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TRABALHO DE GRADUAÇÃO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 6
3. OBJETIVOS ................................................................................................... 7
4. METODOLOGIA............................................................................................. 8
6. DISCUSSÃO ................................................................................................ 17
7. CONCLUSÃO.................................................................................................20
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2. JUSTIFICATIVA
6
3. OBJETIVOS
Objetivo geral
O objetivo geral do presente trabalho foi de verificar relevância da
Dermatoglifia para a detecção de talentos no esporte.
Objetivos Específicos
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4. METODOLOGIA
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5. REVISÃO DE LITERATURA
5.1 DERMATOGLIFIA
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derma, por isso, possibilitam a identificação de qualquer indivíduo logo após o
nascimento e se tornam um fator, de fato, determinante para o sucesso esportivo.
Nikitiuk (1988) acentua que essa formação acontece juntamente com o
sistema nervoso do “extrato blastogênico no ectoderma”, e não se altera durante
toda a vida: “As impressões digitais incluem o tipo de desenho, a quantidade de
linhas nos dedos das mãos, a complexidade dos desenhos e a quantidade total de
linhas”.
Segundo Ferreira et al. (2010), tais características dermatoglificas atuam
como marcadores genéticos, classificados como do tipo quantitativo, com a
contagem de linhas, e do tipo qualitativo, com a leitura dos desenhos.
Rizzi e Marcelino (2013) afirmam que há possibilidades em correlacionar as
impressões digitais dos dedos das mãos com as potencialidades das capacidades
motoras como velocidade, coordenação motora, força explosiva e resistências
aeróbia e anaeróbia, como também podem apresentar relacão com maturação
precoce, dificuldade na alfabetização e predisposição à hipertrofia muscular.
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Figura 1 – Tipos de desenhos dermatoglíficos: Arco “A”, Presilha “L”e Verticilo
“W”.
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Já as atividades de capacidade aeróbia e com combinações motoras
complexas são caracterizadas pela diminuição dos arcos (até 0) e presilhas (L<6),
aumento dos verticilos (W>4) e aumento do SQTL.
Portanto, o aumento da quantidade de linhas é contrário ao desenvolvimento
das qualidades de velocidade e de força (GUBA; TCHERNOVA, 1995).
A estabilidade estática está correlacionada com a baixa quantidade de linhas
e com a baixa intensidade de desenhos (ARUTIOHIAN, 1988).
Interessante destacar que foi detectada a correlação de componentes da
memória motora com o tipo dos desenhos: componente visual - presilhas, e
componente proprioceptivo-motor – verticilos (COLOBEBA; TCHERKAZOV, 1988).
Também, foi comprovada a ligação da quantidade de linhas com o
VO2máximo, mas apenas nos grupos femininos, refletindo indiretamente a
correlação da complexidade de desenhos com a resistência (SCHWARTZ;
ALEKCEEV, 1988).
Vieira et al. (2012) destacou que baixos níveis de D10, diminuição dos
desenhos complexos (W) e do SQTL, além do aumento dos desenhos simples (A, L)
são características marcantes das pessoas que desenvolvem modalidades
esportivas que exigem alta potência e curto tempo de realização.
Já o alto nível de D10, a falta de arco (A), o aumento de (W) e o aumento da
SQTL, caracterizam modalidades esportivas de força e coordenação e as diferenças
em grupos de resistência de velocidade. Fernandes Filho (1997) aduz, ainda, que o
tipo de impressão digital leva à escolha mais adequada da prática esportiva,
otimizando o talento individual.
Esta metodologia de marcas genéticas é evidente para a melhora de um
processo de seleção, pois aumenta a probabilidade de identificação de indivíduos
que tenham predisposição genética para um tipo de modalidade esportiva.
Os valores baixos de D10 e de SQTL se relacionam com as modalidades de
esporte de velocidade e de força; os valores intermediários tem relação com
esportes de resistência e no campo de valores altos estão as modalidades
caracterizadas por uma percepção complexa.
A predisposição das qualidades físicas básicas em diferentes níveis de
qualificação esportiva pode ser observada precocemente, isto é, toda pessoa nasce
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com certa predisposição à força, resistência, flexibilidade e coordenação motora.
(FERREIRA; FERNANDES FILHO, 2008).
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▪ Força explosiva: Harre e Lotz (1986), definem força explosiva como a
capacidade de obter valores elevados de força em tempo muito curto;
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expectativas criadas, que se não forem competentemente conduzidas, poderão
gerar frustrações.
Acredita-se que haja muitas crianças e adolescentes desprovidos de herança
genética e que são submetidas a árduos treinamentos, esperando que atinjam um
grande desempenho, e quando percebe-se que seu futuro esportivo não é tão
promissor já se passaram alguns anos onde perdeu-se muito tempo e trabalho
tentando realizar o impossíel, podendo gerar prejuízos de ordem física e psicológica
pelos treinamentos intensos aos quais são submetidos (MOSKOTOVA, 1998).
O talento ou aptidão para um esporte específico é uma condição necessária
para o sucesso desse jovem atleta, outro fator para o seu desenvolvimento ser
otimizado, é ele treinar o esporte para o qual tem maior potencial (JOÃO, 2002).
No atual período de desenvolvimento nos esportes a característica principal é
a busca universal, cientificamente fundamentada, de jovens talentosos, que são
capazes de receber grandes cargas de treinamento e elevados ritmos de
aperfeiçoamento esportivo (FILIN; VOLKOV, 1998).
Rocha et al. (2003) refere-se como sendo a seleção de vital importância, e
dentro da cineantropometria a técnica do somatotipo é amplamente usada afim de
verificar os aspectos morfológicos do atleta, variável significativamente
influenciadora na performance atlética.
Segundo Marins e Giannichi (1998) o somatotipo é uma técnica de
classificação da composição corporal. É a partir desta técnica que é possível
classificar os indivíduos de acordo com suas características físicas. Conforme
Fontoura et al. (2008), o somatotipo representa os tipos corporais, e esses estão
relacionados às proporções de cada componente corporal (ossos, músculos e
gordura).
Marins Giannichi (1996) defendem que a somatótipologia de Heath &
Carter permite um estudo apurado sobre o tipo físico ideal, de acordo com cada
modalidade esportiva, além de constituir um excelente instrumento a ser empregado
na descoberta de talentos e para capacitar a continuada monitorização da
composição corporal. É fato que o somatotipo ideal para atletas varia de acordo com
a modalidade e a posição em que se joga.
Outra importante ferramenta é a antropometria com a verificação das
circunferências e composição corporal, como afirma Gualdi Russo (2001), as
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características antropométricas de um atleta podem influenciar, de certa forma, o
seu nível de performance, ao mesmo tempo em que pode ajudar a determinar um
perfil específico para determinado esporte.
Porém, há métodos complementares à antropometria, como afirma Nikitiuk
(1984), métodos modernos de seleção “por fenótipo” não são capazes de revelar a
hereditariedade do talento dos esportistas de alta qualidade, isto é, através do
“fenótipo” torna-se difícil a determinação das características genéticas dos
indivíduos, já que ele trata da manifestação da ação do “genótipo” e pode sofrer
influências externas.
Silva et al. (2003) afirma que a genética dita nosso potencial competitivo e
que existem marcas genéticas que são responsáveis por essa determinação que
nós não podemos mudar: sexo, altura, simetria do corpo e proporção de fibras
musculares rápidas ou lentas.
“A utilização das marcas genéticas, na seleção prognóstica esportiva, permite
um alto grau de probabilidade na etapa precoce da orientação e da seleção
esportiva inicial.” (SAMPAIO et al., 2003)
O mesmo Fernandes Filho (2003) diz que, o conhecimento do potencial
genético permite diferenciar os componentes físicos, fracos e fortes previstos (de
prognóstico) das possibilidades do atleta possibilitando assim, trabalhar para o
aperfeiçoamento ativo dos fortes componentes, para o preparo adequado, e
também, o direcionamento esportivo condizente com o seu potencial genético.
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6. DISCUSSÃO
Abramova et al. (1995) afirmam que o alto nível de D10, a falta de arco, o
aumento da parcela de (W), o aumento SQTL, caracterizam modalidades esportivas,
e, as diferenças, em grupos de resistência de velocidade; e, nas modalidades de
jogos, a mesma tendência.
Outro interessante estudo foi realizado por Pável e Fernandes Filho (2004) em
que foram analisados atletas de alto rendimento na modalidade de natação em
provas de meio-fundo e fundo, sendo que os resultados obtidos de um modo geral,
demonstraram características dermatoglíficas para atletas de provas de força e
explosão muscular, diferente do que se esperava para funditas e meio fundistas.
Porém, ao analisar especificamente os seis melhores atletas, foi possível
perceber que esses apresentaram resultados que se enquadraram perfeitamente
nas características do alto nível mundial, muito diferentes dos apresentados na
amostra geral.
Com isso, aplica-se o que diz Fernandes Filho (1997), quanto ao modelo de
impressões digitais, conduzindo uma escolha mais adequada e especializada no
esporte, com a perspectiva de otimização quanto ao talento individual.
Este parece constituir-se um excelente modo do qual as equipes dispõem, a
fim de especificar-se: o tipo de prova e qual modalidade, conhecendo-se de antemão
o seu potencial. Agindo desta maneira, conquistar-se-ia não só um efetivo
rendimento esportivo, mas também, e com ênfase, a economia de esforços, de
tempo e de dinheiro.
Vale ressaltar a importância do conhecimento técnico da modalidade a ser
estudada para que o treinamento seja bem direcionado e as capacidades motoras
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predispostas geneticamente sejam bem aproveitadas. E que, salvo casos onde
atletas não possuem potencial genético elevado e, ainda assim, se sobressaem na
modalidade praticada, como também há casos em que há alta predisposição
genética, porém, as influências fenotípicas não contribuem para o sucesso esportivo.
Fatos que confirmam a importância do treinamento físico adequado a todo
indivíduo e demonstra o quanto é relevante a combinação de genótipo e fenótipo
para o bom desenvolvimento do atleta.
Como ensina Fernandes Filho (2003), o desenvolvimento de um desportista é o
resultado da influência mútua da hereditariedade e do ambiente. O treinamento é
muito importante para a formação das capacidades motoras. Além disso, as
particularidades da compleição e o desenvolvimento das capacidades motoras são
determinados pelo genótipo, e o objetivo importante é identificar as capacidades
motoras e determinar o grau de influência dos fatores hereditários e ambientais.
Hakkinin e Komi (1985) sustentam que a interferência genética e a estabilidade das
respostas ao treinamento, com o passar dos anos, permite um diagnóstico e um
prognóstico precoce do sucesso esportivo.
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7. CONCLUSÃO
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELLON, O. R.; CAT, M. N.; SILVA L.; BOYER, K. L. Using computer vision to help
the determination of the gestational age of newborns. Academic Radiology, v.12,
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(January 12, 2007) development and applications. New York: Cambridge. Acesso
em: 22 de Janeiro de 2017.
22
FERREIRA, A. A. M.; FERNANDES FILHO, J. Corrida de orientação: caracterização
dermatoglífica e somatotípicas de atletas de alto rendimento da região sul do Brasil.
Fitness & Performance Journal, v.2, n.3, p.145-150, 2003.
HARRE, D.; LOTZ, I. Treinamento de Força Rápida. Riv. Cult. Sportiva, v. 5, p. 19-
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JOÃO, A.; FERNANDES FILHO, J. Identificação do Perfil Genético, Somatotípico e
Psicológico das Atletas Brasileiras de Ginástica Olímpica Feminina de Alta
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da seleção brasileira de handebol feminino adulto por posição de jogo. Fitness &
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TUBINO, M. G.; DA COSTA, L. Treinamento esportivo. In: DaCosta, L. (Org.) Atlas
do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF, 2006.
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