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PISKOUNOV
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL
VOLUME II
T R A D U Ç A O DE:
E D I Ç Õ E S L O P E S DA S I L V A - P O R T O - 1 9 9 7
Título da 4." edição do original
H. C. nHCKVHOB
flHdxDEPEHI^HAJIbHOE
HHTErPAJIbHOE
HCHHCJIEHHfl
TOM I
H3flATEJIbCTBO «HAVKA»
MOCKBA
OS TRADUTORES
O TRADUTOR
Composto e Impresso nas Oficinas Gráficos Reunidos, Lda.
R. Alvares Cabral, 22 ■32 - Telef. 2000608 - Fax 2007184
4050 PORTO - 3 000 ex. - OUT. / 97 - Dep. Legal 56 868 / 92
í n d i c e
Prefácio 11
CAPITULO XIII
Equações diferenciais
CAPITULO XIV
Integrais múltiplos
CAPÍTULO XV
Integrais curvilíneos e integrais de superfície
CAPITULO XVI
Séries
CAPÍTULO XVII
Séries de Fourier
CAPÍTULO XVIII
Equações da física matemática
CAPÍTULO XIX
Cálculo operacional e aplicações
O autor
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
verifica a equaçSo (1) qualquer que seja a constante C. Mas qual destas fun
ções dá a re la to procurada entre v e r ? Para a encontrar, imponhamos uma
condição suplementar: uma velocidade inicial v« (que, em especial, pode ser
nula) foi comunicada ao corpo na partida; suporemos que esta velocidade inicial
é conhecida, mas, então, a função procurada v = / (/) deve ser tal que se tenha
para r = 0 (no começo do movimento) v = w Substituindo / = 0, v = v# na
fórmula (2), tem-se:
vo = C-\- - j p ,
donde
mg
C — Vq—
(2 ' )
- ^ ~ \ = v o + gt.
+■
* J
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 15
rscn<p = Y*-
Obtém-se, dividindo membro a membro, estas duas igualdades
(3)
Suponhamos agora que se pode escrever a equação da curva procurada
sob a forma Y = / U)* Aqui, / (jc) é uma função desconhecida que é preciso
procurar. Notemos que
tg < f= r
Por conseguinte:
dy 1
dx ~ a
H (4)
em que se fez — = a.
Derivemos os dois membros da igualdade (4) em relação a x:
d^y 1 ds
dx'^ ~~ a dx
Mas sabe-sc que (ver § 1, Cap. VI)
(5)
Substituindo esta expressão na equação (5), obtém-se a equação dife
rencial da curva procurada sob a forma:
(6)
(7)
satisfaz à equação (6) quaisquer que sejam as constantes Ci e Cs. Ê fácil de
provar substituindo as derivadas primeira e segunda da função indicada na
equação (6). Indiquemos ainda, sem o demonstrar, que se tem aí todas as
soluções (para diversos Ci e Cs) da equação (6). Isso será demonstrado no § 18.
Os gráficos das funções assim obtidas são chamadas das catenárias.
Vejamos agora como convém escolher as constantes Ci e Cs para obter
precisamente a catenária cujo ponto inferior tem por coordenadas (0, b). Dado
que para jc = 0 se tem o ponto mais baixo da catenária, a tangente é« hori
zontal naquele ponto, isto é, - ^ = 0. Além dissq, por hipótese, a ordenada é
dx
igual a h nesse ponto, isto é, > = b.
16 CAIXJÜLO DIFERENCIAL. E INTEGRAL.
P = -2 (« “ + e “ )+ * » —“•
A equação (7) simplifica-se muito se se fizer a ordenada do ponto Aio
igual SL a. A equação da catenáría toma-se, então, em:
§ 2. Definições
Definição— 1. Chama-se equação diferencial a uma equação que
estabelece uma relação entre a variável independente x, a função
desconhecida y = / (jc) e suas derivadas / , y".......
Pode-se escrever simbòlicamente uma equação diferencial como
se segue: , ,
Fi x, y, y, y , y‘">) = 0
ou
{x y ^ f . . . . - ^ 1 = 0.
\ ’ ’ dx' da^' ’ di'*/
Sq y = f (x) é função de uma só variável independente, a equação
diferencial diz-se ordinária. Começaremos pelo estudo das equações
diferenciais ordinárias (*).
(t) Ao mesmo tempo que as equações diferenciai^ ordinárias, estuda-se
igual mente em análise matemática equações com derivadas parciais. Chamam-se
•Equações com derivadas parciais^ a uma relação entre a função desconhecida z,
qUe depende de duas Cu várias variáveis x, y, ..., estas próprias variáveis e
. . . • • j d z d z d ^ z
as derivadas parciais de z : , -r— , -rs-, etc.
dx dy d^x
Tem-se como exemplo de equação de derivadas parciais de função des
conhecida z(x, y) a equação
dz dz
dx ^ dy
É fácil de veriticar que a função z = x^y^ (bem como muitas outras
funções) verifica esta equação.
No decorrer deste curso as equações de derivadas parciais são estudadas
no capítulo XVIII (vol. 2).
BQCIACÕES DIFERENCIAIS 17
y ' — 2xy^ + 5 = 0
d^y
+ í/ = 0.
dx^
y. «') = 0. (1)
Quando esta equação é resolúvel em / , pode-se pô-la sob a forma 5
y = f { x . y). ( 1 ')
c^-yi \c-Vz
___ 0
IV=-/
c->/z
F i | g. 245.
o. (3)
Uma vez que apenas passa uma só curva da família para qual
quer ponto do plano, cada par de valores z, y define um único valor C
na equação (2). Substituindo este valor C na relação (3) encontra-se ^
como função de jc e Obtém-se, assim, uma equação diferencial que
é verificada para todas as funções da família (2).
(1 )
1
dy = /i (x) dx. ( 1 ')
/2Íy)
Supondo que a função y úe x é
conhecida, pode-se considerar (1'), como a
igualdade dé dois diferenciais, e as suas
primitivas distinguir-se-ão duma constante.
Integrando o primeiro membro em relação
a y e o segundo em relação a jc. obtém-se:
j — [ / i ( x ) í i r + C. Fig. 248
Obtivemos uma relação entre a solu
ção y, a variável independente ;c e a constante independente ac e a>
constante arbitrária C, isto é. que se tem o integral geral da equação (1).
1. A equação diferencial (!')
M {x) dx-\- N (y) dy = 0 (2)
chama-se equação com variáveis separadas. Como se acaba de demons-.
trar, o seu integral geral é
í M ( x ) ã x + \ N ( y ) d y = C.
Exemplo — 1. Seja a equação de variáveis separadas
^ xdx-{-ydy — 0,
O seu integral geral, é « ,,2
í f = - í ^ + ^ ’
logo,
Integrando, obtém-sé:
h o g \x \ + x + L o g \y \ — y = C ou Log | x i/1 + x — i/ = C
que é o integral geral da equação proposta.
m = Ce~~^i, (5)
donde
— A:ío=Log ^1-—
100/
( ^ “ íõõ) •
Desta maneira estabeleceu-se que para a rádio k = 0,000436 (sendo a
unidade do tempo o ano).
Substituindo este valor de k na fórmula (6), obtém-se
^ = ^0^-0.000436/^
mo
= moe - 0 . 0 0 0 4 3 6 T
donde
—0,000436r= — Log2
ou
Log2
T= :1590
0,000436
Notemos que outros problemas da física c da química igualmente con
duzem à equação da fórmula (4).
Nota — A equação diferencial de variáveis separadas mais sim
ples é:
!= /(-.» ) (í)
Façamos a substituição:
f)-
u = i'. isto é, y = ux.
X
Tem-se. então:
dy , du
dx dx^*
f =f-^+c.
ò f {\, u) — U ò X
Substituindo após integração obtém-se o integral da
equação (1').
Exemplo — 4. Seja a equação
dy _ xy
dx ~~ x^ — y^
Tem-se no segundo membro uma equação homogénea de grau zero, pois
a equação proposta é homogénea. Façamos a mudança de variáveis 1- = u,
X
Então:
dy , du
du u du
u-\- X
d x ~ í — u^ ’ dx 1 — 1/2 *
Separando as variáveis, tem-se:
(1—U2) du
X \ u^ u ) X
e por integração:
1 1
—Log| u | = L o g |x | + L o g |C l ou — — hog\uxC\,
2u^
Substituindo i / = i , obtém-se o integral geral da equação inicial:
Exemplo — 5. As equações
= 0.
a h - \- b k -\-c = 0, 1
(4)
cL\h -f- h\h -(“ Cl = 0. /
isto é, definamos h e k de modo que seja solução do sistenaa de
equações (4).
A equação (3) torna-se, então, homogénea:
d y i ^ axi - f byt
dxi a^Xi -(- biyt
Resolvendo esta equação e voltando às antigas variáveis x e y
segundo as fórmulas (2), obtém-se a solução da equação (1).
O sistema (4) não tem solução quando
a b
= 0.
bt
30 CALC?ULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
— ^ \
dx Vai^' 4"
+ biy + q
Cl / ’
em que / é uma função arbitrária contínua.
Exemplo — 1. Seja a equação
dy + 3
dx X — y — 1
h-\-k — 3 = 0 ; h — k — 1 = 0,
vem.
A= 2, k = \.
Obtém-se assim a equação homogénea
àyj__ xi + yi
dXi 1/i
EQUAÇÕES DUFERENCIAIS 31
I L = u:
tem-se:
àyi1 du
dx^
, du 1 4 -m
C l / ( í - 2 ) 2 + (j,_ l)2 = * “ * -2 .
Exemplo — 2. Não se pode fazer a substituição x= ^xi-\-h, y = y| + /p
na equação
2 i + y —1
4 r+ 2 y + 5 ’
porque o sistema de equação que serve para definir h c k é incompatívd (sendo
2 1
o determinante ^ 2 coeficientes das variáveis nulo).
Pode reduzir-se e§ta equação a uma equação de variáveis separáveis fazendo
a substituição ;
2x + p = 2.
Tem-se, então, y' = z' — 2 e a equação toma-se
z —1
Z '-2 :
2z + 5
5z + 9
^2z + 5
32 CALCULO DIFEREN CIA L E INTEGRAL
Deduz-Be
| - z + - ^ L o g |5 2 + 9 | = x + C.
OU
ÍO i/ —5x -|- 7 Log I lOx -f 5i/ + 9 I= C 1 ,
isto é, sob a forma implícita.
ou
(3)
- = -P dx.
V
Int^rando. obtém-se
— Log Cl - f Log v = — I P d x
ou
Como nos basta ter uma solução qualquer não nula da equa
ção (4), tomaremos para função v (jc):
v{x) = e ^ ,
(5)
em que \ P dx é uma primitiva qualquer. É evidente que v (a:) ^ 0.
Substituindo o valor encontrado de v (jc) na equação (3). obtém-se
tendo em atenção que dv i .
dx ~ /
ou d u __ Q{x)
dx v{x)
donde Q{x)
dx - f C,
(x)
<?(x)
r= y (x ) dx-f-Ci;(x). ( 6)
(x)
du dv , du
-^= U -y - + ^-V .
dx dx dx
dv 2
i;= 0,
dx x+1
isto é,
dv 2dx
V x+ í ’
donde
Log y = 2 Log (0:4-1)
ou
y= (r+ 1)2.
EQUAÇÕES DIFEJRENCIAIS 35
donde
„ = (£ ^ + c .
3 _ ( 0 + l ) ‘ _j_C(0+l)i;
§ 8. Eqaação de Bernoalli
Consideremos uma equação da forma (♦)
dy
- - \ - P { x ) y ^ Q { x ) y ’^,
( 1)
3*
36 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
( 2)
Façamos, em seguida, a substituição:
z = z/“ " + \
Então,
dz , , -ndy
= ( ^ n + í)y
dx dx
Substituindo na equação (2), obtém-se:
ÉL ^ n + l) P z = { - n + i ) Q .
dx
É uma equação linear.
Calculando o seu integral geral e substituindo em e a sua expres
são obtém-se o integral geral da equação de Bernoulli.
^ - \ - x y = x^y^. (3)
dx
Resolução — Dividindo todos os termos por y’, obtém-se:
y~^y' + xy~^ = x^. (4)
Introduzamos a nova função z= y~^.
Tem-se, então,
-=----- 2xv = 0 ; — = 2x d x ;
dx V
Log u = x^\ u=
Obtém-se, para definir u, a equação
-2 l3 .
dx
Separemos as variáveis:
d u = —2e“ * V dx, w = —2 ^ e“ **x® d * + C .
Integrando por partes, vem
u= + C;
z = ui; = -|-1+ Ce^^.
Tem-se pois o integral geral da equação dada:
1
y-^ = x^-{-í-]-Ce^2 ou y
K i a + l + Ce**
Definição — A equação
M {x, y) dx + N (x, y) dy = 0 ( 1)
chama-se equação de diferençais totais se, M {x, y) e N (x, y) forem
funções continuas deriváveis tais que
dM dN
(2 )
dx
du {x, y) = 0 (3)
cujo integral geral é da forma
U (x, y) = C.
Em primeiro lugar suponhamos que o primeiro membro da
equação (1) é o diferencial total duma certa função u (j :, y), isto é,
M{ x, y)dx + N ( x , y) dy = du = ^ d x + ^ d y ;
então.
du du
M = ^; N = ^ . (4)
dx dy
Derivando a primeira relação em ordem a 3^ e a segunda em
ordem a x, obtém-se:
dM d\ dN d^u
dy dxdy dx dy dx
Supondo que as derivadas segundas são contínuas, tem-se
dM dN
dy dx
isto é, que a igualdade (2) é uma condição necessária para que o
primeiro membro da equação (1) seja o diferencial total duma certa
função u (jc. >^). Mostremos que esta condição é também suficiente,
isto é. que se as igualdade (2) tiverem lugar, o primeiro membro
da equação ( 1 ) é o diferencial total duma certa função u ( jc , y).
Da relação
g = « ( x , V)
deduz-se:
u = l M { x , y) dx + Cp (i/),
3C0
em que jco é a abcissa dum ponto arbitrário no domínio de existência
da solução.
Integrando em relação a jc , suponhamos y constante, e, por con
seguinte, a constante de integração é substituída aqui por uma função
(piy) de modo que seja observada a segunda relação de (4).
EQUAÇÕES D IFERENCIA IS 39
= N{x, y).
dy
J ày
Xo
dM dN
Mas c o m o ^ ^ = ^r— , pode-se escrever:
dy dx
X
ou
N (x, y) - N {xo. y) + 9 ' (í/) = ^ ^ I/)*
Por conseguinte,
cp' {y) = ^ (^ 0 . y)
ou
cp {y) = \ ^ (^0, y) <^y +
por conseguinte.
1 1
<P'(í')=-rr> =
4 - ^ = c .
y ^Log|Lt^ ^ 7 V dM
( 2)
dy dx dx dy
É evidente que qualquer /x {x, y) que satisfaça a esta última
equação é um factor integrante da equação (1). A equação (2) é uma
equação de derivadas parciais da função desconhecida ju, que depende
de duas variáveis x q y. Demonstra-se que, nas condições determinadas,
ela possui uma infinidade de soluções e resulta que a equação (1)
tem um factor integrante. Mas no caso geral, é mais difícil de deter
minar >^) em (2) do que integrar a equação proposta (1). É sòmente
nestes dois casos particulares que se chega a determinar a função /x {x, y).
Suponhamos, por exemplo, que a equação (1) admite um factor
integrante dependente sòmente de y. Então,
^Log|Ll
:0
dx
e obtém-se para /x uma equação diferencial ordinária:
dN dM
d Log jui dx dy
dy M
42 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
L o g p = —2Logí/, soitp, = - ^ .
Obtém-se, após multiplicação de todos os termos da equação proposta
pelo factor integrante n, a equação
F i g . 250. F i g. 251.
dO dOdC dO dO dC
í/' = 0
dx dC dx dy dC dy
ou
dC dC .
-j- ^ y y “V = 0. (3)
L dx dy
Deduz-se, em seguida, o coeficiente angular da tangente no ponto
M{x, y) à curva da família (1) da igualdade
(4)
(C é constante na curva dada).
^ Suporemos Oy 0, senão tomaríamos jc como função e y como
variável. Dado que o coeficiente angular k do envoltório é igual ao
da curva da família, deduz-se de (3) e (4):
j, _ I tg a — 2 , a ’
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 47
y = kx — (i k"^). ( 8)
ou
C— (X —C )2= 0. ( 11)
( x - C ) 3 [ ( x - C ) - |] = 0 ;
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 49
y —X—(x—x)2 = 0
ou
y = x. y= x—
9 •
f { . . y. | ) = 0 ( 1)
ou
[x + ij) '(p ) ] ^ = 0.
X + '^'{p) = 0. (3)
1. A integração de (Z) dá p = C (C = cpnst). Substituindo este
valor de p na equação (1), encontra-se o seu integral geral
y = xC+Vp{C) (4)
que representa, do ponto de vista geométrico, uma janúlia de rectas.
4*
52 CAl/TULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
% = P + [^ + ^ ' ( P ) ] % = P -
y^xp
a: + il)'
K(P) = 0 J
OU, o que equivale o mesmo, eliminando C nas equações
y = xC + ^ (C) ;
X -j- t|?c (C) = 0.
Vê-se, pois. que a solução singular da equação de Clairaut é o
envoltório da família de rectas definidas pelo integral geral (4).
dy
Resolução — Obtém-se o integral geral substituindo por C:
dx
aC
y — xC +
y i + C2
Para obter a solução singular, derivemos esta última equação em relação
a C:
=0.
(l+,Ga)»/2
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 53
( i+ c y /* ’
oC»
y=
OU
p - <í>(p) = (p) + f (p)] % ■ ( 1")
54 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
y = xy'^ + y'2.
( 1)
Façamos y'= p, obtém-se:
y = xp^ + p^.
(!')
Derivemos em ordem a x. Tem-se:
(10
p = pí + [2ip + 2 p ] - ^
y = x + í.
x = — 1- (II)
(P -D * *
Eliminando p nas equações (F) e (II), obtém-se o integral geral:
y = (c + y í+ i)® .
A equação proposta tem por integral singular
v=0,
dado que esta solução não resulta da solução geral particularizando C.
Quanto à função y = a: + l, não é uma solução singular, mas uma
solução particular; deduz da solução geral fazendo C = 0.
dL(x, y, C ) = 0
dd) d<l> dy
= 0.
dx dy dx
Seja
d")
essa equação diferencial.
56 CAL.CULO DIFERENCIAL. E INTEGRAL
( 2)
dx dyx
dx
F l X, y, (3)
As curvas da família
u (x, y) = C (5)
chamam-se linhas de nível ou linhas equipotenciais.
As curvas cuja tangente em cada ponto se confunde com o
vector V (x, y) chamam-se linhas de corrente; elas materializam as
trajectórias das partículas em movimento.
Mostremos que as linhas de corrente são as trajectórias ortogonais
da família de linhas equipotenciais (fig. 260).
Seja o ângulo formado pelo vector velocidade v t o eixo Ox,
Tem-se, em virtude das relações (4),
du{x, y) du{x, y) _ \ V sen (p;
== V I COS (p;
dx ày
donde se deduz o declive da tangente à linha
de corrente
du{x, y)
ày
tgq):
du{x, y)
( 6) dx
F i g. 260.
Obtém-se o declive da tangente à linha equipofencial derivando
a relação (5) em relação a jc:
du dudy_
donde
du
d^ dx
dx ' dü' (7)
dy
y' = 2Cx,
Obtém-se eliminando C:
y ^
Substituindo nesta igualdade y' por — ^ , obtém-se a equação diferencial
Fig. 261
da família das trajectórias ortogonais
1 ^ 2
yy' ~~ ^
ou
X dx
ydy =
2 •
O seu integral geral é
-J- + \ - = C2.
c=l..
dx
60 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
dy
dx l-J t-L
Log + =X ** ■f'
que é a família das trajectórias. Para ver quais são as curvas desta família.
Fig. 263
passemos a coordenadas polares:
—
X = tg<p; V^^ + y^ = P*
p = C e '‘ .
Vê-se que a família das trajectórias isogonais é composta de espirais
logarítmicas (fig. 263).
y, y , y = o (1)
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 61
Vx=xo = yo.
Ux^ xq = yot
(2)
y^=xo ]/oi
yx=XQ = i/o»
— j/o ,
, 4» t
se possa escolher as constantes Cu C2. .... Cn de modo que a função
y = (p {x, Cl, C a v . Cn) verifique as condições (supõe-se que os valo
res iniciais Xq, yo, y ', pertencem ao domínio de existência
da solução).
Uma relação da forma O {x, y, Ci, Cg. .. .. Cn) = 0, que define
a solução geral implicitamente, chama-se integral geral da equação
diferencial proposta.
Qualquer função que se deduza da solução geral, que concretiza
os valores Cu C2, ..., Cn, é uma solução particular. A curva represen
tativa duma solução particular é uma curva integral da equação dife
rencial dada.
Resolver (integrar) uma equação diferencial de ordem n, é:
1) achar a solução geral (se as condições iniciais não forem dadas)
2) encontrar a solução particular da equação que satisfaz às con
dições iniciais (se as houver).
Damos, nos parágrafos seguintes, métodos de resolução de dife
rentes equaçõçs de ordem n.
f ( x ) d x + Cu
Xo
Xo
••í Xo
f{ x ) d x . . . dx
(X — Xq) 7 1 - 2
C i( x -X o )" ” ‘
{n -í)l
+
+
{n-2)\
basta fazer
— í/o» C y i- i — ^ 0 » • • =
Exemplo — 1. Encontrar o integral geral da equaçSo
y"* = sen {kx)
e a solução particular que satisfaça às condições iniciais
í/x=0 = ^» í/i=0 = ^-
Resolução.
COS k x — 1
y '= ^ kx dx-\-C
0
y -~ l Cidjr+Cz
ou
senfe® X I ^ ^
y = ----- p - + - j g - + C,X+ C2.
Qualquer força que aja sobre a viga (por exemplo, a carga, a reac^o
dos apoios) tem um momento em relação a uma secião transversal da viga
que é igual ao produto da força pela distância entre o ponto de aplicação
da força e a secção considerada. A soma M (jc) dos momentos de todas as
forças aplicadas dum mesmo lado da secção da abcissa x chama-se momento
flexionador da viga em relação à secção dada. Demonstra-se nos cursos de
resistência de materiais que o momento flexionador duma viga é
EJ
R '
onde E é o módulo de elasticidade, que depende do material, J o momento
de inércia da secção transversal da viga em relação ao eixo horizontal que
passa pelo centro de gravidade desta secção, R o raio de curvatura do eixo
curvo da viga, cuja expressão é dada pela
fórmula (§ 6, Cap. VI)
R= - ^ .
Integrando, vem
(3)
Em especial, a fórmula (3) define a flecha h na extremidade L:
pi»
* = »*=» = 2EJ •
â='(- ) 1
que não contém , explicitam ente, a função desconhecida y.
(1)
dx^ dx *
Substituindo estas expressões das derivadas na equação (1),
obtém-se uma equação de primeira ordem
p).
Façamos
dy
dx = p ;
66 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
tem-se ^ dp
dx^ dx
Separemos as variáveis
dp dx
"^1 + a •’
então.
L o g (p + V l+ /> * )= -J + Ci,
P -i
í'i=o = 0-
A primeira condição conduz C2 = 0, a segunda, Ci = 0.
Obtém-se, finalmente:
| = / ( » . p).
II — Equações da forma
( 2)
P). W)
= p { y , Cl).
dx
Separando as variáveis, tem-se:
dy
' dx.
p (y , Cl)
A integração desta equação fornece o integral geral da equação
proposta:
O (x, y, Cu C 2 ) = 0.
Exemplo — 2. Encontrar o integral geral da equação
_5
• + c ,- ± f
dy = 3t +
Por conseguinte,
r y^ !> d y ___ f 3 t(t» + l) ,, 3 /'f» ,
' Y C iy'^ '^ — i J ‘ Cf V 3 j
= - ^ K c y / a - l (Ciy*^^+2).
Finalmente, obtem-se
x + C2= ± - ^ y Cj1,'/3_1(C,í,*/3+2).
Exemplo — 3. Suponhamos que um ponto material descreve a recta Ox
sob a acção de uma força que depende sòmente da posição do ponto.
A equação diferencial do movimento é
dx
Seja Xo e = v© para / = 0.
at
dx
Multipliquemos os dois membros da equação por dt e integremos
dt
de 0 a r. Obtém-se:
1 / d x \2 1 (•
T I "áT) - y "“'S = J ^ (3^) dx.
EQUAÇÕES DIFERESNCIAIS 69
/ • ( x ) á x ] = 4 -'«^? = const.
XO
d^s s
-= -g se n -.
p dp = — gscn — ds.
70 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
logo
p^=^2gl COSy + Ci.
donde
C i= —2gZcos-^ .
Por conseguinte,
^ ' = ( - í - ) ' = 2g í ( c o s ^ - c o s ^ )
OU, aplicando a esta última a fórmula relativa à diferença de cossenos:
( | l ) “= 4 ,,s e n * - ^ s e n f ç f , (5)
ou (♦)
I f — 2 VTi > / s « i sen í ç l , ( 6)
f ^ . _= 2 V f l t. (8)
/ s e n i l f sen-
21
Esta igualdade dá a dependência entre s e t, O integral à esquerda não
se exprime por meio de função elementar. O mesmo se diga de s como
função de /. Consideremos o problema posto aproximadamente. Suporemos
que os ângulos e são pequenos. Os ângulos — — não serão
L •' 21 21
donde
(9)
Nota — Suposemos até agora que s=^So, Mas pode-se verificar, substi
tuindo directamente, que a função (9) é solução da equação (60 qualquer
que seja r.
Notemos que a solução (9) é uma solução aproximada da equação (5),
dado que substituímos a equação (6) pela equação aproximada (60.
A igualdade (9) mostra que o p^nto Af (que se pode considerar como
a extremidade do pêndulo) executa oscilações harmónicas de período
■= 2. / - gf .
Este período não depende da amplitude da oscilação So.
Exemplo — 4. Problema da segunda velocidade cósmica.
Determinar a velocidade a que é preciso lançar um corpo verticalmente
para cima para que escape^ à atracção terrestre. Desprezar-se-á a resistência do ar.
Resolução — Designemos as massas da terra e do corpo respectivamente
por M t m. Em virtude da lei da atracção de Newton a força que solicita
o corpo m •€
. . M•m
(11)
4 = + fc j» f-i-+ c ,
ou
^ k M , vl
= +"2
Substituámos o valor encontrado C> na igualdade (11);
— = + k „M 1- - —
kM + - ^
OU
( 12)
2 (13)
ou
vo> y
Teni-se, pois, para a velocidade mínima
2kM
1^0=
/ R ’ (U )
EQUAÇÕES DIFEREN CIA IS 73
em que cm8
/c= 6,66.10-8 g s 2 ’
ií = 63*10'^ cm.
ou
M = gR^
Substituindo este valor de M na fórmula (14), obtém-se:
dx
= t g (p. (2)
f l.í i + i í í ,
y"
Donde
(1 +
R
Ora
j/' = tg(p; 1 + / * = ! + tg*<jp = sec*(jp;
( r + y V ^ = |sec*«p| = — V -
I COS (P)
Por conseguinte.
y = (3)
R I COS®(p I
= í {x, y, tg c p ),
R I COS <p I
ou
R= ( 4)
|c o s ® c p |- /( a :, y, tg c p )
o que mostra
Fig. 266
rencial de segunda ordem determina a
grandeza do raio de curvatura da curva
integral, uma vez dadas as coordenadas do ponto e a direcção da
tangente neste ponto.
Daqui resulta um método de construção aproximada duma curva
integral que admite uma tangente contínua (*) em cada ponto; a curva
é constituída por arcos de círculos.
Assim, suponhamos que se deve traçar a curva integral da equa
ção (1) que satisfaça às condições iniciais:
+ ••• = o (2)
e diz-se homogénea ou sem segundo membro (o primeiro membro desta
equação é uma função homogénea do primeiro grau em relação a y, / ,
— constante.
í/2
Senão, as soluções dizem-se linearmente dependentes. Por outras
palavras, duas soluções 3^1 e 3^2 dizem-se linearmente dependentes, sobre
o segmento [a, b], se existir uma constante \ tal que ^ ^ P^^ra
G < jc < 6. Tem-se, então, 3^1 = kyz.
Exemplo — Seja a equação y'' — y = 0. Verifica-se fàcilmente que as
funçQes 5e~® são soluções desta equação. As funções e* e
são linearmente independentes em todo o segmento, dado que a relação - ^ = ^2*
e *
não permanece constante quando x varia.
3gX
As funções e* e 3e^, essas, são linearmente dependentes, p o is -^ = 3 = c o n s t.
e*
Definição — 3. Sendo 3^1 e ya função de x, o determinante
W{y„y^)=^^ ^ = y ,y '^ - y [ y ^
y'i y'2
cbama-se determinante de Wronski ou wromkien das funções dadas.
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 77
yt Vz yi Vi Vi
W{yu yi) = = X = 0.
y 'i y'2 y 'i y\ y\
Log = —^ dx,
C
Xo
78 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
donde
- j a, d*
W = Ce (7)
y iy 2 z z M i = o
yl
ou
yo-- + ^*2^20 20 » 1
(9)
yo = Ciy^o -)- C2^20
20» J
em que se fez
{yi)x=XQ — ^loí {y<^x=XQ — í/20*»
{y-òx=XQ = z/io; {y^x=XQ = y^o-
80 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
1 1
cujos coeficientes «1 = — e ü2 = -----õ- são contínuos em todo o segmento que
X X“
não contenha o ponto jc = 0, admite as soluções particulares
1
í^i — í/2= —
(é fácil de verificar substituindo na equação). A solução geral é pois
y — —
X
•
donde rc r S "
1 d x + r.
í/i ) y\
f r ^
y = Ciyt + Ciyi J — ^— X. ( 11)
—2x
Notando que fli = , obtém-se, em virtude da fórmula (10):
1—
? 22xi
x dx
1- x2 .-L o g ( l- x 2 )
dx = x f __ ^
*J x> (l- I*)
j)d x = x [ - l + i . L o g | ^ | ]
(■**■+ 2 (1—a:) + ^ + a : ) ;
A solução geral é pois
y=C'iX + C'2 ( “2 ’
*2 = — Y - l / y - í-
*1.2= - Y ± | / ^ ^ + 2 :
A:i = l, /;£ = —2.
O integral geral é
y = Cie^+C2e-^^,
II — As raízes da equação característica são complexas.
Dado que as raízes complexas são conjugadas, façamos
Aíi = a + ip ; *2 == 05 — ip,
em que
(u" + p u + 9“ ) + + P ^ ’ + 9^) — 0-
Mas uma função complexa apenas é nula se, e sòmente se, as
partes real e imaginária o forem separadamente, isto é,
u ' + pu + gu = 0,
v ' + p v -|- gi; = 0.
Acabamos de demonstrar que u (x) e v (x) são soluções da equa
ção proposta.
Recopiemos as soluções complexas (4) sob a forma de soma
das partes real e imaginária;
Pi = «“* COS px -)- ie“* sen px,
Pa = c“* COS px — fe®* px.
De acordo com o que se acaba de demonstrar, as funções reais
seguintes serão soluções particulares da equação ( 1):
= e“* COS px, (6')
y, = e““ senPa:. (6')
As funções pj e Pa são linearmente independentes, porque
f f i _ e®*cosPx
= c o tg P x :? tc o n s t.
P2 e“* sen Px
Resoluções:
1. Escrevamos a equação característica
A:2+ 2fc+ 5 = 0
e determinemos as suas raízes:
—l + 2i, /c 2 = —1 — 2i.
O integral geral é, pois,
y= (i4 c o s2 a r+ 5 sen 2x).
2. Achemos a solução particular que satisfaça às condições iniciais dadas;
determinemos para esse efeito os correspondentes valores de A e B.
y = -i-e"*sen2z.
A curva está representada na figura 267.
III — A equação característica admite uma raiz real dupla.
Tem-se, então, = ko.
Obtém-se uma solução particular yi = em virtude dos racio
cínios anteriores. É preciso encontrar uma segunda solução particular
linearmente independente da primeira (a função é idênticamente
86 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
Exemplos:
1. As funções = = í/3 = 3e*são linearmente dependentes, por-
1
que se tem para ^i = l» ^2 = ^» ^ 3 = — ^ a identidade
+ CgSe* = 0,
2. As funções í/i = 1, Vz = x, = linearmente independentes, porque
nâo se pode anular idênticamente a expressão
6*1•1 -f- C2X-f~
com Cj, 6*2» não todos nulos.
,, _phnx
3. As funções í/i = e^^^,í/2 = ^^**t •y yn —c » ,comAf,,A;2,...
arbitrários, são linearmente independentes (não demonstraremos esta proposição).
F + a i F “ ‘ + a2F “ 2+ . . . + f ln = 0.
88 CALCUIjO d if e r e n c ia l b in t e g r a l
*4— 1 = 0.
As raízes desta equação são
^l = lt * 2 = — 1| *3 = 1, * 4 = — í.
O integral geral, é póis,
y ^ C i € ^ + C ^ - ^ - \ - A c o sx -f B senx,
cm que Ci, C2, A, B são constantes arbitrãrías.
EQUAÇÕES D IF E R ia^C IA IS 89
y = v + y* (3>
é a solução geral da equação (1). Demonstremos, em primeiro lugar,
que a função (3) é uma solução da equação (1).
Substituamos a soma ^ + i/* na equação (1) em vez de y,
Ter-se^á:
quaisquer que sejam Xo,*'yo e (desde que jco seja tomado no domínio
de continuidade das funções «i, e / ( jc)).
Tendo em atenção que se pode por y sob a forma
y = Ciyi + C^V2,
em que yi e 3^2 são duas soluções linearmente independentes da equa
ção (2) e Cl e C2 constantes arbitrárias, pode-se recopiar a igualdade (3)
sob a forma
y ^ C ^ y i + C^Vi + y*. (3')
(♦) Aqui yio, ^20» y?» Í^ío» í/20» y*' sâo valores que tomam as funções
para x = xq.
y u y i , y * t y [ , yí^ y * '
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 91
Tem-se:
Logy'=U>gx+LogC-, y '= C x ;
y *
assim,
y=Cix^+C2.
Para que esta expressão seja solução da equação proposta, é preciso
determinar Ci e C2 como funções de x do sistema
C[x'^ -j- C2 • 1 = 0, 2C[x -f- í/2 •0 = X.
Resolvendo este sistema, vem
Cí = l .
e por integração:
C i= - |- + C i, Cz----- -Ç -+ C 2.
y* = ^Qn (^)
c) a é uma raiz dupla da equação característica. O grau do
polinómio baixa, então, de duas unidades quando se substitui a função
Qn (^) equação diferencial. Com efeito, sendo a uma raiz da
equação característica, + «p + ^ = 0; além disso, sendo a raiz dupla,
tem-se 2a — p (sabe-se, efectivamente, que a soma das raízes da
equação do segundo grau escrita acima é igual ao coeficiente do
termo do primeiro grau tomado com o sinal menos). Assim. 2a p = 0.
Resta, pois. no primeiro membro da igualdade (4) Ç" (x), isto é,
uih polinómio de grau n — 2. Para que o resultado da substituição
seja um polinómio de grau n, torna-se necessário procurar uma solução
particular sob a forma de produto de por um polinómio de
de grau m H- 2. A constante e o termo do primeiro grau deste poli
nómio desaparecem então, após derivação e poder-se-á omitir na
solução particular.
Assim, quando a é uma raiz dupla da equação característica,
procurar-se-á uma solução particular sob a forma
Por conseguinte.
* 1 4
9-
A solução geral y ^ y - { - y * será
^=Cie«*+C2e*+* ( e*.
( a —ip)x
+ ( 6)
donde ^ = 5 B = 4~ o •
A solução geral da equação proposta y = y + y*, é
2 1
y = e~^ {Cl cos 2x + C^2 2x) + cos x + sen x.
u 0
Exemplo — 5. Resolver a equação
y''-\-^y = cos 2x.
Resolução — As raízes da equação característica são ki = 2 i ^ k 2 = —2i ;
a solução geral da equação homogénea é, pois,
y = Ci COS 2x-f-C2 s e n 2x.
Procuremos uma solução particular da equação com segundo membro
sob a forma y* = x {A cos 2x + B sen 2x).
3 3 \
(^ c o s a i+ y s c n x j ,
e a solução geral
3 3 \
(^ c o s z + -^ s e n ij .
+ ...+ c 'jr - ^ ^ = í { x ) . j
Este sistema de equações de incógnitas C', .... Cn, tem uma
solução bem determinada. (O determinante dos coeficientes c ;, c ;, ....
Ç n é O determinante de Wronski das soluções particulares y ^ , y 2 , yn
da equação homogénea, que se supõem linearmente independentes;
não é, pois, nulo.)
O sistema (4) pode, pois, ser resolvido em relação às funções
C[, Cg, . . ., Cn.Integremo-las, uma vez encontradas:
Cl = J Cj dx -|- Ci‘, C2 = J C2 dx -f- C2; . . .;
C n = ^ Cndx
onde Cl, C2, . . ., Cn são constantes de integração.
Mostremos que a expressão
y* = Ciyi C2^2 + • • • + Cnyn (5)
é a solução geral da equação completa (1).
Derivemos a expressão (5) n vezes tendo em conta, de cada vez,
as igualdades (4); ter-se-á, então:
y* = Ciyi + C 2 Í/2 + C 3 ^ 3 Cj^yn,
y* = Ciyi + ^'2^/2 + ^3^3 + . . . + Cní/n,
y = Q W e“*,
em que Q(x) é um polinómio do mesmo grau que P ( jc), mas com
coeficientes indeterminados;
b) se a é raiz de ordem de multiplicidade /j. da equação caracte
rística, procurar-se-á uma solução particular da equação com segundo
membro sob a forma
y. = x*‘Ç (x)e“*,
^ dl^ dt ( 1)
tdt + w = o. ( 1' )
dt^
com
X k
Q
Além disso, suponhamos que o ponto inferior da mola efectua
um movimento vertical que obedece à lei z = (0- Tal é o caso se
a mola estiver fixada pela sua extremidade inferior a um rolo, des
crevendo um contorno dado (fig. 269).
(2')
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 105
onde se faz
^ < p (o + v (< )
+ pk q = Q
e achemos as raizes:
ou
2n
de 27t chama-se período das oscilações', no nosso caso 7* = -5- . Cha-
P
mamos frequência das oscilações ao número de oscilações no tempo 2tt\
no nosso caso a frequência é p, a. constante A, que represento a dis
tensão máxima a partir da posição de equilíbrio, chama-se amplitude
do movimento oscilatório; ç»o é a fase inicial.
Representa-se o gráfico da função (3') na fig. 270.
4. Seja p 0 e -^ < g.
As raízes da equação característica são. então, complexas:
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 107
fci = a + ip, = OL — i p ,
em que
a = - ^ < 0 , P =
M = ____ __________• N= .
(í-o Y + p V (g _ co Y + p W
Antes de substituir as expressões de Af e na igualdade (3),
introduzamos as novas constantes A* e (p*, fazendo
M = A*sen cp*, N = A*coscp*,
ou seja
^ M
a * = ^ V a j ^ + jv^ = tl^o) = ---- .
V (g _ o )Y + /)W N
y =: sen(o)í + ).
V(q — (o Y +
Façamos
— = X- -^ =
Pl ’ Pl
e é igual a
V ' - 4 -
Por conseguinte, a amplitude máxima é igual a
a
D.
PiY 7 ^
110 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
Por conseguinte.
y = — ^ teos(út
zp
112 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
Fig. 273.
que tem lugar quando a frequência das oscilações próprias do sistema
e a frequência da força coercitiva coincidem, chama-se ressonância,
O gráfico da função y* está representada na figura 273.
dyi
= h { x . Ui, Vz, . . . . yn),
dx
dyn
dx = fn (x , yu í/2» . . . » yn).
d^yi
dx^ = P2Í^y yu yn)-
È ^ = z F z i x , yu yz, . . . . y„).
dx"
= yi, . . . . yn),
^ U l t • • •> í/n)»
da^ (3)
d"yi
= Pn{x< Uu ■■•. Vn)-
dx^
yn==tpn(a;, y i, y i, •
Substituindo estas expressões na última equação (3), obtém-se
uma equação de ordem n baseando-se em y i’.
= y i, y i, • • • . y i" (5)
dx^
Determina-se resolvendo esta expressão:
— ^2» • • •» ^n)* ( 6)
í *§•.. .................
Substituamos estas funções na equação (4). Encontram-se y2 ,
ys....... Vn :
V2 ''1^2 ^1» ^2» • * 1
(7)
yn = ^ n {^ . Cl, C2, . . C J. I
Para que a solução obtida satisfaça às condições iniciais dadas (2),
não resta mais do que determinar ém (6) e (7) os valores das cons-
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 115
- ^ = y+ 2 + x, - ^ = —4í^—3z + 2x (a)
com as condições iniciais
- ^ = (» + * + *) -f-(— 4 y — 3s + 2*) + l
ou
d^y
- 3y—2z -j- 3x -j-1. (c)
dx^
2. Deduz-se da primeira equação (a)
dy
(d)
Substituindo esta expressão em (c), obtém-se
d»y
ou
----
dx^ + 2 - 3 j - f y = 5 * - f l. (e )
A solução geral desta última é
y = (Ci + C2x) e-* + 5 x - 9 (f)
e tendo em conta (d)
z = (C2 —2(7i — 2C2X) e-* - 6x + 1 4 . (g)
Escolhamos as constantes Ci e Cs de maneira a satisfazer âs condições
iniciais (b):
( i/ ) x = o = f» ( ^ ) x = o = ^«
__ 2 i - 0
dí2 dt
O integral geral desta última é
x = Cie-^-\-Coe^K (a )
Donde
e t j / = - ^ _ z = _ c , e - í + 2 C2e2t _ z . (P )
Substituindo as expressões acima de x e y na terceira equação do sistema
proposto, obtém-se uma equação que permite determinar z:
dz
( dx dy
-F 1 ( 10)
* d r '' dt
Pode-se resolver um sistema de equações diferenciais de ordem n redu
zindo-o a um sistema de equações de primeira ordem. Mostremos como se
procede com o exemplo (9) e (10). Introduzamos as notações:
dx dy
dt dt "
Tem-se
d^x du dv
dt^ dt dt^ 1T
O sistema de duas equações de segunda ordem (9) e (10) a duas fun
ções desconhecidas x (/) e y é substituído por um sistema de quatro equações
de primeira ordem com quatro funções desconhecidas x, y, u, v:
dx
-=u,
dt
dy = u,
dt
du
m - ji i - = F x { t , X, y, lí, u),
dv
m — = Fy{t, X, y, u, v).
118 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
Por integração, obtém-se a solução geral desta equação (ver t. II, cap. XIII,
§ 22, exemplo 4):
y= + COS + senx.
Tiremos
0X2 desta equação e substituámo-lo na primeira equação do
sistema proposto. Determina-se
z= + — ^3 COS X—C4 sên x.
dXn , , ,
—; — + a^^nX^ + . . . annXjii
dt
em que os coeficientes au são constantes. Aqui t designa a variável
independente, Xi (t), jcz (í).......... (0 as funções desconhecidas. O sis
tema (1) chama-se sistema de equações diferenciais homogéneas de
coeficientes constantes.
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 119
a ii) (i)
1 í ^2 » aU)
Pode-se mostrar que um dentre eles é arbitrário. Pode-se estimá-lo
igual à unidade. Assim, obtemos:
para a raiz ki a solução do sistema (1)
x„ = a , e
+ C^afe"'-^ + . .
( 6)
Xj^ = + C2^n^'^^ + • ■
em que Ci, Cz.......Cn são constantes arbitrárias, é a solução do sistema
de equações diferenciais (1). É a solução geral do sistema (1). Mostra-se
fàcilmente que se pode encontrar para as constantes valores tais que a
solução verifica as condições iniciais dadas.
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 121
(2 -l)aií> + 2a^i> = 0, \
laiD + (3-l)aS5i> = 0 /
ou
aii> + 2a^i) = 0,
aii> + 2a^i) = 0,
1 1
donde ^ Façamos = 1. Obtemos = — g -. Obtivemos, assim,
a solução do sistema
xil> = e^ X^l>=— y e'.
X 2 = — +
■aiiX-\-ãizy.
dt^
<fy (10)
■Ü2\X -|“ ^222/*
de
Procuremos de novo a solução sob a forma
x = ae kt y = ^e^\
«11 — k «12
:0. ( 12 )
«21 ^22 — ^
É pre<|isamente a equação característica para o sistema (10); é
uma equação de quarta ordem em relação a k. Sejam kx, k 2 , k^ e k 4
as suas raízes (supondo-as distintas).
124 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
y= + C3p<=*^e*>‘ + C iP ^ V * '.
Se certas raízes forem complexas, a cada par de raízes complexas
corresponderá, na solução geral, uma expressão do tipo (9).
Exemplo — Encontrar a solução geral do sistema de equações diferenciais
d^x
dt^ = x — Ay,
d^y
dt^ -a:+y.
Resolução — Escrevamos a equação característica (12) e achemos as suas
raízes:
1_A:2 _4
= 0,
—1 1—A;2
k^ = i, k 2 = —í, A;3= 1/3, ki^=—l/S .
Voltemos a procurar a solução sob a forma
i<i) = a<i>eí',
l(2) = (x(2)e-*', y(2) = p(2)e^^\
i(3)=^a(3)e ^3t ^ yi3) = p(3)e^^\
x(4) = a í í ) í - ’^^', y(4) = p(4)g-
11) tiramos a^íi e pu> :
a<i> = l,
a<2) = l,
a<3) z= 1, P<3> = - 1 .
a<4) = l, = .
Escrevamos as soluções complexas:
a;íi> = e~^^ = cos / + í sen ^ = y (cos í + í sen/),
1
X(2) ; - i t = COS t — i^ í, í/<2)= -_ (cos t — i stn t).
As partes reais e imaginárias tomadas separadamente serão também
soluções: __ _ ^
j;(l) - : cos /, ^(1) — COS / ,
1
x(2) —sen r, sén t.
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 125
y = ^i~2 ^ ^ V lt.
É ^ = fi{t, X, y ) ,
di
(1)
^ = X, y ) .
dt
Sejam x = x { t ) e y = yU) as soluções deste sistema que satis
fazem às condições iniciais
^t=0 = ^0> 1
yt= o= yo- > ’
126 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
|x(<) — x ( í ) | < e ,
( 2>
I ío — ^ 0 1 < ô .
(3>
I ^0 — í/o I < ô .
Interpretemos esta definição. Resulta das desigualdades (2) e (3)
que as soluções variam pouco, qualquer que seja t positivo, quando
as condições iniciais variam pouco. Se o sistema de equações diferen
ciais é o dum movimento, o carácter do movimento varia pouco
quando as condições iniciais variam pouco se as soluções forem estáveis.
Vejamo-lo com o exemplo duma equação de primeira ordem.
Seja a equação diferencial
dy
-Í/ + 1 . (a)
dt
A sua solução geral é
(b)
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 127
yo=c+u
donde
C=yo~í.
Substituindo este valor de C na igualdade (b), obtém-se
P = (yo— 1) e"' + l .
É evidente que a solução >^ = 1 é estável. Com efeito
y— y= [(íío— 1) «■' + !] — l = (ío —l ) « “ ' —^ 0
quando t —> oo.
A desigualdade (3) é, pois, verificada qualquer que seja c desde que
se tenha
(í/o—l) = ô < e.
dx
= cx-\- gy,
dt
(4)
- ^ = ax + by,
dt
supondo que os coeficientes a, b, c. g são constantes e gz^O ,
Vejamos a que condições devem satisfazer os coeficientes para
que a solução jc = 0, >^ = 0 do sistema (4) seja estável.
Derivemos a primeira equação e eliminemos y. Obtém-se uma
equação de segunda ordem:
(Px dx du dx . , .
^ ^ c — + g ^ = ^ c — + g (a x+ b y )= =
dr dt dt dt
dx
= c -------1- agx + b
dt
ou
dí^x , . dx
+ ---- (ag — bc) x = 0. (5)
dt
128 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
y = [ C l (^ 1 - c) + C 2 (X 2 - c) ^ .
y = j[ C 2 Í X . - c ) e ’'^* -c C i]
e, como anteriormente, a solução é estável
3. Seja Al = A2 < 0. Tem-se
x= {C ^ -\- C 2O 'i
í/ = — ^ ^ [ C l ( À i — c) - I - C 2 (1 4 "
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 129
Dado que
te^it 0 e »0 quando í —> oo,
ter-se-á para Ci e Co. suficientemente pequenos (isto é, quando JCo e yo
sejam suficientemente pequenos) | x (í) | < e e | i/ (0 I < ® qualquer
que seja í > 0. A solução é estável.
4. Seja Al = zA. = 0. Tem-se
a: = Cl +
1
y =■ — [— cC\ H" C 2 — CC 2Í].
g
Vê-se que por mais pequeno que seja Cj 7^ 0. jr e y tendem para
o infinito quando t-> co, isto é. que a solução é instável.
5. Suponhamos que uma das raízes Ai c Ao é positiva, por
exemplo, Ai > 0.
Resulta da fórmula (7) que por mais pequenos que sejam jc e >^, se
+ gyo — ^0^2 ¥= 0,
isto é. que se Ci =?í= 0, \ x (t) | 00, quando t - ^ 0 0 ,
Por conseguinte, a solução é instável neste caso também.
6. As raízes da equação característica são complexas e a parte
real é negativa:
A.1 — cc i'P, 1
. í « <0.
A,2 = a — íP, J
Neste caso
X= sen (Pí + ô),
1
y = j cé^ [(a - c) sen (pí + ô) + p cos (pí + 6)]
Neste caso
x = C sen(pt + ô),
1
y = — C [P COS -j- ô) — c sen (pí -j- ô)],
dx
— = cx + g y -[-P {x , y),
dt
(4')
- ^ = ^ a x - \ - b y -\-Q {x, y).
dt
Salvo casos excepcionais, a solução dum tal sistema não se exprime
por meio de funções elementares e quadraturas.
Para estabelecer a estabilidade da solução deste sistema, compara-se
às soluções dum sistema linear. Suponhamos que quando jc -> 0 e y 0
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 131
p-^0 P p-^0 p
dx
= cx-\- gy,
dt
(4)
du . .
— = ax by,
dt
|= /( » , y) ( 1)
í), ( 2)
l\x
^ y = f{x , y )S x . (2')
y' = y + «
que verifica a condição inicial: >^o ^ 1 para Xo = 0.
Resolução — Dividamos o segmento [0, 1] em 10 partes iguais com a
ajuda dos pontos Xo = 0; 0,1; 0,2; 1,0. Por conseguinte, h = 0,1. Procuraremos
os valores y^y •••yVn com o auxílio das formulas (2 ')
byh = {yh+^h)b
ou
yh+i = y h + (v k + x k )h .
Obtemos assim: yi = l.+ (l + 0)*0,1 = 1 + 0,1 = 1,1,
!/2= 1,1 + (14 + 0, 1) . 0,1 = 1, 22,
yh y i& ^ h
y = 2e ^ — X — 1.
Por conseguinte.
y |3ç_ 4 = 2 (e — 1) = 3 ,4 3 6 6 .
h r ,,,
= ^0 + — í/o + —-r í/o + — ^0 , (4)
1 1-2 3!
, 2A , , (2 h f , {2 h f
^2 = yo + 7 -^ 0 + í/o + - ^ í/o (4')
1 1*2 3!
Supomos, assim, conhecidos três valores (*♦) da função yo, yi. y2.
Na base destes valores, determinemos, utilizando a equação (l):
yo = f{xo, yo ). y't = f{xi, y i) , yz = í{xz, yz).
( *) Suporemos, no que se segue, que a função f { x , y) é dcrivável em
z t y tantas vezes quantas o exijam os raciocínios.
(**) Para um^çi solução dum grau de exactidão mais elevado deveríamos
calcular mais que os três primeiros valores de y.
136 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
^0 yo yí
A{/i
Xj — Xq-j~ ^ Ul yí A«yí
Ay;
X2= xq-\-2h V2 ví
y h -2 y 'k -2
^y'k—2
^ y 'h -i
Xk=^XQ-]-kh Vk y'k
í/o. yu y 2 , . . . . yh-
e. por conseguinte.
Ayó, Ayí.........
® AVo', AV í , . . . . A^y;_2.
, , i-h ) „ A - h f
Vh-i = y* H— z— Vk + ' ■• • - Vh. ( 6)
1 1 -2
ey'h- 2 >fazendo a = X/,, x — a — — 2 h :
{ - 2 h)r „ I, { - 2 h f
yh- 2 = Vh Uh + yh> (7)
1.2
Da igualdade (6) tiramos
/ f jk r %
1 h ff,
Vh — y h - i = ^ y k - i (8 )
1 1-2
Subtraindo os termos da igualdade (6) pelos da igualdade (7),
obtemos: \
y ^ -, - = S y \_2 = A y l - ^ y -
(9)
, h r , h . , . .0 '
Uk+l — + z9" A/Va-I “1“ J12z ^ y h - 2 - ( 12)
1
É a chamada fórmula de Adams para quatro termos. A fór
mula (12) permite, conhecendo y^, yk- 2.^ determinar y^ +i- Assim,
conhecendo j,,. >’i e y>> podemos encontrar y\i e. em seguida. >^4» l/s, •••
N ota— 1. Indiquemos, sem o demonstrar, que se existir uma
solução única da equação (1) sobre o segmento [x,. h] que verifica as
condições iniciais, então, o erro dos valores aproximados determinados
pela fórmula (12) não excede em valor absoluto M/z‘ em que M é
uma constante que não depende do comprimento do intervalo e da
forma da função / (x, y) e independente da grandeza h.
Nota — 2. Se quisermos reduzir a margem do erro. convém tomar
um maior número de termos no desenvolvimento (5) e modificar, por
conseguinte, a fórmula (12). Assim, se em vez da fórmula (5) tomar
mos uma fórmula cujo segundo membro contenha cinco termos, isto é,
se acrescentarmos um termo de ordem h \ obteremos, duma maneira
análoga, em vez da fórmula (12) a fórmula
y ' \ X
.V V y' Ay'
xo = 0 yo= 1,0000 » i= i
Ayi = 0,2103
Ay; = 0,2324
Aj/i = 0,2568
yJ = 02 + 02 = 0,
{^^=0=i^yy'+ 2^)*=o=0*
yí'=0 = (2í/'* + 2yí/‘'+ 2 U o = 2 -
Das fórmulas (4) e (4'), obtemos:
= 2 = 0,0003, = 2 = 0,0027.
Da equação tiramos!
yó = 0» yí = 0,0100, í^2= 0,0400.
Ay' A2y'
Ay; = 0,0100
Ay; = 0,0300
^!/2 = 0,0501
^ = / . ( x , y, z), (1)
■ ^ = Í 2 Í^, y, z), ( 2)
dx
que verifica as condições iniciais: para x = x., > = >’o , z = Zo.
Determinaremos os valores das funções y t z para os valores da
variável independente Xq, x \, x ^, . .
142 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
Seja de novo
—h {h — 0, 1, 2y • • . t ^ 1). (3)
Os valores aproximados da função serão notados por
h , h . , i * ^ i a 2'
^A+ l = 2a + ^ — AZa-1 + hS. Z/e-2. (5)
^ 2 h , . { 2 k f . ^ (2 h f ...
V2 = uo ~ yo — ~~ yo H— Y” ’
, h . . hr .. ...
21 =— 2q + Y ^0 + ~ 2q + ~ 2q ,
r/./’ ay úz / -v=.vn
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 143
^0 yo yi ZQ ^ 0'
^ y 'o A z ’o
yi yí A ^y'o Zi Z'l
Ayi A zí
Xo y2 y '2 A V i ^2 Z2
A yí A 22
•^3 y3 y ’z Z3 Z3
Das fórmulas (4) e (5) obtemos 3^3 e z» e das equações (1) e (2)
y's ® ^3- Calculando Ay' A^^', Az', A^z' encontramos, utilizando de
novo as fórmulas (4) e (5). >4 e >5 e assim sucessivamente.
Exemplo — Encontrar os valores aproximados das soluções do sistema
z' = y
para as condições inic)áis: y.» = 0, Zo = 1 para a- = 0.
Calcular os valores das soluções para jc = 0; 0,1; 0,2; 0,3; 0,4.
Resolução — Tiramos destas equações:
í/o = ^ac=o= 1»
^ó = í/x=o = 0.
Derivando estas equações teremos:
yo = {ynx=o=(z^)x=o = 0 y
2S= (z'')3:=0 = (y')x=0 = l,
í/Í:' = (í/'")x=0=(O*=0==1,
2i:'=(-")x=o = (y")x=o = o.
144 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
0,1 ( 0, 1)*
. 0 = 1,0050,
3i = 1 + ^ - 0 + V 1-2
t9— 1 3!
X y V’ Ay' A 2 í/ '
Xq = 0 !/o = 0 í/i = l
A j/i = 0 ,0 0 5 0
Ayí = 0 ,0 1 5 0
Aí/Ó = 0 ,0 2 5 2
13 = 0,3 í /3 = 0 ,3 0 4 5 í/i = 1 ,0 4 5 2
^4 = 0 ,4 !/4 = 0 ,4 1 0 7
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 145
Xq = 0 Zq = Í * i= o
A«i = 0,1002
A « ;= 0,1011
Azí = 0,1032
e de maneira análoga:
= 0 , 3 0 4 5 - 1 , 0 4 5 2 + ^0,1 - 0,0252 + • 0,1-0,0102 = 0,4107,
V4 = Y («® = 0,4107,
10
146 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
Exercícios
2* y = Cx C— .
3. y^ = 2 Cx + C^,
4. y‘i = Cx^-
1+ C
d^y . 3 d^y
5. y = C\X-\--- ^ + ^3- =0.
dx3 X d x 2
d2y
6. j/ = (Ci+C2x)e'‘* + (^c—1)2 * dx2 -2fc-^
ax
+ fc2jí = e*.
dy
7. y = C^e',a arc senx_|_ arc senx
dx
diy 2 dy
8 . dx2 ' X dx
0.
30. Encontrar em coordenadas polares a equação duma curva tal que em cada
ponto a tangente do ângulo formado p^lo raio vector e a tangente à curva
seja igual ao inverso mudado do sinal do raio vector. Resp. r(0-[-C7) = l.
31. Encontrar em coordenadas polares a equação duma curva tal que em cada
ponto a tangente do ângulo formado pelo raio vector e a tangente à curva
seja igual ao quadrado do raio vector. Resp. r^ = 2.
32. Mostrar que a curva que goza da propriedade de todas as suas normais
passarem por um ponto fixo é um círculo.
33. Achar uma curva tal que em cada ponto a subtangente seja igual ao dobro
da abcissa. Resp. y = C “|/x .
34. Determinar uma curva cujo raio vector seja igual à porção de tangente
compreendida entre o ponto ^ langência e a sua intersecção com o eixo Ox.
De modo que
■^(ft + 0,7)*dA= —0,3 V 2 g h d t,
O
donde
t = 0,0315 (10*/*—ft*/*)+ 0,0732 (10®/*— fe®/*)+ 0,078 ( V 10 — Y h ) .
Fazendo li = 0, obtém-se o tempo de escoamento T = 12,5 segundos.
37. A travagem dum disco que gira num líquido é proporcional à velocidade
angular de rotação o). Achar a dependência entre a velocidade angular e
o tempo, sabendo que a velocidade angular do disco baixa de 100 r/m
para 60 r/m no espaço de um minuto. Resp. cd= 100(3/5)^ tr/m n.
38. Suponha-se que a pressão de ar vertical numa dada secção depende da
pressão das massas de ar superiores. Encontrar a dependência entre a
pressão e a altitude, sabendo que a pressão é de 1 kg/cm* ao nível do
mar e de 0,92 kg/cm2 a 500 metros de altitude
Indicação — Servir-se da lei de Mariotte em virtude da qual a densidade
dum gás é proporcional à sua piessão. A equação diferencial do problema
é d p = — kp dh, donde p = e“0,00017/1. Resp. p = ^-0,00017/1.
Integrar as equações homogéneas seguintes:
39. (y — x )d x + (y + x)dy = 0, ReSp. y^ + 2xy — x ^ = C ,
40. (x-\-y) d x -^ x d y = 0 . Resp, x^-{- 2 xy = C.
41. {x-\-y) dx + (y — x) dy = 0 .R tsç . Log (x2 + i/2)^/2__arc t g = C.
T C
5 . (r — s ) d í + í ds = 0. Rcsp.
45. = C ou s = íL og —
Rcsp.
46 xj/2 dy = (a:3 j,3) dx. Rcsp. y = x f 3 Log Cx.
47 X COS — (y dx + x dy) = y sen — (X dy — y dx). Rcsp. xy c o s = = ^ *
53. Determinar a curva cuja relação do segmento cortado pela normal sobre
o eixo Ox pelo raio vector é uma constante.
, dy
Resolução — Por hipótese = m, donde x2-f ^2= ^2 (x—C)2,
'V x^+ yi
54. Determinar a curva cujo segmento cortado pela tangente sobre o eixo Oy
é igual a sec G em que 0 é o ângulo entre o raio vector e o eixo Ox.
y = x ^dy- = a sec a
0,
dx
obtém-se
y - x - f - = a-^-----
dx X
donde j
- ( t + o)
55. Determinar a- curva sujo segmento cortado pela normal sobre o eixo Oy
é igual à distância do ponto considerado ]ài origem das coordenadas.
150 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
donde
x2 = C(2|/ + C).
56. Achar a forma de um espelho tal que os raios provenientes dum ponto O
sejam reflectidos paralelamente a uma dada direcção.
Resolução — Identifiquemos esta direcção com o eixo Ox e seja O a origem.
Sejam OM o raio incidente, MP o raio reflectido, MQ a normal à curva
procurada:
a = P; OM = OQ, N M = y,
NQ==NO + O Q = - x - { - y x ^ + y ^ = y cotg P = ! / ^ .
donde
y dy = ( — x + ~ y y ^ ) dx \
por integração, encontra-se
y^ = C^-\-2Cx.
Integrar as seguintes equações diferenciais lineares:
2y (x-Ll)». Resp. 2y = (x + l)* + C ( x + l)2 .
57. y
X + Í
y x - ^ í .Resp. i/ = C'x®+
X 1
58. y' — a i —a
59. (x — x3) y ' + (2x2— 1) y —ax3 = 0. Resp. y = ax + Cx~[/í — x^,
60. COS t-\-s sen t = 1. Resp. s =sen t-\~C cos t .
dt
—sen t
61. - ^+ s COS í = -^sen 2t. Resp. s= sén í — 1 + Ce
dt 2
62. y ' ---- íí- y = Resp. y = x‘^ (e^-\-C ).
X
Resp. Log = c.
X X— y
87. Achar o envoltório duma famflia de círculos cujos diâmetros sáo as curvas
-_0
da elipse 62^2+ a2y2 =-^252 perpendiculares ao eixo Ox, Resp. + 62
4- - ^ = 1
^ 62
88. Achar a evoluta da elipse x262 + a2y2_a252 como envoltório das suas
normais. Resp. =
Integrar as seguintes equações (Equações de Lagrange):
89. ]/ = 2 x y '4 -y '^ . Resp. x = - ^ — ^ p ; y= Í£ ^ Z fl .
y^33z=----
= 27
1 1 „
—x^-
98. y = x y ' — . Resp. y = C x— ^ . Integral singular 4
99. A área do triângulo formado pela tangente a uma curva e os eixos de
coordenadas é constante. Achar essa curva. Resp. As hipérboles equiláteras
4xy = i t l>em como as rectas da família y = Cx ± a “^/C.
100. Achar uma curva tal que o segmento da sua tangente compreendida entre
os eixos de coordenadas tenha um comprimento constante a. Resp. y = C x ±
aC
± . Solução singular : x*/3_j_^2/3_^2/3
101. Achar uma curva tal que a soma dos segmentos cortados pelas suas tan*
gentes sobre os eixos coordenados seja igual à contante 2a. Resp. y = Cx —
— _2oC Solução singular: (y — x — 2a)2 = 8ax.
1 —C
102. Achar as curvas tais que o produto das distâncias de dois pohtos dados à
tangente seja constante. Resp. Elipses e hipérboles (trajectórias ortogonais
e isogonais).
103. Achar as trajectórias ortogonais da família de curvas y = ax^. Resp. x^ +
-f ny- = C.
104. Achar as trajectórias ortogonais da família de parábolas y* = 2p(x — a)
1
X^ —1—m2 —g
^ y
2arc tg —
a;2_i_ ^2 — g
113. y = C|í* 4- Eliminar Cj e C2. Resp. y" — y = 0.
114. Escrever a equação diferencial de todos os círculos dum plano. Resp.
(l+y'2) y>"-3y'y"2=0.
115 Escrever a equação diferencial de todas as cónicas com centros, nos
eixos principais Ox, Oy. Resp. x (yy"-\-y'^)—y'y = 0.
116. Dá-se a equação diferencial yw_2y''__y'4 -2 y = 0 ® ^ ^ua solução geral
y==Cie^-\- ^2^“*-]-C3^2*.
Pede-se: 1) verificar que a família de curvas dadas é precisamente a solução
geral; 2) encontrar a solução particular correspondente a jc = 0; y |= 1;
y’ = 0, y" = - 1. Resp. jr = - l (9e* + e-*—4e**). '
120. y“= a ^y . Resp. a x= Log (ay + Va*!/® + C^)+ ou j/= Cie“» + Cje"®*.
127. y'" = y"2. Resp. y = (Ci —x) [Log (Ci —x) — 1] fC 2X + C3.
128. y'y'" —3y"2 = 0. Resp. x = C'iy2 + C2y + f^3.
Integrar as equações lineares diferenciais seguintes de coeficientes constantes:
129. y" = 9y. Resp. y = €^€'^^ + € 26-^^.
130. y "-f y = 0. Resp. y = ^ cosx-j-B sen X.
131^ y'" —y' = 0. Resp. y = C'i + C'2e*.
132. y" + 12y = 7y'. Resp. ^ = Cie3* + C2^4^.
133. y" —4y' + 4y = 0. Resp. y = (C1 + C2X)
134. y" + 2y'-4-10y = 0. Resp. y = (/I cos 3x + B sen 3x).
-3+KÍ7 -3 -V \7
135. y"-f-3y' —2y = 0. Resp.. y = CiC ^ +C2e ^
136. 4y" — 12y' + 9 y = 0. Resp. y = (Cj 4-C2X)
159. y ^ a^y = sen ax. Resp. y = {Ci — sen ax) e®* + C2C"®* + C3 cos a x +
+ C4 senax.
160. y^^ 4- 2fl2y" -|- a^y = 8 cos ax. Resp. y = (Cj + ^2^) cos ax 4- (C3 + C4X) X
x2'
X sen ax ----- ^ cosax.
a"
101^ Determinar a curva integral da equação y^-|-A2y = 0 que passa pelo ponto
M (^0» 1/0) e tangente neste ponto à recta y = ax. Resp. y = yo cos Ac(x— xq) +
_L ® sen (x —Xq).
' k
162. Achar a solução da equação y" + 2Ay' + /i2j/==0, que satisfaz às condições
y = a, y '= C para x = 0. Resp. Si h< ^n,
y = e~^ cos ‘X/n^— h^x-\—:j^ Í i^ = ^ s e n "yn^ — h^x^ ;
si h = n, y = \(C + ah) x + a] ; si n,
C + a ( f e + y / t 2—ra8) (h _ y p r;^ )X
2 V W ^i
C + a ( h — 1/fe^—n^) ^ -(h + y siU S )*
2 y ft2 _ » a
163. Achar a solução da equação y^ + n^y = A sen p x ( p :^ n ) , que satisfaça
às condições: y = a, y ' = C quando x = 0.
C(/i2—p2)-_ Ap - , A .
Resp. y = a cos nx 4----^ H — 5----- 5“ sin px.
164. Um peso de 4 kg ligado a uma mola distende-a de 1 cm. Achar a lei do
movimento, sabendo que a extremidade superior efectua oscilações harmó
nicas y = sen “j/lOOgí, sendo y a distensão vertical.
Resolução — Seja x a coordenada vertical do peso contado a partir da
posição de repouso. Tem-se:
4 d2jj
- k ( x — y — l),
g dt^
em que / é o comprimento da mola distendidade t k = 400, como resulta
das condições iniciais. Deduz-se 100^ x = 100^ sen ‘\/íÕÕgt + 100/^.
Procurar-se-á um integral particular desta equação sob a forma
t (C1 cos ~l/í00gt 4- C2 sen VlOOgí) 4- g,
dado que o primeiro termo do segundo membro da equação entra na
solução da equação homogénea.
165. No problema 139, a velocidade inicial é igual a e está dirigida pcr-
pcndicularmente à recta dos centros. Encontrar a trajectória.
Resolução — Tomemos a origem das coordenadas no meio do segmento í
ligando os dois centros: as equações diferençais do movimento escrevem-se:
= + m ^ = - 2 ky.
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 157
Encontra-se, integrando:
x= a c o s ( | / ^ / ) ,
donde
x2 ym
- = 1 (elipse).
a2
166. Um tubo horizontal gira em torno dum eixo vertical com uma velocidade
angular constante <o. Uma esfera desliza no tubo sem atrito. Achar a
lei do movimento da esfera, sabendo que no instante inicial se encontra
sobre o eixo de rotação e a sua velocidade inicial é (segundo o eixo do
tubo).
d^r
Indicação — A equação diferencial do movimento é -j-r- = o)2r. Condições
dr
iniciais; r = 0, = vq quando / = 0.
integrando-se, obtém-se: = +
Aplicar o método da variação das constantes na integração das seguintes
equações diferenciais:
5 sen x-\-7 cos x
167. — 7i/' + 6i^ = sena;. Rcsp. y = C^e^-\-C2e^^-
74
168. y " - j - y = sec x , Resp. y = Ci cos x + C2 sen x - \ - x sen x + q o s x Log cos x.
1
169. i / + y = - . R esp. = cosa: + C 2 s e n x — l / c o s 2 i:.
cos 2x cos 2x
Integrar as seguintes equações diferenciais de tipos diversos:
U du l!
175. Xcos — = í/c o s---- X . Resp. xe = C.
X dx X
\e2x
176. —4i/ = í2*sen 2x. Resp. v = Cie-2* + C2e**— (scn2i 4-2 cos 2i).
I
Resp. x = C ie -' + C2e-3‘,
182.
dx , y= C ^2^”^^ “}~cos t.
— + y = cos/.
( d^y = x,
I d/2 Resp. x = fC2«"^ 4-Ç3 cos Í + C4 sén í,
183.
y = C^e^ fC 2 e“ ^—C3 cos í —C4 sèn t,
] Ü í. y-
V d/2
Resp. x = C^ + C2t-\-C^t^ — ^ / 3 + e^
d^x , dy
dt^ ir
184. y = C4 - (Cj -f- 2C3) í — L (C 2 -1) í* -
dx d^y
= 1.
dt dt^
dy
= z — y, Resp. y = (Cj + C21) e“3x^
dx
185.
dz z = (C2—Cl —C21) e-3*.
= — y — 3z.
dx
Resp. y = Cie**-rC2e“3*,
186.
dz 2= -2(Ciér2* —C2«-**).
+ 4^=0.
dx
dy
- ~ - \- 2 y - \- z = » a x , Resp. y = Cl -j- C/^x 2 sen x,
187. 2 = —2Ci—C2 (2i + l) —
dz , «
------- 4 v — 2 z = cos X. —3 sèn X—2 cos x.
dx ^
dx
= y4-z,
d/ Resp. j: = Cie“ *-f C2e3‘.
188.
dy = x + z, y = C3e-‘ +C2e3‘,
dt
z=_(C i-i-C3) e-< + C2«3'.
dz
= x+ y.
dt
EQUAÇÕES D IFEREN CIA IS 159
C*
\ dx z ’ Resp. z ^ C ^ e
189.
I ^ ___ i _ £/=X-
N dx ~ y — X ‘ c .c
1^2
dy ^ X
190.
{ dx
dz _ X
yz ’
Resp. — = Ci,
y
2^2— | - x2= C2.
*
^
= 5x+6y.
= _ 4 x - 1 0 ,,
Resp. Instável.
192.
I iisT
- ^ = i2x + iSy,
Resp. Estável.
193.
194.
I ^ = -8 x -i2 y .
Resp. Instável.
INTEGRAIS MCLTIPLOS
§ 1. Integral duplo
+ /(/>„) A í „ = S / ( P í ) A s í (1)
l \ f { P ) d s ou y) dxdy,
D D
isto é.
D2
Demonstração — Pode-se representar a
soma integral em D sob a forma (fig. 279)
2 / (PO = 2 /(^ 0 +
+ 2 / ( ^ i ) A S i, (4)
Di
contendo a primeira soma os termos relativos aos domínios parciais
de Dl e a segunda os termos relativos aos domínios parciais de D^,.
Como o integral duplo não depende de modo de corte, cortaremos
o domínio D de tal maneira que a fronteira comum de Di e D 2
seja também uma fronteira dos domínios parciais As^-. Passando a
limite a igualdade (4) quando As^ -^0 , obtém-se a igualdade (3). Este
teorema subsiste quando D é formado de vários domínios disjuntos
ou sem pontos interiores comuns.
§ 2. Cálculo dos integrais duplos
Consideremos um domínio D do plano Oxy tal, que qualquer
paralela a um dos eixos coordenados, por exemplo a Oy, e que passa
por um ponto interior (♦) ao domínio, corte a sua fronteira em dois
pontos e N 2 (fig. 280).(*)
(*) Um ponto interior é um ponto que não se encontra na fronteira.
INTEGRAIS MÚLTIPLOS 163
rí-l-
) ( * * + x ) ‘^ ^ = l “ 5 ~ + 3 : 7 j o 5 + H *= 105-
0
O domínio de integração D é o domínio limitado pelas curvas (fig. 281)
y = 0y x = 0y i/ = a:2, x = l .
Sucede que o domínio D é tal que uma função y = (fi (jc), y =
não pode ser dada por uma única expressão analítica em todo o
c 6
= Í O ( x ) á c + j(I>(x)da: =
a
C <P2 (x)
=S( S /(^, !/)dy)dx +
a <Pi ( X )
b (P 2 ( x )
+ S( I y) d y ) d x = lD, + / dj.
C (P i ( x )
h q)*(x) (Í.2Í31')
í ( y)dy+ S f{x, y ) d y ) d x =
a ffiix) <p*(x)
(p*(x)
b í;,o( x)
bj q>2(x) b q>2(*^)
+ 5( i /(^- y ) d y ) d x + 5 ( J /(x , y ) d y ) d x \
Cj q>*(x) bi (p*(x)
isto é,
(3')
í ( í /(^ . y ) d y ) d x = f { P ) S . (4)
a ( P i( 3 c )
donde-
ÍD = f { P ) S . (.=»)
/d= •••+ S
i= l
N ota— 1. Quando f(x, >^) > 0, a fórmula (4) a^piite uma inter
pretação geométrica simples. Consideremos o corpo delimitado pela
superfície z = f (x, y), o plano z = 0 e a superfície cilíndrica cujas
geratrizes são paralelas a Oz e se apoiam sobre a fronteira do domínio D
(fig. 285). Calculemos o volume V deste corpo. Indicamos acima que
o volume deste corpo era igual ao integral duplo de /(jc, y) sobre D:
H y) dxdy. (5)
D
170 CALCJULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
= 5 ( í /(^ , y ) d y ) d x . (7)
a <Pi ( x )
F i g. 287.
X X (4—«2 —ya)dxíiy,
D
3
sabendo que o domínio D está limitado pelas rectas x = 0, x = l, y = 0, y =
Resolução.
8 /2 1
0 0 u
Rm o Iuçõo.
2 Vv
j [ j (l + x + !/)(ix J á y = j ^x + x y + ^ ~ ^ ^ d y =
0 - V 0
= 1 [ ( V í/ + y V Í / + - |- ) — .V® =
2 i i
f r-y/- , T/- , í/® 1 J
I J 3^2 , 2i/2 y3 -12 4 4 „
= ) L V i ; + y + y V ! / ^ j < í í / = [ ^ + - r + - ^ + — J o = i5 ^ 2 + ^
0
A^o/a — 2. Suponhamos um domínio D regular segundo Ox deli
mitado pelas curvas
a; = ^5i(í/). a; = i|)2(i/), y = c, y = d,
com ,t i (y ).< t z (y) ( % 288).
Tem-se, então, evidentemente
d i|J2(i^)
J J / ( x , y ) d x d y = l ( I f{x, y) dx ) dy . (8 )
D c ll?i(í/)
tem-se
1 V
(í ^y-
0 yf
Exemplo — 4. Calcular
_y_
D 0 0 0
1 1
= ^ x ( e - i ) d x = ( e - í ) - ^ \ = - ^ = 0 ,8 5 9 ...
0 0
Nota — 3. Se o domínio D não for regular nem segundo Ox
nem segundo Oy (isto é, se existirem verticais e horizontais que passem
F i g. 294.
<t>i{x,y)]ds. (1)
176 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
s = S l- A s i,
i=l
qualquer que seja o corte Passando a limite nó segundo membro,
obtém-se
S=l^dxdy.
D
INTEGRAIS MÚLTIPLOS 177
-2 X -2 /
§ 5. Integrais duplos em coordenadas polares
Consideremos, em coordenadas polares 0, p um domínio D tal
que todo o raio procedente da origem e que passa por um ponto
interior do domínio corta a fronteira de D em dois pontos ou mais.
suponhamos que D é lipritado pelas curvas p = Oi (0), P = O , (0)
e os raios 0 = a e 0 = p, com (pi (0) < Og (0) e a < p (fig. 296).
Diremos, então, que um tal domínio é regular.
Seja em D uma função contínua das coordenadas 0 e* p:
z = F { e , p).
V n = ^F{P,)As,, (1)
Jt—1
em que Pfi é um ponto tomado em As;^.
12
178 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
7 = n / ’ (e , P)ds. (2)
D
Ocupemo-nos do cálculo de um tal integral duplo.
Como o limite da soma integral não depende do modo do corte
de D em domínios parciais cortá-lo-emos, por razões de como
ou
Aí?ife = p?Ap,. A0ft, oú P i < p ? < p i + Apf.
A soma integral escreve-se, pois(**),
h=i i
em que P (6J, p?) é um ponto tomado em As^^.
Destaquemos, agora, o factor A0;^ da soma interior (o que é
legítimo, porque é um factor comum a todos os termos desta soma):
= 2 [S ^ P?) P?^P‘]
k=l i
Suponhamos que Ap,- 0 e que A0/i é constante. Então, a
expressão entre parêntesis tenderá para o integral
<i>2(ej)
I F (6ft. P) P dp.
«Kl (e*)
(*) Notemos que somando sobre o índice / este índice não tomará,
forçosamente, todos os valores de 1 a m, dado que todos os domínios parciais
compreendidos entre os raios 0 = 0^^ e 0 = 0ft+i, não pertencem, forçosa-
m;nte, a D.
(**) É permitido considerar uma soma integral sob esta forma, dado que
o limite da soma não depende do ponto escolhido no domínio parcial.
180 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
Fig. 297
y)dxdy.
por conseguinte,
p 02(0)
J J / ( x , y )d a :d y = J ( 5 /[p c o s 0 , p se n e ]p d p )d 0 . (4)
D a <D:(0)
-j-
e o cilindro
x2_|_y2— 2a y - 0 .
Resolução — Poder-se-á tomar por domínio de integração a base do cilindro
.x2-j-y2— 2a y= isto é, o círculo do centro (0, a) e de raio a. Pode-se escrever
a equação deste círculo sob a forma x^-\-(y— a)2 = (fig. 298).
Calculemos um quarto do volume procurado V (metade está representao
na fig. 298). Tomar-se-á, eqtão, por domínio de integração o semi-círculo definido
pelas equações
í^= <Pi (í/) = 0, X= (f2{y) = y 2ay—yi,
y = 0, y = 2a.
A função sob o sinal soma é
2 = /(^ , y) = — —
Por conseguinte,
T-J( í 2a V 2ay—y2
l/4 a 2 — x2— ^2 dy.
tem-se
p2— 2ap sen 0 = 0
ou
p = 2íiscn0.
182 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
T - $ ( I <ie=
0 0 0
71
2
= ~ j ^ [(4a®—4a»seiií 0)* /t_ (4 ,*)Vtj ^0 =
0
7Í
2
bá^ p 4
=— ^ (l-cos«0)d0 = ~ a8(3„«.4).
0
Exemplo — 2. Calcular o integral de Poisson
F i g. 299.
/ „ = 5 ( 5 e - P * p i p ) á 0 = - |- S «-•’*) áe = n ( l — -'*V
0 0 0 ó
INTEGRAIS MÚLTIPLOS 183
F i g. 301.
Sejam e i?2 a maior e a mais pequena distância da fronteira de D'
à origem das coordenadas (fig. 301).
Como e*’**” í'* > 0 para todo valor, tem-se
D'
ou
n (1 — e” ^^) * < 5 5 tf"'**—''* dxdy (1 — e” ^^).
^ ^ e~^^~y^dxdy= J J e~^^~y^dxdy =
^jy
“Í n n
5
e y^dxdy—
—a
J ^ J
—a
e dx^ dy.
184 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
D'
—oo
Mas viu-se que (5)
lim f f dx dy — Tí.
D '-^ o o J J
D'
Por conseguinte.
[j
ou
00
1 dx =
às = àuàv.
Z = j{x, y).
2 /(a:, i / ) A s = 2 ^ ( “ . v)As. ( 2)
= I f i í , A p) ií.A:,-i» f ü Au + ü A »)I =
IV du dv / dv dv \ du dv / 1
Ü Ü A u Ap — ? ^ - ? Í . A u A u
du dv dv du
d(p dq)
d<p d»|) d<p dt|) du dv
Au Av = Au Av *).
du dv dv du dij} di|)
du dv
Façamos
d(p dç
du dv
= /.
d»j) d<|)
du dv
Por conseguinte,
As I/ 1As'. ( 4)
|/|= lim
dlamAs'-^0 A s '
ao cálculo dum integral duplo num domínio D', o que pode simplificar
o problema. A primeira demonstração rigorosa desta fórmula deveu-se
a M. Ostrogradsky.
Nota — A passagem das coordenadas cartesianas às coordenadas
polares, examinada no parágrafo anterior, é um caso particular de
mudança de variáveis num integral duplo. Neste caso, tem-se w = 0,
V = p:
x=pcos9, y = pscnQ-
INTEGRAIS M ÚLTIPLOS 189
Tem-se, pois, | / 1= p e
3 <i>2(e)
llf(x, y )d x d y = \{ p)pí^p)<í®-
D a O i (0)
VoIta-se a encontrar a fórmula esta
belecida no parágrafo anterior.
Exemplo — Seja calcular o integral duplo
J J (y —x) I x d y
D
em que JD é o domínio do plano Oxy limitado
pelas rectas
y= j/ = x —3, y~- 1 ^
y = — g-*-!-5.
O cálculo directo deste integral é bas
tante fastidioso, mas uma mudança de variá
veis simples permite reduzir este integral à integração num rectângulo cujos
lados são paralelos aos eixos coordenados.
Façamos ^
u = y — x, v = y + - ^ x . (6)
Por conseguinte.
dx dx 3 3
du dv 4 4 _3_
1=
dy dy 1 3 16 ■ 16
du dv 4 4
e o valor absoluto do jacobiano é | / | = — . Logo
~ ^ í -^ududz;= ^ ^ u d u d v — — 8.
d"
3
r]h / ( Í m y]i)l
INTEGRAIS MÚLTIPLOS 191
(ver § 6, cap. IX, t. I). Delimitemos sobre este plano o domínio Aa^
tendo Asj como projecção sobre o plano Oxy, Consideremos a soma
de todas as áreas correspondentes Aoi
2 Aa<.
í=»i
O limite a desta soma quando o maior dos diâmetros dos
tende para zero será, por definição, a área da superfície:
n
a= lim 2 (2)
d i a m A a i “^ 0 i = i
Por conseguinte.
Aoi= v i . + r : a i , ti o+ t, í) así.
"“[í ^‘+('fr+(í-) (4 )
192 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
(3 ')
“ ! 1 &)
onde D ' e D" são domínios dos planos Oyz e Oxz sobre os quais se
projecta a superfície dada.
Z= l/i?2 — —J/2
(fig. 309). Tem-se:
dz X
dx y m — ifi — yi '
dz y
ày -|/ií2_a:2_j,2
Por conseguinte.
y dx ) dy ) y J t i - x i - y i - y fl 2_ a : 2_ y 2
INTEGRAIS MÚLTIPLOS 193
= a J dx = a2, a=8a2.
13
194 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
i= l
exprime aproximadamente a auantidade total de matéria distribuída
no domínio D. Ora, é uma soma inteeral para a função f (P) em D.
Obtém-se um valor exacto passando a limite quando
Por conseguinte (*),
Af = J ^ d x dy^
D
2n R 1
M = k \ ppdpj d0 = A :2 n ^ •knR^.
0 0 (
1=
i= i
i= l
Ela define uma soma integral para a função f (x, y) =
no domínio D,
Definamos o momento de inércia da figura como limite desta
soma integral quando o diâmetro de cada elemento A5j tende para zero:
/o = lim
diam ASf-^o i= l
Mas o limite desta soma é o integral duplo H + 3^^) X dx dy.
Por conseguinte, o momento de inércia da figura £>. em relação à
origem das coordenadas, é
■^0= + l^)d x d y , ( 1)
D
Iyy — ^ ^ ^ d^ dy (3)
nR*
^0= j ( j p^p^p)
ponto O que tomamos para origem das coordenadas. Seja <f o angulo
formado pela recta OL com a direcção positiva do eixo Ox (fig. 313).
A equação normal da recta OL é
X sèn 9 — y COS (p = 0.
A distância r dum ponto qualquer M {x. y) a esta recta é igual a
r = I X sèn 9 — 1/ COS 9 |.
198 CALCULO DIFF^RENCIAL E INTEGRAL
Por conseguinte.
I = I sen (p — 21xy sen cp cos (p + Ixxcos (p, (4)
/cos . / sén cp Y
X
OA = ^ .
V l
Corresponde a diversas direcções OL,
isto é. a diversos ângulos p, diversos valores /
e logo diversos pontos A. Procuremos o lugar geométrico dos pontos A.
Obtém-se, evidentemente,
1 1
X = —= cos cp, y = —z: sen cp.
V/ V l
I I y)dxdy-;>0.
D
Ê a desigualdade de Bouniakovsky.
X
No nosso caso, / (x, y) = x, (p (x, y) —y, — const.
A notável desigualdade de Bouniakovsky intervém, constantemente, cm
matemáticas. Em muitas obras chama-se injustamente desigualdade de Schwarz.
Bouniakovsky publicou-a (bem como outras desigualdades importantes) cm 1859
c Schwarz em 1875.
200 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
(*)
S». ■
a5,
i= i______ i=l______
i= n Vc i= n
S a5 í
í= 1 i= l
I J xdxdy J I ydxdy
D _______________ , D _______________
Vc- ( 2)
J i dxdy n ^dy
D
INTEGRAIS MÚLTIPLOS 201
T = Y (a:, y),
11 Y (^. y ) x d x d y SI Y(^. y ) y d x d y
D _____________________________ .
yc-
11 Y (^. y )d x d y II Y(^. y )d x d y
D
As expressões
= 11Y (^. y ) ^ ^y
D
M x = M y i.x , y )y d x d y
D
F i g. 315.
— + iíi = l
a2 ^ 62
supondo a densidade superficial igual a 1.
202 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
a a Va2-x2
í ( j xdy^dx — f ~\/a% — x ' ^ x d x
_0_____ 0_____________ ü
a 4" -4- nab
4
j ( í
4a
—41 nab. 3 ji ’
a a
í ( J ydy)dx
i/c=- ü Ab
1 3 jt
—
4
nab
§ 11. Integrais triplos
Consideremos um domínio V do espaço limitado por uma super
fície S. Seja / (jc, y, z) uma função em que x, y, z são as coordenadas
rectangulares dum ponto do espaço, definida e contínua em K e sobre
a sua fronteira. Para fixar ideias, quando f(x , y, z ) > 0 . poder-se-á
supor que está função representa a densidade de distribuição duma
certa matéria em V.
Cortemos o domínio V arbitràriamente em domínios parciais Aui.
onde Aui representará igualmente o volume do pequeno domínio cor
respondente. Tomemos um ponto arbitrário em cada Aui e designe
mos por f (Pi) o valor da função f nesse ponto. Formemos a soma
integral ^
IifiP ô A v i (1)
F i g. 317.
í/ = 9i(^ ). y = x = a , x = b .
Tem-se, então.
b (P 2 ( x ) \|) ( 3 C , y)
J J J xyz d z j da.
\-x
=j {1
1—ac
xyz^
7 = 1 —ac—y
2=ü
dyj- dx =
/ y = /v j + "í" •••
Propriedade — 2. (Teorema sobre a avaliação dum integral triplo).
Sendo m e M o mínimo e máximo valor de f {x, y, z) em V, tem-se
a igualdade
m V ^Iy^M V ,
= H í / (^. y. z) dv.
O U seja, ainda.
h (p 2 (a c ) \ |) ( x , y)
J j j / 2) = í I í [ í / (j c , y, z) dz\dy] dx,
V a <P|U) x(’c.
O teorema está demonstrado.
INTEGRAIS MÚLTIPLOS 207
V = l l l d x d y dz. (5)
V
a2^ ^ c2
-í a
í I í ^ dx =
■ v< -^
-2. j j ____ y fl2 52 dy dx.
y = 6 |/ ^ 1 — ^ sen í, dy = b j / ^ 1— - ^ c o s t d L
^2 Jl
A variável 3^ vai de — 6 1 / 1------- a 6 1 / 1------ ^r-, pois t varia d e ---- —
r w 2
a . Substituindo estes novos limites no integral, obtém-se:
n
V -2 . I [ j
—a Ji
2
n
2
X b J / 1— COS í dí J d x = 2c6 — J c o s^ /d íjd x ^
—a X jx
” 2
a
Anabc
= j (a2 —x2) (il = -
Assim,
F = — Jia6c.
o
V = fn a ^ .
/ = H Í ^ ( 0 . P- z )p d e d p d z. (1 )
V
x = p co s0 ; y = p se n 0 ; z = z,
obtém-se:
z ) d x d y d z = l l l F ( Q , p, z )p d 0 d o d z,
V y
onde
/(p c o s0 , psen0, z) = F(Q, p, z).
Exemplo — Determinar a massa M dum hemisfério de raio R e âc
centro na origem das coordenadas, sabendo que a sua densidade F é propor-
porcional em cada ponto {x, y, z) à distância deste ponto à base: F ^ kz>
14
210 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
Z = — y 2
J J J í [ 1 ( j Ajzííz j p d p j d0 =
V 0 0 0
2n R V R 2-p2 2nR
“ K í'^
0 0
I P‘*p]‘í®= í [ f
0 0 0
2n
4
Fig. 323
5 n / ( ^ . y. z )d x d y d z =
V
Aü -►o A v
212 CAIXrULO DIFEREN CIA L E INTEGRAL
Então,
y. Z )d x d y d z =
V
dx dx dx
du dt dw
dy ày dy
/ =
du dt dw
dz dz dz
du dt dw
2n
2A3 R2 2hR^
= ,H sen* 6 I d e=
4
214 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
SH y* z )d x d y d z
V _____________________________ .
x^ =
H í yi^y Vy z )d x d y d 2 ’
S H yyi^y Vy z )d x d y d z
yc= -
í H V (^. y. 2) f^y '
ZY (x, y, z )d x d y d z
V
z, =
í n Y (^. y. 2) dx dy dz
V
*= z =. 0.
A cota do centro de gravidade é dada pela fórmula
í H *V0 àx dy dz
V
I I l y o d x d y dz
V
ac = -
2ji
Yo Híü 2
0
fí
0
r COS q)ra sen (p d r j d0
2n 2 R
Yo Ç ^ t q) dr J áq) I" d0
b b 0
_ -T 3
~ 2 P3 ■" 8
I ( a ) = \ í { x , a)dx
j / ( a ) d a = J (S /(a:, a )d x )d a .
0C{ a
A expressão do segundo membro é o integral duplo de f(x, a)
no rectângulo correspondente do plano Oxy, Pode-se inverter a ordem
de integração:
tt2 6 h
y ( y / ( x , a )d x )d a .= l ( í / ( x , a )d a )d x ,
cti a a c tx
J (o > 0 )
a 0 a
216 CALCULO D IFER EN C IA L B INTEGRAL
Í [ i *"“* * ']
b a
Calculando o integral entre parêntesis rectos, obtém-se:
í
oo
e -a x ^ g -b x h
-----------------d x = Log-----.
X
Exercidos
^ a
2 xVZ
3. J j xy dx dy , Re*p. — .
1 X
2n a
=-íí U Jt
0 x^
X dy dx
xa + ya •
p 3Xfl . 1
Resp. — ---- a arc tg — .
4 ® fl
ífV5 0 v —a
xydxdy, Resp.
24 •
Ji
b 2
7. j I p d 0dp. Resp.
3 5
8. x = 2y x = 3 , í / = — 1, i/ = 5. Resp. j j / (x, y) dy dx.
2 -1
1 í-x2
9. y = 0, i/= l —x2. R esp. J j / (x , I/) d l/ d x .
-1 0
a Va2-x2
10. x2 + z/2 = a2. Resp. j j / (x, y) dy dx.
- a _ Ya2-x2
1 1+3C2
2 4 4 2
, s . J Í f( x , y)dydx. Resp. f Ç / (a;, y)dxdy.
1 3 3 *1
1 Vx _ 1y i
I j / (*. y) dy dx. Resp. ^ j ^ l')
0 x3 b Í/2
a V 2 Õ y '^ 2 a a
1 1-X
+ j j i ( x , y) dy dx.
0 0
218 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
2a V 2ax—x2 2 2a cos 0
21. I j dydx, Resp. | j pdpd0 = i ^ .
1 V
+ J — uv)ududv.
b 0
5+c
Áreas de superfícies
43. Calcular a área da parte do cone = ^2 cortada pelo cilindro
x2-\-y2 = 2ax, Resp. 2na2 I /2 .
44<, Caiw'dar a área da parte do plano ;c + y + z = 2^z que se encontra no
primeiro triedro formado pjlos eixos coordenados e limitada pelo cilindro
+ y2 = a 2 . Resp. 1/ 3.
220 CALCULO DIFEREN CIA L E INTEGRAL
45. Calcular a área do segmento esférico (do pequeno), sendo o raio da esfera a
e o raio da base do segmento b. Resp. 2jx (a^— a "l/a2 — b^),
46. Calcular a área da parte da esfera + q u e é cortada pelo
cilindro = 1 (a > 6). Resp. — Sa^ — arc sen
^ ' a
47. Achar a área da superfície do corpo que é formado pela intersecçâo de
dois cilindros = y ^ -\-z ^ = a^, Resp. 16 í| 2.
48. Calcular a área da parte da süperfície do cilindro = l a x compreen
dida entre o plano z = 0 e o cone Resp. %à^.
49. Calcular a área da parte da superfície cilíndrica compreendida
entre os planos z = m x e z = 0. Resp. 2m á^.
50. Calcular a área da parte do parabolóide jc^ + z^ = 2ajc compreendida entre
o cilindro parabólico y^ = «jc e o plano x = a. Resp. J - jia^ (3 — 1).
3
M assas, centro de gravidade e m o m e n to de inércia
de figuras planas
3j2 ji2
59. Calcular o momento de inércia da elipse — +
a) em relação ao eixo Oy;
b) em relação à origem de coordenadas.
„
Resp. a),, na^b
— — ; b) nab( ^, 2„ +i 62).
—^ to\
70. Calcular o volume limitado pela superfície de equação (x2 + y2_^22)2 = a3x.
Resp. -1
à
J - T 7 T ‘ J - Í T T • 1 ^ T ' K t -
Capitulo XV
§ 1. Integral curvilíneo
A si = A x ii + Ayt j.
Por conseguinte.
F tA Si = X(Xi, yt) Axi + Y (x,-. yt) Ayt.
O valor aproximado do trabalho A da força F' ao longo da
curva MN é
A = l X { x , y ) d x - \ - Y (x, y) dy (3)
OR
J X dx ~ \-Y d y = J X dx
(Aí) (Aí)
(AO
+ Ydy+ J X d x + Ydy,
--- - (K)
parciaiís.
^Indiquemos ainda que o integral curvilíneo conserva o seu sentido
quan^do a curva L é fechada.
A origem e a extremidade da curva coincidem, então. Já não se
(V)
pode escrever no caso duma curvjr fechachr X dx + Y dy, mas
(i/)
I X dx -\ Y dy e será preciso mdkar, forçosamente, o sentido de
L
percurso ao longo da curva fechada L. Designa-se também frequente
mente um integral curvilíneo sobre uma curva fechada L pelo símbolo
j ^ X dx f Y dy.
Nota — Fomos conduzidos à noção de integral curvilíneo consi
derando o problema do trabalho duma força F sobre um percurso
curvilíneo L.
15
226 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
n
lim
Aj/^-^O í = l
2 y (^h yd Ai/j =
L
y y {x, y) dy.
onde
AX; = Xi — = (f- (ti) — (p ( í i - ,)•
f 6 x ^y dx-]-íO xy'^ d y
(M)
é preciso ter as equações paramétricas da
curva. É evidente que aqui x pode servir dc
parâmetro
x = x, y=-x^.
Por conseguinte,
(N) 2
^ ^x'^y d x i O x y " ^ d y = ^ + =
I ^
= j (6x5_1_ 30i9) dx = [i« + 3x10)2 ^ 1084.
230 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
y = yi (^).
y = yz{^),
[í/i (^) < yz W].
b b
s = ^ yz(x) dx — I yi (x) dx.
MPN N PM
Por conseguinte.
S = — ^ ydx— J y d x = — I ydx, (5)
N PM MQn l
S = x d y — y dx. (7)
Exemplo — 3. Calcular a área da elipse
^ ' a: = a co sí, y — hstnt.
§ 3. Fórmula de Green
Mostremos que um integral duplo num domínio plano D exprime-se
por um integral curvilíneo tomado ao longo da fronteira L deste
domínio.
Seja D um domínio do plano Ojc3^ limitado pelo contorno JL,
sçndo D regular, quer em relação a Ox quer em relação a Oy.
INTEGRAIS CURVILÍNEOS E INTEGRAIS DE SU PE R FÍC IE 233
Tem-se:
íí D
dX{x, y)
by
dxdy.
b
dx
( =
Viix)
D a yiix) a
b
= j [X (x, z/2 (x)) — X {x, i/i (x))] dx. (1)
a
Í X ( x , y2Íx))dx
a
é numèricamente igual ao integral curvilíneo
I X{x , y)dx,
( M P N )
é numèricamente igual a
b
í X (x, y^ (x)) dx = J X (x, y) dx. (3)
a (.m Q N )
Ora,
j X (x, y ) d x = — 5 X {x, y) dx
MQN NQM
^ ^ ^ d x d y = - ^ Y { x , y)dy. ( 6)
D L
D L
D ^ L
isto é.
í X d x-\-Y d y- I X d x + Y d y = 0.
M P N M Q N
dX _ d Y
dy dx (3)
D ^ L
^X dx-i-Ydy= = 0.
dx dy
se verificaria apenas um único ponto. Seja, por exemplo, num ponto
PUo. >^o)
dx dy
com
dy
Mas, então, o vector
, du . , du .
f’= x í + y i = ^ . + ^ -j
J X d x + Y d y = J du(x, y) = u ( N ) - u { M ) .
(M) (M)
( N )
, ,d u
dx+ -dy
~ ] dx
(M)
Para calcular este integral, escrevamos as equações paramétricas
da curva L que reúne M e N:
x= y = ^(t).
Por conseguinte.
2ji
J V«^sen2 í-f-a2 cos2 í + 62 dí
2n
J a COS í l / a 2 - | - 6 2 d í _______
b____________________ a ’\/a2_j_62.0
= 0.
/ ---------- 2 ji + 62
§ 5. Integrais de superfície
Seja dada em coordenadas rectangulares Oxyz um domínio V,
Em V é dada uma superfície a limitada por uma curva empenada A.
Relativamente à superfície a, suporemos que se definiu em cada
ponto P um sentido positivo indicando a normal unitária n (P) cujos
cossenos directores serão funções contínuas das coordenadas dos pontos
da superfície.
Consider^nos em cada fxmto da superfície um vector
F = X (.r, y, z ) i - \ - Y (x, y, z) j + Z (x, y, z) k,
seflPdo X, Y, Z funçõâ^ contínuas das coordenadas.
INTEGRAIS CURVILÍNEOS E INTEGRAIS DE SU PE R FÍC IE 241
J 5 F n da.
a
Então, por definição í*), tem-se
lim 2 = J J F n da. ( 2)
diam Aai->0 ^
J j2 c o s ( n , z ) d a = ± ^ ^ Z { x , y, f{x, y))dxdy.
a D
H z COS (n, z) d o .
244 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
iZ
F = ^ ^ 2 COS ( n , z) do.
o
k ^rn d a =^ ^ ^ r n d o .
O a
Mas o último integral é igual à área u da esfera. Com efeito, o produto
escalar r n é constantemente igual à unidade e fica
íí do = a.
§ 7. Fórmula de Stokes
Seja dada uma superfície a tal que qualquer paralela a Oz a
corta num único ponto. Designemos por k a sua fronteira. A normal
positiva à superfície n será a que forma com Oz um ângulo agudo
(fig. 340).
Seja z = f(x, y) a equação da superfície. Os co^enos directores
da normal à superfície têm por expressão (ver § 6, cap. IX. tomo I):
dx
C O S ( n , x) =
+(^)
ày ( 1)
cos(n, y) =
cos(w, z ) = -
^{ ^ )
Suporemos que a superfície <r se encontra completamente num
domínio espacial V. Seja dada em V uma função contínua X (x, y, z)
com as suas derivadas parciais de primeira ordem. Consideremos o
integral curvilíneo tomado ao longo do contorno A.
I X {x, y, z) dx.
246 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
\
= \ X ( x , y, f {x, y)) dx. (3)
dX{x, y, z) ^ d X ( x , y, z) dfjx, y)
dxdy =
- íJJí [ dy dz dy
j J j - ^ c o s ( n , z)da,
D a
( 6)
[ [ d X df , , [ { d x df , _
J J oz oy J J dz du
D
dz dy
dxdy
-H ? a
+
!!S C O S (n , y) da.
dx dy
+
(dZ
dy dz
I C O S (n, X) +
, í dX
= X dx-\-Y dy-\-Z dz :
d dx-\-Y dy -{-Zdz.
Calculemos os integiais dos dois membros entre dois pontos e Afj sobre
a trajectória:
(M2)
1 1 (•
— — — m v\= - I X d x - \ - Y d i j - \ - Z d z^
(Ml)
sendo v, e v, as velocidades no ponto e M.^.
Esta ültima igualdade traduz o teorema das forças vivas; a variação
da energia cinética entre dois pontos é igual ao trabalho da força que age sobre
a massa m.
Exemplo — 2. Calcular o trabalho da força de atracção newtoniana
duma massa imóvel m que age sobre uma massa unitária deslocando-se entre
dois pontos A/j (fl^, hx, c ^2 (^2 , ^2» ^2)-
Resolução » Tomemos a origem das coordenadas no centro atractififo.
Designemos por r o raio vector (fig. 341) traçado da origem ao ponto onde
250 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
A = km ----- .
\''2 '*1/
Por conseguinte, aqui ainda o integral curvilíneo não depende do caminho
de integração. A função u — - ! ^ chama-se potencial do campo de atracção da
r
massa m. No nosso caso
Y_àu du ^ du
dx ’ dy ' dz ^
A = u {M2) — u {Mí),
isto é, que o trabalho para deslocar a massa unitária é igual à diferença do
potencial entre os pontos final e inicial.
§ 8. Fórmula de Ostrogradshy
Seja um domínio regular V do espaço a três dimensões, limitado
por uma superfície fechada a e tendo por projecção sobre o plano Oxy
um domínio regular D. Suporemos que se pode dividir a superfície
<T em três partes (Ti , Og» ^3 de mcKio que as equações das duas pri
meiras se escrevam
z = fi(x, y) et z = tz{x, y),
ííí dZ{x, y, z)
dz
dx dy dz =
= j | z ( x , y, z)cos(n, z)da +
02
íí Z(x, y, z)cos(«, z)dcr.
ííídZ{x, y, z)
dz
•dx dy dz =
111 11
^^
V ^ a
ÍÍK dX
dx
. dY
dy
dZ
dz
I dx dy dz =
íí
= \ j (X COS {n, x) 4- y
riV ri''/
COS (n, y) + Z cos (n, z)) da. ( 2)
J-’ = X í + y^-f-ZA;
e escreve-se div h '\
.. ,, dX dY ^ dZ
dx dy dz
Indiquemos que esta fórmula é verdadeira para todo o domínio
podendo ser dividida em domínios parciais que satisfaçam às condições
mencionadas no começo deste parágrafo.
Vamos dar uma interpretação hidrodinâmica da fórmula estabe
lecida.
Suponhamos que F — X I Y j + Z k é o valor velocidade dum
fluído que atravessa o domínio V. O integral de superfície em (2) é.
então, o integral da projecção de F sobre a normal exterior u ;
onde a quantidade de fluido saído do volume V durante a unidade
• Esta fórmula (por vezes, chamada fórmula de Ostrottradsky-Gauss) foi
descoberta pelo célebre matemático russo M. Ostrogradsky (1801-1861) que a
publicou em 1928 no seu artigo «Notas sobre a teoria do calor».
INTEGRAIS CURVILÍNEOS E INTEGRAIS DE SU PE R FÍC IE 253
{ .d , .d , - 5
Vu ( 2')
% s )“
e de considerar o símbolo
^ --- ^ (3)
dx dy--- dz
5 + + * • á) < « + J Y + ’‘^ =
dZ
:divi*’
dx dy dz dx dy dz
(ver § 8). Assim.
^F = à ivF . (5)
3. Formemos o produto vectorial do vector simbólico V pelo
vector F = íX + j Y + k Z :
I +•'l+*=á) =<<«+■'' + =
i j k
d d d d d d
ri
O 0r í . 0
= i dy dz - J dx dz + A* dx dy
dx dy dz
Y Z X Z X Y
X Y Z
dZ dY
/ \ dx dz / \ dx dy /
F = i — -I- ^ -1_ l;
''d x ^ ^ d y + ^Jz-
INTEGRAIS c u r v il ín e o s E INTEGRAIS DE SU PE R FÍC IE 255
dx' ^ dy ’ dz'
Decorre destas igualdades (ver t 1, cap. VIU, § 12):
dX dY dY dZ dX dZ
dy dx dz dy dz dx
ou
ÊÃ dY dY dX dZ
^ = 0.
dy dx dz dy dz dx
Por conseguinte, para o vector F considerado
rot
Obtemos, assim:
ro t (grad u) = 0 (7)
Aplicando o operador V, pode-se escrever em virtude das fór
mulas (4) e (6) a igualdade (7) sob a forma:
(V X Vu) = 0. (T)
Utilizando a propriedade que da multiplicação dum produto
vectorial por um escalar basta multiplicar por este escalar um dos
factores sòmente, escreveremos:
( V x V ) u = 0. (7” )
O operador V possui de novo as propriedades dum vector
usual: o produto vectorial do vector por si mesmo é nulo.
O campo vectorial F (x, y, z) para o qual rot F = 0 diz-se
irrotaciond. Decorre da igualdade (7) que todo o campo potencial é
é irrotacional.
O inverso é igualmente verdadeiro; por outras palavras, se um
certo campo vectorial F é irrotacional. é potencial. A validade desta
afirmação decorre dos raciocínios conduzidos no fim do § 7.
5. O campo vectorial F (x, y, z) para o qual
d iv F = 0 ,
isto é, o campo vectorial que não contém origens (ver § 8) chama-se
selenoidal oU tubular. Demonstraremos que
div (rot F ) = 0, (8)
por outras palavras que o campo rotacional não contém origens.
256 CALCULO D IFER EN C IA L E INTEGRAL
dX dZ ^ ' dY dX
\ dy dz) . dz dx ;! + * ' ( \ dx dy
e. eis porque.
dv) ' dX dZ )
ày dz í ' d y \ \ dz dx }1 +
dY dX
+ U
d z \ dx dy
0 )= .
A igualdade (8) escrever-se-á com a ajuda do operador V :
v ( v x i í ’) = o. (8:
o primeiro membro desta igualdade' pode ser considerado como
o produto misto vectorial escalar dos três vectores V, V, F de que
dois são idênticos. Este produto é. evidentemente, igual a zero.
6. Seja dado um campo escalar u = u(x, y, z). Definamos o
campo dos gradientes:
j .d u , ,du , j du
gmd
Achamos, em seguida,
,. , j . d ( du\ d ( du\ d ( d u \
d .v ( g r.d a ) = - y + - y +-(_— )
ou
,. , , , o2^U
o u . O^U . O
div(gradu) = — + — + — . (3)
dx dy dz
Exercícios
Calcular os integrais curvilíneos seguintes:
,
5 _X2__j_
r y ddx
í—^
x + xc
1/2
xd y
d x -----^ — —du sobre um círculo centrado na origem. Resp. 0.
x2 + y2 ^
J
y= . Resp. a2 (o dobro da área limitada pela curva).
xd y — y dx estendido à cu
22. Mostrar que J J cos (n, z)d o = 0 sobre uma superfície fechada.
23. Achar o momento de inércia dum segmento esférico de equaçSo -4-1/24.
+ cortado pelo plano z = H em relaçSo ao eixo Oz.
Resp. f í^ ( 2 i í 3 _ 3 / í 2 ^ _ |.^ 3 ) .
24. Achar o momento de inércia da porção do parabolóide de revolução
jç2 4. y2 = 2cz contido pelo plano z = c em relação ao eixo Oz. Resp. — c*.
3
25. Calcular as coordenadas do centro de gravidade da parte da superfície
R2 o
cónica a:2 + j/2 —_ ^ 2 cortada pelo plano z = H. Resp. O; 0 ; •—
26. Calcular as coordenadas do centro de gravidade do segmento da superfície
lesférica x2-f y2 ^2 = cortado pelo plano z = H. Resp.^0, — g— ) •
27. Calcular J J cos (nx) -\ y cos (ny)-\-z cos (nz)] da ; sobre uma superfíciei.
’í
33. ^ dx-\-dy-\-z dz, onde L é o círculo x^-\-y^ = R^^ z = 0. Resp. —
l l ^ à y d z + ^ d x d z + ^dxdy.Rtsp.^^
S V
J(S+£^+S)
Aplicando a fórmula de Ostrogradsky, cúlcular os integráis seguintes:
X^ 1/2 ^2
-^+ -b 2 + ~ ^-
39. ^ ^ (x3 COS a + í/3 COS P + z3 COS v) dí, onde 5 é a superfície da esfera
z2 Tlã^b^
- - ^ = 0 (0<z<fc).Resp. —-—
— H ^ z ^ H , Resp. Sna^H,
du
torno que limita o domínio D e a derivada segundo a normal exterior.
on
260 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
Resolução:
D c
OU
d‘^u d'^u
A expressão chama-se operador de Laplace,
43. Estabelecer a identidade (chamada fórmula de Green)
J J j (v^u-u^v)dxdyd^= J J ~ ] áa.
V a
sendo u e v contínuas e tendo derivadas de segunda ordem contínuas no
domínio D. Os símbolos Aiz e Av representam:
_ d ^ u d'^u d^u * _d2í; d^i; d2y
'^“ ^d x 2 + ^ + '^ » . + d^ *
São os operadores de Laplace no espaço.
Resolução — Na fórmula
5jí f ê + i + f
X=zVUx-—UVx,
Y = ÜUy— UVy^
Z— VUz — UVz,
INTEGRAIS CURVILÍNEOS E INTEGRAIS DE SU PE R FÍC IE 261
Tem-se
dX . dY , dZ / ** t t ^\ t ^
^ ^ (U xx -f Uyy + Uzz) — U (V xx + + i^2z) = tAM— uAu^
= V (Ux COS (n, x) + Uy COS (n, y) + Uz cos {n, z)) — u {vx cos (fi, x) +
líí òiu d x dy d z = íí
a
do,
55 du
r—
ón
da = 0.
*
yu * i ) = - 4 í ^ { J
Resolução — Consideremos o domínio S2 limitado pelas duas esferas a ,
õ de raios R e p ( p < i? ) , de centros no ponto M y\, z^), Apli
quemos a este domínio a fórmula, dc Green do problema 43, onde u
será a função indicada acima e v a função
1 _____________ 1____________
262 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
i+i
Ç Çf 1 ^
\ r dn “/
^ r)da=0,
ou
íí í í (l*-“ -=»■
Sobre as superfícies ct e a a quantidade _ é constante
“ r 7
pode-se-la fazer* sair do sinal de integração. Em virtude do resultado
estabelecido no problema 45:
(^' )
7 H du
dn
do = 0.
Por conseguinte,
“ í í í
mas
M r) J_
dn dr r2 •
Logo
+ J J u ^ d a - j J u-lda = 0
ou
_1_
JJ«da = ^ JJu d a . ( 1)
p2
± J J J j ,. (2)
INTEGRAIS CURVILÍNEOS E INTEGRAIS DE SU PE R FÍC IE 263
-L r f _ 4 ,.
P2 J J P*
~W f j Vi’ *i)
ã
ou
u(^i,yu * i)= 4 à 2 f f
Capíiuio XVI
SÊRIES
^2 = ^1 + ^2,
53 = -|- 1^2 + Z^3,
”f" ^2 "l~ ^3 “h • • • ~ \ ~ U n .
* Diz-se que uma sucessão é dada qtiando se conhece a lei que permite
calcular qualquer termo u m vez dado n.
SÉRIES 265
+ ^2 + • • • - ( 6)
Ora,
^71—1—
Logo
lim Un = 0,
c. q. d.
Corolário — Se o termo geral duma série não tende parq zero
quando n-> oo, a série diverge.
Exemplo — A série
1+A+1+, n ,
3^ 5 ^ 7 ^ 2n -|-1
diverge, porque
lim u„ = lim ( = l.=jí=0.
n-^oo n->oo \ / Z
Notemos que o critério examinado dá uma condição necessária,
mas não suficiente, isto é, que uma série pode bem divergir mesmo
que o seu termo de ordem n tenda para zero.
Assim, a série seguinte, dita harmónica
1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ y + ro + n + 12 + Í3 + 14 + Í5 + 16 + 17‘+ (1)
. , 1 . í1 1 . 1 . 1 , 1 , 1 ,
l + ^ + ^4 + ^ + ^ + ^ + - õ - + - ^8 +
1 1 1 1 1 1 1 1
+ F 6+ F6+ F 6+ F6+ F 6+ 1 6 + 1 6 + 1 6 +
16 termos
S2=l + | - = 1 + 1 - | - ,
«4= 1 + y + ( - ^ + ^ ) = 1 + y + - |- = 1 + 2 ~ ,
í8=l + y + ( y + y ) + ( y + y + y + y ) = 1 + 3 .1 ,
S i 6 = l+ l + ( l+ l ) + ( l+ ... + l ) +
4 tci mos
+ (i^ + ..+ i^ )= i+ ^ 4 ’
8 termos
S 3 2 - l+ l + ( l + l) + ( l+ ... + l) +
4 lermos
+ ( i^ + - . + 4 ) + ( 4 + - + 4 ) = ^ + ^ 4 =
8 termos 16 termos
1 1
calcula-se, do mesmo modo, «26 = 1 + 6--^ , «27 = 1 + 7 - c, em
A Z Z
geral. «24 = 1 + * . . ^ .
270 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
+ ^2 + ^3 + • • • + + ••M (1)
+ ^’3 + • • • + + ••• (2)
Temos os seguintes teoremas.
©
Teorema— 1. Se os termos da série (1) não forem superiores
aos correspondentes termos da série (2), isto é, se
Un<.Vn{n = \, 2, . . . ) , (3)
e se (2) converge a série (1) converge também.
Demonstração — Designemos por e o„ as somas parciais da
segunda série:
n
^
i= l
Resulta da condição (3) que
Sji On* (4)
converge, dado que os seus termos são mais pequenos que os termos cor
respondentes da série
f + -p--!-“2 3 - + - ^ + ••• + - ^ + * • •
l i m Sn = oo,
Exemplo — 2. A série
Yn
diverge, porque, a partir do segundo, os seus termos são superiores aos termos
correspondentes da série harmónica
§ 4. Regra de Alembert
Teorema (regra de Alembert) — Se numa série de termos positivos
q-L q-L
l' Jinfjll I
Fig. 342
^N+2<^q^N +i
(3)
Fig. 343
(fig. 343), ou U n + i > Un para todos os n ' ^ N . Mas isso dizer que os
termos da série crescem a partir do índice iV + 1, logo o termo
geral não tende para zero. A série diverge
18
274 CALCULO D IFEREN CIA L 'E INTEGRAL
1 . 1 . 1
1.2.3...
Resolução — Tem-sc
1 1 1 1
1.2 .. •n n! ’ 1.2.....n(«4-l)' (« - h l) I ’
J^n+l _ n 1 1
u,n (n + 1) ! «+ 1 '
Por conseguinte,
lim — lini =0 < 1.
n -|-1
A série converge.
Exemplo — 2. Estudar a natureza da série
2 22 23 2^
T + ^ + - r + - + ^ + -
Resolução — Aqui, tem-se
2^ 2^+1 .2 —^ ; l i m - í ^ = Um 2 - ^ = 2 > l .
Wn = í n+ l ’ u„ ^« +
4 "11 n-> oo n-> oo ^
Resolução — Tem-Se
lim ^n-H
n-*>oo Uji 1V-H30 ^ n-¥CO
w-j- 1
A recra d’ Alembert nada dá. Mas oode-se demonstrar que esta série
converge por outras considerações. Com efeito,
1 1 1
/i(n+l)~n n+ 1 ’
e pode-se recopiar a série dada sob a forma
(t “ t ) + (t “ t ) + (t ~ t ) + • •• + ) + • ••
Reduzindo os termos semelhantes, obtém-se a expressão da soma parcial Sn :
fi -|“ 1
Por conseguinte,
\ ,
l i m s , i = l i m ( l -----
n-¥co n-¥co
n->oo V
\ /
a série converge e a sua soma é igual .a 1.
276 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
§ 6. Regra de Cauchy
Teorema (regra de Cauchy) — Sendo dada a série
+ ^2 + + •••+ + ••• ( 1)
\V
Dal resulta que
VUn < q
ou melhor
Un<q"
para todos os m M
Consideremos, agora, as duas séries:
4 " ^2 “h ^3 “I” • • • “I” “h ^JV + l 4 “ ^N+2 4 “ • • ( 1)
N , JV+ 1 , N+2 I
q +q +q 4 - ... ( 1')
A série (10 converge porque os seus termos formam uma pro
gressão* geométrica decrescente. Os termos da série (1) são. a partir
de inferiores aos respectivos termos de (10- Logo a série (1) converge.
2. Suponhamos / > 1. Ter-se-á, a partir dum certo n = N
Vu„>l
ou mrihor
u„ > 1 .
A série diverge, evidentemente.
Exmnple — Estudar a convergência da série
7,— n r
n->co ?i-»-oo ' \ i / n V = 2 < ‘-
A série converge.
SÉRIES 277
lim Z=1
n-^oo
exige um estudo particular. A série pode. então, tanto convergir eomo
divergir. Assim, para a série harmónica (que. como se sabe. diverge)
lim V lü ^ = lim 1 / ~ = 1.
n-^oo n->-oo ' W
VT
Para nos assegurarmos disso, mostremos que lim Log 1 / — =»= 0.
n-+oo y
Com efeito,
X 1 /1 1. — Logn
hm Log 1/ — = l i m --------------- .
n-^oo ^ n 71-^00 n
Assim, Log 1/ ^ ^
lim ] / ^ = í .
n-^ 0 0 ! n
O mesmo se diga da série
1 .1 .1 _r
n-2
para a qual
donde n+l
1
isto é, que a soma parcial é limitada qualquer que seja n. Ora,
ela cresce com n, porque todos os Un são positivos. Logo tem
um limite finito quando n oo
lim Sn
n-foo
a série converge.
280 CALCULO DIFEREN CIA L E INTEGRAL
1 1 1 1
IP n- 2p ^ 3P 4" • • • n- .
= {Ní-p— 1) para p i.
. r dx
Se P — 1, \ — —oo, o integral é infinito, a série diverge.
l/- ^ = lim = .i P ^ \ ,
n-^oo 71-^00 ^ 71-voo V r /i /
SÉRIES 281
*2m > 0
e cresce com m.
Recopiemos, agora, esta soma sob a forma
S2m = “ 1— ( « 2 — M3) — ( « 4 — W5) — . . •
• • • — (W 2 m - 2 — ^2m-i) — “ 2m-
l i m S2 m+i = l i m S2 m + ü m U2 m+i = ü m S2 m = s.
Y fl-y -C K > m -> o o 771->00 jn -y -o o
^5 ^3
Fig. 346
^4 = ^3 — ^4» ^5 = ^4 + ^5»
e assim sucessivamente.
Os pontos que representam as somas parciais tendem para um
ponto 5 que representa a soma da série. As somas parciais pares
encontram-se à esquerda de s, as somas parciais ímpares à direita de s.
Nota — 2. Se uma série alternada satisfaz à condição do teorema
de Leibniz. não é difícil avaliar o erro cometido quando se substituir
a sua soma s por uma soma parcial ^T^-Isto equivale a desprezar todos
os termos a partir de ^^77+1. Mas estes termos formam uma série
alternada cuja soma é, em valor absoluto, inferior ao primeiro termo
SÉRIES 283
1 1 1 1
+ ^2 + • • • + + ••• ( 1)
284 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
é tal que a série formada com os valores absolutos dos seus termos
I I “h I ^2 I + • • • + I I “h • • • (2 )
converge, a série proposta também converge.
Demonstração — Sejam e as somas dos n primeiros termos
das séries (1) e (2).
Sejam ainda s'n a soma de todos os termos positivos e a soma
dos valores absolutos de todos os termos negativos contidos nos n
primeiros termos da série proposta
Sn = Sn — Sn\ CT^ = 5,^ + .
Por hipótese, tem por limite o ; e Sn são quantidades
positivas crescentes inferiores a a. Logo, têm limites s e i". Resulta
da relação = Sn — sú q u e também tem um limite que é igual
a / — "5, isto é, que a série de termos de sinais quaisquer (1) converge.
O teorema demonstrado permite julgar da convergência de certas
séries de termos de sinais variáveis. O estudo da questão da conver
gência duma tal série reduz-se, então, ao estudo duma tal série de
termos positivos.
Consideremos dois exemplos.
Exemplo — 1. Estudar a convergência da série
1 1
12 ^ 22 ( 5)
A série (5) converge (ver § 6). Os termos da série (4) não são superiores
aos termos da série (5); logo (4) também converge. Resulta do teorema
demonstrado que a série (3) converge também:
Exemplo — 2. Estudar a convergência da série
JX ^ 3X _ JX
COS - 7- COS 3 COS 5 - 7- COS (2n — 1)
4 , 4 , 4
3 i 32 I 33 T ••• +I 37» ( 6)
3 -1
J3 2_ +r _3L3 +
- r • • • I 3« 0)
SÉRIES 285
I 1+ I I + I í + • • • + I I+ • • • ( 2)
converge.
Se a série (1) converge, mas se a série (2) diverge, a série pro
posta (1) diz-se semi-convergente ou não absolutamente convergente.
Exemplo — 3. A série harmónica alternada
1 1 1
1---- - 4 - - ------—4 - . . .
2 ^ 3 4 ^
1— 2—^+ 3—-----—+
4 ^
... ( 8)
. (9)
Mostremos que a série obtida converge, mas que a sua soma / é duas
A
vezes menor que a soma da série (8), isto é, que é igual a — s. Sejam c
2
as somas parciais das séries (8) e (9). Consideremos a soma dos 3k termos
da série (9):
"3'‘" + ••• + “
= (t ~ t ) + (t ~ t ) + •• • + =
Depois 1 \ 1
lim s 1 = lim (s g
A->>oo k-*oo \ 3» ' 2k +
+ \l ) “ 2
1
lim s 2k f-2= lim I 5Ó
fe-voo k-^co \ ^ 2fe + l Ak + 2} ~ 2
SâR IE S 287
Logo, obtém-se
lim
n^oo ^
Vê-se que a soma da série mudou após reagrupamento dos seus termos
(diminuiu de metade).
§ 9. Séries de funções
Chama-se série de junções a toda a série na qual o termo geral
é uma função duma variável x.
Consideremos a série de funções
S ( l) =
1— X
é majorável sobre todo o eixo Ox. Com efeito, tem-se para todos os
valores de x a relação
cosnx 1
< (^ = 1, 2, ...) ,
converge.
Resulta imediatamente da definição que uma série majorável
num certo domínio é absolutamente convergente em todos os pontos
desse domínio (ver § 8). Além disso, numa série majorável goza da
importante propriedade seguinte.
SÉRIES 289
Os termos desta série (que figuram entre parêntesis) são funções conti
nuas qualquer que seja jc. Mostremos que esta série converge e que a sua soma
é uma função descontínua.
Sc a: < 0 1
s = lim Sn {x)= lim (— | x \ — x) = — 1— x
n-¥co n-> oo
por conseguinte, pode-se escolher 8 positivo tal que. para todo o Ajc que
satisfaça à condição | Ajc | < 8 se tenha
isto é.
I < e . visto que | Ax | < ô,
o que prova que 5(;c) é uma função contínua no ponto x (e, portanto,
em qualquer ponto do segmento [a, Z?]).
Nota — Resulta do teorema demonstrado que se a soma duma
série e descontínua sobre um segmento dado [a, b], a série não pode
ser majorada sobre esse segmento. Assim,, a série estudada como
exemplo não pode ser majorada sobre todo o segmento que contém
o ponto .X= 0 no qual a série é descontínua.
Notemos, por fim, que o recíproco não é verdadeiro; existem
séries não majoráveis sobre um segmento mas que convergem sobre
esse segmento para uma função contínua. Em especial, qualquer série
uniformemente convergente sobre o segmento [a, b] (mesmo se não
for majorável) tem por soma uma função contínua (se, bem entendido
todos os seus termos fòrem contínuos).
Tem-se
. . . + ^ U n ( x ) d x + I r n( x) dx ( 2)
= ± e „ (x — a ) < e „ (6 — a).
Como e„ -► 0, tem-se
X
lim 5 r„ (x) dx = 0.
n-^oo a
Mas, deduz-se de (2)
* * * *
J r n ( x ) d x = J s { x ) d x — [ J i i i ( x ) d x + . . . + ^ u „ (x )d x l.
a a a a
Por conseguinte,
X X X
5 s(x)dx= 5 u i ( x ) d x - f ^ U2 ( x ) d x - | - . . . - f ^ u „ (x) d x .
a a a a
£ a igualdade- que nos propúnhamos demonstrar.
SÉRIES 295
da série (1) não é sempre igual à soma dos integrais dos seus
termos (isto é, a soma (4)).
Teorema — 2. Se a série
Ui (^) + (^) + • • • + (^) + • • • (5)
de funções que têm derivadas contínuas sobre [a, 6], converge sobre
este segmento para 5(jc) e se a série
Ui (^) + ^2 (*^) + • • • H“ (^) + • • •» (®)
formada com as derivadas dos seus termos, é majorável sobre este.
segmento, então, a soma da série das derivadas é igual à derivada da
soma da série proposta:
s (x) = u[ (x) + Ü2 (x) + u^{x) + . . . + Un(x) + . . .
Demonstração — Designemos por F(jc) a soma da série (6):
F (x) = u\ {x) + ^2 (o:) + . . . + Un (^) + • • •
e demonstremos que
F (x) = s (x).
] F( x ) d x = s{x) — s{a).
296 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
M + M + M + ... + M (3)
Xq
inferiores aos de (3), resulta que a série (2) converge também, o que
significa que a série (la) ou (1) converge absolutamente.
2. Já não é difícil, agora, a segunda parte do teorema: suponha
mos que a série (1) diverge num certo ponto Então, ela divergirá
também em qualquer ponto x tal que \ x \ > \ x^\- Com efeito, se
ela convergisse num certo ponto x que satisfaça a esta condição, em
298 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
a série converge
Fig. 349
R = — = lim
L ^n+l
R =
lim V\ ãr, \
lim = \x \.
n -> -o o 1
Por conseguinte, a série converge para | j: | < 1 e diverge para 1JC| > 1.
A regra d*Alembert nada dá nos pontos fronteiriços do intervalo (— 1, 1). Mas
vê-se directamente que a série diverge nos pontos x = ± 1.
Exemplo — 2. Determinar o intervalo de convergência da série
2x (2x)2 , (2x)3
1 2 + 3
Resolução — Apliquemos a regra d*Alembert:
( 2 x )^ + i
tl —f- 1
lim = l im 12x I = I 2x I.
n->oo (2x)" n -^ o o n-{-i
A
A série converge quando | 2 x | < l , isto é, se | a; ; converge no
ponto x = —1 e diverge no ponto x = ---- iL , ^
2 2
converge. Mas, quantlo \x \ < p, os termos da série (1) não são supe
riores em valores absolutos aos termos correspondentes de (5). Logo
a série (1) é majorável sobre o segmento [— p, p].
Corolário— 1. A soma duma série inteira é uma junção contínua
sobre todo o segmento completamente contido no intervalo de con-
Intervalo de convergência
H-
-R -pv
Intervalo de majoração
Fig. 350
Fig. 351
0 I I --H
-/? -p X p ç Xz X/
Fig. 352
Tomemos um ponto | tal que p < i < R (fig. 352). A série (1)
converge neste ponto, logo lim = 0, e existe uma constante M
n -*o o
tal (}ue
|a „ r i< M (n = l. 2, ...).
Se IXI < p, tem-se
n — 1 I
raa„x" * K | « a „ p " ‘ l= n |a„^ <« >
onde
g = T < i-
^ ( í + 2q + 3 g ^ - i - . . . + + ...)•
0 1 2 3
H--- 1--- 1----h-
Fig. 354
• • • T ------W + (1 )
onde o resto Rn (x) era calculado segundo a fórmula
í{x) = Pn{x) + R n i A
onde
Pn (X) = / (a) + ^
1!
/ ' («) + . . . +
rei
/" V ).
f { x ) = lim P „(x).
Como o resto tende para zero qualquer que seja jc, a série
proposta converge e a sua forma representa a função senjc qualquer
que seja x,
A figura 355 representa o gráfico da função senx e das três
primeiras somas parciais da série (1).
Recorre-se a esta série para calcular senjc para diversos valores
de X.
Calculemos, por exemplo, sen 10® a menos de 10"® Dado que
10® = ^ = 0,174533, tem-se
sen
Í8 ~ 5 f ( f s T + à ( f s T - l i ( i - s ) ’ + • •
Limitando-nos aos dois primeiros termos, obtém-se a igualdade
seguinte aproximada;
. Ji ji 1 / jt
18 ^ Í8 “ tT i i 8 j ’
SÉRIES 307
é‘* = \. +. X - \ I----------------------------------h
_l_ I _L _L • • •.
( 2)
2! 3! n!
porque, como se demonstrou, lim (x) = 0 qualquer que seja x a
n-*-oo
série converge para todos os x e representa a função e^.
308 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
= 1 + ÍL { i yf { i yf iiy T
+ ( 1)
1! 2! 3! n\
Como j2 = _ 1, = — i, i* = 1, = i, i» = — 1, etc.,
obtém-se
1! 2! 3! 4! 5!
Separemos as partes reais e imaginárias desta série
V 2! 4! / V I! 3! 5! /
. a^im — 1) m {m — 1)
«0 = 1; a^ = m \ = ----- i = — 5— ---- >-■,
_m (m — 1 ) .. . [m /I + 1]
— 71 “õ
* 2 . . . Al ’ ‘ *
1-2
m (m — — (ra — 1)1 „ ,
(3)
1-2...n
m ( m — í ) . . . [ m — n + i ]^n
“ n+l = ----------------- ;----------------^ .
n!
_T O (m — — w + 2] „_i
~~ ^ j
{n - 1)!
m ( m — í ) . . , (m — n í) {n — í)\
lim Un-hí = lim
n-^oo Un 7l->00 m {m — l ) . . . {m — n 2)nl
m —n í
= lim \x = X ,
n-*-oo n
5(0) = 1.
m (m — 1) (m — 2) , ,
-------------------------X + . . . (3')
1-2-3
SARIES 311
Em e$.pecial. se m = — 1, tem-se
1
= 1 — X , (4)
1 + a:
Se m = i
V l + X= 1 + ------ —
1-3
-1----------- .
1-3-5
— X X^ X* + . . . (5)
2 2-4 2. 4-6 2-4.6.8
Se m = —
, 1 - 3 .5 - 7 .X4 —
(6)
Vi 2 2-4' 2-4-6 2 -4 -6 .8
1 :^ ^ , 1-3-5.. . ( 2 » - l ) ^
2-4-6 2 - 4 - 6 . ..2ra
Em virtude do teorema sobre a integração das séries inteiras,
tem-se para | x | < 1
1 - 3 - 5 . . . ( 2 r a - l ) X-,2n + l
...+ + -••
2 - 4 - 6 . . . 2n 2w + l
Esta série converge no intervalo (— 1, 1). Poder-se-ia demonstrar
que a série converge igualmente quando x = ± 1 e que a soma cor
respondente a estes valores representa arc sen x. Então, fazendo x = 1,
obtém-se esta fótmula para calcular i r ;
. ji 1 1 1-3 1 . 1 - 3 - 5 1
a rc s « i 1 = — = 1 H----------- ------------- \-----------------\ - . . .
2 2 3 2-4 5 2-4-6 7
312 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
f _ d ^ ^ f (1 _ a; 4. . . .) dx
j 1+ ^ ^
ou
1 1 o r I I I
1 — X L 3 5 J
Façamos em s ^ i d a 1 X TI -|- 1 1
tem-se x = Para
1—X n 2n + l*
qualquer n > 0, tem-se 0 < x < 1, logo
L o g ^ = L o g ^ = 2 [ - j — -f - * .4
\ - x n l2n + l 3(2n-|-iy
1
+
5(2n + iy
SÉRIES 313
donde
Log(n + 1) — Logn =
1 1
= 2 + (3)
,2n + l ' 3(2n + l f 5(2« + l)®
Para w = 1, deduz-se
r 1 1 1
‘■”* ^ = n r 4 + ? ¥ * + ^ = ' + -
1
R^ = 2 +
(2p + 1) 3 " ^ + ’ (2p + 3)
1
\+ •••
(2/7 + 5) 3‘2P+5'
Como os números 2p + 3, 2p + 5. ... são superiores a 2p + 1.
aumentamos o valor de cada fraeção quando substituímos estes números
por 2/ 7+1. Logo.
1
Rp<2 +
(2p + l)3"^+ ‘ (2p + l ) 3 ‘‘^ + ^
i
+ . . .
(2p + l)3"P+®
OU
Rp <C g2p+5
2p + l
32P+1
R p< (4)
2P + l i _ l (2p + l)3=^'>-‘4 '
9
314 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
1
= 0,6931471.
13-3* 1 5 - 3 ‘* J
a a a
+ •••
1 1|.3 2!.5 3!-7
Esta igualdade permite calcular o integral, qualquer que seja a.
com a aproximação desejada.
2. Seja calcular o integral
a
sen X
dx.
\
Desenvolvamos em série a função sob o sinal soma: como
X*.3 X X
s e n i = x --------- 1---------------- H
3! 51 7!
temse:
senx 3^ x ' ' X*
i --------- \---------------
3! 5! 7!
convergindo esta última série qualquer que seja x. Integrando termo a
termo, obtém-se:
a
í sen X ,
------- dx = a —
X
a**
31-3 5!-5 71.7
■f. ..
.2— 2 ^ _ I — A^sen^ (p — ^ —
1 1 3
316 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
1
— AM sen* çp dtp — A® j sen* (p dcp — . , .
0 0
í sen (p d(p j
1 - 3 . . . {2n — í) n
~2
j V l — A ^ se n ^ (p d q )= ^ | l — ^k] —
0
íí-3Vk^ íl-S-òVk^ 1
V2. 4/ 3 \2.46/ 5 *‘J ’
e assim sqcessivamente.
Substituamos os valores das derivadas encontradas na igualdade (3).
Esta série representa a solução da equação proposta para os valores
de X para os quais ela converge.
Exemplo — Encontrar a solução da equação
í/a:2,
que satisfaz as condições iniciais
(í/)x=0 = 1» (í/')x=0 = 0.
Resolução — Tem-se:
/ (0 ) = z / o = l ; / '( 0 ) = yi = 0.
Fazendo jc = 0, obtém-se:
ou, fazendo k + 2 = n.
Donde
!/r= -l-2 . í,i«=-5.6yíV_(_i)2(i.2)(5.6K
j,J* = -9.10j/^f> = ( - l ) 3 (1-2) (5-6) (9.10),
í/S'* = ( - l ) ' ‘ (1-2) (5-6) ( 9 .1 0 )... [(4 * -3 )(4 fc -2 )].
j, = 1 _ _ 1 . 2 + . ^ ( 1 . 2 ) ( 5 . 6 ) - j ^(1.2)(5.6)(9.10) + . . .
Verifica-se, por meio da regra d*Alembert que esta série converge para
todos os valores de x, logo ela é solução da equação difrencial.
Quando a equação é linear, é cómodo procurar os coeficientes
do desenvolvimento duma solução particular pelo método dos coefi
cientes indeterminados. Para isso, «substitui-se» directamente a série
y = Uq a^x -f- . -f- CLn^^ “f" • • •
na equação diferencial e identificam-se os coeficientes das mesmas
potências de x dum e doutro lado da equação.
Exemplo — Achar a solução da equação
í/'' = 2xí/' + 4í/,
Por conseguinte,
y = x + a2x"^-\-a^x^-\- . . . +anX^+ ... ,
í/' =--1 + 2ü2X+ 803x24- ... + +... ,
y”= 2^24"3•2 fl3 X4“ •••4“w —1) 4“ •••
Substituindo as expressões acima na equação proposta e identificando os
coeficientes das mesmas potências de x, vem:
2o2= 0, donde 02 = 0
3*203 = 24“4, donde 03 = 1
4 • 804 = 4 o2 4 “ ^^ 2 » donde «4 = 0
2*1 1
_ ! Í - T
_T! "9 = 4!
4 “ 2! ’ 6 3! ’
„ _ (A-1)! 1
2A) — A! ’
04 = 0 ; 00 = 0 ; ü2k —0.
Substituindo os coeficientes encontrados, emcontra-se a equação procurada
x3 r2fe+l
í/ = ^ + — + - ^ + - 3 T + - - - ' A:!
A série obtida converge qualquer que seja x.
Notemos que a solução particular encontrada se exprime por meio das
funções elementares; com efeito, se se puser x em factor, obtém-se o desen
volvimento da função Logo,
y = xe^X2.
,r+Ã
y=
k=0
e procuremos as suas derivadas:
y ' = S (r + A:)aAX^+*-‘ ;
k=0
X 2 j (^ + ^) * + (^ — P^) 2
A=0 ft=0
Anulando os coeficientes de x na potência r, r + l, r + 2,
r + k. obtém-se o sistona de equações diferenciais:
logo. Ti = p OU melhor t2 = — p.
SÉRIES 321
k {2 p -\-k)
Vi
2 (2 p -f2 ) 2-4(2p + 2)(2p + 4)
(5)
2 -4-b(2p + 2)(2p + 4)(2jD-t-6)
Todos os coeficientes C2v são determinados porque, por todo o k,
o coeficiente de na equação (3)
nao é nulo.
Assim, é uma solução particular da equação (1).
Procuremos, agora, em que condições todos os coeficientes
são determinados quando se considera a segunda raiz ra = — p. Para
isso, é preciso que seja verificada a desigualdade seguinte para todo k
positivo e par:
(6)
r2 + k ^ p .
Ora, p = Ti, por conseguinte,
r2 + k ^ V i .
Assim, a condição (6) é, neste caso, equivalente à s ^ i n t e :
^2 ^ k.
21
322 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
por c o n s ^ in te ,
^^ — ^2 = 2p.
Vz = x ~ A \ ---------- +
I 2 (( -- 2 p + 2 ) 2 -4 (-2 p + 2 ) ( - 2 p + 4)
1
2 .4 . 6 ( - 2p + 2) ( - 2 p - f 4) ( - 2 p + 6) J- (5-)
1 —
2-3 2 -4 .3 -5 2 .4 .6 - 3 .5 .7
3 5 7
J_ X , X X ,
X ------------------------------------\ - . . .
V xí 3! 5! 7!
/ (x )= ] / - Í | senx
* ^ JIX
Do mesmo modo se obtém, a partir da fórmula (50:
J ^ (x)= — COS X.
JIX
y = C i J j (x) + C 2 J j («x^)
2' "Y
Suponhamos, agora, que p é um número inteiro positivo que
designaremos por «(« > 0). A solução (5) tem, então, um sentido e
representa uma primeira solução particular da equação (1). Mas a
solução (50 nada representa, porque certos donominadores do desenvol
vimento se anulam.
Para p = n inteiro positivo, tema-se por função de Bessel J,^
i
a série (5) multiplicada pelo factor (quando « = 0, toma-se o
2"re!
factor 1):
/„ ( x ) = — í 1 ■+
2"n! I 2(2n + 2) 2-4(2ra + 2)(2w + 4)
ou
oo
(7)
Z J v i(//+ v )i V 2 /
v=0
+_L ___
^( 2 \ 2 I (3 !)2 1 2 / ^ '* *
Utilizando esta solução, pode-se escrever a solução que satisfaz às
condições iniciais dadas, a saber:
í/ = 2 /o í^).
No/a — Se se tivesse de procurar o integral geral da equação proposta
procurar-se-ia uma segunda solução particular sob a forma
00
^ o (^) = J q (^) Log a: + 2
ft= 0
Limitamo-nos a indicar que a segunda soluçãov particular, que designamos
por kç^ (jc), se escreve
Exerdcios
Escrever os primeiros termos das séries de que se conhece o termo geral:
1. Un=^ 1 2 _ d. Ufi —
(n !)2
n (« + !) ’ ‘ * pnf! •
4» «n=(— . 5. «n= y n*+ l—
Estudar a convergência das seguintes séries:
Resp. Não é aplicável, dado que os termos da série não decrescem monò-
tonamente em valores absolutos. A série diverge.
Quantos termos é preciso tomar nas séries seguintes para ter a soma a
menos de -1 -
i0«
326 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
1 1 1 1 1
Resp. /I = 10«.
'2- T - 3 + T - 5 + - - - + ( - 1 ) " T + --'
1 1 1 1 1
Resp. n = 10».
1 1
2>5. -r( —ir-^+-«. Resp. n= 10.
2 2-3 ' 2-3-4 2-3-4-Õ
Resp.
Resp. íS + «* (* _ 2 ) + ^ (x -2 )í ( x - 2 ) s + ;..
H.p. .- • [ .+
n»l
52. Desenvolver cos^x cm série das potência de . Rép. - ^ +
Jl \2^-l
4“-‘ ( — t )
+ S < - » * ----- ( 2 .- 1 ) .
n= l
1 °°
53. Desenvolver —5- em série de potências de (x + 1). Resp. 5j +
n=0
X ( x + l ) ^ ( - 2 < x < 0). 168
dx
Indkaçõo — Servir-se da fórmula arc tg x = ^
l + x2 *
67. Desenvolver
1
em série inteira. Resp. 1 — 2 jc -h 3x2 — 4 jc* + . ..
( 1 4 - x )2
1 (— l)"(2x)*«
7 0 . c o s 2 X,
. Resp.l + - | - 2 ( —o o < i< o o ) .
(2n) !
n =l
n=2
oo
2 ( I* I<
n=0
74. Í Ü ^ . R e s p . l + ^ + | i + . . . + ^ + ( — oo X o o ).
OO
n=0
-1 /7 ^ n Jl X - ,
76, e* acu x. Resp. x -|- x 2 - |- ------------ g -|— 1_
-TT+-"
( — oo < * < o o ).
,8. | í 2 S ( ^ 8 ,. 2
330 CALCULO DIFEREN CIA L B INTEGRAL
r j2 ^ í,.R é p . 2
U n=0 CO
J Í T I ^ ' S 9b — 8 •
ü naal
1 *2
107. [ e ^ dx a menos de 0,0001. Resp. 0,9226.
ü
i
5
108. Ç dx a menos de lO.OOOl. Resp. 0,0214.
J V l-x
ü
109
•h
0,5
dx
+ x4
a n>enos> de 0,001. Resp. 0,494. j L o g (l + J ) ^
V ( —1)"~^ _ 'V 1
n* 6 ’ Zj «2 ~ 12 ’ Z j (2«—
n= l n= l n= l
1
1*24. Achar a solução da equação ---- y'-\-y = 0 q u e satisfaz às condições
X
iniciais: y = 1, y' = 0 para x = 0 e indicar o intervalo de convergência da
série obtida. Resp. 1 — ^
X®
2! ^ 22-42 22-42.62
Determinar os três primeiros termos do desenvolvimento em série inteira
das soluções das equações diferenciais seguintes de que se indicam as
condições iniciais:
4x3
125. y' = x^ + y^ ; para x = 0, y ^ ^ í. Resp. 1-f a: f x2 4 - —^ .
é»x2 x3
126. y" = ey-{-x; para x = 0, y = l, í/' = 0. Resp. 1
2 ' 6
x2 x3
127. y '= seny — senx; para a: = 0, y = 0. R esp.---- ------- ----- ...
2 6
X3
131. í/' = x 2 y 2 _ i ; para x = 0, y = l. Resp. 1— x H — ------ ^ + - 5 ---- •••
x2 2x2 llx^
132. y' = eV-\-xy\ para x = 0, }í = 0. R e^. + — 3“ + "2^37^ + • • •
Ca|>itulo XVH
SÉRIES DE FODRIER
{^)
-f- I flj j -f- j I -f- j «2 I + j ^2 í + • • • + I MI - f I I + •••
^n
—n
}(x )d x =
n
^ ^ d x
-J t
2
n = l —ji
(ín
a ,i COS n x d x
:i
J
—jx
sen n x dx^ .
TÍGq,
—JI
71 n
- a» sen nx
^ cosnardx = | COS n x d x = -------------
— JX — JX
JX JX
cosnx
^ bn s m n x d x = bn ^ sen nx dx = — bn = 0.
Por conseguinte.
J / {x) dx = jtao,
donde
JX
J CO S n x C O S k x d x = 0;
—n
n
J c o s n x s ta k x d x = 0\ (I)
— 71
Ti
í sen rax sen fcr d r = 0 ;
e se n = k.
J cos^ k x d x = n \
- Jt
7i
^ sen kx cos k x d x = 0; (H )
Jti
—T
Jt
Jt
^ stxi^kxdx = n.
tem-se
Jt
Jt
í cosnx cos k x d x =
Jt
~ y f cos (r + Á:) X dx + ^ ^ cos (n — k )x dx = 0?
f ( x ) COS k x = — COS k x +
2
J f {x )c o sk xd x = ^ ^ coskxdx
+ J o o ^ n x c o s k x d x b n ^ sen nx cos/cx
n=l —«
Esta função -é monótona por corte e limitada (fig. 357). Ela admite, pois,
um desenvolvimento em série de Fourier.
1 f ^ \ x2
ÜQ= — \ X dx = ----- = 0.
Ji J ji 2
Esta igualdade tem lugar para todos os valores exoepto nos pontos de
descontinuidaae. Nestes pontos a soma da série é igual à média aritmética
aos limites da função à esquerda e à direita, isto é, a zero.
Exemplo — 2. Dá-ss uma função periódica de período 2nr definida como
se segue:
f { x ) = — x para —
f (x ) = x para 0 < x < ji
isto é, que f{ x ) = \x \ (fig. 358). Esta função é monótona por corte e limitada
sobre o segmento — -tt < x < tt.
yn
-5 n -4jr -3 ji -2ti - n 0 n In 5n 5n ^
Fig. 358
1 ^ ”
ííft = — J ( —^) COS k x d x - \ - ^ X COS k x d x j =
-J t ü
0 ji
1 r isenfci|o 1 f , is e n fc i |n i
= 1 t L-------í — U + T k
^ _ |J ,e n f c x d * ] =
-Jt ü
=-Lr. T ík L
COS k x
—Jl
COS
^
k x \n
|0 ] =
{ 0 para ^ par.
= — (C O S k n
___ ^
para k ímpar;
Jlfe2
U Jl
n 0 ji
«*0=4- J / W á t = ^ [ J (-i)<te+jáx]=0:
—« Jl 0
0 Jl
^ 1r^ jf /( — -I\ I J . f 1 J 1 sên A
^ Bcn/cx 0 .-----=
sen kx:x Jl
afe = — 1) COS kxdx-\- \ cos kx dx \ = — 1— j-— 0 ;
-Jl kA
0 Jl
COS kx 0 coskx |Ji
= J (— 1) sen A:x d x + ^ sen/cx dx J = ^
-J l k |o ] =
-J l 0
r 0 para
p k par,
^~nk 1=
' ^
para k impar.*.
I nk
y i
-3 J l -2 n - Jl 0 Jl 2 Jl 3ji X
-1
Fig. 359
1 f o I j 1 r x 2 s e n A:a; |Ji 2 f , , 1
= — \ COS kx dx = — -------- --------- — 7- i ^ s e n kx dx =
n J n \_ k \-n k J ^ J
_______ L f X COS kx ^ 1 f “I 4
^ + \ COS/cx d x j [jx COS A:Ji] =
nk L
■I
4
para k par,
— -p - para k ímpar;
Jt
x2 COS kx
bh= — a;2 s e n kx dx= -]-----
\ -f ^ ^ COS kx dx J =
JX J ^ ji L
Jt
2 rxsen/cxJt ir
-n~T ]
—Jt
6 ~ ^Zl w
«22 •
n= l
-JT
.n
1 r x sen kx
— — f X COS kx d x — — r — ^ f sen A:x dx I =
^ i
0
ji L 0 A: J ']=
I COS k x r 2
^ para k ímpar,
Jik k
” I 0 para k par;
I = - 1 jr x se n 7/r x7r f^ ^1_ [_
r -------
XCOSA'x -T , 1 f , n
^ + _ J costodxJ =
—
J_ para k ímpar.
= -----COS Aji =
:ik 1 para k par;
— Jt Jt A. Jt
= ^ '\^{x)dx I {x) dx J ip (a:) da: = ^yp (x) dx.
K — Jt — Jt — Jt
1 f f 1
ão = — \ f{x) dx, Un = — \ f (x) COS nx dx,
A, A,
A ,+ 2 j t ( 1)
1 f
= — \ j (x) sen nx dx,
n J
o segmento [0, nr.] Ora esta função está representada muito simplesmente por
/ (x) = X sobre o segmento [0, 2nr]. Por conseguinte, ter-se-á interesse em
desenvolver esta função em série de Fourier, utilizando a fórmula (1) com X = 0:
1 •
’ 1 r
<7o= — j f (^) dx —— \ xdx = 2n \
0 ' ü
2Jt 2 ji
I f . / v , I f , Ifxscn nx
fln = — \ f ( x) COS n x d x = — \ X COS n x d x = — ----------
J i j J i L n
COS wx"|2Jt
+-^ J c Jo =«•
dado que uma função par goza, por definição, desta propriedade;
x) = ^ (x).
Tem-se, duma maneira análoga, para uma função ímpar y>(x)
Jt Jl Jl
= — ^ (p (x ) d x j (p (x ) d x = 0.
0 0
«0 = -^ j f{x)dx = 0,
— Jl
Jl
1 r
«A = — I / (^) COS kx d x = 0 , (1)
3T J
— Jl
Jl Jl
isto é, que a série de Fourier duma função ímpar apenas contém senos
(ver exemplo 1, § 2).
348 CALCULO D IFEREN CIA L B INTEGRAL
/ (x) dx.
/ (x) sen kx dx = 0,
_ 2 ["x sen
= — \ X dx=^n, ük =
-í X COS k x dx =
para k par,
~ ~ n L k
^ JiA:2 para k ftnpar.
Voltamos a encontrar os mesmos coeficientes que no exemplo 2, § 2, mas
mais ràpidamente.
x = ^ t.
n
SÉRIES DE FO U R IER 349
y + 2 (oftCosAí + ÒA senAO, ( 1)
k = i
ou
í
Jl
—jr
n
í ji
—zi
/(^ í)c o s A íd í,
^0 — y J ~ T J k^xdx,
-I -I
I ( 2)
bk f(x) s e a k j x d x .
= H -I-
A fórmula (1) transforma-se em:
if, —0 ; ãi) = ^ ^ X dx ~ I \
0
^ r 0 para k par.
2 f knx ^ 21 Ç , ^ I
Uf i= — \\
— — x cCO
X oSs —
- yr - d-r
dx = —
—r^ \\ X
x cCOS,
o s k x dd xx = J 4/
para k ímpar.
0 "^0 I
Por conseguinte, o desenvolvimento escreve-se:
( 2 p - 'r 1) Jl
COS — X COS - j - X COS I —^
.. I Al
I 3^ (2p + l)2
Fig. 367
ÜQ
(x) : + X I ah COS kx + bh sen kx.
h=i
em que ao, ai, bu bz, .... são coeficientes de Fourier. isto é
que se aproxima com a soma dos n primeiros termos da série de
Fourier desta função. Façamos algumas notas preliminares.
Suponhamos que se tem y = f (x) no intervalo [a, b] e que se
quer avaliar o erro cometido quando se substitui esta função por
uma outra função <p(.x). Pode-se considerar, por exemplo, que o eri;o
é representado pela expressão max \f(x) - (p (x) | no intervalo [a, b],
o que se chama desvio máximo entre f{x) e <p{x). Mas, por vezes.
SARIES D E FO U RIER 353
h=i —ji
n 71 ji
— 2 ^ 1 / (^) cfcc — — J ^ —
-TI k=i -Jt
71 n
- - ^ 7 , Pa f / ( x ) s é n A x d x + — -®
Ji J 2ti 4 J
f dx +
A=1 - ji - n
71 n n ji
n 71 Jt
+í 2
h=i 7 = 1
k=^J
-Jt
COS kx COS jx dx +
71 71 Jt
í COS kx SOT ]x dx 4 “
A= 1 7=1 — Jt
77. 71 Jt
Notemos que
71 71
>
\ i{x)dx=ao-, / (x) COS kx dx = a h \
V ji
^ •jJ/
“ Jt —Jtji
—
^ / (x) sen kx dx = bk
J cos^kxdx = n, J sexí^kxdx = n,
—n — 71
n
para k e j quaisquer: í sen kx cos ]x dx = 0.
e, quando, k ^ /,
Jl 71
De modo que
71 n
^ 2n 1 ~ “ 2 ■** ^
+
f+r
Juntando e subtraindo a quantidade
2
k= i
(a^A + Pl).
^ ^
A=1
tem-se
-Jl A=1
■ +■ -^(«0 — «of + y 2
k=i
n
+
(P* ~ *a)^]- (1)
356 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
( 2)
— 31 A=1
i J f ( x ) d * > ^ + i 2 ( » í + 6S).
A=1
jT Ü^
— 31
^ “I"
A=1
+ ^a)« (3)
h=i -n
resulta que a série 2 («n + &n) converge, o que implica que o seu
th=1
termo geral tende para zero: lim (a%, + 6») = 0, as igualdades (4)
n-H»
estão demonstradas. Assim se tem para uma função limitada contínua
por corte as igualdades
Jl
lim J / (x) C O S n x d x = 0y
n -* -o o — Jl
Jl
lim J / (x) sen n x d x = 0.
n-+>oo — Jl
tendem para zero quando n tende para infinito, se / (jc) for uma função
limitada contínua por corte.
Com efeito, suponhamos, para fixar ideias, que 6 — a < 2ir e
consideremos a função auxiliar (p{x) de período I tt definida como
se segue:
<P(^) = /(a;) para a ^ x ^ b ,
(p(x) = 0 para 6 < x C a + 2n.
Então; fe a+2jt
l f (x) C O S n x d x = j (f (x) C O S nxdx,
a
a+ 2n
lf{x)sta n xd x= I ^>{x) ^ n n x d x .
§ 8. Integral de Dirichlet
Vamos estabelecer neste parágrafo uma fórmula que exprime as
somas parciais duma série de Fourier por meio de integral. Esta fórmula
ser-nos-á útil nos parágrafos seguintes.
Consideremos uma soma parcial de Fourier para a função perió
dica f{x) de período 2ir:
com
Jl
Oft = — 1 f{t) COS kt dt, bk = — \ f (t) sen kt dt.
II J IX J
—jT —n
sen I ,.
+ / (t) C OS A:í dí -)- ---------- \ f(t)ssên
e kt dt
l [ ~ l Jl J
h=l —Jl
ou, introduzindo coskx e senAx sob o sinal soma (o que é legítimo,
porque coskx e sen/:jc não contêm a v^iável de integração).
Jl
/ (í) dt +
2[í
n
k=i
Jl
— JX
f {t) COS kx COS k t d
Jl
t ^ f {t)sènkxsènktdt^,
—Jl
1
Ponhamos agora — como factor e substituamos a soma dos
Jl
integrais pelo i n t ^ a l da soma; tem-se:
Jl n
dt =
— Jl A==l
n
= ^ j /(O
[■1-+ y > jC o sk (t — x) dt. (1)
A=1
Transformemos a expressão entre parêntesis. Façamos
então.
1 — cos z = 2 sén^ .
Logo,
sen(2n + l)-2
On (Z) = ■
2 » n |
Sn (^) = — f nJ t ) d t.
n J t — X
2 sen
S âR IE S DB FO U RIER 361
5 sen(2« + l ) ^
«n(^ ) = — \ i{x + ct) -------------------------d a . ( 2)
Jl J a
2 sen
^ J sen (2ra-1=* 1)
1= — \ ----------------------^ da, (3)
a
-Jl 2 sen ^
~2
que nos servirá no seguimento.
, p sén(2ra + l ) ^
Sn i.x) — / (x) = — \ [/ (x + a) — / (x)]----------------------da.
Jl J O Oí
-Jl 2 sen ~
a
1 f "2
5/1 ( ^) — /(^) = — \ [/(^ + a) — /(x ) ] ------------ s è n n a d a +
J ^ a
-6 22sen
s e n- -|
-ô a
f COS -7^
ü
j [/(x + a) sén n a da +
— Jl
o a
2”“ 2
71 a
f CO S-y
+ ■ ■J [/ (^ + 0^) sen n a da +
6 o Oí
2sen 2
( a ) = [ / ( ^ + a ) — / (^ )]
n ^
2 sen 2
= lim
^-►OO JX
í
J
-6
[/ (x -t- a) — / (x)]
a
c o ^
2sen|
sen wa da. (1)
a
COS
(Dj (a) = [/ (aro + a) — / (aro)] •
2O sen —
^
a -►0—0 CC OC 2
sen-
= lim /(^o + oc ) - / ( ^ o) ^
a -►0—0 a
a
~2
X lim ---------- lim C O S — = A :i* l-l = /p i.
a -►0—0 OC a -^ 0—0 2
sen
OU
õ
Um [s (xo) - / (xo)] = lim ^ \ O 2 (a) sen na da.
«-►oo n-^°o ^ J
366 CAIXULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
1 f
bk = — \ f(x) sên kx dx.
Jt J .
— Jt
2 V 2 V
COS k X i ,
i=l i=l
sâ ik x i.
368 CALCULO D IFERENCIA L E INTEGRAL
5 \f{^)\dx= Q (1 )
f{x) = - ^ + a ACo s y o: + bu s e n y j :, ( 2)
A=1
onde
I I
ah = ~Y ^ f{t) COS ^tdty bk = ~Y ^ f (0 ~ ^ (3)
-I -I
/(^■) =
J»
j
-I
/(í)ííí + -y 2
I
h= i
(f
-I
f(t)c o s ^ td t^ c o s Y ^
h=i -I -I
00 I
kn , kji ^ kn
+ y 2 j j ^ c o s y í c o s — :r + sen - t sen — x
I I - I
k= í -I
ou
I I
-^J dí Í
00
^ ~ ^ f f a { t — x) da. (7)
0 —oo
J f(t)cosa{t-x)dt] = (?’)
0 —oo
que'é verificada.
Transformemos o integral do segundo membro da igualdade (7)
desenvolvendo cos a (/ — x):
M(í
oo oo
/ ( ^ + 0) + / ( ^ - 0 )
2
Voltemos à fórmula (8). Os integrais entre parêntesis são funções
de a. Introduzamos as notações:
oo
1 r
A { a ) = — \ f {t) COS at dtj
— oo
oo
F (a) = ^ ^ ( 12)
/ — °°
/ (:r) = y —\ (a) cos ax da. (13)
( 0 ,) = l / Ã J , - P í COS « < á í = | / - | - ^ 5 ^ .
0
Segundo a fórmula (14) determina-se a transformada-seno de Fourier:
0
Com a ajuda das fórmulas (13) e (15), obtém-se as relações recíprocas:
oo
f COS a x
(i > 0)
n J p2 + a2
0
oo
2 Ç a^_ax
da = e-P* ( x > 0 ).
Jt J P « + a2
í ( í / (^) — x)dt)da = 0 .
—M — oo
OU
oO oo
I (5/(0 — •^) ^0 í í a = 0 - ( 2)
— oo — oo
J (p ( a ) d a = J 9 (a ) d a + J q) ( a ) da =
-o o — oo c
C M
= lim 5 (}) ( a ) da + lim 5 <P (« ) (*)
M-^oo —M
Pode suceder, pois, que o limite C*"*) exista enbora os lim ita do
segundo membro da igualdade (*) não existam. A expressão do segundo
membro da igualdade (**) chama-se valor principal do integral. Assim,
consideremos na igualdade (2) o valor principal do integral impróprio
(exterior). É neste sentido que se deve compreender os integrais que
encontramos neste parágrafo.
Multipliquemos os membros da igualdade (2) por ^ e acres-
ceiltemo-los às partes correspondentes da igualdade (1); obtém-se, então;
oo oo
/(x>
-àll!
— oo — oc
/ (í) (c o s a { t — x) i sên a ( t — x)) dt da
374 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
OU
oo oo
iait—x) dt da.
/(^) H t\e (3)
— oo — oo
/W = V9.n. Jf (-L,
1/2 ji
(
\V2n J^ V 2 jc /
F*(a) = - ^
V2k j L
f
oo
(4)
oo
j {x) = \ F* (a) e ~ d a . ( 5)
y 2n J
Exercidos
/(x) = i
„, 1 22 /! COSX
a , COS 3x , cos 5x , ^,
32 + 52 + • •• j -r
T ” n I 1*
' sen X sen 2 i , sen 3x
1 1
Resp. sen a :+ — scn2a: + -^ sèn3x-|-. . .
6. Desenvolver em série de Fourier no intervalo ( — nr, nr) a função
/ ( a : ) = —x p a r a — J i < a ; < 0 ,
f ( x ) = 0 para 0 < a: < ji.
Resp. - l - ± y s e n( 2r e+l ) x
^ 2 71 ZJ 2n + l
n = 0
n = 1
,1 ^ V
Y 2j (^+ 1)2
n = * 0
OapiMo XVIII
d^u . d^u
:0. (3)
da:^ Oy^
Somos levados ao estudo desta equação uma vez postos em
presença de problemas apresentados pelos campos eléctricos e magné
ticos, o estado estacionário de calor, a hidrodinâmica, a difusão, etc.
É a equação mais simples do tipo elíptico.
378 CALCULO D IFEREN CIA L E INTEGRAL
d^u _ 2 ( d^u
+ ( 1')
dy^
a equação do calor no caso de três variáveis independentes é da
forma:
( 2 ')
dt V 03? dy
dy^ /
a equação de Laplace a três variáveis independentes é da forma:
pAx — Y = ^ ^
df dx^
T
Simplificando por Ajc e fazendo — = obtemos a equação do
movimento
É } L — 2 d^u (1 )
dt^ dx'.2 •
— í!ix = iR Ax L Ax, (4 )
dx dt
^ + iíí + i Ü _ o . (5)
dx dt
A diferença das intensidades da corrente que entra e sai do
elemento Ajc no decorrer do tempo Aí será
d^i dv di dh
+ A --C R — - C L ^ = 0 ,
do? dx dx d?
- ^ + a ( - ) -C R — - C L ^ = Q
dx^ V dt ) dx dt^
OU
d^i
= C L - ^ - \ - { C R + AL) — + A R i. (7)
do? dt^ dt
d^u d^u
(1)
de do?
EQUAÇÕES DA FÍSICA MATEMÁTICA 383
u (0 , t) = 0, (2)
u(l, t) = 0, (3)
u{x, 0) = f(x), (4)
du
= 9 (5)
dt
Procuraremos uma solução particular (não idênticamente nula)
da equação (1) que satisfaz ^ condições dos limites (2) e (3) sob a
forma de produto de duas funções X (x) e T (í) de que a primeira
apenas depende de a: e a segunda de /:
.£ 1 (7)
ê T ' ■X
O primeiro membro desta igualdade contém uma função que
não depende de a:, e o segundo uma função que não depende de t.
A igualdade (7) não pode ter lugar a não ser no caso em que o
o primeiro e o segundo membros não dependam nem de x nem de t,
por outras palavras, sejam iguais a um número constante. Designemo-lo
por — A em que X > 0 (consideraremos mais adiante o caso X < 0).
Então,
— = —
a^T X
X{x) = A c o s V l x + B s c a V k x , ( 10)
B s e n V k l — O.
B ^ O . porque no caso contrário teríamos X = 0 e u = 0. o que
contradiz a hipótese. Por conseguinte, deve-se ter
sen V k I = 0,
donde
Vk = - (n = l . 2, . . . ) ( 12 )
I
(não tomamos o valor n = 0, porque neste caso teríamos = 0e m= 0).
Obtemos assim:
X = B sen — x. (13)
I
X. 2 r ,, , nji ,
Cn = — y { ^ ) s e a — x dx. (18)
25
386 CALCULO DIFERENCIAL B INTEGRAL
iz r
0 <
Fig. 373
4 9 , ------ SM, ( 2)
SM . (3)
X=X2
4 9 , - 4 (?.= [ - i g SM - k p
dx X=X2
SM
X=Xi
(7)
U(0, t) = y\h{t). ( 8)
, àti . (I)
AÇ = — k n grad u As.
A quantidade de calor que passa no decurso do tempo At pela
superfície As, será igual a
àQ Aí = — kn grad u Aí As.
Voltemos ao problema que apresentamos no começo deste pará
grafo. No meio considerado isolemos um pequeno volume V limitado
pela superfície 5.
A quantidade de calor que se propaga pela superfície S será
Ç = — Aí J J k n grad u ds. ( 2)
Aí du.
Aí íí k n grad ~ J ^^
ou
( “ 111
du
div {k grad u) — c p -----| di; =±= 0.
dt
(4)
EQUAÇÕES DA PISICA MATEMATICA 391
di v (/c grad — cp 0,
. ^=^1, y=Vi, z=zi = (5)
u )
L d t
cp = di v grad { k u ) . (6)
d t
Mas
div ( i grad «) = . | - ( t I ) + I ; ( i I ) + i ( t Q
c ,- ^ = ± h ^ ] + ± ( k ^ ) + lU È í) „)
d t d x V d x ) d yy V
\ d yy ) d z \ d z )
ou fazendo ^ ~ ®
d u _ ^2 / I ( f ‘u \
(8)
d t d y ^ d z ^ J
392 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
du
=
dt
. d^u d^u , j j ¥ 1 A
em '.que Aw = ------- \ - ------ h — é o operador de Laplace. A eqita-
dx^ dy^ dz^
ção (8) é a equação da propagação do calor no espaço a três dimensões.
Para obter a sua solução única que satisfaz ao problema apresentado
é preciso dar-se as condições iniciais.
Suponhamos que temos um corpo íl cuja superfície é a. Con
sidere-se neste corpo o processo de propagação do calor. No momento
inicial a temperatura do corpo é dada. Isso corresponde a como se
conhecessem os valores iniciais para ^ = 0, por outras palavras às
condiões iniciais:
u(x, y, z, 0) = q)(.r, y, z)
T
j
1
m i) í
í
H k ) M \m A
(x-h,t) (x,t) (x-hh,t) 1
1 í
LX
Fig. 374 Fig. 375
A+1 — k_ k— Ut-1, h ( 8)
I
Definamos u
i - ^ = 0
EQUAÇÕES DA FÍSICA MATEMATICA 395
ou
1 = ^
du __ 2 d^u
( 1)
d t~ ^
(b)
E, resolvendo-as, obtemos:
(( (x)
=U[(Í (( ( a ) C O S Ka da ) cos kx
1 f
^ (X) = — \ (T (a) COS ka da,
^ J — «X
oc (II)
1 f
ti ( X ) = — 1 q: (a) sen k a da.
n J
398 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
a X ^ t = z, ^ ---- ^ = P (1^)
aV í
Introduzamos a notação
oo
^ (P) = J cos Pz dz. (15)
0
Derivando (*) obtemos:
OO
p
^ ' ( p ) = - f ^ (p )-
In t^ a n d o esta equação dtferencial, obtemos:
K (p) = Ce (16)
Detenninemos a constante C. Resulta de (15):
K{0)
Assim
(17)
1 V jt 4
COS %{a — x)d%- ■e
aVt 2
Substituindo pela sua expressão (14). obtemos finalmente o
valor do in t^ ral (13):
oo . (g—x)»
1 1/ n 4a*í
C O S l { a — x)dX = ^ V T (18)
t \ J
u{x, t) = -----L _ \ <ip(a) e da. (19)
2 a V n í -o
400 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
Então, a função
{■ (x) para x„ <
para Xq
< a:o + Ax,
+ Ax < x < oo
(20)
(a-x)'-
—s
oc
kn^l
n (X. t) = «P (oc) e da (2 1)
2a V jtí
^ . 4a2t
u (x, t) ■ ( (p (a) e
1 = da.
laV^nt/
J
-0
Aplicando o teorema da média a este último integral, obtemos:
(g—A')^
* (p (c )A :r ka^t
u (z, t) = —— ■e ^0 < ê < ^0 + A:r. ( 22)
2 a l/ ji í
d^u d^u ^ p
(1)
dx^ dy^ dz^
equação de Laplace
d^u dru d^u_^
( 1)
^ + - = 0
dx^ ^ V
que se chama equação da Laplace para o plano. As condições iniciais
(2) ou (3) devem ser verificadas sobre o contorno C.
II — Fluxo potencial dum líquido ou de um gás. Equação de con
tinuidade. Suponhamos que no interior do volume O. limitado pela
superfície a (particularmente O pode ser ilimitado) se produz o escoa
mento dum líquido. Seja p a densidade do líquido. Designemos a
velocidade do líquido por
v = V x i - { - V y j - \ - v^k, (5)
em que Uy, são as projecções do vector v sobre os eixos
de coordenadas. Isolemos no corpo íl um pequeno volume o>. limitado
pela superfície S. Para cada elemento As da superfície S no decurso
do tempo At passa uma quantidade de líquido
AQ = p r n As At,
em que n é o vector unidade orientado segundo a normal exterior
à superfície 5. A quantidade total do liquido ô que penetra no volume o>
(ou que se escoa do volume ü>) exprime-se pelo integral
Ç = Aí ^ J p v n ds (6)
8
EQUAÇÕES DA FÍSICA MATEMATICA 403
(D
(7,
Ü)
Supondo que o volume o> não está ligado a fontes, concluímos
que esta variação é devida a um afluxo de liquido cupa quantidade
é determinada pela igualdade (6). Igualando os segundos membros das
igualdades (6) e (7) e simplificando por Ar, obtemos:
d(ú. (8 )
S (0
Transformemos o integral duplo do primeiro niembro segundo a
fórmula de Ostrogradsky (§ 8, cap. XV). A igualdade (8) torna-se, então:
d(ú
ou
dt dt
— div (/cgradp) = 0
dt
011
(10)
dt d x \ dx) d y \ dyJ
du/ dz\ dz)
Se Â; é constante, esta equação toma a forma:
(1 1 )
dt A. \dx^ dy^ dz^) ’
V = grad (p,
a equação (12) toma a forma:
div (grad cp) = 0
ou
d^<p d \ d \
+ H + ^ = 0, (13)
dx^ dy dz^
0. (13’)
dx^ dy^ dz^
As condições iniciais para a equação (13) ou (130 podem ser
formadas da maneira seguinte:
1. Dá-se sobre a superfície a os valores da função procurada p
que é a pressão (condição (2)). É o problema de Dirichlet.
2. Dá-se sobre a superfície a os valores da derivada normal
dn'
por outras palavras, o fluxo que atravessa a superfície (condição (3)).
É o problema de Neumann.
3. Dá-se sobre uma porção da superfície a os valores da função
procurada p (a pressão) e sobre uma porção da superfície os valores
da derivada normal (o fluxo através da superfície). É o problema de
Dirichlet-Neumann.
Se o movimento é plano-paralelo, isto é, se a função (p (ou p)
não depender de z, obtém-se a equação de Laplace no domínio a
duas dimensões D de fronteira C:
d \ d \
0. (14)
dx^ dy^
As condições iniciais do tipo (2), problema de Dirichet. ou do
tipo (3), problema de Neumann. são dadas sobre o contorno C.
III — Potencial duma corrente eléctrica estacionária. Suponhamos
que num meio homogéneo que preenche um certo volume V passa
uma corrente eléctrica cuja densidade em cada ponto é dada pelo
vector J (x, y, z) = J:,i + J y j + Jzk. Suponhamos que a densidade
da corrente não depende • do tempo t. Suponhamos, ainda, que o
volume V considerado não contém fonte de corrente. Por conseguinte,
o fluxo do vector J através da superfície fechada S situada no
interior do volume V é igual a zero:
JJ Jnds= 0,
s
em que n é o vector unidade dirigido, sçgundo a normal exterior,
à superfície.
Com base na fórmula de Ostrogradsky podemos concluir que
d iv J " = 0. (15)
406 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
E = — (16)
X
ou
J=kE,
em que A é a permeabilidade do meio que consideramos constante.
Resulta das equações gerais do campo que se o processo for esta
cionário, o campo vectorial E é irrotacional, isto é, que rot JEJ = 0.
Então, do mesmo que no caso do estudo do campo das velocidades
dum líquido, o campo vectorial é um campo potencial (ver § 9. cap. XV).
Existe uma função <p tal que
E = grad q). (17)
Em virtude de (16). obtemos:
J = X grad q). (18)
Resulta de (15) e (18):
Adiv (grad q)) = 0
ou
d‘ (p 5"(p d^(p
■ 0 . (19)
dz^
donde.
r = Vx^ + y \ (p = arc tg — , z = z. (2)
X
cFu
dx^ df \ dx) dr dx^ dr á(p dx dx
di^u* ^ Y I
(3)
dw^ \ dx ) d(p dx
duma maneira análoga
d^u*
dr^ \ dy /) dr dy
dy^ dr d^
^(p dy dy
+ (4)
d^^ \ dy ) d{ç dy,2 ’
alem disso.
d^u cPu*
(5)
dz^ dz^
Encontramos as expressões para
dr dr d^r d^r d^> ^cp d \ d \
dx ' dy ' dx^ ’ dy"^ ’ dx dy dx'
a partir da ioualdade (2). Fazendo a soma dos segundos membros das
igualdades (3), (4) e (5) e igualando o resultado a zero (visto que a
soma dos primeiros membros destas igualdades é nulo em virtude de (1)),
obtemos:
d^^u* , 1 di^ , 1 , d^ú
( 6)
dr^ r d r ' ^ r ^ 5(p^ + ^ = “-
408 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
d u* 1 dV
■ 0, (7)
dr^ r dr
em que r e y> são as coordenadas polares para o plano.
Achemos agora a solução da equação de Laplace no domínio D
(arco) limitado pelos círculos C i: — R \ e C^: x* + t/* = i?*
que tomara os valores limites seguintes:
W|Cl = Wl, (8)
U I C2 = «2. (9)
em que Ui e são constantes.
Resolveremos o problema em coordenadas polares. É evidente que
é lógico procurar uma solução que não dependa de <f.
A equação (7) toma, então, a forma:
____Q
dr^ r dr
du
= 0, fí = 0
dz z=n
(problema de Dirichlet-Neumann). É evidente que a solução procurada
não depende nem de z, nem de e é dada pela fórmula (11).
ou
►
d^u du . d^^u
:0. ( l ’>
dr^ dr '
Procuraremos a solução pelo método de separação das variáveis
fazendo
u = O (cp) R(r). (3 )
Substituindo na equação (10 .obtemos;
r^d) (fp) R" (r) + rd ) (tp) R ' (r) + d>" (cp) (r) = 0
410 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
OU
<l>" (((;)____ r R " (r) + r]{’ (r) = - k ^
i^)
Cl) (if.) “ R (r)
r m {m - 1) + rmr^~ ~ = 0
ou
— lê = 0.
Podemos escrever duas soluções particulares linearmente indepen
dentes e A solução geral da equação (5') será
R = Cr^ + Dr~^ (7)
Substituindo as expressões (6) e (7) em (3):
Uk = AC O S k (ç + Bh sen Arcp) (8 )
A função (8) será a solução da equação (1') para todo o valor
de k, diferente de zero. Se /: = 0 as equações (5) e (5') escrevem-se
Un=- (8 )
A:= l, 2,
visto que, as constantes A, B, C, D sendo arbitrárias, os valores nega
tivos de k não dão novas soluções particulares.
Assim
n = ~7;r \ f{ t) c o s n t d t,
nB j
31 (11)
1 f
n = —— \ f (t) sên nt dt.
ici?" J
412 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
u ( r , < f ) = ^ j f ( t ) d t + ^ ^ j / ( t ) c o s n ( t — ( f : ) d t ^ ^ ' j =
- Ji n= i
1+2 2 - . 9 ) = 1 + 2 (i)"
71 = 1 71 = 1
-(ir 2 íd2
R ^-r
— 2 i ? r c o s ( í — (p) +
1 — 2 —
R
COS (t — (p ) +
(i)
C*) Durante a demonstração determinamos a soma duma progressão
geométrica infinita,* cuja razão é um número complexo de módulo inferior
à unidade. Esta fórmula da soma duma progressão geométrica pode ser
estabelecida da mesma maneira que para os números reais. É necessário, no
entanto, ter em conta a definição de limite duma função complexa da
variável real. A variável independente é aqui n (ver § 4, cap. VII, t. I).
EQUAÇÕES DA FÍSICA MATEMATICA 413
^ ^ay2 — » ( 1)
ox
que verifica a condição dos limites
u\c = f. (2)
Tracemos duas famílias de curvas
x = i h et y = kh, (3)
,k — h 4~ h
dd? ~ih, y—hh
nos nós comuns das grades. Assim, para determinar o erro da solução
aproximada para um passo h, é preciso determinar a solução para um
passo 2A. A terça parte da diferença destas soluções aproximadas é
precisamente a avaliação do erro da solução para o passo h. Esta
nota pode respeitar igualmente à resolução da equação do calor pelo
método das diferenças finitas.
Exerdcios
q,(x) = ^ p a r a 0<x<A ,
(— {2k-\-\)nx {2k-\-\)nat
Resp. a(*, t) = ^ 2 7Í
(2/r-t-l)2 21 21
/í=0
5, Uma barra de comprimento / está fixa por uma das suas extremidades
e sobre a outra age uma força de extensão P. Determinar as oscilações
longitudinais da barra se para / = 0 a força P não agir.
àu (x, 0)
w (0, 0 = 0, u(I, i) = A sen co/, u (x, U) = 0, = 0.
A sen— x sènco/
a
U -V ~ {-IL \ OÚ W -
sen — I
a
é a solução que verifica as condições:
dv (x, 0) dw (x, 0)
i;(0, 0 = 0, V (l, 0 = 0 , V (x^ 0) = —w{x, 0),
Ft dt
^ Supõe-se que sen ^ ^ q j
27
u(0, 0 = 0, u ( l, 0 = 0, í > 0 ,u ( x , 0) =
I X
l — x para
para 0 < x ^
< x < /,
,
418 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
_ (2 1 1 1 1 ^ (2 .+ 1)n,z
Resp (., 0 = - ^ 2 - f c V ^ sen -
I
71 = 0
«(0, 0 = 0 , = u ( i, 0)=(p(x).
positivas da equa^o tg p = — tL .
EQUAÇÕES DA FÍSICA MATEMATICA 419
2 ^ 1 — z- y nnx
Resp. u ( i , í) = _ 2 — ^ s e n ------
n = l
^ (fl» !/) = 0.
(2 n-j-l) n (g —i) (2 n ^ l ) n y
Resp. u ( x , t)-
SAb^ b ò
Jl3 S (2n + l)3 g jj (^^ + 1)
71=0 b
Resp. u = U 2 ~ Q - • Ro
Log —^ .
2A.JI
^2^ d^u
15. A função u(x, y) = e - y senx é a solução da equação ^ ^ -x- . „ = 0
dx2 oy^
no quadrado 0 <x<l, que verifica as condições:
(0 , y) = 0 , u ( l , y) = e~í'senl, u(x, 0 ) = scnx, u (x, l) = e~iscna:.
16. Nos problemas 12-15 resolver a equação de Laplace para condições dos
limites dados pelo método das diferenças finitas no caso áe h = 0,25.
Comparar a solução aproximada com a solução exacta.
Copíhilo XIX
§ 1. Original e imagem
(♦) A respeito das funções complexas da variável real, ver § 4, cap. VII, t I.
CALCULO OPERACIONAL E APLICAÇÕES 421
0
í
/ (t) COS b t d t l ^ \ \e ^ f (t) COS bt dt *
0
oo oo
-(a—So)t dt : M
Cl — Sq
0 0
\ e-^^f (t) dt existe. Ele define uma certa função de p, que designa-
ü
remos (*) por F (p):
F {p )= ^ dt. (4)
(6)
ou
õ o (t)
/
0 t
Fig. 379
-Vt d t = —
^ K {t)} = \ <?
- í p
0
CALCULO OPERACIONAL E APLICAÇÕES 423
Assim (♦)
(8)
í^*(p)=ple-^*fit)dt.
Assim,
sen í (9)
p== + i
L {C O S í } = í e -^ + o s í d í = ^ 2 > ! 1 - L z Z £ 2 ÍÍ)
J p" + 1 0 p +1
Assim,
COS í
p ( 10 )
■p " + l
1 f "
ou L{f {at)} = - y “ í {z)dz
0
Assim, se
então.
(11)
Cl a / ->/(«<)•
sen a t
. 1 1
1
' ‘ (t ) +
ou
sen at ( 12)
• p2 4_a2 •
1 a
COS a t
ou
COS a t
• p2 + a2 • (13)
CALrCULO OPEHACIONAX. E APLICAÇÕES 425
§ 4. Propriedade de linearidade da im a g ^
n t) = yc,í,(t) (i4>
i=“l
(Tf são constantes) e
F{p)-^í(l), /•'>(!>) ^ li
então
F ( p ) = S ('iFi(p)- (14'>
A’/ \ i
p2_^4 /,2_|_9
-2ü- P
2 p2 + (2)í /-^ + (3)i
Por conseguinte, em virtude das fórmulas (12), (13) e (140, obtemos:
§ 5. Teorema do deslocamento
Teorema — Se F (p) é a imagem da função f (0. então» F (p + a)
é a imagem da função f (/). por outras palavras
se
então, (15)
ão. / ’(> + a ) - > e - “ VW- /
(Supomos aqui que Re (p + o) > Jo)-
Demonstração — E>eterminemos a imagem da função f-""* / {t ) :
Assim,
(16)
p + a
De uma maneira análoga
- 1 — .V ea t . (16')
p —a
ou
a
-V s h a í. (17)
p~~2— a T
CALrCULO OPERACIONAL E APLICAÇÕES 427
— ch at . (18)
P+ « - r e “ ‘cos at ( 20 )
(p + a )- +
Exemplo— 1. Determinar o original cuja imagem é dada pela fórmula
7
p24-i0p + 41 (p + 5)2-hl6 4 +
Assim,
f
r (/ pX
)=- 7 \
4 (P + 5 )i + 4-;
Por conseguinte, em virtude da fórmula (19), teremos:
f (p) ^ sen A t
* 4
Exemplo — 2. Determinar o original cuja imagem é dada pela fórmula
p 2 -( -2 p + 1 0
§ 7. Derivasão da imagem
Teorema — Se F ( p ) f (0> então,
(2 1 )
dp
Demonstração — Demonstremos, primeiramente, que se f{t) veri
fica a condição (1), então, o integral
\e {— t f í {t) dt ( 22)
existe.
Por hipótese | / ( 0 I < p = a ib, a > Sq; além disso
temos a > 0 e 5o > 0. É evidente que existe um número e > 0 que
verifica a desigualdade a > 5o + e. Do mesmo modo que no § 1
se demonstra a existência do integral
] I e - ^ " í 7 (0 I d í = 1 1 ( í ) I dt.
0 0
Assim da fórmula
0(*)
obtemos a fórmula
(X
0 ^ 0
Estas duas igualdades dão-nos
oc
^ 0
isto é, a fórmula (21).
Utilizemos a fórmula (22) para obter a imagem da função
potência. Escrevamos a fórmula (8):
P
Obtemos desta fórmula em virtude da fórmula (21):
t
OU
7 - '
De uma maneira análoga
t COS a t . (25)
(p2 4-a2)2
430 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
----í----(26)
(p + a)'^ ■
(27)
(28)
0 0
Orá, segundo a condição (1)
<ao
\ \mè~^^j{t) = 0 et ] ( t ) d t = F(p)
t-^OO 0
Eis. porque
L{rit)} = -fiO )+pF{p).
F{p)^f{t),
p F Í p ) - > f (t),
§ 9. Dicionário de imagens
Para facilitar a utilização das imagens obtidas agrupamo-las num
quadro.
Nota — Se tomarmos para imagem da função /(/)
F*{p)=p]e-^^f{t)dt,
0
14'. (
dp" \ p
Substituindo na parte esquerda da fórmula 15
Fi(p) = ^ , FAp) = ^
P P
e multiidicando por p, obtemos:
í
15' - F: ip) F t (p) ^ \ fi (t) Í2 {t - T) dl.
P J
432 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
QUADRO X
CALCULO OPERACIONAL E APLICAÇÕES 433
oo
dí - f Cl ( e ■dt +
J dí" J dt
0 0
oo oo
{ -^ } + } + - - + a n L { x (t)) = L (/ (í)}.
28
434 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
x(p) = F(P)
<Ph (p )
ou
x{/?) = - F{p)
(36')
flop" + <*iP" * + ••• + fl/i '
Exemplo — 1. Determinar a solução da equação
dx _
^(p) ( p + l ) = 0 + y ou
• '« “ T - T + r -
Utilizando as fórmulas 1 e 4 do quadro 1, encontramos a solução:
X (/) = 1—
Exemplo — 2. Determinar a solução da equação
d^x
-9 x = 1,.
dt^
que verifica as condições inidais: xq = Xq= 0 para r = 0.
436 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
í( p ) ( p 2 + 9) = ± ou í(p ) = - ^ - ^ .
* :(< )= — ^ c o s 3 t + - | - .
Exemplo — 3. Determinar a solução da equação
á^x dx
*2 dt
que verifica as condições inidais: xq = Xq= 0 para / = 0.
Resolução — Escrevamos a equação auxiliar (340
®(P) (p2 + 3p + 2) = - ^
ou
X{p)z
1
p2 (p2 + 3 p + 2 ) p 2 (p + l)(p + 2 )-
Decompondo esta fracção em fracções elementares pelo método dos
coeficientes indeterminados, obtemos:
, 1 1 3 J _ , _ 1 ________ 1
2 p2 4 p "T" p + i 4 (p + 2)
Segundo as fórmulas 9, 1 e 4 do quadro 1, obtemos a solução:
^(p)(p2 + 2p + 5 ) = p . l + 2 + 2 .1 + L{sení}
ou
^ n -l(P )
<Pn(P)
Pede-se para achar o original. No § 7 do cap. X, t I, mostramos
que cada fracção racional r ^ l a r pode ser rqiresentada sob a forma
de fracções elementares de 4 tipos:
I.
p~ — a
II.
iP — a f
438 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
, Ü
2
:= A
(n AaÁ 1 , i / a\
N
V 2 / , / aj ^ 4
y a , - -
CALX:ULO OPEPwACIONAL e a p l ic a ç õ e s 439
Assim, finalmente:
Ap + B
X
/)“ -|- a^p + (I2
Áa^
B -
X .1 COS í sen t (38)
V/ flo —
/ » - 4
1
x{p) = - p 2 j - 9 ^ p 2 -H 4 5 -f- 9 ‘ 19
donde obtemos a solução
3 1
X(t)= — scn2t— -^ sen3í.
^ ^ 10 5
Exemplo — 2. Determinar a soluçãoda equação
d^x
+ X — 0,
dt^
que verifica as condições iniciais: xq = 1, Xq= S, = 8 para / = 0.
Resolução — Formemos a equação auxiliar (340
(p ) (P ^ + 1 ) = • 1 + P •3 + 8,
obtemos
— . p2-]-3p4-8_ p2 -|- 3/> -|- 8
p3_|_l - ( p + l ) ( p 2 _ p + l) •
440 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
8 -P + ^ ^ 2 . 1
(P + 1)(P*—/’ + !) P+1 P*—P + 1 “ P+ 1
1 Vã
P~2 11
x(t^=
!/=2«-'-Fe2' ^ *) •
Por conseguinte,
5
X ( 0 = — 9 “ s c o í + - j g » n 2 í + y ^ - is e n 2 t— / cos2t j .
^ + 4f + 3 ,-0 ,
3p + 2)x<p) + py ( p ) = l
p
í»® (p) + (4 p + 3 ) y (p) = 0.
CALCULO OPERACIONAL B APLICAÇÕES 441
1 1 3 -jit
* W = T - T " ''- 10
1
í'W=-5-(«”' —e “ ).
PÁP)-^h{t) e
então. Fx (p) F^ip) é a imagem da junção
j / l W / 2 ( < — x)dT,
UiÍT)fz(t-x)dx,
0
(x) h (t — x) dxj =
0
í e~^'Í 2 ( t - r ) d t = J (z) dz =
T 0
= J e-^^h (2) dz = e-^^F^{p).
0
Por conseguinte,
É a fórmula 15 do quadro 1.
(*) Ver, por ‘exemplo, cap. XIH, § 26, t. II, em que se estabeleceu uma
equação deste género na altura do estudo das oscilações dum peso fixado
a uma mola.
444 CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL
L — + R i + ^ = E, (43)
dt C
dQ
(44)
dt
âQ di
(44')
dt
L ^ + R ^ + — Q = E. (45)
dt^ dt C
dh di , i , dE
--- -ti--------------1 t -- -----• (46)
dt^ dt C dt
d^x dx
Ui a2X = f(t), (47)
de dt
- ^ — — — — ~>e . i / .
X q COS t y Ü2--------- f-
II a:ocosf
P + ^ iP + ^2 L ^
^0 +
+ sent (50)
1 e. ^
P + ^ iP + ^2 -I / cq 4
y a , - -
F{P)
P + a i P + <h
-T
sen {t — x) Ü2 — — dx. (51)
________ A(ú Np + B I
______ __ ______________ ^ (58)
(p^ + 2np-{-k’‘){p’‘ + <ú^) p^ + 2np + k^ + (o* '
— nt
(2«“^ + w^) —— sen kit + 2n© cos * i í ] | ; (59)
kl
onde
M=
2..2
V(k^ — (ú^f + Artoí
Pode-se escrever assim a solução (62):
1 2k^
e COS ktdt.
= í
Utilizando a igualdade (67). escrevemos, assim, esta igualdade:
oo
2k^
t COS k t ------sen k t dt.
(p^ + k ^ f k
Ak
sen k t — t COS k t
VA:
A í\
x{t) sen k t — t COSk t (()S)
2k\k
Estudemos o segundo termo desta solução
X n ( t ) - - - ---------- 1 C O S k t :
2k
f ( t - Q ^ e ~ ^ * ' ‘F {p ).
-toL
I
^0
(b)
Fig. 383
O p rim e iro in te g ra l d o s e g u n d o m e m b ro d a ig u a ld a d e é ig u al
a z e ro , v is to q u e f ( t — t o ) = 0 q u a n d o t < t o . E fe c tu e m o s , n o se g u n d o
in te g ra l, u m a m u d a n ç a d e v a riá v e l f a z e n d o t — t o = z :
6o(t-M
0 h t
Fig. 384
Oq (/—h) representada na figura 384, a imagem L será isto é,
1 ^ ’
ao Ae-P'».
• P
CALCULO OPERACIONAL E APLICAÇÕES 453
Exercícios
1 I 1 f ^ t /5 nm * ^
,3 1 2 "
8. - r 4 - ^ - * = l, xo = *ó’=®õ = 0 para <= 0. Resp. ®= 1— y ' ' " ‘“ "J
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X COS