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FACULDADE SANTA HELENA

CURSO CIÊNCIAS CONTABÉIS

ELAINECRISTINA BARBOSA SILVA

MEDIAÇÃO EM CONFLITOS TRABALHISTAS

RECIFE-PE
2022
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ELAINE CRISTINA BARBOSA SILVA

MEDIAÇÃO EM CONFLITOS TRABALHISTA

Relatório da palestra do Vértice apresentada


dia 26/11/2022 pela Faculdade Santa Helena,
com objetivo de ser avaliada como projeto dá
turma de primeiro período do curso de
ciências contábeis.

Professor: D.Lívio Paulino Francisco


Da Silva
Dra.Ana Cristina da Silva

RECIFE-PE
2022
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1 MEDIAÇÃO DE CONFLITOS TRABALHISTA

Através desse relatório venho relatar sobre a palestra que foi ministrada por
Dr. Lívio Paulino Francisco Da Silva e Dra. Ana Cristina da Silva que abordou a
questão da medição em conflitos trabalhistas.
Segundo Vygotsky (1986-1934) a mediação é o processo de intervenção de
um intermediário em uma relação; assim, a relação deixa de ser direta e se torna
mediada por este elemento. O magistrado citou a Lei n. 13.140 (Lei de Mediação),
que é considerada o principal marco legal no Brasil que estabelece diretrizes para o
uso da mediação no sistema judicial, expandindo assim seu uso como um método
alternativo de resolução de conflitos. Como resultado, entendemos que o objetivo da
mediação seria um diálogo sem um julgamento final.
Sendo um método alternativo de resolução de conflitos, que por meio de um
terceiro imparcial, auxiliam as partes para que solucionem seus conflitos de forma
consensual, sem que se precise judicializar as demandas, trazendo maior celeridade
ao processo e também economia processual, isso evita que os processos fiquem
parados por anos e anos sem que as partes entrem em acordo em comum.
Em Referida, anteriormente menciona, cita os seguintes dizeres:
:
“Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam
zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de por que se
haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as
suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que
um via uma coisa e o outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro
um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam
passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um
via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso
desta dupla existência da verdade.” (PESSOA 2001, 69)

Enfatizando que a mediação vem justamente para mostra esse ponto de


vista,que ao serem ouvidos ambas as partes sem julgamento prévio, a chance de
haver um acordo é quase que certa, que ambos tem razões,as vezes a parte do
trabalhador que geralmente que entra com uma causa na justiça é porque acredita
que sofreu uma injustiça, que foi prejudicado, e algo que era “simples” de se
resolver, que na verdade só precisava de uma mediação, por não haver esse canal
de ajuda, só acumula cada vez mais os processos.

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Dessa forma, deve ser enfatizado o seguinte questionamento, “mas o que
seria Conflito”? Profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes. Na
defesa dos direitos todos temos razão, porém quando isso não é colocado de forma
amigável e em tom de pacificação fica quase que impossível haver uma conciliação.
Falar sobre mediação e conciliação de conflitos é um tema de suma
importância que a portaria do MEC de 2018 diz que as disciplinas de conciliação,
mediação e arbitragem passam a serem matérias obrigatórias nas grades
curriculares dos cursos de direito de todo o país.
Um dos resultados positivos da conciliação é a redução na judicialização do
país, uma vez que a prática reduz o número de processos recebidos pelo Poder
Judiciário, deixando-o livre para agir nos casos de conflitos mais complexos, antes a
solução era apenas resolvida na “força”, mas a mediação dar oportunidade para que
as partes reflitam sobre as questões antes de levá-las ao Judiciário.
Em nosso estado temos o Cejusc (Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania) são unidades do Poder Judiciário, responsáveis pela
realização ou gestão de sessões e audiências de conciliação e mediação, sem
prejuízo de outros métodos consensuais, bem como pelo atendimento e orientação
dos cidadãos, onde causas como (acidentes de trânsito, cobranças, dívidas
bancárias, conflitos de vizinhança) e causas de família, tais como divórcio, pedido de
pensão alimentícia, guarda de filhos, regulamentação de visitas entre outras podem
ser resolvidas através do centro.
O magistrado, assim como o professor, afirma que no trabalho, há uma vida
humana por trás deles, que os sentimentos são geralmente ignorados, que não há
empatia e que o trabalhador encontra acolhimento, que ele é visto e ouvido.
Nós já temos enraizado a violência no nosso dia dia, ela tem se
naturalizado,no nosso vocabulário constumos usar de violencia , cantigas como: “ O
cravo brigou com a rosa debaixo de uma sacada,o cravo saiu ferido e a rosa,
despedaçada” uma cantiga que costumamos cantar para nossos filhos mas que
mostra que não houve conciliação ,por isso temos um papel fundamental como
alunos a sermos conciliadores, isso não se resume a nossa área de atuação, o tema
está muito ligado ao nosso cotidiano, não deve ser aplicado apenas na área de
direito, se refletirmos todos podemos ser mediadores em dado momento da vida,e

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conhecer, entender,ler, estudar sobre o tema deve ser um exercício para nossa vida
acadêmica e pessoal, pois assim seremos seres humanos melhores, buscaremos
nosso direito de ser ouvido sem sermos violentos,entenderemos que justiça ela só é
feita quando os dois lados são beneficiados.
Ser um mediador não é uma tarefa fácil, o papel de unir um lado a outro não é
algo simples é necessário técnicas apropriadas para fazer fluir o diálogo, a empatia,
a escuta, a capacidade de encontrar saídas até ambos os lados chegarem a um
patamar satisfatório, é importante que seja imparcial para que a resolução de
conflitos seja justa e assim preserve a credibilidade do processo.
Em suma devemos aplicar a arte de mediar em nosso contexto, precisamos
refletir sobre a importância de ter alguém que seja um mediador quando buscarmos
justiça por algo, alguém que estará ali para facilitar as discordâncias entre as partes
envolvidas, que atuará focado em guia-lós no problema evitando divagações.
É importante também que a área acadêmica insira em sua grade curricular a
disciplina de Conciliação, para todos os cursos, pois assim seremos pessoas
instruídas sobre o tema e atuaremos de forma mais humana em nosso âmbito
profissional, aprenderemos a silenciar, escutar ativamente, perguntar
conscientemente, obervar constantemente.

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REFERÊNCIAS

PESSOA, FERNANDO. Desassossego. Edição: Rita Lopes Teresa. Rio de


Janeiro: Global, 2001.

JURISTAS. Conciliação, mediação e arbitragem serão matérias obrigatórias


nos cursos de Direito. 2019. Disponível em:
https://juristas.com.br/2019/02/21/conciliacao-mediacao-e-arbitragem-serao-
materias-obrigatorias-nos-cursos-de-direito/. Acesso em: 10 nov. 2022.

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