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SOBRE O AUTOR

Acordeonista
Autor: Pablo Picasso (1881-1973)
Nasceu na Espanha, foi um pintor, escultor e desenhista. Foi filho de um
professor de história da arte apaixonado por pintura e herdou seu famoso sobrenome de
sua mãe. Desde pequeno demonstrou interesse por arte e foi super incentivado pelos seu
pai. Seus primeiros desenhos foram aos 8 anos com a sua temática preferida:
“Touradas”. Aos 14 anos entrou na Escola de Belas Artes de Barcelona e em 1897 se
mudou para Madri e estudou na Academia de Belas Artes de San Fernando. No dia 24
de julho de 1901 ele realizou a sua primeira exposição em Paris.
Entre 1900 e 1907 ele experimentou duas fases:
Fase Azul: utilização da cor azul e temas sociais; percebe-se uma sensação de
depressão nas pinturas; as obras dessa fase foram pintadas em Paris e Barcelona.
Fase Rosa: “Fase alegre” com uso de mais luminosidade, tons rosados e temas
circenses (acrobatas, dançarinos, artistas de circo...)
1907: realiza a famosa obra “Les Demoiselles d'Avignon”, fundamental para o
movimento cubista, idealizado por Picasso e o escultor francês Georges Brasque.
O movimento cubista foi extremamente importante e marcou muitos outros
movimentos, assim como o modernismo, no Brasil. Alguns traços muito comuns são:
realidade fragmentada, limitação do nosso campo de visão, quebra do objeto em
fragmentos, ruptura com padrões estéticos e simultaneidade – é possível focalizar na
mesma coisa por vários ângulos e perspectivas. Além disso, possuiu três fases: o
cubismo primitivo, o cubismo analítico e o cubismo sintético.
Cubismo Analítico (2º fase do cubismo – 1909 a 1911): deixaram o tema de
lado, desconsideraram a cor, utilizaram paletas monocromáticas de tons severos como
preto, marrom cinza e ocre. As imagens representadas eram fragmentadas, a ponto de
poderem ser observados vários pontos de vista e da imagem ser “cortada em pedaços”.
 É o que aconteceu na obra “Acordeonista”
ANÁLISE DA OBRA
Ano: 1911
Suporte: Óleo sobre tela
 É representado um homem tocando acordeon, mas que não pode
ser percebido por conta da fragmentação da imagem;
 As cores são monocromáticas, voltadas para os tons de preto,
cinza, marrom e ocre;
 Divide as formas tridimensionais em um plano bidimensional;
 Utilização de várias formas geométricas, algo comum no
cubismo;

Acordeonista
Decomposição ou fragmentação da figura, isto explica o porquê de a obra fazer
parte da fase do cubismo analítico.
Matriz de Referência
“As vanguardas europeias do século XX e suas expressões latinoamericanas ampliam
esse debate ao incorporar aspectos históricos e geográficos em suas produções como,
por exemplo, nas obras Acordeonista, de Picasso, 1911, (...)”
“Nas obras visuais (...) há diversas possibilidades para perceber e refletir sobre
transformações estéticas e a importância da produção artística como representação da
cultura.”
“Da mesma forma que há músicas com gêneros bem definidos e outras para as quais
não é possível definir, a produção das artes visuais transita por diferentes gêneros,
tipos e suportes, a começar pela vanguarda europeia representada pelas obras
Acordeonista, de Pablo Picasso, representante do Cubismo analítico, (...)”
“Em artes visuais, o conceito de estrutura pode ser verificado na compreensão da
composição da imagem no espaço pictórico, assim como na percepção da composição
e na organização dos elementos da linguagem visual na produção de obras de arte.
Essa perspectiva pode ser observada nas pinturas Acordeonista, de Pablo Picasso, (...)”
“Nesse período se consolidou a ruptura dos valores das estéticas anteriores, representada
por variadas linguagens artísticas, com inspiração nos movimentos de vanguardas
europeias, como observado na obra de Pablo Picasso, Acordeonista (1911) (...)”
“A produção das artes visuais se manifesta de acordo com os materiais e a cultura
da sociedade da época. Com as transformações e as inovações estéticas surgidas com
as vanguardas européias e o modernismo brasileiro, alguns artistas ainda dão
preferência ao uso das técnicas tradicionais, como a escultura em mármore Meteoro,
de Bruno Giorgi e na pintura à óleo presentes em Acordeonista, de Picasso, Mestiço,
de Cândido Portinari, e Morro da Favela, de Tarsila do Amaral.”

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