Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fundamentos de
Contabilidade e
Contabilidade Básica
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Fundamentos de Con-
tabilidade e Contabilidade Básica, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao
aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila
é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidiicar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eiciente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido inluencia sua vida proissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 7
FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE
1 ORIGEM, EVOLUÇÃO E DEFINIÇÃO DA CONTABILIDADE ........................................ 9
1.1 Origem e Evolução da Contabilidade ......................................................................................................................9
1.2 Deinição de Contabilidade ......................................................................................................................................10
1.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................10
1.4 Atividades Propostas...................................................................................................................................................10
CONTABILIDADE BÁSICA
9 AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................... 51
9.1 Receita ..............................................................................................................................................................................51
9.2 Despesa ...........................................................................................................................................................................51
9.3 Resultado .........................................................................................................................................................................52
9.4 Período Contábil ...........................................................................................................................................................52
9.5 Encerramento de Contas de Receita e Despesa ...............................................................................................52
9.6 Destinação do Resultado do Exercício .................................................................................................................53
9.7 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) ..............................................................................................54
9.8 Regime de Competência ...........................................................................................................................................55
9.9 Regime de Caixa............................................................................................................................................................56
9.10 Despesas a Pagar e Receitas a Receber .............................................................................................................56
9.11 Gastos que Beneiciam mais de um Exercício .................................................................................................58
9.12 Obrigações que se Transformam em Receita ..................................................................................................59
9.13 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................60
9.14 Atividades Propostas ................................................................................................................................................61
Caro(a) aluno(a),
Este material busca apresentar a você, aluno(a) do curso de Administração da Unisa, na modalidade
a distância, o conteúdo das disciplinas Fundamentos da Contabilidade e Contabilidade Básica, como parte
fundamental para o perfeito entendimento da Contabilidade.
Essas disciplinas abordam conteúdos necessários à formação do administrador.
A primeira parte desta apostila, Fundamentos da Contabilidade, fornecerá os conceitos necessários
para as tomadas de decisões dos administradores.
Nesta disciplina, veremos os conteúdos referentes aos estudos da origem e evolução, deinições,
objetivos, usuários e princípios da Contabilidade. Trabalharemos com as noções básicas, destacando a
formação patrimonial das empresas, ou seja, os bens, os direitos e as obrigações.
Complementaremos o estudo desta disciplina apresentando a formação e as variações do patrimô-
nio de uma entidade, sendo apresentados vários exemplos.
Apresentaremos, ainda, o famoso método das partidas dobradas, que será amplamente explicado
e objeto de inúmeros exercícios de ixação, pois se trata de parte fundamental para o entendimento da
disciplina. Finalizando o conteúdo, abordaremos plano de contas e balanço patrimonial.
Já na segunda parte, Contabilidade Básica, abordaremos as variações do patrimônio líquido e ope-
rações com mercadorias, nas quais estudaremos a efetiva apuração do resultado do exercício e os méto-
dos de controle de estoques e suas contabilizações.
Esta apostila tem como objetivo possibilitar que você identiique, aplique e avalie as técnicas con-
tábeis, para atingir as inalidades de organizar, gerenciar e auxiliar no processo decisório, através de in-
formações e relatório do sistema contábil. Também fornecerá informações básicas necessárias para res-
ponder com segurança a questões relacionadas a como assegurar o controle do Patrimônio da Entidade
e sobre a composição e variações patrimoniais.
Espera-se que, com ao término destes módulos, você tenha atingido os objetivos propostos para
estas disciplinas e que elas contribuam de forma signiicativa com a sua formação proissional, possibili-
tando que você possa utilizar das ferramentas contábeis para as tomadas de decisões.
Osvaldo da Silva
7
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE
ORIGEM, EVOLUÇÃO E DEFINIÇÃO DA
1 CONTABILIDADE
Olá, tudo bem? Veremos, agora, a origem e Desde Luca Pacioli (considerado o pai da
a evolução dessa ferramenta tão importante para Contabilidade) até os nossos dias, foram inúmeras
o administrador. as obras escritas sobre a área contábil, que contri-
É difícil saber quando surgiu a Contabilida- buíram para a evolução do pensamento contábil.
de. Estudos sobre as civilizações antigas mostram No Brasil, a formação de proissionais na
que a Contabilidade é tão antiga quanto o ho- área contábil iniciou-se por volta de 1754, ainda
mem e que os primeiros sinais de sua existência como colônia de Portugal, com a autorização e
datam de, aproximadamente, 4.000 anos a.C. criação do curso “Aula de Comércio” (aula tem o
signiicado de faculdade), cuja supervisão esta-
As necessidades de cada período histórico
va sob responsabilidade da Junta de Comércio
izeram com que a Contabilidade fosse se aprimo-
de Lisboa. Os formandos recebiam o nome de
rando.
quarda-livros, denominação dada na época para
os contadores.
Atenção Após o Brasil Colônia, várias escolas com
cursos na área contábil foram criadas, das quais
O desenvolvimento da Ciência Contábil foi signi- apenas a Escola do Comércio Álvares Penteado
icativamente inluenciado por fatos importan- e a Faculdade de Economia e Administração da
tes, como o surgimento da escrita, da moeda,
da prensa, o desenvolvimento da América, a in-
Universidade de São Paulo destacaram-se, pela
venção da máquina a vapor, o desenvolvimento relevante contribuição que deram para a evolu-
econômico e as transformações sociopolíticas e ção da proissão contábil em nosso país.
socioculturais de cada época.
9
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Oi, você sabe qual a deinição de Contabili- “Contabilidade é a ciência que estuda a prá-
dade? Vamos ver! tica as funções de orientação, de controle e de
Segundo Ribeiro (2011, p. 33), “Contabili- registro relativas à administração econômica.” (I
dade é uma ciência que permite, através de suas Congresso Brasileiro de Contabilidade – RJ -1914).
técnicas, manter um controle permanente do Pa-
trimônio da empresa.”
Saiba mais
1. Como sabemos, a Contabilidade é uma ferramenta que gera informações para a tomada de
decisões com base no passado. Sabendo disso, qual seria a periodicidade (trimestral, mensal,
anual) mais indicada para analisarmos os dados fornecidos por esta ferramenta? Explique.
10
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
OBJETIVOS E USUÁRIOS DA
2 CONTABILIDADE
2.1 Objetivos
Atenção
Agora que você já sabe a deinição, qual seria
o objetivo da Contabilidade? Vamos lá! O objetivo principal da Contabilidade é gerar
informações necessárias para a tomada de de-
cisões pelos usuários internos e/ou externos das
informações contábeis.
11
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
12
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
3 CONTABILIDADE
Caro(a) aluno(a), tudo bem? Neste capítulo, a inalidade prática da ixação dos cha-
vamos conhecer os princípios da Contabilidade. mados princípios contábeis é a de servir
de guia ou parâmetro para o registro de
A exemplo do que ocorre com as demais fatos e a elaboração de demonstrações
atividades, a Contabilidade também possui prin- dentro de regras uniformes que facilitem
cípios que fundamentam a execução dos traba- a função informativa da contabilidade.
lhos contábeis e que devem ser utilizados pelos
contadores, de forma a garantir que a escritura-
A proissão contábil deve observar os prin-
ção e as demonstrações contábeis, de qualquer
cípios explicados a seguir, conforme determina a
tipo de empresa, relitam de maneira adequada
Resolução nº 750, de 29 de dezembro de 1993, do
a sua situação patrimonial, inanceira e econômi-
Conselho Federal de Contabilidade (NAGATSUDA;
ca em determinado momento, possibilitando aos
TELES, 2002).
vários usuários a tomada de decisões com segu-
rança. Caso o contador não obedeça tais princí-
pios, este estará sujeito desde uma advertência Atenção
até a suspensão do exercício proissional.
A ixação dos princípios serve como guia ou pa-
Franco (1998, p. 13) airma que râmetro para o registro de fatos e a elaboração de
demonstrações dentro de regras uniformes que
facilitem a função informativa da Contabilidade.
Necessidade de diferenciar o patrimônio da buir parte para a empresa e parte para o proprie-
empresa do patrimônio dos seus sócios acionis- tário. A determinação da parcela que cabe às par-
tas ou proprietários (FERRARI, 2010). tes deverá ser feita pelo contador, com base na
Exemplo: O Senhor Patinhas, sócio da em- área utilizada pela empresa e pelo proprietário,
presa Xiririka Comércio de Alimentos, reside no como veremos a seguir.
mesmo prédio em que está locada a sede da em- Sabendo-se que a área do imóvel é de 230
presa. A empresa utiliza o andar térreo para as m e que somente 70% são utilizados pela empre-
2
suas atividades e o sócio, o andar superior como sa para execução de suas atividades, podemos
residência. Existe apenas um contrato de locação dizer que a empresa deve assumir, como despe-
do imóvel e o valor do aluguel é de $ 2.000,00 sa, apenas $ 1.400,00, conforme demonstrado a
(dois mil). seguir.
De acordo com o princípio da entidade,
não podemos considerar o total do aluguel
($ 2.000,00) como despesa da empresa, mas atri-
13
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Todos os elementos patrimoniais devem ser sações em moeda estrangeira, estas devem ser
registrados pela contabilidade, por seus valores transformadas em moeda nacional no momento
originais (valor de aquisição), expressos em moe- do seu registro contábil.
da corrente no país, incluindo-se, ainda, todos os Exemplo: A empresa Xiririka adquiriu um
gastos necessários para colocar o bem em condi- terreno no valor de $ 70.000,00 (setenta mil), onde
ções de gerar benefícios para a empresa, os quais deseja construir um novo prédio com o objeti-
podem ser presentes ou futuros. No caso de tran-
14
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
vo de expandir suas operações. Passado algum não conseguirá reverter essa perda de
tempo, a empresa recebe a informação de que, valor no futuro;
nas proximidades do terreno, será construído um quando o valor de mercado do bem é
centro empresarial, o que valorizou o imóvel em maior que o custo histórico: a princípio,
$ 30.000,00 (trinta mil). não se pode antecipar lucros futuros,
Embora o valor de mercado do terreno seja porém existe um instrumento, chama-
de $ 100.000,00 (cem mil), a contabilidade mante- do tecnicamente de reavaliação, utiliza-
rá seu valor em $ 70.000,00 (setenta mil), pois, de do somente para bens tangíveis opera-
acordo com este princípio, não podemos alterar o cionais. Nesse caso, a empresa contrata
valor desse bem que faz parte do patrimônio da três peritos ou empresa especializada,
empresa. Apesar de esta ser a regra, existem duas com o objetivo da emissão de um lau-
exceções no caso brasileiro, a saber: do de avaliação, que atestará o valor do
bem e a sua vida útil (tempo de dura-
quando o valor de mercado do bem ção) remanescente, possibilitando a al-
é menor que o custo histórico: o valor teração do valor do bem pela empresa
pode ser ajustado para o valor de mer- contratante.
cado, desde que se tenha certeza que
Diante de duas alternativas, igualmente vá- um advogado e solicita sua opinião sobre o pro-
lidas, para a quantiicação da variação patrimo- cesso. O advogado informa que existe a possibi-
nial, devemos adotar o menor valor para os bens lidade de 50% de o colaborador ganhar a causa e
ou direitos e o maior valor para as obrigações. de 50% de não receber nada. Seguindo o princí-
Exemplo: Um colaborador da empresa Xiriri- pio da prudência, o contador resolve provisionar
ka entra na justiça trabalhista pedindo $ 40.000,00 o valor de $ 40.000,00 como uma contingência
de indenização. O contador da empresa procura trabalhista (exigibilidade).
Todas as receitas e despesas devem ser re- Exemplo: A empresa Xiririka emitiu uma
gistradas de acordo com o fato gerador no perío- nota iscal de venda e entregou a mercadoria no
do de competência, independentemente de te- dia 15 de janeiro de 20XX, porém essa venda foi
rem sido recebidas (receitas) ou pagas (despesas). realizada a prazo, ou seja, o seu vencimento ocor-
Como podemos veriicar, este princípio não está rerá somente em 15 de fevereiro de 20XX. Nesse
relacionado aos recebimentos ou pagamentos, caso, devemos registrar essa venda no mês da ge-
mas ao reconhecimento das receitas geradas e ração de receita (janeiro), independentemente de
das despesas incorridas (ocorridas) em determi- o recebimento ser em outro período (fevereiro).
nado período.
15
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Neste capítulo, estudamos os princípios da Contabilidade que fundamentam a execução dos tra-
balhos contábeis e que devem ser utilizados pelos contadores, de forma a garantir que a escrituração das
demonstrações contábeis relita de maneira adequada a situação patrimonial, inanceira e econômica da
empresa.
1. Sabendo-se que a empresa XYZ utiliza somente 35% de uma área de 100 m2 para a execução
de suas atividades e que o restante é utilizado pelos sócios, qual seria o valor do aluguel que
caberia para a empresa? Valor total do aluguel $ 2.000,00.
2. Ao registrar todas as operações do mês realizadas pela empresa, você identiica a falta da conta
de luz do mês de fevereiro. Diante deste fato, qual deve ser a sua providência para a contabili-
zação do valor?
16
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
4 NOÇÕES BÁSICAS
4.1 Patrimônio
Atenção
4.2 Bens
4.3 Direitos
São todos os valores que a empresa tem prazo: duplicatas a receber, títulos a receber, alu-
para receber de terceiros, provenientes de tran- guéis a receber etc.
sações de crédito, como, por exemplo, vendas a
17
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Exemplos:
Observe que as contas que representam os “Duplicatas a receber” também pode ser denomi-
direitos estão sempre acompanhadas da expres- nada Clientes.
são ‘a receber’. É importante salientar que a conta
4.4 Obrigações
São todos os valores que a empresa tem de salários a pagar, impostos a pagar, aluguéis a pa-
pagar a terceiros, tais como: duplicatas a pagar, gar, títulos a pagar, contas a pagar etc.
Exemplos:
Observe que as contas que representam Podemos constatar que determinada obri-
as obrigações estão sempre acompanhadas da gação num patrimônio corresponde a um direito
expressão ‘a pagar’. É importante salientar que a igual em outro patrimônio e vice-versa.
conta “Duplicatas a pagar” também pode ser de-
nominada Fornecedores.
Exemplo:
18
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
Quadro 2 – Patrimônio.
BENS DIREITOS OBRIGAÇÕES
Caixa (dinheiro) Duplicatas a receber (clientes) Duplicatas a pagar (fornecedor)
Bancos: conta movimento Aluguéis a receber Aluguéis a pagar
Veículos Dividendos a receber Dividendos a pagar
Mercadorias 13º Salário a receber 13º Salário a pagar
Equipamentos Títulos a receber Títulos a pagar
Joias Salários a receber Salários a pagar
Obra de arte Impostos a pagar
Vestuário Contribuições a recolher
Maquinaria Dividendos a pagar
Imóveis
Saiba mais
Usamos duplicatas a pagar ou a receber quando realizamos operações que serão pagas ou recebidas no futuro, através
da emissão de nota iscal. Exemplos: compra ou venda de mercadorias, móveis e utensílios etc.
Já títulos a pagar ou a receber devem ser utilizados nas transações que não envolvam emissão de nota iscal, ou seja, terrenos,
imóveis etc.
Neste capítulo, estudamos a deinição de patrimônio, bens, direitos e obrigação, quebrando o pa-
radigma de que o patrimônio é composto de apenas bens.
Ainda foi possível aprender que as contas de direitos e obrigações, normalmente, são identiicadas
pela expressão “a receber” ou “a pagar” respectivamente.
Podemos ver também que uma determinada obrigação em um patrimônio representa um direito
igual em outro patrimônio e vice-versa.
Agora que inalizamos este capítulo, vamos veriicar se você ixou o conteúdo, assim, responda às
questões a seguir.
1. No plano de contas da Cia. Tico e Teco, constavam as contas a seguir relacionadas. Classiique-as
em contas de: ativo, passivo e patrimônio líquido.
Terrenos - Mercadorias - Materiais de escritório - Capital - Contas a receber - Contas a pagar
-Aluguéis a pagar - Fornecedores - Duplicatas a pagar - Veículos - Títulos a receber - Divi-
dendos a pagar - Instalações - Equipamentos - Clientes - Caixa - Almoxarifado de materiais
Máquinas - Empréstimos bancários - Móveis e utensílios - Salários a pagar - Bancos: Conta
movimento - Capital a integralizar.
19
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa 34.000,00 Contas a Pagar 20.000,00
Estoque de Mercadorias 32.000,00 Promissórias a Pagar 100.000,00
Duplicatas a Receber 6.000,00
Móveis e Utensílios 3.000,00
Veículos 25.000,00
Direitos Patrimônio Líquido
Imóveis 100.000,00 Capital 80.000,00
Clientes 22.000,00 Fornecedores 22.000,00
Total 222.000,00 Total 222.000,00
20
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5 ESTÁTICA PATRIMONIAL
Bom, agora vamos ver quais são as contas que devem ser distribuídas entre o ativo e o pas-
correspondentes aos bens, direitos e obrigações sivo da entidade.
5.1 Ativo
Corresponde aos bens e direitos que a em- direitos: títulos a receber, duplicatas a
presa possui: receber/clientes, aluguéis a receber etc.
bens: caixa (valor que está no caixa da em- As contas do ativo devem ser discriminadas
presa), bancos: conta movimento (valor no lado esquerdo do balanço patrimonial.
que está depositado nas conta-correntes
da empresa em bancos), mercadorias,
imóveis, veículos, equipamentos etc.;
5.2 Passivo
21
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Exemplo:
Ativo: bens e direitos que a empresa possui. investimentos efetuados pelos proprie-
Passivo: obrigações que a empresa tem que pagar tários em troca de ações, quotas ou ou-
a terceiros.
tras participações;
lucros acumulados da empresa.
PL: diferença entre os valores do ativo e do passivo
de uma empresa.
Saiba mais
22
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
3. Quando A = P, teremos PL = 0:
Devemos observar que as situações 4 e 5
Revela inexistência de riqueza própria. Po- apresentam uma situação líquida negativa, de-
demos citar o exemplo de uma empresa que pos- monstrando, principalmente na última, que a em-
sui bens à sua disposição que ainda não foram presa praticamente não tem condições de subsis-
pagos. tência.
23
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
24
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Caixa 42.500,00
Terrenos 5.000,00
Equipamentos 1.000,00 PL
Veículos 1.500,00 Capital 50.000,00
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Caixa 42.500,00 Fornecedores 500,00
Terrenos 5.000,00
Equipamentos 1.000,00
Veículos 1.500,00 PL
Mercadorias 500,00 Capital 50.000,00
25
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Caixa 42.500,00 Fornecedores 500,00
Terrenos 5.000,00
Equipamentos 1.000,00
Veículos 1.500,00 PL
Mercadorias 200,00 Capital 50.000,00
Clientes 300,00
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Caixa 42.400,00 Fornecedores 400,00
Terrenos 5.000,00
Equipamentos 1.000,00
Veículos 1.500,00
Mercadorias 200,00 PL
Clientes 300,00 Capital 50.000,00
26
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Caixa 42.400,00 Fornecedores 400,00
Terrenos 5.000,00
Equipamentos 1.000,00
Veículos 1.500,00
Mercadorias 200,00
Bancos 150,00
Direitos PL
Clientes 150,00 Capital 50.000,00
Saiba mais
A conta capital a integralizar ou capital a realizar são contas redutoras no patrimônio Líquido. Assim, deve aparecer no
Balanço Patrimonial de forma negativa.
Neste capítulo, estudamos as contas que devem igurar no ativo, passivo e patrimônio líquido, a
representação gráica do patrimônio, a situação líquida do patrimônio, origens e aplicações de recursos
e exemplos de formação e variações do patrimônio.
Na representação gráica foi possível ver como as contas de bens, direitos e obrigações são classii-
cadas no balanço patrimonial. Já a situação líquida do patrimônio demonstrou as possíveis situações que
o patrimônio de uma empresa pode assumir.
Ainda foi possível demonstrar as origens e aplicações de recursos, bem como exempliicar as for-
mação e variações que podem ocorrer em um patrimônio.
27
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
1. Qual das alterações a seguir é determinada pela compra de um veículo a prazo, na soma do
balanço patrimonial?
a) Aumento do ativo e diminuição do passivo.
b) Aumento do passivo e diminuição do ativo.
c) Aumento do ativo e aumento do passivo.
d) Diminuição do ativo e diminuição do passivo.
e) Não altera a soma do ativo nem a do passivo.
28
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
6 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Caro(a) aluno(a), você já ouviu falar em mé- Método universalmente aceito, criado por
todo das partidas dobradas? Não? Então vamos Luca Pacioli, no século XV, e que consiste no fato
estudar este ponto, que é crucial para o entendi- de que um débito efetuado em uma ou mais con-
mento da Contabilidade. tas deve corresponder a um crédito equivalente
em uma ou mais contas, de maneira que a soma
dos valores dos débitos seja igual à soma dos va-
lores dos créditos, conforme exemplos a seguir:
a)
Débito na conta Caixa $ 50,00
Crédito na conta Capital $ 50,00
b)
Débito na conta Mercadorias $ 10,00 $ 20,00
Débito na conta Equipamentos $ 10,00
Crédito na conta Caixa $ 20,00
c)
Débito na conta Equipamentos $ 20,00
Crédito na conta Caixa $ 10,00 $ 20,00
Crédito na conta Fornecedores $ 10,00
d)
Débito na conta Mercadorias $ 10,00
$ 30,00
Débito na conta Equipamentos $ 10,00
Débito na conta Mercadorias $ 10,00
Crédito na conta Caixa $ 20,00
$ 30,00
Crédito na conta Fornecedores $ 10,00
Atenção
29
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
6.1 Contas
Modelo de conta
Exemplos:
CAIXA
Data Operações Débito Crédito D/C Saldo
20-07-94 a Capital 17.000 D 17.000
CAPITAL
Data Operações Débito Crédito D/C Saldo
20-07-94 a Caixa 17.000 C 17.000
6.2 Livro-Razão
Ferrari (2010, p. 154) deine o razonete como por conta. Seguindo esse critério, devemos regis-
“a representação gráica de uma conta, com utili- trar na conta Caixa todos os valores correspon-
zação em ‘T’, onde do lado esquerdo é lado dos dentes às operações que a afetam, debitando-se
débitos e o lado direito é o lado dos créditos.” É ou creditando-se nesta conta, podendo a qual-
um livro obrigatório, no qual devemos agrupar os quer momento apurar o seu saldo.
valores em contas de mesma natureza e de forma O saldo de conta é a diferença entre o total
racional. dos seus débitos e o total dos seus créditos, po-
Devemos efetuar o registro, no livro-razão, dendo este ser devedor ou credor, dependendo
em contas individualizadas, para termos controle da sua natureza.
30
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
Caixa
Débito Crédito
O saldo da conta Caixa é devedor, pois
50,000,00 10.000,00
esta conta é de natureza devedora.
30.000,00 20.000,00
Observação: Todas as contas de na-
40.000,00 10.000,00
tureza devedora terão saldo devedor
(lado esquerdo).
Total 120.000,00 Total 40.000,00
Saldo 80.000,00
Duplicatas a pagar
Débito Crédito
O saldo da conta Duplicatas a pagar é
5,000,00 10.000,00
credor, pois esta conta é de natureza
3.000,00 20.000,00 credora.
4.000,00 10.000,00
Observação: Todas as contas de natu-
reza credora terão saldo credor (lado
Total 12.000,00 Total 40.000,00 direito).
Saldo 28.000,00
31
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Exemplo:
Caixa Capital
D C D C
(1) 50.000,00 50.000,00 (1)
32
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
Caixa
Data Operações Débito Crédito D/C Saldo
20-07-94 a Capital 50.000 D 50.000
Capital
Data Operações Débito Crédito D/C Saldo
20-07-94 a Caixa 50.000 C 50.000
Terrenos Caixa
D C D C
(2) 2.200,00 (1) 50.000,00 2 200,00 (2)
33
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
5. Compra de móveis e utensílios (duas mesas, quatro cadeiras, uma máquina de escrever e
uma de calcular) no valor de $ 5.000 (a prazo):
34
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
50.000,00 8.800,00
2.200,00 5.000,00
7.000,00 (7)
6.6 Diário
35
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
36
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
1. Com base no método das partidas dobradas, faça os lançamentos de forma simpliicada no diário.
a) Compra de veículos à vista, no valor de $ 1.000,00.
b) Compra de equipamentos no valor de $ 500,00, pagando 50% à vista.
c) Integralização de capital no valor de $ 20.000,00 em dinheiro.
d) Pagamento de duplicatas no valor de $ 600,00.
e) Venda de veículos a prazo, no valor de $ 500,00.
37
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
7 PLANOS DE CONTAS
7.1 Conceito
Corresponde a uma relação ordenada de como objetivo orientar o registro das operações
todas as contas utilizadas pela empresa, tendo da empresa.
7.2 Importância
É importante realçar que cada empresa tem circulante e passivo não circulante), patrimônio
as suas necessidades particulares para a coleta de líquido, contas de receita e contas de despesa.
informações para a elaboração de seus relatórios Cabe lembrar que as contas de resultado
descritivos; assim, apresentaremos um modelo (receitas e despesas) estão estruturadas numa or-
de plano de contas didático, adaptado às parti- dem bem próxima à Demonstração do Resultado
cularidades e necessidades de uma empresa cujo do Exercício (DRE), para facilitar o entendimento.
ramo de atividade poderia ser industrial, comer-
cial ou prestação de serviços ou, ainda, ativida-
de mista.
As contas estão elencadas no plano confor-
me a estrutura do balanço patrimonial, seguida
pelas contas de resultado, ou seja, ativo (ativo cir-
culante e ativo não circulante), passivo (passivo
39
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
40
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
41
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
42
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
2. Complete a frase: Todas as contas utilizadas pela contabilidade podem ser classiicadas em
________________ e de _____________.Caro(a) aluno(a), agora vamos conhecer o balanço pa-
trimonial.
43
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8 BALANÇO PATRIMONIAL
8.1 Conceito
45
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
As contas do ativo devem ser dispostas em giro da empresa.” Exemplos: caixa, bancos com
ordem decrescente do grau de liquidez. movimento etc.
46
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
47
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Segundo Ribeiro (2010), o passivo deve ser Outras obrigações: demais obrigações
classiicado como segue: de curto prazo assumidas pela empre-
sa e que não se enquadram nos outros
a) Passivo circulante subgrupos do passivo circulante;
Demonstra as dívidas com terceiros que se- Participações e destinação do lucro lí-
rão pagas em curto prazo: dívidas com fornece- quido: compromisso da empresa em
dores de mercadorias, salários a pagar, impostos a função dos lucros por ela apurados. São
pagar, empréstimos bancários a pagar, encargos obrigações que devem ser pagas a pes-
a pagar etc. soas que tenham direito à participação
nos lucros (debenturistas, empregados
Obrigações a fornecedores: obrigações etc.), bem como obrigações devidas aos
decorrentes da aquisição de mercado- proprietários em forma de juros e divi-
rias ou utilização de serviços a prazo; dendos.
Empréstimos e inanciamentos: obriga-
ções assumidas pela empresa na cap- b) Passivo não circulante
tação de recursos inanceiros, visando, Nesse grupo, podem igurar as mesmas
normalmente, a inanciar o seu capital contas de obrigações classiicadas no passivo cir-
de giro; culante, com seus respectivos subgrupos, desde
Obrigações trabalhistas: obrigações que seus vencimentos sejam após o término do
assumidas pela empresa com os gover- exercício social seguinte.
nos federal, municipal ou estadual. São Também devemos incluir um subgrupo
tributos (impostos, taxas ou contribui- próprio para as receitas diferidas, no qual igu-
ções) que a empresa deve recolher aos rarão as contas representativas das despesas ou
cofres públicos; custos correspondentes às respectivas receitas
Obrigações trabalhistas e previdenciá- recebidas antecipadamente.
rias: encargos que a empresa deve pa-
gar aos seus colaboradores ou recolher
aos cofres públicos;
48
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade
2. (FERRARI, 2010, p. 531) Marque a opção que indica conta do ativo imobilizado.
a) Obras de arte.
b) Benfeitorias em imóveis de terceiros.
c) Despesas de reorganização.
d) Ações de coligadas.
e) Empréstimos a coligadas.
49
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
CONTABILIDADE BÁSICA
AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO
9 LÍQUIDO
9.1 Receita
9.2 Despesa
juros pagos.
valor seja superior à diminuição que provoca no
PL (IUDICIBUS, 2006). Exemplos:
51
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
9.3 Resultado
Dicionário
Pelo menos uma vez por ano, a apuração Tanto as contas de receitas quanto as de
de resultados deve ser efetuada. Para tanto, deve- despesas só poderão conter registros para um
-se efetuar a transferência do saldo das contas de ano ou período menor, conforme a duração do
receitas e de despesas para a conta denominada período contábil, signiicando que estas deverão
Resultado do exercício. possuir saldo zero no início dos períodos.
52
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Saiba mais
A apuração do resultado deve ocorrer pelo menos uma vez a cada mês, pois assim o administrador terá melhores
condições para a tomada de decisão.
Caso o total dos créditos da conta Resulta- São duas as destinações do resultado
do do exercício seja superior ao total dos débitos, do exercício: reservas e dividendos;
teremos um lucro líquido; se, ao contrário, o to- c) reservas: as reservas que correspon-
tal dos débitos for maior que o total dos créditos, dem às destinações do resultado do
chegaremos a um prejuízo. Após apurar o resulta- exercício são as reservas de lucro;
do do exercício, o procedimento será como segue d) dividendos: corresponde à parte que
(RIBEIRO, 2010): deverá ser distribuída aos acionistas.
a) prejuízo: se o resultado for prejuízo, As Sociedades por Ações (S/A) são obri-
basta debitar a conta Prejuízos acumu- gadas a distribuir, anualmente, divi-
lados e creditar a conta Resultado do dendos aos seus acionistas, sendo que
exercício; o critério para essa distribuição deve
constar do estatuto da empresa, con-
b) lucro: se o resultado for lucro, este de-
forme determina a lei. Dessa forma, o
verá ser totalmente destinado a cobrir
percentual e a base sobre os quais serão
prejuízos dos exercícios anteriores, à
calculados os dividendos poderão ser
constituição de reservas e à distribuição
diferentes em cada companhia. Caso,
aos acionistas em forma de dividendos.
no estatuto da empresa, não conste os
Antes de dar a devida destinação do lu- critérios para distribuição, os acionistas
cro líquido do exercício, deve-se trans- terão direito de receber 50% do lucro
ferir o saldo credor da conta Resultado líquido. Já para as demais sociedades, a
do exercício para a conta Lucros acu- percentagem do lucro líquido que de-
mulados. Está é uma conta transitória, verá ser distribuída aos sócios, se não
tendo por inalidade receber a crédito o constar do contrato social, será decidi-
lucro líquido apurado no exercício e dar da pelos próprios sócios.
a ele as devidas destinações.
Exemplo: Suponhamos que, no estatu-
Suponhamos que a empresa apresen- to de uma determinada empresa, cons-
te a conta Resultado do exercício com te que o lucro líquido apurado em cada
o saldo credor de $ 80.000, relativo ao exercício deve ser destinado da seguin-
lucro líquido do exercício. te forma: 5% para reserva legal, 15%
Faremos: para reserva de investimentos e o res-
tante para os acionistas. Considerando
Resultado do exercício que o lucro líquido da empresa tenha
sido de $ 80.000,00, veja como icarão
a Lucros acumulados
os cálculos e a contabilização:
Lucro líquido apurado 80.000,00
53
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Cálculos:
Lucro líquido do exercício ........................................................ 80.000
(-) 5% para reserva legal ......................................................... (4.000)
(=) Base de cálculo da reserva para investimentos ................ 76.000
(-) 15% para reserva para investimentos ................................ (11.400)
(=) Saldo para dividendos ....................................................... 64.600
Contabilizações das destinações do lucro líquido:
Lucros acumulados
a Diversos
Pela destinação do lucro líquido etc., como segue:
a Reserva legal
Conforme disposição legal ............................................ 4.000
a Reserva para investimentos
Conforme disposição estatutária etc. ............................ 11.400
a Dividendos a pagar
Conforme disposição estatutária etc. ............................ 64.600
Tem como objetivo demonstrar detalhada- ( = ) Receita líquida das vendas e serviços
mente as receitas e despesas que foram utilizadas ( - ) Custo das mercadorias vendidas e ser-
para a apuração do lucro ou prejuízo do exercício. viços
Assim, podemos airmar que, para a apuração do ( = ) Lucro bruto (ou prejuízo bruto)
lucro ou prejuízo de um exercício, não basta so-
( - ) Despesas operacionais
mente a conta de resultado, também é necessária
a DRE. ( - ) Administrativas
( - ) Vendas
Demonstração de Resultado do Exercício (+/-) Resultado inanceiro líquido (despe-
sas inanceiras menos receitas inanceiras)
Receita bruta das vendas e serviços (+/-) Outras receitas e despesas operacio-
( - ) Deduções das vendas nais
( - ) Devoluções de vendas ( = ) Lucro operacional (ou prejuízo ope-
racional)
( - ) Abatimentos sobre vendas
(+/-) Resultados não operacionais
( - ) Imposto sobre Circulação de Mercado-
rias e Serviços (ICMS) ( + ) Receitas não operacionais
( - ) Imposto sobre Serviços de Qualquer ( - ) Despesas não operacionais
Natureza (ISS) ( = ) Lucro (ou prejuízo) antes do impos-
( - ) Programa de Integração Social (PIS) to de renda e contribuição social
( - ) Contribuição para o Financiamento da ( - ) Provisão para o imposto de renda e
Seguridade Social (COFINS) contribuição social
54
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Exemplo:
Demonstração de Resultado do Exercício – Xiririka – 31.12.X1
Receita bruta das vendas e serviços $ 680.000
(-) Deduções das vendas $ (133.880)
( - ) Devoluções de vendas $ (9.000)
( - ) Abatimentos sobre vendas $ (5.000)
( - ) ICMS sobre vendas $ (119.880)
(=) Receita líquida das vendas e serviços $ 546.120
(-) Custos das mercadorias vendidas e serviços $(236.000)
(=) Lucro bruto $ 310.120
(-) Despesas operacionais $ (48.520)
(-) Administrativas $ (20.000)
(-) Vendas $ (21.020)
(+/-) Resultado inanceiro líquido $ (7.500)
(=) Lucro operacional $ 261.600
(+/-) Resultados não operacionais $ 3.300
( + ) Receitas não operacionais $ 9.500
( - ) Despesas não operacionais $ (6.200)
(=) Lucro antes do imposto de renda e contribuição social $ 264.900
(-) Provisão para imposto de renda e contribuição social $ (63.576)
(=) Lucro depois do imposto de renda e contribuição social $ 201.324
(-) Participações $ 0
(=) Lucro líquido $ 201.324
55
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Despesa a pagar => o fato gerador ocorreu dentro do período contábil, mas ainda não foi paga;
Receita a receber => o fato gerador ocorreu dentro do período contábil, mas ainda não foi recebida.
Receita a receber
É a prestação de um serviço que não foi faturado ao destinatário e, consequentemente, não foi
recebido, mas que deverá ser registrada através de uma partida de diário de ajuste.
Valor dos serviços prestados, neste período, ainda não faturados $ 10.000
56
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Contas a receber
a Serviços a faturar
Despesa a pagar
Normalmente, a folha de pagamento de uma empresa é paga no início do mês seguinte; apesar
disso, a despesa deve ser atribuída ao mês vencido, porque o fato gerador da despesa de salários é o ser-
viço prestado pelos funcionários naquele mês. A seguinte partida de ajuste deverá ser feita:
Despesas de salários
a Salários a pagar (conta de passivo)
Quando a folha de pagamento for paga no período seguinte, a partida de diário será feita na forma
a seguir:
Salários a pagar
a Caixa
Destacamos que este ajuste também poderá ocorrer com outras despesas, como: aluguéis, impos-
tos e taxas, energia elétrica, juros etc.
57
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Corresponde aos gastos que estamos con- 1. quando das compras: contabiliza-se
tratando/pagando num período, mas que serão em conta de ativo o valor total das
utilizados nos períodos seguintes. Nesse caso, compras;
debita-se uma conta do ativo, sendo que, ao inal 2. quando são consumidos: contabiliza-
de cada período, é necessário determinar qual foi -se como despesa o valor utilizado no
a parcela usada, considerando-a como despesa. período.
58
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
compondo o ativo ixo que não se destina à ven- Apropriação como despesa:
da (imóveis, veículos, equipamentos etc.). 600.000 / 10 = 60.000 por ano
Todos os bens do ativo ixo possuem um 60.000 / 12 = 5.000 por mês
tempo de vida útil limitado e estimável, que ser-
virá de base para o rateio da despesa naquele es-
paço de tempo. Esse ajuste e o de outras apropriações po-
A distribuição da despesa, por vários perío- derão ser mensais, mesmo quando o exercício for
dos contábeis, do valor do ativo é feita pelo pro- anual.
cedimento contábil denominado depreciação.
Taxas de depreciação: Debita-se
Despesa de depreciação / Equipamentos
25% ao ano para veículos para trans- (despesa);
porte de mercadorias (vida útil quatro Credita-se
anos);
20% ao ano para veículos em geral (vida
Depreciação acumulada / Equipamentos
(retiicadora do ativo equipamento).
útil cinco anos);
20% ao ano para computadores (vida
Em 31/12/2004:
útil cinco anos);
10% ao ano para máquinas e equipa-
Despesas de depreciação / Equipamen-
tos
mentos (vida útil dez anos);
10% ao ano para móveis e utensílios
a Depreciação acumulada / Equipamen-
tos
(vida útil dez anos);
10% ao ano para instalações (vida útil
dez anos); Depreciação do equipamento para o ano
anos);
O lançamento de ajuste correspondente à
Observação: O terreno é considerado
depreciação de qualquer item do ativo e deverá
não depreciado.
cessar a partir do momento que o saldo da con-
ta Depreciação acumulada igualar-se ao valor do
Exemplo: item do ativo, objeto da depreciação, pois já terá
Equipamento no valor de $ 600.000 com sido apropriado o total de seu custo.
vida útil de 10 anos:
59
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Exemplo:
A empresa Xiririka recebe $ 230.000 antecipadamente para prestar serviços futuros. Nesse caso, o
recebimento beneiciará mais de um período contábil, devendo ser creditado em uma conta do passivo:
No recebimento:
No inal do período:
60
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Agora que inalizamos este capítulo, vamos veriicar se você ixou o conteúdo, assim, responda às
questões.
2. (IUDICIBUS, 2006, p. 101) Os trabalhadores da Cia. ABC trabalharam normalmente na empresa du-
rante o mês de março de X2. Eles receberam seu pagamento no dia 5/4/X2. Qual a consequência
de a empresa registrar esse fato na base de caixa, ao invés de no regime de competência, nas
demonstrações contábeis elaboradas em março/X2?
a) Aumento do passivo.
b) Aumento do ativo.
c) Aumento das despesas.
d) Redução das despesas e do passivo.
e) Diminuição no lucro ou redução do prejuízo.
3. (IUDICIBUS, 2006, p. 102) A Comercial de Brinquedos Brink Sempre Ltda. fez assinatura de jor-
nais e revistas pelo período de um ano, tendo pago no ato (1/5/X1) o valor de $ 3.000. A conse-
quência dessa operação, por ocasião do encerramento do exercício, em 31/12/X1, é:
a) Uma despesa de $ 3.000.
b) Uma receita de $ 2.000.
c) Um passivo de $ 1.000.
d) Uma despesa antecipada (ativo) de $ 1.000 e uma despesa de $ 2.000.
e) Uma despesa antecipada (ativo) de $ 3.000.
61
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
Exemplo:
Estoque (valor inicial) 5 x 10.000,00 = 50.000,00
Compra 3 x 12.000,00 = 36.000,00
Venda (do lote inicial) 2 x 11.000,00 = 22.000,00
63
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Data Quant. Valor Total Quant. Valor Total Quant. Valor Total
Unitário Unitário Unitário
01/09 5 10.000 50.000
5 10.000 50.000
02/09 3 12.000 36.000 3 12.000 36.000
8 86.000
03/09 1 10.000 10.000 4 10.000 40.000
1 12.000 12.000 2 12.000 24.000
2 22.000 6 64.000
&ŽŶƚĞ͗/ƵĚŝĐŝďƵƐ;ϭϵϵϴͿ͘
Fonte: Iudicibus (2006).
PEPS ou FIFO
Neste critério, sempre que ocorrer uma venda, a baixa será com base no(s) valor(es) unitário(s)
da(s) primeira(s) compra(s). Dessa forma, a empresa atribuirá às mercadorias em estoque os custos mais
recentes (IUDICIBUS, 2006).
Exemplo:
Estoque inicial 30 unidades a 40.000 cada = 1.200.000
2/9 - Compra de 10 unidades por $ 42.000 cada.
3/9 - Venda de 03 unidades por $ 50.000 cada.
4/9 - Venda de 28 unidades por $ 45.000 cada.
5/9 - Compra de 05 unidades por $ 41.000 cada.
6/9 - Venda de 10 unidades por $ 48.000 cada.
64
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Data Quant. Valor Total Quant. Valor Total Quant. Valor Total
Unitário Unitário Unitário
01/09 30 40.000 1.200.000
30 40.000 1.200.000
02/09 10 42.000 420.000 10 42.000 420.000
3 40.000 120.000 27 40.000 1.080.000
03/09 10 42.000 420.000
27 40.000 1.080.000
04/09 1 42.000 42.000 9 42.000 378.000
9 42.000 378.000
05/09 5 41.000 205.000 5 41.000 205.000
9 42.000 378.000
06/09 1 41.000 41.000 4 41.000 164.000
&ŽŶƚĞ͗/ƵĚŝĐŝďƵƐ;ϭϵϵϴͿ͘
Fonte: Iudicibus (2006).
Este critério nos fornece um valor de estoque baseado nas compras mais recentes e o do CMV, nas
mais antigas.
UEPS ou LIFO
Neste método, é feito o contrário do sistema anterior, dando-se baixa da(s) venda(s) com base no(s)
valor(es) unitário(s) da(s) última(s) compra(s). Dessa forma, a empresa atribuirá às suas mercadorias em
estoque os custos mais antigos (IUDICIBUS, 2006).
65
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Exemplo:
Usando a mesma movimentação do exemplo anterior teríamos:
Data Quant. Valor Total Quant. Valor Total Quant. Valor Total
Unitário Unitário Unitário
01/09 30 40.000 1.200.000
30 40.000 1.200.000
02/09 10 42.000 420.000
10 42.000 420.000
30 40.000 1.200.000
03/09 3 42.000 126.000 7 42.000 294.000
04/09 7 42.000 294.000
21 40.000 840.000 9 40.000 360.000
9 40.000 360.000
05/09 5 41.000 205.000
5 41.000 205.000
5 41.000 205.000
06/09 5 40.000 200.000 4 40.000 160.000
&ŽŶƚĞ͗/ƵĚŝĐŝďƵƐ;ϭϵϵϴͿ͘
Fonte: Iudicibus (2006).
Tendo como objetivo eliminar o controle de preços por lotes, como no PEPS e UEPS, e para fugir
aos extremos, devemos efetuar as baixas com base no custo médio, que é bastante amplo, podendo ser
a média das compras do período ou só do último mês (IUDICIBUS, 2006).
Dessa forma, a empresa atribuirá às suas mercadorias em estoque o custo pela média dos valores
de aquisição atualizados a cada compra efetuada.
66
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Exemplo:
Usando a mesma movimentação dos exemplos anteriores teríamos:
Data Quant. Valor Total Quant. Valor Total Quant. Valor Total
Unitário Unitário Unitário
01/09 30 40.000 1.200.000
02/09 10 42.000 420.000 40 40.500 1.620.000
03/09 3 40.500 121.500 37 40.500 1.498.500
04/09 28 40.500 1.134.000 9 40.500 364.500
05/09 5 41.000 205.000 14 40.678 569.500
06/09 10 40.678 406.780 4 40.678 162.720
&ŽŶƚĞ͗/ƵĚŝĐŝďƵƐ;ϭϵϵϴͿ͘
Fonte: Iudicibus (2006).
67
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Atenção
O Fisco, atualmente, não permite o uso do UEPS nem, em geral, do preço médio ixo anual no Brasil, para ins de
apuração de resultado. Nada impede, porém, seu uso apenas para efeitos internos na empresa. Nosso Fisco só aceita
o PEPS e o preço médio ponderado móvel (calculado, no máximo, a cada 30 dias).
Vale ressaltar que o critério mais aconselhável dos três é o custo médio, pois demonstra maior
realidade nos custos, no lucro e no estoque inal.
Para encontrar o valor do CMV, podemos Dessa forma, após cada operação de venda
utilizar o inventário periódico ou o inventário per- e sua contabilização, teremos a conta de vendas
manente, os quais estudaremos a seguir. atualizada, a de CMV com o total do custo acu-
mulado até a data e a de Mercadorias reletindo
Inventário Permanente o valor exato do estoque.
Exemplos:
Quando controlamos de forma contínua o
Se uma empresa possui estoque de merca-
estoque de mercadorias, dando baixa em cada
dorias no valor de $ 15.000,00 e vende a metade
venda pelo CMV.
dele por $ 10.000,00 a prazo, teremos:
CMV
e
D C
(b) 7.500,00
Custo das mercadorias vendidas (conta
de despesa) Clientes
a Mercadorias (pelo valor do custo das D C
mercadorias vendidas) (a) 10.000,00
68
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Mercadorias Em 02/06:
a) Caixa a Vendas
D C
8.000,00 (valor da venda)
15.000,00 7.500,00
(a) 6.000,00
Saldo 13.500,00 b) CMV a Mercadorias
6.000,00 (valor do custo)
Vendas
D C Em 03/06:
(a) 10.000,00 10.000,00 c) Mercadorias a Caixa 4.000,00
D C
7.500,00 7.500,00 (c) e) CMV a Mercadorias 6.000,00
D C
g) Resultado a CMV 12.000,00
6.000,00 (a)
Mercadorias
Resultado
D C
D C
(EI) 10.000,00 6.000,00 (b)
7.500,00 10.000,00 (b)
© 4.000,00 6.000,00 (e)
2.500,00
14.000,00 12.000,00
12.000,00
O encerramento se faz, normalmente,
com a transferência das contas de Vendas e CMV Vendas
para Resultado.
D C
8.000,00 (a)
8.500,00 (d)
16.500,00 16.500,00
69
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Se tivéssemos:
Total das mercadorias disponíveis para venda no período = total das compras = $ 100.000,00
CMV = $ 100.000,00 - $ 30.000,00 = $ 70.000,00
70
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Para a empresa Xiririka, utilizando os mesmos dados anteriores, poderíamos fazer a seguinte DRE
na forma dedutiva:
Contabilização:
No caso do inventário periódico, é importante sabermos que, para a apuração do RCM, precisamos
do levantamento físico do estoque, o que, portanto, nos oferece uma informação extracontábil. Ao es-
tarmos de posse desse dado, podemos apurar RCM e CMV apenas por meio de aplicação das fórmulas:
CMV = EI + C - EF
RCM = V - CMV
onde
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final
V = Vendas
Devemos ter em mente que, além das fórmulas, é necessário que contabilizemos essa apuração
de RCM, pois a conta Estoque de mercadorias precisa ter o seu saldo correto, com o valor do estoque no
último dia do período, para apresentação em balanço.
71
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Clientes
Compras
D C
a Fornecedores (ou Caixa)
90.000,00
Mercadorias
D C
60.000,00
72
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Devoluções e abatimentos:
Para o vendedor:
Devolução:
Devoluções de vendas
a Caixa (ou Clientes)
e
Mercadorias
a CMV (pelo retorno das mercadorias – custo)
Abatimento:
Abatimentos sobre vendas
Caixa (ou clientes)
73
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
No inal do período:
Vendas
a Diversos
a Devoluções de vendas
a Abatimentos sobre vendas
Vendas 112.000
Menos:
Devoluções 3.000
Abatimentos 2.000 (5.000)
Vendas líquidas 107.000
( - ) CMV (85.000)
RCM 22.000
Para o comprador:
Na devolução:
Fornecedores (ou Caixa)
a Devoluções de compras
No abatimento:
Caixa (ou Fornecedores)
a Abatimentos sobre compras
No inal do período:
Transferir os saldos destas contas para a conta Compras (inventário periódico) ou para a conta
Mercadoria (inventário permanente):
Diversos
a Compras ou Mercadorias
Devoluções de compras
Abatimentos sobre compras
74
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Vendas 112.000
Menos:
Devoluções 3.000
Abatimentos 2.000 (5.000)
Vendas líquidas 107.000
( - ) CMV
Estoque inicial 15.000
( + ) Compras 91.000
Menos:
Devoluções 4.500
Abatimentos 2.500 (7.000) 84.000 => compras líquidas
Mercadorias disp. período 99.000
( - ) Estoque inal (14.000) (85.000)
Lucro bruto 22.000
Descontos comerciais => Concedidos após a venda, em função de avaria ou motivo des-
coberto a posteriori (o valor a ser contabilizado será o líquido);
Atenção: As contas Devoluções de compras e Abatimentos devem ser registradas nas ichas de
estoque (inventário permanente).
Inventário periódico:
Gastos com transportes em compras
a Caixa (ou Contas a pagar)
Observação: No encerramento, esta conta aumentará o saldo de Compras.
Inventário permanente:
Mercadorias
a Gastos com transportes em compras
75
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
(-) CMV
Estoque inicial 18.000
(+) Compras 135.000
(+) Transporte 3.500
Soma 138.500
( - ) Devoluções e abatimentos (7.000) 131.500
Mercadorias disp. p/ vendas 149.500
( - ) Estoque inal (9.000) 140.500 = CMV
Observação: O valor do gasto com transporte de compras deve ser registrado na icha de estoque
(inventário permanente).
No caso das despesas com transportes nas vendas, estas devem ser lançadas como despesas
normais do período, que serão computadas na apuração do resultado líquido (não são registradas nas
ichas de estoque).
Descontos inanceiros:
Prêmios oferecidos pelo vendedor ao comprador, por um pagamento antecipado de dívidas assu-
midas com transação de mercadorias.
Exemplo:
Valor da duplicata $ 10.000,00
Prazo de pagto. 60 dias
Desconto 5% para pagto. em 30 dias
No comprador:
Fornecedor
a Diversos
a Caixa 9.500
a Descontos inanceiros obtidos 500 10.000
No vendedor:
Diversos
a Clientes
Caixa 9.500
Descontos inanceiros concedidos 500 10.000
Demonstração dedutiva:
76
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Contabilidade Básica
Vendas 10.000
(-) Custos mercadorias vendidas (7.000)
Lucro bruto 3.000
(+) Descontos inanceiros obtidos 340
Soma 3.340
Menos
Descontos inanceiros concedidos ( 50 )
Despesas diversas ( 190 ) (240)
Lucro líquido 3.100
Atenção
Consiste na diferença total das receitas obtidas pelas vendas e o custo dessas mercadorias que foram vendidas, não se
levando em consideração as demais receitas e despesas da empresa, como receitas de juros, despesas com aluguéis,
salários, impostos etc.; estas aparecem quando se deseja conhecer o resultado líquido do exercício.
Apuração do RCM
Para apurarmos o RCM, abrimos a conta Resultado com mercadorias, para a qual transferimos os
valores das vendas do período e do custo das mercadorias Vendidas, ambos extraídos das contas de
mesmo nome:
Após estes lançamentos, bastaria transferirmos para Resultado do período / Exercício o valor do RCM.
No caso presente, que é lucro, teremos:
77
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
Como podemos veriicar, a conta RCM foi encerrada com a transferência de seu saldo para a conta
Resultado do período/Exercício, para a qual também serão transferidas as demais receitas e despesas
para a apuração do resultado inal do período.
Neste capítulo estudamos as operações com mercadorias, ou seja, a atribuição de preços aos inven-
tários através dos critérios de avaliação dos estoques pelo preço especíico, PEPS, UEPS e média pondera-
da móvel, com as devidas explicações das ichas de controle de estoques.
Também vimos como proceder para a contabilização através do inventário permanente, onde con-
trolamos de forma contínua o estoque de mercadorias, dando baixa em cada venda pelo Custo da Mer-
cadoria Vendida e inventário periódico, onde efetuamos as vendas sem um controle paralelo e concomi-
tante do nosso estoque, portando, sem controlar o CMV.
1. (IUDICIBUS, 2006) Calcule o lucro líquido de uma empresa que apresenta os seguintes registros
contábeis em seu movimento mercantil: Estoque inicial, $ 1.200; Compras, $ 1.500; Devolução
de vendas, $100; Estoque inal, $ 1.400; Devolução de compras, $ 200; Vendas, $ 1.600; Despe-
sas administrativas, $ 40; Despesas inanceiras, $ 60.
2. (IUDICIBUS, 2006) Identiicar o lucro bruto, sabendo-se que, ao inal do exercício, foram apura-
dos os seguintes saldos nos registros contábeis de uma empresa que exerce “controle perma-
nente” dos estoques: Estoque inicial $ 100; Estoque inal $200; Custo das mercadorias vendidas
$ 300; Vendas $ 500.
78
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
Para que as empresas sobrevivam e tenham sucesso nos mercados em que estão inseridas, vimos
que se faz necessário o uso, pelos administrados, desta ferramenta tão importante para a tomada de
decisão.
Demonstramos, aqui, que os empresários e administradores devem estar atentos às informações
fornecidas pela Contabilidade, com o objetivo de tomar decisões visando ao futuro.
A elaboração das peças contábeis é de suma importância para avaliar os resultados alcançados,
possibilitando que os administradores tenham uma visão do patrimônio da empresa e permitindo que
este faça os ajustes necessários, se for o caso, para que a empresa continue prosperando.
Destacamos que a combinação de uma administração eiciente e eicaz com o uso adequado da
Contabilidade é de suma importância para aqueles que desejam prosperar em um ambiente cada vez
mais competitivo.
79
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
CAPíTULO 1
1. A periodicidade mais indicada seria a mensal, pois assim nós, como administradores, podería-
mos tomar melhores decisões para os próximos períodos, ou seja, se, no inal do mês, perceber-
mos um prejuízo, tomaríamos as decisões necessárias para reverter a situação.
CAPíTULO 2
CAPíTULO 3
1. O valor a ser pago pela empresa seria $ 700,00, ou seja, apenas 35% do valor do aluguel, pois
o restante deve ser pago pelos sócios, uma vez que são estes que utilizam os 65% restantes.
2. A contabilização deve ser feita pelo valor do mês de janeiro, sendo que, ao localizar a conta do
mês de fevereiro, deve-se providenciar os devidos acertos.
CAPíTULO 4
81
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
2.
Resposta:
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa 34.000,00 Contas a Pagar 20.000,00
Estoque de Mercadorias 32.000,00 Promissórias a Pagar 100.000,00
Imóveis 100.000,00 Fornecedores 22.000,00
Móveis e Utensílios 3.000,00
Veículos 25.000,00
Direitos Patrimônio Líquido
Duplicatas a Receber 6.000,00 Capital 80.000,00
Clientes 22.000,00
Total 222.000,00 Total 222.000,00
Perceba que no ativo a conta imóveis estava incorretamente em direitos, quando o correto é
estar em bens.
CAPíTULO 5
CAPíTULO 6
a) D – Veículos
C – Caixa $ 1.000,00
Debitamos $ 1.000,000 em Veículos, pois está entrando um bem para o patrimônio (ativo);
Creditamos $ 1.000,00 em Caixa, pois está saindo um bem do patrimônio (ativo).
b) D – Equipamentos
C – Diversos
C – Caixa $ 250,00
C – Duplicatas a pagar $ 250,00 $ 500,00
82
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Fundamentos de Contabilidade e Contabilidade Básica
Debitamos $ 500,00 em Equipamentos, pois está entrando um bem para o patrimônio (ati-
vo);
Creditamos $ 250,00 no Caixa, pois está saindo um bem do patrimônio (ativo);
Creditamos $ 250,00 em Duplicatas a pagar, pois estamos contraindo uma obrigação (pas-
sivo).
c) D – Caixa
C – Capital
Debitamos $ 20.000,00 no Caixa, pois está entrando recurso no patrimônio (ativo);
Creditamos $ 20.000,00 no Capital, pois a empresa tem uma obrigação para com os só-
cios, ou seja, gerir o dinheiro para proporcionar lucro (PL).
d) D – Duplicatas de Pagar
C - Caixa
Debitamos $ 600,00 em Duplicatas a pagar, pois estamos pagando uma obrigação (passi-
vo)
Creditamos $ 60,00 no Caixa, pois está saindo um recurso do patrimônio (ativo)
e) Venda de veículos a prazo, no valor de $ 500,00
D – Títulos a receber
C – Veículos
Debitamos $ 500,00 em Títulos a receber, pois estamos adquirindo o direito de receber
um título (Ativo);
Creditamos $ em Veículos, pois está saindo um recurso do patrimônio (ativo).
CAPíTULO 7
1. Orientar o registro das operações da empresa, pois, com o plano de contas, icam mais fáceis e
padronizadas as contabilizações.
2. Todas as contas utilizadas pela contabilidade podem ser classiicadas em patrimoniais e de
resultado
CAPíTULO 8
1. Alternativa E, pois as demais contas pertencem ao ativo ou ao passivo, como segue: ativo: Mer-
cadorias, Participações em coligadas e Aplicações inanceiras; passivo: Financiamentos.
CAPíTULO 9
1. Lucro de $6.000,00, pois, no regime de caixa, devemos contabilizar como receita e despesa
apenas os valores efetivamente pago e recebidos ($ 12.000) e pagos ($ 6.000).
2. Alternativa D, pois, ao contabilizar pelo regime de caixa, a empresa deixou de efetuar a conta-
bilização no inal do mês de março, ou seja, não contabilizou a despesa de salários (despesa)
nem os salários a pagar (passivo).
83
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Osvaldo da Silva
CAPíTULO 10
84
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
REFERÊNCIAS
FERRARI, E. L. Contabilidade geral: teoria e 1.000 questões. 26. ed. rev. Niterói: Impetus, 2010.
IUDICIBUS, S. (Coord.). Contabilidade introdutória. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
NAGATSUKA, D. A. S.; TELES, E. L. Manual de contabilidade introdutória. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2002.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade comercial fácil. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
85
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br