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CONTABILIDADE COMERCIAL
SUMÁRIO
1 – REVISÃO DE CONCEITOS E A CONTABILIDADE COMERCIAL E SUA
APLICAÇÃO ........................................................................................................................................... 5
1.1 - ATRIBUTO DA CONTABILIDADE ........................................................................................ 5
1.2 - PATRIMÔNIO ............................................................................................................................... 5
1.3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ............................................................................................... 5
1.4 - ESCRITURAÇÃO ........................................................................................................................ 6
1.5 - CONTAS ......................................................................................................................................... 6
1.6 - LANÇAMENTOS ......................................................................................................................... 8
1.7 - RAZONETE ................................................................................................................................... 9
1.8 - BALANCETE ................................................................................................................................ 9
1.9 – BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................................................................10
1.10 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................11
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6 – FOLHA DE PAGAMENTO........................................................................................................49
6.1 - CÁLCULO DE FOLHA DE PAGAMENTO ........................................................................49
6.1.1 - VALOR BRUTO DOS SALÁRIOS ............................................................................................ 49
6.1.2 - PREVIDÊNCIA SOCIAL – INSS ................................................................................................. 49
6.1.3 - FGTS (FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO) ........................................ 50
6.1.4 - IRF – (IMPOSTO DE RENDA NA FONTE) ............................................................................ 50
6.1.5 - SALÁRIO-FAMÍLIA ........................................................................................................................... 51
6.2 - CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ......................................................52
6.3 - PROVISÃO PARA 13º SALÁRIO .........................................................................................54
6.3.1 - CONTABILIZAÇÃO DO 13º SALÁRIO SOMENTE POR OCASIÃO DO
PAGAMENTO ..................................................................................................................................................... 54
6.3.2 - PROCEDIMENTOS PARA CONSTITUIÇÃO DA PROVISÃO .................................... 54
6.3.4 - EXEMPLO .............................................................................................................................................. 55
6.4 - PROVISÃO PARA FÉRIAS ....................................................................................................56
6.4.1 - DETERMINAÇÃO DOS VALORES E LIMITE DA PROVISÃO .................................. 57
7.4.2 - CONTABILIZAÇÃO .......................................................................................................................... 58
6.4.3 - CONTABILIZAÇÃO DO PAGAMENTO DAS FÉRIAS ................................................... 59
7 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS.................................................................................................60
7.1 - MOVIMENTAÇÃO DO CAIXA ...............................................................................................60
7.1.1 - AUMENTAM O SALDO DE CAIXA ........................................................................................... 60
7.1.2 - DIMINUEM O SALDO DE CAIXA............................................................................................... 60
7.1.3 - NÃO AFETAM O CAIXA ................................................................................................................. 61
7.2 - APLICAÇÕES DE SOBRAS DE CAIXA ............................................................................61
7.2.1 - CONTABILIZAÇÃO .......................................................................................................................... 61
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BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................64
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1.2 - PATRIMÔNIO
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa.
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1.4 - ESCRITURAÇÃO
Escrituração consiste em registrar no livros próprios (Diário, Razão, Caixa e
Contas Correntes) todos os fatos que provocam modificações do Patrimônio da
empresa.
1.5 - CONTAS
Conta é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos,
obrigações e patrimônio líquido) e aos elementos de resultado (despesas e
receitas).
Exemplos:
Bens: Caixa, Bancos, Veículos, Mobiliário, imóveis etc.;
Direitos: Contas a receber etc.;
Obrigações: Fornecedores, Contas a Pagar etc.;
Patrimônio Líquido: Capital, Lucro ou Prejuízo etc.;
Despesas: Água, Luz, Material de Limpeza, Salários etc.;
Receitas: Vendas de mercadorias, Receitas de serviços etc.
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Vejamos,
amos, de forma simplificada, a maneira mais comum de se iniciar uma
codificação:
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1. Ativo
1.1 Ativo Circulante
1.1.1 Disponibilidades
1.1.1.1 Caixa Geral
1.1.1.1.1 Caixa da Matriz
1.1.1.1.2 Caixa da Filial
1.6 - LANÇAMENTOS
Lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração.
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É composto por:
Local e data
Conta a ser debitada
Conta a ser creditada
Histórico
Valor
1.7 - RAZONETE
Razonete nada mais é do que um razão simplificado e é representado pela
figura de um “T”.
Nome da Conta
D C
1.8 - BALANCETE
Balancete é um conjunto de contas extraídas do livro razão, com seus
respectivos saldos devedores ou credores.
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ATIVO
No Ativo, as contas representativas dos bens e direitos são dispostas em
ordem decrescente de liquidez1 dos elementos nelas registrados, em dois
grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
PASSIVO
No Passivo, são evidenciadas as obrigações (capital de terceiros) e o
Patrimônio Líquido (capital próprio).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido é a parte do Balanço Patrimonial que corresponde ao
capital próprio. Representa os recursos dos proprietários (titulares, sócios ou
acionistas) ou da gestão normal do patrimônio (lucros aputados). Classificam-
se em Capital Social, Reservas de Capital. Reservas de Avaliação Patrimonial,
Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
1
Grau de Liquidez é o maior ou menor prazo no qual bens e direitos podem ser
transformados em dinheiro.
2
Grau de Exigibilidade representa o maior ou menor prazo em que a obrigação
deve ser paga.
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2 - CONTAS RETIFICADORAS
Também chamadas de redutoras, são contas que, embora apareçam num
determinado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo) têm saldo contrário em
relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma conta retificadora do
Ativo terá natureza credora, bem como uma conta retificadora do Passivo terá
natureza devedora. As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em
que aparecem.
REDUTORAS DO ATIVO
► No Ativo Permanente
• Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos
• Depreciação Acumulada
• Exaustão Acumulada
• Amortização Acumulada
Para efeitos didáticos trataremos neste momento das Provisões para Créditos
de Liquidação Duvidosa; Depreciação, Exaustão, Amortização e Capital a
Realizar. O tópico Duplicatas Descontadas será tratado futuramente, ainda
nesta disciplina, dentro da temática captação de recursos; e as Provisões para
Perdas Prováveis na Realização de Investimentos, Prejuízos Acumulados e
Ações em Tesouraria em disciplinas futuras.
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2.1.1 - CONCEITO
Essa provisão deve ser feita para cobrir as perdas estimadas na cobrança das
contas a receber, embora as despesas com esta provisão não sejam mais
dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social.
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2.1.3 - CONTABILIZAÇAO
A constituição dessa provisão tem como contrapartida contas de despesas
operacionais (Despesas com Vendas). Quando um saldo se torna efetivamente
incobrável, ou seja, quando se esgotaram sem sucesso os meios possíveis de
cobrança, sua baixa da conta de clientes deve ser feita tendo como
contrapartida a própria provisão. Vejamos um caso prático de contabilização,
inclusive para recuperações de contas já baixadas contra provisão.
Realização da PCLD
D — Despesas c/ Crédito de Liquidação Duvidosa
C — Provisão p/ Crédito de Liquidação Duvidosa
Reversão da PCLD
D – Provisão p/ Crédito de Liquidação Duvidosa
C – Despesas c/ Crédito de Liquidação Duvidosa
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Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – PCLD: Apurado pela
multiplicação dos valores a receber vezes o percentual de perda.
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Constituição da PCLD
Portanto, a PCLD foi exata para amortecer a perda ocorrida, tendo sido:
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Reversão da PCLD
D — PCLD classe C
C — Outras receitas operacionais R$ 12.500,00
(ou recuperação de despesas)
Obs.: Ao invés de realizar a reversão também é possível aproveitar o valor
para realização da Provisão para o período seguinte.
Recebimento do Cliente F
D — Caixa
C — Outras Receitas Operacionais R$ 5.000,00
(Recuperação de Créditos)
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2.2.1 - DEPRECIAÇÃO
Fenômeno contábil que expressa a perda de valor que os valores imobilizados
de utilização sofrem no tempo, por força de seu emprego na gestão.
Conceitua-se depreciação como sendo a diminuição do valor dos bens
corpóreos que integram o ativo permanente, em decorrência de desgaste ou
perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência.
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MÉTODO LINEAR:
A taxa de depreciação é obtida da seguinte forma:
100%
= Taxa de Depreciação
Tempo de Vida Útil
Segue abaixo a tabela de taxas aplicáveis aos bens de ocorrência mais usual:
DEPRECIAÇÃO ACELERADA
A depreciação pode ser normal ou acelerada, diferenciando-se apenas pela
variação da taxa de depreciação aplicável, que poderá variar conforme o
número de turnos de utilização do bem a ser depreciado. Cada turno
corresponde a um período de oito horas.
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Ano 1 = 5/15 Ano 2 = 4/15 Ano 3 = 3/15 Ano 4 = 2/15 Ano 5 = 1/15
DepreciaçãoAno1 = 6.666,67
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O valor obtido deverá ser 6.666,67, este é o valor a ser depreciado no período.
A calculadora obteve ainda o valor que ainda deverá ser depreciado no futuro
e, para visualizá-lo, basta utilizar a tecla x≷
≷y
Caso seja esperado algum valor residual (Exemplo – R$ 2.000), este deve ser
informado ao registrador financeiro de Valor Futuro – FV:2000 FV
2.2.1 - AMORTIZAÇÃO
Eliminação gradual e periódica do ativo de uma empresa, como encargos do
exercício, das imobilizações financeiras ou imateriais. É a recuperação
econômica do capital aplicado em:
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DEPRECIAÇÃO x AMORTIZAÇÃO
2.2.3 - EXAUSTÃO
Fenômeno patrimonial que caracteriza a perda de valor que sofrem as
imobilizações suscetíveis de exploração e que se esgotam no correr do tempo,
como, por exemplo, as reservas minerais e vegetais (bosques, florestas,
jazidas etc.).
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DEPRECIAÇÃO x EXAUSTÃO
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Quando uma empresa desconta duplicatas de sua emissão nos bancos, deve
contabilizar o seu valor em conta específica (Duplicatas Descontadas),
retificadora do saldo da conta de Duplicatas a Receber, no ativo circulante.
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Suponha que o gestor de uma empresa esteja com uma carteira de duplicatas
no valor de R$ 50.000 emitida contra seus clientes e com vencimento em 45
dias. Fazendo uma análise de sua projeção de caixa, verifica que terá
necessidade de recursos durante o próximo mês. Sua projeção também indica
que será uma necessidade passageira devido a um declínio sazonal das
vendas.
D = VF x i x n
D = 50.000 x 0,03 x 45
30
D = 50.000 x 0,03 x 1,5
D = 2.250
IOF = VF x 0,015 x n
12
IOF = 50.000 x 0,00125 x 1,5
IOF = 2.250 x 0,00645
IOF = 93,75
VP = VF – D – IOF
VP = 50.000 – 2.250 – 93,75
VP = 47.656,25
Onde:
D = Desconto
VF = Valor nominal da duplicata
i = taxa de desconto
n = prazo da duplicata
IOF = Imposto sobre Operações Financeiras
VP = Valor Presente (líquido creditado para a empresa)
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Vale ressaltar que o Capital Social poderá ocorrer em Bens e Direitos, ou seja,
em espécie (dinheiro), em valores a receber, bens, entre outros.
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§ 1º Para aplicação do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados deverá ser
determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título de
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações - ICMS.
§ 2º O disposto neste artigo deverá ser reconhecido na escrituração comercial.
A Lei 6.404/76, em seu art. 183, afirma: “Os direitos que tiverem por objeto
mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-
primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo
custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor
de mercado, quando este for inferior”.
Então, podemos dizer que a Regra Clássica para avaliação dos estoques é o
custo ou valor de mercado.
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Equação Simplificada:
Estoque Final = Estoque Inicial + Compras – Custo das Mercadorias Vendidas
EF = EI + C - CMV
RCM = V - CMV
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Para calcular o CMV de março e o valor do estoque final do mesmo mês pelo
“método do custo específico” há que se informar, relativamente às vendas, que
unidades estão sendo vendidas. Portanto, suponha-se agora, as seguintes
informações:
As 10 unidades vendidas em 11/mar saíram do loto comprado no dia
05/mar;
As 20 unidades vendidas em 17/mar saíram do estoque inicial;
As 10 unidades vendidas em 29/mar saíram do loto comprado dia
23/mar.
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As vendas não vão provocar alteração do custo unitário, pois o custo unitário
das unidades vendidas é, sempre, o último custo unitário calculado.
Qtde inicial 20
Compras 30
Qtde final 50
Saldo R$ 400,00
Compras R$ 900,00
Total R$ 1.300,00
Note que até ocorrer nova compra todas as saídas são calculadas ao
custo médio de R$ 26,00.
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Qtde inicial 20
Compras 30
Qtde final 50
Saldo R$ 520,00
Compras R$ 1.050,00
Total R$ 1.570,00
Note que até ocorrer nova compra todas as saídas serão calculadas ao
custo médio de R$ 31,40.
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Vendas
Data
Qtde Valor unitário Valor Total
11/mar 10 40,00 400,00
17/mar 20 45,00 900,00
29/mar 10 50,00 500,00
TOTAL 1.800,00
Custo Média
Específico Ponderável PEPS UEPS
Vendas 1800 1800 1800 1800
(-) CMV (1050) (1094) (1000) (1250)
Lucro Bruto 750 706 800 550
Estoque
Final 1300 1256 1350 1100
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4 - OPERAÇÕES MERCANTIS
4.1 - COMPRA DE MERCADORIAS
É o ato através do qual a empresa comercial adquire a propriedade sobre bens,
objeto de seu comércio.
Se for a prazo :
D - Mercadorias/Estoque
C - Fornecedores ............................200.000,00
D - CMV
C - Mercadorias ( pelo valor do estoque inicial)
C - Compras ( pelo saldo)
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D - Mercadorias
C - CMV ( pelo valor do estoque final)
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No caso de devolução:
D - Devolução de Vendas
C - Caixa (Clientes)
D - Mercadorias
C - CMV
No caso de abatimento:
D - Abatimento sobre Vendas
C - Caixa (Clientes)
D – Receita de Vendas
C - Devoluções de Vendas
C - Abatimentos sobre Vendas
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Resultado
107.000 (c )
Na devolução:
No Abatimento:
4.4.1 - FRETES
Para que uma mercadoria chegue ao estabelecimento do comprador em
condições de ser colocada à venda, gastos adicionais complementares ao
custo de aquisição são suportados, muitas vezes , pelo adquirente. Assim, os
fretes bem como outros gastos integram o custo da mercadoria e devem vir
discriminados na Nota Fiscal.
Contabilização:
Pela pagamento do Frete pelo FORNECEDOR
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Diário:
D - Despesas com Fretes e Seguros
C – Caixa 300,00
Razonete:
Desp. c/ Frete e Seguros Caixa
300 .............. 300
Assim, toda vez que a empresa assumir o pagamento do frete para transportar
mercadorias do fornecedor até seu ponto de comercialização, deverá lançar o
custo desse frete como custo da mercadoria, deduzindo os impostos
recuperáveis.
Contabilização:
Pelo pagamento de Frete e Seguros pelo COMPRADOR
Diário:
D - Despesas com Fretes e Seguros
C – Caixa 300,00
Razonete:
Estoques/Mercadorias Desp. c/ Frete e Seguros
................. (SD) 300 300 (1)
(1) 300
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4.4.2 - SEGUROS
Contabilização:
Diário:
Pelo contabilização da Receita de Vendas
D – CAIXA/CLIENTES R$ 450,00
D - DESCONTOS CONCEDIDOS R$ 50,00
C - RECEITA DE VENDAS R$ 500,00
Razonete:
Caixa/Clientes Descontos Concedidos Receita s/ Vendas
450 50 90
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Contabilização:
Diário:
Pelo contabilização da Receita de Vendas
D – ESTOQUES/MERCADORIAS R$ 500,00
C - DESCONTOS OBTIDOS R$ 50,00
C – CAIXA/FORNECEDORES R$ 450,00
Razonete:
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IPI a Recolher
7.000,00
Mercadorias Caixa/Clientes
50.000,00 55.000,00
IPI a Recuperar
5.000,00
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Calculado pela aplicação de uma alíquota sobre a soma das receitas que
entram no cômputo do Lucro Operacional, excluídos: descontos concedidos,
vendas devolvidas ou canceladas, IPI, reversões de provisões, recuperação de
créditos, resultado positivo na equivalência patrimonial, lucros/dividendos
derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição.
CONTABILIZAÇÃO DE PIS/COFINS:
Receita/ Faturamento – R$ 800.000,00
ICMS – (18% * R$ 800.000,00) - R$ 144.000,00
PIS/PASEP – (1,65% * R$ 800.000,00) - R$ 13.200,00
COFINS – (7,6% * R$ 800.000,00) - R$ 60.800,00
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6 – FOLHA DE PAGAMENTO
A empresa precisa preparar a folha de pagamento de seus empregados, pois é
um documento obrigatório para efeito de fiscalização trabalhista e
previdenciária.
Para elaborá-la, não existe modelo oficial, podem ser adotados critérios que
melhor atendam às necessidades de cada empresa. No mínimo, a folha de
pagamento deve apresentar os seguintes elementos:
Nome dos empregados (segurados), indicando cargo;
Função ou serviço prestado;
Valor bruto dos salários;
Valor da contribuição de Previdência, descontado dos salários;
Valor líquido que os empregados receberão.
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TABELA VIGENTE
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico
e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração
a partir de 1º de Janeiro de 2013
Alíquota para fins de recolhimento
Salário-de-contribuição (R$)
ao INSS (%)
até 1.247,70 8,00
de 1.247,71 até 2.079,50 9,00
de 2.079,51 até 4.159,00 11,00
Portaria Interministerial MPS/MF nº 15, de 10 de janeiro de 2013
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6.1.5 - SALÁRIO-FAMÍLIA
É um auxílio da Previdência Social aos trabalhadores de baixa renda que
possuem filhos menores de 14 anos de idade. A empresa paga esse valor para
o empregado e é reembolsada pela Previdência Social quando efetua os
recolhimentos correspondentes à folha de pagamento.
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4. Apropriação do FGTS:
D – Encargo FGTS
C – FGTS a Recolher R$ 280,00
5. Retenção do IRRF:
D – Salários a Pagar
C – IRRF a Recolher R$ 38,57
No mês seguinte:
1. Pagamentos aos empregados
D – Salários a pagar
C – Caixa R$ 3.106,43
3. Recolhimento do IRRF
D – IRRF a Recolher
C – Caixa R$ 38,43
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Deve ser ressaltado, ainda, que a contabilização mensal dessa provisão, além
de extremamente recomendável, sob a ótica gerencial e contábil, pode vir a ser
interessante, também, do ponto de vista fiscal, para efeito de redução ou
suspensão da estimativa mensal ou de apuração do lucro real trimestral
(conforme o caso), porque as bases de cálculo do Imposto de Renda Pessoa
Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro serão determinadas, partindo-
se de um resultado contábil já influenciado pela despesa incorrida com o 13o
salário.
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6.3.4 - EXEMPLO
Exemplificaremos, a seguir, a constituição da provisão para o 13º salário e
encargos sociais em 28/02/20X4, por uma empresa que constitua essa
provisão mensalmente e que apresente os seguintes dados (meramente
ilustrativos)
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Contabilização
Apuradas as despesas com o 13º salário e os respectivos encargos sociais,
exemplificaremos a contabilização desses valores, complementando a provisão
anterior constituída em 31/01/20X4.
Lançamento nº 1
Complemento da provisão para 13º salário:
28/02/2012
D – Despesas Administrativas (13º. Salário) R$ 575,00
C – Provisão para 13º. Salário R$ 575,00
Pela complementação do valor correspondente ao 13º salário devido, até essa
data, aos empregados do setor administrativo
Lançamento nº 2
Complemento dos encargos previdenciários (contribuição ao INSS, terceiros e
Seguro de Acidentes do Trabalho):
28/02/20X4
D – Despesas Administrativas – INSS R$ 159,85
C – INSS sobre Provisão para 13º. Salário R$ 159,85
Pela complementação da provisão para a contribuição ao INSS, Terceiros e
Seguro de Acidentes do Trabalho, incidentes sobre
o 13º salário devido, até essa data, aos empregados do setor administrativo
Lançamento nº 3
Complemento do FGTS:
28/02/20X4
D – Despesas Administrativas – FGTS R$ 46,00
C – FGTS sobre Provisão para 13º. Salário R$ 46,00
Pela complementação da provisão para o FGTS incidente sobre o 13º salário
devido, até essa data, aos empregados do setor administrativo
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7.4.2 - CONTABILIZAÇÃO
Lançamento nº 1
Provisão para Férias
D – Despesas Administrativas – Férias R$ 4.800,00
C – Provisão de Férias R$ 4.800,00
Provisão incidente sobre férias e adicional constitucional de 1/3 devidos.
Lançamento nº 2
Encargos previdenciários (contribuição ao INSS, Terceiros e Seguro de
Acidente do Trabalho) incidente sobre as férias.
31/12/2011
D – Despesas Administrativas – INSS R$ 1.334,40
C – INSS sobre Provisão de Férias R$ 1.334,40
Provisão para a contribuição ao INSS, Terceiros e Seguro de Acidentes do
Trabalho, incidente sobre férias e adicional constitucional de 1/3 devidos.
Lançamento nº 3
FGTS.
31/12/2011
D – Despesas Administrativas – FGTS R$ 384,00
C – FGTS sobre Provisão para Férias R$ 384,00
Complementação da provisão para o FGTS incidente sobre as férias e
adicional constitucional de 1/3 devidos.
Lançamento nº 4
Reversão da provisão para férias.
12/01/20X1
D – Provisão para Férias R$ 360,00
C – Recuperação de Despesas Administrativas – Férias R$ 360,00
Reversão do valor provisionado em 31/12/20X0, relativamente às férias e ao
adicional constitucional de 1/3 do empregado Fernando Torres, por pedido de
demissão, antes de completados 12 meses de serviço.
Lançamento nº 5
Reversão das contribuições previdenciárias.
12/01/2011
D – INSS sobre Provisão para Férias R$ 100,08
C – Recuperação de Despesas Administrativas – INSS R$ 100,08
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Lançamento nº 6
Reversão do FGTS provisionado.
12/01/11
D – FGTS sobre Provisão para Férias R$ 28,80
C – Recuperação de Despesas Administrativas – FGTS R$ 28,80
Reversão da provisão para o FGTS incidente sobre as férias e adicional
constitucional de 1/3 do empregado Fernando Torres, por pedido de demissão,
antes de completados 12 meses de serviço.
O mesmo tratamento deverá ser dado aos encargos sociais incidentes sobre as
férias pagas, cujo ônus cabe à empresa. Esses valores serão registrados nas
respectivas contas a pagar mediante débito às contas de provisão.
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7 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS
A projeção de recebimentos e pagamentos da empresa é um instrumento
importante para o bom gerenciamento. Para fazer essa projeção, é necessário
conhecer muito bem o comportamento das entradas e saídas de caixa no
passado. A DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa – é o relatório contábil que
pode mostrar o que aconteceu com o Caixa da empresa no passado, dando
base para a construção de uma projeção para a próxima semana, mês,
trimestre, ano etc.
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7.2.1 - CONTABILIZAÇÃO
Suponha que uma empresa tenha feito uma aplicação financeira de R$ 40.000
em Letras de Câmbio em 01/12/20X6 pelo prazo de 5 meses com valor de
resgate de R$ 60.000.
O lançamento contábil dessa operação será:
01/12/20X6
Débito: Aplicações em Títulos e Valores Mobiliários R$ 40.000
Crédito: Bancos c/ Movimento R$ 40.000
Histórico: aplicação em Letras de Câmbio, conforme comprovante.
01/12/20X6
Débito: Aplicações em Títulos e Valores Mobiliários R$ 20.000
Crédito: Receita Financeira a Apropriar R$ 20.000
Histórico: rendimento bruto da aplicação em Letras de Câmbio, conforme
comprovante.
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31/12/20X6
Débito: Receita Financeira a Apropriar R$ 4.000
Crédito: Receita Financeira R$ 4.000
Histórico: Apropriação do rendimento proporcional ao exercício de 20X6.
Ativo Circulante
-------------
Aplicações em Títulos e Valores Mobiliários R$ 40.000
(-) Receita Financeira a Apropriar R$ 16.000
R$ 24.000
No momento do resgate (30/04/20X7), será apropriado o restante da Receita
Financeira, repetindo o mesmo lançamento anterior pelo valor de R$ 16.000.
7.3.1 - EMPRÉSTIMOS
Nas operações de empréstimo, os juros são contratados por ocasião do
empréstimo, portanto são conhecidos.
7.3.1.1 Contabilização
01/12/20X6
Débito: Bancos c/ Movimento R$ 35.000
Crédito: Empréstimos a Pagar R$ 35.000
Histórico: empréstimo conforme contrato com o Banco “X”.
01/12/20X6
Débito: Gastos Financeiros a Apropriar R$ 3.500
Crédito: Empréstimos a Pagar R$ 3.500
Histórico: juros pelo empréstimo contratado com o Banco “X”.
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31/12/20X6
Débito: Despesa Financeira R$ 1.750
Crédito: Gastos Financeiros a Apropriar R$ 1750
Histórico: Apropriação de despesa de juros proporcional ao prazo decorrido.
Para o vendedor
Débito: Caixa R$ 29.100
Débito: Descontos Financeiros Concedidos R$ 900
Crédito: Clientes R$ 30.000
Histórico: Recebimento de duplicata com desconto.
Para o comprador:
Débito: Fornecedores R$ 30.000
Crédito: Caixa R$ 29.100
Crédito: Descontos Financeiros Obtidos R$ 900
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BIBLIOGRAFIA
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4.
ed. São Paulo: Atlas, 2000.
JACINTHO, Roque. Contabilidade Comercial. 2. ed. São Paulo: Ática, 1987.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2003.
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