestão da coisa pública.

A ação popular é instrumento de controle popular da Administração

Pública, sendo cabível para anular atos lesivos à moralidade administrativa.

○ Publicidade: A publicidade é um requisito de eficácia dos atos

administrativos gerais e de efeitos externos ou, ainda, daqueles que

onerem o patrimônio público. O princípio da publicidade também exige

que a Administração dê conhecimento aos administrados (cidadãos) da

conduta interna de seus agentes. Segundo o art. 5o, XXXIII, “todos os

cidadãos têm o direito de receber dos órgãos públicos informações de seu

interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral”.

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○ Eficiência: É a base de um novo modelo para a Administração Pública: a

administração gerencial. Impõe dever de eficiência à Administração

Pública, buscando garantir a melhoria da qualidade dos serviços

públicos e a racionalidade dos gastos públicos. O princípio da eficiência

se manifesta em diversos dispositivos constitucionais, tais como a avaliação

especial de desempenho como requisito para a estabilidade (art. 41, § 4o), a

possibilidade de perda do cargo pelo servidor público estável em virtude

de avaliação periódica de desempenho (art. 41, § 1º, III) e os contratos de

gestão.

● Acesso a cargos, empregos e funções públicas:

○ Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros (natos e naturalizados)

e aos estrangeiros. Estrangeiros podem ocupar cargo público, mas não

podem exercer mandato político (são inelegíveis). Por exemplo, segundo o

art. 207, § 1º, da CF/88, as universidades públicas podem admitir

professores, técnicos e cientistas estrangeiros na forma da lei.

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○ Os brasileiros, para que possam ter acesso aos cargos, empregos e funções

públicas, devem cumprir os requisitos definidos em lei. Nesse sentido, o

STF tem algumas decisões importantes:

➢ Súmula Vinculante no 44 (STF): Só por lei se pode sujeitar a exame

psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

➢ “A fixação do limite de idade via edital não tem o condão de suprir a

exigência constitucional de que tal requisito seja estabelecido por

lei.” (ARE 667.309 AgR/PE)

➢ “Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a

pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de

conteúdo que viole valores constitucionais” (RE 898.450/SP).

● Concurso Público:

○ Regra Geral: A investidura em cargo ou emprego público depende de

aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.

Exceção: Os cargos em comissão são declarados em lei de livre nomeação

e exoneração. A investidura em cargo em comissão não se dá por concurso

público.

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(*) Súmula Vinculante no 43: “É inconstitucional toda modalidade de provimento que

propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado

ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente

investido”.

○ O prazo de validade do concurso público é de até 2 (dois) anos,

prorrogável uma vez por igual período.

○ Segundo o STF, a aprovação em concurso dentro do número de vagas

previsto no edital garante direito subjetivo do candidato à nomeação (RE

598.099).

○ Segundo o STF, a cláusula de barreira em concursos públicos (ou “cláusula

de afunilamento”) é constitucional (RE 635.739).

○ A lei reservará um percentual dos cargos ou empregos públicos para

pessoas portadoras de deficiência (art. 37, VIII).

○ A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para

atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37,

IX).

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● Cargos em comissão: Os cargos em comissão são declarados em lei de livre

nomeação e exoneração. As funções de confiança destinam-se exclusivamente a

servidores ocupantes de cargos efetivos. É vedada a prática do nepotismo, que

fere os princípios da moralidade e da impessoalidade. Também é vedado o

“nepotismo cruzado”.

(*) Súmula Vinculante no 13: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em

linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade

nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção,

chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou,

ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer

dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido

o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”

(*) ATENÇÃO! Prevalece no STF o entendimento de que a SV no 13 não se aplica à

nomeação para cargos políticos (Secretários de Estados e de Municípios, por exemplo).

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● Direitos sociais dos servidores públicos: Os servidores públicos têm direito à

livre associação sindical (art. 37, VI) e à greve (art. 37, VII). O direito de greve dos

servidores públicos é, todavia, uma norma de eficácia limitada. Cabe destacar

que aos militares é vedada a sindicalização e a greve (art. 142, IV). Os servidores

da área de segurança pública (policiais civis e militares, por exemplo) também

não podem fazer greve (ARE 654.432/GO).

(*) Segundo o STF, a Administração Pública deve descontar da remuneração dos

servidores públicos grevistas os dias de paralisação (RE no 693.456).

○ Os servidores públicos também fazem jus aos seguintes direitos sociais:

salário mínimo, décimo terceiro salário, adicional noturno, salário-família,

jornada de trabalho não superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta

e quatro) semanais, repouso semanal remunerado (preferencialmente aos

domingos), remuneração do serviço extraordinário (“hora-extra”), férias,

licença-gestante, licença-paternidade, proteção ao mercado de trabalho da

mulher, redução dos riscos do trabalho e proibição de diferença de salários,

de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,

idade, cor ou estado civil.

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(*) Os servidores públicos não têm direito, dentre outros, aos seguintes direitos sociais:

i) seguro-desemprego; ii) fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS); iii) piso

salarial; e iv) aviso prévio.

(*) Súmula Vinculante no 55: “O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos

servidores inativos”.

● Remuneração dos servidores públicos:

○ A remuneração dos servidores públicos é fixada por lei específica,

observada a iniciativa privativa em cada caso e assegurada revisão geral

anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

○ O subsídio, é uma forma de remuneração fixada em parcela única, sem

acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de

representação ou outra espécie remuneratória. Podem ser acrescidas ao

subsídio verbas indenizatórias.

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(*) O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os

Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio.

(*) Os subsídios do Presidente, Vice-Presidente, Deputados Federais, Senadores e

Ministros de Estado são fixados por decreto legislativo.

○ A remuneração de todos os servidores está sujeita a um teto

remuneratório geral do funcionalismo público, que é o subsídio dos

Ministros do STF.

(*) O teto remuneratório não se aplica a todos os empregados públicos, mas apenas

àqueles de empresas públicas e sociedades de economia mista que receberem

recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para pagamento

de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, §9º).

(*) Excetuam-se dos limites remuneratórios constitucionais as parcelas indenizatórias

fixadas em lei.

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○ Nos Estados e no Distrito Federal, o subteto é variável por Poder. No Poder

Executivo, o limite é o subsídio do Governador. No Poder Legislativo, o

limite é o subsídio dos deputados estaduais e distritais. No Poder

Judiciário, o limite é o subsídio dos desembargadores do Tribunal de

Justiça (esse limite também se aplica aos membros do Ministério Público,

aos Procuradores e aos Defensores Públicos).

(*) Os Estados podem, mediante emenda à Constituição Estadual, fixar um subteto

único, ao invés de termos subtetos específicos por Poder (art. 37, § 12). Quando isso

ocorrer, o subteto único deverá ser o subsídio dos desembargadores do Tribunal de

Justiça.

○ Nos Municípios, a remuneração de todos os servidores públicos têm

como limite o subsídio do Prefeito. Esse é o subteto remuneratório nos

Municípios. Segundo o art. 37, XII, CF/88, os vencimentos dos cargos do

Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos

pagos pelo Poder Executivo.

○ É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies

remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público

(art. 37, XIII).

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(*) Súmula Vinculante no 42: “É inconstitucional a vinculação do reajuste de

vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção

monetária.”

○ Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão

computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos

ulteriores (art. 37, XIV). Veda-se, desse modo, o “efeito-repique”, ou seja,

ficam proibidos os “adicionais em cascata”.

○ É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou

vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em

comissão à remuneração do cargo efetivo (art. 39, § 9º).

● Acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas:

○ Para a acumulação remunerada de cargos públicos, é necessário que

haja compatibilidade de horários. A CF/88 autoriza a acumulação

remunerada nos seguintes casos:

➢ 2 cargos públicos de professor;

➢ 1 cargo de professor com 1 cargo técnico ou científico;

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➢ 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com

profissões regulamentadas.

○ A proibição de acumular é ampla, alcançando todas as esferas de governo

(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), todos os Poderes

(Legislativo, Executivo e Judiciário) e toda a Administração Pública (direta

ou indireta).

(*) Segundo o STF, em caso de acumulação de cargos, o teto constitucional deve ser

observado para cada cargo, individualmente considerado (RE 602.043).

● Acumulação de proventos de aposentadoria com remuneração do cargo em

atividade:

○ Como regra geral, é proibida a acumulação de proventos de

aposentadoria pago pelo regime próprio de previdência social (RPPS)

com a remuneração do cargo em atividade. Entretanto, existem 3 (três)

exceções nas quais isso se torna possível: i) cargos acumuláveis; ii) cargos

eletivos e; iii) cargos em comissão.

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● Servidores Públicos e Mandato Eletivo:

○ O servidor público que for investido em mandato federal, estadual ou

distrital será afastado do cargo.

○ O servidor público que for investido no mandato de Prefeito será afastado

do cargo, podendo optar pela remuneração.

○ Por último, o servidor público que for investido no mandato de Vereador

poderá: a) se houver compatibilidade de horários, acumular o cargo

público com o mandato eletivo; b) se não houver compatibilidade de

horários, será afastado do cargo público, podendo optar pela remuneração.

(*) Nos casos de afastamento do servidor, seu tempo de exercício no mandato eletivo

será contado como tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para

promoção por merecimento. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de

afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

○ Na hipótese de o servidor público eleito para cargo eletivo ser segurado de

regime próprio de previdência social, deverá permanecer filiado a esse

regime do ente federativo de origem enquanto exercer o mandato.

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● Estabilidade dos servidores públicos:

○ A estabilidade é adquirida após 3 anos de efetivo exercício e avaliação

especial de desempenho. Somente servidores ocupantes de cargos

efetivos é que adquirem a estabilidade.

○ O servidor estável apenas pode perder o cargo nas seguintes hipóteses:

➢ Sentença judicial transitada em julgado.

➢ Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa

➢ Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de

lei complementar, assegurada ampla defesa

➢ Excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 3o, CF/88).

● Reintegração, recondução, aproveitamento e disponibilidade:

○ Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele

reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao

cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou

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posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de

serviço (art. 41, § 2º).

○ Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável

ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de

serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo (art. 41, § 3º).

● Regime Previdenciário dos agentes públicos: O RPPS se aplica aos servidores

públicos ocupantes de cargos efetivos. O RGPS se aplica: i) aos agentes públicos

ocupantes exclusivamente de cargos em comissão; ii) aos ocupantes de

empregos públicos e; iii) aos ocupantes de funções temporárias, inclusive

mandatos eletivos.

● Aposentadoria dos servidores públicos:

○ A aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho se dá no

cargo em que o servidor estiver investido, quando insuscetível de

readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações

periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a

concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo.

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(*) O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de

cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que

tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta

condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o

cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem (art. 37, § 13).

○ A aposentadoria compulsória será aos 70 (setenta) anos de idade, ou

aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar. A

aposentadoria compulsória será com proventos proporcionais ao tempo de

contribuição. Em razão da Lei Complementar no 152/15, tem-se que a

aposentadoria compulsória se dá aos 75 anos. Excetuam-se a essa regra os

ocupantes dos cargos em comissão e os titulares de mandatos eletivos.

(*) Empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de

economia mista e das suas subsidiárias também estão sujeitos à aposentadoria

compulsória, desde que observado o cumprimento do tempo mínimo de contribuição

(art. 201, § 16).

○ A aposentadoria voluntária dos servidores públicos ocorrerá, no âmbito

da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65

(sessenta e cinco) anos de idade, se homem. No âmbito dos Estados,

Distrito Federal e Municípios, a idade mínima deverá estar estabelecida em

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emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo

de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar

do respectivo ente federativo.

(*) Os requisitos de tempo de contribuição, tempo de serviço público e tempo no cargo

em que se dará a aposentadoria foram desconstitucionalizados com a Emenda

Constitucional no 103/19. Significa dizer que esses assuntos devem ser definidos pelo

legislador infraconstitucional. Somente o requisito da idade mínima para as

aposentadorias voluntárias continua no texto do art. 40 da CF/88.

(*) O requisito da idade mínima será reduzido em 5 (cinco) anos para o professor que

comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na

educação infantil e no ensino fundamental e médio (“Professor FMI”). O requisito do

tempo de efetivo exercício deve estar fixado em lei complementar do ente federativo.

○ A CF/88 prevê que lei complementar irá dispor sobre a aposentadoria

especial dos servidores públicos. Somente pode haver critérios

diferenciados para a concessão de benefícios em regime próprio de

previdência social para os servidores que se enquadrarem em alguma

dessas três situações: i) servidores com deficiência, previamente

submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe

multiprofissional e interdisciplinar; ii) ocupantes do cargo de agente

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penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial (policiais legislativos

das Casas do Congresso Nacional, policiais federais, policiais rodoviários e

ferroviários federais e policiais civis); e iii) servidores cujas atividades sejam

exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos

prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização

por categoria profissional ou ocupação. Lembre-se: os critérios

diferenciados para essas classes de servidores devem estar fixados em lei

complementar do respectivo ente federativo.

(*) Súmula Vinculante no 33: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras

do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o

artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar

específica.”

○ Não podem ser criados novos regimes próprios de previdência social

pelos entes federativos (art. 40, § 22), ficando mantidos os já existentes à

época da promulgação da Emenda Constitucional no 103/19.

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● Improbidade administrativa: Os atos de improbidade administrativa resultarão

em: i) perda do cargo público; ii) suspensão dos direitos políticos; iii)

indisponibilidade dos bens e; iv) ressarcimento ao erário.

● Responsabilidade civil do Estado: A responsabilidade civil do Estado é objetiva,

ou seja, independe de dolo ou culpa. É cabível ação regressiva contra o agente

público que deu causa ao dano, caso este tenha agido com dolo ou culpa.

Atenção! As empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de

atividades econômicas não são alcançadas pela regra da responsabilidade civil

objetiva.

(*) A responsabilidade civil objetiva da Administração alcança os danos produzidos a

terceiros usuários e não usuários do serviço público (RE 591.874).

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