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SEMINÁRIO – INSCRIÇÃO NA OAB

Faz-se a inscrição a pós a aprovação no exame de ordem

Art. 8º - Para inscrição como advogado é necessário:

I – capacidade civil;

II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino


oficialmente autorizada e credenciada;

III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;

IV – aprovação em Exame de Ordem;


Provimento nº 109/2005 dispensou do exame da ordem os postulantes oriundos da
magistratura e do ministério público, uma vez que os mesmos já prestaram para ingresso
naquelas profissões uma prova de equivalência técnica com aludido exame.
O bacharel em direito que exerce cargo incompatível com a advocacia não terá o
deferimento imediato.
A certidão de sua aprovação na OAB tem validade por tempo indeterminado
Pode-se requerer novo pedido de inscrição depois de superada a incompatibilidade com a
atividade advocatícia. Ex.: cargo público de analista do TJ

V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;


Art. 20, § 2º do regulamento
O que quer dizer incompatibilidade?
Proibição total para o exercício da advocacia. Ex.: Juiz ser advogado também, militares,
ou função pública que propicia a captação de clientela e tráfico de clientes

VI – idoneidade moral;
É hipótese de exclusão da OAB
A idoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão
que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho
competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
INIDONEIDADE MORAL: tipos penais que causam grande repúdio à sociedade de um
modo geral. Ex.: Crime violento, hediondo ou participação no crime organizado
VII – prestar compromisso perante o Conselho.
No Conselho Seccional onde fará a inscrição. O “famoso juramento da OAB (art. 20
REOAB)
Ato personalíssimo (art 20, § 1º do REOAB)

§ 1º O Exame de Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.


O exame é REALIZADO pelos próprios Conselhos Seccionais da OAB, mesmo a prova
sendo unificada, mas quem REGULAMENTA o exame é o Conselho Federal da OAB

§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova
do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de
atender aos demais requisitos previstos neste artigo.
Para quem tem graduação estrangeira deve ser realizada uma prova de título

§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante
decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho
competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.

§ 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime
infamante, salvo reabilitação judicial.
A PROVA FALSA DE QUALQUER UM DOS REQUISITOS PARA A INSCRIÇÃO
CONFIGURARÁ INFRAÇÃO DISCIPLINAR, E O ADVOGADO FICARÁ SUJEITO À
SANÇÃO DE EXCLUSÃO

- Requisitos necessários a inscrição


- Exame regulamentado pelo Conselho Federal, mas é aplicado pelos Conselhos Seccionais
- Ressalva para estrangeiros e não graduados
- Idoneidade moral  atributo da pessoa que, no agir, não ofende os princípios éticos
vigentes em dado lugar e época. É a qualidade da pessoa íntegra, imaculada, sem mancha,
incorrupta, pura".

Art. 9º - Para inscrição como estagiário é necessário:


I – preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do Art. 8º;
Por que os requisitos II e IV não são necessários?
Porque na condição de graduando ainda não se tem o diploma e tampouco se presta o
exame de ordem.
II – ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos
do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos
Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados
pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu
curso jurídico.
Não é onde mora
Não é no território do lugar onde vai prestar serviço
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode
freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de
aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever
na Ordem.
§ 5º Em caso de pandemia ou em outras situações excepcionais que impossibilitem as atividades
presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio profissional poderá ser realizado no regime
de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema remoto ou não, por qualquer meio
telemático, sem configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer uma dessas modalidades.
§ 6º Se houver concessão, pela parte contratante ou conveniada, de equipamentos, sistemas e
materiais ou reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, todos destinados a viabilizar
a realização da atividade de estágio prevista no § 5º deste artigo, essa informação deverá
constar, expressamente, do convênio de estágio e do termo de estágio.

Inscrição do Estagiário
- Preencher requisitos do art 8º exceto o II e o IV
- Admissão em estágio de advocacia nos últimos dois anos de curso
- A inscrição é feita no Conselho Seccional do território do curso
- Alunos de outras graduações podem estagiar, mas sem inscrição da OAB
- Estágio pode ser cumprido por bacharel que queira se inscrever
- Regime de teletrabalho em caso de pandemia
- Concessão de equipamentos para teletrabalho devem constar no convênio de estágio e
termo de estágio
Art. 10 - A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral.
§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia,
prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
Sede principal da atividade ou domicílio da pessoa física

§ 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos


Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se
habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
Não é considerada atividade habitual: Advocacia extrajudicial, Tribunais Superiores e
Interestaduais (caso de recursos), Acompanhamento de Carta Precatória e Impetração de
Habeas Corpus.
Em caso de atividade habitual em território de outro Conselho, sem a inscrição
suplementar o advogado pode incorrer em exercício ilegal da advocacia

§ 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve
o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional
correspondente.
Inscrição por transferência

§ 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou inscrição suplementar,


ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela
representando ao Conselho Federal.
Obs.: Conselho Seccional  órgão que representa a OAB em âmbito estadual
Sobre a inscrição principal:
- Deve observar o domicílio profissional do advogado e em último caso seu domicílio como
pessoa física
- Pode ser transferido em caso de mudança de domicílio, observadas as devidas
regulamentações (ausência de vícios ou ilegalidades)
- Inscrição suplementar: necessária quando da atividade habitual em outro território.
Também necessário o pagamento de anuidade
Obs.: atividade habitual é aquela que excede o número de cinco causa por ano

Art. 11 - Cancela-se a inscrição do profissional que:


I – assim o requerer;
II – sofrer penalidade de exclusão;
III – falecer;
IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
V – perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido,
de ofício, pelo Conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição – que não restaura o número de inscrição anterior
– deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º.
Perde o número da inscrição

§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser
acompanhado de provas de reabilitação.

Do cancelamento:
- Nos casos II, III e IV pode ser feito de ofício por Conselho competente
- Em caso de novo pedido de inscrição o número anterior não é restaurado e deve ser
cumprido os requisitos do art. 8º
- Em caso de perda por penalização o novo pedido deve ser acompanhado por provas de
reabilitação

Art. 12 - Licencia-se o profissional que:


I – assim o requerer, por motivo justificado;
II – passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da
advocacia;
III – sofrer doença mental considerada curável.

Da licença profissional:
- Requerimento
- Temporariedade de atividade incompatível
- Tratamento psiquiátrico
Art. 13 - O documento de identidade profissional, na forma prevista no Regulamento Geral, é
de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de
identidade civil para todos os fins legais.

Art. 14 - É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documentos


assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade.
Parágrafo único. É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício
da advocacia ou o uso da expressão “escritório de advocacia”, sem indicação expressa do nome
e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade
de advogados na OAB.

Da obrigatoriedade do uso de dados de registro:


- Aplica-se a anúncios e divulgações da atividade advocatícia

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