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LEI Nº. 203, DE 22 DE MARÇO DE 2012.

DISPÕE SOBRE A POLÍTICA AMBIENTAL DO


MUNICÍPIO DE CRATEÚS E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O Povo do Município de Crateús, por seus representantes legais, aprova e eu, na qualidade de
Prefeito Municipal, em seu nome sanciono e promulgo a seguinte Lei.

TÍTULO I
DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I
DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE

Art. 1º. A política ambiental para o Município de Crateús, prevista na Lei Orgânica do Município, tem por
pressupostos o meio ambiente ecologicamente equilibrado e uma sadia qualidade de vida como direitos
inalienáveis do cidadão, impondo-se ao Município e à comunidade o dever de preservá-los e defendê-los para o
benefício das gerações atuais e futuras.

Art. 2º. A política do meio ambiente do Município de Crateús será executada com base nos seguintes princípios:

I. participação;
II. cidadania;
III. desenvolvimento sustentável;
IV. conservação dos ecossistemas e da biodiversidade;
V. responsabilidade objetiva;
VI. precaução;
VII. elaboração da Agenda 21, como programa de atividades participativas para o desenvolvimento sustentável;
VIII. poluidor-usuário pagador;
IX. Principio protetor - recebedor

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL E DOS INSTRUMENTOS DE AÇÃO

Art. 3º. Ao Município de Crateús, no exercício de sua competência constitucional e nos termos da Lei Orgânica do
Município, bem como solidariamente com o Estado ou a União, caberá a criação de meios, instrumentos e
mecanismos que assegurem eficácia na implementação e controle das políticas, programas e projetos relativos ao
meio ambiente, e em especial:

I - instituir normas, padrões e critérios de qualidade ambiental;


II - assegurar a aplicação de padrões de qualidade ambiental, observadas as legislações federal e estadual,
suplementando-as de acordo com a especificidade local;
III - elaborar cadastro e inventário dos resíduos gerados no município, com informações sobre a geração,
características, quantidades e destino final;
IV - fiscalizar o cumprimento das normas legais e regulamentares relativas ao meio ambiente e o equilíbrio
ecológico;

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V - instituir e regulamentar as Unidades de Conservação e seus respectivos comitês de gestão;
VI - implantar a gestão de incentivos como instrumento de contenção, controle, gestão e prevenção de exaustão
dos recursos naturais;
VII - conceder incentivos fiscais, no âmbito de sua competência, para as atividades que se destacarem na
preservação e promoção do meio ambiente, mediante estudo particularizado aprovado pelo COMDEMA.
VIII - promover a conscientização pública para as questões ambientais, com participação da comunidade, resgate e
valorização da cultura, da fauna e flora locais;
IX - estabelecer normas e critérios para o licenciamento de atividades ou obras efetivas ou potencialmente
poluidoras;
X - aplicar e exigir as medidas compensatórias ambientais em áreas do município;
XI - assegurar o saneamento ambiental em Crateús, de forma ampla, abrangendo os aspectos de abastecimento de
água, esgotamento sanitário, coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, drenagem, educação
sanitária, entre outros;
XII - estabelecer o poder de polícia na forma prevista em lei;
XIII - assegurar de forma permanente a educação ambiental como instrumento de conscientização e formação da
cidadania em todos os níveis e faixas etárias;
XIV - manter cadastro e articulação com os órgãos ambientais de nível estadual e federal para acompanhamento e
monitoramento dos impactos ambientais no município;
XV – elaborar, organizar e manter atualizados os Cadastros Ambientais de Crateús, principalmente:
a) das Unidades de Conservação;
b) das Áreas de Preservação Permanente;
c) dos parques, praças, hortos e jardins da cidade, espaços institucionais, áreas verdes dos loteamentos;
d) dos resíduos perigosos, agrotóxicos e suas fontes de poluição;
e) dos resíduos perigosos e suas fontes de poluição;
f) das organizações não governamentais do município;
g) das indústrias instaladas no município.
XVI - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo sua alteração ou
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos
atributos que justifiquem sua proteção;
XVII - implantar corredores ecológicos possibilitando o fluxo da biota entre as unidades de conservação, a fim de
assegurar amostras representativas dos ecossistemas e preservar o patrimônio genético, biológico, ecológico e
paisagístico do Município de Crateús;
XVIII - efetuar a fiscalização, o monitoramento e o controle da exploração dos recursos naturais, da paisagem e do
patrimônio construído de Crateús;
XIX - estimular e incentivar ações, atividades e promover mecanismos de financiamento da gestão ambiental em
Crateús;
XX - promover a capacitação de guardas municipais para a proteção ambiental e dos bens do município;
XXI - fomentar e possibilitar canais de participação comunitária, no que concerne à formulação, execução e
controle das atividades relacionadas ao meio ambiente;
XXII - promover a educação ambiental e a conscientização de todos para formação de cidadãos participantes;
XXIII - aplicar e exigir as medidas compensatórias ambientais, no valor de 0,05% da obra, em áreas do município,
para obras de grande porte que provoquem impactos e/ou danos ambientais;
XXIV - promover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas, preservar a diversidade e a integridade do
patrimônio genético e ambiental;
XXV - fiscalizar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas e substâncias que comportem risco para a
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, impondo aplicação de penas para as infrações e suas conseqüências;
XXVI - defender inequivocamente o ambiente natural (inclusive os mananciais hídricos, com a preservação e re-
povoamento da flora e da fauna e combate dos agentes poluidores), bem como do patrimônio cultural conforme
estabelece o artigo 183, da Lei Orgânica Municipal;

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XXVII - exigir PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – PRAD, para as atividades que
necessitem de recuperação ambiental, principalmente minerações, terraplanagens, entre outras, a ser
regulamentada pelo órgão ambiental do Município;
XXVIII - realizar audiências públicas, para licenciamento de atividades e obras que envolvam impacto ambiental
significativo, ou que envolvam a conservação ou modificação do patrimônio arquitetônico, histórico, artístico ou
cultural;
XXIX - manter, monitorar e fiscalizar os cinturões verdes no entorno das zonas industriais, como forma de mitigar
os efeitos da poluição;
XXX - Planejar, coordenar, supervisionar, executar e controlar as atividades que visem à conservação, proteção,
preservação, recuperação e restauração dos Recursos Naturais com foco no combate a desertificação e no
desenvolvimento sustentável do bioma Caatinga;

Parágrafo Único - As Audiências públicas, de que trata o inciso XXVIII, deverão ser promovidas pela SEMAM,
sempre que julgar necessário, ou por requerimento fundamentado:

I - Pelo poder Público Estadual, Federal e Municipal;


II - Pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA);
III - Pelo Ministério Público;
IV - Por ONGS – organizações não governamentais, que tenham por finalidade a defesa do meio ambiente;
V - Por 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos que tenham interesse ou que possam ser afetados pela obra ou atividade.

SEÇÃO I
DOS INSTRUMENTOS DE AÇÃO

Art. 4º. Para a execução da Política do Meio Ambiente, o Município contará como instrumento de ação os
representantes do Poder Executivo, e os de participação comunitária indicados a seguir:

I - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA;


II - Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM, como órgão central executor;
III - As secretarias municipais e organismos da administração municipal direta e indireta, bem como as
instituições governamentais e não-governamentais com atuação no município, cujas ações, enquanto órgãos
seccionais, interferirão na conformação da paisagem, nos padrões de apropriação e uso, conservação, preservação
e pesquisa dos recursos ambientais;
IV - Agenda 21 do município, elaborada em processo participativo;
V - Fundo Municipal do Meio Ambiente - FUNDEMA, destinado à implantação de projetos de melhoria da
qualidade ambiental do município, vedado o uso de seus recursos para qualquer outro fim;
VI - Controle ambiental, através do licenciamento, planejamento, zoneamento, padrões de qualidade, educação
ambiental e auditorias;
VII - Outros órgãos que vierem a ser criados por iniciativa do Poder Executivo na forma da lei.

Art. 5º - O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) é um órgão de deliberação


coletiva, com participação paritária entre representantes do Poder Municipal, da Sociedade Civil e
Câmara Municipal, que define as diretrizes políticas ambientais do município, tendo caráter deliberativo,
consultivo, informativo, fiscalizador, normatizador, autônomo, independente e de assessoramento do
Poder Executivo.
Artigo com redação dada pela EMENDA MODIFICATIVA NÚMERO 016/11

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§ 1º - O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA), composto nos termos da Lei Municipal
nº. 566 de 05 de junho de 2005, terá Suporte Técnico administrativo e financeiro prestado pela Prefeitura de
Crateús, inclusive no tocante a instalações, equipamentos e recursos humanos necessários.
§ 2º - Respeitadas as normas legais e regulamentares pertinentes, o Conselho Municipal de Defesa do Meio
Ambiente (COMDEMA), expedirá resoluções de natureza técnica e administrativa, na forma prevista no
Regimento Interno, visando o disciplinamento de suas atribuições e o estabelecimento de normas e diretrizes da
Política de Meio Ambiente do município, sendo imediatamente publicada na imprensa oficial do município, em
jornal local de grande circulação ou afixado em local de grande acesso público, em conformidade com as
legislações estadual, federal e Resoluções vigentes.
§ 3º - Para o exercício de suas atribuições o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA)
poderá instituir, sempre que necessário, câmaras técnicas em diversas áreas de interesse, e ainda recorrer a
técnicos e entidades de notória especialização em assuntos de interesse ambiental.

Art. 6º - A SEMAM, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, como órgão central executor da gestão ambiental,
integrante do SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente, exercerá as atribuições previstas em lei, e outras
que lhe forem atribuídas.

Art. 7º - A SEMAM, no exercício das suas atribuições legais e regulamentares, atuará em estreita articulação com
os demais órgãos do Poder executivo, no sentido de uniformizar as decisões técnicas e administrativas relativas à
aplicação da política municipal do meio ambiente.

Art. 8º - Compete a SEMAM, como órgão ambiental do município, além do disposto no artigo 3º desta Lei:
I - fiscalizar permanentemente os recursos ambientais, buscando um desenvolvimento sustentável no município;
II - estabelecer os padrões municipais de qualidade ambiental;
III - administrar o licenciamento de atividades poluidoras e degradadoras do meio ambiente;
IV - proceder ao zoneamento ecológico do município de Crateús;
V - controlar a qualidade ambiental no município, através de levantamento e permanente monitoramento dos
recursos naturais;
VI - propor a criação de áreas de preservação, proteção, em unidades de conservação;
VII - monitorar as fontes poluidoras, conforme legislação pertinente;
VIII - exercer o controle das fontes de poluição, garantindo o cumprimento dos padrões de emissão estabelecidos;
IX - aplicar, no âmbito do Município de Crateús, as penalidades por infração às normas de proteção ambiental;
X - promover pesquisas e estudos técnicos, celebrar convênios, ajustes, acordos e contratos com entidades
públicas e privadas, organizações não governamentais, nacionais ou internacionais sobre meio ambiente e
desenvolvimento sustentável;
XI - administrar parques, hortos florestais, jardins, zoológicos e outros logradouros públicos;
XII - fiscalizar o uso de agrotóxicos, resguardando os interesses locais;
XIII - exigir para empreendimentos de baixo poder impactante e parcelamentos, Programas de Controle Ambiental
e Estudos de Viabilidade Ambiental, para licenciamento e monitoramento ambiental do município;
XIV - propor a cassação dos benefícios fiscais às empresas e contribuintes em débito com o meio ambiente ou que
descumprirem as medidas necessárias à preservação ou correção dos danos causados ao equilíbrio ecológico e à
qualidade ambiental do município;
XV - manter convênio com a Secretaria de Finanças para o controle das pessoas físicas e jurídicas que
desenvolvam atividades econômicas utilizadoras do meio ambiente e/ou potencialmente ou efetivamente
poluidoras, para a apresentação prévia de licença ambiental para registro no cadastro geral da fazenda pública
municipal;
XVI – desenvolver programas, projetos e ações com foco na coleta seletiva, arborização urbana, ecoturismo,
patrimônio histórico/ambiental;
XVII - gerenciar os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente – FUMDEMA.

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XVIII - exercer o controle, o monitoramento a avaliação e a fiscalização da emissão de sons e ruídos e gases
poluentes de toda espécie, produzidos por qualquer meio, considerando sempre os locais, horários e a natureza das
atividades emissoras, visando a compatibilizar o exercício da atividade com a preservação da saúde, da segurança
e do sossego público;
XIX - propor a formação de consórcio intermunicipal objetivando a preservação da vida ambiental das bacias
hidrográficas que ultrapassem os limites do Município;
XX - efetuar análise e avaliação de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatórios de Impacto Ambiental
(RIMA) e outros Estudos Ambientais, dos empreendimentos, obras e atividades sujeitas a licenciamento pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM;
XXI – proceder ao licenciamento ambiental das instalações de antenas de transmissão de rádio, televisão, telefonia
fixa e telefonia móvel (celular) e de telecomunicação em geral, no âmbito do Município;
XXII – proceder, no âmbito de sua competência, a fiscalização e o monitoramento de antenas de transmissão de
rádio, televisão, telefone fixo e telefonia móvel, (celular), e equipamentos de telecomunicação em geral;
XXIII – coordenar as atividades de controle urbano, abrangendo a análise e a aprovação de pedidos de
parcelamento do solo, sua fiscalização e análise de Alvará de Construção de projetos de edificações com área
superior a 80m², exigindo Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), na forma da Lei;

Art. 9º - Os atos previstos nesta Lei praticados pelo Órgão de Fiscalização Ambiental no exercício do poder de
polícia, bem como as autorizações expedidas, implicarão no pagamento de taxas.

Art. 10 - As linhas de aplicação, prioridades e as normas de gestão e funcionamento do Fundo Municipal do Meio
Ambiente - FUMDEMA serão estabelecidas/regulamentadas por ato do chefe do executivo municipal, que poderá
consultar o Conselho de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA.

CAPÍTULO III

DO FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 11. O Fundo de Defesa de Meio Ambiente - FUNDEMA, criado pela Lei Municipal Nº 23/2009 de 07 de
julho de 2009, tem por finalidade o desenvolvimento de programas de educação ambiental, recuperação do meio
ambiente degradado e a preservação das áreas de interesse ecológico compreendendo a execução das seguintes
atividades:
I. proteção, conservação, preservação e recuperação e melhoria do meio ambiente, em especial os recursos
hídricos;
II. apoio à capacitação técnica dos servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM, assim
como à participação e realização de eventos, seminários, congressos, cursos, campanhas, programas de educação e
de gestão ambiental;
III. apoio às ações para implementação da Agenda 21 no Município;
IV. apoio ao desenvolvimento de atividades concernentes a implantação do zoneamento ambiental do
Município;
V. apoio ao desenvolvimento de atividades referentes ao licenciamento ambiental;
VI. apoio à formulação de normas técnicas, normas legais, padrões de proteção, conservação, preservação e
recuperação do meio ambiente, observadas as peculiaridades locais e o que estabelece a legislação federal e
estadual;
VII. apoio a atividades de educação ambiental e promoção de pesquisa científica, visando à conscientização da
população sobre a necessidade de proteger, melhorar e conservar o meio ambiente;
VIII. apoio à criação de Unidades de Conservação no Município para proteção, conservação e preservação
ambiental;
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IX. manutenção da qualidade do ambiente natural e artificial do Município, mediante a intensificação das
ações de fiscalização ambiental;
X. incentivo ao uso de tecnologia não agressiva ao ambiente;
XI. apoio à implantação e manutenção do cadastro de atividades econômicas utilizadoras ou degradadoras de
recursos ambientais, mediante a coleta e a catalogação de dados e informações sobre as mesmas;
XII. controle, monitoramento e avaliação dos recursos naturais do Município, visando à proteção, preservação
e conservação de áreas de interesse ecológico, em especial os recursos hídricos, assim como a recuperação de
áreas degradadas;
XIII. apoio à implantação e manutenção de um Sistema de Informações referentes ao Meio Ambiente, em
parceria com as demais Secretarias;
XIV. apoio às políticas de proteção a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoque extinção de espécie ou submeta os animais a crueldade;
XV. controle, monitoramento, avaliação e fiscalização da emissão de sons e ruídos de toda espécie, produzidos
por qualquer meio, considerando sempre os locais, horários e a natureza das atividades emissoras, visando à
compatibilizar o exercício da atividade com a proteção e preservação da saúde, da segurança e do sossego público;
XVI. apoio à formação de consórcio intermunicipal, objetivando a proteção, preservação e conservação da vida
ambiental das bacias hidrográficas que ultrapassem os limites do Município;
XVII. apoio à análise, controle, fiscalização e monitoramento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras ou degradadoras do meio ambiente praticadas por pessoa física ou jurídica;
XVIII. apoio ao estabelecimento de padrões de efluentes industriais e às normas para transporte, disposição e
destino final de qualquer resíduo resultante de atividades industriais e comerciais passíveis de degradação
ambiental;
XIX. estudos, programas e projetos para reciclagem e diminuição do lixo urbano;
XX. exames laboratoriais para fins de diagnóstico ambiental ou relacionados com saúde pública;
XXI. apoio ao monitoramento ambiental das instalações de antenas de transmissão de rádio, televisão, telefonia
fixa e telefonia móvel (celular), e de telecomunicações em geral, no âmbito do Município;
XXII. articulação e celebração de convênios e outros ajustes com organismos federais, estaduais, municipais e
organizações governamentais ou não governamentais – ONG’s, nacionais ou estrangeiras, para a execução
coordenada e a obtenção de financiamentos para a implantação de planos, programas e projetos relativos à
proteção, preservação, conservação e recuperação dos recursos ambientais, naturais ou não, e de educação
ambiental;
XXIII. apoio ao monitoramento de engenhos de propaganda e publicidade;
XXIV. elaboração de planos, programas e projetos para áreas verdes, áreas livres, parques, praças e áreas
remanescentes.

Art. 12. Constituem receitas do Fundo de Defesa do Meio Ambiente - FUNDEMA:


I - dotações orçamentárias oriundas do próprio município;
II - taxas de licenciamento ambiental;
III – taxas referentes às atividades de controle urbano, abrangendo a análise e aprovação de projetos de
parcelamento do solo, projetos arquitetônicos, alvará de construção e reforma de edificações com área acima de
80m²;
IV – taxas decorrentes das atividades de cadastramento de engenhos de propaganda e publicidade e de
licenciamento de engenhos especiais;
V - multas administrativas por atos lesivos ao meio ambiente decorrentes da utilização dos recursos ambientais e
por descumprimento de medidas compensatórias destinadas à proteção, preservação, conservação, recuperação
e/ou correção de degradação ambiental causada por pessoa física ou jurídica, pública ou privada;
VI – recursos decorrentes da aplicação de medidas compensatórias destinadas à implantação ou manutenção de
Unidades de Conservação, contratação de estudos, projetos e serviços de natureza ambiental, aquisição de

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equipamentos e execução de obras relacionadas à proteção, preservação, conservação e recuperação do meio
ambiente;
VII - contribuições, subvenções e auxílios da União, do Estado, do Município e de suas respectivas Autarquias,
Empresas Públicas, Sociedades de economia mista e Fundações;
VIII - recursos oriundos de convênios, contratos e consórcios celebradas entre o Município e Instituições públicas
e privadas, observadas as obrigações contidas nos respectivos instrumentos;
IX – recursos oriundos de doações de pessoas físicas ou jurídicas e de organismos privados, nacionais ou
internacionais;
X - rendimentos de qualquer natureza auferidos como remuneração das permissões, concessões ou cessões de
áreas remanescentes a terceiros pelo Município;
XI – rendimentos de qualquer natureza auferidos como remuneração de aplicação financeira;
XII – valores oriundos de condenações judiciais referentes às ações ajuizadas pelo Município de Crateús em
decorrência de atos lesivos ao meio ambiente;
XIII – valores arrecadados com a cobrança de taxas de serviços prestados de acordo com a legislação vigente, a
exemplo de fotocópia de plantas urbanísticas e legislação municipal, inclusive em meio digital.
XIV - outros recursos que, por sua natureza, possam ser destinados ao FUNDEMA.

Art. 13. Os recursos oriundos do Fundo de Defesa do Meio Ambiente serão depositados em conta específica e
serão destinados à realização das atividades previstas no Art. 11 deste Código.

Art. 14. O FUNDEMA será gerenciado por um Conselho Gestor que terá as seguintes atribuições:
I - estabelecer e executar a política de aplicação dos recursos do FUNDEMA, observadas as diretrizes básicas e
prioritárias definidas pela Administração Municipal;
II – apoiar, acompanhar e avaliar a realização de ações e projetos relativos ao desenvolvimento de tecnologias não
agressivas ao ambiente e à sua proteção, preservação, conservação e recuperação;
III - elaborar o plano orçamentário e de aplicação dos recursos do FUNDEMA em consonância com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias do Município, observados os prazos legais do exercício financeiro a que se referirem;
IV – analisar e aprovar as prestações de contas trimestrais relativas à aplicação dos recursos do FUNDEMA;
V - encaminhar as prestações de contas anuais do FUNDEMA à Câmara Municipal conforme exigido em relação
aos recursos gerais do Município;
VI – apoiar e participar da celebração de convênios e contratos relativos às atividades de interesse da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente – SEMAM inerentes as suas atribuições legais.

Parágrafo único - Serão consideradas prioritárias as aplicações dos recursos financeiros do Fundo nas seguintes
atividades:
I – criação e manutenção de praças, Unidades de Conservação e demais áreas verdes;
II – programas de educação ambiental;
III – proteção, conservação ou recuperação de áreas degradadas com foco no Combate a Desertificação;
IV – realização de cursos, congressos e seminários na área ambiental;
V – desenvolvimento institucional, capacitação e qualificação dos servidores da SEMAM;
VI – pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico;
VII – aquisição de material permanente e de consumo necessário ao desenvolvimento de seus projetos;

Art. 15. O Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente terá a seguinte composição:
I - O Secretário da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM;
II – O Secretário da Secretaria Municipal de Finanças – SMF;
III - O Secretário da Secretaria de Negócios Rurais e Urbanos – SENER;

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IV – O Presidente do COMDEMA e 02 (dois) Conselheiros do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
– COMDEMA (representantes da sociedade civil a serem definidos em assembléia com registro em ata);
V – 02 (dois) membros da Câmara Municipal de Crateús. (Inciso acrescido pela EMENDA ADITIVA NÚMERO 019/11)

§1º O Conselho Gestor será presidido pelo Secretário da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM.

§2º Os membros integrantes do Conselho Gestor do FUNDEMA não terão direito à percepção de nenhuma
remuneração em decorrência do exercício dessas atividades.

Art. 16. Constituirão ativos do FUNDEMA:

I - disponibilidades monetárias em bancos ou em caixas oriundas das receitas especificadas;


II - direitos que porventura vier a constituir.

Art . 17. Constituirão passivos do FUNDEMA as obrigações de qualquer natureza que porventura venham a
assumir para a manutenção e funcionamento das finalidades do referido Fundo.

TÍTULO II
DO ECOSSISTEMA E DA PAISAGEM URBANA

CAPÍTULO I
DO MEIO AMBIENTE E DA QUALIDADE AMBIENTAL

Art. 18 - Para efeito desta Lei, o meio ambiente físico urbano compreende os substratos água, ar, solo e subsolo,
cuja preservação é essencial à sobrevivência e à manutenção da qualidade de vida da comunidade.

Parágrafo Único – Cabe ao Poder Público a responsabilidade de adotar medidas que visem à preservação ou à
manutenção das condições de qualidade ambiental sadia em benefício da comunidade.

Art. 19 - As alterações do meio ambiente que acarretem impactos ambientais serão prevenidas ou reprimidas pelo
Poder Público, através de medidas que visem à preservação ou manutenção das condições de qualidade ambiental.

Parágrafo Único – A Secretaria de Meio Ambiente - SEMAM e o Conselho Municipal de Defesa do Meio
Ambiente – COMDEMA, poderão exigir estudos das alternativas minimizadoras do impacto ambiental, inclusive
incômodo à vizinhança (EIV), Planos de Controle Ambiental – PCA e Plano de Recuperação de Áreas Degradadas
– PRAD, quando não for cabível EIA/RIMA, especialmente na instalação de atividades potencialmente geradoras
de impactos de vizinhança, definidos em lei:
I - por ruídos ou sons;
II - por riscos de segurança;
III - por poluição atmosférica;
IV - por poluição visual;
V - por resíduos com exigências sanitárias, de acordo com as normas estabelecidas na Lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo - LUOS e demais normas legais e regulamentares pertinentes.

Art. 20 - É proibido o corte ou retirada da vegetação natural existente nos diferentes ecossistemas presentes no
Município de Crateús, bem como o plantio de espécies que possam contribuir para a degradação da paisagem ou
desequilíbrio ambiental sem prévia autorização do órgão competente.

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Art. 21 - Não será permitida a urbanização e a edificação pública ou privada que impeça ou dificulte o livre acesso
do povo, às áreas de preservação.

SEÇÃO I
DO SOLO, DO SUBSOLO E DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 22 - O solo e o subsolo devem ser preservados em suas características próprias; as alterações de suas
características em geral, a poluição e a impermeabilização, devem ser objeto de controle partilhado pelo Poder
Público e pela sociedade.

Art. 23 - O aproveitamento do solo deverá ser feito de forma a manter sua integridade física e sua capacidade
produtora, aplicando-se técnicas de proteção e recuperação para evitar sua perda total ou degradação.

Parágrafo Único – Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado,
de acordo com solução técnica exigida pelo órgão competente.

Art. 24 – Fica proibido em Crateús, a utilização de forma inadequada do solo e da água, sendo controlado os usos
de agrotóxicos e técnicas de queimadas e a exploração mineral com impacto ambiental.

Art. 25 - A disposição de qualquer substância sólida, líquida ou gasosa no solo só é permitida mediante
comprovação de sua degradabilidade e da capacidade do solo de autodepurar-se, considerando:
I - a capacidade de absorção do solo;
II - a garantia de não contaminação ou de contaminação delimitada e controlada dos aqüíferos subterrâneos;
III - a limitação e o controle da área afetada;
IV - a reversibilidade dos efeitos negativos.

Parágrafo Único: Não é permitida a disposição direta no solo de:

I - substâncias ou resíduos radioativos;


II - substâncias ou resíduos perigosos;
III - substâncias ou resíduos que contenham metais pesados.

Art. 26 - O solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para destino final de resíduos de qualquer natureza,
desde que sua disposição não ofereça risco de poluição e seja estabelecida em projetos específicos de transporte e
destino final, sujeitos a aprovação pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM.

§1º Quando o destino final exigir a execução de aterros sanitários deverão ser tomadas medidas adequadas para
proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo-se às normas federais, estaduais e municipais
pertinentes, devendo ser previamente licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM.

§2º O Poder Público Municipal obriga-se a fazer com que nos aterros sanitários haja a cobertura diária dos rejeitos
com camada de terra adequada, evitando-se os maus odores a proliferação de vetores, além do cumprimento de
outras normas técnicas federais e estaduais.

Art. 27 - Todos os resíduos portadores de agentes patogênicos, inclusive os de estabelecimentos hospitalares e


congêneres, assim como alimentos e outros produtos de consumo humano condenados, não poderão ser dispostos
no solo sem controle e deverão ser adequadamente acondicionados e conduzidos em transporte especial definidos
em projetos específicos, nas condições estabelecidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM.

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Art. 28 - A estocagem, tratamento e disposição final de resíduos sólidos de natureza tóxica, bem como os que
contêm substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas, radioativas e outras consideradas prejudiciais, deverão
sofrer antes de sua disposição, tratamento ou acondicionamento adequados e específicos, nas condições
estabelecidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM, com a aprovação do Conselho Municipal
de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA.

Art. 29 - Os resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza não devem ser dispostos ou incinerados a céu
aberto, havendo tolerância para:

I. A acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza, em locais previamente autorizados, desde que
não haja risco para a saúde e o meio ambiente a critério da Secretaria Municipal de Meio Ambiente –
SEMAM;

II. A incineração de resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza, a céu aberto, em situação de
emergência sanitária com autorização expressa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM,
com a aprovação do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente –COMDEMA.

Art. 30 - É vedado no território do município de Crateús:

I. Disposição de resíduos sólidos em rios, lagos e demais cursos d’água;

II. O transporte e o depósito ou qualquer forma de disposição de resíduos que tenham sua origem na
utilização de energia nuclear e de resíduos tóxicos ou radioativos quando provenientes de outros
municípios, de qualquer parte do território nacional ou de outros países;

Art. 31 - O Poder Executivo Municipal incentivará a realização de estudos, programas, projetos e ações que
proponham a reciclagem dos resíduos sólidos junto à iniciativa privada e às organizações da sociedade civil.

Parágrafo único – Serão estudados mecanismos que propiciem a reciclagem mediante benefícios fiscais.
Art. 32 - Todas as edificações devem dispor de área própria para depósito de lixo de acordo com as normas
estabelecidas no Código de Obras e Postura do Município.

Art. 33 - A varredura dos prédios e dos passeios públicos correspondentes deve ser recolhida em recipientes,
sendo proibido o seu encaminhamento para a sarjeta ou o leito da rua.

Art. 34 - No passeio ou leito das vias e logradouros públicos, em praças, canteiros e jardins, em qualquer terreno,
assim como ao longo ou no leito dos rios, canais, córregos, lagos e depressões é proibido depositar lixo, resíduos,
detritos, animais mortos materiais de construção e entulhos, mobiliário usado, folhagem, material de podações,
resíduos de limpeza de fossas ou de poços absorventes, óleo, gordura, graxa, tintas ou qualquer material ou sobras.

Art. 35 - Deverá ser executado, de forma a não provocar derramamento na via pública, o transporte em veículos de
resíduos, terra, agregados, adubos, lixo ou qualquer material a granel, devendo ser respeitadas as seguintes
exigências:
a) Os veículos com terra, escória, agregados e materiais a granel deverão trafegar com carga rasa, limitada a
borda da caçamba, sem qualquer coroamento e ter seu equipamento de rodagem limpo, antes de atingir a
via pública;

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b) Serragem, adubos, fertilizantes, argilas e similares deverão ser transportados com cobertura que impeçam
seu espalhamento;
c) Ossos, sebos, vísceras, resíduos de limpeza ou esvaziamento de fossas ou poços absorventes e outros
produtos pastosos ou que exalem odores desagradáveis somente poderão ser transportados em carrocerias
totalmente fechadas.

Art. 36 - Os executores de obras ou serviços em logradouros públicos deverão manter os locais de trabalho
permanentemente limpos.
§1º Todo material remanescente dessas obras ou serviços deverá ser removido imediatamente, após a conclusão
dos mesmos, devendo também ser providenciada a limpeza e varrição do local.
§2º A Prefeitura poderá executar os serviços previstos neste Artigo cobrando o respectivo custo ao empreendedor,
com regulamentação a ser baixada por decreto.
Art. 37 - Os vendedores ambulantes e os feirantes deverão dispor de recipientes para o acondicionamento do lixo
resultante de suas vendas.
Parágrafo único – A Administração manterá nos mercados públicos e locais reservados a feiras, recipientes
destinados à colocação do lixo produzido nessas unidades.
Art. 38 - Os proprietários de terrenos não edificados são obrigados a zelar para que seus imóveis não sejam usados
como depósitos de lixo, detritos ou similares.
Art. 39 - Todo prédio que vier a ser construído ou reformado deverá possuir no alinhamento da via pública, dentro
do seu recuo frontal, área de piso para armazenagem de recipientes de lixo obedecendo ao seguinte:
a) A área deve ser de fácil acesso e estar no mínimo ao nível do passeio, ou elevado deste 0,50 m (cinqüenta
centímetros);
b) Sua dimensão mínima deve compreender uma área de 1,00 m² (um metro quadrado), aumentando na
proporção do número de depósitos a armazenar;
c) Deverá ter piso com piso de material impermeável.

Art. 40 – Os fabricantes e importadores de pneus e seus subprodutos são responsáveis pela disposição final dos
mesmos, independentemente de sua origem, volume e peso, sendo vedada a queima a céu aberto.

Parágrafo único – Os equipamentos e veículos utilizados no serviço de transporte deverão atender as normas da
ABNT, de segurança de saúde pública e meio ambiente.

Art. 41 - Aquele que utilizar substâncias ou produtos perigosos deve tomar precauções para que não apresentem
perigo para a saúde e o meio ambiente ou para que não os afetem.

§1º Os resíduos perigosos devem ser reciclados, neutralizados ou acondicionados e dispostos adequadamente pelo
fabricante ou comerciante.

§2º A pessoa física ou jurídica seja pública ou privada que fizer a coleta, o transporte e o depósito de substâncias,
produtos e resíduos perigosos deverá escrever em livro apropriado a relação do material coletado, transportado ou
depositado, devendo essa informação estar permanentemente à disposição do público.

§3º As embalagens que acondicionam ou acondicionaram não poderão ser comercializadas ou abandonadas,
devendo ter destinação final adequada.

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SEÇÃO II
DOS AGROTÓXICOS

Art. 42 - Os agrotóxicos, seus componentes e afins, só poderão ser produzidos, consumidos, comercializados e
armazenados se previamente registrados nos termos da Lei Federal n º 7802 de 11 de julho de 1999 e do Decreto
nº 98.816 de 11 de janeiro de 1990, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais, estaduais e
municipais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.

Art. 43 - O Município de Crateús, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM e


Secretaria de Saúde do Município – SMS fiscalizará o cumprimento da aplicação deste código, como
fará aplicar a legislação federal e estadual de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Artigo com redação dada pela EMENDA SUBSTITUTIVA NÚMERO 001/11

Art. 44 - Os agrotóxicos, seus componentes e afins só poderão ser comercializados no Município de Crateús com
prévia receita fornecida por profissional devidamente habilitado, conforme a legislação vigente.

Art. 45 - As embalagens dos agrotóxicos, seus componentes e afins deverão atender, entre outros, os seguintes
requisitos conforme determina o artigo 6. da Lei Federal nº.7.802/89, alterada pela Lei nº 9974 de 06 de julho de
2000.
I - serem projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração de seu
conteúdo e de modo a facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização e reciclagem;
II - os materiais de que forem feitas devem ser insuscetíveis de serem atacados pelo conteúdo ou de formar com
ele combinações nocivas ou perigosas;
III - serem suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a não sofrer enfraquecimento e a
responder adequadamente as exigências de sua normal conservação;
IV - serem providas de um lacre, que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto pela primeira vez.

§1º O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos e afins com o objetivo de comercialização somente poderão
ser realizados pela empresa produtora, ou por estabelecimento devidamente credenciado, sob responsabilidade
daquela em locais e condições previamente autorizados pelos órgãos competentes.
§2º Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar devolução das embalagens vazias dos
produtos aos estabelecimentos comerciais em que forem adquiridos de acordo com as instruções previstas nas
respectivas bulas no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo superior se autorizado pelo órgão
registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centro de recolhimento desde que autorizados e
fiscalizados pelos órgãos competentes.
§3º Quando o produto não for fabricado no país, assumirá a responsabilidade de que trata o parágrafo a pessoa
física ou jurídica responsável pela importação e, tratando-se de produtos importados submetidos a processamento
industrial ou a novo condicionamento, caberá ao órgão registrante defini-la.

§4º As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água deverão ser submetidas
pelo usuário à operação de tríplice lavagem ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas oriundas dos
órgãos competentes e orientação constante de seus rótulos e bulas.

§5º As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins são responsáveis pela
destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos
usuários e pelos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios pela utilização e em desuso, com
vistas a sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas às normas e instruções dos órgãos registrantes e
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sanitário-ambientais competentes.

§6º Os estabelecimentos comerciais, postos e centrais de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e afins
deverão ser licenciados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM e obedecer os critérios técnicos
mínimos estabelecidos na Resolução CONAMA 334, de 03 de abril de 2003.
Art. 46 - Para serem vendidos ou expostos a venda no Município os agrotóxicos, seus componentes e afins são
obrigados a exibir rótulos próprios e bulas ,como determina o Artigo 7º da Lei Federal nº. 7.802/89, redigidos em
português.

Art. 47 - As instalações para armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão ser dotadas de
infraestrutura adequada, passando pelo procedimento de Licenciamento Ambiental, através da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente - SEMAM.

§1º É proibida a localização de armazenamento ou de local para comércio de agrotóxicos, seus componentes e
afins a menos de 100 (cem) metros de hospital, casa de saúde, escola, creche, casa de repouso ou instituição
similar.

§2º É vedada a venda ou armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins em estabelecimentos que
comercializem alimentos de origem animal ou vegetal para o consumo humano ou que comercializem produtos
farmacêuticos, salvo quando forem criadas áreas específicas separadas das demais por divisórias, totalmente
vedadas e impermeáveis.

§3º No caso do parágrafo segundo deste Artigo, o estabelecimento comercial deverá ter pessoal diferente para o
setor de venda ou armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins.

Art. 48 - A propaganda comercial de agrotóxicos, seus componentes e afins, em quaisquer meio de comunicação
conterá obrigatoriamente, clara advertência sobre os riscos do produto a saúde dos homens, animais e ao meio
ambiente.

Art. 49 - A Prefeitura Municipal de Crateús, na administração direta e indireta, promoverá a proteção da saúde de
seus empregados ou de terceiros contratados que trabalharem aplicando ou manipulando agrotóxicos, seus
componentes e afins, como fornecerá equipamentos a seus empregados para a implementação da referida proteção.

§1º A omissão no cumprimento do disposto no "caput" deste Artigo implica em responsabilidade civil e
administrativa.

§2º Nos casos de doenças profissionais ligadas a manipulação e aplicação de agrotóxicos, seus componentes e
afins, o superior hierárquico imediato do empregado acometido da doença fica obrigado a comunicar o fato ao
Ministério Público.

Art. 50 - As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus
componentes e afins, ou que os produzam ou comercializem ficam obrigadas a apresentar cadastro a Secretaria
Municipal de Meio Ambiente – SEMAM quando da solicitação do licenciamento ambiental.

Parágrafo único - São prestadoras de serviços às pessoas físicas ou jurídicas que executam trabalhos de prevenção,
destruição e controle de seres vivos considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins.

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Art. 51 - Nenhum estabelecimento que opere com agrotóxicos, seus componentes e afins poderá funcionar sem a
presença e responsabilidade técnica de profissional habilitado.

Art. 52 - As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem ou que sejam prestadoras de serviços na aplicação de
agrotóxicos, seus componentes e afins ficam obrigadas a manter a disposição dos serviços de fiscalização o livro
de registro ou outro sistema de controle

Art. 53 - Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação e agricultura e meio ambiente,
das quais o Brasil seja membro integrante, ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou
desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá a Secretaria Municipal do Meio
Ambiente – SEMAM, ouvido o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA e o órgão
estadual de meio ambiente, suspender imediatamente o uso, a comercialização e o transporte do produto apontado.

Art. 54 - Fica proibido o uso de agrotóxicos organoclorados e mercuriais, seus componentes e afins, no Município
de Crateús.

Parágrafo único - Os casos de uso excepcional serão definidos, motivadamente, pela Secretaria Municipal do Meio
Ambiente – SEMAM, ouvido o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA.

Art. 55 - Havendo apreensão liminar de agrotóxico, seus componentes e afins, e, concluindo o processo
administrativo pela existência de infração, o produto apreendido será inutilizado, pagando o proprietário do
mesmo as respectivas despesas.

Art. 56 - O transporte de agrotóxicos, seus componentes e afins deverá submeter-se às regras e procedimentos
estabelecidos para o transporte de cargas perigosas conforme as normas federais, estaduais e deste Código.

Art. 57 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM desenvolverá ações educativas, de forma
sistemática, visando atingir os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins, divulgando a utilização de
métodos alternativos de combate a pragas e doenças, com objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais sobre os seres
humanos e o meio ambiente.

Art. 58 - A Secretaria Municipal de Saúde - SMS adotará providências para definir como de notificação
compulsória, as intoxicações e doenças ocupacionais decorrentes das exposições a agrotóxicos, seus componentes
e afins.

SEÇÃO III
DOS MINERAIS

Art. 59 - A atividade de extração mineral caracterizada como utilizadora de recursos ambientais e considerada
efetiva ou potencialmente poluidora e capaz de causar degradação ambiental depende de licenciamento ambiental,
qualquer que seja o regime de aproveitamento do bem mineral, sendo obrigatória a apresentação do Estudo de
Impacto Ambiental - EIA e o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA ou Relatório de Controle Ambiental -
RCA, Plano de Controle Ambiental - PCA e o Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD.

Art. 60 - A critério da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM, o empreendimento, em função de sua
natureza, localização, porte e demais peculiaridades, poderá ser dispensado da apresentação do Estudo de Impacto
Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.

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Parágrafo único – Na hipótese da dispensa de apresentação do EIA/RIMA, o empreendedor deverá requerer junto
a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM a Licença Prévia, devendo apresentar um Relatório de
Controle Ambiental – RCA, elaborado de acordo com as diretrizes a serem estabelecidas pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente - SEMAM.

Art. 61 - Na etapa da Licença de Instalação, o empreendedor deverá apresentar o Plano de Controle Ambiental
PCA juntamente com o Plano de Recuperação de Área Degradada – PRAD acompanhado dos demais documentos
necessários.

Art. 62 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM após verificação e comprovação da implantação
dos projetos constantes do PCA e a análise da documentação pertinente, decidirá sobre a concessão da Licença de
Operação.

Art. 63 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM, ao negar a concessão da Licença, em qualquer de
suas modalidades, comunicará o fato ao empreendedor e ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral -DNPM,
informando os motivos de indeferimento.

Art. 64 - A licença ambiental para exploração, no território do município, das jazidas minerais será concedida
observando-se o seguinte:
I. Não estar situada em topo de morro ou em área que apresente potencial turístico, importância paisagística
ou se caracterize como sendo de preservação permanente ou Unidade de Conservação, declarada por
legislação municipal, estadual e federal;
II. A exploração não atinja as áreas nativas de valor histórico, arqueológico, ambiental e paisagístico, assim
caracterizadas pela Lei Orgânica do Município;
III. A exploração mineral não se constitua em ameaça ao conforto e a segurança da população, nem
comprometa o desenvolvimento urbanístico da região;
IV. A exploração não prejudique o funcionamento normal de escola, hospital, ambulatório, educandários,
instituições científicas, estabelecimentos de saúde ou repouso, ou similares;
V. A exploração mineral e obras de terraplanagem em encostas, cuja declividade seja igual ou superior a 30%
(trinta por cento), fica condicionada a projeto geotécnico comprovando a estabilidade do talude resultante;
a inclinação das rampas de corte nunca deverá ultrapassar 45 graus, exceto quando a exploração se der em
pedreiras e cortes em rochas com uso de explosivos;
VI. Ao redor das nascentes e olhos dágua estabelecidos pelo órgão municipal competente, é vedada a
exploração num raio de 50 m (cinqüenta metros);
VII. À montante dos locais de captação de água para abastecimento público, é vedada qualquer exploração
mineral dentro da bacia hidrográfica. Exceções serão permitidas pela Secretaria Municipal do Meio
Ambiente - SEMAM, ouvido o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA
mediante a prévia apresentação do EIA/RIMA;
VIII. A exploração nunca deverá comprometer o lençol freático local;

SEÇÃO IV
DA DRENAGEM

Art. 65 - São prioritárias as ações de implantação e manutenção do sistema de drenagem das áreas que indiquem a
existência de problemas de segurança, que afetem o serviço e o meio ambiente.

Art. 66 - As áreas de risco com alta declividade e ocupação urbana consolidada, as margens de rios, são áreas
prioritárias para implantação de soluções pontuais para a drenagem urbana e reassentamento das populações em
áreas adequadas, como forma de evitar deslizamentos e solapamentos.

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Art. 67 - A manutenção do sistema de drenagem inclui a limpeza e desobstrução da malha urbana (macro e micro
drenagem) e as obras civis de recuperação dos elementos físicos construídos, visando à melhoria das condições
ambientais, para os fins previstos no PDDU – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano.

SEÇÃO V
DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 68 - Será assegurado à população o acesso a um sistema de coleta e tratamento adequado de esgotos sanitários
como direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, que propicie uma sadia qualidade de vida.

Art 69 - Fica proibido o emprego de Estações de Tratamento de Esgoto, com grau de tratamento de esgoto a nível
primário, cujos efluentes tenham como destino final o lançamento em galerias de drenagem de águas pluviais
existentes e/ou próximas aos aglomerados urbanos.

Art. 70 - O Município, em articulação com órgãos estaduais competentes e com a cooperação da iniciativa
privada, no que couber, priorizará ações que visem à interrupção de qualquer contato direto dos habitantes com os
esgotos, no meio onde permanecem ou transitem.

Parágrafo Único - As áreas mais carentes da cidade serão objeto de tratamento especial e prioritário visando á
extinção dos esgotos a céu aberto e do contato da população com estes resíduos.

Art 71 - Nos locais onde houver rede pública de abastecimento de água e/ou coleta de esgotos, as edificações
novas ou mesmo as já existentes serão, obrigatoriamente, a ela interligadas, sob pena de incidir o responsável nas
sanções previstas em lei ou regulamento.

§1º - São proibidas:

a) a introdução direta de esgotos sanitários e outras águas residuais nas vias públicas e/ou em galerias pluviais;
b) a introdução direta ou indireta de águas pluviais em canalizações de esgotos sanitários.

§2º - É obrigatória a existência de instalações sanitárias adequadas nas edificações, seguindo as normas da ABNT
- Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 72 - As empresas ou instituições que executarem ou instalarem empreendimentos de grande porte deverão
tratar seu esgoto sanitário, quando não existir sistema público de coleta, transporte, tratamento e disposição final
de esgotos ou quando houver incompatibilidade das características físico-químicas e/ou biológicas de seus
efluentes com aquelas das estações de tratamento a que se destinem.

§1º - Para a instalação dos empreendimentos de grande porte previstos no caput deste artigo será exigida a
aprovação do seu sistema de tratamento de efluentes pelo órgão competente.

§2º - O município exigirá o tratamento dos efluentes não domésticos pelos produtores das emissões e/ou rejeitos;

§3º - O município exigirá o tratamento dos efluentes dos conjuntos residenciais multifamiliares e condomínios.

SEÇÃO VI
DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS

Art. 73 - Os efluentes potencialmente poluidores somente poderão ser lançados direta ou indiretamente, nas
coleções d’água, obedecendo às condições da legislação em vigor.
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Art. 74 - Os efluentes líquidos provenientes de indústrias deverão ser coletados separadamente, através de
sistemas próprios independentes, conforme sua origem / natureza, assim destinados:
I - à coleta e disposição final de águas pluviais;
II - à coleta de despejos sanitários e industriais, separadamente, visando à recuperação e reciclagem de materiais e
substâncias.

Art. 75 - O sistema de lançamento de efluentes será provido de dispositivos ou pontos adequados para medição da
qualidade de efluentes.

Art. 76 - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, diretos ou indiretamente nos
corpos d’água, se estiverem de acordo com as prescrições da legislação ambiental em vigor e se:
I - não alterarem nenhuma característica física, química ou biológica das águas do corpo receptor ao ponto, de
torná-las incompatíveis com os padrões da classe em que este esteja enquadrado;
II - não elevarem o teor dos sólidos sedimentáveis da água acima dos níveis permitidos;
III - não apresentarem materiais flutuantes;
IV - não contiverem substâncias perigosas, na forma sólida, líquida ou gasosa.

Art. 77 - Os poços perfurados abandonados por qualquer motivo, deverão ser obturados para evitar a
contaminação dos lençóis subterrâneos mais profundos.

Art. 78 - Será monitorada e desenvolvida campanha de educação sanitária para o controle da qualidade das águas
das cacimbas e poços, com adoção de medidas que visem a cloração dos mesmos.

Art. 79 - Não serão permitidas a implantação ou utilização de poços tipo Amazonas e cacimbas que distem a
menos de 30 (trinta) metros de qualquer fonte poluidora.

Art. 80 - Serão implementadas medidas que minimizem as perdas de água no sistema de abastecimento,
principalmente na distribuição e consumo, sendo as mesmas, prioridades nos programas de educação ambiental.

Art. 81 - As águas, cursos d’água e demais recursos hídricos são elementos da paisagem e devem ser integrados às
situações de lazer e de uso emergencial nos períodos de estiagem.
CAPÍTULO II
DA MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DO AR E DA ATMOSFERA
SEÇÃO I
DA QUALIDADE DO AR E DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Art. 82 - São estabelecidos para todo o município os padrões de qualidade do ar indicados na legislação e normas
técnicas em vigor.

Art. 83 - Ficam estabelecidos para todo o município os padrões de emissão de fontes fixas para processos de
combustão, indicados na legislação ambiental em vigor, e os demais padrões adotados nacional e
internacionalmente estabelecidos para a emissão de poluentes atmosféricos.

Art. 84 - As fontes de poluição atmosférica deverão instalar dispositivos para eliminar ou controlar os fatores de
poluição, manter registros, elaborar relatórios e fornecer informações sobre as emissões, de acordo com os padrões
estabelecidos e/ou adotados nacional e internacionalmente.

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Art. 85 - Toda fonte de emissão de poluição atmosférica deverá ser provida de equipamentos adequados para
controle das emissões e monitoramento, de modo que estas não ultrapassem os limites estabelecidos pela
legislação ambiental.

Art. 86 - Não será concedida licença de operação ao empreendimento ou atividade causadora de poluição
atmosférica que não tenha implantado sistema de controle desta poluição.

Art. 87 - É proibida a queima ao ar livre de resíduos sólidos ou líquidos ou qualquer outro material combustível,
desde que causem degradação de qualidade ambiental, na forma estabelecida nesta Lei.

Art. 88 - Ficam proibidos a instalação e funcionamento de incineradores domiciliares ou em prédios residenciais.

Art. 89 - Fica proibida a emissão de substâncias odoríferas em quantidades que possam ser percebidas fora dos
limites da propriedade da emissão.

Art 90 - Será incentivado o uso de bicicletas e dos transportes coletivos, especialmente as modalidades de baixo
potencial poluidor.

Art 91 - Os empreendimentos, atividades e iniciativas geradores de poluentes atmosféricos instalados ou a se


instalarem no território de Crateús, são obrigados a evitar, prevenir ou corrigir de forma contínua, os
inconvenientes e prejuízos causados pela emissão de poluentes atmosféricos no meio ambiente.

Art 92 - Deverá ser realizado o monitoramento da qualidade do ar, no mínimo 02 (duas) vezes ao ano, no
município de Crateús.

SEÇÃO II
DAS INDÚSTRIAS

Art. 93 - As indústrias potencialmente poluidoras, construções ou estruturas que armazenam substâncias capazes
de causar poluição hídrica devem ficar localizadas a uma distância mínima de 200 (duzentos) metros das coleções
hídricas ou cursos d’água mais próximos.

Art. 94 - É exigido distanciamento das indústrias poluidoras e de outras atividades de significativo potencial
poluidor de no mínimo (500) quinhentos metros em relação às áreas residenciais e das áreas de uso múltiplo.

Art. 95 - As indústrias de qualquer porte que emitam emanações gasosas à atmosfera manterão obrigatoriamente
ao redor de suas instalações áreas arborizadas com exemplares da flora, preferencialmente nativa, apta a melhorar
as condições ambientais locais.

Art. 96 - Não será permitida a instalação de indústrias sem o respaldo da Lei Municipal, tendo em vista o interesse
local e respeitando o disposto no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, especialmente na Lei de Uso e
Ocupação do Solo.

Parágrafo Único - Fica proibida a instalação de indústrias nas áreas de proteção de mananciais.

Art. 97 - As indústrias já existentes antes da elaboração do plano diretor, localizadas em Unidades de


Planejamento que não permitem o uso industrial, serão submetidas a monitoramento permanente pelos órgãos
competentes, que poderão exigir medidas para mitigar os impactos.

Art. 98 - Os Distritos Industriais deverão:


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I - localizar-se em áreas que permitam a instalação adequada de infra-estrutura e serviços básicos, necessários ao
seu funcionamento e segurança;
II - dispor em seu interior de faixas de proteção ambiental que minimizem os efeitos da poluição em relação aos
outros usos.

Art. 99 - São obrigatórias as seguintes faixas de proteção no entorno dos distritos industriais.
I - Distrito Industrial – não poluente: Faixas de proteção – 50m (cinqüenta metros) a 100m (cem metros);
II - Distrito Industrial - médio poluente: Faixas de proteção – de 100 a 500m (quinhentos metros);
III - Distrito Industrial - altamente poluente: Faixas de proteção – 500m (quinhentos metros) a 1.500m (hum mil e
quinhentos metros).

Parágrafo Único - Os lotes industriais que possuam empreendimentos que causem maior impacto devido a uma
maior emissão de poluentes devem ter faixa de proteção de no mínimo 1 km (um quilômetro).

Art. 100 - O órgão municipal de controle ambiental pode exigir de empreendimento ou atividade potencialmente
causador de poluição ou degradação do meio ambiente:
I - a instalação e manutenção de equipamentos ou a utilização de métodos para a redução considerável de efluentes
poluidores;
II - a alteração dos processos de produção ou dos insumos e matérias-primas utilizadas;
III - a instalação e manutenção de equipamentos e a utilização de métodos para o monitoramento de efluentes;
IV - fornecimento de quaisquer informações relacionadas com a emissão de efluentes.

Parágrafo Único - Será garantido o acesso, a qualquer tempo, dos fiscais dos órgãos competentes do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, às instalações emissoras de poluentes para:

a) - inspecionar equipamentos;
b) - inspecionar métodos de controle e monitoramento de efluentes;
c) - proceder á amostragem de efluentes.

Art. 101 - Na ocorrência ou iminência de situações críticas de poluição ou degradação do meio ambiente, os
órgãos competentes do município poderão adotar medidas de emergência, incluindo:
I - redução temporária de atividades causadoras de poluição ou degradação do meio ambiente;
II - suspensão temporária do funcionamento de atividades causadoras de poluição ou degradação do meio
ambiente;
III - realocação espacial de atividades.

§1º - A adoção de medida de emergência deverá basear-se em demonstração técnica que indique a ultrapassagem
dos padrões de qualidade ambiental e sua correlação com a atividade ou fator ambiental prejudicado.

§2º - A redução ou suspensão, temporária ou definitiva das atividades durarão o prazo necessário para que a
qualidade ambiental retorne aos padrões normais, seja por meio de medidas de controle, seja por modificações nas
condições ambientais.

Art. 102 - As zonas de uso industrial serão classificadas, independentemente da sua categoria, em:
I - não saturadas;
II - em vias de saturação;
III – saturadas.

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Parágrafo Único - O grau de saturação será aferido e fixado, em função da área disponível para uso industrial, da
infra-estrutura existente e dos condicionantes ambientais da área, bem como das normas, padrões e critérios
estabelecidos em lei e resoluções do COMDEMA.

Art. 103 - A implantação de distritos industriais, grandes projetos de irrigação, colonização e outros, que
dependam da utilização de águas subterrâneas, deverá ser precedida de estudos hidrogeológicos para avaliação de
reservas e do potencial dos recursos hídricos e para o correto dimensionamento do abastecimento, sujeitos à
aprovação pelos órgãos estaduais e municipais competentes.

SEÇÃO III
DAS QUEIMADAS

Art 104 - As queimadas são práticas agropastoris onde o fogo é utilizado de forma controlada, como fator de
produção.
§1º - O fogo sem controle que incidir sobre qualquer forma de vegetação é considerado incêndio, infração grave a
ser combatida em todo o município.

§2º - É vedado o emprego do fogo:

a) Na caatinga, nas florestas, unidades de conservação, reservas legais, áreas de preservação e demais formas de
vegetação;
b) á guisa de limpeza da área;
c) em aparas de madeira e resíduos florestais produzidos por serrarias e madeireiras, como forma de descarte de
materiais;
d) em material lenhoso, quando seu aproveitamento for economicamente viável;
e) numa faixa de 15m (quinze metros) dos limites das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição
de energia elétrica;
f) numa faixa de 100 (cem) metros ao redor da área de domínio de sub-estações de energia elétrica;
g) numa faixa de 25 (vinte e cinco) metros ao redor da área de domínio de estações de telecomunicações;
h) numa faixa de 100 (cem) metros de largura ao redor das unidades de conservação, sendo necessário à
demarcação com aceiro para evitar qualquer acidente;
i) a 15 (quinze) metros de cada lado de rodovias, estaduais e federais, e de ferrovias, medidos a partir da faixa de
domínio;
j) numa faixa de 500 (quinhentos) metros de distância das linhas de gasoduto e oleoduto, sendo estas faixas
demarcadas e placas de aviso colocadas em sua extensão;
k) numa faixa de 1.000 (mil) metros de distância ao redor de todo o Complexo Industrial devido á zona de risco
que este representa.
l) A desobediência aos preceitos deste capítulo é considerada infração grave, sem prejuízo das responsabilidades
civis e penais, devendo ser remetidas ás informações ao Ministério Público, para cumprimento da Lei 9.605 de
1998 art. 41 e Código Penal artigo 250, sem prejuízo da multa.
Parágrafo Único – Os danos causados a terceiros correrão por conta do proprietário da área onde o fogo foi
iniciado.

Art. 105 - As queimadas devem ser evitadas e substituídas por planos de manejo sustentáveis que combatam a
degradação do solo e a desertificação.

Art. 106 - Quando não houver alternativa técnica a queimada deve ser controlada e autorizada e acompanhada pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e pelo órgão de fiscalização
ambiental do município.

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Art. 107 - Qualquer queimada só poderá ser realizada mediante:

I - a elaboração de aceiros de no mínimo 4m (quatro metros);


II - pessoal treinado com equipamentos necessários no local para evitar a propagação do fogo;
III - promoção do enleamento dos resíduos de vegetação, de forma a limitar a ação do fogo;
IV - comunicação formal aos confrontantes, com antecedência de no mínimo 03 dias úteis, com indicação de data,
hora do início e local da queima;
V - acompanhamento de toda a queima até a sua extinção;
VI - proteção da fauna, com método que propicie a fuga das espécies, ou o recolhimento das mesmas.

§1º - Os aceiros deverão ter sua largura duplicada quando se destinar à proteção de áreas florestais e vegetação
natural, de proteção ou preservação.

§2º - Os procedimentos de que tratam os incisos deste artigo devem ser adequados às peculiaridades de cada
queima a se realizar, sendo imprescindíveis àqueles necessários à segurança da operação, sem prejuízo da adoção
de outras medidas de caráter preventivo.

CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 108 - Para efeito deste Código entende-se, por educação ambiental os processos através dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, considerando-o bem social de uso comum, essencial à sadia qualidade e
sustentabilidade da vida humana.

Art. 109 - A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação municipal, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo em caráter formal e não-
formal.

Art. 110 - Todos os cidadãos têm direito à educação ambiental como parte do processo educativo mais amplo,
incumbindo:
I - ao Poder Público, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do
meio ambiente, nos termos dos Artigos. 205 e 225 da Constituição Federal;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos seus programas
educacionais;
III - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que
propiciem a atuação individual e coletiva para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais;

Art. 111 - São princípios básicos da educação ambiental:


I - o enfoque humanista, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência e integração entre o meio
natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
III - o pluralismo e diversidade de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da interdisciplinaridade;
IV – a vinculação entre ética, educação, trabalho e práticas sociais;
V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;

VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade cultural;


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IX - a adoção de princípios e diretrizes estabelecidas na Agenda 21 da ONU - Organização das Nações Unidas.

Art. 112 - São objetivos fundamentais da educação ambiental:


I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações,
envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II – garantia de democratização na elaboração dos conteúdos e da acessibilidade e transparência das informações
ambientais;
III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
IV – o incentivo à participação, individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do
meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da
cidadania;
V – estímulo à cooperação entre as diversas regiões do município, em níveis micro e macroregionais, com vistas à
construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade,
solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI – o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e tecnologia.

Art. 113 - A Política Municipal de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos e
entidades integrante do SISNAMA, instituições educacionais públicas e privadas do sistema de ensino, os órgãos
públicos da União, do Estado, do Município e do órgão municipal de educação, o Conselho Municipal de Meio
Ambiente - COMDEMA e organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental.

Art. 114 - Entende-se por educação ambiental no ensino formal a desenvolvida no âmbito dos currículos das
instituições escolares públicas municipais, englobando:
I - educação básica: infantil, fundamental e médio;
II - educação especial;
III - educação para população tradicional.

Art. 115 - A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente
em todos os níveis e modalidades de ensino formal.

§1º A educação ambiental poderá ser implantada como disciplina específica no currículo escolar.

§2º Nos cursos de extensão e nas áreas voltadas aos aspectos metodológicos da educação ambiental, quando se
fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica.

Art. 116 - Os professores municipais em atividade deverão receber formação complementar em suas áreas de
atuação, com o propósito de atenderem adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política
Municipal de Educação Ambiental.

Art. 117 - A autorização e supervisão do funcionamento de Instituição de ensino e de seus cursos, nas redes
pública e privada, observarão o cumprimento do disposto neste Código.

Art. 118 - Entende-se por educação ambiental não formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização
da coletividade sobre a problemática ambiental, e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio
ambiente.

Parágrafo único - O Poder Público Municipal incentivará:

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I - a difusão, através dos meios de comunicação de massa, de programas educativos e de informações acerca de
temas relacionados ao meio ambiente;
II - a ampla participação das escolas públicas municipais e de organizações não-governamentais na formação e
execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal;
III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação ambiental, em
parceria com as escolas e organizações não-governamentais.

Art. 119 - A Política Municipal de Educação Ambiental ficará a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
– SEMAM e Secretaria Municipal de Educação - SME.

Art. 120 - Serão destinados aos programas e ações em educação ambiental, valor correspondente a, pelo menos,
10% (dez por cento) dos recursos arrecadados pelo Fundo Municipal de Meio Ambiente - FUNDEMA.

Art. 121 - Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio ambiente e educação, em nível
municipal, devem alocar recursos às ações de educação ambiental.

CAPÍTULO IV
DOS MECANISMOS DE ESTÍMULO E INCENTIVO

Art. 122 - O Poder Público Municipal estimulará e incentivará ações, atividades, procedimentos e
empreendimentos de caráter público ou privado, que visem a proteção, manutenção e recuperação do meio
ambiente e a utilização auto sustentada dos recursos ambientais, mediante, conforme o caso, concessão de
vantagens fiscais e creditícias, mecanismos e procedimentos compensatórios, apoio financeiro, técnico, científico
e operacional de acordo com o que dispuser o regulamento.
§1º Na concessão de estímulos e incentivos referidos neste Artigo, o Poder Público Municipal dará prioridade às
atividades de recuperação, proteção e manutenção de recursos ambientais, bem como as de educação e de pesquisa
dedicadas ao desenvolvimento da consciência ecológica e de tecnologia para o manejo sustentado de espécies e de
ecossistemas.
§2º O Poder Público Municipal, através de seus Órgãos e entidades, somente concederá estímulos, incentivos e
benefícios mencionados neste artigo mediante “Selo de Qualidade Sanitário e Ambiental” expedido pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM e Secretaria Municipal de Saúde – SMS.
§3º Os estímulos, incentivos e demais benefícios concedidos nos termos deste Artigo serão sustados ou extintos
quando o beneficiário descumprir as exigências do Poder Público Municipal ou as disposições da legislação
ambiental.

TITULO II

DOS SETORES AMBIENTAIS


CAPITULO I

DO SISTEMA DE ÁREAS DE VALOR AMBIENTAL

Art. 123 - As Áreas integrantes deste Sistema estão relacionadas neste Código.

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Art. 124 - Compete ao Poder Público Municipal criar, definir, implantar e administrar as áreas que integram o
Sistema de Áreas de Valor Ambiental.
Parágrafo Único – O Poder Público Municipal atuará com a finalidade de resguardar atributos especiais da
natureza, conciliará a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização dessas Áreas de
acordo com o estabelecido em Lei.

Art. 125 - Ficam vedadas quaisquer ações ou atividades que comprometam ou possam vir a comprometer, direta
ou indiretamente, os atributos e características inerentes as áreas integrantes do Sistema de Áreas de Valor
Ambiental.
§1° Em caso de degradação total ou parcial de uma área, a mesma não perderá sua destinação específica, devendo
ser recuperada.
§2° Em caso de degradação, além da aplicação das penalidades previstas neste Código e demais legislações, a
recuperação da área será de responsabilidade do proprietário ou do possuidor do imóvel, quando não identificado
o responsável pela infração.
§3° Na hipótese do parágrafo anterior, o proprietário ou possuidor manterá isolada a área atingida, até que seja
considerada refeita, mediante laudo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM.
§4° O não cumprimento das disposições constantes do § 2º deste artigo, relativamente à recuperação da área
degradada, acarretará a realização do serviço pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM, e posterior
cobrança do valor do serviço ao proprietário ou possuidor do imóvel, ou ao responsável pela infração.
Art. 126 - Cessará a isenção de imposto e de outros benefícios fiscais previsto neste código para os proprietários
que infringirem os disposições correlatas a este título.

SEÇÃO I
DAS ÁREAS SUJEITAS A REGIME ESPECÍFICO

Art. 127 - As Áreas sujeitas a regime específico são as definidas nas Zonas Especiais do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental – PDDUA, regulamentada na Lei de Uso e Ocupação do Solo, conforme
descritas abaixo:

I. Áreas de Preservação Permanente - Áreas localizadas em quaisquer das macrozonas, que, por suas
características físicas, paisagísticas, culturais ou ambientais, são consideradas "non aedificandi";
II. Áreas de Proteção dos Recursos Hídricos - Áreas localizadas em quaisquer das macrozonas, adjacentes às
áreas de preservação, que demandam tratamento específico.
III. Áreas de Interesse Cultural - Áreas que abrigam atividades e edificações do patrimônio cultural, sujeitas a
normas específicas que visem a preservação das características que lhes conferem peculiaridades.

Art. 128 - As Áreas sujeitas a regime específico na subcategoria Áreas de Preservação Permanente serão
enquadradas de acordo com os seguintes critérios:

I. A cobertura vegetal que contribui para a estabilidade das encostas, com declividade superior a 45º
equivalente a 100% na linha de maior declive e sujeitas à erosão e ao deslizamento;
II. As nascentes, as matas ciliares e as faixas marginais de proteção das águas superficiais;
III. As áreas que abriguem exemplares raros, ameaçados de extinção ou insuficientemente conhecidos da
fauna e da flora, bem como aquelas que servem de pouso, abrigo ou reprodução de espécies migratórias;
IV. As elevações de formação geológica ou geomorfológica de valor paisagístico ou que sejam necessárias ao
equilíbrio do ecossistema;
V. As demais áreas declaradas por lei.

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Art. 129 - A supressão total ou parcial da vegetação existente nas Áreas de Preservação Permanente só é permitida
através de lei, conforme Artigo 225, parágrafo 1o, inciso III da Constituição Federal.

Art. 130 - Nas Áreas de Preservação Permanente, é vedado o emprego de fogo, o corte raso da vegetação, a
escavação do terreno, a exploração mineral, emprego de agrotóxico e o lançamento de qualquer tipo de rejeito.

Art. 131 - As Áreas de Preservação Permanente referentes aos recursos hídricos estão delimitadas de acordo com o
Anexo deste Código.

Art. 132 - O uso e ocupação das Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Proteção dos recursos hídricos estão
definidos no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental – PDDUA e na Lei de Uso e Ocupação do
Solo – LUOS.

SEÇÃO II
DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Art. 133 - As Unidades de Conservação serão criadas por Ato do Poder Público Municipal de acordo com o
disposto no Estatuto da Cidade Lei nº 10.257/2001 e na Lei Federal nº 9985 de 18 de julho de 2000, que instituiu o
Sistema Nacional de Unidade de Conservação – SNUC.
Art. 134 - As Unidades de Conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos, com características
específicas:
I - Unidades de Proteção Integral;
II - Unidades de Uso Sustentável.
§1º O objetivo das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto de
seus recursos naturais, com exceção nos casos previstos na lei que institui o SNUC.
§2º O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
Art. 135 - O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de Unidades de
Conservação:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Municipal;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
Art. 136 - Constituem o grupo de Uso Sustentável as seguintes categorias de Unidades de Conservação:
I - Área de Proteção Ambiental;
II - Área de Relevante Interesse Ecológico;
III - Floresta Municipal;
IV - Reserva Extrativista;
V - Reserva de Fauna;
VI - Reserva de Desenvolvimento Sustentável;
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

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SEÇÃO III
DAS ÁREAS VERDES E ESPAÇOS PÚBLICOS

Art. 137 - Considerando a importância das Áreas Verdes, Áreas Livres e Espaços Públicos, definidos neste
Código, para o lazer ativo e/ou contemplativo da população e a manutenção e/ou criação da paisagem, ficam
definidos nesta seção o uso e a conservação destas áreas.

Art. 138 - Dependerá de prévia autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM a utilização de
Áreas Verdes, Áreas Livres e Espaços Públicos para realização de espetáculos ou shows, feiras e demais
atividades cívicas, religiosas e esportivas.
Artigo com redação dada pela EMENDA MODIFICATIVA NÚMERO 022/11

Parágrafo único – O pedido de autorização deverá ser apresentado por pessoa física ou jurídica que se
responsabilize pelos danos causados pelos participantes do evento. Havendo a probabilidade de ocorrência de
danos de vulto negar-se-á a autorização ou será exigido depósito prévio de caução.

Art. 139 - As Áreas Verdes de loteamento deverão ser localizadas e dimensionadas de modo a:
I - aproveitar ao máximo as plantas de porte arbóreo, e a vegetação representativa do sítio natural;
II - complementar Áreas Verdes existentes, contíguas a área a ser parcelada;
III - não ficar contígua a lotes, exceto quando a área total a ser doada for inferior a 2.500,0m² (dois mil e quinhentos
metros quadrados);
IV - não ficar ao longo de vias, exceto quando contiverem massas vegetais significativas, e quando for possível
inscrever um círculo com raio mínimo de 10,0m (dez metros);
V - estar contidas em um só perímetro, podendo ser divididas somente quando cada parcela resultante possuir área
mínima de 2.500,0m² (dois mil e quinhentos metros quadrados), exceto quando complementar Áreas Verdes na
conformidade do inciso II deste parágrafo;
VI - em seu traçado, comportar no mínimo, um círculo de 10,0m (dez metros) de raio, quando se localizar em
confluências de vias, não sendo contabilizados os espaços que não atendam esta condição.
Art. 140 - Nos terrenos que contenham Áreas de Preservação Permanente, estas serão consideradas como Área
Verde, devendo a doação de área obedecer aos seguintes critérios:

I. quando a Área de Preservação Permanente for igual a 15% (quinze por cento) do terreno total, a Área Verde
é a Área de Preservação Permanente;
II. quando a Área de Preservação Permanente for menor que 15% (quinze por cento) do terreno total, será
exigida a doação do complemento da Área Verde em área contígua à Área de Preservação Permanente, ou em outro
local da gleba objeto do loteamento, respeitado o disposto no Artigo anterior;
III. quando a Área de Preservação Permanente for maior que 15% (quinze por cento) do terreno total, o
percentual exigido para doação das demais áreas públicas, será calculado sobre a área do terreno deduzida a Área de
Preservação Permanente;
IV. Não será computado como Área Verde os espelhos d'água integrantes das Áreas de Preservação
Permanente.
Art. 141 - A Prefeitura Municipal de Crateús através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM e em
parceria com a iniciativa privada poderá elaborar programas para execução e/ou manutenção de Áreas Verdes,
Áreas Livres e Espaços Públicos desde que:
I. Os projetos para a área sejam desenvolvidos ou aprovados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente –
SEMAM;
II. A iniciativa privada em contrapartida seja permitida a veiculação de propaganda através de protetores para
árvore equipamento de recreação e cestos para lixo, desde que não causem poluição visual do espaço público;

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III. Será elaborado Convênio com prazo definido, prorrogável se do interesse comum, verificando-se o atendimento
das cláusulas relativas a manutenção das áreas.
Art. 142 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM poderá elaborar programas em parceria com a
comunidade para executar e manter Áreas Verdes, Áreas Livres e Espaços Públicos, desde que:
I. A comunidade esteja organizada em associação;
II. O projeto para área seja desenvolvido e aprovado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM;
III. Sejam definidas as atribuições de cada parte envolvida quanto a materiais a serem utilizados, mão de obra,
administração e manutenção.
Art. 143 - Os espaços destinados para Áreas Verdes nos empreendimentos, nos quais não exista cobertura vegetal de
porte arbóreo, deverão ser arborizados e ajardinados pelo empreendedor com espécies que sejam adequadas a região
e a situação topográfica.

Art. 144 - As áreas destinadas a estacionamentos, mesmo particulares deverão ser arborizadas na proporção de uma
árvore para cada quatro vagas.

CAPITULO II

DA ARBORIZAÇAO

SEÇÃO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 145 - Por Arborização urbana, entende-se qualquer tipo de árvore, de porte adulto, ou em formação, existente
em logradouros públicos ou em propriedades privadas.

Art. 146 - Qualquer árvore ou grupo de árvores poderá ser declarada imune ao corte, situada em área pública ou
privada, mediante lei ou decreto, tendo por motivo sua localização, raridade, beleza, interesse histórico ou
científico, condição de porta-sementes, ou estiver a espécie em via de extinção na região.
§1º A Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM, em conjunto com o COMDEMA, proporá ao Prefeito
Municipal as árvores ou grupo de árvores a serem objeto dessa proteção.
§2º A Secretaria Municipal de Meio Ambiente SEMAM em conjunto com o COMDEMA fará inventário de todas
as árvores declaradas imunes de corte no Município, inscrevendo-o em livro próprio e publicando anualmente esse
inventário.
§3º Será afixada placa indicativa diante da árvore ou grupo de árvores declarada imune ao corte.
Art. 147 - É considerada como elemento de bem estar público, e assim sujeito a limitações administrativas para
preservação permanente a vegetação, situada em áreas privada ou públicas, com diâmetro e tronco igual ou
superior a 0,15m (quinze centímetros) ou diâmetro inferior a este, medido o diâmetro a 1,00 (um metro) de altura
do terreno, desde que se trate de espécie rara, ou em via de extinção.

Art. 148 - Não é permitida a fixação em árvores de cartazes, placas, tabuletas, pinturas, impressos, cordas,
tapumes, pregos, nem a colocação, ainda que temporária, de objetos ou mercadorias para quaisquer fins.

SEÇÃO II
DA ARBORIZAÇÃO NOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

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Art. 149 - Compete à Prefeitura a elaboração dos projetos e, em colaboração com seus munícipes, a implantação
de arborização e ajardinamento dos logradouros públicos, bem como sua conservação.
§1º Os passeios das vias, em zonas residenciais, mediante licença da Prefeitura, poderão ser arborizados pelos
proprietários das edificações fronteiras, às suas expensas, obedecidas às exigências legais, contidas neste Código e
no Manual de Arborização Urbana da Prefeitura.

§2º Caberá a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM decidir sobre a espécie vegetal que mais
convenha a cada caso, bem como sobre o espaçamento entre as árvores.

Art. 150 - Deve ser evitado o plantio de árvores frutíferas em logradouros públicos.
Parágrafo Único – Em alguns casos, o plantio poderá ser permitido, desde que autorizado pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente – SEMAM.
Art. 151 - O plantio de árvores em via pública deverá atender às recomendações da tabela abaixo:

LARGURA SITUAÇÃO DA CONSTRUÇÃO PLANTIO/ESPÉCIE

Rua Passeio Na divisa Com recuo Porte Local


 6,00m  2,50m Sim - - Não arborizar
- Sim Pequeno Dentro da
propriedade
 2,5m Sim Sim Pequeno Lado oposto a
fiação
- - Pequeno Dentro da
propriedade
 9m  2, 50m Sim - Médio Lado oposto a
fiação
- Sim Médio Dentro da
propriedade
 2,50m Sim - Grande Lado oposto a
fiação
Sim Sim Pequeno Sob a fiação
 12m  2, 50m Sim - Grande Lado oposto a
fiação
- Sim Pequeno Sob a fiação
 2,50m Sim - Grande Lado oposto a
fiação
- Sim Pequeno Sob a fiação

§1º As espécies plantadas conforme as recomendações da tabela acima, com mudas de aproximadamente 2,00 m
(dois metros), poderão dispensar a grade de proteção.
§2º Não é permitido plantar árvores de médio ou grande porte debaixo de fiação, devendo ser escolhido para tanto
sempre o lado da rua sem fios.
§3º O espaçamento entre mudas deve variar entre 6,00 m (seis metros) e 10,00 m (dez metros), dependendo do
local e do porte das árvores a serem implantadas.
§4º O plantio deverá manter sempre a uma distância mínima de 3,00 m (três metros) de postes e 5,00 m (cinco

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metros) de esquinas e manter sempre a uma distância de 0,50 m (cinqüenta centímetros) do meio fio.
Art. 152 - As ruas e passeios estreitos não devem ser arborizados.
Parágrafo Único – Em caso de afastamento entre a construção e o passeio, o plantio deve ser realizado dentro do
lote com autorização do proprietário, ocasião em que serão escolhidas espécies de pequeno porte.
Art. 153 – Nas ruas estreitas com passeio largo, o plantio só será permitido apenas do lado onde não houver
fiação, utilizando espécies de médio porte.
Art. 154 – Nas ruas largas e passeios estreitos, o plantio só será permitido apenas do lado onde não houver fiação,
utilizando espécies de grande porte.
Art. 155 – Nas ruas largas e passeios largos, só será permitido o plantio de espécies de grande porte no lado onde
não houver fiação.
Art. 156 – Nos passeios largos, ruas largas e fiação subterrânea, será permitido o plantio dos dois lados com
espécies de grande e médio porte.
Art. 157 - A arborização em canteiro central deverá obedecer as seguintes diretrizes:
I - canteiro central com largura menor ou igual a 0,70 m (setenta centímetros) não deve ser arborizado;
II - canteiro central com largura superior a 0,70 m (setenta centímetros) e até 2,00 m (dois metros), plantar
somente arbusto de folhagem e flores diversificadas;
III - canteiro central com largura superior a 2,00 m (dois metros), plantar arbusto de médio porte.
Art. 158 - As dimensões mínimas dos berços para plantio de árvores deverão ser de (0,60 m x 0,60 m) de forma
quadrada ou de 0,60 m (sessenta centímetros) de diâmetro de forma circular.
Art. 159 - Em volta da área onde a muda for plantada, deverá ser feita uma cinta de concreto ou tijolo para evitar
que a muda seja contaminada por detergentes e outros produtos prejudiciais.
Art. 160 - Os amarrios deverão ter a forma de "oito" deitado, devendo ser utilizada borracha sisal ou outro material
que não fira o tronco, devendo ser evitado arame para amarração de muda.
Art. 161 - As espécies de grande porte, com altura superior de 6,00 m (seis metros), não são recomendadas para
arborização de ruas, sendo mais adequada aos locais de visitação pública como bosques, praças e áreas verdes
abertas.
Art. 162 – É vedado o plantio de árvores ou qualquer outra vegetação que por sua natureza possa dificultar o
trânsito ou a conservação das vias públicas.
Parágrafo único – Nos passeios existentes com largura inferior a 2,00 m (dois metros), os berços poderão ter
excepcionalmente dimensões mínimas de (0,50 m x 0,50 m) de forma quadrada.
Art. 163 - Não serão aprovadas edificações em que os acessos para veículos, aberturas de “passagem” ou
marquises e toldos venham prejudicar a arborização pública existente.
Art. 164 - São proibidas quaisquer obras, serviços ou atividades em logradouros públicos que venham a prejudicar
a vegetação existente.
Art. 165 - Os tapumes e andaimes das construções deverão ser providos de proteção de arborização sempre que
isso for exigido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM.

SEÇÃO III
DA PODA DAS ÁRVORES EM LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 166 – É de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Crateús a poda de árvores em logradouros públicos,
que deve ser acompanhada por técnico da Secretaria de Infraestrutura ou da Secretaria de Meio Ambiente –
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SEMAM..

Art. 167 - A poda de árvores deve ser feita somente quando necessário, sempre que possível mantendo a
distribuição de galhos de forma simétrica e equilibrada, visando:

I - a formação das árvores, quando em crescimento;


II - levantamento da altura do tronco, quando necessário;
III - poda de limpeza, para eliminação de ramos secos, doentes, atacados por pragas ou parasitas;
IV - poda de regeneração para árvores fracas e de mau aspecto;
V - solucionar conflitos em relação a fiação aérea, semáforos, postes, fachadas de prédios, danos em condutores
d’água, calhas, telhados ou outras situações comprovadamente prejudiciais em propriedades pública ou privada;
VI - melhorar a visibilidade no trânsito;
VII - eliminar perigo de vir causar danos a terceiros.

Art. 168 - A poda de árvores em logradouro público dever ser executada com a técnica necessária, de forma a não
causar rachadura dos ramos e evitando-se a criação de troncos ocos.
Parágrafo único – Preconiza-se que a poda seja feita através de corte próximo a base do ramo, na direção 45
(quarenta e cinco graus).

SEÇÃO IV

DA AUTORIZAÇÃO PARA DERRUBADA E CORTE DE ÁRVORE

Art. 169 - É atribuição exclusiva da Prefeitura podar, cortar, derrubar ou sacrificar as árvores de arborização
pública.
§1º Quando se tornar absolutamente imprescindível, poderá ser solicitada pelo interessado a remoção, ou o
sacrifício de árvores, mediante o pagamento das despesas relativas ao corte e ao replantio.
§2º A solicitação a que se refere o parágrafo anterior deverá ser acompanhada de justificativa, que será
criteriosamente analisada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM.
§3º A fim de não ser desfigurada a arborização do logradouro, tais remoções importarão no imediato plantio da
mesma ou de novas árvores, em ponto cujo afastamento seja o menor possível da antiga posição.
§4º Por cortar ou sacrificar a arborização pública será aplicada ao responsável multa de 50 (cinquenta) a
200(duzentas) UFIR/CE, por árvore, conforme o caso e a juízo da autoridade municipal competente.
§5º A poda deverá ser realizada par equipe habilitada e com uso de EPIs e EPC;
Art. 170 - O corte e/ou a derrubada de qualquer espécie, situada em propriedade pública ou privada, ficam
subordinadas a obtenção de autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM, em se tratando de
árvores, qualquer que seja a finalidade do procedimento.

Art. 171 - Para a concessão da Autorização, o interessado deverá formular o pedido, através de requerimento
próprio, dirigido a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, contendo:

I - Nome, endereço e qualificação do requerente;


II - Local exato do imóvel e o respectivo certificado de quitação do IPTU;
III - Objeto do pedido, inclusive se visa possibilitar edificação;
IV - Dimensões do tronco, medido a 1,00 m (um metro) de altura do solo e altura da copa;
V - Condição fitossanitária da árvore;

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VI - Assinatura do requerente ou procurador;
VII - Prova de propriedade do imóvel onde se encontre a árvore ou a autorização para realizar a obra em imóvel
alheio, em caso de condomínio a autorização de cinqüenta por cento ou mais dos condôminos;
VIII - Justificativa do pedido e duas cópias de levantamento planialtimétrico e cadastral da área, onde será
indicada a cota das árvores que se pretende abater, com fotos ilustradas;
IX - Comprovante do pagamento da taxa referente ao pedido.

Art. 172 - A SEMAM, ao receber o pedido de que trata o Artigo anterior, tomará as seguintes providências:
I - Exame da documentação apresentada no pedido devendo exigir-se a complementação no caso de ausência de
documentos, sob pena de indeferimento do pedido;
II - Vistoria da vegetação a que se refere o pedido, visando aferir a real necessidade da derrubada e/ou corte;
III - Intimação, por via postal, do requerente em caso de indeferimento e notificação por via postal, com recibo,
em caso de deferimento, devendo, nesse caso, o requerente assinar Termo de Compromisso.

Art. 173 - A autorização para derrubada, corte e poda de árvores somente será concedida se a espécime apresentar
as seguintes características:
I – causar dano relevante, efetivo ou iminente à edificação;
II – em caso de dano efetivo, não haver possibilidade de reparação da edificação, sem a derrubada e/ou corte;
III – apresentar risco iminente à integridade física do requerente ou de terceiros;
IV - causar obstrução incontornável à realização de obras de interesse público;
V - tratar de árvore caída, em decrepitude e/ou morta.

Art. 174 - Em caso de deferimento, a SEMAM expedirá autorização, nela constando:


I - nome e endereço do requerente;
II - indicação em planta da localização da espécime vegetal;
III - a espécie e o número de espécimes atingidos pela autorização;
IV - o procedimento autorizado, se derrubada, corte ou poda;
V - a necessidade do cumprimento do Termo de Compromisso;
VI - data da concessão da autorização e prazo de sua validade.

Art. 175 - No caso de deferimento do pedido de autorização para derrubada e/ou corte de árvore, o requerente
assinará Termo de Compromisso contendo:
I - a obrigação do requerente em providenciar o plantio do dobro de espécimes, preferencialmente nativo a ser
especificada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM; cujo corte ou derrubada foi autorizado;
II - em sendo inexeqüível o plantio no local, é obrigação do requerente plantar em local a ser determinado pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM ou doar ao Horto Municipal, mediante recibo, o dobro de
espécimes cujo corte ou derrubada foi autorizado, podendo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM
determinar a espécie a ser doada.
Parágrafo único – O plantio e/ou doação, de que trata este Artigo, deverão ser efetuadas no prazo máximo de trinta
dias, devendo ser certificado pela SEMAM o efetivo cumprimento da obrigação.
Art. 176 - A expedição do Alvará de Construção e/ou Licença Ambiental só poderá ocorrer após o cumprimento
do Termo de Compromisso previsto nesta lei.
Art. 177 - Quando a autorização for para derrubada e/ou corte de árvore situada em propriedade privada, o
requerente assumirá todos os ônus da atividade, podendo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM
fornecer a orientação técnica.

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SEÇÃO V
DO PLANTIO DE ÁRVORES EM TERRENOS A SEREM EDIFICADOS

Art. 178 - Na construção de edificações de uso residencial ou misto, com área total de edificação igual ou superior
a 150,0m² (cento e cinqüenta metros quadrados), é obrigatório o plantio no lote respectivo de, pelo menos, 01
(uma) muda de árvore para cada 150,00m² (cento e cinqüenta metros quadrados), ou fração da área total de
edificação.

Art. 179 - Na construção de edificações de outros usos, é obrigatório o plantio no lote respectivo de, pelo menos,
01 (uma) muda de árvore a cada 70,0m² (setenta metros quadrados), ou fração de área total de edificação.

Art. 180 - Respeitado um mínimo de 20% (vinte por cento) do total exigido, conforme o caso para o plantio no
lote respectivo, poderá o restante ser substituído pelo fornecimento em dobro de mudas de árvore ao Horto
Municipal.
Parágrafo único - O disposto no "caput" deste Artigo não se aplica às residências unifamiliares, para as quais
deverá ser plantado, no lote respectivo, o percentual exigido nesta Lei.
Art. 181 - As mudas de árvores a serem doadas deverão corresponder a essências florestais nativas, a critério da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM, devendo medir pelo menos 1,50m (hum metro e cinqüenta
centímetros) de altura.
Art. 182 - Quando da vistoria final da obra para a expedição do "habite-se", deverá ser comprovado o plantio das
mudas de árvore exigidas neste Capítulo e/ou o comprovante de fornecimento de mudas ao Horto Municipal, de
acordo com o estabelecido nesta Lei.

CAPITULO III
DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E DO
CONTROLE DA POLUIÇAO AMBIENTAL
SEÇAO I
DA FLORA

Art. 183 - A cobertura vegetal é considerada patrimônio ambiental do Município e o seu uso e/ou supressão será
feita de acordo com este Código e com outras leis pertinentes.
Parágrafo único - Onde for permitido explorarem-se recursos vegetais, o interessado pedirá autorização a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM, apresentando Plano de Manejo.
Art. 184 - As empresas industriais, que consumirem grandes quantidades de matéria prima florestal, ficam
obrigadas a manter, dentro de um raio em que a exploração e o transporte sejam julgados econômicos, serviço
organizado, que assegure o plantio de novas áreas em terras próprias ou de terceiros, cuja produção, sob
exploração racional, seja equivalente ao seu consumo.
Art. 185 - As empresas, que recebem madeira ou outros produtos procedentes de florestas, ficam obrigadas a
exigirem do vendedor cópia autêntica de autorização fornecida por órgão ambiental competente.

Art. 186 - É proibido destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação
de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia.

Art. 187 - É proibido penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para
caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente.
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Art. 188 - Fica proibida a exploração ou a supressão de vegetação que tenha função de proteger espécie da flora e
fauna silvestres ameaçadas de extinção, de formar corredor entre remanescentes de vegetação primária ou em
estágio avançado médio de regeneração e de proteger o entorno de Unidades de Conservação.

Art. 189 – A Autorização de desmatamento para cultivo agrícola será de responsabilidade exclusiva da
Secretaria de Meio Ambiente com o aval do COMDEMA.
Artigo com redação dada pela EMENDA SUBSTITUTIVA NÚMERO 002/11

SEÇAO II
DA FAUNA

Art. 190 – É proibida a utilização, mutilação, destruição, caça ou apanha dos animais de quaisquer espécies, em
qualquer fase de seu desenvolvimento que viva naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre local
bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais.

Art. 191 - A apanha de animais da fauna silvestre só é permitida, segundo controle e critérios técnico-científicos
estabelecidos pelo IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis.
Parágrafo único - O comércio ilegal de espécimes da fauna silvestre acarretará a apreensão imediata dos
exemplares expostos a venda, a ser efetuada pelo Órgão Ambiental competente, em colaboração com outros
órgãos públicos, fazendo-se a reintrodução dos espécimes na natureza.

Art. 192 - É proibido pescar:


I - nos cursos d'água nos períodos em que ocorrem fenômenos migratórios para reprodução, e, em água parada ou
mar territorial, nos períodos de desova, de reprodução ou de defesa;

II - espécies que devam ser preservadas ou indivíduos com tamanhos inferiores aos estabelecidos na
regulamentação;
III - quantidades superiores às permitidas na regulamentação;
IV - mediante a utilização de:
a) explosivos ou de substâncias que, em contacto com a água, produzam efeitos semelhantes ao dos explosivos;
b) substâncias tóxicas;
c) aparelhos, apetrechos, técnicas e métodos que comprometam equilíbrio das espécies.
§1º Ficam excluídas da proibição prevista no inciso IV, alínea "c" deste Artigo os pescadores artesanais e
amadores, que utilizem o exercício da pesca, linha de mão ou vara e anzol.
§2º É vedado o transporte, a comercialização, o beneficiamento e a industrialização de espécimes provenientes da
pesca proibida.

Art. 193 - É proibido exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da
autoridade ambiental competente.

Art. 194 - A introdução de espécime animal no município dependerá de parecer técnico favorável e licença
expedida pelo Órgão ambiental competente.

CAPÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS

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SEÇÃO I
DA AUDITORIA AMBIENTAL

Art. 195 - As auditorias ambientais visam á realização de avaliações e estudos destinados a determinar:
I - os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental, provocados por atividades poluidoras;
II - as condições de operação e de manutenção dos equipamentos de controle de poluição;
III - as medidas de capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e
equipamentos de proteção do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores das empresas potencialmente
poluidoras.

Art. 196 - As auditorias serão realizadas junto às empresas públicas ou privadas por iniciativa ou por requerimento
pelo órgão de fiscalização ambiental e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA, ou
por denúncia de entidade da sociedade civil.

Art. 197 - As equipes que realizarão as auditorias ambientais terão composição multidisciplinar, contando com
profissionais e técnicos especializados nas diversas áreas a que o fato gerador da poluição ou degradação
ambiental estiver vinculado, inclusive sociais e econômicas.

Parágrafo Único – Poderão ser firmados convênios da Prefeitura com empresas especializadas, instituições de
pesquisa e científicas para auxílio em consultorias e serviços, estas equipes terão assegurado livre acesso às
empresas para cumprimento das auditorias.

Art. 198 - Para efeito de realização de auditorias serão consideradas degradadoras as atividades e empresas tais
como:
I - refinarias, oleodutos e terminais petrolíferos;
II - instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e perigosas;
III - instalações de processamento e disposição final de esgotos domésticos, hospitalares e industriais;
IV - indústrias petroquímicas, siderúrgicas, químicas, metalúrgicas, têxteis, de produtos alimentícios em geral;
V - indústrias de beneficiamento de couros e peles;
VI - indústrias de beneficiamento de oleaginosas;
VII - usinas de processamento de lixo;
VIII - indústrias de celulose e papel;
IX - atividades de mineração.

§1º - Sempre que constatadas quaisquer infrações deverão ser realizadas auditorias trimestrais até a correção das
irregularidades, independentemente da aplicação de penalidades administrativas.

§2º - A auditoria ambiental deverá avaliar se as orientações contidas no estudo prévio de impacto ambiental estão
sendo observadas e se os métodos de controle ambiental são eficazes;

§3º - A auditoria será realizada às expensas da empresa ou empreendedor;

§4º - Sempre que for requerido ou a critério da entidade requerente será realizada audiência pública sobre a
auditoria.

Art. 199 - As empresas ou órgãos deverão registrar, continuamente ou em períodos predeterminados, as medições
das emissões e do lançamento de efluentes.

Art. 200 - A auditoria ambiental não eximirá o poder público das inspeções ambientais.

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Art. 201 - As auditorias ambientais serão periódicas ou ocasionais.

Art. 202 - Todos os documentos relacionados às auditorias ambientais, incluindo diretrizes específicas e o
currículo dos técnicos responsáveis por sua realização serão acessíveis à consulta pública.

SEÇÃO II
DA INFORMAÇÃO E PARTICIPAÇÃO

Art. 203 - O direito à informação, acesso aos dados sobre o estado do meio ambiente, utilização de substâncias e
processos que possam acarretar riscos à saúde e a segurança humana, à Biodiversidade e ao equilíbrio ecológico, é
um direito de todos, pessoas físicas jurídicas, públicas e privadas.

Art. 204 - É a todos assegurada, independente do pagamento de taxas, a obtenção de informações existentes no
Município, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situação de interesse individual, difuso ou coletivo.

Art. 205 - Os órgãos, instituições e entidades públicas e privadas, bem como pessoas físicas e jurídicas ficam
obrigados a remeter, sistematicamente ao órgão de fiscalização ambiental, nos termos em que forem solicitados, os
dados e informações necessárias às ações de monitoramento e vigilância ambiental.

Art. 206 - A informação deve ser produzida, coligida, organizada e atualizada por quem utilizar os recursos
ambientais.

Art. 207 - O pedido de licenciamento ambiental, sua renovação e o deferimento ou negação serão publicados nos
jornais oficiais e jornais de grande circulação na região, em todos os casos, a expensas do empreendedor ou
requerente.

Art. 208 - A realização de audiências públicas também será precedida de publicação nos jornais conforme, artigo
anterior, no mínimo duas vezes no período de trinta dias de antecedência.

Art. 209 - O fornecedor da informação, funcionário público ou de empresa privada, responde no âmbito civil,
administrativo e penal pela exatidão e inteireza dos dados fornecidos, bem como pela sua adequada publicação,
quando necessário, nos meios de comunicação.

Parágrafo Único - Qualquer organização não governamental, regularmente inscrita em cartório de Registro
Público, que inclui entre suas finalidades ou objetivos a proteção do meio ambiente, independente de aprovação de
seus estatutos pelos órgãos públicos, poderá solicitar sua participação nos conselhos de meio ambiente ou no
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, na forma da lei.

SEÇÃO III
DO LICENCIAMENTO

Art. 210 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de atividades e empreendimentos potencialmente


poluidores e/ ou incômodos, bem como os empreendimentos geradores de impactos ambientais previstos nesta
Lei, ou aqueles capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de licença ambiental
municipal, de acordo com convênio celebrado com a SEMACE (Resolução COEMA nº 20/98), sem prejuízo de
outras licenças legalmente exigíveis.

§1° - Caberá a SEMAM, fixar os critérios básicos, segundo os quais serão exigidos estudos de impacto ambiental
para fins de licenciamento, respeitadas as legislações federal e estadual sobre o assunto.
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§2° - Os estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços que construírem, reformarem, ampliarem,
instalarem ou fizerem funcionar, em qualquer parte do território municipal, atividades, obras ou serviços
potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ou entidades ambientais competentes, ou
contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes, serão penalizados conforme disposto na Lei Municipal
de Taxas de Licenciamento Ambiental bem como na Lei Federal n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

Art. 211 - O município expedirá, através da SEMAM, no exercício de sua competência de controle, as seguintes
licenças:
I - Licença Prévia (LP): na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem
atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais e federais de
uso e ocupação do solo;
II - Licença de Instalação (LI): autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações constantes
do Projeto Executivo aprovado;
III - Licença de Operação (LO): autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o
funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévias e de
Instalação.
IV - Licenciamento Único (LU): as atividades e empreendimentos de mínimo e pequeno porte, com grau potencial
de poluição baixo e médio, assim definidas na Lei Municipal de Taxa de Licenciamento Ambiental, sujeitar-se-ão
ao Licenciamento Único (LU) e serão dispensadas das licenças referidas nos incisos antecedentes.

§ 1° - Iniciadas as atividades de implantação e operação, antes da expedição das respectivas licenças, constitui
infração e o dirigente do órgão Executor do Sistema Municipal do Meio Ambiente deverá, sob pena de
responsabilidade funcional, comunicar o fato às entidades financiadoras dessas atividades, às entidades
financiadoras, ao Ministério Público e aos órgãos ambientais competentes, sem prejuízo da imposição de
penalidades, e adotar as medidas administrativas de interdição (parcial ou total), judiciais, de embargo e outras
providências cautelares.

§ 2° - As licenças ambientais expedidas pela SEMAM deverão ser renovadas anualmente, ratificadas pelo
COMDEMA, desde que respeitadas as legislações estaduais e federais atinentes.

§ 3° - Para efeitos de fiscalização do licenciamento ambiental concedido, o órgão municipal do meio ambiente
efetivará fiscalização regular e periódica cuja validade dar-se-á pelo período máximo regulamentado na Lei de
Taxa de Licenciamento Ambiental, a contar do licenciamento de operação ou última fiscalização, cujo valor
consta no anexo 01 (um) da Lei de Taxa de Licenciamento Ambiental.
Art. 212 - Os custos de serviço (taxas, vistorias, análises de processos e outros), executados pela SEMAM,
necessários ao licenciamento ambiental, serão ressarcidos pelo interessado, considerando-se:
I - o tipo de licença;
II - o porte da atividade exercida ou a ser licenciada;
III - o grau de poluição;
IV - nível de impacto ambiental.

§ 1° - Os valores correspondentes a Taxa de Licenciamento Ambiental, conforme o tipo de licenciamento, o porte


da atividade exercida ou a ser licenciada, o grau de poluição e o nível de impacto ambiental, constam na Lei de
Taxa de Licenciamento Ambiental.

§ 2° - A classificação das atividades conforme o porte e o potencial poluidor se encontram no anexo I, da Lei de
Taxa de Licenciamento Ambiental.
§ 3° - Os casos não previstos ou que necessitarem de atualização poderão ser incluídos no Anexo I mediante
Decreto Municipal e/ou resolução do COMDEMA, considerando o "caput" anterior.
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§ 4°- Os valores arrecadados, provenientes do licenciamento ambiental, bem como de multas emitidas pela
SEMAM serão revertidos ao FUNDEMA.

Art. 213 - Caberá recurso administrativo, no prazo de 30 (trinta) dias, dirigido ao COMDEMA, das seguintes
decisões proferidas pela SEMAM:
I - indeferimento de requerimento de licenciamento ambiental;
II - aplicação de multas;
III - demais penalidades impostas, elencadas na Lei de Taxa de Licenciamento Ambiental.

Art. 214 - Compete a SEMAM, a expedição de normas gerais e procedimentos para implantação e fiscalização do
licenciamento previsto na presente Lei.

§ 1° - O proprietário do estabelecimento ou o seu preposto responsável permitirá, sob as penas da lei, o ingresso
da fiscalização no local das atividades potencialmente poluidoras para a inspeção de todas as suas áreas, e a
permanência, pelo tempo que se tornar necessário, em estabelecimentos públicos e privados, não lhes podendo
negar informações, vistas a projetos, instalações, dependências e demais unidades do estabelecimento sob
inspeção.

§ 2° - As autoridades policiais, quando necessário, deverão prestar auxílio aos agentes fiscalizadores no exercício
de suas atribuições.

Art. 215 - Dependerá de elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo EIA/RIMA – Relatório
de Impacto Ambiental, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:
I - estradas de rodagem com 02 (duas) ou mais faixas de rolamento;
II - ferrovias;
III - portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
IV - aeroportos;
V - oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;
VI - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230kv (duzentos quilovolts);
VII - obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como barragens para fins hidrelétricos, acima de
10MW (dez megawatts), de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação
de cursos d’água, aberturas de barras e embocaduras, transposição de bacias e diques;
VIII - extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
IX - extração de minério, definidos no Código de Mineração;
X - aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
XI - usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW (dez
megawatts);
XII - complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de
álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
XIII - distritos industriais e Zonas Estritamente Industriais;
XIV - exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou quando atingir áreas
significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
XV - projetos urbanísticos acima de 100ha (cem hectares) ou em áreas consideradas de relevante interesse
ambiental e áreas de proteção ambiental a critério do órgão de fiscalização ambiental municipal;
XVI - qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a
10t (dez toneladas) por dia;
XVII - projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 hectares (mil hectares), ou quando se tratar
de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas
de proteção ambiental ou no seu entorno.
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XVIII – a SEMAM através de parecer técnico poderá exigir EIA/RIMA para atividades de grande impacto
ambiental local.

Parágrafo Único - A análise de EIA/RIMA é da competência do órgão municipal de Meio Ambiente - SEMAM.

Art. 216 - Para concessão de Licença Prévia (LP), será obrigatória a expedição de certidão do setor competente
declarando se o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a Legislação de uso e
ocupação do solo e com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano.

§ 1º - Para a emissão de cada licença será expedido um parecer técnico e se for o caso jurídico, além de realizadas
vistorias.

§ 2º - O órgão de fiscalização ambiental exigirá, entre outros empreendimentos, licença para os projetos especiais
especificados no ANEXO I da Lei Municipal de Licenciamento Ambiental.

Art. 217 - Ao pedido de licenciamento deverá ser dada publicidade através de publicação em jornal de grande
circulação.

Art. 218 - Para obtenção de licença a que se refere o artigo anterior, o órgão de fiscalização ambiental exigirá,
conforme o caso:
I - Estudos das Alternativas Minimizadoras do Impacto Ambiental e de Vizinhança;
II - Plano de Controle Ambiental;
III - Plano de Recuperação de Área Degradada;
IV - Estudo de Viabilidade Ambiental
V - Outros estudos ambientais exigidos de acordo com o impacto ambiental do empreendimento.

§ 1° - O estudo de impacto ambiental deverá ser realizado, contendo os elementos que possibilitem a análise da
adequação do empreendimento às condições do local e do entorno, tais como, impacto sobre o trânsito,
estacionamentos, poluição sonora e visual, entre outros, por técnicos habilitados, correndo as despesas à conta do
proponente do projeto.

§ 2° - Respeitada a matéria de sigilo industrial, assim expressamente caracterizada a pedido do interessado, o


Relatório de Impacto Ambiental – RIMA ou Estudo de Impacto de Vizinhança EIV, devidamente fundamentado,
será acessível ao público.

§ 3° - Ficam dispensados da apresentação do EIV os projetos dos empreendimentos destinados a Habitação de


Interesse Social.

Art. 219 - O Estudo de Impacto de Vizinhança deverá contemplar os seguintes aspectos:


I - localização e acessos gerais;
II - atividades previstas;
III - áreas, dimensões e volumetria;
IV - levantamento plani-altimétrico do imóvel;
V - mapeamento das redes de água pluvial, água e esgoto, luz, telefone e arborização urbana para implantação do
empreendimento;
VI - estudo hidrogeológico quando não existir rede de água ou esgoto;
VII - capacidade de atendimento pelas concessionárias das redes de água pluvial, água, esgoto, luz e telefone para
implantação do empreendimento;
VIII - levantamento dos usos e volumetria dos imóveis e construções existentes no entorno do empreendimento;

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IX - indicação das zonas de uso constantes da legislação de uso e ocupação do solo das quadras limítrofes à quadra
ou quadras onde o imóvel está localizado;
X - compatibilização com o sistema viário existente;
XI - produção de ruído e medidas mitigadoras;
XII - produção e volume de partículas em suspensão e fumaça;
XIII - destino final do material resultante do movimento de terra;
XIV - destino final do entulho da obra;
XV - destino final dos resíduos do empreendimento.

Art. 220 - A licença municipal ambiental poderá coexistir com as licenças estaduais e federais, prevalecendo a
mais restritiva.

Art. 221 - O Município poderá, em caso de relevante impacto ambiental, exigir a complementação dos Estudos de
Impacto Ambiental analisados pelo Estado, indicando peritos e audiência pública para o debate da matéria.

Parágrafo Único - As atividades passíveis de licenciamento ambiental são aquelas estabelecidas na Resolução
CONAMA – 237/97.

SEÇÃO IV
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 222 - O órgão de fiscalização ambiental em articulação com os demais órgãos do Município, do Estado e da
União, no que couber, exercerá fiscalização sobre o meio ambiente, na forma estabelecida neste Código, no PDDU
- Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, na LOM (Lei Orgânica do Município) e demais leis municipais.

Art. 223 - O órgão de fiscalização ambiental competente poderá exigir, quando achar necessário, a execução de
programas de medição de poluição das fontes poluidoras, com ônus para as mesmas, determinando a concentração
de poluentes no meio ambiente e acompanhando os efeitos ambientais decorrentes das atividades.

Art. 224 - No exercício do poder de polícia municipal, ficam assegurados aos servidores municipais os acessos às
fontes poluidoras e aos serviços executados por pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que efetiva ou
potencialmente causem danos ambientais.
§1º - É vedado impedir ou dificultar o acesso previsto no caput deste artigo, sob pena de incidir em falta grave
definida nesta Lei.
§2º - O órgão de fiscalização ambiental poderá requisitar no exercício da ação fiscalizadora a intervenção da força
policial, em caso de resistência à ação de seus agentes.

Art. 225 - Compete aos Fiscais Municipais de Meio Ambiente:


I - fazer vistorias, visitas, levantar dados e avaliar, relatando suas atividades;
II - verificar a ocorrência de infrações, impactos ambientais e monitorá-los;
III - fiscalizar o transporte de cargas tóxicas;
IV - notificar o infrator fornecendo-lhe a 1ª (primeira) via do documento;
V - outras atribuições que lhes forem deferidas pelo órgão ambiental, visando o efetivo cumprimento das normas
ambientais.

CAPÍTULO V
DO PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DE INFRAÇÕES E APLICAÇÃO
DAS SANÇÕES

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Art. 226 - As infrações à legislação ambiental serão apuradas mediante processo administrativo próprio, iniciado
com a lavratura do auto de Constatação, Auto de Infração Ambiental, em três vias, observados os atos
estabelecidos nesta Lei.

Art. 227 - O auto de infração será lavrado pela autoridade ambiental que a houver constatado o crime ambiental e
deverá conter:
I - o nome do infrator, bem como os elementos necessários à sua identificação;
II - local, data e hora do fato onde a infração foi constatada;
III - descrição da infração e menção do dispositivo legal ou regulamentar transgredido;
IV - penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que autoriza a sua imposição;
V - assinatura do autuado ou preposto, dando ciência da autuação;
VI - assinatura do servidor municipal autuante;
VII - prazo para apresentação de defesa.
§1º - Na hipótese de recusa do autuado, seu preposto, ou representante legal, de receber e assinar o auto de
infração, o servidor fará constar do Auto de Infração esta circunstância juntamente com a assinatura de duas
testemunhas, se houver, sem prejuízo da abertura do processo administrativo.
§2º - As omissões ou incorreções na lavratura do auto de infração não acarretarão nulidade do mesmo quando do
processo constarem os elementos necessários à determinação da infração e do infrator.
§3º - Instaurado o processo administrativo, o órgão de fiscalização ambiental determinará ao infrator, desde logo, a
correção da irregularidade, ou a providência de medidas cautelares, tendo em vista a necessidade de evitar a
consumação ou agravamento de dano.

Art. 228 - O servidor municipal investido das funções de fiscal do meio ambiente e do equilíbrio ecológico será
responsável pelas declarações que fizer, nos Autos de Infração, sendo passível de punição administrativa pelas
omissões ou abusos que cometer no exercício de suas funções.

Art. 229 - Quando o dano exigir imediata intervenção do Poder Público para evitar malefícios ao ambiente natural
e construído e à saúde do meio ambiente e da população, o fiscal está autorizado a agir prontamente no sentido de
coibir a gravidade do dano, apreendendo o produto, instrumento, embargando a obra ou atividade ou interditando
temporariamente a fonte de distúrbio.
Parágrafo Único - No caso de resistência ou de desacato, o fiscal requisitará colaboração da força policial.

Art. 230 - Feita à autuação, o fiscal entregará ao autuado ou preposto, considerado infrator ambiental, a primeira
via do Auto de Infração, juntando as demais cópias ao processo administrativo.

Art. 231 - O infrator será notificado para a ciência da infração:


I - pessoalmente;
II - pelo correio, fax ou via postal, com prova de recebimento;
III - por edital, se estiver em lugar incerto ou não sabido, fazendo publicar em Diário Oficial uma única vez e
considerando-se efetivada após o decurso de 05 (cinco) dias.

Art. 232 - O infrator poderá oferecer defesa ou impugnação do auto de infração no prazo de 30 (trinta) dias
contados da ciência da autuação.

Art. 233 - Quando apesar da lavratura do Auto de Infração, subsistir, ainda, para o infrator a obrigação a cumprir,
será ele intimado a fazê-lo no prazo de 30 (trinta) dias.
§1º - O prazo para o cumprimento da obrigação subsistente poderá ser reduzido ou aumentado, em casos
excepcionais, por motivo de interesse público, mediante despacho fundamentado da autoridade pública.

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§2º - O não cumprimento da obrigação subsistente, no prazo fixado, além de sua execução forçada acarretará na
imposição de multa diária, arbitrada de acordo com os valores correspondentes à classificação da infração até o
exato cumprimento da obrigação, sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação pertinente.

Art. 234 - A instrução do processo deve ser concluída no prazo de 60 (sessenta) dias, salvo prorrogação autorizada
e fundamentada por mais 30 (trinta) dias.
§1º - A autoridade instrutora pode determinar ou admitir quaisquer meios lícitos de prova, tais como perícias,
exames de laboratório, pareceres técnicos, informações cadastrais, testes, oitiva de testemunhas e outros meios
disponíveis ao caso.
§2º - É assegurado ao infrator o direito de ampla defesa, podendo ser representado por advogado e indicar
testemunhas em número nunca inferior a 02 (duas).

Art. 235 - Funcionará, no órgão de fiscalização ambiental, uma Comissão permanente de apuração de infrações
ambientais, formada por no mínimo 03 (três) técnicos com conhecimento da questão ambiental.

Art. 236 - A Comissão de apuração de infrações poderá elaborar termo de compromisso, quando houver interesse
do infrator em solucionar adequadamente o dano.
Parágrafo Único - O integral cumprimento do termo de compromisso possibilitará a redução da multa em até
noventa por cento do valor da mesma.

Art. 237 - Das decisões definitivas proferidas pelas autoridades competentes, caberá recurso dirigido ao
COMDEMA, sem efeito suspensivo, num prazo de 30 (trinta) dias da publicação do ato recorrido.

Art. 238 - Quando imposta a penalidade de multa, a mesma deverá ser recolhida a uma conta específica
do Fundo Municipal de Meio Ambiente, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ser inscrita na dívida
ativa do município para efeito de cobrança judicial, na forma da legislação pertinente.
Artigo com redação dada pela EMENDA MODIFICATIVA NÚMERO 020/11

Parágrafo Único – Os recursos provenientes das multas constituirão receita do Fundo Municipal do Meio
Ambiente de Crateús - FUMDEMA, para aplicação em suas finalidades ambientais.

Art. 239 - Transcorridos os prazos para apresentação de defesa ou interposição de recurso, ou julgadas aquelas
peças e mantidas a decisão da autoridade ambiental competente, a matéria constituirá coisa julgada na esfera
administrativa.

SEÇÃO I
DAS INFRAÇÕES

Art. 240 - Considera-se infração ambiental toda ação ou omissão que importe inobservância dos preceitos desta
Lei, decretos ou normas técnicas que se destinem à proteção, preservação, promoção e recuperação da qualidade
ambiental.

Art. 241 - A autoridade ambiental que tomar conhecimento ou autuar a infração ambiental é obrigada a promover
sua apuração imediata, através de processo administrativo próprio e notificar as demais autoridades ambientais
competentes.

Art. 242 - O infrator, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, é responsável, independentemente de
culpa, pelo dano ambiental e a terceiros pela sua atividade, sendo obrigado a recuperar o dano causado.

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Art. 243 - A autuação de infração é imputável a quem lhe deu causa e a quem para o dano concorreu ou dele se
beneficiou, conforme são discriminados:
I - os próprios infratores;
II - gerentes, administradores, diretores, promitentes compradores ou proprietários, posseiros, arrendatários,
parceiros, desde que praticados por subordinados ou prepostos e no interesse dos proponentes ou superiores
hierárquicos;
III - autoridades que se omitirem ou facilitarem, por consentimento ilegal, na prática do ato danoso.

Art. 244 - Sem prejuízo das sanções de natureza cível e penal cabíveis, o infrator ambiental está sujeito às
seguintes penalidades:
I - advertência por escrito;
II - multas variáveis, simples ou diárias, de acordo com o dano ambiental;
III - apreensão de produtos ou instrumentos;
IV - inutilização de produtos ou instrumentos;
V - embargo de obra, atividade ou empreendimento;
VI - interdição temporária ou definitiva da obra, atividade ou empreendimento;
VII - cassação do alvará de autorização de localização ou funcionamento no município;
VIII - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo município;
§1º - A advertência poderá ser aplicada com fixação de prazo para reparação do dano e regularização da situação,
sob pena de punição mais grave.
§2º - As multas pecuniárias a que se referem o inciso II do caput deste artigo serão classificadas em leve, grave e
gravíssima, divididas em categorias de dano ambiental, a serem regulamentadas por Decreto do Poder Executivo.
§3º - Sem obstar a aplicação das penalidades, previstas neste artigo, é o degradador obrigado, independente da
existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente ou a terceiros, afetados por sua
atividade;
§4º - Nos casos em que a infração for continuada, poderá a autoridade competente impor multa diária;
§5º - As multas poderão ter redução de 90% (noventa por cento) de seu valor, quando o infrator, por termo de
compromisso aprovado pela autoridade que aplicou a penalidade, se obrigar à adoção de medidas específicas para
cessar e corrigir poluição ou degradação ambiental;
§6º - As penalidades de interdição temporária ou definitiva serão aplicadas nos casos de perigo iminente à saúde
pública e, a critério do órgão ambiental, nos casos de infração continuada, implicando quando for o caso na
suspensão das licenças municipais expedidas;
§7º - A penalidade de embargo será aplicada no caso de atividades, obras ou empreendimentos executados sem a
licença ou em desacordo com a licença concedida quando sua permanência contraria as disposições desta Lei;
§8º - As penalidades pecuniárias serão impostas pelo órgão ambiental, mediante Auto de Infração, com prazo de
30 (trinta) dias ao autuado para apresentar defesa ou pagamento, conforme procedimento desta Lei;
§9º - Nos casos de perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos, o ato declaratório de perda, restrição ou
suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou
financiamento, (devendo esta ser informada, conforme dispõe Lei Federal da Política Nacional do Meio Ambiente
Nº 6.938 de 31.08.81); que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
§10 - As penalidades previstas nos incisos V e VI deste artigo poderão ser aplicadas sem prejuízo das indicadas
nos incisos I e II do mesmo artigo.

Art. 245 - Os danos ambientais classificam-se em:


I - leve – aquele cujo efeito seja reversível de imediato ou em curto prazo;
II - grave – aquele cujo efeito seja reversível em médio prazo;
III - gravíssimo – aquele cujo efeito seja reversível em longo prazo e/ou comprometa a vida e a saúde da
comunidade.
Parágrafo Único - Para efeito do caput deste artigo, considera-se:
a) curto prazo – o equivalente a até oito dias;
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b) médio prazo – o período superior a oito dias e inferior a cento e oitenta dias;
c) longo prazo – período igual ou superior a cento e oitenta dias e comprometer a saúde e a vida da comunidade,
quando o dano ponha em risco de vida ou extinção aquela comunidade ou lhe cause conseqüências irrecuperáveis.

Art. 246 - Para a aplicação da pena e sua respectiva gradação, a autoridade ambiental observará:
I - a gravidade do fato, e as suas conseqüências danosas ao meio ambiente;
II - as circunstâncias atenuantes e agravantes do caso;
III - a reincidência ou não quanto às normas ambientais;
IV - os antecedentes do infrator.

Art. 247 - São consideradas atenuantes:


I - menor grau de escolaridade do infrator;
II - arrependimento eficaz do infrator, comprovado pela iniciativa de recuperação do dano causado, de acordo com
as normas e critérios determinados pelo órgão de fiscalização ambiental ou por técnicos especializados;
III - comunicação prévia pelo infrator de perigo iminente de degradação ambiental às autoridades competentes;
IV - a colaboração com os encarregados da vigilância e do controle ambiental;
V - ser o infrator primário e a falta cometida não causar danos permanentes ou irreversíveis ao meio ambiente.

Art. 248 - São circunstâncias agravantes:


I - a reincidência na infração ou infração continuada;
II - a falta de comunicação da ocorrência de acidente que ponha em risco o meio ambiente e a saúde pública;
III - crueldade no tratamento e na exploração do trabalho de animais;
IV - o fato de a infração ter conseqüências danosas sobre a saúde pública;
V - a comprovação de dolo direto ou eventual do infrator no cometimento da infração;
VI - a comprovação de má fé na operação de sistemas de tratamento de emissões;
VII - o cometimento da infração no intuito de auferir vantagem pecuniária;
VIII - a infração atingir áreas de proteção legal, unidades de conservação ou de preservação permanente.
IX - Desacatar ou dificultar o trabalho dos Fiscais Ambientais.
Parágrafo Único – A reincidência específica verifica-se quando o agente comete nova infração do mesmo tipo ou
outra que cause danos semelhantes a uma infração anterior, ou no caso de infração continuada poluindo ou
degradando o mesmo recurso ambiental, ar, água, solo ou subsolo poluído ou degradado pela infração anterior ou,
ainda, quando não tiver sanado a irregularidade constatada após o decurso do prazo concedido.

Art. 249 - O infrator ambiental, além das penalidades que forem impostas, ficará obrigado a reparar o dano
ambiental no prazo e demais condições exigidas pelo órgão de fiscalização ambiental.
§ 1º - Nos casos em que a infração for continuada, poderá a autoridade competente impor multa diária contada a
partir da data de sua imposição.
§ 2º - A multa diária cessará quando corrigida a irregularidade.

Art 250 - Sem prejuízo do disposto neste capítulo à autoridade ambiental, na aplicação da penalidade de multa,
levará em consideração a capacidade econômica do infrator.

Art. 251 - A pena de multa, que poderá ser aplicada isolada ou cumulativamente, com as demais penalidades,
obedecerá aos seguintes critérios:
I - infrações de natureza leve – de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais);
II- infrações de natureza grave – de 10.001 (dez mil e um reais) a 50.000,00 (cinqüenta mil reais);
III-infrações de natureza gravíssima – de 50.001,00 (cinqüenta mil e um reais) a 500.000,00(quinhentos mil reais).

Art. 252 - São infrações ambientais, entre outras previstas nesta lei ou regulamento:
I - queima de lixo e resíduos ao ar, lançamento nos recursos hídricos ou em locais proibidos.
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Pena: advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem
prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
II - emissão de sons, ruídos e vibrações acima dos limites previstos nesta Lei. Pena: advertência e, no caso de
reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou
interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento, ou da cassação do alvará de funcionamento;
III - inobservância dos padrões de qualidade do ar e da água, desde que não implique em prejuízo imediato à vida.
Pena: advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem
prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
IV - instalação de usos e atividades submetidas ao regime desta Lei, sem a competente licença da Prefeitura. Pena:
advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem
prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
V - utilizar o solo, áreas erodidas, poços e cacimbas e os corpos d’água como destino final de resíduos de uso
doméstico nas situações proibidas na lei. Pena: advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00
(cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade
ou empreendimento;
VI - impermeabilização de área que, nos termos da legislação pertinente, deva ser mantida com o solo natural no
interior dos lotes ou proceder à impermeabilização em desacordo com as exigências legais e regulamentares. Pena:
advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem
prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
VII - construção e/ou instalação de quaisquer equipamentos nos canteiros marginais dos canais e demais cursos
d’água. Pena: advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil
reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
VIII - lançamento de despejos na forma admitida em lei ou regulamentada, sem prever o sistema de dispositivos
ou pontos adequados para medição da qualidade dos efluentes. Pena: advertência e, no caso de reincidência, multa
de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da
obra, atividade ou empreendimento;
IX - danos a praças, árvores e/ou quaisquer áreas verdes. Pena: Advertência e, no caso de reincidência, multa de
R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra,
atividade ou empreendimento;
X - inexistência de esgotos sanitários e outros efluentes de natureza físico-química e orgânica, nas hipóteses
exigidas por esta Lei. Pena: advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$
10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
XI - colocação indevida de placas, publicidade ou anúncios, em locais inapropriados, sem licença ou em
desobediência às normas desta Lei. Pena: advertência e, no caso de reincidência, R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$
10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
XII - a introdução direta de esgotos sanitários e outras águas residuais nas vias públicas e/ou em galerias pluviais,
nas hipóteses exigidas por esta Lei. Pena: advertência e, no caso de reincidência, R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$
10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento;
XIII - impermeabilização do solo natural em áreas identificadas como alimentadoras dos aqüíferos, em
desobediência às taxas de permeabilidade, além de áreas contribuintes nos processos de drenagem, sobretudo
sujeitas a enchentes e alagamentos. Pena: advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 50,00 (cinqüenta
reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou
empreendimento;
XIV - uso de agrotóxicos em desobediência aos termos desta lei, bem como a publicidade e venda, comércio e
transporte sem as precauções referidas por esta Lei. Pena: advertência. No caso de reincidência, multa de R$ 50,00
(cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo da apreensão dos produtos e destruição da plantação;
XV - promover qualquer uso incompatível nas Áreas de Proteção Ambiental, como mineração, indústrias,
terraplanagem e demais usos proibitivos. Pena: advertência. No caso de reincidência, multa de R$ 50,00
(cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade
ou empreendimento;
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XVI - promover queimadas em desacordo com as normas desta Lei. Pena: advertência e multa de R$ 50,00
(cinqüenta reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade
ou empreendimento;
XVII - instalação e acionamento de incineradores domiciliares em edificações de qualquer tipo. Pena: multa de
10.001 (dez mil e um reais) a 50.000,00 (cinqüenta mil reais), sem prejuízo da correção do fato no prazo
estabelecido pela Prefeitura e, no caso de descumprimento, multa diária até a reparação do fato;
XVIII - movimentação de terras para execução de aterro, desaterro, bota-fora e exploração mineral, quando
implicarem sensível degradação do meio ambiente, sem necessária autorização da Prefeitura, ou fazê-lo em
desacordo com as suas exigências. Pena: multa de 10.001 (dez mil e um reais) a 50.000,00 (cinqüenta mil reais),
sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento e, no caso de
reincidência, a multa será duplicada, sem prejuízo da interdição definitiva;
XIX - sonegação de dados e/ou informações ou prestação de informações falsas que acarretem conseqüências
danosas ao meio ambiente e à vida. Pena: multa de 10.001 (dez mil e um reais) a 50.000,00 (cinqüenta mil reais),
sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento e, no caso de
reincidência, a multa será duplicada, sem prejuízo da interdição definitiva;
XX - lançamento de efluentes ou resíduos sólidos potencialmente poluidores nas coleções hídricas ou no solo, nas
situações proibidas por lei, ou fazê-lo em desacordo com as exigências dos órgãos competentes do Município,
Estado ou União. Pena: multa de 10.001 (dez mil e um reais) a 50.000,00 (cinqüenta mil reais), sem prejuízo do
embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento e, no caso de reincidência, a multa será
duplicada, sem prejuízo da interdição definitiva;
XXI - ações que causem morte ou ponham em risco de extinção espécies de animais e vegetais. Pena: multa de
10.001 (dez mil e um reais) a 50.000,00 (cinqüenta mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária
da obra, atividade ou empreendimento;
XXII - descumprimento das normas legais e regulamentares pertinentes às Unidades de Conservação. Pena:
advertência e, em caso de reincidência, multa de 10.001 (dez mil e um reais) a 50.000,00 (cinqüenta mil reais),
sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou empreendimento e, no caso de
reincidência, a multa será duplicada, sem prejuízo da interdição definitiva;
XXIII - construção em locais proibidos, provocando erosão ou corte de árvores sem devida licença, podas
indevidas, e ainda atos de caça e pesca em locais proibidos. Pena: multa de 10.001 (dez mil e um reais) a
50.000,00 (cinqüenta mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou
empreendimento;
XXIV - construção ou desmatamento das margens dos rios, na Faixa de Preservação Permanente, bem como nas
encostas e demais Áreas de Preservação. Pena: multa de 50.001,00(cinqüenta e um mil reais) a
500.000,00(quinhentos mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou
empreendimento;
XXV - utilização, aplicação, comercialização, manipulação e transporte de produtos químicos ou materiais de
qualquer espécie que ponham em risco a saúde ambiental e da comunidade, sem a competente licença, ou em
desacordo com as exigências legais e regulamentares. Pena: multa de 50.001,00(cinqüenta e um mil reais) a
500.000,00(quinhentos mil reais), sem prejuízo do embargo ou interdição temporária da obra, atividade ou
empreendimento.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 253 - Em caso de conflito de normas e diretrizes de âmbito federal, estadual e municipal a respeito da política
ambiental e dos recursos naturais, prevalecerão sempre às disposições de natureza mais restritivas.

Art. 254 - Os padrões de qualidade ambiental devem ser revistos e atualizados a cada cinco anos e devem ser
adaptados à realidade tecnológica, à disponibilidade de informações e ao comportamento do meio ambiente.

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Art. 255 - Os estudos ambientais e procedimentos administrativos poderão ser regulamentados por resolução do
COMDEMA.

Art. 256 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRATEÚS, EM 22 DE MARÇO DE 2012.

Carlos Felipe Saraiva Beserra


Prefeito de Crateús.

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