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1.6 Resíduos sólidos: A problemática no Brasil
Segundo Silva (2000), no Brasil a urbanização intensificou-se após os anos 50, como resultado de um acirrado êxodo rural, que deu
origem a inúmeras novas cidades e crescimento das já existentes. Entre 1960 e 1970, ocorreu a inversão
quanto ao lugar de residência
da população brasileira, da zona rural para a urbana. Entre 1960 e 1980, houve um grande crescimento da população urbana, mais de
50 milhões de novos habitantes e na década posterior mais de 30 milhões foram acrescidos.
Atualmente segundo o censo do IBGE realizado no ano de 2010, a população brasileira conta com aproximadamente 190 milhões de
habitantes (IBGE, 2012).
O Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos do ano de 2010 divulgado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento –
SNIS indicou a coleta domiciliar igual a 98,5% da população urbana, o que corresponde a cerca 35,4 milhões de toneladas
naquele
ano, sugerindo a geração de RSU próximo de 241 mil toneladas diárias.
Segundo o mesmo documento, os resíduos produzidos resultaram em uma massa média per capita de 0,79 kg/hab/dia na região Sul
até 1,40 na Centro- -Oeste e média de 0,93 kg/dia para cada brasileiro, sugerindo para o país um montante estimado de 53
milhões de
toneladas de resíduos coletados (Ministério das Cidades, 2012).
O diagnóstico também aponta que 74,9% dos resíduos coletados tem como a disposição final os aterros sanitários, 17,7% são enviados
para aterros controlados; 5,1% para lixões
e somente 2,4% para unidade de triagem e de compostagem.
A reciclagem de resíduos foi estimada no ano de 2010 em um milhão de toneladas, cerca de 6,3% do total de resíduos secos
constituído principalmente de papel, plástico, metal e vidro coletados (Ministério das Cidades, 2012).
Boa parte da
constituição dos RSU do Brasil é orgânica (mais de 50%). Isto se deve a uma cultura de desperdício de alimentos. Os
brasileiros não têm o hábito de aproveitar sobras ou de aproveitar cascas, por exemplo, em suas receitas diárias, o que causa um
aumento
desnecessário no envio aos aterros sanitários (IPT e CEMPRE, 2000).
Dados divulgados pelo IBGE no ano de 2008 relatam que 68,5% dos RSU gerados em municípios com até 20 mil habitantes são
depositados em locais inadequados. Esses municípios vêm
se deparando com problemas sociais, sanitários, ambientais e de saúde
pública decorrentes da gestão inadequada de seus resíduos. Já a problemática dos resíduos industriais é ainda maior, pois cerca de
97% dos municípios brasileiros não possuem aterro
industrial dentro de seus limites territoriais.
Referências:
Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, Compromisso Empresarial Para Reciclagem – CEMPRE. Lixo municipal: manual de
Gerenciamento
Integrado. 2ª ed. São Paulo, 2000. 370p.
SILVA, Jayme Ayres. Análise da qualidade da coleta e disposição final dos resíduos
sólidos domiciliares da cidade de Ivaiporã – Estado
do Paraná.
Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis, 2000. 115p.
SILVA, César Aparecido. Gerenciamento de Resíduos. Curitiba: Instituto Federal do Paraná/Rede e-Tec, 2013.
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